Uma parte egoísta de mim quer que Sang-soo permaneça desconhecido e que sua beleza se restrinja a poucos; a outra pensa que é absurdo que quase ninguém conheça sua genialidade.
Já perto do final as coisas começam a tomar rumo, mas não é a falta de ritmo que me incomoda neste filme, são as situações e personagens que parecem ter saído da cabeça de um cineasta amador. A mudança de personalidade do Kang-do beirou as novelas da globo. Ainda assim, filme razoável.
A grandiloquência dos filmes de kung-fu, cenas extremamente bem coreografadas e divertidas e, claro, Brigitte Lin como guerreiro invencível que arranca o pênis para ter todo o poder do mundo.
Tudo que Eugène faz é lindo. Esses olhos dos atores que ultrapassam o físico eu não encontrarei em lugar nenhum (ainda bem). Obrigatório para quem ama a arte e o humano.
Adoro Sang-soo de coração, e esse contraste entre as situações simples e os diálogos intensos é apaixonante. Que personagens são esses? Preciso conviver com gente assim.
Este filme consegue despejar ainda mais informações inúteis do que os outros, o que continua a prejudicar e confundir quem não necessariamente leu o livro. Faz parte do grandioso conteúdo criado por Tolken? Faz, mas o problema de adaptar uma obra ao cinema é que nem todos são obrigados a lê-la, e nem muito menos a entender um novo povo, rio, montanha ou criatura que é empurrada na tela a cada dez minutos. Ainda assim, como não se emocionar com toda essa beleza visual, com o velho Gandalf e com o Bilbo? Funciona perfeitamente para quem é fã.
Pela criação desse clima de tensão inigualável e pelo uso das perguntas curiosas do ''assassino'' como forma de despertar os desejos mais reprimidos pelo indivíduo. O mal está em nós, ponto.
Se é uma regra que a arte ameniza nossa dor de existência, Tsai Ming-Liang e seus filmes são exemplos disso. O final do filme é tão lindo, e, por consequência, triste, que me arrancou lágrimas imediatas.
Já é um dos meus favoritos. Cassavetes é gênio inegável! Love Streams é sobre esse momento da vida em que mergulhamos em nós mesmos na busca por autoconhecimento e é também sobre como o amor é tão cheio de visões que não consegue encontrar uma definição única para si. E isso tudo acompanhado de sexo, álcool, cigarros, blues e Gena Rowlands monstruosamente bela. Não tem como não gostar.
Sang-soo Hong é observador o suficiente para perceber que a mulher sempre teve (e terá), pelo menos em teoria, controle sobre o campo sexual em qualquer relacionamento. Cabe à ela decidir o quer, e esta é a maior desgraça para o homem. Haha, muito bom filme!
Não interessa que muitas coisas do filme fiquem mal explicadas, já que esse é o cinema do olhar. Do olhar de quem mais tem o direito de ser arrogante - Alain Delon -, porque todo o mistério do filme se encontra naqueles dois olhos azuis que conseguem dizer tudo nos segundos finais. E essa fotografia azul acinzentada é só sorriso pra quem já viu Le Samouraï.
Encaixaria facilmente este filme dentro dos contos morais de Rohmer, pois aqui todos os personagens se enganam a si mesmos de uma forma que nunca vi em qualquer outra película. ''Qui trop parole il se mesfait''. E esse gênio continua a ser o diretor mais culto que conheço!
Doloroso de se assistir, mesmo não sendo violento. Muito ouço falar do filme como se ele fosse apenas uma crítica ao amadurecimento precoce das crianças japonesas, mas ele também é uma mensagem diretíssima aos adultos irresponsáveis, que, bastante iludidos pelo sonho momentâneo de criar um filho, esquecem da suprema importância que existe em colocar alguém no mundo.
Um filme-documento que escancara a desgraça econômica e social da maior utopia de todos os tempos - o socialismo. Um sistema de saúde precário, uma jornada de trabalho exaustiva da qual pouco se tira e um povo abatido e acostumado com uma vida simples e sem oportunidades de melhora. Sabe-se que Antonioni era comunista, mas o filme encontra seu êxito na neutralidade e na veracidade do seu conteúdo. Não há como contestar imagens nem experiências.
HANDS DOWN pra Dinesh D'Souza. Formidável estudo sobre as mais profundas raízes da maior fraude americana com um espaço para previsões extremamente cabíveis. Direto e desesperançoso, considerando não só o que se passa na cabeça dos americanos, mas do mundo também. Aliás, pobre mundo.
Se iguala facilmente aos grandes filmes sobre a máfia não pelos mesmos motivos destes, mas por apresentar o dilema moral humano e por fazê-lo de forma intricada e sombria. Coisa de gênio, claro. Sem contar os grandes momentos para todos os personagens principais (Walken é o cara).
BÁRBARO. São 89 minutos extremamente bem gastos num filme que dissimula, mente e faz acreditar, utilizando da uma fotografia estupenda nesse jogo de sombras e luz de onde saem mãos, armas e punhais. E esse trabalho de direção? Acho que ficarei eternamente besta.
O tamanho da tensão sexual e da tristeza vivida pelos personagens é absurdo. A retenção emocional e a carência são, definitivamente, as mazelas do futuro, e Ming-liang sabe muito bem disso.
O Filme de Oki
3.9 10Uma parte egoísta de mim quer que Sang-soo permaneça desconhecido e que sua beleza se restrinja a poucos; a outra pensa que é absurdo que quase ninguém conheça sua genialidade.
Pietá
3.8 199 Assista AgoraJá perto do final as coisas começam a tomar rumo, mas não é a falta de ritmo que me incomoda neste filme, são as situações e personagens que parecem ter saído da cabeça de um cineasta amador. A mudança de personalidade do Kang-do beirou as novelas da globo. Ainda assim, filme razoável.
O Espadachim II
3.6 5A grandiloquência dos filmes de kung-fu, cenas extremamente bem coreografadas e divertidas e, claro, Brigitte Lin como guerreiro invencível que arranca o pênis para ter todo o poder do mundo.
Todas as Noites
4.0 13Tudo que Eugène faz é lindo. Esses olhos dos atores que ultrapassam o físico eu não encontrarei em lugar nenhum (ainda bem). Obrigatório para quem ama a arte e o humano.
Ha Ha Ha
3.3 73 Assista AgoraAdoro Sang-soo de coração, e esse contraste entre as situações simples e os diálogos intensos é apaixonante. Que personagens são esses? Preciso conviver com gente assim.
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista AgoraEste filme consegue despejar ainda mais informações inúteis do que os outros, o que continua a prejudicar e confundir quem não necessariamente leu o livro. Faz parte do grandioso conteúdo criado por Tolken? Faz, mas o problema de adaptar uma obra ao cinema é que nem todos são obrigados a lê-la, e nem muito menos a entender um novo povo, rio, montanha ou criatura que é empurrada na tela a cada dez minutos. Ainda assim, como não se emocionar com toda essa beleza visual, com o velho Gandalf e com o Bilbo? Funciona perfeitamente para quem é fã.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraUm filme inofensivo. Bonito, mas só.
A Cura
3.9 79Pela criação desse clima de tensão inigualável e pelo uso das perguntas curiosas do ''assassino'' como forma de despertar os desejos mais reprimidos pelo indivíduo. O mal está em nós, ponto.
Rebeldes do Deus Neón
4.0 44Ming-Liang já virou referencial para genialidade.
A Passarela Se Foi
3.8 11Porque agora o mundo pode acabar quantas vezes quiser. Se tiver um final como o deste fime DO GÊNIO, pode acabar quantas vezes quiser.
Eu Não Quero Dormir Sozinho
3.7 25Se é uma regra que a arte ameniza nossa dor de existência, Tsai Ming-Liang e seus filmes são exemplos disso. O final do filme é tão lindo, e, por consequência, triste, que me arrancou lágrimas imediatas.
Amantes
4.1 25Já é um dos meus favoritos. Cassavetes é gênio inegável! Love Streams é sobre esse momento da vida em que mergulhamos em nós mesmos na busca por autoconhecimento e é também sobre como o amor é tão cheio de visões que não consegue encontrar uma definição única para si. E isso tudo acompanhado de sexo, álcool, cigarros, blues e Gena Rowlands monstruosamente bela. Não tem como não gostar.
A Mulher é o Futuro do Homem
3.4 13Sang-soo Hong é observador o suficiente para perceber que a mulher sempre teve (e terá), pelo menos em teoria, controle sobre o campo sexual em qualquer relacionamento. Cabe à ela decidir o quer, e esta é a maior desgraça para o homem. Haha, muito bom filme!
A Partida
4.3 523 Assista AgoraTrês vezes lindo! A Partida é esse cinema que tem orgulho de se chamar de arte e que eleva o espírito ao que há de mais belo no ser humano.
Expresso para Bordeaux
3.6 20Não interessa que muitas coisas do filme fiquem mal explicadas, já que esse é o cinema do olhar. Do olhar de quem mais tem o direito de ser arrogante - Alain Delon -, porque todo o mistério do filme se encontra naqueles dois olhos azuis que conseguem dizer tudo nos segundos finais. E essa fotografia azul acinzentada é só sorriso pra quem já viu Le Samouraï.
Pauline na Praia
3.9 64Encaixaria facilmente este filme dentro dos contos morais de Rohmer, pois aqui todos os personagens se enganam a si mesmos de uma forma que nunca vi em qualquer outra película. ''Qui trop parole il se mesfait''. E esse gênio continua a ser o diretor mais culto que conheço!
Ninguém Pode Saber
4.3 228Doloroso de se assistir, mesmo não sendo violento. Muito ouço falar do filme como se ele fosse apenas uma crítica ao amadurecimento precoce das crianças japonesas, mas ele também é uma mensagem diretíssima aos adultos irresponsáveis, que, bastante iludidos pelo sonho momentâneo de criar um filho, esquecem da suprema importância que existe em colocar alguém no mundo.
China
3.9 5Um filme-documento que escancara a desgraça econômica e social da maior utopia de todos os tempos - o socialismo. Um sistema de saúde precário, uma jornada de trabalho exaustiva da qual pouco se tira e um povo abatido e acostumado com uma vida simples e sem oportunidades de melhora. Sabe-se que Antonioni era comunista, mas o filme encontra seu êxito na neutralidade e na veracidade do seu conteúdo. Não há como contestar imagens nem experiências.
Suspiria
3.8 979 Assista AgoraQuanta saudade do horror italiano! Argento é mestre e sustenta 90 minutos sem quase nada pra contar, mas com cores, movimentos e sons absurdos.
2016: Obama's America
3.5 11 Assista AgoraHANDS DOWN pra Dinesh D'Souza. Formidável estudo sobre as mais profundas raízes da maior fraude americana com um espaço para previsões extremamente cabíveis. Direto e desesperançoso, considerando não só o que se passa na cabeça dos americanos, mas do mundo também. Aliás, pobre mundo.
Woman on the Beach
3.7 4Eric Rohmer!
Os Chefões
3.7 30Se iguala facilmente aos grandes filmes sobre a máfia não pelos mesmos motivos destes, mas por apresentar o dilema moral humano e por fazê-lo de forma intricada e sombria. Coisa de gênio, claro. Sem contar os grandes momentos para todos os personagens principais (Walken é o cara).
A Sombra da Guilhotina
4.0 9BÁRBARO. São 89 minutos extremamente bem gastos num filme que dissimula, mente e faz acreditar, utilizando da uma fotografia estupenda nesse jogo de sombras e luz de onde saem mãos, armas e punhais. E esse trabalho de direção? Acho que ficarei eternamente besta.
Vive l'Amour
4.1 25O tamanho da tensão sexual e da tristeza vivida pelos personagens é absurdo. A retenção emocional e a carência são, definitivamente, as mazelas do futuro, e Ming-liang sabe muito bem disso.