Discutir e abordar certos temas e questões que afligem tantas pessoas é sempre louvável, pois a arte possui um gigantesco potencial transformador individual e coletivo, e quando isso é feito de maneira magistral pelo realizador só torna tudo ainda mais gostoso, como se não bastasse essa maravilhosa ótica sensível de Emerald Fennell, o filme consegue ir além; a começar pelas atuações impecáveis de seu pesadíssimo elenco, principalmente do belíssimo Jacob Elordi (cada vez melhor ator), e do ma-ra-vi-lho- so Barry Keoghan.
Este é um thriller meticuloso, acrobaticamente astuto e revigorantemente (nem sei se essa palavra existe, mais resolvi nem procurar), bem interpretado, principalmente por Matt Bomer, um armagedom verbal.
É um filme bem gostoso de se ver, o começo é uma delícia, a cena que começa com o famoso e cult show Gal a Todo Vapor, apenas antes ouvida no disco Fa-Tal (que é até hoje é considerado o melhor disco da carreira de Gal Costa, pela crítica), em que Gal ''durante a canção Fruta Gogoia, ela cai do banco indígena, ela que estava cantando bem à vontade, se desculpa com a plateia e diz: Isso acontece. Ela e a plateia caem na risada'', e isso ficou no disco, a princípio, a gravadora queria tirar isso do disco, o diretor Wally Salomão e Gal, acharam que isso ficaria bem mais natural, e realmente ficou da hora, no filme fica a sensação de que caiu alguma coisa, e não a cantora, mesmo assim ficou da hora. O filme não vai fundo nos temas mais polêmicos, mas consegue a façanha de ficar encantador o tempo todo, mesmo porque uma hora e meia de uma vida tão rica, não daria mesmo para falar de um quarto de sua longa e produtiva carreira, melhor seria uma minissérie, mas o filme tem um sabor delicioso, o único senão para mim, foi ter pouquíssimo da presença da Maria Bethânia, e a pouca duração do filme. Os atores tem muito carisma, se fosse dirigido por Sérgio Rezende, de Zuzu Angel, que tem mais tarimba e experiência em contar histórias reais, seria uma obra prima, o filme entretém muito, a maquiagem e os figurinos são o destaque dessa ótima produção, tomara que vire uma série ou minissérie.
Se é possível que o final de um filme pareça ao mesmo tempo ambíguo e definitivo, Plata Quemada, deixa o espectador se sentindo dilacerado sem necessariamente saber por quê, ou saber mesmo que eles estejam errados, ficamos triste pela dupla, devido sobretudo pelo carisma da dupla, feito pelos talentosos e lindos Eduardo Noriega e Leonardo Sbaraglia, sem deixar de mencionar o também sexy e talentoso Pablo Echarri, como El Cuervo. Sua mistura de lirismo, brutalidade e ambivalência infiltrar-se-ia noutros títulos marcantes de filmes policiais do final dos anos 60 e 70, à medida que a mudança iminente da guarda política apenas aprofundava as divisões ideológicas no centro da vida e do cinema, é um filme violento, estiloso mas na medida certa.
É muito bom ver um filme despretensioso, com temáticas de relacionamento LGBTQIA+, mas tratada de maneira um pouco mais doce do que estamos acostumados, com muito mais amor do que com muita dor o filme inteiro. E claro que o medo, a culpa, a humilhação estão ali, mas são suavizados por sentimentos mais fundamentais de união, carinho e amor. Para alguns passa a ideia de ser um mundo utópico, já que viver a homossexualidade ainda é tão difícil. Mas, mesmo que não seja tão real, é gostoso de assistir e se comover, além de claro, finalmente ver finais felizes. Cada sutileza, desde a arte delicada em cada acontecimento, até as atuações adoráveis. Os atores são muito fofos, a química e, entre eles é muito natural e quando a gente vê estamos envolvidos, mas não deixei de o tempo todo de ver no ator Nicholas Galitzine (a cara do Macaulay Culkin, só que mais saudável), ótima química entre ele e o Taylor Zakhar Perez (mais sexy, e gostoso do que nunca, é melhor ator longe daquela bobeira que foi A Barraca do Beijo 2). Lógico que não é um Cidadão Kane, ou um 2001, ou mesmo um O Poderoso Chefão, mas é muito bom apenas sonhar com um mundo mais fácil e amoroso.
Simples gratidão por Peter depois de assistir a este drama medieval surpreendentemente perturbador que explorou a humanidade, ganância, sacrifício, moralidade, sexo e violência. Destaque para o sempre sensacional Ralph Fiennes, a fotografia e a trilha sonora
Achei esse documentário bem natural, porque mostrou pessoas com seus defeitos e qualidades que todo ser humano tem, ao contrário do doc, da Xuxa, que me pareceu uma novela, com a mocinha e a vilã, quando geralmente ninguém é totalmente vilão ou mocinho, aqui todos os principais envolvidos se entregaram de corpo e alma, bem mais naturais. Vou destacar a sensibilidade de Tob, que não atoa se envolveu com artes plásticas, que requer muita sensibilidade, e sem dúvida nenhuma Mike, que figuraça, ninguém ali pareceu passar tanta coisa difícil na vida, e driblar tudo com leveza e graça, mostrou uma memória ótima, desenvoltura para falar de tudo.
John Hughes certamente deveria ter escolhido ir para a fantasia mais vezes. Não só por combinar demais com sua constante idealização do imaginário adolescente, como por trazer uma abertura mais favorável ao jogo de troca de estereótipos que tanto consta de suas premissas, que nesse caso de Mulher Nota 1000, poderia por exemplo ter caído em um terreno arenoso numa leitura atual – como Gatinhas e Gatões caiu. Ora, estamos falando de uma sinopse que em tese tinha tudo para explicitar a máxima da objetificação da mulher, em que dois homens criam a mulher perfeita de suas mentes: bonita, sexy, com corpo “perfeito”, popular, atlética, inteligente, capaz de resolver qualquer bagunça ou problema com poderes, mas especialmente submissa a eles, que irá fazer sem questionar tudo o que eles bem quiserem. Há muito pretexto maldoso aí, especialmente se tratando de uma comédia besteirol que poderia usar seu caráter besteirol como muleta para sustentar o politicamente incorreto de forma arbitrária. Felizmente, esse politicamente incorreto na fantasia se comporta como um revés porque o texto de Hughes é inteligentíssimo em posicionar o duplo sentido como o inocente da história, em cenas que visualmente são vulgares. É basicamente o reverso do que geralmente acontece quando o duplo sentido é usado, por exemplo, em animações adultas, onde o visual é todo infantil, mas esconde piadas maldosas de duplo sentido. O filme estabelece essa inversão logo de cara, quando numa das primeiras cenas, os personagens se juntam à mulher que acabaram de criar para tomarem banho juntos, como um dos primeiros desejos que eles haviam falado no início do filme, quando viram as colegas de escola na ginástica. Mas quando vão tomar banho com Lisa (Kelly LeBrock, linda demais), ao contrário das intenções sexuais, os dois só ficam a observando tomar banho normalmente, ambos de roupa e ela vendo aquilo como supernormal porque tinha acabado de nascer ali – bases daquela fantasia. Mesmo que isso seja feito de forma forçada, mas ora se isso não é uma grande piada macro pensando na estrutura do duplo sentido inverso do filme. Não são eles que forçam Lisa a fazer coisas a suas vontades, mas Lisa que os força a fazerem as próprias vontades. A exemplo de quando Lisa vai tomar a dianteira para convencer os pais de Gary (Anthony Michael Hall, hilário), cena essa que serve como aquela alfinetada padrão de Hughes nos adultos que impedem o adolescente de viver a juventude, ou quando ela decide criar motoqueiros malucos para invadirem a festa na casa de Wyatt (Illan Mitchel-Smith, ótimo) e programa para que os jovens sejam os únicos a conseguirem expulsá-los, logo, forçando-os a ter que confrontar aquele momento que iria os alçar a heróis, do jeito mais nerd possível, chamando a atenção das garotas de que gostam do jeito mais nerd possível. Aliás, todo esse clímax é sensacional porque eleva a fantasia na atmosfera oitentista ao lado mais exagerado e explícito possível, enquanto trabalha ao máximo na história a desvinculação do rótulo de objetificação inicial. Os bullies do filme (um deles, interpretado pelo novíssimo Tony Stark, quer dizer, Robert Downey Jr., sempre excelente) passam a respeitar os nerds na festa somente para tentarem convencê-los a emprestarem Lisa para que eles possam fazer o que quiserem, o que não é correspondido, mesmo que eles ofereçam suas namoradas como mulher de troca. Naquela altura, o processo de mentora de Lisa já havia posicionado o trio num espectro de amizade potente, mas eles ainda assim aceitam criar uma outra mulher pelo computador para os bullies, o que acaba dando em uma gigantesca cilada, crescendo um míssel nuclear no meio da casa. Basicamente, o filme nesse momento confirma que a mulher perfeita não pode ser criada para ser um objeto, porque a mulher perfeita de Hughes, como dito, é aquela disposta a ajudar o homem no seu processo de amadurecimento. No fim, a comédia de Mulher Nota 1000 acaba sendo direcionada a um verdadeiro estudo de masculinidade. Um estudo de condições estranhas, é verdade, pelo caráter lúdico e fantasioso da representação do sonho da jovialidade nerd em um recorte oitentista, mas ainda bastante verdadeiro e universal na compreensão desse estereótipo de dentro para fora. É a estranha ciência da masculinidade, a estranha ciência da mente da juventude que John Hughes compreendia como ninguém. POR IANN JELIEL (JORNALISTA).
Gostei da primeira temporada, porém demorou pra ganhar ritmo, aqui de cara gostei bem mais. O personagem de Adam DiMarco, é um sonho, Jennifer Coolidge, está deliciosamente insuportável, a série tem piadas, mas também é mortalmente sério. Uma sátira afiada de nossas socializações modernas mais perigosas e totalmente absurdas.
O jovem Ângelo Mutti Spinetta rouba todas as cenas. O novato não precisa de diálogos para demonstrar os sentimentos do seu acuado personagem. No desfecho do filme, ele emociona com uma interpretação bastante convincente, e até sofrível que Lorenzo pede. O diretor Martín Deus traz a amplitude do tema educativamente, com muito emoção, sem cair no didatismo, um belo filme, destaque também pela sexy relaxada presença do ator Lautaro Rodríguez.
Gostei pra caramba, o que realmente pecou na série, foi o final. O elenco é bem acima da média, principalmente Ghilherme Lobo. Os personagens Lourenço Braga e Alvinho, tinham tudo a ver um com o outro, são encantadores, mas como dizia Florbela Espanca, as vezes a gente passa pela vida e não encontra a pessoa que ama, os as vezes ela passa do lado ou está na sua frente e você não vê.
O filme é claustrofóbico, duro, triste, sufocante, mas o que realmente interessa é a mistura de inocência, libidinosidade, medo, generosidade, stress físico e emocional extremo que atravessa o rosto e a expressão corporal de Xavier Dolan, em grande atuação, não é um filme para todos, mas é um pequeno grande filme. Além de atuar Xavier Dolan, dirigiu, produziu, fez a montagem do filme, Costume Design, ajudou na direção de dublagem e ainda escreveu o roteiro junto com o dramaturgo Michel Marc Bouchard, autor da peça.
Um dos filmes de Quentin Tarantino mais subestimado na época de seu lançamento, este faroeste de ritmo majestoso é uma das melhores realizações do gênero e se destaca como o melhor da carreira para muitos de seus participantes. O elenco todo é de arrepiar mas Jennifer Jason Leigh, que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, deveria ter levado com certeza o prêmio, ela está deliciosamente irritante, que me desculpe a bela Alicia Vikander, que levou o Oscar pelo excelente A Garota Dinamarquesa, mas a interpretação de Leigh, era superior.
Um clássico lindamente trabalhado. Spellbound, funciona como uma história de amor, funciona como um drama e funciona como um suspense, tudo graças às habilidades de direção de Alfred Hitchcock.
Uma deliciosa bagunça bem orquestrada que gira inteiramente em torno do estilo. O uso de imagens e música de Araki é magistral. O roteiro não parece comunicar nada de muita importância, mas o filme é tão absorvente e divertido que realmente não importa. Sem falar na beleza jovial e sensual do ator James Duval.
Algumas pessoas reclamaram do show, esquecendo que Gal, já é quase uma octogenária, e a diretora Laís Bodanzky (do maravilhoso Bicho de Sete Cabeças), quis dar a Gal Costa, a melhor luz, para ela parecer mais jovem, sexy, quis dar surpresas a Gal, mas foi injustamente mal entendida, mas quem entende de música e sabe da pandemia, e de como tudo foi muito rápido, entendeu e gostou, não à toa que o show foi um sucesso de público, a TNT, tentou até enrolar Gal, dizendo que ela podia ficar até quando ela quisesse, mas Gal fez o seu melhor e foi embora plena e absoluta. A homenageada se emocionou algumas vezes, mas manteve a postura para dar continuidade ao repertório.
Um pequeno filme afinado e habilmente executado, despretensioso e arrojado. Destaque para o sensual e belo James Duval e o veterano Richard Chamberlain.
Com visuais espetaculares e uma das performances mais magníficas da história do Cinema, é quase inacreditável como De Sica fez uma obra-prima tão impressionante que perdura até hoje com o mesmo vigor de outrora, e uma atuação antológica da belíssima Sophia Loren, merecidamente premiada com o Oscar, a Palma de Ouro em Cannes e o Prêmio dos Críticos de Nova Iorque de Melhor Atriz, entre outros prêmios.
Parte do poder dessa história reside em mostrar muito sem, necessariamente, dizer muito. Frases absolutamente banais carregam uma carga de sentimentos e intenções muito maiores do que aparentam, e esse charme é muito difícil de alcançar, mas graças a um elenco delicioso e principalmente a atuação de Sophia Loren, que esse filme chega nos corações de todos que tem muita sensibilidade e ama o cinema verdadeiramente grande.
Monstro
4.3 242 Assista AgoraSem palavras, simplesmente sensacional.
Saltburn
3.5 830Discutir e abordar certos temas e questões que afligem tantas pessoas é sempre louvável, pois a arte possui um gigantesco potencial transformador individual e coletivo, e quando isso é feito de maneira magistral pelo realizador só torna tudo ainda mais gostoso, como se não bastasse essa maravilhosa ótica sensível de Emerald Fennell, o filme consegue ir além; a começar pelas atuações impecáveis de seu pesadíssimo elenco, principalmente do belíssimo Jacob Elordi (cada vez melhor ator), e do ma-ra-vi-lho- so Barry Keoghan.
Companheiros de Viagem
4.3 28 Assista AgoraEste é um thriller meticuloso, acrobaticamente astuto e revigorantemente (nem sei se essa palavra existe, mais resolvi nem procurar), bem interpretado, principalmente por Matt Bomer, um armagedom verbal.
Meu Nome é Gal
3.1 111 Assista AgoraÉ um filme bem gostoso de se ver, o começo é uma delícia, a cena que começa com o famoso e cult show Gal a Todo Vapor, apenas antes ouvida no disco Fa-Tal (que é até hoje é considerado o melhor disco da carreira de Gal Costa, pela crítica), em que Gal ''durante a canção Fruta Gogoia, ela cai do banco indígena, ela que estava cantando bem à vontade, se desculpa com a plateia e diz: Isso acontece. Ela e a plateia caem na risada'', e isso ficou no disco, a princípio, a gravadora queria tirar isso do disco, o diretor Wally Salomão e Gal, acharam que isso ficaria bem mais natural, e realmente ficou da hora, no filme fica a sensação de que caiu alguma coisa, e não a cantora, mesmo assim ficou da hora.
O filme não vai fundo nos temas mais polêmicos, mas consegue a façanha de ficar encantador o tempo todo, mesmo porque uma hora e meia de uma vida tão rica, não daria mesmo para falar de um quarto de sua longa e produtiva carreira, melhor seria uma minissérie, mas o filme tem um sabor delicioso, o único senão para mim, foi ter pouquíssimo da presença da Maria Bethânia, e a pouca duração do filme.
Os atores tem muito carisma, se fosse dirigido por Sérgio Rezende, de Zuzu Angel, que tem mais tarimba e experiência em contar histórias reais, seria uma obra prima, o filme entretém muito, a maquiagem e os figurinos são o destaque dessa ótima produção, tomara que vire uma série ou minissérie.
Plata Quemada
3.9 147Se é possível que o final de um filme pareça ao mesmo tempo ambíguo e definitivo, Plata Quemada, deixa o espectador se sentindo dilacerado sem necessariamente saber por quê, ou saber mesmo que eles estejam errados, ficamos triste pela dupla, devido sobretudo pelo carisma da dupla, feito pelos talentosos e lindos Eduardo Noriega e Leonardo Sbaraglia, sem deixar de mencionar o também sexy e talentoso Pablo Echarri, como El Cuervo. Sua mistura de lirismo, brutalidade e ambivalência infiltrar-se-ia noutros títulos marcantes de filmes policiais do final dos anos 60 e 70, à medida que a mudança iminente da guarda política apenas aprofundava as divisões ideológicas no centro da vida e do cinema, é um filme violento, estiloso mas na medida certa.
Vermelho, Branco e Sangue Azul
3.6 290 Assista AgoraÉ muito bom ver um filme despretensioso, com temáticas de relacionamento LGBTQIA+, mas tratada de maneira um pouco mais doce do que estamos acostumados, com muito mais amor do que com muita dor o filme inteiro.
E claro que o medo, a culpa, a humilhação estão ali, mas são suavizados por sentimentos mais fundamentais de união, carinho e amor. Para alguns passa a ideia de ser um mundo utópico, já que viver a homossexualidade ainda é tão difícil.
Mas, mesmo que não seja tão real, é gostoso de assistir e se comover, além de claro, finalmente ver finais felizes.
Cada sutileza, desde a arte delicada em cada acontecimento, até as atuações adoráveis.
Os atores são muito fofos, a química e, entre eles é muito natural e quando a gente vê estamos envolvidos, mas não deixei de o tempo todo de ver no ator Nicholas Galitzine (a cara do Macaulay Culkin, só que mais saudável), ótima química entre ele e o Taylor Zakhar Perez (mais sexy, e gostoso do que nunca, é melhor ator longe daquela bobeira que foi A Barraca do Beijo 2).
Lógico que não é um Cidadão Kane, ou um 2001, ou mesmo um O Poderoso Chefão, mas é muito bom apenas sonhar com um mundo mais fácil e amoroso.
O Bebê Santo de Macon
4.0 18 Assista AgoraSimples gratidão por Peter depois de assistir a este drama medieval surpreendentemente perturbador que explorou a humanidade, ganância, sacrifício, moralidade, sexo e violência. Destaque para o sempre sensacional Ralph Fiennes, a fotografia e a trilha sonora
A Superfantástica História do Balão
4.0 44 Assista AgoraAchei esse documentário bem natural, porque mostrou pessoas com seus defeitos e qualidades que todo ser humano tem, ao contrário do doc, da Xuxa, que me pareceu uma novela, com a mocinha e a vilã, quando geralmente ninguém é totalmente vilão ou mocinho, aqui todos os principais envolvidos se entregaram de corpo e alma, bem mais naturais. Vou destacar a sensibilidade de Tob, que não atoa se envolveu com artes plásticas, que requer muita sensibilidade, e sem dúvida nenhuma Mike, que figuraça, ninguém ali pareceu passar tanta coisa difícil na vida, e driblar tudo com leveza e graça, mostrou uma memória ótima, desenvoltura para falar de tudo.
Mulher Nota 1000
3.3 275 Assista AgoraJohn Hughes certamente deveria ter escolhido ir para a fantasia mais vezes. Não só por combinar demais com sua constante idealização do imaginário adolescente, como por trazer uma abertura mais favorável ao jogo de troca de estereótipos que tanto consta de suas premissas, que nesse caso de Mulher Nota 1000, poderia por exemplo ter caído em um terreno arenoso numa leitura atual – como Gatinhas e Gatões caiu. Ora, estamos falando de uma sinopse que em tese tinha tudo para explicitar a máxima da objetificação da mulher, em que dois homens criam a mulher perfeita de suas mentes: bonita, sexy, com corpo “perfeito”, popular, atlética, inteligente, capaz de resolver qualquer bagunça ou problema com poderes, mas especialmente submissa a eles, que irá fazer sem questionar tudo o que eles bem quiserem. Há muito pretexto maldoso aí, especialmente se tratando de uma comédia besteirol que poderia usar seu caráter besteirol como muleta para sustentar o politicamente incorreto de forma arbitrária.
Felizmente, esse politicamente incorreto na fantasia se comporta como um revés porque o texto de Hughes é inteligentíssimo em posicionar o duplo sentido como o inocente da história, em cenas que visualmente são vulgares. É basicamente o reverso do que geralmente acontece quando o duplo sentido é usado, por exemplo, em animações adultas, onde o visual é todo infantil, mas esconde piadas maldosas de duplo sentido. O filme estabelece essa inversão logo de cara, quando numa das primeiras cenas, os personagens se juntam à mulher que acabaram de criar para tomarem banho juntos, como um dos primeiros desejos que eles haviam falado no início do filme, quando viram as colegas de escola na ginástica. Mas quando vão tomar banho com Lisa (Kelly LeBrock, linda demais), ao contrário das intenções sexuais, os dois só ficam a observando tomar banho normalmente, ambos de roupa e ela vendo aquilo como supernormal porque tinha acabado de nascer ali – bases daquela fantasia.
Mesmo que isso seja feito de forma forçada, mas ora se isso não é uma grande piada macro pensando na estrutura do duplo sentido inverso do filme. Não são eles que forçam Lisa a fazer coisas a suas vontades, mas Lisa que os força a fazerem as próprias vontades. A exemplo de quando Lisa vai tomar a dianteira para convencer os pais de Gary (Anthony Michael Hall, hilário), cena essa que serve como aquela alfinetada padrão de Hughes nos adultos que impedem o adolescente de viver a juventude, ou quando ela decide criar motoqueiros malucos para invadirem a festa na casa de Wyatt (Illan Mitchel-Smith, ótimo) e programa para que os jovens sejam os únicos a conseguirem expulsá-los, logo, forçando-os a ter que confrontar aquele momento que iria os alçar a heróis, do jeito mais nerd possível, chamando a atenção das garotas de que gostam do jeito mais nerd possível.
Aliás, todo esse clímax é sensacional porque eleva a fantasia na atmosfera oitentista ao lado mais exagerado e explícito possível, enquanto trabalha ao máximo na história a desvinculação do rótulo de objetificação inicial. Os bullies do filme (um deles, interpretado pelo novíssimo Tony Stark, quer dizer, Robert Downey Jr., sempre excelente) passam a respeitar os nerds na festa somente para tentarem convencê-los a emprestarem Lisa para que eles possam fazer o que quiserem, o que não é correspondido, mesmo que eles ofereçam suas namoradas como mulher de troca. Naquela altura, o processo de mentora de Lisa já havia posicionado o trio num espectro de amizade potente, mas eles ainda assim aceitam criar uma outra mulher pelo computador para os bullies, o que acaba dando em uma gigantesca cilada, crescendo um míssel nuclear no meio da casa. Basicamente, o filme nesse momento confirma que a mulher perfeita não pode ser criada para ser um objeto, porque a mulher perfeita de Hughes, como dito, é aquela disposta a ajudar o homem no seu processo de amadurecimento.
No fim, a comédia de Mulher Nota 1000 acaba sendo direcionada a um verdadeiro estudo de masculinidade. Um estudo de condições estranhas, é verdade, pelo caráter lúdico e fantasioso da representação do sonho da jovialidade nerd em um recorte oitentista, mas ainda bastante verdadeiro e universal na compreensão desse estereótipo de dentro para fora. É a estranha ciência da masculinidade, a estranha ciência da mente da juventude que John Hughes compreendia como ninguém.
POR IANN JELIEL (JORNALISTA).
The White Lotus (2ª Temporada)
4.2 340 Assista AgoraGostei da primeira temporada, porém demorou pra ganhar ritmo, aqui de cara gostei bem mais. O personagem de Adam DiMarco, é um sonho, Jennifer Coolidge, está deliciosamente insuportável, a série tem piadas, mas também é mortalmente sério. Uma sátira afiada de nossas socializações modernas mais perigosas e totalmente absurdas.
Meu Melhor Amigo
3.2 168O jovem Ângelo Mutti Spinetta rouba todas as cenas. O novato não precisa de diálogos para demonstrar os sentimentos do seu acuado personagem. No desfecho do filme, ele emociona com uma interpretação bastante convincente, e até sofrível que Lorenzo pede.
O diretor Martín Deus traz a amplitude do tema educativamente, com muito emoção, sem cair no didatismo, um belo filme, destaque também pela sexy relaxada presença do ator Lautaro Rodríguez.
Rua do Sobe e Desce, Número que Desaparece (1ª Temporada)
2.9 5Gostei pra caramba, o que realmente pecou na série, foi o final. O elenco é bem acima da média, principalmente Ghilherme Lobo.
Os personagens Lourenço Braga e Alvinho, tinham tudo a ver um com o outro, são encantadores, mas como dizia Florbela Espanca, as vezes a gente passa pela vida e não encontra a pessoa que ama, os as vezes ela passa do lado ou está na sua frente e você não vê.
Tom na Fazenda
3.7 368 Assista AgoraO filme é claustrofóbico, duro, triste, sufocante, mas o que realmente interessa é a mistura de inocência, libidinosidade, medo, generosidade, stress físico e emocional extremo que atravessa o rosto e a expressão corporal de Xavier Dolan, em grande atuação, não é um filme para todos, mas é um pequeno grande filme. Além de atuar Xavier Dolan, dirigiu, produziu, fez a montagem do filme, Costume Design, ajudou na direção de dublagem e ainda escreveu o roteiro junto com o dramaturgo Michel Marc Bouchard, autor da peça.
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraUm dos filmes de Quentin Tarantino mais subestimado na época de seu lançamento, este faroeste de ritmo majestoso é uma das melhores realizações do gênero e se destaca como o melhor da carreira para muitos de seus participantes. O elenco todo é de arrepiar mas Jennifer Jason Leigh, que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, deveria ter levado com certeza o prêmio, ela está deliciosamente irritante, que me desculpe a bela Alicia Vikander, que levou o Oscar pelo excelente A Garota Dinamarquesa, mas a interpretação de Leigh, era superior.
Quando Fala o Coração
4.0 161Um clássico lindamente trabalhado. Spellbound, funciona como uma história de amor, funciona como um drama e funciona como um suspense, tudo graças às habilidades de direção de Alfred Hitchcock.
Comme un homme
4.0 1Tem esse curta da hora todinho no Vimeo.
Estrada para Lugar Nenhum
3.8 97Uma deliciosa bagunça bem orquestrada que gira inteiramente em torno do estilo. O uso de imagens e música de Araki é magistral. O roteiro não parece comunicar nada de muita importância, mas o filme é tão absorvente e divertido que realmente não importa. Sem falar na beleza jovial e sensual do ator James Duval.
Gal Costa – 75 anos
4.5 2Algumas pessoas reclamaram do show, esquecendo que Gal, já é quase uma octogenária, e a diretora Laís Bodanzky (do maravilhoso Bicho de Sete Cabeças), quis dar a Gal Costa, a melhor luz, para ela parecer mais jovem, sexy, quis dar surpresas a Gal, mas foi injustamente mal entendida, mas quem entende de música e sabe da pandemia, e de como tudo foi muito rápido, entendeu e gostou, não à toa que o show foi um sucesso de público, a TNT, tentou até enrolar Gal, dizendo que ela podia ficar até quando ela quisesse, mas Gal fez o seu melhor e foi embora plena e absoluta. A homenageada se emocionou algumas vezes, mas manteve a postura para dar continuidade ao repertório.
Cicatrizes do Passado
4.3 1Um pequeno filme afinado e habilmente executado, despretensioso e arrojado. Destaque para o sensual e belo James Duval e o veterano Richard Chamberlain.
Desencana
3.0 1Tem esse filme na plataforma Vimeo.
Duas Mulheres
4.3 69 Assista AgoraCom visuais espetaculares e uma das performances mais magníficas da história do Cinema, é quase inacreditável como De Sica fez uma obra-prima tão impressionante que perdura até hoje com o mesmo vigor de outrora, e uma atuação antológica da belíssima Sophia Loren, merecidamente premiada com o Oscar, a Palma de Ouro em Cannes e o Prêmio dos Críticos de Nova Iorque de Melhor Atriz, entre outros prêmios.
Rosa e Momo
3.7 302 Assista AgoraParte do poder dessa história reside em mostrar muito sem, necessariamente, dizer muito. Frases absolutamente banais carregam uma carga de sentimentos e intenções muito maiores do que aparentam, e esse charme é muito difícil de alcançar, mas graças a um elenco delicioso e principalmente a atuação de Sophia Loren, que esse filme chega nos corações de todos que tem muita sensibilidade e ama o cinema verdadeiramente grande.
Greta Van Fleet - Highway Tune Live in Toronto
4.3 1Greta Van Fleet impressionou a multidão de Toronto com uma versão ao vivo empolgante da turnê de ''Highway Tune''.
Noite do Vinho Tinto
4.2 1 Assista AgoraEsse belo e ousado filme para época, está todinho disponível no YouTube.
https://www.youtube.com/watch?v=HOwNBP0jPsw
Ou basta colocar - NOCHE DE VINO TINTO (1966) José María Nunes