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"It's funny how the colors of the real world only seem really real when you viddy them on the screen."

Últimas opiniões enviadas

  • Camilla

    Crash faz comentários pertinentes sobre fetiches e a relação humana com automóveis, mas acima de tudo mostra a capacidade do diretor em criar uma atmosfera única em seus filmes.

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  • Camilla

    Falar de um dos grupos mais importantes do rap brasileiro e mundial não é uma tarefa fácil, talvez por esse motivo este documentário esteja sendo lançado somente em 2022, 34 anos depois do nascimento dos Racionais.

    "Das Ruas de São Paulo Pro Mundo" traz os acontecimentos mais marcantes dessa história, narrando desde o encontro dos 4 integrantes até os dias atuais. Conduzido pelo lançamento dos 4 álbuns de estúdios lançados até hoje, o filme traz diversas imagens de arquivo dos anos 80 e 90, que impressionam ao mostrar o registro de centenas de adolescentes e crianças cantando as letras de mais de 6 minutos do disco "O Raio X do Brasil" nas periferias de São Paulo.

    O documentário menciona a trajetória de vida de cada integrante e pincela os elementos mais essenciais do grupo. Os bailes das periferias paulistas, a gravadora Zimbabwe, o envolvimento com a religião, os artistas que foram apadrinhados e a rivalidade com a polícia. Querer abordar tudo isso e ainda tentar resumir a importância desse grupo de rap em 1 hora e 56 minutos é um trabalho complexo, por isso ressalto o ótimo desempenho de Washington Deoli e Yuri Amaral na montagem.

    Na segunda metade do filme, que conta os acontecimentos seguintes ao lançamento de "Nada Como Um Dia Após O Outro Dia", a força construída na primeira 1 hora se desvai e o legado do grupo é tratado com pressa e sem muita profundidade. Muitos detalhes ficam de fora, como por exemplo o personagem "Guina", a criação da produtora Boogie Naipe, a relação com a mídia, entre outros. O sentimento que toma o filme a partir desse momento é que estamos assistindo mais um documentário da Netflix, mas não uma obra que investiga a importância da união de Mano Brown, KL Jay, Ice Blue e Edi Rock para o Brasil e a luta antirracista.

    Para abordar esses 34 anos, seria mais justo que "Das Ruas de São Paulo Pro Mundo" fosse uma série documental, com um assunto sendo o foco de cada episódio. Os Racionais não são apenas um grupo de rap importante, mas também são 4 pessoas que enraizaram na cultura brasileira uma nova forma de olhar pra periferia e se relacionar com o público. Como bem lembrado em um dos depoimentos do filme, muitas pessoas falam que os Racionais mudaram suas vidas - por isso, o documentário merecia uma conclusão mais grandiosa.

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  • Camilla

    Em Malmkrog, Cristi Puiu supervaloriza a obra de Vladimir Solovyov em detrimento da linguagem cinematográfica e produz um filme com mais de 3 horas de duração que nem os defensores de filmes longos serão capazes de argumentar a favor.

    Apesar das belas composições visuais formadas pelo posicionamento estático e harmônico dos atores em grande parte das cenas, elas apenas contribuem para as falhas do filme. A direção parece tentar ser tão fiel ao texto que esquece de ser inventiva, beirando ao comodismo. 60% das cenas são compostas por planos abertos e gerais, com os atores se movimentando de forma milimetricamente calculada, fazendo com que o cenário pareça um palco de teatro com lugares marcados no chão. Essa mise-en-scène, apesar de bem pensada, apenas contribui para o afastamento do público com os personagens, tornando a sessão ainda mais torturante.

    Os personagens discutem incansavelmente sobre assuntos relacionados à guerra, morte, religião, cultura, entre outros. São temas que certamente não irão interessar a todos, mas até mesmo os aspirantes à filósofos deverão sentir uma certa dificuldade em conseguir acompanhar as discussões. Embora o texto seja impressionante, as atuações neste filme se resumem em longos diálogos, algumas risadas e sorrisos irônicos. Por mais que os personagens estejam comprometidos a defender seus pontos de vista, falta personalidade, expressão e humanidade neles. São intelectuais da alta-classe europeia retratados da forma mais clichê possível: mãos para trás, taças e uma seriedade entediante.

    É um equívoco tremendo comparar este filme a qualquer obra de Bergman. Malmkrog não transmite sentimento algum, além da disputa intelectual entre 5 pessoas - o que é muito diferente das películas do diretor sueco. Em alguns momentos é até possível ver os atores desviando os olhares entre si, provavelmente na tentativa de focar em algo para não esquecer sua próxima fala. Portanto, nem mesmo o maior triunfo do filme - os atores - estão isentos de problemas.

    Apesar de ser um filme que carrega características intrinsicamente europeias, não consigo considerar uma obra referência deste continente. A Europa é muito mais interessante do que Malmkrog.

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