eu não tenho mais paciência para filmes estética da fome, que ficam encontrando beleza na vitimização e construindo esse imaginário racista sobre o nordeste. Como os financiamentos pra filmes no Brasil só vão pra esse tipo de projeto, o que vemos é um monte de filmes cuja única opção pro espectador e pra quem faz é lamentar e explorar a condição de setores vulnerabilizados, sem oferecer nenhuma solução prática e sequer subvertendo essa representação assistencialista, essa vitimização bondosa concedida pelas elites que então vão ter seu entretenimento assistindo a miséria de quem serviu de objeto para esses filmes. Filme chato também. Claro como outros filmes que tive infelicidade de ver, vi porque fui acompanhar alguém porque senão nem teria visto...
é um documentário muito bem feito. O resgate foi muito válido. Mas faltou muito. Se o punk brasileiro era machista e bastante burro pelo que mostra o documentário (ganguismo, mortes e outras coisas lamentáveis) o documentárista foi incrivelmente pior, ele conseguiu invisibilizar todas poucas mulheres que apareciam no documentário e torná-las acessórias, dar pouco espaço pro depoimento delas, a edição ficou extremamente sexista. As poucas mulheres em bandas eles não tiveram muita vontade de ouvir, cortando as falas e colocando elas como complementares (cadê as mercenárias?????? por que não entrevistaram a primeira banda pós-punk/punk com formação inteiramente feminina). Mas ao mesmo tempo é um lindo documentário, conseguiu retomar muito da história do punk brasileiro, como difundiam as músicas em fita k7, a dificuldade de conseguí-las, a enorme repressão da globo que desmobilizou fortemente o movimento, a relação com ditadura militar, a relação do movimento punk com o dce anarquista da usp (se entendi bem) na época, e todo espírito de rebeldia, todo som sujo e ruim do punk brasileiro que inspirou toda uma geração. Agora falta fazer um documentário resgatando outras vozes do punk mais anarquista e político que o Brasil teve, os anarcopunks se envolvem em mobilizações políticas desde os 80 e de forma muito consciente, coisa que não foi mostrada acabando focada no punk do abc paulista.
a versão pra baixar do elaseelas é um lixo como quase tudo que as gurias pôem lá, que reduzem em .avi e você baixa em um minuto mas os filmes vem lixo, ao menos é uma resistência pra que blogs lésbicos não sejam acusados por fanáticos religiosos de pirataria e acabem, coisa difícil de acontecer com blogs 'heteros'... emfim, estou baixando no arapongas, quem quiser:
Que bizarro, só tem filme assim. Por que uma mulher tem que fazer sexo por compaixão e nao por ela mesma? Pra 'alegrar a vida dos homens' essa já veio sendo nossa funcão. Preciso que alguém confiável me indique esse filme porque pode ser uma crítica também.
este é o filme mais pesado que eu já vi acho, é lamentável. Nunca me saiu da cabeça algumas cenas eu ainda lembro, e eu começo a pensar na cultura masculina - pornográfica, prostituinte, sexista - como a fonte disso, porque não é 'desejo'que explica a necessidade de vender crianças e mulheres e A DEMANDA por comprar e violar corpos de meninas e mulheres, senão a necessidade de exercer poder sobre outro ser humano e se definir como humano a partir deste, a partir de efinir a mulher como não-humana ou menos humana, que vemos o tempo todo nas ruas nas bancas de revistas, nos telefones públicos com cartõezinhos vendendo mulheres, quando homens gritam à mulheres nas ruas, quando fazem festas onde mulheres entram de graça pra que sejam caçadas lá....emfim.
É perturbador no começo (triggering alarming pra quem estiver sensível). É bom ser visto por quem trabalha na área de saúde mental. Me deixou com alguns muitos questionamentos.
Assim como a família, que realiza o documentário como forma de elaborar o luto pela perda do filho, você fica pensando: como ter evitado. Como evitar os próximos. Como podia ter sido trabalhado o transtorno dele.
A impressão que ficou pra mim é que algumas coisas podem explicar porque, com toda dedicação e prevenção que os pais fizeram da melhor forma possível desde a infância, falharam em evitar o suicídio do filho. Uma delas é que tudo que tange saúde mental nos EUA é incrivelmente psiquiátrico, a reparar na própria linguagem do filme. Como você vai querer ver qualquer coisa além de 'TRANSTORNO BIPOLAR', quem quis enxengar o Evan, todo aquele tempo? Ele conseguiu ser ouvido? Como foram as sessões de análise dele, como foi a escuta? Parece que o tempo todo o que interessa é procurar encaixar os comportamentos dele em algum tipo de padrão, delimitado pelo DSM, então se fala ou diz isso, ah lítio, ah depacote, ah vamos retirar a medicação, ah foi a retirada da medicação que provocou suicídio... Esse esvaziamento simbólico certamente facilita qualquer caminho pra uma passagem ao ato drástica como ele fez. Quem queria ouvir o que ele pensava, como ele se sentia, o que imaginava pra vida, sua raiva, seu ódio, se odiava sua vida, seus pais, se odiava toda aquela atmosfera american way of life e toda vida familiar nuclear que ele levava, o que ele pensava de si mesmo, quem ele era?
Todo filme estadunidense sobre depressão e fains é completamente centrado na linugagem médica, e parece que serve pra respaldar e estabelecer ela, se não é justamente lá que se concentram os impérios farmacêuticos do mundo, e se não são eles que produzem essa linguagem (Freud já anunciava lá pelo começo do século, em seu artigo sobre psicanálise selvagem), e se não é essa vida produtiva intensa e o padrão capitalista que demandam (sujeito super herói, assistam Psicopata Americano) e a doutrina calvinista que está em tudo (nota de suicídio do garoto: sou um fracasso, e mesmo que me esforce, pra que? What's the point?), e são eles os que mais produzem essas psicopatologias que nomeiam no mundo.
O que achei excelente foi a frase do psiquiatra: "por isso que odeio as representações de cinema, onde toda pessoa com transtorno mental é louca, confusa, descontrolada, as pessoas não conseguem imaginar uma pessoa calma, levando sua vida, fazendo essa decisão de forma totalmente metódica"
não tenho problema com filmes inspirados em livros, não acho que tem que ser igual a livro. Mas infelizmente o filme não explorou justamente a parte que precisava ser mostrada: as relações sexuais. Parece que pôs um pano preto em cima, pra ninguém ver. Tinha que ter aprofundado essa trajetória dela. Eu gosto de filmes sobre adolescência confusa. Eu tava com medo do filme ser nojento, filme pra homem bater punheta vendo menininha, e me deixou aliviada que o filme não foi nem um pouco assim. Mostrou justamente a violência que ela fazia com ela mesma. Nesse sentido gostei muito do filme, mas mesmo assim fico pensando se não acaba por ser moralista, ao mostrar que sexo é algo negativo para garotas, intrinsicamente.
Eu gostei de como desenvolveu, de como sexo ficava na cabeça dela. Uma coisa que ela queria, mas cujo contato estava associado com dor, ela tenta se jogar desesperadamente nisso pra buscar alguma violência que não pode expressar, pra perder alguma parte de si que odiava, de ser uma menininha....
Podia ser um bom filme se tivesse explorado melhor isso. Se tivesse também conectado mais claramente a busca de sexualidade dela com os estupros aos quais ela se submetia. Ficou desconectado.
Lamentável ver alguns comentários nesse fórum, porque toda garota que busca sexo é uma vadia na opinião de muitos aqui?
é bom, mas parece bem novelle vague da vida, eu queria ver aquele colorido ee bem surrealista que passava na Cultura, no programa sobre escritores, quem puder me passar por favor ficaria bem grata.
O Céu de Suely
3.9 464 Assista Agoraeu não tenho mais paciência para filmes estética da fome, que ficam encontrando beleza na vitimização e construindo esse imaginário racista sobre o nordeste. Como os financiamentos pra filmes no Brasil só vão pra esse tipo de projeto, o que vemos é um monte de filmes cuja única opção pro espectador e pra quem faz é lamentar e explorar a condição de setores vulnerabilizados, sem oferecer nenhuma solução prática e sequer subvertendo essa representação assistencialista, essa vitimização bondosa concedida pelas elites que então vão ter seu entretenimento assistindo a miséria de quem serviu de objeto para esses filmes. Filme chato também. Claro como outros filmes que tive infelicidade de ver, vi porque fui acompanhar alguém porque senão nem teria visto...
Legalmente Loira
3.1 758 Assista Agoramuito bom, show de bola em cima dos misóginos. Mulheres loiras, femininas e patricinhas conseguem ser inteligentes e bem sucedidas.
Minha Mãe Gosta de Mulher
3.4 18baixei mas a versão que tinha era muito avacalhada, dessincronizada, etc. o.O
Corações do Deserto
3.7 43é legal, mas é meio morto, achei meio chatinho. Mas gostei, tem coisas bem válidas nele.
Botinada
4.2 102é um documentário muito bem feito. O resgate foi muito válido. Mas faltou muito. Se o punk brasileiro era machista e bastante burro pelo que mostra o documentário (ganguismo, mortes e outras coisas lamentáveis) o documentárista foi incrivelmente pior, ele conseguiu invisibilizar todas poucas mulheres que apareciam no documentário e torná-las acessórias, dar pouco espaço pro depoimento delas, a edição ficou extremamente sexista. As poucas mulheres em bandas eles não tiveram muita vontade de ouvir, cortando as falas e colocando elas como complementares (cadê as mercenárias?????? por que não entrevistaram a primeira banda pós-punk/punk com formação inteiramente feminina). Mas ao mesmo tempo é um lindo documentário, conseguiu retomar muito da história do punk brasileiro, como difundiam as músicas em fita k7, a dificuldade de conseguí-las, a enorme repressão da globo que desmobilizou fortemente o movimento, a relação com ditadura militar, a relação do movimento punk com o dce anarquista da usp (se entendi bem) na época, e todo espírito de rebeldia, todo som sujo e ruim do punk brasileiro que inspirou toda uma geração. Agora falta fazer um documentário resgatando outras vozes do punk mais anarquista e político que o Brasil teve, os anarcopunks se envolvem em mobilizações políticas desde os 80 e de forma muito consciente, coisa que não foi mostrada acabando focada no punk do abc paulista.
Clara's Summer
2.7 17como as pessoas tem coragem de dar 3 estrelas pra este filme genial? párem com isso, melhorem seus conceitos.
A Convenção das Bruxas
3.5 1K Assista Agoramorria de medo disso, mas adorava vi tantas vezes... (nas sessões da tarde da Globo).
O Homem Que Caiu Na Terra
3.3 133a androginia de david bowie dos 70 dá uma beleza muito peculiar pra essa encantadora ficção científica.
Meu Pecado Favorito
3.3 8a versão pra baixar do elaseelas é um lixo como quase tudo que as gurias pôem lá, que reduzem em .avi e você baixa em um minuto mas os filmes vem lixo, ao menos é uma resistência pra que blogs lésbicos não sejam acusados por fanáticos religiosos de pirataria e acabem, coisa difícil de acontecer com blogs 'heteros'... emfim, estou baixando no arapongas, quem quiser:
A Bruxa de Blair
3.1 1,6Kcagaço total quando eu vi... anos atrás.
Akira
4.3 868 Assista Agoramuito afudê!
Sexo por Compaixão
3.9 30?
Que bizarro, só tem filme assim. Por que uma mulher tem que fazer sexo por compaixão e nao por ela mesma? Pra 'alegrar a vida dos homens' essa já veio sendo nossa funcão. Preciso que alguém confiável me indique esse filme porque pode ser uma crítica também.
Anjos do Sol
4.0 409este é o filme mais pesado que eu já vi acho, é lamentável. Nunca me saiu da cabeça algumas cenas eu ainda lembro, e eu começo a pensar na cultura masculina - pornográfica, prostituinte, sexista - como a fonte disso, porque não é 'desejo'que explica a necessidade de vender crianças e mulheres e A DEMANDA por comprar e violar corpos de meninas e mulheres, senão a necessidade de exercer poder sobre outro ser humano e se definir como humano a partir deste, a partir de efinir a mulher como não-humana ou menos humana, que vemos o tempo todo nas ruas nas bancas de revistas, nos telefones públicos com cartõezinhos vendendo mulheres, quando homens gritam à mulheres nas ruas, quando fazem festas onde mulheres entram de graça pra que sejam caçadas lá....emfim.
Garoto Interrompido
4.4 298É perturbador no começo (triggering alarming pra quem estiver sensível). É bom ser visto por quem trabalha na área de saúde mental. Me deixou com alguns muitos questionamentos.
Assim como a família, que realiza o documentário como forma de elaborar o luto pela perda do filho, você fica pensando: como ter evitado. Como evitar os próximos. Como podia ter sido trabalhado o transtorno dele.
A impressão que ficou pra mim é que algumas coisas podem explicar porque, com toda dedicação e prevenção que os pais fizeram da melhor forma possível desde a infância, falharam em evitar o suicídio do filho. Uma delas é que tudo que tange saúde mental nos EUA é incrivelmente psiquiátrico, a reparar na própria linguagem do filme. Como você vai querer ver qualquer coisa além de 'TRANSTORNO BIPOLAR', quem quis enxengar o Evan, todo aquele tempo? Ele conseguiu ser ouvido? Como foram as sessões de análise dele, como foi a escuta? Parece que o tempo todo o que interessa é procurar encaixar os comportamentos dele em algum tipo de padrão, delimitado pelo DSM, então se fala ou diz isso, ah lítio, ah depacote, ah vamos retirar a medicação, ah foi a retirada da medicação que provocou suicídio... Esse esvaziamento simbólico certamente facilita qualquer caminho pra uma passagem ao ato drástica como ele fez. Quem queria ouvir o que ele pensava, como ele se sentia, o que imaginava pra vida, sua raiva, seu ódio, se odiava sua vida, seus pais, se odiava toda aquela atmosfera american way of life e toda vida familiar nuclear que ele levava, o que ele pensava de si mesmo, quem ele era?
Todo filme estadunidense sobre depressão e fains é completamente centrado na linugagem médica, e parece que serve pra respaldar e estabelecer ela, se não é justamente lá que se concentram os impérios farmacêuticos do mundo, e se não são eles que produzem essa linguagem (Freud já anunciava lá pelo começo do século, em seu artigo sobre psicanálise selvagem), e se não é essa vida produtiva intensa e o padrão capitalista que demandam (sujeito super herói, assistam Psicopata Americano) e a doutrina calvinista que está em tudo (nota de suicídio do garoto: sou um fracasso, e mesmo que me esforce, pra que? What's the point?), e são eles os que mais produzem essas psicopatologias que nomeiam no mundo.
O que achei excelente foi a frase do psiquiatra: "por isso que odeio as representações de cinema, onde toda pessoa com transtorno mental é louca, confusa, descontrolada, as pessoas não conseguem imaginar uma pessoa calma, levando sua vida, fazendo essa decisão de forma totalmente metódica"
100 Escovadas Antes de Dormir
2.7 503não tenho problema com filmes inspirados em livros, não acho que tem que ser igual a livro. Mas infelizmente o filme não explorou justamente a parte que precisava ser mostrada: as relações sexuais. Parece que pôs um pano preto em cima, pra ninguém ver. Tinha que ter aprofundado essa trajetória dela. Eu gosto de filmes sobre adolescência confusa. Eu tava com medo do filme ser nojento, filme pra homem bater punheta vendo menininha, e me deixou aliviada que o filme não foi nem um pouco assim. Mostrou justamente a violência que ela fazia com ela mesma. Nesse sentido gostei muito do filme, mas mesmo assim fico pensando se não acaba por ser moralista, ao mostrar que sexo é algo negativo para garotas, intrinsicamente.
Eu gostei de como desenvolveu, de como sexo ficava na cabeça dela. Uma coisa que ela queria, mas cujo contato estava associado com dor, ela tenta se jogar desesperadamente nisso pra buscar alguma violência que não pode expressar, pra perder alguma parte de si que odiava, de ser uma menininha....
Podia ser um bom filme se tivesse explorado melhor isso. Se tivesse também conectado mais claramente a busca de sexualidade dela com os estupros aos quais ela se submetia. Ficou desconectado.
Lamentável ver alguns comentários nesse fórum, porque toda garota que busca sexo é uma vadia na opinião de muitos aqui?
Retratos de Uma Mulher
3.1 29já tinha visto.... há uns anos atrás... que puta dificuldade de encontrar legenda sincronizada.
Minha Mãe
2.8 243ai mais um filminho podre...
Meninas Virgens e P... - Troca de Óleo
3.0 26que nojento.
O Óleo de Lorenzo
4.1 758 Assista Agorafaz muito tempo que eu vi, mas achava excelente.
Sedução
3.6 567é pesado, sufocante, mas a maria valverde é linda, talentosa *_*
Romance X
2.9 46Eu amo Catherine Breillat!!
Fruto do Paraíso
4.1 33 Assista Agoravisualmente genial, surrealista, onírico, belíssimo, amo essa diretora, uma gênia.
Estranha Compulsão
3.7 33orson welles é personagem neste filme... que genial.
O Processo
4.0 128 Assista Agoraé bom, mas parece bem novelle vague da vida, eu queria ver aquele colorido ee bem surrealista que passava na Cultura, no programa sobre escritores, quem puder me passar por favor ficaria bem grata.