Sinceramente é difícil para mim analisar este filme isento da minha experiência com o livro, pois inevitavelmente fiquei comparando o filme inteiro com trechos do livro. Concordo que o filme não precisa ser totalmente fidedigno com a obra escrita, afinal o tempo de é curto. De toda forma, acredito que o filme cumpriu o seu dever como adaptação. O que chamou bastante atenção foi a fotografia do filme, retratando a cegueira branca de uma forma muito criativa.
O filme é muito metafórico. Uma puta crítica a nossa sociedade, indo de encontro e contra a todo o estilo de vida superficial, ordenado (via regras) e insensível. A felicidade imposta por hipócritas que nada entendem ou querem saber da real natureza ou interesse do indivíduo. Uma sociedade que nega o prazer, logo uma sociedade infeliz.
Eu não quero entrar no âmbito da comparação com o livro. Acho isto uma injustiça. Prefiro considerar o filme como algo a parte, um bônus, devido à questão de se tratar de uma visão e construção do diretor em particular. Um filme nunca será igual ao livro (salvo alguns raros casos). Muitos filmes bons são adaptações de obras não muito conhecidas, e por não serem tão conhecidas, grande parte ignora a comparação. No caso de um clássico da literatura já é diferente, as comparações vem aos montes. Não que seja errado comparar, entretanto, acredito que deveríamos assistir a qualquer adaptação isentos do que já vimos.
O que é mais curioso, é que a vida de Sidarta lembra a do próprio Hermann Hesse (o autor do livro que deu origem a este filme), que nascido na Alemanha em 1877 e vivenciado o orgulho alemão, renunciou e fugiu da rígida doutrina nacionalista, da sociedade, indo até mesmo morar na natureza selvagem. Voltou-se contra o sistema que constroem humanos como se fossem robôs em série programados para trabalhar, sem qualquer interesse ou iniciativa para a melhoria da condição psicológica e espiritual humana. Voltou-se contra a escola, a igreja, a guerra, o nacionalismo. Angustiado com toda a mediocridade da vida ocidental, Hesse parte para Índia, onde colhe valiosos ensinamentos filosóficos e espirituais.
Acabei de assistir o filme "Gandhi". Eu sei que um filme, ainda que sejam três horas de duração, ainda é muito pouco para demonstrar a totalidade da louvável personalidade desse homem singular. Se antes eu tinha consideração pelas suas palavras, hoje eu considero com maior admiração a pessoa que ele foi. Um exemplo a ser seguido. Defendendo a não-violência, e a integridade consciência de cada um, sabendo que o ódio só gera mais ódio, não resolve o problema de nenhuma sociedade. Evidenciou o quão ridículo nós somos, e quanto precisamos evoluir. Eu admiro Gandhi. Esse que não foi um pregador de nenhuma religião em particular, de nenhuma teoria, de nenhuma filosofia, mas sim o pregador da união, do compartilhamento, do amor. Eu agradeço Gandhi pela sua existência, pelo seu exemplo.
Jack Nicholson, eu realmente me assusto e fico impressionado com sua atuação. O filme foi muito bem elaborado, em quase todos os aspectos. Uma denúncia a um regime totalitário em manicômios imposto àqueles que sequer pode reclamar o seus direitos, por ser considerados loucos, ou seja, desdenhando a qualidade de vida desses mesmos(na época, é claro).
A falha do sistema educacional é justamente não considerar o "ser", o humano, as relações, os conflitos internos, o aspecto psicológico e emocional, a liberdade de escolha, as relações, mas tão somente a repetição de discursos e memorização de conceitos.
"Todo mundo fala de paz, mas ninguém educa para a paz. As pessoas educam apenas para a competição e a competição leva a guerra." Pablo Lipnizky
Quando a realidade atrapalha a fantasia, ou vice-versa. Viver entre o ideal e o real. Fica bem claro no filme a disputa desses dois na cabeça de phoebe. Poxa vida, eu era apenas um garoto imaginativo! Mas se perder a imaginação, não é criança, qual a graça da infância, o único instante em que se perder em mundos próprios não tão censurado. É claro que o grau obsessivo de Phoebe não é saudável (mas o filme mostra o porquê phoebe se comporta do jeito que se comporta), mas quem é saudável nessa humanidade doente? O filme é ótimo, boa fotografia, diálogos, e com uma trilha sonora invejável.
O que mais impressiona nessa animação é a arte. Que belo espetáculo visual. Em tempos onde a animação 3D/engraçadinha predomina, filmes "alternativos" como Song of The Sea é um oásis. Não que eu não goste do 3D, mas as possibilidades artístico de um desenho 2D, em minha opinião, são muito maiores. Um filme só é bom quando de fato nos sentimos dentro das personagens, e Song of The Sea com certeza cumpre esse requisito. Agora, se alguém depende de Oscar para saber que um filme é bom, então essa pessoa certamente tem problemas.
O estúdio Laika vem ganhando o meu respeito, e acredito que de muitas pessoas que gostam de boas animações. Que animação bem feita, imagino o trabalho da equipe de animação, pois os movimentos das personagens são de uma fluidez quase impecável. O filme tem uma boa história, é divertido, criativo e engraçado. Mas eu confesso que o que eu gosto mesmo é o designer das personagens, fora do convencional.
Clichê, clichê e mais clichê. Mas não um clichê aproveitável (já que a vida é sempre clichê), mas um clichê descartável, desses que você compra na banca de jornal. Afinal, se a mudança física gravada ao longo dos doze anos impressiona, a mudança psicológica não impressiona nada, pois logo percebemos personagens que em nada acrescenta para enriquecer a trama, por exemplo, Samantha: Era uma personagem realmente intrigante no começo, mas que depois foi jogado para escanteio, e permaneceu no limbo, só aparecendo para fazer nada.
Se esse filme ganhar o Oscar (o que acho provável), só prova que a produção e consumo cinematográfico está numa situação de dar dó (nada que não sabemos).
Esse foi o filme mais pobre que eu já vi do Studio Ghibli. Não foi convincente, um roteiro ruim e personagens também ruins. Clichês de anime aos montes, O que salva é o visual.
Enquanto Miyazaki esbanja beleza e fantasia. Takahata sabe pegar o lado mais introspectivo do ser humano, o lada mais poético, e problemático. E esse filme é mais um exemplo de sua maestria, os passos lentos do desenrolar da estória, faz com que criamos mais intimidade com os cenários e as personagens. Somos constantemente pegos em flashs do passado, em nostalgia perdidas, e problemas que carregamos ao longo da vida. Esse é um filme simples, mas ao mesmo tempo rico em expressão.
A educação é o alicerce da sociedade, se a educação é precária pode apostar que a sociedade é precária e pior, corrupta. Uma ameaça de democratização da educação resultaria em mentes mais informadas e com discernimento, o que seria um perigo para os nossos políticos, visto que alguém com educação e informação tem uma visão muito mais ampla e indagadora, sendo capaz de perceber e criticar de forma mais incisiva as mazelas do governo. Pobre é visto somente como gados de consumo, quanto mais alienado mais fácil manipular, por isso não deixam as escolas públicas a deus-dará.
Cara eu pensei que essa era uma animação de baixo nível, tremendo engano, ainda bem. Os Franceses são fera mesmo. Gostei por retratar uma história Africana, onde burbulham mitologias e contos ótimos, mas altamente ignorados.
A linguagem e o objeto, política, sociedade de consumo e crítica social. Temas abordados de uma forma bem reflexiva, quase documental. Retratando uma sociedade vazia que se serve de objetos, desejos e aparências para preencher lacunas da existência diária. São as portas do capitalismo, onde as aparências não traduzem o interno das pessoas, onde não saciam, muito pelo contrário, retardam.
Quero muito assistir, Secret of Kells foi uma pérola magnífica, esse não parece ser diferente. A arte conceitual está muito bonita, em tempos onde o 3D domina as animações, obras como essa são exceções que fazem um show a parte.
Esse é para favoritar no mesmo instante. Que qualidade, em todos os aspectos, som, imagem, estória. É desse tipo de animação que precisamos, porque nos faz refletir, nos ensinam, nos marcam. Mary e Max, nos faz pensar sobre os parâmetros de normalidade da sociedade, na aceitação de si próprio, na valorização da amizade, no valor à vida, a esperança, e a beleza.
Eu nem sei como avaliar direito esse filme. Não quero entrar em detalhes técnicos. Pareceu um filme interessante, mas não me agradou. . Talvez eu não tenha entendido ao certo, o que poderia ser uma metáfora incrível não tão legal assim. Acho que poderia ter sido mais profundo.
O andamento, as cenas, são quase documentais, o que pode ser um incômodo para o público mainstream, porém isso faz com que tudo se torne mais seco e brusco e mais profundo, vivenciamos os detalhes.
Por esse aspecto mais documental, não apresenta diretamente aspectos de emocionalismo induzido, sem melodrama, mas que ainda assim, secamente, nos induz a sentir as dificuldades e as carências das personagens, até de uma forma mais madura por assim dizer, visto que pelo contexto de indignação e lamento por um mal social, e não uma intriga qualquer.
O Filme não é totalmente fidedigno com os fatos reais, os fatos reais são mais brutais. Porém isso não tira os créditos da obra, até porque, de acordo com o diretor, o interesse era mostrar uma realidade social muito comum, embora nunca dita, e não espetáculo de horrores.Contudo seria mais interessante, apesar de deixar mais bem mais pesado, se o filme tivesse sido mais fidedigno aos fatos reais, visto que impactaria muito mais.
Eu sempre subestimei, o cinema japonês, realmente não entendo muita coisa das obras que vem de lá. Porém filmes como esse é uma salvaguarda de coisas ruins que tem a beça por lá. A simplicidade desse filme é tão grande que chega a ser genial. Problemas de aceitação, seja da morte, da perda, do reconhecimento do outro, hipocrisia, são apresentados ao longo do filme. Problemas comuns e pequenos, que se tornam grandes quando não sabemos lidar com eles, nos fazendo viver em um ambiente de opressão dentro da nossa própria família, lutando para ser aceito, e julgados quando contradiz as expectativas.
A qualidade técnica desse filme é impressionante. Imagens de cair o queixo. Mostra um pouco do contraste entre uma realidade insensível e a briga interna entre buscar os próprios sentimentos e se calar e seguir os ditames que lhe apresentam. Talvez um aspecto da realidade das gueixas que se via naquela época, onde o valor de mercado é o que interessa, onde escolhas são inexistentes para quem não tem margem de futuro, não tem família ou em quem se apoiar.
O Estranho Mundo de Jack
4.1 1,3K Assista AgoraQue isso! Que isso! Que filme tão maneiro. Que isso! Que isso! Como eu pude ter demorado tanto para assistir. Jack é uma figura.
Ensaio Sobre a Cegueira
4.0 2,5KSinceramente é difícil para mim analisar este filme isento da minha experiência com o livro, pois inevitavelmente fiquei comparando o filme inteiro com trechos do livro. Concordo que o filme não precisa ser totalmente fidedigno com a obra escrita, afinal o tempo de é curto. De toda forma, acredito que o filme cumpriu o seu dever como adaptação. O que chamou bastante atenção foi a fotografia do filme, retratando a cegueira branca de uma forma muito criativa.
O Homem Que Incomoda
3.8 100O filme é muito metafórico. Uma puta crítica a nossa sociedade, indo de encontro e contra a todo o estilo de vida superficial, ordenado (via regras) e insensível. A felicidade imposta por hipócritas que nada entendem ou querem saber da real natureza ou interesse do indivíduo. Uma sociedade que nega o prazer, logo uma sociedade infeliz.
Siddhartha
3.6 18Eu não quero entrar no âmbito da comparação com o livro. Acho isto uma injustiça. Prefiro considerar o filme como algo a parte, um bônus, devido à questão de se tratar de uma visão e construção do diretor em particular. Um filme nunca será igual ao livro (salvo alguns raros casos). Muitos filmes bons são adaptações de obras não muito conhecidas, e por não serem tão conhecidas, grande parte ignora a comparação. No caso de um clássico da literatura já é diferente, as comparações vem aos montes. Não que seja errado comparar, entretanto, acredito que deveríamos assistir a qualquer adaptação isentos do que já vimos.
O que é mais curioso, é que a vida de Sidarta lembra a do próprio Hermann Hesse (o autor do livro que deu origem a este filme), que nascido na Alemanha em 1877 e vivenciado o orgulho alemão, renunciou e fugiu da rígida doutrina nacionalista, da sociedade, indo até mesmo morar na natureza selvagem. Voltou-se contra o sistema que constroem humanos como se fossem robôs em série programados para trabalhar, sem qualquer interesse ou iniciativa para a melhoria da condição psicológica e espiritual humana. Voltou-se contra a escola, a igreja, a guerra, o nacionalismo. Angustiado com toda a mediocridade da vida ocidental, Hesse parte para Índia, onde colhe valiosos ensinamentos filosóficos e espirituais.
Gandhi
4.1 304 Assista AgoraAcabei de assistir o filme "Gandhi". Eu sei que um filme, ainda que sejam três horas de duração, ainda é muito pouco para demonstrar a totalidade da louvável personalidade desse homem singular. Se antes eu tinha consideração pelas suas palavras, hoje eu considero com maior admiração a pessoa que ele foi. Um exemplo a ser seguido. Defendendo a não-violência, e a integridade consciência de cada um, sabendo que o ódio só gera mais ódio, não resolve o problema de nenhuma sociedade. Evidenciou o quão ridículo nós somos, e quanto precisamos evoluir.
Eu admiro Gandhi. Esse que não foi um pregador de nenhuma religião em particular, de nenhuma teoria, de nenhuma filosofia, mas sim o pregador da união, do compartilhamento, do amor. Eu agradeço Gandhi pela sua existência, pelo seu exemplo.
Um Estranho no Ninho
4.4 1,8K Assista AgoraJack Nicholson, eu realmente me assusto e fico impressionado com sua atuação. O filme foi muito bem elaborado, em quase todos os aspectos. Uma denúncia a um regime totalitário em manicômios imposto àqueles que sequer pode reclamar o seus direitos, por ser considerados loucos, ou seja, desdenhando a qualidade de vida desses mesmos(na época, é claro).
A Educação Proibida
4.3 54A falha do sistema educacional é justamente não considerar o "ser", o humano, as relações, os conflitos internos, o aspecto psicológico e emocional, a liberdade de escolha, as relações, mas tão somente a repetição de discursos e memorização de conceitos.
"Todo mundo fala de paz, mas ninguém educa para a paz. As pessoas educam apenas para a competição e a competição leva a guerra." Pablo Lipnizky
A Menina no País das Maravilhas
4.1 405Quando a realidade atrapalha a fantasia, ou vice-versa. Viver entre o ideal e o real. Fica bem claro no filme a disputa desses dois na cabeça de phoebe. Poxa vida, eu era apenas um garoto imaginativo! Mas se perder a imaginação, não é criança, qual a graça da infância, o único instante em que se perder em mundos próprios não tão censurado. É claro que o grau obsessivo de Phoebe não é saudável (mas o filme mostra o porquê phoebe se comporta do jeito que se comporta), mas quem é saudável nessa humanidade doente? O filme é ótimo, boa fotografia, diálogos, e com uma trilha sonora invejável.
A Canção do Oceano
4.4 300 Assista AgoraO que mais impressiona nessa animação é a arte. Que belo espetáculo visual. Em tempos onde a animação 3D/engraçadinha predomina, filmes "alternativos" como Song of The Sea é um oásis. Não que eu não goste do 3D, mas as possibilidades artístico de um desenho 2D, em minha opinião, são muito maiores. Um filme só é bom quando de fato nos sentimos dentro das personagens, e Song of The Sea com certeza cumpre esse requisito. Agora, se alguém depende de Oscar para saber que um filme é bom, então essa pessoa certamente tem problemas.
Os Boxtrolls
3.6 296 Assista AgoraO estúdio Laika vem ganhando o meu respeito, e acredito que de muitas pessoas que gostam de boas animações. Que animação bem feita, imagino o trabalho da equipe de animação, pois os movimentos das personagens são de uma fluidez quase impecável. O filme tem uma boa história, é divertido, criativo e engraçado. Mas eu confesso que o que eu gosto mesmo é o designer das personagens, fora do convencional.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraClichê, clichê e mais clichê. Mas não um clichê aproveitável (já que a vida é sempre clichê), mas um clichê descartável, desses que você compra na banca de jornal. Afinal, se a mudança física gravada ao longo dos doze anos impressiona, a mudança psicológica não impressiona nada, pois logo percebemos personagens que em nada acrescenta para enriquecer a trama, por exemplo, Samantha: Era uma personagem realmente intrigante no começo, mas que depois foi jogado para escanteio, e permaneceu no limbo, só aparecendo para fazer nada.
Se esse filme ganhar o Oscar (o que acho provável), só prova que a produção e consumo cinematográfico está numa situação de dar dó (nada que não sabemos).
Contos de Terramar
3.5 172 Assista AgoraEsse foi o filme mais pobre que eu já vi do Studio Ghibli. Não foi convincente, um roteiro ruim e personagens também ruins. Clichês de anime aos montes, O que salva é o visual.
Memórias de Ontem
4.1 235Enquanto Miyazaki esbanja beleza e fantasia. Takahata sabe pegar o lado mais introspectivo do ser humano, o lada mais poético, e problemático. E esse filme é mais um exemplo de sua maestria, os passos lentos do desenrolar da estória, faz com que criamos mais intimidade com os cenários e as personagens. Somos constantemente pegos em flashs do passado, em nostalgia perdidas, e problemas que carregamos ao longo da vida. Esse é um filme simples, mas ao mesmo tempo rico em expressão.
Tempos Modernos
4.4 1,1K Assista AgoraEsse cara realmente era bom no que fazia.
Adeus, Lenin!
4.2 1,1K Assista AgoraBom filme, transformando uma utopia em realidade, mesmo que ela seja só para uma pessoa.
Pro Dia Nascer Feliz
4.3 255A educação é o alicerce da sociedade, se a educação é precária pode apostar que a sociedade é precária e pior, corrupta. Uma ameaça de democratização da educação resultaria em mentes mais informadas e com discernimento, o que seria um perigo para os nossos políticos, visto que alguém com educação e informação tem uma visão muito mais ampla e indagadora, sendo capaz de perceber e criticar de forma mais incisiva as mazelas do governo. Pobre é visto somente como gados de consumo, quanto mais alienado mais fácil manipular, por isso não deixam as escolas públicas a deus-dará.
Kiriku e a Feiticeira
3.9 188Cara eu pensei que essa era uma animação de baixo nível, tremendo engano, ainda bem. Os Franceses são fera mesmo. Gostei por retratar uma história Africana, onde burbulham mitologias e contos ótimos, mas altamente ignorados.
Duas ou Três Coisas que Eu Sei Dela
3.7 84 Assista AgoraA linguagem e o objeto, política, sociedade de consumo e crítica social. Temas abordados de uma forma bem reflexiva, quase documental. Retratando uma sociedade vazia que se serve de objetos, desejos e aparências para preencher lacunas da existência diária. São as portas do capitalismo, onde as aparências não traduzem o interno das pessoas, onde não saciam, muito pelo contrário, retardam.
A Canção do Oceano
4.4 300 Assista AgoraQuero muito assistir, Secret of Kells foi uma pérola magnífica, esse não parece ser diferente. A arte conceitual está muito bonita, em tempos onde o 3D domina as animações, obras como essa são exceções que fazem um show a parte.
Mary e Max: Uma Amizade Diferente
4.5 2,4KEsse é para favoritar no mesmo instante. Que qualidade, em todos os aspectos, som, imagem, estória. É desse tipo de animação que precisamos, porque nos faz refletir, nos ensinam, nos marcam. Mary e Max, nos faz pensar sobre os parâmetros de normalidade da sociedade, na aceitação de si próprio, na valorização da amizade, no valor à vida, a esperança, e a beleza.
Boneca Inflável
3.9 192 Assista AgoraEu nem sei como avaliar direito esse filme. Não quero entrar em detalhes técnicos. Pareceu um filme interessante, mas não me agradou. . Talvez eu não tenha entendido ao certo, o que poderia ser uma metáfora incrível não tão legal assim. Acho que poderia ter sido mais profundo.
Ninguém Pode Saber
4.3 228O andamento, as cenas, são quase documentais, o que pode ser um incômodo para o público mainstream, porém isso faz com que tudo se torne mais seco e brusco e mais profundo, vivenciamos os detalhes.
Por esse aspecto mais documental, não apresenta diretamente aspectos de emocionalismo induzido, sem melodrama, mas que ainda assim, secamente, nos induz a sentir as dificuldades e as carências das personagens, até de uma forma mais madura por assim dizer, visto que pelo contexto de indignação e lamento por um mal social, e não uma intriga qualquer.
O Filme não é totalmente fidedigno com os fatos reais, os fatos reais são mais brutais. Porém isso não tira os créditos da obra, até porque, de acordo com o diretor, o interesse era mostrar uma realidade social muito comum, embora nunca dita, e não espetáculo de horrores.Contudo seria mais interessante, apesar de deixar mais bem mais pesado, se o filme tivesse sido mais fidedigno aos fatos reais, visto que impactaria muito mais.
Andando
4.2 58Eu sempre subestimei, o cinema japonês, realmente não entendo muita coisa das obras que vem de lá. Porém filmes como esse é uma salvaguarda de coisas ruins que tem a beça por lá. A simplicidade desse filme é tão grande que chega a ser genial. Problemas de aceitação, seja da morte, da perda, do reconhecimento do outro, hipocrisia, são apresentados ao longo do filme. Problemas comuns e pequenos, que se tornam grandes quando não sabemos lidar com eles, nos fazendo viver em um ambiente de opressão dentro da nossa própria família, lutando para ser aceito, e julgados quando contradiz as expectativas.
Memórias de uma Gueixa
4.1 1,4K Assista AgoraA qualidade técnica desse filme é impressionante. Imagens de cair o queixo. Mostra um pouco do contraste entre uma realidade insensível e a briga interna entre buscar os próprios sentimentos e se calar e seguir os ditames que lhe apresentam. Talvez um aspecto da realidade das gueixas que se via naquela época, onde o valor de mercado é o que interessa, onde escolhas são inexistentes para quem não tem margem de futuro, não tem família ou em quem se apoiar.