é impossível entender um filme que fala de tanta coisa ao mesmo tempo de forma tão aleatória e indireta, vai te **** já tentei muitas vezes entender a pelicula mas vai complicar assim a vida dos outros lá na casa do c*******
Chocante abordagem do tema "relacionamentos" no mundo real, infectado, corrompido pelos corruptores. Minha impressão é um misto de iluminação, revelação e angustia. A primeira e a segunda, pela ausência de sentido que dá sentido ao final, e a terceira pela saudade dos sentidos perdidos nas desilusões retratadas. Apesar de chocante, vale a pena: Pelo choque, vale a pena.
Um belo filme. A partir da cena do interrogatório começamos a criar noção da personalidade à frente do seu tempo que é julgada. As atitudes do Marquês de Queensberry condizem com a resistente intolerância da época em que viveu. Sua literatura, felizmente, não seguiu os parâmetros da sua época, para o bem de todos os que com ela aprendem a voar.
O sagrado do filme não está na aplicação de uma formula, ou tendência. Quando ele deixa pairar algo no ar... No entanto, resta saber: O substancial do filme é essa grande crítica ao capitalismo? Certamente um substancial ainda maior está na forma poética e vívida com que essa critica é passada. Suprema abordagem estética da existência: Melhor aspecto, aliás.
A direção de Arte é de encher os olhos. Pessoalmente, me identifiquei com a quatricentenária metamorfose sexual de Orlando. O filme é belíssimo, cores vivas transformam cada cena em cristalizações fotográficas incríveis. Pinturas do rosto de Tilda Swinton são o destaque dos closes maravilhosos e apaixonantes que acompanham o filme do início ao fim, também muito significativo no que refere a sua busca individual pelo amor verdadeiro, e gêneros de vida. Não li a Virginia Woolf, mas arrisco que se trata de uma imperdível experiência.
Criticismo: Adirei a forma cômica com que o filme trabalha questões ligadas a sobrevivência animal. Análogo a isso, a inovação na animação investe no realismo da mensagem, que satiriza de forma humanizada o Sr. Raposo, sua família e os demais personagens.
..............Enquanto cavalga, o defunto parece assustar mais pela sua indiferença de defunto que pela sua coragem de herói. Atropelando a tudo e a todos, ele segue indiferente a paisagem costeira, portando apenas uma bandeira que responde aos ventos e aos movimentos do cavalo. Esse cavalo branco, inclusive, é a única vida que anima os símbolos que viajam mortos pela costa de Valência, agora, vencida e porque não... Traída pelos mesmos símbolos que animava.
Resumi o filme pelas inacreditavelmente fantásticas cenas de perseguições automobilísticas não é desmerecê-lo: São simplesmente as melhores cenas de perseguição que já na vida. Quentin Tarantino é como um Mozart: Não é possível prevê sua composição/direção, mas dificilmente nos decepcionamos com sua original maneira de surpreender. Filmaço para vê sem interrupções.
Simultaneidade, crítica e simetria. Uma crônica de sua época minimamente arquitetada aos moldes dos movimentos anti* que ocorriam desde os primeiros anos pós segunda guerra. Enquanto eu assistia, amigos e companheiros de sessão repetiam: Gênio!.
Por mais repetitivo que tenha sido o estilo dialógico da trilogia, gostei mais deste último que do seu antecessor: "ANTES DO PÔR DO SOL", ou pelo menos desgostei menos. Penso que o primeiro filme e o último em nada se comparam ao segundo, que é frio e oco. Linklater Poderia ter dado prioridade aos curtos encontros sugeridos nos títulos dos filmes, mas preferiu investir numa história de amor decadente. Apesar de ter gostado de "ANTES DA MEIA-NOITE", acho que seria melhor se o diretor tivesse parado no primeiro filme da série.
Não convence. As referências cosmológicas e astronômicas no filme estão mais para frases destacadas de algum documentário educativo. Isso dá ao filme um ar de caricatura. Algumas cenas são dignas de "Cinderela baiana de ouro", infelizmente.
Acredito que "Camões - Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente", ao sintetizar a história deste poeta português, também o retrata como um herói "digno de Portugal", e o faz dignamente. Este pais antigo, que carrega o orgulho nacional de ter como representante do seu idioma e literatura o primeiro grande poeta europeu, deve muito a ele. Talvez seu triste destino tenha imortalizado seu ávido talento para as letras, isso é clarificado belamente no filme: Sua gana é despertada quando no decorrer da sua existência, acontecimentos humilhantes o obrigam a testar os seus verdadeiros limites, numa biografia extremamente familiar aos heróis épicos de Homero. E no entanto, Camões fora herói & poeta das suas sagas. O que é de uma honestidade intelectual sem fronteiras. Ele não dissociava sua literatura de sua experiência, colocava todo seu coração em sua poesia. Sua nobreza e sua desgraça confundem-se com a nobreza e desgraça do seu país e época. Em tempos de guerra, em tempos de glória. Portugal e Camões parecem uma coisa só.
Um registro antropológico unido à história do desenvolvimento das artes, sob o ponto de vista da mais completa delas. Um documentário audacioso em tudo que diz. Os depoimentos que contém são acompanhados por corais angelicais que complementam sua atmosfera narrativa misteriosa, e espiritual. Aqui, o espírito do homo sapiens é despertado, sua expressão é sua ferramenta. Mas o que é sua expressão além de ferramenta? 32 mil anos e ainda não descobrimos. Por isso, concordo em especial com um dos depoimentos presentes no doc: "Ainda estamos mais para "homo espiritualis" que para "Homo sapiens".". Isso quer dizer que espiritalidade está diretamente ligada ao desenvolvimento do homo. E mesmo justificada ou negada ela é expressada.
Assim que ganhei um dos quatro volumes deste clássico mundial de um amigo, baixei o filme e só assisti agora: Preciso ler os volumes. Depois do que ví, preciso ler. Marjane Satrapi é inacreditável em sua criatividade. As suas histórias são sempre cheias de criatividade, "Bordados", por exemplo, em uma narrativa circular muito divertida, que remonta os pensamentos da escritora. Sua literatura tem um ar autobiográfico, prefiro pensar que esse ar é o mesmo ar o qual identificamos o diferencial da autora: Sua originalidade, simplicidade e intimidade. A animação é, assim, semelhante à sua forma única de escrever. Com recursos simples, e muitas cenas, o filme pode parecer cansativo, mas vai atraindo atenção de quem assiste em pouco tempo.
Steven Spielberg mudou totalmente o conceito que eu tinha da obra dele nesse filme, e mostrou que é um diretor completo. Talvez a fantasia Spielbergiriana tenha iluminado o idealismo de Abraham Lincoln de tal forma que o realismo dos assunto historiagráficos se convertem, de burocráticos em humanos, em esperançosos. Lincoln é assim retratado como um gênio politico, que é a denominação moderna para herói, profeta. Patologicamente determinado em causar mudanças para melhor, acabam sacrificando à própria vida. Durkheim diria: Altruísmo Suicída. Mas prefiro achar que assassinato raramente têm justificativa.
"Os verdadeiros paraisos são aqueles que já visitamos". Precisamos reconhecer o sentido superior na pespectiva do passado em Proust. Ele ganha aqui, uma dimensão ontológica. Henri Bergson, que fora casado com a prima de Proust, coincidentemente compartilhava em sua filosofia uma linha paralela de pensamento. Em Busca do Tempo Perdido permanece revisitado, como diz Proust em um trecho da pelicula: "O importante não é se perder, o importante é se encontrar". E é por isso que sentimos a necessidade do estético na linguagem em Proust, que põe o sujeito atrás da sua própria vida, como deve ser e como de fato sempre foi.
George Clooney está incrivel. Quando o filme acabou, pensei: Que fofura!!. Que filme bonitinho. A História de Kaui Hart Hemmings é original. A história, cuja trama conspira para honrar um modelo de pai, incrivelmente interpretado por Clooney, integro, que luta para vingar a dor de ter sido traído pela mulher que ama, a qual planejava deixá-lo se pudesse, põe em cheque não só carácter dele enquanto pai, como testa a validade do seu amor enquanto marido. Isso resulta num daqueles filmes que "dão o exemplo moral ao social", sabe? A relevância de Os Descendentes é sustentada não apenas pela sua função politicamente correta, mas também exerce sua função de filme sobre amor. Com o carísma do ator Geoge Clooney, não há como não ser envolvido por agradáveis catárses ao assistir Os Descendentes. Agradáveis mesmo.
Em comparação ao romantismo do primeiro, achei frio. Before Sunrise é um dos filmes mais românticos que já ví e merecia continuações igualmente românticas. É muito diferente do primeiro, mas vale pela curiosidade que Before Sunrise deixa. O filme só é salvo pelo primeiro, não gostei porque a atmosfera do segundo em quase nada se assemelha à paixão do primeiro, mas é por isso que depois de ver o primeiro vale a pena ver o segundo. Espero mais do terceiro, verei logo.
Bela direção de Arnaldo Jabor. Nelson Rodrigres, como sempre, dando ênfase à sexualidade segundo a expressão cultural do brasileiro. E explorando assuntos como a loucura, presente nas escolhas dos seus personagens apaixonantes e apaixonados.
Sinédoque Nova York é uma sinédoque planeta? Quando percebêmos que a vida independe de nós, sentimos abalar tudo em que acreditamos. Os gregos antigos já falavam dessa tal de "tragédia de vida que mata e que morre". Nos afundamos em fanatismos na busca desesperada por auto-afirmação do que nem sequer sabemos o quê, e sofremos quando a realidade se mostra contrária à NOSSA realidade. No final do filme vêmos Caden (Philip Seymour Hoffman) ter uma idéia um tanto pessimista, mas que reflete uma existência consumada pela existência. (Coisa que só acontece com os outros). O trecho mais epifânico do filme, é quando Caden conhece alguém que acompanha sua vida nos minimos detalhes desagradáveis que ela tem. É quando esse alguém representa uma testemunha de toda sua existênha - ora, é um deus àquele que tem consciencia do meu real valor. E no entanto, não lhe dou valor. É um filme triste, da mesma forma que passamos a ser tristes quando as reviravoltas nas nossas vidas nos obriga bruscamente a adaptarnos. Por outro lado, é um filme esperançoso porque podemos comprovar que essa sinédoque é algo que só ocorre com os Novayokinos. O que é bem improvável.
Paisagens coloridas e liberdade dão ao filme um ar existencialista. As tomadas em que os dois motociclistas viajam pelas estradas são acompanhadas por clássicos do rock dos anos 60 e fazem do filme um simbolo da geração hippie, onde o consumo de drogas era algo normal. Reflete a época e reflete a liberdade, que não tem época. Como diz a o existencialismo de Sartre: Estamos todos condenados à ela. No filme, ela está na consequência das ações dos agentes livres, mas principalmente, aparece no enorme sentimento de satisfação em ser sem-destino.
Fonte da Vida
3.7 779 Assista Agoraé impossível entender um filme que fala de tanta coisa ao mesmo tempo de forma tão aleatória e indireta, vai te **** já tentei muitas vezes entender a pelicula mas vai complicar assim a vida dos outros lá na casa do c*******
Meu Namorado é um Zumbi
2.9 2,6K Assista AgoraUma das propostas mais nobres que já vi num dos filmes mais lindos que já ví.
29 Palms
3.1 34Chocante abordagem do tema "relacionamentos" no mundo real, infectado, corrompido pelos corruptores. Minha impressão é um misto de iluminação, revelação e angustia. A primeira e a segunda, pela ausência de sentido que dá sentido ao final, e a terceira pela saudade dos sentidos perdidos nas desilusões retratadas. Apesar de chocante, vale a pena: Pelo choque, vale a pena.
O Livro da Vida
3.4 9O titulo é o que o filme não cumpre. Achei a ideia da "dúvida" ultrapassada há muito tempo, e a proposta ambiciosa demais.
Wilde – O Primeiro Homem Moderno
3.7 91Um belo filme. A partir da cena do interrogatório começamos a criar noção da personalidade à frente do seu tempo que é julgada. As atitudes do Marquês de Queensberry condizem com a resistente intolerância da época em que viveu. Sua literatura, felizmente, não seguiu os parâmetros da sua época, para o bem de todos os que com ela aprendem a voar.
Luz Depois das Trevas
3.6 52O sagrado do filme não está na aplicação de uma formula, ou tendência. Quando ele deixa pairar algo no ar... No entanto, resta saber: O substancial do filme é essa grande crítica ao capitalismo? Certamente um substancial ainda maior está na forma poética e vívida com que essa critica é passada. Suprema abordagem estética da existência: Melhor aspecto, aliás.
Orlando, A Mulher Imortal
3.8 113 Assista AgoraA direção de Arte é de encher os olhos. Pessoalmente, me identifiquei com a quatricentenária metamorfose sexual de Orlando. O filme é belíssimo, cores vivas transformam cada cena em cristalizações fotográficas incríveis. Pinturas do rosto de Tilda Swinton são o destaque dos closes maravilhosos e apaixonantes que acompanham o filme do início ao fim, também muito significativo no que refere a sua busca individual pelo amor verdadeiro, e gêneros de vida. Não li a Virginia Woolf, mas arrisco que se trata de uma imperdível experiência.
O Fantástico Sr. Raposo
4.2 935 Assista AgoraCriticismo: Adirei a forma cômica com que o filme trabalha questões ligadas a sobrevivência animal. Análogo a isso, a inovação na animação investe no realismo da mensagem, que satiriza de forma humanizada o Sr. Raposo, sua família e os demais personagens.
El Cid
4.1 74 Assista Agora..............Enquanto cavalga, o defunto parece assustar mais pela sua indiferença de defunto que pela sua coragem de herói. Atropelando a tudo e a todos, ele segue indiferente a paisagem costeira, portando apenas uma bandeira que responde aos ventos e aos movimentos do cavalo. Esse cavalo branco, inclusive, é a única vida que anima os símbolos que viajam mortos pela costa de Valência, agora, vencida e porque não... Traída pelos mesmos símbolos que animava.
À Prova de Morte
3.9 2,0K Assista AgoraResumi o filme pelas inacreditavelmente fantásticas cenas de perseguições automobilísticas não é desmerecê-lo: São simplesmente as melhores cenas de perseguição que já na vida. Quentin Tarantino é como um Mozart: Não é possível prevê sua composição/direção, mas dificilmente nos decepcionamos com sua original maneira de surpreender. Filmaço para vê sem interrupções.
Playtime - Tempo de Diversão
4.0 54Simultaneidade, crítica e simetria. Uma crônica de sua época minimamente arquitetada aos moldes dos movimentos anti* que ocorriam desde os primeiros anos pós segunda guerra. Enquanto eu assistia, amigos e companheiros de sessão repetiam: Gênio!.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraPor mais repetitivo que tenha sido o estilo dialógico da trilogia, gostei mais deste último que do seu antecessor: "ANTES DO PÔR DO SOL", ou pelo menos desgostei menos. Penso que o primeiro filme e o último em nada se comparam ao segundo, que é frio e oco. Linklater Poderia ter dado prioridade aos curtos encontros sugeridos nos títulos dos filmes, mas preferiu investir numa história de amor decadente. Apesar de ter gostado de "ANTES DA MEIA-NOITE", acho que seria melhor se o diretor tivesse parado no primeiro filme da série.
As Grandes Aventuras de Pee-wee
2.8 112 Assista AgoraUm filme pelo qual nutro um apego sentimental de infância. Amo rever!
Corpos Celestes
2.7 34 Assista AgoraNão convence. As referências cosmológicas e astronômicas no filme estão mais para frases destacadas de algum documentário educativo. Isso dá ao filme um ar de caricatura. Algumas cenas são dignas de "Cinderela baiana de ouro", infelizmente.
Camões: Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente
3.4 2Acredito que "Camões - Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente", ao sintetizar a história deste poeta português, também o retrata como um herói "digno de Portugal", e o faz dignamente. Este pais antigo, que carrega o orgulho nacional de ter como representante do seu idioma e literatura o primeiro grande poeta europeu, deve muito a ele. Talvez seu triste destino tenha imortalizado seu ávido talento para as letras, isso é clarificado belamente no filme: Sua gana é despertada quando no decorrer da sua existência, acontecimentos humilhantes o obrigam a testar os seus verdadeiros limites, numa biografia extremamente familiar aos heróis épicos de Homero. E no entanto, Camões fora herói & poeta das suas sagas. O que é de uma honestidade intelectual sem fronteiras. Ele não dissociava sua literatura de sua experiência, colocava todo seu coração em sua poesia. Sua nobreza e sua desgraça confundem-se com a nobreza e desgraça do seu país e época. Em tempos de guerra, em tempos de glória. Portugal e Camões parecem uma coisa só.
A Caverna dos Sonhos Esquecidos
4.2 141 Assista AgoraUm registro antropológico unido à história do desenvolvimento das artes, sob o ponto de vista da mais completa delas. Um documentário audacioso em tudo que diz. Os depoimentos que contém são acompanhados por corais angelicais que complementam sua atmosfera narrativa misteriosa, e espiritual. Aqui, o espírito do homo sapiens é despertado, sua expressão é sua ferramenta. Mas o que é sua expressão além de ferramenta? 32 mil anos e ainda não descobrimos. Por isso, concordo em especial com um dos depoimentos presentes no doc: "Ainda estamos mais para "homo espiritualis" que para "Homo sapiens".". Isso quer dizer que espiritalidade está diretamente ligada ao desenvolvimento do homo. E mesmo justificada ou negada ela é expressada.
Persépolis
4.5 754Assim que ganhei um dos quatro volumes deste clássico mundial de um amigo, baixei o filme e só assisti agora: Preciso ler os volumes. Depois do que ví, preciso ler. Marjane Satrapi é inacreditável em sua criatividade. As suas histórias são sempre cheias de criatividade, "Bordados", por exemplo, em uma narrativa circular muito divertida, que remonta os pensamentos da escritora. Sua literatura tem um ar autobiográfico, prefiro pensar que esse ar é o mesmo ar o qual identificamos o diferencial da autora: Sua originalidade, simplicidade e intimidade. A animação é, assim, semelhante à sua forma única de escrever. Com recursos simples, e muitas cenas, o filme pode parecer cansativo, mas vai atraindo atenção de quem assiste em pouco tempo.
Lincoln
3.5 1,5KSteven Spielberg mudou totalmente o conceito que eu tinha da obra dele nesse filme, e mostrou que é um diretor completo. Talvez a fantasia Spielbergiriana tenha iluminado o idealismo de Abraham Lincoln de tal forma que o realismo dos assunto historiagráficos se convertem, de burocráticos em humanos, em esperançosos. Lincoln é assim retratado como um gênio politico, que é a denominação moderna para herói, profeta. Patologicamente determinado em causar mudanças para melhor, acabam sacrificando à própria vida. Durkheim diria: Altruísmo Suicída. Mas prefiro achar que assassinato raramente têm justificativa.
O Tempo Redescoberto
3.6 17"Os verdadeiros paraisos são aqueles que já visitamos". Precisamos reconhecer o sentido superior na pespectiva do passado em Proust. Ele ganha aqui, uma dimensão ontológica. Henri Bergson, que fora casado com a prima de Proust, coincidentemente compartilhava em sua filosofia uma linha paralela de pensamento. Em Busca do Tempo Perdido permanece revisitado, como diz Proust em um trecho da pelicula: "O importante não é se perder, o importante é se encontrar". E é por isso que sentimos a necessidade do estético na linguagem em Proust, que põe o sujeito atrás da sua própria vida, como deve ser e como de fato sempre foi.
Os Descendentes
3.5 1,3K Assista AgoraGeorge Clooney está incrivel. Quando o filme acabou, pensei: Que fofura!!. Que filme bonitinho. A História de Kaui Hart Hemmings é original. A história, cuja trama conspira para honrar um modelo de pai, incrivelmente interpretado por Clooney, integro, que luta para vingar a dor de ter sido traído pela mulher que ama, a qual planejava deixá-lo se pudesse, põe em cheque não só carácter dele enquanto pai, como testa a validade do seu amor enquanto marido. Isso resulta num daqueles filmes que "dão o exemplo moral ao social", sabe? A relevância de Os Descendentes é sustentada não apenas pela sua função politicamente correta, mas também exerce sua função de filme sobre amor. Com o carísma do ator Geoge Clooney, não há como não ser envolvido por agradáveis catárses ao assistir Os Descendentes. Agradáveis mesmo.
Antes do Pôr-do-Sol
4.2 1,5K Assista AgoraEm comparação ao romantismo do primeiro, achei frio. Before Sunrise é um dos filmes mais românticos que já ví e merecia continuações igualmente românticas. É muito diferente do primeiro, mas vale pela curiosidade que Before Sunrise deixa. O filme só é salvo pelo primeiro, não gostei porque a atmosfera do segundo em quase nada se assemelha à paixão do primeiro, mas é por isso que depois de ver o primeiro vale a pena ver o segundo. Espero mais do terceiro, verei logo.
O Casamento
3.3 25Bela direção de Arnaldo Jabor. Nelson Rodrigres, como sempre, dando ênfase à sexualidade segundo a expressão cultural do brasileiro. E explorando assuntos como a loucura, presente nas escolhas dos seus personagens apaixonantes e apaixonados.
Sinédoque, Nova York
4.0 477Sinédoque Nova York é uma sinédoque planeta? Quando percebêmos que a vida independe de nós, sentimos abalar tudo em que acreditamos. Os gregos antigos já falavam dessa tal de "tragédia de vida que mata e que morre". Nos afundamos em fanatismos na busca desesperada por auto-afirmação do que nem sequer sabemos o quê, e sofremos quando a realidade se mostra contrária à NOSSA realidade. No final do filme vêmos Caden (Philip Seymour Hoffman) ter uma idéia um tanto pessimista, mas que reflete uma existência consumada pela existência. (Coisa que só acontece com os outros). O trecho mais epifânico do filme, é quando Caden conhece alguém que acompanha sua vida nos minimos detalhes desagradáveis que ela tem. É quando esse alguém representa uma testemunha de toda sua existênha - ora, é um deus àquele que tem consciencia do meu real valor. E no entanto, não lhe dou valor. É um filme triste, da mesma forma que passamos a ser tristes quando as reviravoltas nas nossas vidas nos obriga bruscamente a adaptarnos. Por outro lado, é um filme esperançoso porque podemos comprovar que essa sinédoque é algo que só ocorre com os Novayokinos. O que é bem improvável.
Sem Destino
4.0 580 Assista AgoraPaisagens coloridas e liberdade dão ao filme um ar existencialista. As tomadas em que os dois motociclistas viajam pelas estradas são acompanhadas por clássicos do rock dos anos 60 e fazem do filme um simbolo da geração hippie, onde o consumo de drogas era algo normal. Reflete a época e reflete a liberdade, que não tem época. Como diz a o existencialismo de Sartre: Estamos todos condenados à ela. No filme, ela está na consequência das ações dos agentes livres, mas principalmente, aparece no enorme sentimento de satisfação em ser sem-destino.