Que delícia de documentário. Ele basicamente tem duas funções: corrigir algumas informações equivocadas que surgiram quando foi anunciado uma nova música dos Beatles, quando a imprensa erroneamente afirmou que a voz de John estava sendo "recriada" digitalmente, e agradar os fãs. E essas duas funções são cumpridas. Você entende todo o modo de trabalho que fez com que os próprios membros, ainda que em alguns momentos tivessem que trabalhar separados, a considerasse como uma obra da banda em si, desde a gravação da fita até as diversas sessões em conjunto, e também é uma delícia de ver as imagens de todos reunidos. George, que era o mais sisudo nas gravações de 94 do Beatles Anthology, aqui aparece nas gravações de 95 completamente sorridente, amável e sendo abraçado por todos. Você se sente bem em vê-los bem, e é isso que importa.
Apesar de ser o mais fraco da trilogia do Kenneth Branagh, é injusto dar uma nota inferior a 4. Ele tem a melhor fotografia de todos os filmes, aprendendo com os erros de Morte no Nilo e apostando menos em efeitos especiais e mais em locações, ainda que em ambientes fechados. Diminui a quantidade de grande estrelas e deixa como foco Poirot, que se torna um fio condutor da trama ao invés de ser o mero observador, com diversos elementos o atingindo diretamente. Infelizmente acaba sendo extremamente cansativo em sua metade, recuperando-se próximo ao final, razão pelo qual não consigo julgar quem afirma que dormiu ou achou o filme cansativo porque de fato ele acaba perdendo a mão em uma trama que até então era instigante, com diversos elementos de mistério. Ainda assim, ao menos por mim, gostaria que Branagh adaptasse eternamente as obras de Agatha Christie.
Ele tem uma das melhores cenas de perseguição do cinema. Mesmo tendo sido realizada em 1918, é ágil e com uma edição muito bem feita. É de ficar impressionado com a precisão dos chutes duplos em uma bicicleta em movimento da descida. Claro que repete o tema do sujeito confundido com um bandido, questão esta já abordada em That's Him, mas aqui ele amplia esse elemento, com uma melhor técnica, e dando um final diferente.
Ótimo curta que, mais de 100 anos depois, ainda funciona, deixando o espectador tenso em querer saber como a situação dos personagens será resolvida. Tem algumas gags envolvendo tiros que são muito boas, ao estilo dos desenhos animados. A cena inicial em que mostra o casal com seu "filho" é sensacional.
É agradável de assistir mas pouco inventivo, passando a maior parte do tempo (que não é muito) criando a situação que leva ao jogo de beisebol e a Ginger entrar como jogador, momento em que se iniciam as gags. Essas são de fato engraçadas, mas tão esparsas que você consegue contar nos dedos quantas são.
Esse é bem ruim. Apesar daqueles estereótipos bem legais dos anos 50, como o forasteiro bom moço, a devassa arrependida, entre outros, acaba sendo apenas um filme cansativo que não consegue contar sua própria história sem se agarrar a mecanismos ruins, como por exemplo querer explicar em poucos segundos, próximo ao final, o motivo dos animais terem ficado gigantes, algo que sequer interessa ao contexto da história. Mesmo tendo somente 60 minutos parece durar muito mais.
Não sei se as pessoas estão indo com muita má vontade ver os filmes do David Gordon Green (até comentei na página de Halloween Ends os motivos de ter considerado o filme um dos melhores da franquia) ou se estão assistindo tudo no piloto automático porque boa parte das críticas que vi contra o filme são injustas.
Uma coisa é fato: O Exorcista original não é um filme aterrorizante, mas é um filme que te dá medo pela aura que ele cria. Quando você chega ao final percebe que nem fazia tanto sentido ficar amedrontado mas, mesmo assim, ele cria uma aura de tensão que te acompanha do início ao fim, um filme pesado.
E O Devoto segue essa mesma característica e parte do plano base de O Exorcista. Se lá era uma mãe solteira, aqui é um pai. Se lá Regan brinca com um tabuleiro ouija encontrado no porão, aqui a jovem faz um ritual. E até mesmo a personagem de Ellen Burstyn tem relação com o Padre Karras do primeiro filme: a pessoa que era crente e, após tanto tempo, passa a ter duvidas de suas próprias crenças.
Confesso que em alguns momentos fiquei incomodado com a falta de correspondência dos ritos criados neste Exorcista com a realidade e, por sorte, todos estes problemas são corrigidos. Ellen Burstyn em nenhum momento é uma exorcista ou de fato julga que foi o patriarcado o culpado por não poder participar o ritual (tanto que ela fala isso como uma piada, rindo logo em seguida),
mas a sua soberba a faz ser punida quando inicia o ritual. De mesmo modo todos os envolvidos que, por não possuírem conhecimento, realizam o ritual de forma infrutífera. Ou o padre que, mesmo buscando fazer o ritual sem autorização, acaba sendo morto, também tendo sua punição. O ritual não foi feito, o que aconteceu foi que os personagens fizeram um pacto com o demônio livrando uma das garotas, e talvez nisso seja a ideia base da trilogia.
E por esses cuidados eu acho que o filme realmente vale a pena e as críticas são injustas. Em nenhum momento ele desrespeita o original, ao contrário, ele mostra quais são as consequências de quando você quebra as regras estabelecidas.
Seu único ponto negativo, para mim, é a queda dessa tensão após a primeira hora quando, em realidade, deveria deixar o espectador apreensivo na cadeira. Fora isso, não tenho do que reclamar.
Segue muito o estilo de Sam Raimi em Evil Dead, com os mesmos exageros e cenas cômicas. No entanto, enquanto lá o foco da trama é o humor e a ação, estes aqui são coadjuvantes, tendo como foco o terror e os sustos que, mesmo sendo constantes, funcionam. Você compra a história da protagonista e quer ajudá-la a resolver o problema. A protagonista, escolhida a dedo, nos ajuda nessa missão de torcermos por ela pois mesmo fazendo coisas terríveis e, de certo modo, merecendo sua maldição, ainda assim tem um rosto tão ingênuo que nos cativa a protege-la.
Seu problema maior é a repetição à exaustão, com diversos comportamentos sendo utilizados sucessivamente pelo Sam Raimi a ponto de se tornarem cansativos, como por exemplo algo nojento sempre acabar indo na boca dos personagens. Em Evil Dead isso já existia, mas ocorria somente em uma cena ou outra quando aqui ele busca inserir em praticamente todas as cenas de conflito.
Esse me pegou de surpresa principalmente por sua qualidade. John Landis não economiza nos bons efeitos e em buscar construir uma trama que seja ao mesmo tempo leve e crítica. E é bacana ver como ele insere o monstro americano como uma espécie de invasão, inserindo-o sempre com figuras relacionadas ao cinema americano, colocando pôsteres de hamburger, transformando a Picadilly Circus em uma Times Square e inserindo sua cena final em um cinema pornô, como se quisesse mostrar que o "monstro americano" já se encontrava em sua sociedade através dos costumes. E mesmo sem todo esse subtexto ainda assim é um filme grandioso, seguindo a linha dos monstros clássicos como King Kong, a criatura que é trazida do interior para a cidade grande e aterroriza a população. É total Stephen King, e não duvido que o autor tenha se inspirado nas cenas dos diálogos no cinema pornô para criar a cena do Casamento Maldito em Christine.
Há uns 13 anos, quando saiu Cisne Negro, conheci Aronofsky por causa do Rapaduracast que fez um programa todo sobre a obra do diretor. Vi todos os filmes, menos Requiem para um sonho que diziam que era extremamente pesado e te fazia se sentir mal com o que era mostrado. Somente após tanto tempo é que tive coragem de assistir e, talvez por causa do Hype, não gostei tanto. Sim, é um bom filme, com uma primeira cena que é uma das melhores coisas que o cinema já fez, bem editada e mostrando ao mesmo tempo dois pontos de vista. Seus efeitos são legais e é bem sincero ao mostrar diversos tipos de vício, não somente os ilegais. No entanto, acabei achando que o filme acabou não indo a lugar nenhum. Seus personagens tem seus altos e baixos e, diferente de um roteiro cíclico em que o retorno ao ponto de partida ao menos te surpreende com toda a jornada feita, aqui você já sabe desde o início como tudo irá acabar pois são poucas as alterações. Esperava ao menos alguma surpresa quando, em realidade, o filme mais parecia uma reportagem.
Ele segue na loucura do segundo filme o que, ao menos para mim, funcionou bem já que o ponto alto é ver os atores se divertindo ao fazer uma cena insana ou interagindo com efeitos especiais. Confesso que me surpreendi com os efeitos e achei bem competentes, não te tirando daquela atmosfera. Os "mini Ash" são incríveis e dá para ver que Peter Jackson se inspirou aqui na composição de sua batalha final em As Duas Torres.
No início achei que seria um filme problemático quando, em realidade, tudo aquilo que é mostrado não possui qualquer carga romântica ou justificável. Ele é proposital, escancarado, no sentido de mostrar que nenhuma daquelas pessoas ali é valorosa, por mais que defenda comportamentos e decoros, sendo até mesmo a guerra o elemento mais tranquilo de toda a situação, como se até mesmo ela tivesse medo de entrar naquela casa. Mesmo com uma direção bem ruim, quase como de um filme feito para a televisão com diversos closes repentinos com a música subindo para marcar as frases de efeito, ainda assim consegue ser um filme bem competente pela sua história, que vai nos fazendo mudar de opinião ao longo de toda a trama. Os poucos momentos em sépia também são excelentes, deixando o filme idêntico às fotografias do período.
Não é tão bom quanto o anterior, que trouxe muitos elementos que agregavam à mitologia de Dragon Ball quando o costume era somente tratar os filmes como fillers. No entanto, este não chega a ser uma completa perda de tempo, trazendo alguns personagens bem interessantes à saga e a condição de Shenlong de atender a dois desejos ao invés de apenas um, bem como algumas limitações no seu poder de ressurreição que antes não existiam. Tem uma luta final excelente, que faz valer todo o filme, e eleva muito a importância de alguns personagens, como Kuririn e Vegeta, que nunca representavam um perigo real a seus inimigos.
Faz parte daqueles filmes que eu gostei muito mais após terminarem. Ao longo de todo o documentário ficava pensando qual seria a intenção do Kleber Mendonça ao fazer o filme já que, de fato, ele aparenta ser um mero colacionado de aspectos diversos de sua vida, retratos esparsos, sendo essa uma tênue ligação entre os temas que, ao menos para mim, poderia ter sido mostrada de uma maneira mais forte: como o cinema sempre fez parte de sua vida e de sua cidade, seja por meio de locais que não existem mais ou de uma vida cultural efervescente. Com isso, saí do filme com um gosto amargo na boca, tendo plena consciência de que ele não chegava aos pés dos filmes anteriores. No entanto, ele continua na sua cabeça, e você começa a rir das ironias que vão surgindo na história, lembra do latido contínuo do cachorro, da história do projecionista, tem vontade de visitar o Cine São Luís e então ele muda de figura, pois suas lembranças se tornam muito melhores, com esses fantasmas do passado te perseguindo ao longo do dia.
Seguindo o estilo dos filmes de terror que trazem aspectos mais humanos como a maternidade, ao estilo Babadook, Sob a Sombra consegue ser diferente ao menos para nós, ocidentais, ao inserir no terror mais dois elementos: a vida em um país em conflito e as criaturas místicas do oriente médio. Ele não é totalmente eficaz, óbvio, já que demora demais para inserir seu âmbito de terror e perde muito tempo com o personagem do marido, que pouco agrega ao contexto geral, mas ainda assim traz umas reflexões bem legais sobre quem são os demônios de hoje em dia, a síndrome de impostor e os medos internos. E, confesso, levei alguns sustos próximo ao final.
Pode não ser a versão definitiva sobre Carmen Miranda, mas com certeza é uma das mais completas, sendo exaustivo o esforço em mostrar todos os aspectos que tornaram Carmen Miranda quem foi, as roupas, a música, a dança e também o pessoal, o político e o psicológico. Gostei muito dos atores contratados que, auxiliados por uma fotografia muito competente, de fato nos fizeram enxergar Carmen Miranda no dia a dia, seja vendendo chapéus ou respondendo à perguntas da imprensa. É um filme que você respira o início do século XX, e talvez isso seja uma das maiores belezas que se pode encontrar em um filme.
Ele segue uma linha bem distinta do primeiro filme. Se o anterior focava mais no terror e no estilo found footage, aqui o foco do filme é o suspense, apenas tendo alguns elementos que situam o espectador naquele universo do primeiro filme. Com isso, para quem já assistiu Cloverfield, boa parte do mistério do filme que vigora na primeira meia hora se perde
, somente vindo a partir desse momento toda a desconfiança sobre quem ali está falando a verdade ou mentindo e nos jogando nesse ambiente. Perde muito do seu ritmo na metade, quando os personagens começam com o clássico elemento de contar histórias aleatórias para se conhecerem melhor, só retomando o interesse do espectador por volta da meia hora final. Não é uma maravilha do cinema, mas entretém, e é legal ver John Goodman nos testando com seus momentos good cop/bad cop.
É uma série divertida. Os pontos fortes são o primeiro episódio e a meia hora final do último, em que tem boas cenas de lutas e efeitos incríveis mas, no restante, acaba sendo bem cansativo ao não saber como trabalhar características mais infantis com os momentos mais violentos. Por sorte os personagens são cativantes o suficiente para nos segurar na trama, mas poderia ter um ritmo mais frenético já que em nenhum momento sentimos perigo de fato com os inimigos que surgem (visto Boggy, o responsável pelo episódio mais fraco da temporada).
O que mais me chamou a atenção foi como ele toma o cuidado para que não fiquemos 100% defendendo um único lado. Por vezes defendemos o monstro, querendo que ele seja deixado em paz, mas o primeiro ataque partiu dele junto aos trabalhadores que sequer mexeram no lago. Em seguida passamos a defender os cientistas, os quais passam a fazer uma busca implacável, mas perseguem mesmo quando este foge, utilizando venenos e outros objetos terríveis. E é por causa disso que o filme até hoje funciona, mesmo com alguns elementos ficando datados: porque ele mexe com aquilo que você acredita. As cenas gravadas em baixo d'água são incríveis, principalmente a última luta submersa, em que a criatura, devido ao movimento e aos cortes, realmente parece um animal marinho. Este é um dos filmes que deveriam ter sido feitos coloridos, principalmente pelas cenas na selva.
Simples e direto ao ponto, não dando tempo sequer para o filme ter momentos de tédio, somente contando o essencial para a história. O que mais chama a atenção é que em plenos anos 40, quando ainda havia toda a segregação racial nos Estados Unidos, o filme se preocupa em trazer atores negros e traz toda a parte religiosa de forma respeitosa, colocando o conflito entre superstição e religião. Seus mitos e representações tem muito do aspecto sulista da Louisiana e do Mississipi, inclusive com momentos de cantores que nos remetem ao Delta Blues, talvez a parte mais agradável de toda a história pois a música cantada é muito boa. Uma grata surpresa.
Mesmo com as cenas de terror ou suspense em si não funcionando hoje da mesma forma como funcionavam nos anos 60, é impossível não dizer que é um filme perfeito. Muito inspirado em Hitchcock e seu Janela Indiscreta, e inspirando o próprio diretor anos mais tarde quando foi fazer ser Frenesí a ponto de repetir a mesma atriz, Michael Powell consegue nos prender ainda hoje porque sua história é tensa e interessante o suficiente para nos cativar (e, confesso, eu até tinha ido assistir ao filme de má vontade, não esperando nada por ele).
O que mais impressiona é o ritmo incrível que o filme tem, principalmente na cena com a atriz no set.
Seu personagem, poucos anos antes do surgimento do termo "serial killer", já tinha todas as características bem definidas de um psicopata, com seus comportamentos, principalmente na primeira metade, nos remetendo a um Travis de Taxi Driver (tanto que é clara a influência dele no filme de Scorsese quando Travis, em seu primeiro encontro, leva a namorada a um cinema pornô enquanto aqui leva Helen para ver um filme caseiro). Mas seu personagem consegue crescer tanto que vai além: ele não quer somente retratar alguém transtornado, com seus gatilhos, mas também alguém que sofre com isso, que deseja se recuperar mas desiste por não ser algo fácil.
Mark é quase como um tratado científico, sendo muito interessante seu discurso final sobre o medo, algo que eleva o filme a uma obra-prima do cinema. Ele critica a si próprio, a sociedade e a indústria do cinema com a fixação pela desgraça. Ele não quer apenas mostrar, ele também busca entender e fica desolado com as poucas respostas que encontra.
Esse pegou todo mundo de surpresa. Com uma trama que nos deixa interessados por querermos saber como um laboratório e uma cabana irão se misturar, o filme segue, já no final dos anos 2000, uma linha que vinha sendo trabalhada nos anos 90: a de deturpar os estereótipos de gênero de terror, como em Pânico e o próprio Halloween 8. E ele nos pega de surpresa por justamente vir após considerarmos que toda essa fase já havia passado. É engraçado e seu terror não vem das coisas que acontecem com os personagens, já que sabemos desde o início sobre o experimento, mas sim de tudo o que há oculto nesse experimento em si. Centenas de referências aos filmes de terror, do Lobisomem até o IT clássico, passando por Alien e Anaconda e, sinceramente, gosto muito quando o final foge do costumeiro "e tudo voltou a ser como antes".
Bem melhor do que o primeiro considerando que o anterior é basicamente um filme comum de terror dos anos 80, com jovens passando o dia em uma cabana. Aqui Sam Raimi acaba fazendo um reboot, desconsiderando os eventos do primeiro filme a ponto de Ash sequer reconhecer o livro, e criar uma história insana.
O filme só funciona porque você consegue perceber que os atores estão se divertindo com a ideia, volta e meia vazando um sorriso no meio dos gritos ou dos banhos de sangue, e com isso acabamos comprando a ideia. Bruce Campbell se dedica ao personagem quase chegando na exaustão física, a ponto de nós ficarmos cansados juntos com tanta correria e golpes. Não é uma atuação digna de Oscar, mas de fato também não é uma atuação para qualquer um. A parte da mão puxando o corpo desmaiado é muito boa.
E até mesmo os efeitos, que boa parte restaram datados, ainda tem alguns elementos que são surpreendentes, como por exemplo os objetos que começam a rir. Esse filme me ganhou.
Me espantei com a nota baixa dessa filme já que ele é muito bem feito. Claro que Audie Murphy não está em sua melhor forma, em vários momentos lembrando mais um Marty McFly em De Volta para o Futuro 3 do que um personagem do Western, mas isso não atrapalha o roteiro que é muito bom. É instigante, te deixa com raiva dos vilões e tem um ritmo frenético que não te deixa ver o tempo passar. Sempre gosto de ver as ambientações dos faroestes e esta aqui mais uma vez não deve em nada aos bons filmes do gênero, com as diligências de pintura gasta, o barro e a poeira, reaproveitando algumas paisagens onde também foi filmado Ronda de Sangue do John Wayne.
Now and Then: The Last Beatles Song
4.4 5Que delícia de documentário. Ele basicamente tem duas funções: corrigir algumas informações equivocadas que surgiram quando foi anunciado uma nova música dos Beatles, quando a imprensa erroneamente afirmou que a voz de John estava sendo "recriada" digitalmente, e agradar os fãs. E essas duas funções são cumpridas. Você entende todo o modo de trabalho que fez com que os próprios membros, ainda que em alguns momentos tivessem que trabalhar separados, a considerasse como uma obra da banda em si, desde a gravação da fita até as diversas sessões em conjunto, e também é uma delícia de ver as imagens de todos reunidos. George, que era o mais sisudo nas gravações de 94 do Beatles Anthology, aqui aparece nas gravações de 95 completamente sorridente, amável e sendo abraçado por todos. Você se sente bem em vê-los bem, e é isso que importa.
A Noite das Bruxas
3.2 191Apesar de ser o mais fraco da trilogia do Kenneth Branagh, é injusto dar uma nota inferior a 4. Ele tem a melhor fotografia de todos os filmes, aprendendo com os erros de Morte no Nilo e apostando menos em efeitos especiais e mais em locações, ainda que em ambientes fechados. Diminui a quantidade de grande estrelas e deixa como foco Poirot, que se torna um fio condutor da trama ao invés de ser o mero observador, com diversos elementos o atingindo diretamente. Infelizmente acaba sendo extremamente cansativo em sua metade, recuperando-se próximo ao final, razão pelo qual não consigo julgar quem afirma que dormiu ou achou o filme cansativo porque de fato ele acaba perdendo a mão em uma trama que até então era instigante, com diversos elementos de mistério. Ainda assim, ao menos por mim, gostaria que Branagh adaptasse eternamente as obras de Agatha Christie.
Take a Chance
3.9 1Ele tem uma das melhores cenas de perseguição do cinema. Mesmo tendo sido realizada em 1918, é ágil e com uma edição muito bem feita. É de ficar impressionado com a precisão dos chutes duplos em uma bicicleta em movimento da descida. Claro que repete o tema do sujeito confundido com um bandido, questão esta já abordada em That's Him, mas aqui ele amplia esse elemento, com uma melhor técnica, e dando um final diferente.
That's Him
3.6 1Ótimo curta que, mais de 100 anos depois, ainda funciona, deixando o espectador tenso em querer saber como a situação dos personagens será resolvida. Tem algumas gags envolvendo tiros que são muito boas, ao estilo dos desenhos animados. A cena inicial em que mostra o casal com seu "filho" é sensacional.
Over the Fence
3.2 3É agradável de assistir mas pouco inventivo, passando a maior parte do tempo (que não é muito) criando a situação que leva ao jogo de beisebol e a Ginger entrar como jogador, momento em que se iniciam as gags. Essas são de fato engraçadas, mas tão esparsas que você consegue contar nos dedos quantas são.
O Ataque das Sanguessugas Gigantes
2.6 19 Assista AgoraEsse é bem ruim. Apesar daqueles estereótipos bem legais dos anos 50, como o forasteiro bom moço, a devassa arrependida, entre outros, acaba sendo apenas um filme cansativo que não consegue contar sua própria história sem se agarrar a mecanismos ruins, como por exemplo querer explicar em poucos segundos, próximo ao final, o motivo dos animais terem ficado gigantes, algo que sequer interessa ao contexto da história. Mesmo tendo somente 60 minutos parece durar muito mais.
O Exorcista: O Devoto
2.1 409 Assista AgoraNão sei se as pessoas estão indo com muita má vontade ver os filmes do David Gordon Green (até comentei na página de Halloween Ends os motivos de ter considerado o filme um dos melhores da franquia) ou se estão assistindo tudo no piloto automático porque boa parte das críticas que vi contra o filme são injustas.
Uma coisa é fato: O Exorcista original não é um filme aterrorizante, mas é um filme que te dá medo pela aura que ele cria. Quando você chega ao final percebe que nem fazia tanto sentido ficar amedrontado mas, mesmo assim, ele cria uma aura de tensão que te acompanha do início ao fim, um filme pesado.
E O Devoto segue essa mesma característica e parte do plano base de O Exorcista. Se lá era uma mãe solteira, aqui é um pai. Se lá Regan brinca com um tabuleiro ouija encontrado no porão, aqui a jovem faz um ritual. E até mesmo a personagem de Ellen Burstyn tem relação com o Padre Karras do primeiro filme: a pessoa que era crente e, após tanto tempo, passa a ter duvidas de suas próprias crenças.
Confesso que em alguns momentos fiquei incomodado com a falta de correspondência dos ritos criados neste Exorcista com a realidade e, por sorte, todos estes problemas são corrigidos. Ellen Burstyn em nenhum momento é uma exorcista ou de fato julga que foi o patriarcado o culpado por não poder participar o ritual (tanto que ela fala isso como uma piada, rindo logo em seguida),
mas a sua soberba a faz ser punida quando inicia o ritual. De mesmo modo todos os envolvidos que, por não possuírem conhecimento, realizam o ritual de forma infrutífera. Ou o padre que, mesmo buscando fazer o ritual sem autorização, acaba sendo morto, também tendo sua punição. O ritual não foi feito, o que aconteceu foi que os personagens fizeram um pacto com o demônio livrando uma das garotas, e talvez nisso seja a ideia base da trilogia.
Seu único ponto negativo, para mim, é a queda dessa tensão após a primeira hora quando, em realidade, deveria deixar o espectador apreensivo na cadeira. Fora isso, não tenho do que reclamar.
Arraste-me para o Inferno
2.8 2,8KSegue muito o estilo de Sam Raimi em Evil Dead, com os mesmos exageros e cenas cômicas. No entanto, enquanto lá o foco da trama é o humor e a ação, estes aqui são coadjuvantes, tendo como foco o terror e os sustos que, mesmo sendo constantes, funcionam. Você compra a história da protagonista e quer ajudá-la a resolver o problema. A protagonista, escolhida a dedo, nos ajuda nessa missão de torcermos por ela pois mesmo fazendo coisas terríveis e, de certo modo, merecendo sua maldição, ainda assim tem um rosto tão ingênuo que nos cativa a protege-la.
Seu problema maior é a repetição à exaustão, com diversos comportamentos sendo utilizados sucessivamente pelo Sam Raimi a ponto de se tornarem cansativos, como por exemplo algo nojento sempre acabar indo na boca dos personagens. Em Evil Dead isso já existia, mas ocorria somente em uma cena ou outra quando aqui ele busca inserir em praticamente todas as cenas de conflito.
Um Lobisomem Americano em Londres
3.7 613Esse me pegou de surpresa principalmente por sua qualidade. John Landis não economiza nos bons efeitos e em buscar construir uma trama que seja ao mesmo tempo leve e crítica. E é bacana ver como ele insere o monstro americano como uma espécie de invasão, inserindo-o sempre com figuras relacionadas ao cinema americano, colocando pôsteres de hamburger, transformando a Picadilly Circus em uma Times Square e inserindo sua cena final em um cinema pornô, como se quisesse mostrar que o "monstro americano" já se encontrava em sua sociedade através dos costumes. E mesmo sem todo esse subtexto ainda assim é um filme grandioso, seguindo a linha dos monstros clássicos como King Kong, a criatura que é trazida do interior para a cidade grande e aterroriza a população.
É total Stephen King, e não duvido que o autor tenha se inspirado nas cenas dos diálogos no cinema pornô para criar a cena do Casamento Maldito em Christine.
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraHá uns 13 anos, quando saiu Cisne Negro, conheci Aronofsky por causa do Rapaduracast que fez um programa todo sobre a obra do diretor. Vi todos os filmes, menos Requiem para um sonho que diziam que era extremamente pesado e te fazia se sentir mal com o que era mostrado. Somente após tanto tempo é que tive coragem de assistir e, talvez por causa do Hype, não gostei tanto.
Sim, é um bom filme, com uma primeira cena que é uma das melhores coisas que o cinema já fez, bem editada e mostrando ao mesmo tempo dois pontos de vista. Seus efeitos são legais e é bem sincero ao mostrar diversos tipos de vício, não somente os ilegais. No entanto, acabei achando que o filme acabou não indo a lugar nenhum. Seus personagens tem seus altos e baixos e, diferente de um roteiro cíclico em que o retorno ao ponto de partida ao menos te surpreende com toda a jornada feita, aqui você já sabe desde o início como tudo irá acabar pois são poucas as alterações. Esperava ao menos alguma surpresa quando, em realidade, o filme mais parecia uma reportagem.
Uma Noite Alucinante 3
3.5 530 Assista AgoraEle segue na loucura do segundo filme o que, ao menos para mim, funcionou bem já que o ponto alto é ver os atores se divertindo ao fazer uma cena insana ou interagindo com efeitos especiais. Confesso que me surpreendi com os efeitos e achei bem competentes, não te tirando daquela atmosfera. Os "mini Ash" são incríveis e dá para ver que Peter Jackson se inspirou aqui na composição de sua batalha final em As Duas Torres.
O Estranho Que Nós Amamos
3.9 132 Assista AgoraNo início achei que seria um filme problemático quando, em realidade, tudo aquilo que é mostrado não possui qualquer carga romântica ou justificável. Ele é proposital, escancarado, no sentido de mostrar que nenhuma daquelas pessoas ali é valorosa, por mais que defenda comportamentos e decoros, sendo até mesmo a guerra o elemento mais tranquilo de toda a situação, como se até mesmo ela tivesse medo de entrar naquela casa.
Mesmo com uma direção bem ruim, quase como de um filme feito para a televisão com diversos closes repentinos com a música subindo para marcar as frases de efeito, ainda assim consegue ser um filme bem competente pela sua história, que vai nos fazendo mudar de opinião ao longo de toda a trama.
Os poucos momentos em sépia também são excelentes, deixando o filme idêntico às fotografias do período.
Dragon Ball Z: O Renascimento de Freeza
3.3 258Não é tão bom quanto o anterior, que trouxe muitos elementos que agregavam à mitologia de Dragon Ball quando o costume era somente tratar os filmes como fillers. No entanto, este não chega a ser uma completa perda de tempo, trazendo alguns personagens bem interessantes à saga e a condição de Shenlong de atender a dois desejos ao invés de apenas um, bem como algumas limitações no seu poder de ressurreição que antes não existiam. Tem uma luta final excelente, que faz valer todo o filme, e eleva muito a importância de alguns personagens, como Kuririn e Vegeta, que nunca representavam um perigo real a seus inimigos.
Retratos Fantasmas
4.1 233 Assista AgoraFaz parte daqueles filmes que eu gostei muito mais após terminarem. Ao longo de todo o documentário ficava pensando qual seria a intenção do Kleber Mendonça ao fazer o filme já que, de fato, ele aparenta ser um mero colacionado de aspectos diversos de sua vida, retratos esparsos, sendo essa uma tênue ligação entre os temas que, ao menos para mim, poderia ter sido mostrada de uma maneira mais forte: como o cinema sempre fez parte de sua vida e de sua cidade, seja por meio de locais que não existem mais ou de uma vida cultural efervescente. Com isso, saí do filme com um gosto amargo na boca, tendo plena consciência de que ele não chegava aos pés dos filmes anteriores. No entanto, ele continua na sua cabeça, e você começa a rir das ironias que vão surgindo na história, lembra do latido contínuo do cachorro, da história do projecionista, tem vontade de visitar o Cine São Luís e então ele muda de figura, pois suas lembranças se tornam muito melhores, com esses fantasmas do passado te perseguindo ao longo do dia.
Sob a Sombra
3.4 338 Assista AgoraSeguindo o estilo dos filmes de terror que trazem aspectos mais humanos como a maternidade, ao estilo Babadook, Sob a Sombra consegue ser diferente ao menos para nós, ocidentais, ao inserir no terror mais dois elementos: a vida em um país em conflito e as criaturas místicas do oriente médio. Ele não é totalmente eficaz, óbvio, já que demora demais para inserir seu âmbito de terror e perde muito tempo com o personagem do marido, que pouco agrega ao contexto geral, mas ainda assim traz umas reflexões bem legais sobre quem são os demônios de hoje em dia, a síndrome de impostor e os medos internos. E, confesso, levei alguns sustos próximo ao final.
Carmen Miranda: Bananas Is My Business
4.2 51 Assista AgoraPode não ser a versão definitiva sobre Carmen Miranda, mas com certeza é uma das mais completas, sendo exaustivo o esforço em mostrar todos os aspectos que tornaram Carmen Miranda quem foi, as roupas, a música, a dança e também o pessoal, o político e o psicológico. Gostei muito dos atores contratados que, auxiliados por uma fotografia muito competente, de fato nos fizeram enxergar Carmen Miranda no dia a dia, seja vendendo chapéus ou respondendo à perguntas da imprensa. É um filme que você respira o início do século XX, e talvez isso seja uma das maiores belezas que se pode encontrar em um filme.
Rua Cloverfield, 10
3.5 1,9KEle segue uma linha bem distinta do primeiro filme. Se o anterior focava mais no terror e no estilo found footage, aqui o foco do filme é o suspense, apenas tendo alguns elementos que situam o espectador naquele universo do primeiro filme. Com isso, para quem já assistiu Cloverfield, boa parte do mistério do filme que vigora na primeira meia hora se perde
pois sabemos que a parte do "ataque" é real
Não é uma maravilha do cinema, mas entretém, e é legal ver John Goodman nos testando com seus momentos good cop/bad cop.
One Piece: A Série (1ª Temporada)
4.2 266 Assista AgoraÉ uma série divertida. Os pontos fortes são o primeiro episódio e a meia hora final do último, em que tem boas cenas de lutas e efeitos incríveis mas, no restante, acaba sendo bem cansativo ao não saber como trabalhar características mais infantis com os momentos mais violentos. Por sorte os personagens são cativantes o suficiente para nos segurar na trama, mas poderia ter um ritmo mais frenético já que em nenhum momento sentimos perigo de fato com os inimigos que surgem (visto Boggy, o responsável pelo episódio mais fraco da temporada).
O Monstro da Lagoa Negra
3.6 130O que mais me chamou a atenção foi como ele toma o cuidado para que não fiquemos 100% defendendo um único lado. Por vezes defendemos o monstro, querendo que ele seja deixado em paz, mas o primeiro ataque partiu dele junto aos trabalhadores que sequer mexeram no lago. Em seguida passamos a defender os cientistas, os quais passam a fazer uma busca implacável, mas perseguem mesmo quando este foge, utilizando venenos e outros objetos terríveis. E é por causa disso que o filme até hoje funciona, mesmo com alguns elementos ficando datados: porque ele mexe com aquilo que você acredita.
As cenas gravadas em baixo d'água são incríveis, principalmente a última luta submersa, em que a criatura, devido ao movimento e aos cortes, realmente parece um animal marinho.
Este é um dos filmes que deveriam ter sido feitos coloridos, principalmente pelas cenas na selva.
A Morta-Viva
3.8 65Simples e direto ao ponto, não dando tempo sequer para o filme ter momentos de tédio, somente contando o essencial para a história. O que mais chama a atenção é que em plenos anos 40, quando ainda havia toda a segregação racial nos Estados Unidos, o filme se preocupa em trazer atores negros e traz toda a parte religiosa de forma respeitosa, colocando o conflito entre superstição e religião. Seus mitos e representações tem muito do aspecto sulista da Louisiana e do Mississipi, inclusive com momentos de cantores que nos remetem ao Delta Blues, talvez a parte mais agradável de toda a história pois a música cantada é muito boa. Uma grata surpresa.
A Tortura do Medo
3.9 149Mesmo com as cenas de terror ou suspense em si não funcionando hoje da mesma forma como funcionavam nos anos 60, é impossível não dizer que é um filme perfeito. Muito inspirado em Hitchcock e seu Janela Indiscreta, e inspirando o próprio diretor anos mais tarde quando foi fazer ser Frenesí a ponto de repetir a mesma atriz, Michael Powell consegue nos prender ainda hoje porque sua história é tensa e interessante o suficiente para nos cativar (e, confesso, eu até tinha ido assistir ao filme de má vontade, não esperando nada por ele).
O que mais impressiona é o ritmo incrível que o filme tem, principalmente na cena com a atriz no set.
Seu personagem, poucos anos antes do surgimento do termo "serial killer", já tinha todas as características bem definidas de um psicopata, com seus comportamentos, principalmente na primeira metade, nos remetendo a um Travis de Taxi Driver (tanto que é clara a influência dele no filme de Scorsese quando Travis, em seu primeiro encontro, leva a namorada a um cinema pornô enquanto aqui leva Helen para ver um filme caseiro). Mas seu personagem consegue crescer tanto que vai além: ele não quer somente retratar alguém transtornado, com seus gatilhos, mas também alguém que sofre com isso, que deseja se recuperar mas desiste por não ser algo fácil.
Mark é quase como um tratado científico, sendo muito interessante seu discurso final sobre o medo, algo que eleva o filme a uma obra-prima do cinema. Ele critica a si próprio, a sociedade e a indústria do cinema com a fixação pela desgraça. Ele não quer apenas mostrar, ele também busca entender e fica desolado com as poucas respostas que encontra.
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KEsse pegou todo mundo de surpresa. Com uma trama que nos deixa interessados por querermos saber como um laboratório e uma cabana irão se misturar, o filme segue, já no final dos anos 2000, uma linha que vinha sendo trabalhada nos anos 90: a de deturpar os estereótipos de gênero de terror, como em Pânico e o próprio Halloween 8. E ele nos pega de surpresa por justamente vir após considerarmos que toda essa fase já havia passado. É engraçado e seu terror não vem das coisas que acontecem com os personagens, já que sabemos desde o início sobre o experimento, mas sim de tudo o que há oculto nesse experimento em si. Centenas de referências aos filmes de terror, do Lobisomem até o IT clássico, passando por Alien e Anaconda e, sinceramente, gosto muito quando o final foge do costumeiro "e tudo voltou a ser como antes".
Uma Noite Alucinante 2
3.8 713 Assista AgoraBem melhor do que o primeiro considerando que o anterior é basicamente um filme comum de terror dos anos 80, com jovens passando o dia em uma cabana. Aqui Sam Raimi acaba fazendo um reboot, desconsiderando os eventos do primeiro filme a ponto de Ash sequer reconhecer o livro, e criar uma história insana.
O filme só funciona porque você consegue perceber que os atores estão se divertindo com a ideia, volta e meia vazando um sorriso no meio dos gritos ou dos banhos de sangue, e com isso acabamos comprando a ideia. Bruce Campbell se dedica ao personagem quase chegando na exaustão física, a ponto de nós ficarmos cansados juntos com tanta correria e golpes. Não é uma atuação digna de Oscar, mas de fato também não é uma atuação para qualquer um. A parte da mão puxando o corpo desmaiado é muito boa.
E até mesmo os efeitos, que boa parte restaram datados, ainda tem alguns elementos que são surpreendentes, como por exemplo os objetos que começam a rir. Esse filme me ganhou.
Onde Impera a Traição
3.3 9 Assista AgoraMe espantei com a nota baixa dessa filme já que ele é muito bem feito. Claro que Audie Murphy não está em sua melhor forma, em vários momentos lembrando mais um Marty McFly em De Volta para o Futuro 3 do que um personagem do Western, mas isso não atrapalha o roteiro que é muito bom. É instigante, te deixa com raiva dos vilões e tem um ritmo frenético que não te deixa ver o tempo passar.
Sempre gosto de ver as ambientações dos faroestes e esta aqui mais uma vez não deve em nada aos bons filmes do gênero, com as diligências de pintura gasta, o barro e a poeira, reaproveitando algumas paisagens onde também foi filmado Ronda de Sangue do John Wayne.