Por incrível que pareça eu era fã de filmes de terror na infância, mas, o único filme que me meteu medo de verdade na vida foi este!!!! rsrsrsrsrs. Foi difícil dormir depois de ver este filme, ficava vendo/imaginando a Meg Tilly na minha frente. rsrs
Não sabia que este filme foi dirigido pelo Abel Ferrara. De fato, fazendo coro ao Ivilmar G., a breve aparição de Forester Whitaker é excepcional. Desde que vi esse filme, nos idos dos anos 90, nunca esqueci deste ator. Mas sinto saudades da Meg Tilly!
"Em certo sentido, a pornografia é a forma mais política de ficção, pois aborda como usamos e exploramos uns aos outros, do modo mais urgente e impiedoso."
(J. G. Ballard em prefacio a uma edição de Crash, 1995)
Sobre a linguagem cinematográfica, o filme de fato é um dramalhão, como já foi dito, e que eu mesmo julguei. Agora isto pode nos ajudar a refletir sobre o que faz desejável que um filme mantenha - a exemplo do estilo a que se refere quando normalmente se fala de "cinema europeu" - uma postura contida e busque manter-se mais insensível a seus personagens e não sucumbir a o erro de ama-los em demasia e assim criando obras exaltadas, o que parece soar como sinônimo de artificialidade àqueles que agem como se acreditassem na possibilidade de uma método crítico capaz de realmente dizer o que é ou não é bom.
A primeira acusação que se poderia relacionar a o tal subgênero "dramalhão" (peculiarmente associado a cultura pop/trash mexicana) é que neste impere o clichê, mas, quanto a isto não se deve nem iniciarmos uma discussão para o caso de Birdcage Inn, que se mantem plenamente contrario a repetição desses tiques do cinema comercial e toma seu rumo seguindo um caminho pessoal, próprio. Outra acusação que serviria para racionalmente excluirmos o dramalhão como possibilidade de linguagem cinematográfica é que este gera artificialidade, mas Birdcage Inn é exatamente o oposto disto, é um filme de critica e debate social (e não posso deixar de ligar com a palavra "politica", sim, porque afinal o filme traz a relação de poder e alienação do trabalho, cerne dos debates políticos entre esquerda e direita e bandeira levantada por tantas guerras pelo século XX).
Por fim poderíamos acusar o "dramalhão" de forçar uma relação superficial entre espectador e personagem, como já li em criticas publicadas em jornais. Neste caso, sim, é verdade. Sendo cinema ficção e suspensão da realidade, toda relação que se crie com os personagens e com a obra é artificial, no sentido de que é produzida, manipulada, indiferente se o diretor busca impor está relação ou não. É um jogo: você aceita as regras, suspende o real e participa.
Eu, particularmente, não veria sentido no cinema, se o tempo todo não permitisse que ele me tocasse, me fizesse amar as pessoas dos filmes e querer saber o que elas fizeram depois dos créditos finais. Alguns filmes, como "Rec" são incríveis justamente por sua capacidade de produzir medo. Este porque transpira amor, dentro de toda adversidade. E para chegar a este resultado, Kim Ki-Duk provavelmente amou seus personagens antes de nos pedir o mesmo.
O filme apresenta uma historia comovente, chega mesmo a ser praticamente um dramalhão do Kim Ki-duk, pelo menos dos filmes que assisti do diretor, este é até agora o que melhor se define como filme de gênero, no caso, o drama. O cenário é uma bela cidade litorânea, onde fica a pousada de uma família humilde que faz da prostituição sua forma de renda. O principal conflito do filme está entre as personagens da prostituta e da filha mais velha da família, que envergonha-se do negocio familiar.
O que parece ser o principal dialogo proposto pela obra é a exploração (no caso física, sexual) exercida pela forma como se organiza as relações entre os agentes da sociedade, como também nas relações pessoais. E explora-se o que há de mais belo entre nós, a exploração do desejo e da beleza está em todos os níveis e em muitas de nossas atividades.
A primeira exploração vem da beleza do litoral, da pesca. De lá parecem vir também os peixes, que serão levados para casa, postos encurralados em paredes de vidro para exibirem sua beleza, mas no filme a beleza vem acompanhada de alguma fragilidade, são muitos os momentos em que peixes aparecem à agonizar no chão e a cena inicial já é logo emblemática, além de plenamente linda, anunciando a obra que se desenrolará. Nessa cena uma indefesa tartaruga procura o mar. Ela já foi alvo da exploração, abandonada junto de um aquário quebrado, e entre seu percurso até o mar encontrará a natureza transformada no mundo dos homens, mundo que não é o seu. Todos eles têm de se adaptar para sobreviver, e embora muitos peixes de estimação agonizem em diversos takes espalhados pelo filme, quase nenhum deles morre, o que também demonstra, dentro da aparente fragilidade, alguma grandeza.
É sobre hipocrisia e sobrevivência, inclusive daqueles que exploram. O que há de mais belo e comovente nesta obra de Kim Ki-duk é que ele soube odiar conceitos e comportamentos, mas sem odiar pessoas. Assim como no livro Kitchen, da japonesa Banana Yoshimoto, os conflitos se fazem por opor ideias e comportamentos, mas todos os personagens são bons, as vezes comentem maldades, mas mesmo o pior deles será capaz de demonstrar uma beleza interior. Personagens difíceis de se escrever.
E um filme subversivo! Demorei para entender que o filme não estava com o lipsync errado! Artisticamente agressivo e selvagem, jamais teria sido lançado em um país sob ditadura, mas é incrível não tenha sido lançado depois. Jô Soares está impagável, caminhando pela favela. A estética pop fusão lixo cria cenas impares no cinema nacional, como O Coisa sendo preso em São Paulo.
Vale a pena pra quem gosta de cinema o suficiente para aceitar desafios radicais.
Como sempre, um filme experimental de Sogo Ishii. O diretor busca um estilo de fazer filmes em formato videoclipe (ou videoclipe em formato de filme???!!!!!???). Não tenho medo em afirmar que Sogo Ishii faz parte de um pequeno grupo de cineastas que ainda acham que podem desenvolver um novo tipo de cinema, ao invés de simplesmente se aperfeiçoar na utilização do cinema já inventado desde os anos sessenta. É isso que é Electric dragon, um videoclipe de uma hora e tantos...
Inusitado, divertido e diferente de tudo o que você conhece no cinema.
Espero que o livro seja beeem melhor, porque o filme não empolga. Os personagens até são legais, mas o filme é muito melodramático, peca na dose cavalar de fantasia e parece aqueles filmes religiosos trash, tipo a vida de Cristo, o dilúvio, os filmes de produtoras evangélicas e tal, neste caso um filme espirita (acho que Nosso lar deve ser nessa linha né!?)
Claro que tem qualidades, mas é o minimo que se pode esperar do Peter Jackson. Achei que seria mais um filme dele na linha do maravilhoso Almas gêmeas, mas não foi desta vez.
Os Fantasmas Contra Atacam
3.3 112 Assista AgoraA pior maldade dele era mandar grampear os chifres de rena na cabeça do rato, essa eu não esqueci...
O Aniquilador
3.0 34Tinha uma cena que tocava Ashes to ashes do David Bowie e parecia um videoclip enfiado no meio do filme.
http://www.youtube.com/results?search_query=Annihilator+ashes+to+ashes&aq=f
Agnes de Deus
3.5 41 Assista AgoraPor incrível que pareça eu era fã de filmes de terror na infância, mas, o único filme que me meteu medo de verdade na vida foi este!!!! rsrsrsrsrs. Foi difícil dormir depois de ver este filme, ficava vendo/imaginando a Meg Tilly na minha frente. rsrs
Os Invasores de Corpos: A Invasão Continua
3.0 83 Assista AgoraNão sabia que este filme foi dirigido pelo Abel Ferrara. De fato, fazendo coro ao Ivilmar G., a breve aparição de Forester Whitaker é excepcional. Desde que vi esse filme, nos idos dos anos 90, nunca esqueci deste ator. Mas sinto saudades da Meg Tilly!
A Serbian Film: Terror Sem Limites
2.5 2,0K"Em certo sentido, a pornografia é a forma mais política de ficção, pois aborda como usamos e exploramos uns aos outros, do modo mais urgente e impiedoso."
(J. G. Ballard em prefacio a uma edição de Crash, 1995)
A Morte de George W. Bush
3.0 145,0 só pela morte do W. Bush!!!!!
Quarto 666
3.9 33 Assista Agora"O cinema não morreu. Os cineastas é que fazem filmes imbecis." (Noel Simsolo)
Que?
3.1 14Pior filme do Polansky que já assisti. Saiu no Brasil com o titulo "Quê?".
A Onda
4.2 1,9KVersão original:
Montanha de Abandono
3.7 18Linda trilha sonora do Grandaddy e Asoby Seksu
Planeta Terror
3.7 1,1KÉ jeans rasgado de fábrica![2]
Prefiro Wild zero, que pelo menos é bem engraçado.
Birdcage Inn
3.9 14Sobre a linguagem cinematográfica, o filme de fato é um dramalhão, como já foi dito, e que eu mesmo julguei. Agora isto pode nos ajudar a refletir sobre o que faz desejável que um filme mantenha - a exemplo do estilo a que se refere quando normalmente se fala de "cinema europeu" - uma postura contida e busque manter-se mais insensível a seus personagens e não sucumbir a o erro de ama-los em demasia e assim criando obras exaltadas, o que parece soar como sinônimo de artificialidade àqueles que agem como se acreditassem na possibilidade de uma método crítico capaz de realmente dizer o que é ou não é bom.
A primeira acusação que se poderia relacionar a o tal subgênero "dramalhão" (peculiarmente associado a cultura pop/trash mexicana) é que neste impere o clichê, mas, quanto a isto não se deve nem iniciarmos uma discussão para o caso de Birdcage Inn, que se mantem plenamente contrario a repetição desses tiques do cinema comercial e toma seu rumo seguindo um caminho pessoal, próprio. Outra acusação que serviria para racionalmente excluirmos o dramalhão como possibilidade de linguagem cinematográfica é que este gera artificialidade, mas Birdcage Inn é exatamente o oposto disto, é um filme de critica e debate social (e não posso deixar de ligar com a palavra "politica", sim, porque afinal o filme traz a relação de poder e alienação do trabalho, cerne dos debates políticos entre esquerda e direita e bandeira levantada por tantas guerras pelo século XX).
Por fim poderíamos acusar o "dramalhão" de forçar uma relação superficial entre espectador e personagem, como já li em criticas publicadas em jornais. Neste caso, sim, é verdade. Sendo cinema ficção e suspensão da realidade, toda relação que se crie com os personagens e com a obra é artificial, no sentido de que é produzida, manipulada, indiferente se o diretor busca impor está relação ou não. É um jogo: você aceita as regras, suspende o real e participa.
Eu, particularmente, não veria sentido no cinema, se o tempo todo não permitisse que ele me tocasse, me fizesse amar as pessoas dos filmes e querer saber o que elas fizeram depois dos créditos finais. Alguns filmes, como "Rec" são incríveis justamente por sua capacidade de produzir medo. Este porque transpira amor, dentro de toda adversidade. E para chegar a este resultado, Kim Ki-Duk provavelmente amou seus personagens antes de nos pedir o mesmo.
Birdcage Inn
3.9 14O filme apresenta uma historia comovente, chega mesmo a ser praticamente um dramalhão do Kim Ki-duk, pelo menos dos filmes que assisti do diretor, este é até agora o que melhor se define como filme de gênero, no caso, o drama. O cenário é uma bela cidade litorânea, onde fica a pousada de uma família humilde que faz da prostituição sua forma de renda. O principal conflito do filme está entre as personagens da prostituta e da filha mais velha da família, que envergonha-se do negocio familiar.
O que parece ser o principal dialogo proposto pela obra é a exploração (no caso física, sexual) exercida pela forma como se organiza as relações entre os agentes da sociedade, como também nas relações pessoais. E explora-se o que há de mais belo entre nós, a exploração do desejo e da beleza está em todos os níveis e em muitas de nossas atividades.
A primeira exploração vem da beleza do litoral, da pesca. De lá parecem vir também os peixes, que serão levados para casa, postos encurralados em paredes de vidro para exibirem sua beleza, mas no filme a beleza vem acompanhada de alguma fragilidade, são muitos os momentos em que peixes aparecem à agonizar no chão e a cena inicial já é logo emblemática, além de plenamente linda, anunciando a obra que se desenrolará. Nessa cena uma indefesa tartaruga procura o mar. Ela já foi alvo da exploração, abandonada junto de um aquário quebrado, e entre seu percurso até o mar encontrará a natureza transformada no mundo dos homens, mundo que não é o seu. Todos eles têm de se adaptar para sobreviver, e embora muitos peixes de estimação agonizem em diversos takes espalhados pelo filme, quase nenhum deles morre, o que também demonstra, dentro da aparente fragilidade, alguma grandeza.
É sobre hipocrisia e sobrevivência, inclusive daqueles que exploram. O que há de mais belo e comovente nesta obra de Kim Ki-duk é que ele soube odiar conceitos e comportamentos, mas sem odiar pessoas. Assim como no livro Kitchen, da japonesa Banana Yoshimoto, os conflitos se fazem por opor ideias e comportamentos, mas todos os personagens são bons, as vezes comentem maldades, mas mesmo o pior deles será capaz de demonstrar uma beleza interior. Personagens difíceis de se escrever.
Hitler 3º Mundo
3.7 27E um filme subversivo! Demorei para entender que o filme não estava com o lipsync errado! Artisticamente agressivo e selvagem, jamais teria sido lançado em um país sob ditadura, mas é incrível não tenha sido lançado depois. Jô Soares está impagável, caminhando pela favela. A estética pop fusão lixo cria cenas impares no cinema nacional, como O Coisa sendo preso em São Paulo.
Vale a pena pra quem gosta de cinema o suficiente para aceitar desafios radicais.
Hitler 3º Mundo
3.7 27"Eu sentei de pijama na varanda do meu palácio e não vi nada. So carnaval, miséria e morte." [2]
Hospital Changi
2.9 46O Grave Encounters é remake desse filme?
20 30 40
3.5 18As cores são incríveis. Divertido, tranquilo, personagens carismáticas! Querer mais o que, né? Um filme bem pessoal, bem cinema de autor.
Cão vs. Cão
3.0 16O filme é muito tenso e dark, totalmente diferente do que esperava pela capa (nunca vi o trailer). O Edson Chen tá de dar medo.
O engraçado é que diferente do Flávio ai em baixo, eu só não gostei do final!!!!
Dragão Elétrico 80.000V
3.7 11Como sempre, um filme experimental de Sogo Ishii. O diretor busca um estilo de fazer filmes em formato videoclipe (ou videoclipe em formato de filme???!!!!!???).
Não tenho medo em afirmar que Sogo Ishii faz parte de um pequeno grupo de cineastas que ainda acham que podem desenvolver um novo tipo de cinema, ao invés de simplesmente se aperfeiçoar na utilização do cinema já inventado desde os anos sessenta.
É isso que é Electric dragon, um videoclipe de uma hora e tantos...
Inusitado, divertido e diferente de tudo o que você conhece no cinema.
Um Olhar do Paraíso
3.7 2,7K Assista AgoraEspero que o livro seja beeem melhor, porque o filme não empolga. Os personagens até são legais, mas o filme é muito melodramático, peca na dose cavalar de fantasia e parece aqueles filmes religiosos trash, tipo a vida de Cristo, o dilúvio, os filmes de produtoras evangélicas e tal, neste caso um filme espirita (acho que Nosso lar deve ser nessa linha né!?)
Claro que tem qualidades, mas é o minimo que se pode esperar do Peter Jackson. Achei que seria mais um filme dele na linha do maravilhoso Almas gêmeas, mas não foi desta vez.
A Mulher é o Futuro do Homem
3.4 13 Assista Agoraè um filme desesperançoso, completamente (completamente mesmo) livre dos clichês dos filmes sobre relações homem-mulher. É um filme duro!
Nana 2
3.5 22Um erro na cultura pop japonesa...
Nana
3.9 46Nunca vi o anime nunca li o mangá julguei o filme pelo filme: decepcionante!!!!
Um e meio só pela canção tema que é a única música da banda rs (a cena é um ótimo videoclip, mas só)
Pânico na Neve
2.7 978 Assista AgoraÉ um filme simples e cumpri o que promete e até da um pouco a mais. Não esperava muita coisa, mas, o filme me surpreendeu positivamente. Muito bom!