É um documentário que propõe uma experiência diferente. Não digo só por conta de uma linguagem que foge do comum, mas também porque entrega com leveza e humor, uma temática pesada. Perder alguém querido é um momento muito difícil que fica ainda mais doloroso quando nos deparamos com a iminência de estarmos vivenciando os últimos momentos daquela pessoa. Pode parecer um pouco mórbido, mas é de uma beleza singular.
Várias coisas me incomodam em The Prom, mas não é todo ruim. Algumas atuações são forçadas e não dão conta das transições entre comédia e drama, diferente de Maryl Streep claro, que consegue levar o personagem a outro patamar, deixando ainda mais evidente os tropeços de seus colegas de elenco. Os romances são cansativos, por outro lado os números musicais até que são criativos e bem coreografados. Cresce bem nas ultimas cenas quando Jo Ellen Pellman finalmente se destaca.
Minha experiência com Beginners (título original que faz muito mais sentido do que a tradução) foi muito boa. Claro que temos alguns clichês do gênero, principalmente quando foca no romance central. Aí entram os flashbacks, que aqui fazem toda diferença, trazendo um frescor para a história e a ótima atuação do Christopher Plummer. Começarei a acompanhar todos os projetos do diretor e roteirista Mike Mills, o próximo será com o Joaquin Phoenix.
Me parece tecnicamente perfeito. Figurino, cenários, iluminação e todo aquele rigor visual que já esperamos do diretor. O que me desapontou um pouco foi justamente o roteiro. Personagens interessantes não recebem o tratamento merecido, o desenvolvimento da trama não empolga e quando atinge seu ápice, acaba em um final muito comum. Com destaque para Amanda Seyfried que merece no mínimo uma indicação ao Oscar.
Sabe aqueles filmes que não dão trégua ao espectador desde sua primeira cena? Aqui temos um bom exemplo. Um relato curto, porém grandioso sobre como é crescer negro, pobre e gay no Brasil. Seu caráter universal está na maneira simples com que trata suas especificidades, sua abordagem crua e direta, entregando passagens viscerais uma atrás da outra. Mesmo não sendo exatamente sobre a minha ou a sua jornada, é muito fácil se identificar com o protagonista. Talvez parte da audiência julgue um tanto sofrido ou triste demais, eu prefiro adjetivos como real e poderoso. A cena final é tecnicamente linda e poética fechando o filme no auge.
Um melodrama que promove a volta de Sophia Loren muito a vontade na jornada de aproximação entre dois personagens bem carismáticos. Alguns filmes trazem aquela sensação de que "poderia ter 30 minutos a menos" e aqui é o contrário, algumas situações e reviravoltas parecem corridas e como espectador seria um presente poder ver mais das duas atuações principais em tela. O filme é da Madame Rosa mas o elenco todo está muito bem.
Uma boa pedida para quem está acompanhando a 44º Mostra de SP. O filme tem cenas muito bonitas e um elenco muito competente, com destaque para a jovem Aju Makita que interpreta Hikari. Gostei bastante também dos enquadramentos mais fechados nos atores em momentos cruciais da história. O ritmo do filme é lento mas o que mais me incomoda é a trilha sonora muito carregada, na maioria das vezes em um tom mais dramático do que vemos em cena.
Trabalha muito bem o elo entre os irmão e especialmente a difícil tarefa da protagonista de se manter positiva em meio as turbulências em sua vida particular e a situação delicada do irmão. Uma personagem feminina muito forte e universal. Ps: não é o dramalhão que aparenta ser.
Explorar nossa própria sexualidade é um desafio ainda maior na adolescência, quando falta experiência e sobram hormônios. Apesar de ser um processo continuo, este pode ser um momento crucial onde desejos e frustrações correm juntos, podendo definir parte ou até toda nossa vida. É neste terreno fértil que Casulo se desenvolve ao meu ver de maneira bem sensível e madura se contrapondo a juventude de sua protagonista.
Um dos melhores feel good movies dos anos 90. Leve, divertido e uma atuação soberba de Toni Collette. Muriel é uma personagem sonhadora e muito cativante mesmo que impulsiva e inconsequente na maior parte do tempo.
Depois das enxurradas de críticas, fui assistir com a expectativa bem baixa e com uma dose alta de boa vontade. O início é realmente muito sofrível, a cena de apresentação da personagem da Rebel deve ser uma das mais grotescas que já vi. Depois de um tempo se acostumando aos efeitos e ao estilo da produção, até que sobra um ou outro momento interessante, o vocal de Jennifer Hudson é poderoso apesar da cena ter desvalorizado sua personagem.
Aqui Tarantino já dava sinais de uma das mentes mais criativas do cinema americano. Um grande começo, com roteiro afiado, diálogos grandiosos e momentos marcantes em um filme tão simples que chega parecer até fácil. Já é um clássico.
Gostei bastante da linguagem utilizada no filme, cria boas cenas e constrói bem o clima tenso principalmente na primeira metade, depois de um certo momento acaba se enrolando em muitas reviravoltas para conseguir dar um desfecho digno e abusa de algumas comodidades. Mas continua sendo bem imersivo no que propõe.
Este é o meu primeiro contato com o texto e em determinados momentos achei o filme confuso, com diálogos repetitivos sem chegar definitivamente a algum lugar. As atuações são ótimas e dá para perceber como estão entrosados e empoderados da obra. Com certeza vou buscar assistir a versão anterior que pelo que li por aí é bem superior a este.
O quarteto principal está muito a vontade em seus papéis nesta boa comédia romântica em tempos globais. O roteiro é leve mesmo quando os acontecimentos sugerem o contrário e o humor nunca sai do tom certo para embalar as relações interpessoais. Fica no final a vontade de acompanhar mais da vida deles.
Não entendo muito bem o Oscar de melhor roteiro adaptado, é justamente um dos pontos fracos do filme, frases de efeito, subtramas mal desenvolvidas e certo desequilíbrio entre abordar a vida pessoal e profissional do matemático. Mas não posso negar que os acontecimentos em si são bem interessantes e a grande atuação de Benedict Cumberbatch seguram o longa até o fim.
Merecia uma passagem menos discreta pela temporada de premiações pois é um filme bem atuado, roteirizado e dirigido. Melissa McCarthy mostrando ser muito talentosa e versátil com uma personagem excelente apesar da clara romantização de seus atos.
A relação entre os irmãos gera bons momentos, principalmente no bonito desfecho, momento de grande identificação para aqueles que sabem o que é crescer com irmãos. Apesar disso, no catálogo da Pixar temos outros filmes mais criativos e inspirados na criação de seus mundos e personagens.
Esteticamente impecável, atuações grandiosas e algumas cenas memoráveis mas precisa estar disposto ao seu ritmo lento e a um desfecho muito anticlimático.
A primeira parte se alonga demasiadamente mas em um determinado momento o filme embala. A boa montagem e a utilização de uma linha temporal não linear são bem conduzidas com o auxílio de flashbacks e narração off que nunca pesam ou quebram o clima do filme. Apesar de pequena, as interações dos personagens de Robert Pattinson e Tom Holland são um dos pontos altos, inclusive rendendo a melhor cena do filme.
Sensível em cada minuto de filme. Um recorte real na vida de uma família brasileira sem grandes acontecimentos no roteiro, as situações são tão críveis que fica difícil não se identificar com a personagem da Karine Teles em uma entrega muito bonita na atuação.
A premissa é ótima e a primeira parte do filme segue bem interessante. Mas o roteiro vai abrindo várias possibilidades sem afinar nenhuma delas, o que causa algumas situações anticlimáticas que nos distanciam dos personagens. Regina Casé formidável em um monólogo que é o ponto alto do filme já faz valer muito a pena conferir.
Awkwafina em uma grande atuação neste relato sensível sobre morte e relações familiares, utilizando de pano de fundo as diferenças culturas entre ocidente e oriente, mais especificamente EUA e China. Lulu Wang entrega cenas e enquadramentos lindos que valorizam o elenco.
Quando soube da escolha do longa para representar o Brasil no Oscar achei que seria mais uma daquelas escolhas injustificáveis da ANCINE, pois já tinha assistido e gostado muito de Bacurau. Engano meu, o filme além de ser um dos trabalhos mais relevantes do cinema brasileiro dos últimos anos, é de uma sensibilidade impar. Grandes atuações e roteiro que te envolve em um forte retrato da sociedade brasileira patriarcal.
As Mortes de Dick Johnson
3.8 36 Assista AgoraÉ um documentário que propõe uma experiência diferente. Não digo só por conta de uma linguagem que foge do comum, mas também porque entrega com leveza e humor, uma temática pesada. Perder alguém querido é um momento muito difícil que fica ainda mais doloroso quando nos deparamos com a iminência de estarmos vivenciando os últimos momentos daquela pessoa. Pode parecer um pouco mórbido, mas é de uma beleza singular.
A Festa de Formatura
3.1 238Várias coisas me incomodam em The Prom, mas não é todo ruim. Algumas atuações são forçadas e não dão conta das transições entre comédia e drama, diferente de Maryl Streep claro, que consegue levar o personagem a outro patamar, deixando ainda mais evidente os tropeços de seus colegas de elenco. Os romances são cansativos, por outro lado os números musicais até que são criativos e bem coreografados. Cresce bem nas ultimas cenas quando Jo Ellen Pellman finalmente se destaca.
Toda Forma de Amor
4.0 1,0K Assista AgoraMinha experiência com Beginners (título original que faz muito mais sentido do que a tradução) foi muito boa. Claro que temos alguns clichês do gênero, principalmente quando foca no romance central. Aí entram os flashbacks, que aqui fazem toda diferença, trazendo um frescor para a história e a ótima atuação do Christopher Plummer. Começarei a acompanhar todos os projetos do diretor e roteirista Mike Mills, o próximo será com o Joaquin Phoenix.
Mank
3.2 462 Assista AgoraMe parece tecnicamente perfeito. Figurino, cenários, iluminação e todo aquele rigor visual que já esperamos do diretor. O que me desapontou um pouco foi justamente o roteiro. Personagens interessantes não recebem o tratamento merecido, o desenvolvimento da trama não empolga e quando atinge seu ápice, acaba em um final muito comum. Com destaque para Amanda Seyfried que merece no mínimo uma indicação ao Oscar.
Sócrates
3.6 89 Assista AgoraSabe aqueles filmes que não dão trégua ao espectador desde sua primeira cena? Aqui temos um bom exemplo. Um relato curto, porém grandioso sobre como é crescer negro, pobre e gay no Brasil.
Seu caráter universal está na maneira simples com que trata suas especificidades, sua abordagem crua e direta, entregando passagens viscerais uma atrás da outra. Mesmo não sendo exatamente sobre a minha ou a sua jornada, é muito fácil se identificar com o protagonista.
Talvez parte da audiência julgue um tanto sofrido ou triste demais, eu prefiro adjetivos como real e poderoso. A cena final é tecnicamente linda e poética fechando o filme no auge.
Rosa e Momo
3.7 302 Assista AgoraUm melodrama que promove a volta de Sophia Loren muito a vontade na jornada de aproximação entre dois personagens bem carismáticos. Alguns filmes trazem aquela sensação de que "poderia ter 30 minutos a menos" e aqui é o contrário, algumas situações e reviravoltas parecem corridas e como espectador seria um presente poder ver mais das duas atuações principais em tela. O filme é da Madame Rosa mas o elenco todo está muito bem.
Mães de Verdade
3.8 18 Assista AgoraUma boa pedida para quem está acompanhando a 44º Mostra de SP. O filme tem cenas muito bonitas e um elenco muito competente, com destaque para a jovem Aju Makita que interpreta Hikari. Gostei bastante também dos enquadramentos mais fechados nos atores em momentos cruciais da história. O ritmo do filme é lento mas o que mais me incomoda é a trilha sonora muito carregada, na maioria das vezes em um tom mais dramático do que vemos em cena.
Minha Irmã
3.4 8Trabalha muito bem o elo entre os irmão e especialmente a difícil tarefa da protagonista de se manter positiva em meio as turbulências em sua vida particular e a situação delicada do irmão. Uma personagem feminina muito forte e universal.
Ps: não é o dramalhão que aparenta ser.
Casulo
3.8 11Explorar nossa própria sexualidade é um desafio ainda maior na adolescência, quando falta experiência e sobram hormônios. Apesar de ser um processo continuo, este pode ser um momento crucial onde desejos e frustrações correm juntos, podendo definir parte ou até toda nossa vida. É neste terreno fértil que Casulo se desenvolve ao meu ver de maneira bem sensível e madura se contrapondo a juventude de sua protagonista.
O Casamento de Muriel
3.8 238Um dos melhores feel good movies dos anos 90. Leve, divertido e uma atuação soberba de Toni Collette. Muriel é uma personagem sonhadora e muito cativante mesmo que impulsiva e inconsequente na maior parte do tempo.
Cats
1.7 375 Assista AgoraDepois das enxurradas de críticas, fui assistir com a expectativa bem baixa e com uma dose alta de boa vontade. O início é realmente muito sofrível, a cena de apresentação da personagem da Rebel deve ser uma das mais grotescas que já vi. Depois de um tempo se acostumando aos efeitos e ao estilo da produção, até que sobra um ou outro momento interessante, o vocal de Jennifer Hudson é poderoso apesar da cena ter desvalorizado sua personagem.
Cães de Aluguel
4.2 1,9K Assista AgoraAqui Tarantino já dava sinais de uma das mentes mais criativas do cinema americano. Um grande começo, com roteiro afiado, diálogos grandiosos e momentos marcantes em um filme tão simples que chega parecer até fácil. Já é um clássico.
Buscando...
4.0 1,3K Assista AgoraGostei bastante da linguagem utilizada no filme, cria boas cenas e constrói bem o clima tenso principalmente na primeira metade, depois de um certo momento acaba se enrolando em muitas reviravoltas para conseguir dar um desfecho digno e abusa de algumas comodidades. Mas continua sendo bem imersivo no que propõe.
The Boys in the Band
3.5 210Este é o meu primeiro contato com o texto e em determinados momentos achei o filme confuso, com diálogos repetitivos sem chegar definitivamente a algum lugar. As atuações são ótimas e dá para perceber como estão entrosados e empoderados da obra. Com certeza vou buscar assistir a versão anterior que pelo que li por aí é bem superior a este.
Doentes de Amor
3.7 379 Assista AgoraO quarteto principal está muito a vontade em seus papéis nesta boa comédia romântica em tempos globais. O roteiro é leve mesmo quando os acontecimentos sugerem o contrário e o humor nunca sai do tom certo para embalar as relações interpessoais. Fica no final a vontade de acompanhar mais da vida deles.
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraNão entendo muito bem o Oscar de melhor roteiro adaptado, é justamente um dos pontos fracos do filme, frases de efeito, subtramas mal desenvolvidas e certo desequilíbrio entre abordar a vida pessoal e profissional do matemático. Mas não posso negar que os acontecimentos em si são bem interessantes e a grande atuação de Benedict Cumberbatch seguram o longa até o fim.
Poderia Me Perdoar?
3.6 266Merecia uma passagem menos discreta pela temporada de premiações pois é um filme bem atuado, roteirizado e dirigido. Melissa McCarthy mostrando ser muito talentosa e versátil com uma personagem excelente apesar da clara romantização de seus atos.
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
3.9 662 Assista AgoraA relação entre os irmãos gera bons momentos, principalmente no bonito desfecho, momento de grande identificação para aqueles que sabem o que é crescer com irmãos. Apesar disso, no catálogo da Pixar temos outros filmes mais criativos e inspirados na criação de seus mundos e personagens.
Trama Fantasma
3.7 804 Assista AgoraEsteticamente impecável, atuações grandiosas e algumas cenas memoráveis mas precisa estar disposto ao seu ritmo lento e a um desfecho muito anticlimático.
O Diabo de Cada Dia
3.8 1,0K Assista AgoraA primeira parte se alonga demasiadamente mas em um determinado momento o filme embala. A boa montagem e a utilização de uma linha temporal não linear são bem conduzidas com o auxílio de flashbacks e narração off que nunca pesam ou quebram o clima do filme. Apesar de pequena, as interações dos personagens de Robert Pattinson e Tom Holland são um dos pontos altos, inclusive rendendo a melhor cena do filme.
Benzinho
3.9 348 Assista AgoraSensível em cada minuto de filme. Um recorte real na vida de uma família brasileira sem grandes acontecimentos no roteiro, as situações são tão críveis que fica difícil não se identificar com a personagem da Karine Teles em uma entrega muito bonita na atuação.
Três Verões
3.2 77A premissa é ótima e a primeira parte do filme segue bem interessante. Mas o roteiro vai abrindo várias possibilidades sem afinar nenhuma delas, o que causa algumas situações anticlimáticas que nos distanciam dos personagens. Regina Casé formidável em um monólogo que é o ponto alto do filme já faz valer muito a pena conferir.
A Despedida
4.0 298Awkwafina em uma grande atuação neste relato sensível sobre morte e relações familiares, utilizando de pano de fundo as diferenças culturas entre ocidente e oriente, mais especificamente EUA e China. Lulu Wang entrega cenas e enquadramentos lindos que valorizam o elenco.
A Vida Invisível
4.3 645Quando soube da escolha do longa para representar o Brasil no Oscar achei que seria mais uma daquelas escolhas injustificáveis da ANCINE, pois já tinha assistido e gostado muito de Bacurau. Engano meu, o filme além de ser um dos trabalhos mais relevantes do cinema brasileiro dos últimos anos, é de uma sensibilidade impar. Grandes atuações e roteiro que te envolve em um forte retrato da sociedade brasileira patriarcal.