Diferente das fábulas com sereias "made in USA", esta daqui não alivia o "fato" de que as sereias matam homens com o seu canto sedutor, e, pior, cria situações nas quais a sereia irá matar homens aos quais um pouco antes o filme nos ajudou a sentir simpatia.
Tirando isso, é uma fábula bonitinha sobre amor e propósito de vida.
muito bom! Não é tão intenso quanto outros filmes do Almodóvar, porém é igualmente sensível.
A história gira em torno de Leo, uma escritora de livros românticos, cujo casamento em crise a deixa sem vontade de seguir escrevendo o gênero que a consagrou.
Diferente de outros filmes anteriores e posteriores do diretor, no qual o drama é encarnado em algum episódio muito violento ou que desafia os tabus da sociedade espanhola, aqui temos uma história que flerta com eventos adversos, porém ordinários, tais como os problemas matrimoniais, a fragilidade diante do envelhecimento, etc.
Não que a angústia não esteja presente, porém foi expressada de uma forma mais contida e intimista. Da mesma forma, também está presente situações que produzem um alívio cômico e criam uma espécie de "barreira sanitária" em torno do personagem, nos mantendo a uma distância suficiente para olhar para aquele drama e, em alguns momentos, até mesmo rir de como a personagem soa patética e exagerada.
Conseguiram fazer um trabalho interessante neste remake, ao invés de simplesmente refilmar uma história que já conhecemos, adaptaram-na para colocar uma mulher como protagonista, pelo que li, é um projeto antigo, uns 10 anos atrás haviam convidado a Cameron Dias para o papel principal, mas acabou não saindo da gaveta.
Uma fábula cheia de alegorias sobre a ingenuidade, a exploração e se isso faz parte da natureza humana.
Um grupo de meeiros vive como se ainda fosse a época feudal, a direção fotográfica utiliza um estilo de filmagem que lembra muito filmes dos anos 1960, com bordas arredondadas e grãos meio sépia na imagem.
Só sabemos que se trata da virada do século XX para o XXI quando um novo personagem, o filho da Marquesa, chega com seus fones de ouvido e aparelho celular, daqueles anteriores ao smartphone.
Aos poucos vamos sabendo que aquele povo sofrido vive em condições análogas à escravidão, explorados por uma Marquesa que os mantém isolados e ignorantes sobre o mundo moderno.
Eles por sua vez exploram Lazzaro, o protagonista, um rapaz muito ingênuo que sempre está com um sorriso no rosto e faz tudo que lhe mandam.
O filme ocorre em dois atos e no segundo a história se converte ao realismo fantástico.
Lazzaro cai de uma encosta e logo em seguida as famílias são libertadas. Ele é acordado por um lobo sem saber das mudanças, mas quando encontra seus antigos companheiros descobre que muitos anos já haviam se passado.
Eles vivem agora na cidade na extrema miséria, realizando pequenos golpes para conseguirem algum sustento.
É interessante que ao final Lazzaro é espancado, parece que até a morte e vemos o lobo indo embora, é como se a alma do lobo estivesse habitando o corpo de Lazzaro.
Qual será o significado deste final? Será que há alguma ligação com a máxima do homem ser o lobo do homem?
Comédia dramática sobre migrantes em seu próprio país.
Pessoas do nordeste indiano querem realizar uma festa de casamento para sua amiga, preparando um prato típico de sua região, carne de porco com axone, uma massa de soja fermentada conhecida por ser um dos alimentos mais fedorentos do mundo.
A dificuldade de cozinhar o prato fedorento é o pano de fundo da complexidade das relações étnicas indianas.
Há várias pequenas subtramas que remetem à dificuldade de integração nacional.
Uma das protagonistas é Upasana, interpretada pela muito competente Sayani Gupta, embora também seja do nordeste, se sente discriminada pelos seus conterrâneos.
O nordeste indiano é aquele pedaço da índica quase completamente separado do país por Bangladesh. A maioria dos personagens do filme possuem olhos puxados, lembrando a fisionomia tibetana ou de Myanmar, enquanto Upasana é tratada por eles como se fosse uma estrangeira, uma nepalesa.
Outro personagem importante é Bendang, interpretado por Lanuakum Ao, traumatizado por um episódio de discriminação, pois os hindus não o consideravam indiano.
Aos trancos e barrancos o filme evolui e as relações entre os personagens ficam mais tumultuadas, gerando uma tensão prolongada que faz o filme perder bastante do seu ritmo.
No final, contudo, consegue dar uma reviravolta interessante.
Drama competente sobre a relação entre um pai e um filho.
O protagonista é um sujeito que já iniciou e abandonou vários projetos sem nunca concluí-los e está tentando se tornar um sommelier.
Seu pai, descrente que os caprichos do filho resultem em algo, tem a expectativa de que ele assuma o negócio da família.
De um lado um pai ríspido, que nunca elogia ou incentiva os sonhos do filho, de outro um adulto indeciso sobre suas próprias escolhas, que por um lado teme contrariar o pai, mas por outro é muito inseguro sobre si mesmo e acaba se autossabotando.
Há algumas personagens femininas também são importantes para a história, tanto a mãe quanto a namorada acolhem, apoiam e estimulam o sujeito, fazendo um contraponto à dureza do pai.
A mãe media a tensa relação entre o pai e o filho e quando ela morre o rapaz resolve largar os estudos para auxiliar o pai nos negócios, se reaproximando dele. Por sua vez o pai também faz um esforço e entende a necessidade do filho, tentando auxiliá-lo a prestar a prova para sommelier. Ele acaba reprovando, porém, neste processo amadurece e ao invés de desistir, volta aos estudos com determinação.
Adorei o filme. É uma daquelas comédias românticas francesas que, embora sejam tão superficiais quanto suas congêneres, conseguem fugir do lugar comum ao investirem em roteiros inusitados.
Aqui pegaram a história real de um jornalista que subiu o Everest sem qualquer preparo, e transformaram-na em uma comédia romântica.
O Nadir Dendoune real é também um imigrante de família originária das colonias francesas na África, porém de ascendência argelina e não senegalesa, como no filme.
No filme, o protagonista tenta ficar com uma mulher que gosta desde a época da escola, ela contudo não vê muitas perspectivas na vida do sujeito, que não trabalha, mora com os pais, etc.
Tentando conquistá-la ele diz que por ela escalaria até o Everest e acaba indo mesmo, consegue patrocínio, contrata um pacote de viagem e chega ao Nepal meio que em um espírito "farofeiro".
Contudo, ele só descobre o tamanho da encrenca ao chegar no Himalaia.
Enquanto isso sua história se espalha na França e muita gente começa a torcer por ele.
O roteiro é fluido, consegue costurar bem a aventura dele na montanha com o que vai se desenrolando em seu bairro, conseguindo gerar boas doses de tensão e humor.
A parte mais legal contudo é na montanha, diferente de outros filmes, aqui é mostrado a dimensão mais ordinária da escalada, com seus problemas cotidianos. A agência de viagem que vende um pacote maravilhoso e entrega algo completamente diferente, o perrengue no acampamento, a labuta dos sherpas, etc. Por sinal, o ator que faz o sherpa é também muito bom, mas nem foi creditado aqui, o nome dele é Umesh Tamang.
Na primeira hora o roteiro é meio batido, tudo aponta na direção de um filme com final fofo, no qual a protagonista consegue deixar para trás seus fantasmas, mas eis que surgem reviravoltas excelentes que fazem um roteiro medíocre se transformar em um dos melhores roteiros do ano.
Sempre ouvi falar sobre este filme, e o do quanto ele era ruim, mas só agora que topei com ele no catálogo do prime video é que tive oportunidade de conhecer.
Aqui o personagem Howard, da Marvel, é deslocado de seu mundo para a Terra, usando como artifício uma experiência estranha. É um argumento que foi usado em outras produção da época, por exemplo, o He-Man, que foi lançado um ano depois, usava do mesmo artifício.
A primeira parte é muito boa, os efeitos visuais do pato são excelentes, o que mais prejudicou a história é quando aparece um supervilão, o roteiro fica chato, as perseguições de carro e ultraleve são um tédio e a luta com o antagonista não conseguem gerar uma grande tensão, tudo é resolvido de forma simples.
Os efeitos especiais usados para gerar o pato são muito bons, mas os utilizados na luta já eram um tanto ultrapassados para a época.
Parece que a intenção original era fazer uma animação, mas a Lucas Films tinha a obrigação contratual de fazer um live action.
Sei lá, se tivessem gasto um pouco mais com o roteiro, o filme poderia ter se saído bem melhor.
Se tivessem misturando cenas de animação com a realidade, poderiam ter feito muita coisa legal. Um ano antes o A-Ha lançou o clipe do Take on Me usando a técnica de rotoscopia, algo que a Lucas Films mandava muito bem, basta lembrar que Guerra nas Estrelas, em 1977, também foi dirigido pelo George Lucas e usou rotoscopia.
Apesar de tudo, é um filme simpático. E a cena de quase zoofilia me fez pensar que esta atriz, que já tinha ficado famosa um ano antes com "De volta para o futuro", é alguém que achava divertido brincar com os tabus.
Em 1985 ela teve um affair com o próprio filho e em 1986 com um pato.
Neste filme a Sophia Loren é uma filha birrenta, que recebeu do bom e do melhor do pai, um maestro famoso e viúvo, mas segue agindo como se fosse uma criança mimada.
Do outro lado há Cary Grant, um recém viúvo que estava separado de sua falecida mulher há alguns anos e vai ter que reconquistar seus três filhos.
Fazendo birra para seu pai, a moça italiana acaba se tornando empregada de Cary Grant e suas crianças. Ela não sabe cozinhar, limpar ou lavar roupas, mas consegue ajudar o pai a recuperar o vínculo com os pequenos.
É claro que depois de alguns reviravoltas e um triângulo amoroso, os dois vão se apaixonar e, é claro, ela vai aprender com o protagonista masculino a entender o pai e deixar de ser mimada, enquanto o sujeito vai aprender com ela a entender os filhos.
O filme é um pouco arrastado, cheguei a acelerar algumas cenas, ainda assim, é uma daquelas comédias leves, para ser visto sem preocupações.
Gosto de ver estes filmes da Sophia Loren produzidos antes da "revolução sexual" com um olhar sociológico, ela era uma das mulheres mais bonitas da época e é interessante que sempre colocam ela em uns finais felizes que hoje em dia seriam entendidas como grandes presepadas. O final feliz de uma moça mimada da alta sociedade dos anos 1950 era se casar com um viúvo e se tornar mãe de três, indo morar em um lugar rústico, saindo da órbita do pai e entrando diretamente na órbita do marido.
Um pouco longo e parado, com uns flaskbacks e pontos de virada confusos, ainda assim eu gostei muito.
Há muitos pontos positivos: A fotografia, a ambientação no ártico, a concepção das instalações e da aeronave, os atores e a trilha sonora.
Me parece uma longa metáfora sobre a falta de comunicação.
O fim do mundo serve de pano de fundo para refletir sobre o isolamento, sobre a falta de responsabilidade com aquilo que é mais importante para nossas vidas, etc.
O argumento prometia muito mais, infelizmente a montagem, ou talvez o roteiro, não tenha conseguido desenvolver todo seu potencial e um filme que deveria ser uma jornada de redenção com um desfecho de ouro, acabou se autossabotando e reduzindo boa parte de seu impacto.
Ex-ginasta antipática, que age como se ainda tivesse a velha fama, e empurrada para treinar um talento da ginástica, a quem ela enxerga como rival e vai tentar sabotar.
Porém, conforme a trama evolui, ela vai levar a missão a sério e terá a oportunidade de virar a página e se tornar alguém menos babaca.
Há algumas cenas hilárias, tal qual o sexo entre ginastas, com direito a medalha de ouro.
O mais interessante foi ver a atriz Melissa Rauch fora do papel de Bernadete do TBBT.
Mais um filme de loop temporal que não consegue superar "O Dia da Marmota".
Romance fofo entre adolescentes que estão presos em um loop temporal. O moleque é o protagonista, um cara bem pouco carismático, irritante e gabola. A moça surge com o estilão maníaca-fada-sonhadora, isto é, uma personagem feminina linda, estranha e cuja grande função no roteiro é motivar o personagem masculino a vencer seus próprios desafios.
Porém, em uma reviravolta interessante, subvertem esta premissa e dão algum protagonismo para a história da moça, ainda que sua história siga sendo contada pelo moleque irritante.
minha principal motivação para assistir foi tomar contato com o cinema romeno, quase totalmente desconhecido por mim.
Diferente da maioria dos filmes românticos de natal, comédias na qual os dois protagonistas brigam durante o filme todo, resolvem um problema e ao final ficam juntos, esta história segue por outras direções.
Já na primeira parte do filme eles se dão bem e ficam juntos. Ela, uma atriz que acabou de terminar com um grande diretor de cinema, ele um grande talento do violino.
Eles se apaixonam e vão morar juntos. A crise não perdoa a música erudita e o sujeito fica sem dinheiro. E, em um país pequeno como a Romênia, o diretor magoado impede que a sua ex consiga um novo emprego, porém eles são tão felizes no amor, que não ligam para todo o resto.
Este é o início do filme, um pouco sem graça. Mas depois de um tempo vem outro natal e aos poucos vão sendo apresentados outros personagens movidos por desejos sexuais pela moça, pelo rapaz ou por ambos, e isso somado ao comportamento doentio do ex da atriz é uma verdadeira corrida de obstáculo para o amor de ambos, fazendo o filme se tornar extramente interessante.
O argumento é bom, ao contrário do que vi alguns dizendo, não se trata de ficção científica, está mais para realismo fantástico. Se a gente for pensar o conceito cientificamente ele é completamente inverossímil.
Porém, apesar do argumento e dos bons atores, a história não se desenvolve muito bem, além dos furos que a todo momento me faziam dizer "ué?", a personagem feminina não agrega nada à história, está lá só como enfeite, o que é um baita desperdício, visto que a Kristen Dunst é a maior estrela do elenco.
Desta forma, apesar de tudo, o filme é só mais uma história genérica de amor proibido, no qual o herói precisa invadir o castelo, "lutar contra o dragão" e "salvar a princesa". E mesmo nisso ele falha, pois a luta contra as adversidades não é tão empolgante.
um besteirol com um enredo bem ao gosto daquela época, voltado para um público mais adolescente, e que passadas duas décadas envelheceu bem mal.
O final da quaresma, por exemplo, me deixou um tanto chocado.
Embora o roteiro seja fraquinho, há algumas interpretações boas.
O ator protagonista, Josh Hartnett, deve ter sido escolhido para o papel por na época estar nas listas dos homens mais bonitos, porém, apesar do roteiro não exigir muito, ele conseguiu entregar uma boa atuação.
A atriz que interpretou seu par romântico, Shannyn Sossannon, também é muito boa, pena que este é o tipo de roteiro que não aproveita e não dá destaque às figuras femininas.
acho que ninguém assiste a um musical do Fred Astaire esperando alguma história, né, as pessoas querem vê-lo dançar, e neste ponto o filme atende muito bem ao esperado, se há um enredo empolgante, ele é um bônus.
Neste filme o bônus ficou por parte das cenas solo. A dança com o mancebo (de pendurar roupas) e também a cena da dança nas paredes e no teto demonstram a maestria de Fred Astaire. O dueto com o navio balançando também é excelente.
Atualmente em 2021 é possível vê-lo gratuitamente no NetMovies.
Virei um Gato
2.8 203 Assista Agoraparece uma versão felina de "Fluke, lembrança de uma outra vida".
Não é uma obra prima, mas tá valendo como uma fábula divertida e bem amarradinha, para ser assistida com as crianças.
Uma Sereia em Paris
3.1 12 Assista AgoraDiferente das fábulas com sereias "made in USA", esta daqui não alivia o "fato" de que as sereias matam homens com o seu canto sedutor, e, pior, cria situações nas quais a sereia irá matar homens aos quais um pouco antes o filme nos ajudou a sentir simpatia.
Tirando isso, é uma fábula bonitinha sobre amor e propósito de vida.
A Flor do Meu Segredo
3.7 160muito bom! Não é tão intenso quanto outros filmes do Almodóvar, porém é igualmente sensível.
A história gira em torno de Leo, uma escritora de livros românticos, cujo casamento em crise a deixa sem vontade de seguir escrevendo o gênero que a consagrou.
Diferente de outros filmes anteriores e posteriores do diretor, no qual o drama é encarnado em algum episódio muito violento ou que desafia os tabus da sociedade espanhola, aqui temos uma história que flerta com eventos adversos, porém ordinários, tais como os problemas matrimoniais, a fragilidade diante do envelhecimento, etc.
Não que a angústia não esteja presente, porém foi expressada de uma forma mais contida e intimista. Da mesma forma, também está presente situações que produzem um alívio cômico e criam uma espécie de "barreira sanitária" em torno do personagem, nos mantendo a uma distância suficiente para olhar para aquele drama e, em alguns momentos, até mesmo rir de como a personagem soa patética e exagerada.
Do Que os Homens Gostam
2.9 115 Assista AgoraConseguiram fazer um trabalho interessante neste remake, ao invés de simplesmente refilmar uma história que já conhecemos, adaptaram-na para colocar uma mulher como protagonista, pelo que li, é um projeto antigo, uns 10 anos atrás haviam convidado a Cameron Dias para o papel principal, mas acabou não saindo da gaveta.
Upgrade: Atualização
3.7 687 Assista AgoraFui ver esta ficção científica australiana e fiquei surpreendido com a qualidade. Esperava bem menos.
A Dama na Água
2.8 785 Assista Agoraquase não vi por conta dos comentários negativos por aqui, ainda bem que assisti, pois achei fabuloso.
Giamatti, como sempre, atuando muito bem.
Lazzaro Felice
4.1 217 Assista AgoraUma fábula cheia de alegorias sobre a ingenuidade, a exploração e se isso faz parte da natureza humana.
Um grupo de meeiros vive como se ainda fosse a época feudal, a direção fotográfica utiliza um estilo de filmagem que lembra muito filmes dos anos 1960, com bordas arredondadas e grãos meio sépia na imagem.
Só sabemos que se trata da virada do século XX para o XXI quando um novo personagem, o filho da Marquesa, chega com seus fones de ouvido e aparelho celular, daqueles anteriores ao smartphone.
Aos poucos vamos sabendo que aquele povo sofrido vive em condições análogas à escravidão, explorados por uma Marquesa que os mantém isolados e ignorantes sobre o mundo moderno.
Eles por sua vez exploram Lazzaro, o protagonista, um rapaz muito ingênuo que sempre está com um sorriso no rosto e faz tudo que lhe mandam.
O filme ocorre em dois atos e no segundo a história se converte ao realismo fantástico.
Lazzaro cai de uma encosta e logo em seguida as famílias são libertadas. Ele é acordado por um lobo sem saber das mudanças, mas quando encontra seus antigos companheiros descobre que muitos anos já haviam se passado.
Eles vivem agora na cidade na extrema miséria, realizando pequenos golpes para conseguirem algum sustento.
É interessante que ao final Lazzaro é espancado, parece que até a morte e vemos o lobo indo embora, é como se a alma do lobo estivesse habitando o corpo de Lazzaro.
Qual será o significado deste final? Será que há alguma ligação com a máxima do homem ser o lobo do homem?
Axone
3.2 1Comédia dramática sobre migrantes em seu próprio país.
Pessoas do nordeste indiano querem realizar uma festa de casamento para sua amiga, preparando um prato típico de sua região, carne de porco com axone, uma massa de soja fermentada conhecida por ser um dos alimentos mais fedorentos do mundo.
A dificuldade de cozinhar o prato fedorento é o pano de fundo da complexidade das relações étnicas indianas.
Há várias pequenas subtramas que remetem à dificuldade de integração nacional.
Uma das protagonistas é Upasana, interpretada pela muito competente Sayani Gupta, embora também seja do nordeste, se sente discriminada pelos seus conterrâneos.
O nordeste indiano é aquele pedaço da índica quase completamente separado do país por Bangladesh. A maioria dos personagens do filme possuem olhos puxados, lembrando a fisionomia tibetana ou de Myanmar, enquanto Upasana é tratada por eles como se fosse uma estrangeira, uma nepalesa.
Outro personagem importante é Bendang, interpretado por Lanuakum Ao, traumatizado por um episódio de discriminação, pois os hindus não o consideravam indiano.
Aos trancos e barrancos o filme evolui e as relações entre os personagens ficam mais tumultuadas, gerando uma tensão prolongada que faz o filme perder bastante do seu ritmo.
No final, contudo, consegue dar uma reviravolta interessante.
Notas de Rebeldia
3.3 29 Assista AgoraDrama competente sobre a relação entre um pai e um filho.
O protagonista é um sujeito que já iniciou e abandonou vários projetos sem nunca concluí-los e está tentando se tornar um sommelier.
Seu pai, descrente que os caprichos do filho resultem em algo, tem a expectativa de que ele assuma o negócio da família.
De um lado um pai ríspido, que nunca elogia ou incentiva os sonhos do filho, de outro um adulto indeciso sobre suas próprias escolhas, que por um lado teme contrariar o pai, mas por outro é muito inseguro sobre si mesmo e acaba se autossabotando.
Há algumas personagens femininas também são importantes para a história, tanto a mãe quanto a namorada acolhem, apoiam e estimulam o sujeito, fazendo um contraponto à dureza do pai.
A mãe media a tensa relação entre o pai e o filho e quando ela morre o rapaz resolve largar os estudos para auxiliar o pai nos negócios, se reaproximando dele. Por sua vez o pai também faz um esforço e entende a necessidade do filho, tentando auxiliá-lo a prestar a prova para sommelier. Ele acaba reprovando, porém, neste processo amadurece e ao invés de desistir, volta aos estudos com determinação.
A Escalada
3.5 85 Assista AgoraAdorei o filme. É uma daquelas comédias românticas francesas que, embora sejam tão superficiais quanto suas congêneres, conseguem fugir do lugar comum ao investirem em roteiros inusitados.
Aqui pegaram a história real de um jornalista que subiu o Everest sem qualquer preparo, e transformaram-na em uma comédia romântica.
O Nadir Dendoune real é também um imigrante de família originária das colonias francesas na África, porém de ascendência argelina e não senegalesa, como no filme.
No filme, o protagonista tenta ficar com uma mulher que gosta desde a época da escola, ela contudo não vê muitas perspectivas na vida do sujeito, que não trabalha, mora com os pais, etc.
Tentando conquistá-la ele diz que por ela escalaria até o Everest e acaba indo mesmo, consegue patrocínio, contrata um pacote de viagem e chega ao Nepal meio que em um espírito "farofeiro".
Contudo, ele só descobre o tamanho da encrenca ao chegar no Himalaia.
Enquanto isso sua história se espalha na França e muita gente começa a torcer por ele.
O roteiro é fluido, consegue costurar bem a aventura dele na montanha com o que vai se desenrolando em seu bairro, conseguindo gerar boas doses de tensão e humor.
A parte mais legal contudo é na montanha, diferente de outros filmes, aqui é mostrado a dimensão mais ordinária da escalada, com seus problemas cotidianos. A agência de viagem que vende um pacote maravilhoso e entrega algo completamente diferente, o perrengue no acampamento, a labuta dos sherpas, etc. Por sinal, o ator que faz o sherpa é também muito bom, mas nem foi creditado aqui, o nome dele é Umesh Tamang.
Em Busca do Paraíso
2.6 3 Assista AgoraO roteiro até poderia ter rendido algo melhor, mas a direção é ruim, a montagem e os efeitos especiais também. Não valeu a pena assistir.
O Pequeno Gangster
3.8 12Farsa rocambolesca bem divertida voltada para um público infanto juvenil.
Um garoto que vive apanhando na escola vê a chance de mudar seu status ao mudar para uma nova vizinhança. Espalha o boato que seu pai é um gangster.
Não chega a ser uma obra prima, mas é um bom passatempo.
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraNa primeira hora o roteiro é meio batido, tudo aponta na direção de um filme com final fofo, no qual a protagonista consegue deixar para trás seus fantasmas, mas eis que surgem reviravoltas excelentes que fazem um roteiro medíocre se transformar em um dos melhores roteiros do ano.
O terço final do filme me deixou paralisado.
Oscar merecido!
Howard: O Super-Herói
2.7 240 Assista AgoraSempre ouvi falar sobre este filme, e o do quanto ele era ruim, mas só agora que topei com ele no catálogo do prime video é que tive oportunidade de conhecer.
Aqui o personagem Howard, da Marvel, é deslocado de seu mundo para a Terra, usando como artifício uma experiência estranha. É um argumento que foi usado em outras produção da época, por exemplo, o He-Man, que foi lançado um ano depois, usava do mesmo artifício.
A primeira parte é muito boa, os efeitos visuais do pato são excelentes, o que mais prejudicou a história é quando aparece um supervilão, o roteiro fica chato, as perseguições de carro e ultraleve são um tédio e a luta com o antagonista não conseguem gerar uma grande tensão, tudo é resolvido de forma simples.
Os efeitos especiais usados para gerar o pato são muito bons, mas os utilizados na luta já eram um tanto ultrapassados para a época.
Parece que a intenção original era fazer uma animação, mas a Lucas Films tinha a obrigação contratual de fazer um live action.
Sei lá, se tivessem gasto um pouco mais com o roteiro, o filme poderia ter se saído bem melhor.
Se tivessem misturando cenas de animação com a realidade, poderiam ter feito muita coisa legal. Um ano antes o A-Ha lançou o clipe do Take on Me usando a técnica de rotoscopia, algo que a Lucas Films mandava muito bem, basta lembrar que Guerra nas Estrelas, em 1977, também foi dirigido pelo George Lucas e usou rotoscopia.
Apesar de tudo, é um filme simpático. E a cena de quase zoofilia me fez pensar que esta atriz, que já tinha ficado famosa um ano antes com "De volta para o futuro", é alguém que achava divertido brincar com os tabus.
Em 1985 ela teve um affair com o próprio filho e em 1986 com um pato.
Tentação Morena
3.4 18Neste filme a Sophia Loren é uma filha birrenta, que recebeu do bom e do melhor do pai, um maestro famoso e viúvo, mas segue agindo como se fosse uma criança mimada.
Do outro lado há Cary Grant, um recém viúvo que estava separado de sua falecida mulher há alguns anos e vai ter que reconquistar seus três filhos.
Fazendo birra para seu pai, a moça italiana acaba se tornando empregada de Cary Grant e suas crianças. Ela não sabe cozinhar, limpar ou lavar roupas, mas consegue ajudar o pai a recuperar o vínculo com os pequenos.
É claro que depois de alguns reviravoltas e um triângulo amoroso, os dois vão se apaixonar e, é claro, ela vai aprender com o protagonista masculino a entender o pai e deixar de ser mimada, enquanto o sujeito vai aprender com ela a entender os filhos.
O filme é um pouco arrastado, cheguei a acelerar algumas cenas, ainda assim, é uma daquelas comédias leves, para ser visto sem preocupações.
Gosto de ver estes filmes da Sophia Loren produzidos antes da "revolução sexual" com um olhar sociológico, ela era uma das mulheres mais bonitas da época e é interessante que sempre colocam ela em uns finais felizes que hoje em dia seriam entendidas como grandes presepadas. O final feliz de uma moça mimada da alta sociedade dos anos 1950 era se casar com um viúvo e se tornar mãe de três, indo morar em um lugar rústico, saindo da órbita do pai e entrando diretamente na órbita do marido.
O Céu da Meia-Noite
2.7 511Um pouco longo e parado, com uns flaskbacks e pontos de virada confusos, ainda assim eu gostei muito.
Há muitos pontos positivos: A fotografia, a ambientação no ártico, a concepção das instalações e da aeronave, os atores e a trilha sonora.
Me parece uma longa metáfora sobre a falta de comunicação.
O fim do mundo serve de pano de fundo para refletir sobre o isolamento, sobre a falta de responsabilidade com aquilo que é mais importante para nossas vidas, etc.
O argumento prometia muito mais, infelizmente a montagem, ou talvez o roteiro, não tenha conseguido desenvolver todo seu potencial e um filme que deveria ser uma jornada de redenção com um desfecho de ouro, acabou se autossabotando e reduzindo boa parte de seu impacto.
Medalha de Bronze
3.0 43 Assista AgoraUma dramédia interessante.
Ex-ginasta antipática, que age como se ainda tivesse a velha fama, e empurrada para treinar um talento da ginástica, a quem ela enxerga como rival e vai tentar sabotar.
Porém, conforme a trama evolui, ela vai levar a missão a sério e terá a oportunidade de virar a página e se tornar alguém menos babaca.
Há algumas cenas hilárias, tal qual o sexo entre ginastas, com direito a medalha de ouro.
O mais interessante foi ver a atriz Melissa Rauch fora do papel de Bernadete do TBBT.
O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas
3.5 196 Assista AgoraMais um filme de loop temporal que não consegue superar "O Dia da Marmota".
Romance fofo entre adolescentes que estão presos em um loop temporal. O moleque é o protagonista, um cara bem pouco carismático, irritante e gabola. A moça surge com o estilão maníaca-fada-sonhadora, isto é, uma personagem feminina linda, estranha e cuja grande função no roteiro é motivar o personagem masculino a vencer seus próprios desafios.
Porém, em uma reviravolta interessante, subvertem esta premissa e dão algum protagonismo para a história da moça, ainda que sua história siga sendo contada pelo moleque irritante.
O Amor é Um Presente
2.6 6minha principal motivação para assistir foi tomar contato com o cinema romeno, quase totalmente desconhecido por mim.
Diferente da maioria dos filmes românticos de natal, comédias na qual os dois protagonistas brigam durante o filme todo, resolvem um problema e ao final ficam juntos, esta história segue por outras direções.
Já na primeira parte do filme eles se dão bem e ficam juntos. Ela, uma atriz que acabou de terminar com um grande diretor de cinema, ele um grande talento do violino.
Eles se apaixonam e vão morar juntos. A crise não perdoa a música erudita e o sujeito fica sem dinheiro. E, em um país pequeno como a Romênia, o diretor magoado impede que a sua ex consiga um novo emprego, porém eles são tão felizes no amor, que não ligam para todo o resto.
Este é o início do filme, um pouco sem graça. Mas depois de um tempo vem outro natal e aos poucos vão sendo apresentados outros personagens movidos por desejos sexuais pela moça, pelo rapaz ou por ambos, e isso somado ao comportamento doentio do ex da atriz é uma verdadeira corrida de obstáculo para o amor de ambos, fazendo o filme se tornar extramente interessante.
É um filme bonito e ao mesmo tempo triste.
Mundos Opostos
3.4 611 Assista AgoraO argumento é bom, ao contrário do que vi alguns dizendo, não se trata de ficção científica, está mais para realismo fantástico. Se a gente for pensar o conceito cientificamente ele é completamente inverossímil.
Porém, apesar do argumento e dos bons atores, a história não se desenvolve muito bem, além dos furos que a todo momento me faziam dizer "ué?", a personagem feminina não agrega nada à história, está lá só como enfeite, o que é um baita desperdício, visto que a Kristen Dunst é a maior estrela do elenco.
Desta forma, apesar de tudo, o filme é só mais uma história genérica de amor proibido, no qual o herói precisa invadir o castelo, "lutar contra o dragão" e "salvar a princesa". E mesmo nisso ele falha, pois a luta contra as adversidades não é tão empolgante.
Projeto Almanaque
3.4 550 Assista Agoraé tão esquecível que eu só percebi que já tinha visto quando vim marcar o filme aqui.
Ficção Científica Volume 1: O Legado de Osiris
2.5 60 Assista Agoraao invés de Legado de Osiris deveria se chamar "Tartarugas Ninjas : a origem".
40 Dias e 40 Noites
2.8 173 Assista Agoraum besteirol com um enredo bem ao gosto daquela época, voltado para um público mais adolescente, e que passadas duas décadas envelheceu bem mal.
O final da quaresma, por exemplo, me deixou um tanto chocado.
Embora o roteiro seja fraquinho, há algumas interpretações boas.
O ator protagonista, Josh Hartnett, deve ter sido escolhido para o papel por na época estar nas listas dos homens mais bonitos, porém, apesar do roteiro não exigir muito, ele conseguiu entregar uma boa atuação.
A atriz que interpretou seu par romântico, Shannyn Sossannon, também é muito boa, pena que este é o tipo de roteiro que não aproveita e não dá destaque às figuras femininas.
Núpcias Reais
3.6 34 Assista Agoraacho que ninguém assiste a um musical do Fred Astaire esperando alguma história, né, as pessoas querem vê-lo dançar, e neste ponto o filme atende muito bem ao esperado, se há um enredo empolgante, ele é um bônus.
Neste filme o bônus ficou por parte das cenas solo. A dança com o mancebo (de pendurar roupas) e também a cena da dança nas paredes e no teto demonstram a maestria de Fred Astaire. O dueto com o navio balançando também é excelente.
Atualmente em 2021 é possível vê-lo gratuitamente no NetMovies.