O ponto alto do filme é o Reginaldo, mas não vou elaborar!
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Meninas Malvadas de 2004 enfrentou um monte de críticas na época do seu lançamento, rotulado como um filme fútil e sem sentido. A razão principal para isso foi sua comparação com os épicos do início dos anos 2000, como Senhor dos Anéis, Gladiador e Náufrago.
Bom, o tempo o consagrou como um dos filmes mais emblemáticos da cultura pop.
A versão de 2024 de Meninas Malvadas não pretende sobrepor a original, mas sim atualizá-la para uma nova geração. Funciona como uma espécie de renovação, especialmente cativante para o público jovem, que ainda não está preso a um conservadorismo cultural.
Com ajustes sutis nos perfis dos personagens e uma adaptação aos padrões atuais, incluindo a presença de smartphones e o polêmico formato musical, que segue o sucesso de sua versão teatral, juntamente com a tendência gerada pelo filme Barbie (2023), atingiu seu objetivo de atualização.
O público mais velho tende a fazer comparações, mantendo a mesma relutância em se entregar à diversão, embora o foco das comparações tenha mudado.
É claro que o filme tem seus defeitos técnicos, como as transições para as músicas meio forçadas, mas isso não diminui seu brilho ou sua mensagem central.
Eu, particularmente, me diverti bastante assistindo. As piadas são hilárias e algumas músicas são cativantes, especialmente a apresentação da Regina.
Renée Rapp rouba a cena no filme, uma talentosa artista de 24 anos, mostrando habilidades tanto na música quanto na atuação. Sua interpretação como Regina George é magnética, combinando humor ácido e sedução de forma perfeita.
Estou certa que pessoas de todas as idades podem desfrutar deste filme, desde que estejam dispostas a se abrir para ele e abraçar sua essência.
Ele aborda um tema já conhecido, mas de uma forma que nos leva por uma jornada de reflexão pessoal, com alguns truques bem interessantes.
Pode-se dizer, de forma objetiva, que é um filme chato. Retrata a vida de um comandante nazista e sua família, morando ao lado de um campo de concentração, focando justamente na rotina da família em si. No entanto, a riqueza do filme está no imaginário estimulado.
O campo de concentração está presente de forma sutil: sem nunca ser visto, mas escutado, através de sons abafados e distantes, enquanto os personagens principais optam por uma existência banal e fútil, ignorando sua proximidade com o horror que ocorre ao lado.
É interessante pensar na perspectiva administrativa e industrial do nazismo. O protagonista é um líder admirado e obcecado pelo trabalho, em busca de eficiência e inovação. Tudo certo se a gente não pensar que tratava-se de uma fábrica de mortes.
A dinâmica familiar é totalmente disfuncional, com o protagonista sacrificando sua vida pessoal em prol do profissional. Sua esposa, representante da futilidade, busca manter as aparências, enquanto os filhos absorvem as influências sombrias do ambiente ao seu redor.
O clímax da trama ocorre quando o protagonista é promovido, precisa se mudar e é confrontado com a decisão de deixar sua família para trás. Sua esposa defende sua própria permanência, e dos filhos, na casa. Percebe-se o quanto ela está fora da realidade, na sua idealização da vida perfeita e a realidade perturbadora que envolve seus filhos e o ambiente ao redor.
A narração não deixa de mostrar o quanto esse homem é um infeliz, quando mostra que ele gostaria de manter a família por perto, mas sua esposa não se importa com isso. A dinâmica familiar é com ela na posição de general da casa e ele um subordinado. Não é relação de esposa e marido.
As cenas em preto e branco com a garota colhendo frutas escondida vem para lembrar que existem pessoas que não concordam com aquela vivência, mas esses são visualizados como os invertidos.
Essa mistura entre a vida aparentemente comum da família e a brutalidade subjacente do campo de concentração perturba bastante. É uma obra que transcende o entretenimento e nos faz confrontar as sombras da história e da condição humana, onde muitas vezes, o mal se disfarça sob a aparência do cotidiano.
O momento em que essa obra é lançada também é relevante. Porque trata-se da condição humana, ainda nos dias de hoje, e como o mal pode se instalar em meio ao cotidiano. Em nossa busca por distração e evolucao egoísta, quais mazelas importantes estamos escolhendo não encarar?
O filme tem claramente uma proposta comercial, a Mattel faz parte do filme. Estamos falando de um dos produtos mais vendidos do mundo capitalista. Estamos falando de um símbolo do capitalismo. Mas acreditem se quiser, os trabalhos de cinema envolvidos aqui são tão fortes, que isso fica em segundo plano, enquanto o filme prova que uma boa história pode vir de lugares inesperados.
Em seu exterior, o filme é extremamente divertido, imersivo, com trabalhos excepcionais.
Direção, roteiro, design de produção, elenco, etc. Margot Robbie e Ryan Gosling estão simplesmente um primor. O filme tem claras referências a clássicos do cinema, principalmente nos gêneros musical e fantasia, mas em outros também. 2001 e Godfather por exemplo. Greta Gerwig mostra um conhecimento ímpar. Noah Baumbach tem o seu papel dentro da direção e roteiro também, que é sentido e faz sentido.
Em sua essência, é um filme incômodo.
O filme faz refletir e revisitar nosso entendimento íntimo sobre o funcionamento do mundo, suas normas e suas razões de ser.
Em vários momentos a história ativa muito fortemente um desejo de uma equidade de gênero nunca conquistada pelos humanos, o qual não sabemos se algum dia será conquistada.
O filme é doloroso para homens e mulheres de formas diferentes. É doloroso quando pensamos em um papel humano também, e nessa hora dói em todo mundo ao mesmo tempo.
Para mulheres, abre as feridas do que realmente é ser mulher dentro da sociedade. Ativa sentimentos que, por uma defesa, muitas vezes a gente tenta ignorar.
Para os homens, é um constante cutucão. Esse filme cutuca os homens a todo momento. De várias formas.
Tem uma cena que simula muito bem a sensação de ser uma mulher, e estar simplesmente vivendo a vida. Tópico tão falado e discutido. Mas aqui isso foi mostrado visualmente.
Enquanto humanos, o filme incomoda nossas questões existenciais.
Não importa quem somos, ou de qual gênero, todos nós fazemos parte de algo maior, mais consequencial do que somos individualmente. O filme nos leva a esse coletivo e a questões que realmente importam.
Elas abriram a sexualidade delas, algo muito interessante, mas além disso foram fieis à realidade e mostraram o que acontece hoje. Abordaram relacionamentos modernos, o vício em redes sociais. A pessoa falando com você e você rodando foto de gatinho e comida no instagram. Deixei o filme rolando sem expectativas, mas fui surpreendida positivamente.
Quando assisti esse filme havia lido o livro inteiro na noite anterior e nessas horas é sempre esperada uma ENORME decepção. A adaptação tem uma série de mudanças sem sentido, que a correria do cinema não justifica. Erros bem graves na trama, quase imperdoáveis.
Não que o livro seja perfeito. Mas o livro, apesar de não ser triste, é feito para emocionar. Emociona os que já tiveram uma família, um amor, uma loucura...
Não considero a história original possível de ser adaptada em uma comédia, mas assisti o filme de cabeça aberta e gostei. Dá pra notar o esforço da atriz Jennifer Lawrence em se superar, ela é muito talentosa.
Aos que ainda puderem, sigam a ordem: primeiro o livro, depois o filme.
A parte em que ela diz que ele parece familiar e ele também estraga o filme, porque ela aparenta ter no máximo 20 anos. Não tem como não matar a charada, são sempre 15 anos a menos.
Tudo depois disso fica forçado. Fiquei esperando uma explicação boa para aquele relacionamento estranho e forçado existir, mas a explicação foi "hipnose". Po, hipnose?
Meninas Malvadas
3.2 183 Assista AgoraO ponto alto do filme é o Reginaldo, mas não vou elaborar!
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Meninas Malvadas de 2004 enfrentou um monte de críticas na época do seu lançamento, rotulado como um filme fútil e sem sentido. A razão principal para isso foi sua comparação com os épicos do início dos anos 2000, como Senhor dos Anéis, Gladiador e Náufrago.
Bom, o tempo o consagrou como um dos filmes mais emblemáticos da cultura pop.
A versão de 2024 de Meninas Malvadas não pretende sobrepor a original, mas sim atualizá-la para uma nova geração. Funciona como uma espécie de renovação, especialmente cativante para o público jovem, que ainda não está preso a um conservadorismo cultural.
Com ajustes sutis nos perfis dos personagens e uma adaptação aos padrões atuais, incluindo a presença de smartphones e o polêmico formato musical, que segue o sucesso de sua versão teatral, juntamente com a tendência gerada pelo filme Barbie (2023), atingiu seu objetivo de atualização.
O público mais velho tende a fazer comparações, mantendo a mesma relutância em se entregar à diversão, embora o foco das comparações tenha mudado.
É claro que o filme tem seus defeitos técnicos, como as transições para as músicas meio forçadas, mas isso não diminui seu brilho ou sua mensagem central.
Eu, particularmente, me diverti bastante assistindo. As piadas são hilárias e algumas músicas são cativantes, especialmente a apresentação da Regina.
Renée Rapp rouba a cena no filme, uma talentosa artista de 24 anos, mostrando habilidades tanto na música quanto na atuação. Sua interpretação como Regina George é magnética, combinando humor ácido e sedução de forma perfeita.
Estou certa que pessoas de todas as idades podem desfrutar deste filme, desde que estejam dispostas a se abrir para ele e abraçar sua essência.
Zona de Interesse
3.6 593 Assista AgoraVou ficar perturbada com esse filme por algumas vidas.
Ele aborda um tema já conhecido, mas de uma forma que nos leva por uma jornada de reflexão pessoal, com alguns truques bem interessantes.
Pode-se dizer, de forma objetiva, que é um filme chato. Retrata a vida de um comandante nazista e sua família, morando ao lado de um campo de concentração, focando justamente na rotina da família em si. No entanto, a riqueza do filme está no imaginário estimulado.
O campo de concentração está presente de forma sutil: sem nunca ser visto, mas escutado, através de sons abafados e distantes, enquanto os personagens principais optam por uma existência banal e fútil, ignorando sua proximidade com o horror que ocorre ao lado.
É interessante pensar na perspectiva administrativa e industrial do nazismo. O protagonista é um líder admirado e obcecado pelo trabalho, em busca de eficiência e inovação. Tudo certo se a gente não pensar que tratava-se de uma fábrica de mortes.
A dinâmica familiar é totalmente disfuncional, com o protagonista sacrificando sua vida pessoal em prol do profissional. Sua esposa, representante da futilidade, busca manter as aparências, enquanto os filhos absorvem as influências sombrias do ambiente ao seu redor.
O clímax da trama ocorre quando o protagonista é promovido, precisa se mudar e é confrontado com a decisão de deixar sua família para trás. Sua esposa defende sua própria permanência, e dos filhos, na casa. Percebe-se o quanto ela está fora da realidade, na sua idealização da vida perfeita e a realidade perturbadora que envolve seus filhos e o ambiente ao redor.
A narração não deixa de mostrar o quanto esse homem é um infeliz, quando mostra que ele gostaria de manter a família por perto, mas sua esposa não se importa com isso. A dinâmica familiar é com ela na posição de general da casa e ele um subordinado. Não é relação de esposa e marido.
As cenas em preto e branco com a garota colhendo frutas escondida vem para lembrar que existem pessoas que não concordam com aquela vivência, mas esses são visualizados como os invertidos.
Essa mistura entre a vida aparentemente comum da família e a brutalidade subjacente do campo de concentração perturba bastante. É uma obra que transcende o entretenimento e nos faz confrontar as sombras da história e da condição humana, onde muitas vezes, o mal se disfarça sob a aparência do cotidiano.
O momento em que essa obra é lançada também é relevante. Porque trata-se da condição humana, ainda nos dias de hoje, e como o mal pode se instalar em meio ao cotidiano. Em nossa busca por distração e evolucao egoísta, quais mazelas importantes estamos escolhendo não encarar?
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraO filme tem claramente uma proposta comercial, a Mattel faz parte do filme. Estamos falando de um dos produtos mais vendidos do mundo capitalista. Estamos falando de um símbolo do capitalismo. Mas acreditem se quiser, os trabalhos de cinema envolvidos aqui são tão fortes, que isso fica em segundo plano, enquanto o filme prova que uma boa história pode vir de lugares inesperados.
Em seu exterior, o filme é extremamente divertido, imersivo, com trabalhos excepcionais.
Direção, roteiro, design de produção, elenco, etc. Margot Robbie e Ryan Gosling estão simplesmente um primor. O filme tem claras referências a clássicos do cinema, principalmente nos gêneros musical e fantasia, mas em outros também. 2001 e Godfather por exemplo. Greta Gerwig mostra um conhecimento ímpar. Noah Baumbach tem o seu papel dentro da direção e roteiro também, que é sentido e faz sentido.
Em sua essência, é um filme incômodo.
O filme faz refletir e revisitar nosso entendimento íntimo sobre o funcionamento do mundo, suas normas e suas razões de ser.
Em vários momentos a história ativa muito fortemente um desejo de uma equidade de gênero nunca conquistada pelos humanos, o qual não sabemos se algum dia será conquistada.
O filme é doloroso para homens e mulheres de formas diferentes. É doloroso quando pensamos em um papel humano também, e nessa hora dói em todo mundo ao mesmo tempo.
Para mulheres, abre as feridas do que realmente é ser mulher dentro da sociedade. Ativa sentimentos que, por uma defesa, muitas vezes a gente tenta ignorar.
Para os homens, é um constante cutucão. Esse filme cutuca os homens a todo momento. De várias formas.
Tem uma cena que simula muito bem a sensação de ser uma mulher, e estar simplesmente vivendo a vida. Tópico tão falado e discutido. Mas aqui isso foi mostrado visualmente.
Enquanto humanos, o filme incomoda nossas questões existenciais.
Não importa quem somos, ou de qual gênero, todos nós fazemos parte de algo maior, mais consequencial do que somos individualmente. O filme nos leva a esse coletivo e a questões que realmente importam.
Aftersun
4.1 707Charlotte Wells conseguiu extrair algo muito profundo de sua própria alma e entregou pra gente em forma de uma porrada no fundo do estômago.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraAssistiria a vida do Batman do Robert Pattinson 24h em um payperview, genial
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraQue filmaço com Mads Mikkelsen, bichão é brabo demais. Atua com o olhar.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraAssisti na minha lua de mel, não foi melhor escolha possível kkkkkkk
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraMinha alma envelheceu 42 anos com esse filme
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista Agorafilme maravilhoso da porra, cristal nacional
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista Agorafilme maravilhoso da porra, cristal nacional
Ana e Vitória
3.2 357Elas abriram a sexualidade delas, algo muito interessante, mas além disso foram fieis à realidade e mostraram o que acontece hoje. Abordaram relacionamentos modernos, o vício em redes sociais. A pessoa falando com você e você rodando foto de gatinho e comida no instagram. Deixei o filme rolando sem expectativas, mas fui surpreendida positivamente.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista Agorasolucei de dor com o final
Seu Nome
4.5 1,4K Assista Agoraque filme fofo, puta que pariu
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista Agoraa grande mensagem criptografada desse filme é: um gay e uma mulher impediram os nazistas de foderem mais as coisas
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraO primeiro "black mirror"
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraRecomendo a todos que tem problemas em gostar de coisas novas assistirem apenas em 2050. Essa relutância atrapalha o entendimento de vocês.
Cidades de Papel
3.0 1,3K Assista AgoraPra ser sincera eu leria até a lista de supermercado do John Green
Serena
2.7 293 Assista AgoraAmei o pôster do Bradley Cooper com cara de paisagem e o dizer "Serena" kkk
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraAwn que fofo, amei <3
Uma Garota Irresistível
3.8 172Parece a Fernanda Lima na capa
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraQuando assisti esse filme havia lido o livro inteiro na noite anterior e nessas horas é sempre esperada uma ENORME decepção. A adaptação tem uma série de mudanças sem sentido, que a correria do cinema não justifica. Erros bem graves na trama, quase imperdoáveis.
Não que o livro seja perfeito. Mas o livro, apesar de não ser triste, é feito para emocionar. Emociona os que já tiveram uma família, um amor, uma loucura...
Não considero a história original possível de ser adaptada em uma comédia, mas assisti o filme de cabeça aberta e gostei. Dá pra notar o esforço da atriz Jennifer Lawrence em se superar, ela é muito talentosa.
Aos que ainda puderem, sigam a ordem: primeiro o livro, depois o filme.
Oldboy
4.3 2,3K Assista AgoraDá pra entreter...
A parte em que ela diz que ele parece familiar e ele também estraga o filme, porque ela aparenta ter no máximo 20 anos. Não tem como não matar a charada, são sempre 15 anos a menos.
Tudo depois disso fica forçado. Fiquei esperando uma explicação boa para aquele relacionamento estranho e forçado existir, mas a explicação foi "hipnose". Po, hipnose?
Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na …
3.5 535q
Letra e Música
3.5 1,1K Assista AgoraPor que só 3,5 stars? Oloco, é bem bacana pra um comédia/romance/música. Pessoal só avalia bem os bad trip!