Fiz umas anotações enquanto assistia essa desgraça. Não leia se não quiser se deparar com spoilers (se é que isso tem importância num filmes desses). Se alguém estiver em dúvida se deve ou não ver essa desgraça:
Bem no comecinho, a menina fica dançando de um jeito ridículo, e os caminhoneiros passam mexendo com ela. Os moleques ficam zuando a coitada da mulher, que parece estar com tuberculose (essa atriz parece ter saído de um desses teatros amadores)... Trata-se de um início cruel, com personagens extremamente miseráveis, famintos e sem qualquer perspectiva. Quando entra a Carla Perez como atriz, a coisa piora muito. O filme vai de um drama mal feito, com atuações incompetentes para uma babaquice que tenta ser "ingênua" e engraçadinha. Mas... como ela cresceu tão rápido? Foram só 3 anos desde que se mudaram pra Salvador. A trilha sonora é, claro, baseada naquelas pérolas da axé music, junto com uns reggae e uns forró muito loucos dos anos 90, mas o pior é ver crianças dançando essas coisas com gemidos de mulher ao fundo. A Carla é a pior atriz que já vi, parece uma pessoa com problema mental. Depois da tentativa de roubo dos acarajés, rola uma dancinha sinistra que não faz sentido algum. Tem um sujeito com uma atuação digna de teatro infantil (Pierre) dizendo que precisa encontrar a bailarina perfeita... Lógico que essa bailarina vai ser a "Carlinha" né. Engraçado é que, acompanhando o filme até aqui, as demais dançarinas parecem todas melhores e mais profissionais. Ironicamente a Carla Perez é a única que lembra uma simples dona de casa, que dança só por hobby nas horas vagas. Chegou na metade do filme e não aguento mais essas músicas. O "véio" louco, que parece ator de teatro infantil, vê a Carla dando uns pulinhos sem graça e a considera a dançarina perfeita. "Estou procurando uma loirinha... simplezinha, que está sempre por aqui.". "É uma assim meio esfarrapada?". Melhor descrição hahaha. Todos os atores são dignos de um teatrinho de igreja, mas essa Carla não convence nem por um milésimo de segundo. A forma com que o Pierre encontra a Carla é simplesmente: pffff... Esse cara parece um vilão, lembra o Dr. Wily do Mega Man. Acho que vai abusar da moça. O tal do Pierre enche a pobre coitada de presentes, dá roupas e um contrato, e o pai dela tá preocupado com a "exploração do sucesso" da filha (!??). Qualquer um estaria preocupado com outro tipo de exploração... Vontade de avançar pro final, que não aguento mais essa droga. Acho que esse véio vai abusar da Carla, ein, o cara tem mó pinta de maníaco. Esse pessoal chega rebolando nos lugares, é mó estranho. Não há um planejamento, ninguém fala em passos de dança, não há uma técnica nem nada. Dançar é deixar fluir, é como se uma entidade possuísse essas pessoas. Quando chegou lá pra uma hora de filme eles não tinham mais nada pra colocar e simplesmente foram passando uns pedaços de shows com participação da Carla Perez. Tive de avançar um pouco, o véio tá querendo casar com ela. Essa morena que aparece dançando às 1h11 de filme, que ganhou o contrato no lugar da Carla na companhia do véio taradão, é realmente muito melhor que a protagonista. Até como atriz, mesmo sendo péssima de qualquer forma. Avancei mais um pouco. Carla Perez vai embora com o Alexandre Pires, Pierre continua a abusar de dançarinas, rola umas cenas retardadas com a Carla bancando a salvadora do mundo, dando presentes pra criancinhas doentes, passando umas lições de moral obscuras (terminando com umas dancinhas ao som daquelas músicas com letras machistas e cheias de sacanagem)...
Que filme horrível. É assistir uma vez só na vida, não dá pra rever uma merda dessas. Olha que eu gosto de filmes ruins. Mas esse filme mascara abusos sexuais, e inclusive infantis. É tipo um aliciamento de menores: crianças, vocês também podem, só precisam rebolar e esperar que um velho com pinta de lunático contrate vocês. Sim, vale muito a pena investir nesse sonho, não precisa estudar, não precisa fazer nada além de mexer o corpo de uma forma que o filme toma cuidado em não colocar como sensual (justamente para atingir o maior público possível).
Muito ruim. Do tipo chato mesmo. Tem uma fama entre os apreciadores do trash, mas não se engane: o filme não vale o tempo que você fica baixando ele, não vale um comentário no filmow rs. Não diverte em nada, aliás, o que ocorre nesse filme? Quando achei que ia começar a rolar alguma coisa ele acabou da forma mais estapafúrdia
(com o típico final "era tudo um sonho dãã você foi engando o filme todo, como se sente?")
. Robot Monster está sempre nas listas de melhores filmes ruins (ou trash), junto com Troll 2, alguma coisa do Ed Wood e essas tantas tranqueiras divertidas a lá Troma. Mas Robot Monster é tão ruim quanto muitas e muitas produções amadoras, filmadas com uma ideia vaga de roteiro e uma equipe incompetente. Pra se ter ideia, o filme se passa todo em dois cenários diferentes (a porta de uma caverna e uma parede de casa) e mais uns matagais. Todo o argumento caberia num simples curta-metragem. E tem esse final que explicaria o roteiro infantil, mas um final "engraçadinho" não justifica fazer um filme tedioso. Acho que o tal do Tucker teve uma das maiores ideias de Jerico: "vou economizar em tudo, fazer uma coisa hedionda de ruim e no final todos magicamente irão entender, estarei perdoado por ocupar a vida dessas pessoas com uma hora de chatice ha ha como sou esperto.". Mas não colou.
Uma das melhores comédias de todos os tempos. Interessante que Claudio Fragasso afirma que foi tudo proposital, que o filme é uma grande farsa. Ele enganou direitinho todo mundo, pois eu sempre fiquei na dúvida se era um filme zuado ou feito para ser cômico, ou um tipo de comédia de terror que não deu certo. De qualquer forma ele tem algo de inclassificável, pois consegue ser mais absurdo e bizonho que praticamente qualquer outra produção. Veja que existem inúmeros filmes propositalmente ruins, mas esse vai além de todos eles (pode incluir qualquer coisa da Troma, Tomates Assassinos, Street Trash, Náusea Total etc etc).Tornou-se um verdadeiro paradigma pra mim. Cresci lendo relatos de como Claudio Fragasso foi incompetente. É o que se costuma afirmar também de Bruno Mattei, seu constante companheiro de trabalho. Mas a verdade é que esses sujeitos faziam filmes com orçamentos ridículos. Outra coisa que precisa ser dita, em entrevista Claudio já disse que o título foi imposição do produtor, o filme era pra se chamar "Goblins" - o que faz, obviamente, todo o sentido, já que os monstros são chamados de goblins durante todo o filme (tudo bem que esses "goblins" não parecem duendes rs). Tenho raiva quando alguém o trata como uma continuação do mediano Troll, não dá pra perceber que são coisas totalmente diferentes?
De tanto que se fala nesse filme e, principalmente por contar com Claudio Fragasso como roteirista, esperava algo no nível de um Troll 2. Mas o filme até que não é tão trash assim, parecendo mais com as tranqueiras que costumava ver nos cinemas em casa da vida. Claro que é pobre, pois o filme todo se passa numa casa. Apesar de ser "futurista", você só vê mesmo uma casa velha rs. Os ratos são pouco ameaçadores, e não dá pra acreditar que as pessoas estejam sendo dizimadas por eles tão facilmente. Algumas cenas que me chamaram atenção: Tem um cara chamado Duke que coloca todo o grupo em perigo competindo com o líder deles, que agora esqueci o nome... São cenas impagáveis e dá raiva por ninguém ter eliminado esse tal de Duke... É também engraçado quando todos ficam tristes e começam a chorar pela morte de uma mulher, mas até então pouco se importavam com a morte dos demais amigos. É uma cena exagerada, com as piores atuações. Tem uma moça negra com o apelido de Chocolate. Quer dizer, acho que é apelido. Todos eles tem nomes retardados, como Lúcifer, Zeus... Mas essa é chamada de Chocolate. Imagine, chocolate deveria ser algo muito raro nesse futuro pós-apocalíptico, então é meio estranho apelidar uma pessoa de "chocolate"... Aí, quando eles descobrem a comida estocada na casa (que vai saber há quanto tempo está lá, sem apodrecer), jogam farinha na tal da Chocolate, que sai pulando feito uma retardada dizendo "agora sou mais branca que vocês". Quer dizer, o racismo continua firme e forte depois da bomba que acabou com o mundo todo. Fiquei imaginando se esses ratos, que devem ser porquinhos-da-índia, não foram feridos nas cenas. Mas é claro que devem ter sido, estamos falando de uma produção italiana dos anos 80... Ah, e não poderia deixar de comentar o final. É um dos mais surpreendentes de todos os tempos! Somente Jênios como Claudio Fragasso e Bruno Mattei bolariam algo assim...
Até a parte em que surge o robô o filme estava bem legal. Os vampiros-zumbi dando saltinhos, as lutas estranhas, mas até que bem coreografadas, os traficantes com seus diálogos ridículos... Então surge o robô com a caracterização mais tosca do mundo. Tem aquele lance do zumbi-macaco e a sua namorada fantasma, que também é impagável. O problema é quando começa o corre-corre do pessoalzinho perseguindo os traficantes. Isso é de um outro filme, colocado aí pelos produtores picaretas. Não tem nenhuma relação com o resto, esses personagens não interagem com os vampiros nem com o robô... A partir de então tudo que envolve o filme original é jogado em algumas cenas esporadicamente, as únicas divertidas no meio da merda toda. O final também é bem engraçado, pois é tipo
Gostaria de entender por que ele se chama Robo Vampire, se o robô não é um dos vampiros e sim um dos policiais. Outra coisa que preciso comentar é a qualidade desse pôster. Uma arte maravilhosa, merecia estar na parede do meu quarto.
, parecia algum tipo de deja-vu. Já havia escutado aquilo antes. Até que me lembrei da banda Impetigo, que colocava trechos de filmes de terror no início das músicas. Então, essa é uma das cenas homenageadas.
Roteiro totalmente genérico e sem pé nem cabeça. Não havia nenhuma grande ideia para filmar. Se Fulci não fosse um diretor habilidoso e com uma visão toda particular das coisas, ninguém lembraria dessa joça. A melhor cena é a do morcego. Trata-se de um momento tão exagerado e absurdo, que chega a provocar arrepios, nojo, medo e grandes gargalhadas, tudo ao mesmo tempo.
Nem acredito que levei tanto tempo para assistir esse que é considerado um dos maiores clássicos do gore italiano. Assisti junto com Pavor na cidade dos zumbis e A casa do cemitério. Pra falar a verdade, são todos os três medianos, com roteiros horríveis e algumas cenas violentas memoráveis. Esse me pareceu o melhorzinho, mas a diferença qualitativa é bem pequena, no fim das contas.
Em média, a cada 2 ou 3 minutos alguma cena violenta ocorre, mesmo nos momentos mais calmos do filme. É uma produção bastante barata, deve ter sido gravada diretamente numa fita. As cenas são escuras e bagunçadas. O roteiro é confuso, mas você nem vai se importar com esse detalhe. Apesar de toda a carnificina, rende boas risadas.
É mais ou menos como um Street Trash que não deu tão certo e não se tornou cultuado. O problema é que o filme não vai longe o bastante no gore e carnificina, ou mesmo no humor politicamente incorreto. Mas gosto justamente do aspecto toscão cheio das piadas sem graça. Toda a cena em que os tolos adolescentes que pretendem doar esperma encontram os caipiras cheios de tumor e ficam brincando é fenomenal de tão ruim. Vale o filme.
Esse filme não poderia ser mais "errado". Ele não poupa o espectador de situações grosseiras, sendo quase tão apelativo quanto certas coisas da Troma. E eu sempre quis ver um em que todos os protagonistas fossem mendigos (Street Trash chega perto disso rsrs). A simples ideia de que essas pessoas nem sequer tomam banho (parecem realmente hediondas nesse filme) e estão tentando transar, dentre outras coisas, é mais desconfortável que a maioria dos efeitos podreiras. Melhores cenas
Toda a sequência inicial com o mendigo que deve dinheiro e rouba bebidas. Quando brincam de arremessar o pênis do cara. Todas envolvendo o chefe da máfia. Quando o gordão se sente sortudo por achar uma morta na rua. A morte do chefe dos mendigos. A luta entre o capanga e o comissário.
Um show todo apoiado na produção. Achei meio vazio. Gosto do U2, mas dos primeiros discos. A banda era extremamente inventiva e não tinha tanta frescura. Porém, Bono Vox nunca me convenceu totalmente, ele tem uma voz fraquinha que apenas se encaixa nas canções. Quando tenta enfeitar fica chato pra caramba. Pior que ele "enfeita" tudo, "esforçando-se" ao máximo. Não sai nada. E eu simplesmente detesto esse modelo de óculos que ele usa, parece aqueles de plástico pra mexer com esmerilho. Fora todas essas poses... O repertório é de músicas recentes, que não gostei muito, e os clássicos mais pops. Claro que estamos falando de uma banda com canções poderosas, isso não se discute - por mais que o jeitão do Bono Vox me cause uma profunda irritação, tenho de admitir isso. Porém, acho que eles já foram bem melhores.
O U2 tem uns clipes legais, ou seja: que não estragam a música. Acho que videoclipe não vai muito além disso, não estragar a música. Eu não sabia mas, infelizmente, esse DVD traz apenas o material mais "famosinho". É uma coletânea das duas coletâneas de clipes (Best of 1980-1990, 1990-2000) e mais os novos. Gosto mesmo é das músicas antigas da banda e, por isso, não fiquei muito contente com ele. Meu clipe favorito é o da New Year’s Day, muito louco esse.
Depois de um ano que marquei, só fui assistir agora. É um filme bem chatinho, na verdade. Começa de um jeito promissor, mas não decola. Ele sofre do mal de tantas produções baratas: não havia com que preencher uma hora e pouco de filme, então as boas cenas parecem diluídas nos tantos minutos em que pouca coisa acontece.
Adorei. Putz, realmente curti cada riff, cada levada de baixo, como há muito não curtia num show ao vivo na tv... Esse batera que colocaram no lugar do Bill Ward é animal, e ele respeita as músicas, não fica de invencionice nem tenta roubar a cena. Ozzy tá só "o pó da rabiola" fisicamente (faz um tempão que está, então tudo normal), mas continua com a mesma voz, os mesmos gritos. Suas interpretações são algo entre extremamente carismáticas e totalmente bizarras. Geezer Butler continua sendo o melhor baixista de todos os tempos. Iommi está, como sempre, impecável. Continuam fazendo tão bem quanto fizeram em Reunion, de 1998. Acho que não existe vídeo oficial daquele período, então esse veio para compensar. Senti falta, porém, de alguns clássicos que ficam muito bem ao vivo, como Dirty Women e, infelizmente, não tocaram Sabbath Bloody Sabbath inteira.
Vou na contra-mão da maioria dos fãs. Achei esse o mais fraco da trilogia prequel. Estava gostando de toda aquela confusão política dos episódios anteriores, também da abundância de personagens, os vários núcleos de ação, e inclusive do roteiro pouco direto (e nada óbvio). Aqui tudo gira em torno de Anakin e voltamos ao maniqueísmo simples e puro da trilogia original. Naqueles filmes, ao menos, havia personagens bons, bem construídos, com atores melhorzinhos... Isso aqui ficou extremamente melodramático. O ruim é que você fica vendo os bastidores do poder, mas não vê as consequências da tirania, do extremismo, da repressão etc... Parece novelinha.
fiquei realmente agoniado, isso de que não há escapatória, nem pra onde fugir apesar da imensidão do mar, foi algo muito bem trabalhado. A princípio, o filme pode parecer meio bobo. O oficial meio que do nada se decide por vingar os submarinos afundados pelos japoneses, e num próximo momento já reaparece como o sujeito mais obstinado de todos os tempos, assumindo o comando. Sei lá, não me soou tão convincente até aí. Mas as batalhas são bem pensadas, a coisa vai ganhando profundidade...
Maravilhoso esse show. R.E.M é uma da bandas com o maior números de bons discos da história do rock, não tem como desagradar no repertório. Pontuando alguns momentos: Walk Unafraid soa bem melhor ao vivo do que na versão de estúdio. Losing my Religion, Everybody Hurts, e outros hits, estão incríveis nesse show. Orange Crush, que canção! Ao vivo ela soa completa, eletrizante! Fico contente de terem incluído Maps and Legends, infelizmente não há nada do primeiro álbum. Eu queria muito The Sidewinder Sleeps Tonite nesse show, mas nada é perfeito, não é? De qualquer modo, R.E.M chega perto da perfeição pra mim.
Realmente tenho gostado de ver essa trilogia. Não é a porcaria colossal que muitos pintam por aí. Tive muito preconceito quando tentei ver pela primeira vez A Ameaça Fantasma. Havia decidido nunca mais tentar... Fui tolo, a nova trilogia traz uma dimensão política interessantíssima para a série. Aquela perspectiva maniqueísta da trilogia original é deixada um tanto de lado, embora os jedis continuam sendo bonzinhos, enquanto os siths, os malvados (mas será que esse não é o ponto-de-vista dos jedis?). Esse segundo episódio é tão eletrizante quanto o anterior. Acho que nunca criaram cenas com carros voadores trafegando com tanto realismo como nesse filme. As cenas de batalha são inacreditáveis... Embora tudo seja exagerado. E eu até gostei de os vilões aparecerem pouco. Assim eles ficam mais misteriosos, ganham ares de uma imensa ameaça. Lembrando que Darth Vader também não apareceu muito pra se tornar um ícone na série original. Criticaram muito o ator que interpreta Anakin (inclusive criticaram o ator mirim do filme anterior, também). Olha, eu acho que o Luke Skywalker também não aparentava ser um exímio lutador e tal... Sei lá, esses jedis são mesmo um tanto franzinos, mas não acho que a interpretação esteja equivocada. O problema - se há - está na construção da personagem. Só porque Anakin se tornará um tirano precisava usar roupa negra estilão sith desde a puberdade? Precisava aquilo dele defender uma ditadura na ceninha romântica? Fora todos os momentos descabidos de rebeldia só pra preparar o telespectador... Tolices, o personagem não ganhou com todos esses "indícios de vilania", porque acabou ficando antipático... Não achei o casalzinho tão nojento, mas faltou um pouco de "selvageria". Não entendo por que eles precisavam ficar de frescurite de "ai, não posso, sou uma senadora e você um aprendiz jedi"... Não entendo por que as personagens precisam ser tão românticas, idealizadas nesses assuntos morais. Mas chega de ficar pensando em refazer o filme para o George Lucas. O cara foi e continua sendo um baita, concebeu um mundo de fantasia complexo, muito além de seus modelos.
Putz, gostei desse filme! Tive muito preconceito com ele quando foi lançado e acabei nem terminando de assistir na época. Mas é incrível, não sai perdendo em muita coisa para os episódios da série original. Há cenas de forte impacto durante todo o filme, e eu até gostei dos personagens tão odiados pelos fãs. O Jar Jar não é tão chato e causa um efeito "trash" bacana. O menino que interpreta Anakin não é um péssimo ator, como já ouvi dizer. O que acontece é que ele aparece durante o filme todo, é claro que haveria oscilações nas atuações de um moleque dessa idade. Só achei os vilões um tanto fracos ou pouco desenvolvidos. Fora esse tom excessivamente infanto-juvenil a quebrar o clima nos momentos mais tensos... Agora quero ver o restante da série.
Jeffrey Dahmer tenta, inteligentemente, fazer com que tenham pena dele. Sabe que não pode fazer muito além disso. Sabe que ganha a simpatia do público ao tirar toda e qualquer culpa que os pais possam ter por sua criação cheia de omissões. Prefere culpar ideias que poderiam "dessensibilizar pessoas", como a teoria da evolução. Não dá pra acreditar que ele tenha, de repente, passado a crer em um "nosso senhor Jesus Cristo". Mas colocando assim o cidadão típico, senso comum, sente uma espécie de pena. O conservadorismo típico do norte-americano é tocado. Acho que ele procurava ter sua situação facilitada, queria amenizar a hostilidade das pessoas e talvez até escapar dessa. Há alguns casos de criminosos muito perigosos que chegaram a ganhar a liberdade, mesmo nos EUA. A mãe tem um comportamento afetado. O pai tenta se colocar como vítima, ou herói. Ao que parece, o livro que escreveu é o ponto que motivou a realização da entrevista. Claro eles não têm total culpa pelos comportamentos do filho, há razões biológicas para o que se sucedeu. Mas é óbvio que alguma coisa estava errada. O ressentimento entre ambos é extremamente forte, imagine então como era nos momentos de brigas, e como era para uma criança computar toda aquela hostilidade? Sua criação foi negligenciada porque os pais estavam muito ocupados se odiando e dificultando as coisas entre si. Você nota que não se perdoaram. A mãe parece ter abandonado o filho, não sente nada em relação a isso, apenas não quer ser vista como culpada. E então ela tem uma grande desculpa, é como se dissesse "posso agir desse modo, afinal meu filho é um monstro", e se justifica pelo abandono que reservou ao filho desde sempre. Acredito que as pessoas nasçam com tendências para esse ou aquele comportamento. Há um componente biológico que explica o temperamento, se alguém é mais irritável, mais emocional etc. Mas para que desenvolva um desejo assassino, uma coisa mórbida de verdade e a ponha em prática, é necessário que se perca os vínculos com o resto da humanidade, que se vá isolando do resto até não se poder colocar no lugar do outro. A relação com os pais propiciou isso ao Jeffrey. Quer dizer, onde os pais estavam quando ele matava animais e espalhava seus restos por aí? Quando notaram esses comportamentos, como agiram? Como não perceberam as situações de bullying pelas quais o menino passava? Ninguém monitorou suas brincadeiras, o deixaram a ir se isolando?
O Incrível Hulk: Como a Fera Nasceu
2.8 51Curti muito esse piloto, pena que
a ajudante do Dr. Banner morre. Sinceramente, seria bem mais interessante ela continuar viva de alguma maneira durante a série.
Cinderela Baiana
2.0 1,1KFiz umas anotações enquanto assistia essa desgraça. Não leia se não quiser se deparar com spoilers (se é que isso tem importância num filmes desses). Se alguém estiver em dúvida se deve ou não ver essa desgraça:
Bem no comecinho, a menina fica dançando de um jeito ridículo, e os caminhoneiros passam mexendo com ela. Os moleques ficam zuando a coitada da mulher, que parece estar com tuberculose (essa atriz parece ter saído de um desses teatros amadores)... Trata-se de um início cruel, com personagens extremamente miseráveis, famintos e sem qualquer perspectiva.
Quando entra a Carla Perez como atriz, a coisa piora muito. O filme vai de um drama mal feito, com atuações incompetentes para uma babaquice que tenta ser "ingênua" e engraçadinha.
Mas... como ela cresceu tão rápido? Foram só 3 anos desde que se mudaram pra Salvador.
A trilha sonora é, claro, baseada naquelas pérolas da axé music, junto com uns reggae e uns forró muito loucos dos anos 90, mas o pior é ver crianças dançando essas coisas com gemidos de mulher ao fundo.
A Carla é a pior atriz que já vi, parece uma pessoa com problema mental.
Depois da tentativa de roubo dos acarajés, rola uma dancinha sinistra que não faz sentido algum.
Tem um sujeito com uma atuação digna de teatro infantil (Pierre) dizendo que precisa encontrar a bailarina perfeita... Lógico que essa bailarina vai ser a "Carlinha" né. Engraçado é que, acompanhando o filme até aqui, as demais dançarinas parecem todas melhores e mais profissionais. Ironicamente a Carla Perez é a única que lembra uma simples dona de casa, que dança só por hobby nas horas vagas.
Chegou na metade do filme e não aguento mais essas músicas. O "véio" louco, que parece ator de teatro infantil, vê a Carla dando uns pulinhos sem graça e a considera a dançarina perfeita.
"Estou procurando uma loirinha... simplezinha, que está sempre por aqui.". "É uma assim meio esfarrapada?". Melhor descrição hahaha.
Todos os atores são dignos de um teatrinho de igreja, mas essa Carla não convence nem por um milésimo de segundo.
A forma com que o Pierre encontra a Carla é simplesmente: pffff... Esse cara parece um vilão, lembra o Dr. Wily do Mega Man. Acho que vai abusar da moça.
O tal do Pierre enche a pobre coitada de presentes, dá roupas e um contrato, e o pai dela tá preocupado com a "exploração do sucesso" da filha (!??). Qualquer um estaria preocupado com outro tipo de exploração...
Vontade de avançar pro final, que não aguento mais essa droga.
Acho que esse véio vai abusar da Carla, ein, o cara tem mó pinta de maníaco.
Esse pessoal chega rebolando nos lugares, é mó estranho. Não há um planejamento, ninguém fala em passos de dança, não há uma técnica nem nada. Dançar é deixar fluir, é como se uma entidade possuísse essas pessoas.
Quando chegou lá pra uma hora de filme eles não tinham mais nada pra colocar e simplesmente foram passando uns pedaços de shows com participação da Carla Perez.
Tive de avançar um pouco, o véio tá querendo casar com ela.
Essa morena que aparece dançando às 1h11 de filme, que ganhou o contrato no lugar da Carla na companhia do véio taradão, é realmente muito melhor que a protagonista. Até como atriz, mesmo sendo péssima de qualquer forma.
Avancei mais um pouco. Carla Perez vai embora com o Alexandre Pires, Pierre continua a abusar de dançarinas, rola umas cenas retardadas com a Carla bancando a salvadora do mundo, dando presentes pra criancinhas doentes, passando umas lições de moral obscuras (terminando com umas dancinhas ao som daquelas músicas com letras machistas e cheias de sacanagem)...
Que filme horrível. É assistir uma vez só na vida, não dá pra rever uma merda dessas. Olha que eu gosto de filmes ruins. Mas esse filme mascara abusos sexuais, e inclusive infantis. É tipo um aliciamento de menores: crianças, vocês também podem, só precisam rebolar e esperar que um velho com pinta de lunático contrate vocês. Sim, vale muito a pena investir nesse sonho, não precisa estudar, não precisa fazer nada além de mexer o corpo de uma forma que o filme toma cuidado em não colocar como sensual (justamente para atingir o maior público possível).
O Robô Alienígena
2.8 32 Assista AgoraMuito ruim. Do tipo chato mesmo. Tem uma fama entre os apreciadores do trash, mas não se engane: o filme não vale o tempo que você fica baixando ele, não vale um comentário no filmow rs. Não diverte em nada, aliás, o que ocorre nesse filme? Quando achei que ia começar a rolar alguma coisa ele acabou da forma mais estapafúrdia
(com o típico final "era tudo um sonho dãã você foi engando o filme todo, como se sente?")
.
Robot Monster está sempre nas listas de melhores filmes ruins (ou trash), junto com Troll 2, alguma coisa do Ed Wood e essas tantas tranqueiras divertidas a lá Troma. Mas Robot Monster é tão ruim quanto muitas e muitas produções amadoras, filmadas com uma ideia vaga de roteiro e uma equipe incompetente. Pra se ter ideia, o filme se passa todo em dois cenários diferentes (a porta de uma caverna e uma parede de casa) e mais uns matagais. Todo o argumento caberia num simples curta-metragem.
E tem esse final que explicaria o roteiro infantil, mas um final "engraçadinho" não justifica fazer um filme tedioso. Acho que o tal do Tucker teve uma das maiores ideias de Jerico: "vou economizar em tudo, fazer uma coisa hedionda de ruim e no final todos magicamente irão entender, estarei perdoado por ocupar a vida dessas pessoas com uma hora de chatice ha ha como sou esperto.". Mas não colou.
Troll 2
2.7 69 Assista AgoraUma das melhores comédias de todos os tempos. Interessante que Claudio Fragasso afirma que foi tudo proposital, que o filme é uma grande farsa.
Ele enganou direitinho todo mundo, pois eu sempre fiquei na dúvida se era um filme zuado ou feito para ser cômico, ou um tipo de comédia de terror que não deu certo. De qualquer forma ele tem algo de inclassificável, pois consegue ser mais absurdo e bizonho que praticamente qualquer outra produção. Veja que existem inúmeros filmes propositalmente ruins, mas esse vai além de todos eles (pode incluir qualquer coisa da Troma, Tomates Assassinos, Street Trash, Náusea Total etc etc).Tornou-se um verdadeiro paradigma pra mim.
Cresci lendo relatos de como Claudio Fragasso foi incompetente. É o que se costuma afirmar também de Bruno Mattei, seu constante companheiro de trabalho. Mas a verdade é que esses sujeitos faziam filmes com orçamentos ridículos.
Outra coisa que precisa ser dita, em entrevista Claudio já disse que o título foi imposição do produtor, o filme era pra se chamar "Goblins" - o que faz, obviamente, todo o sentido, já que os monstros são chamados de goblins durante todo o filme (tudo bem que esses "goblins" não parecem duendes rs). Tenho raiva quando alguém o trata como uma continuação do mediano Troll, não dá pra perceber que são coisas totalmente diferentes?
Ratos: A Noite do Terror
2.9 40De tanto que se fala nesse filme e, principalmente por contar com Claudio Fragasso como roteirista, esperava algo no nível de um Troll 2. Mas o filme até que não é tão trash assim, parecendo mais com as tranqueiras que costumava ver nos cinemas em casa da vida.
Claro que é pobre, pois o filme todo se passa numa casa. Apesar de ser "futurista", você só vê mesmo uma casa velha rs. Os ratos são pouco ameaçadores, e não dá pra acreditar que as pessoas estejam sendo dizimadas por eles tão facilmente.
Algumas cenas que me chamaram atenção:
Tem um cara chamado Duke que coloca todo o grupo em perigo competindo com o líder deles, que agora esqueci o nome... São cenas impagáveis e dá raiva por ninguém ter eliminado esse tal de Duke... É também engraçado quando todos ficam tristes e começam a chorar pela morte de uma mulher, mas até então pouco se importavam com a morte dos demais amigos. É uma cena exagerada, com as piores atuações.
Tem uma moça negra com o apelido de Chocolate. Quer dizer, acho que é apelido. Todos eles tem nomes retardados, como Lúcifer, Zeus... Mas essa é chamada de Chocolate. Imagine, chocolate deveria ser algo muito raro nesse futuro pós-apocalíptico, então é meio estranho apelidar uma pessoa de "chocolate"... Aí, quando eles descobrem a comida estocada na casa (que vai saber há quanto tempo está lá, sem apodrecer), jogam farinha na tal da Chocolate, que sai pulando feito uma retardada dizendo "agora sou mais branca que vocês". Quer dizer, o racismo continua firme e forte depois da bomba que acabou com o mundo todo.
Fiquei imaginando se esses ratos, que devem ser porquinhos-da-índia, não foram feridos nas cenas. Mas é claro que devem ter sido, estamos falando de uma produção italiana dos anos 80...
Ah, e não poderia deixar de comentar o final. É um dos mais surpreendentes de todos os tempos! Somente Jênios como Claudio Fragasso e Bruno Mattei bolariam algo assim...
Robo Vampire
2.5 13 Assista AgoraAté a parte em que surge o robô o filme estava bem legal. Os vampiros-zumbi dando saltinhos, as lutas estranhas, mas até que bem coreografadas, os traficantes com seus diálogos ridículos... Então surge o robô com a caracterização mais tosca do mundo. Tem aquele lance do zumbi-macaco e a sua namorada fantasma, que também é impagável. O problema é quando começa o corre-corre do pessoalzinho perseguindo os traficantes. Isso é de um outro filme, colocado aí pelos produtores picaretas. Não tem nenhuma relação com o resto, esses personagens não interagem com os vampiros nem com o robô... A partir de então tudo que envolve o filme original é jogado em algumas cenas esporadicamente, as únicas divertidas no meio da merda toda.
O final também é bem engraçado, pois é tipo
"fim, acabou, pode desligar"
Gostaria de entender por que ele se chama Robo Vampire, se o robô não é um dos vampiros e sim um dos policiais.
Outra coisa que preciso comentar é a qualidade desse pôster. Uma arte maravilhosa, merecia estar na parede do meu quarto.
Pavor na Cidade dos Zumbis
3.5 105Outro filme quase sem roteiro do Fulci. Esse tem duas cenas que me chamaram atenção: aquela em que
a moça vomita o próprio estômago
Quando ouvi a mulher dizer
"vermes", engolindo alguns
A Casa do Cemitério
3.4 106Roteiro totalmente genérico e sem pé nem cabeça. Não havia nenhuma grande ideia para filmar. Se Fulci não fosse um diretor habilidoso e com uma visão toda particular das coisas, ninguém lembraria dessa joça.
A melhor cena é a do morcego. Trata-se de um momento tão exagerado e absurdo, que chega a provocar arrepios, nojo, medo e grandes gargalhadas, tudo ao mesmo tempo.
Terror nas Trevas
3.6 133Nem acredito que levei tanto tempo para assistir esse que é considerado um dos maiores clássicos do gore italiano. Assisti junto com Pavor na cidade dos zumbis e A casa do cemitério. Pra falar a verdade, são todos os três medianos, com roteiros horríveis e algumas cenas violentas memoráveis. Esse me pareceu o melhorzinho, mas a diferença qualitativa é bem pequena, no fim das contas.
Premutos: O Anjo Caído
3.1 16Em média, a cada 2 ou 3 minutos alguma cena violenta ocorre, mesmo nos momentos mais calmos do filme.
É uma produção bastante barata, deve ter sido gravada diretamente numa fita. As cenas são escuras e bagunçadas.
O roteiro é confuso, mas você nem vai se importar com esse detalhe.
Apesar de toda a carnificina, rende boas risadas.
Corrosão - Ameaça Em Seu Corpo
2.4 42É mais ou menos como um Street Trash que não deu tão certo e não se tornou cultuado.
O problema é que o filme não vai longe o bastante no gore e carnificina, ou mesmo no humor politicamente incorreto.
Mas gosto justamente do aspecto toscão cheio das piadas sem graça. Toda a cena em que os tolos adolescentes que pretendem doar esperma encontram os caipiras cheios de tumor e ficam brincando é fenomenal de tão ruim. Vale o filme.
O Lixo das Ruas
3.3 93Esse filme não poderia ser mais "errado". Ele não poupa o espectador de situações grosseiras, sendo quase tão apelativo quanto certas coisas da Troma. E eu sempre quis ver um em que todos os protagonistas fossem mendigos (Street Trash chega perto disso rsrs). A simples ideia de que essas pessoas nem sequer tomam banho (parecem realmente hediondas nesse filme) e estão tentando transar, dentre outras coisas, é mais desconfortável que a maioria dos efeitos podreiras.
Melhores cenas
Toda a sequência inicial com o mendigo que deve dinheiro e rouba bebidas.
Quando brincam de arremessar o pênis do cara.
Todas envolvendo o chefe da máfia.
Quando o gordão se sente sortudo por achar uma morta na rua.
A morte do chefe dos mendigos.
A luta entre o capanga e o comissário.
Ainda devo ter esquecido alguma.
U2 360º - Live at The Rose Bowl
4.6 6Um show todo apoiado na produção. Achei meio vazio.
Gosto do U2, mas dos primeiros discos. A banda era extremamente inventiva e não tinha tanta frescura. Porém, Bono Vox nunca me convenceu totalmente, ele tem uma voz fraquinha que apenas se encaixa nas canções. Quando tenta enfeitar fica chato pra caramba. Pior que ele "enfeita" tudo, "esforçando-se" ao máximo. Não sai nada. E eu simplesmente detesto esse modelo de óculos que ele usa, parece aqueles de plástico pra mexer com esmerilho. Fora todas essas poses...
O repertório é de músicas recentes, que não gostei muito, e os clássicos mais pops. Claro que estamos falando de uma banda com canções poderosas, isso não se discute - por mais que o jeitão do Bono Vox me cause uma profunda irritação, tenho de admitir isso. Porém, acho que eles já foram bem melhores.
U2 - 18 Videos
4.4 6O U2 tem uns clipes legais, ou seja: que não estragam a música. Acho que videoclipe não vai muito além disso, não estragar a música. Eu não sabia mas, infelizmente, esse DVD traz apenas o material mais "famosinho". É uma coletânea das duas coletâneas de clipes (Best of 1980-1990, 1990-2000) e mais os novos. Gosto mesmo é das músicas antigas da banda e, por isso, não fiquei muito contente com ele.
Meu clipe favorito é o da New Year’s Day, muito louco esse.
Massacre do Microondas
2.2 57Depois de um ano que marquei, só fui assistir agora. É um filme bem chatinho, na verdade. Começa de um jeito promissor, mas não decola. Ele sofre do mal de tantas produções baratas: não havia com que preencher uma hora e pouco de filme, então as boas cenas parecem diluídas nos tantos minutos em que pouca coisa acontece.
Live... Gathered in Their Masses
4.5 5Adorei. Putz, realmente curti cada riff, cada levada de baixo, como há muito não curtia num show ao vivo na tv... Esse batera que colocaram no lugar do Bill Ward é animal, e ele respeita as músicas, não fica de invencionice nem tenta roubar a cena. Ozzy tá só "o pó da rabiola" fisicamente (faz um tempão que está, então tudo normal), mas continua com a mesma voz, os mesmos gritos. Suas interpretações são algo entre extremamente carismáticas e totalmente bizarras. Geezer Butler continua sendo o melhor baixista de todos os tempos. Iommi está, como sempre, impecável. Continuam fazendo tão bem quanto fizeram em Reunion, de 1998. Acho que não existe vídeo oficial daquele período, então esse veio para compensar. Senti falta, porém, de alguns clássicos que ficam muito bem ao vivo, como Dirty Women e, infelizmente, não tocaram Sabbath Bloody Sabbath inteira.
Inferno nos Céus
3.2 5 Assista AgoraUm bom filme, prende a atenção e tem ótimas cenas.
Star Wars, Episódio III: A Vingança dos Sith
4.1 1,1K Assista AgoraVou na contra-mão da maioria dos fãs. Achei esse o mais fraco da trilogia prequel. Estava gostando de toda aquela confusão política dos episódios anteriores, também da abundância de personagens, os vários núcleos de ação, e inclusive do roteiro pouco direto (e nada óbvio). Aqui tudo gira em torno de Anakin e voltamos ao maniqueísmo simples e puro da trilogia original. Naqueles filmes, ao menos, havia personagens bons, bem construídos, com atores melhorzinhos... Isso aqui ficou extremamente melodramático. O ruim é que você fica vendo os bastidores do poder, mas não vê as consequências da tirania, do extremismo, da repressão etc... Parece novelinha.
O Mar é Nosso Túmulo
3.5 12Ótimo. Um verdadeiro clássico do gênero. Aula de como prender a atenção atentando para elementos básicos de uma trama.
Quando
as bombas estão caindo por sobre o submarino
A princípio, o filme pode parecer meio bobo. O oficial meio que do nada se decide por vingar os submarinos afundados pelos japoneses, e num próximo momento já reaparece como o sujeito mais obstinado de todos os tempos, assumindo o comando. Sei lá, não me soou tão convincente até aí. Mas as batalhas são bem pensadas, a coisa vai ganhando profundidade...
R.e.m: Perfect Square
4.5 3Maravilhoso esse show. R.E.M é uma da bandas com o maior números de bons discos da história do rock, não tem como desagradar no repertório. Pontuando alguns momentos:
Walk Unafraid soa bem melhor ao vivo do que na versão de estúdio.
Losing my Religion, Everybody Hurts, e outros hits, estão incríveis nesse show.
Orange Crush, que canção! Ao vivo ela soa completa, eletrizante!
Fico contente de terem incluído Maps and Legends, infelizmente não há nada do primeiro álbum.
Eu queria muito The Sidewinder Sleeps Tonite nesse show, mas nada é perfeito, não é? De qualquer modo, R.E.M chega perto da perfeição pra mim.
Star Wars, Episódio II: Ataque dos Clones
3.7 775 Assista AgoraRealmente tenho gostado de ver essa trilogia. Não é a porcaria colossal que muitos pintam por aí. Tive muito preconceito quando tentei ver pela primeira vez A Ameaça Fantasma. Havia decidido nunca mais tentar... Fui tolo, a nova trilogia traz uma dimensão política interessantíssima para a série. Aquela perspectiva maniqueísta da trilogia original é deixada um tanto de lado, embora os jedis continuam sendo bonzinhos, enquanto os siths, os malvados (mas será que esse não é o ponto-de-vista dos jedis?).
Esse segundo episódio é tão eletrizante quanto o anterior. Acho que nunca criaram cenas com carros voadores trafegando com tanto realismo como nesse filme. As cenas de batalha são inacreditáveis... Embora tudo seja exagerado.
E eu até gostei de os vilões aparecerem pouco. Assim eles ficam mais misteriosos, ganham ares de uma imensa ameaça. Lembrando que Darth Vader também não apareceu muito pra se tornar um ícone na série original.
Criticaram muito o ator que interpreta Anakin (inclusive criticaram o ator mirim do filme anterior, também). Olha, eu acho que o Luke Skywalker também não aparentava ser um exímio lutador e tal... Sei lá, esses jedis são mesmo um tanto franzinos, mas não acho que a interpretação esteja equivocada. O problema - se há - está na construção da personagem. Só porque Anakin se tornará um tirano precisava usar roupa negra estilão sith desde a puberdade? Precisava aquilo dele defender uma ditadura na ceninha romântica? Fora todos os momentos descabidos de rebeldia só pra preparar o telespectador... Tolices, o personagem não ganhou com todos esses "indícios de vilania", porque acabou ficando antipático...
Não achei o casalzinho tão nojento, mas faltou um pouco de "selvageria". Não entendo por que eles precisavam ficar de frescurite de "ai, não posso, sou uma senadora e você um aprendiz jedi"... Não entendo por que as personagens precisam ser tão românticas, idealizadas nesses assuntos morais.
Mas chega de ficar pensando em refazer o filme para o George Lucas. O cara foi e continua sendo um baita, concebeu um mundo de fantasia complexo, muito além de seus modelos.
All About Anna
2.1 8Pense numa novelinha mexicana com cenas de sexo explícito . Mais ou menos isso.
Star Wars, Episódio I: A Ameaça Fantasma
3.6 1,2K Assista AgoraPutz, gostei desse filme! Tive muito preconceito com ele quando foi lançado e acabei nem terminando de assistir na época. Mas é incrível, não sai perdendo em muita coisa para os episódios da série original. Há cenas de forte impacto durante todo o filme, e eu até gostei dos personagens tão odiados pelos fãs. O Jar Jar não é tão chato e causa um efeito "trash" bacana. O menino que interpreta Anakin não é um péssimo ator, como já ouvi dizer. O que acontece é que ele aparece durante o filme todo, é claro que haveria oscilações nas atuações de um moleque dessa idade. Só achei os vilões um tanto fracos ou pouco desenvolvidos. Fora esse tom excessivamente infanto-juvenil a quebrar o clima nos momentos mais tensos...
Agora quero ver o restante da série.
Jeffrey Dahmer - Confessions Of A Serial Killer
3.8 14Jeffrey Dahmer tenta, inteligentemente, fazer com que tenham pena dele. Sabe que não pode fazer muito além disso. Sabe que ganha a simpatia do público ao tirar toda e qualquer culpa que os pais possam ter por sua criação cheia de omissões. Prefere culpar ideias que poderiam "dessensibilizar pessoas", como a teoria da evolução. Não dá pra acreditar que ele tenha, de repente, passado a crer em um "nosso senhor Jesus Cristo". Mas colocando assim o cidadão típico, senso comum, sente uma espécie de pena. O conservadorismo típico do norte-americano é tocado. Acho que ele procurava ter sua situação facilitada, queria amenizar a hostilidade das pessoas e talvez até escapar dessa. Há alguns casos de criminosos muito perigosos que chegaram a ganhar a liberdade, mesmo nos EUA.
A mãe tem um comportamento afetado. O pai tenta se colocar como vítima, ou herói. Ao que parece, o livro que escreveu é o ponto que motivou a realização da entrevista. Claro eles não têm total culpa pelos comportamentos do filho, há razões biológicas para o que se sucedeu. Mas é óbvio que alguma coisa estava errada. O ressentimento entre ambos é extremamente forte, imagine então como era nos momentos de brigas, e como era para uma criança computar toda aquela hostilidade? Sua criação foi negligenciada porque os pais estavam muito ocupados se odiando e dificultando as coisas entre si. Você nota que não se perdoaram. A mãe parece ter abandonado o filho, não sente nada em relação a isso, apenas não quer ser vista como culpada. E então ela tem uma grande desculpa, é como se dissesse "posso agir desse modo, afinal meu filho é um monstro", e se justifica pelo abandono que reservou ao filho desde sempre.
Acredito que as pessoas nasçam com tendências para esse ou aquele comportamento. Há um componente biológico que explica o temperamento, se alguém é mais irritável, mais emocional etc. Mas para que desenvolva um desejo assassino, uma coisa mórbida de verdade e a ponha em prática, é necessário que se perca os vínculos com o resto da humanidade, que se vá isolando do resto até não se poder colocar no lugar do outro. A relação com os pais propiciou isso ao Jeffrey. Quer dizer, onde os pais estavam quando ele matava animais e espalhava seus restos por aí? Quando notaram esses comportamentos, como agiram? Como não perceberam as situações de bullying pelas quais o menino passava? Ninguém monitorou suas brincadeiras, o deixaram a ir se isolando?