Achei uma experiência maravilhosa ver esse filme. A verdade é que, se não fosse Herzog... bom, eu não sei se teria algum filme nisso. Basicamente a ideia é estar perdido e ir avançando cada vez mais rumo ao desconhecido. Herzog fez um filme sobre a natureza, e não sobre a dominação do homem e seu poder sobre as coisas. O homem é uma parte pequena da natureza, e por conta dessa visão particular de Herzog é que temos um filme aqui; pois cada plano de filmagem, cada detalhe mostra exatamente isso. A partir do momento que o pessoal aí se decidiu por ser guiado pelo Aguirre, que não possuía outra coisa além de sua loucura, estava totalmente perdido, esperando pela morte. A natureza não se enfrenta com presunção e prepotência. Aprenderam da pior forma possível.
Ruinzinho. As cenas são mal montadas e totalmente desinteressantes. Tirando alguns momentos que acabam sendo cômicos, não tem nada que vale uma conferida. Precisei assistir assionando o fast-forward várias vezes.
É até que bem dirigido, tem uma trilha tétrica e um finalzinho surpresa. Mas as cenas são redundantes. As atuações também não ajudam, pois, com exceção de Janet Penner (que interpreta Marion razoavelmente bem), os atores são meio fraquinhos. Tem vários furos, inclusive... Acaba valendo pelos minutinhos finais. Imaginava que
Finalmente vi inteiro. Achei 1% menos chato que a parte 7. Ou seja, é o segundo pior da franquia. O problema aqui é a filmagem burocrática. Eles tinham uma ideia bacaninha, até que uma trilha sonora legal, e só. Esqueceram que você precisa fazer um filme entre os créditos inicias e finais. Provavelmente faltou verba, pois a série já vinha capengando filme após filme. "Não recomendável para menores de 18 anos" - o pessoal da classificação etária devia estar muio rígido nessa época, pois quase não rola nada de sangue aqui. As mortes são instantâneas e sem grande criatividade. O roteiro é uma bosta. Melhor nem comentar. Enfim, perda de tempo total.
Uma das coisas mais retardadas que já vi. A magia negra é quebrada depois que o cara come um negócio que estava dentro do seio da mulher, mas depois de um ano os efeitos do feitiço voltam e o sujeito só tem 7 dias de vida. A solução é ir para a Tailândia e tentar pegar algo que fica nos olhos de uma estátua gigante protegida por mestres em artes marciais. Uma galera se junta ao desafortunado protagonista, pois não aguentam mais a tirania do feiticeiro, que tem um demoninho de estimação e usa pessoas da tribo para manter vivo um rei antigo mumificado. Em dado momento, conseguem controlar o demoninho contra o rei-caveira, que se transforma num tipo de Alien voador. E tudo isso é narrado entre amigos, para umas garotas que provavelmente querem levar pra cama. O velho, que deve ser o anfitrião, diz que histórias bizarras ocorrem o tempo todo - porra, mas nesse nível?... Dá pra se divertir e tem umas cenas de ação bem bacaninhas no final.
Não tenho palavras para descrever o quão bom esse filme é. Diria que o humor de Noboru Iguchi não é tão óbvio quanto parece numa primeira lida na sinopse.
Bem interessante. Gostei do senso de humor doentio na narração e em algumas cenas. É um filme de 1974 que realmente explora o gore. Nesse sentido, acaba parecendo bastante atual. Provavelmente é o mais fiel aos fatos que o inspiraram. Porém, acho que não veria de novo: além de ter ficado com o estômago embrulhado (que cara nojento esse Ezra!), não possui um ritmo que me agrada, nem cenas que estejam num nível mais elevado que o do restante.
Christina Ricci.... linda. Já estava quase me apaixonando por ela, também. Com todo aquele jeitinho dengoso, aquele olharzinho meigo... Realmente, isso pode perder pessoas, precipitá-las pro abismo... Sabe. o mundo do crime, das drogas, da violência... Ela apenas pede e você dá a ela. Está sem grana, não tem meios? rouba, mata... Quer um carro novo pra gente passear, Christina? Pá! Quer uns trocados para gastar no shopping? Pá pá! Que tal uma mudança para quebrar um pouco essa rotina, Christie? Pá! pá pá! pá!...
Charlize Theron conseguiu encarnar com maestria o papel da prostituta assassina Aileen Wuornos. Interessante que encontraram atores bem parecidos com suas vítimas reais. Só achei estranho como a primeira vítima ficou para sempre caracterizada aqui: um estuprador sádico, possivelmente um assassino de prostitutas. Acho que o roteiro perigosamente extrapolou as informações reais nessa parte. Cinema é cinema, e ele consegue transformar qualquer coisa bizarra em uma história arrebatadora de amor. Tudo já estava ali nos fatos, só esperando um roteirista, não é verdade?
, eis aí uma cena bem triste. Eu ficava torcendo pelas vítimas, para que conseguissem se salvar. Existe algo muito interessante na aparente submissão total de Holly. Muitas mulheres, apoiadas na ideia de que "o homem é que manda/não posso mudar meu destino", acabam por se acomodar em algum tipo de vida indigna e sem sentido, evitando o fardo advindo de suas decisões. "Afinal, se eu não podia fazer nada! se a sociedade quer assim!", é como pensam. Claro que necessariamente precisam ter uma personalidade fraca para chegar em certos níveis (mães que aceitam um marido molestando as próprias filhas, por exemplo, mulheres coniventes com a corrupção de companheiros etc). Holly é esse tipo de mulher fraca e sem emoções. Deixa-se levar pelo homem, que é o forte e deve saber o que faz. Em algum momento isso foi cômodo, pois ela não queria ter de enfrentar certas coisas na vida. Porém, trata-se de um grande engodo e esse tipo de história nunca acaba bem.
Excelente filme. No entanto, o roteiro faz um rocambole na sua cabeça pra tentar encobrir o assassino até o final. Outra coisa que me irrita é como a protagonista parece até que tranquila - e ainda tem tempo de viver um triângulo amoroso - mesmo sabendo que pode ser a próxima vítima, ou então acabar envolvida nos casos de assassinato (ficaria difícil provar em contrário caso a polícia descobrisse tudo de alguma forma). Achei bem interessante o professor dizendo que a razão de ser do cinema é dar ao público o que o público quer. Acho que isso (cinema de gênero mais comercial) acabou por mimar o público, que já não sabe ver filmes.
Roteiro ok com final surpreendente. O ruim é que você precisa aguentar quase duas horas de Al Pacino apaixonado e a experiência acaba sendo um porre. Nem todo papel cai bem pra determinados atores, e aqui se tentou explorar ao máximo um Al Pacino fazendo loucurinhas de amor, cheio de sofrência por conta da profissão. A cena em que Frank dá chilique na loja de sapatos é ridícula. filme aposta em vários clichês do gênero, e não se sobressai em nada, sendo apenas mediano em todos os quesitos. Veja que sequer existe muita tensão e o draminha romântico está em primeiro plano. Com umas piadinhas a mais e teríamos uma comédia romântica. Al Pacino fica bem com os papeis melhores. Ele consegue atingir algo que muitos não podem nem em sonho. Mas um papel medíocre com Al Pacino pode ser constrangedor.
Tem um roteiro que não vai pra lugar algum, chega a parecer um video-clipe gigante, e também não é particularmente impactante. Realmente não vi nada acima das expectativas aqui, apesar de alguns lances criativos, como as cenas que emulam séries humorísticas chatérrimas norte-americanas, cujo humor é totalmente induzido ao espectador (o que se passa não tem graça alguma se tirar os ridos da platéia de fundo). Aliás, isso estraga uma ideia que eu tinha para um curta-metragem. Voltando ao filme, achei prepotente. Pronto, era essa a palavra, prepotente. É como se os envolvidos tivessem a certeza de estar trabalhando numa coisa grande, genial e arrasadora. Ou talvez Oliver Stone quisesse passar justamente essa impressão, como se tudo de ruim que nascesse em solo americano fosse dado a uma certa glamourização. Temos um péssimo filme de uma péssima ideia, mas rodado como se fosse a última palavra em cinema: ei, vocês precisam gostar disso, é cinema americano! Provavelmente Rob Zombie se inspirou nesse para realizar seu Rejeitados pelo Diabo, pois temos exatamente o mesmo clima e estilização de video-clipe + glamourização da vida de criminosos. E preciso comentar: a única cena que me deixou tenso durante o filme todo foi a do casamento. O casal de matadores está numa ponte muito alta e a câmera fica passeando em torno deles, mas como se fosse se precipitar da ponte. Os ângulos causam uma impressão de que estão sendo empurrados para o buraco. O interessante é que esse efeito é colocado de forma mais acentuada no lado da Mallory e não de Mickey, que parece uma pessoa bem mais segura de si. A namorada tem uns gestos tresloucados, e nesse momento fica se debruçando ali na grade. Bom, eu tenho um probleminha com altura e fiquei realmente nervoso com a cena.
Não vi o primeiro, mas depois desse aqui nem preciso ver, pois mais de 40 minutos do filme são apenas retrospectiva rsrsrs. Bom porque percebi que não iria curtir o primeiro também. Esse ator que faz o Ricky é o pior de todos os tempos, o cara fala com as sobrancelhas! Não tem uma cena com ele sem que esteja movimentando irritantemente as sobrancelhas - é um tique! Será que conseguiu papel em outra produção depois disso? Tirando o quanto você ri com o protagonista (o próprio assassino), não tem mais nada de préstimo. Ah, e usaram dois atores muito diferentes pra fazer o Ricky com cerca de 16 anos e o Ricky com 18 anos. Ele perseguindo a madre de cadeira de rodas é um sarro. A megera desce rolando as escadas e encontra outra cadeira de rodas lá embaixo. Fora que é impossível torcer por ela, depois de tudo o que ela fez. Então acaba sendo um momento grotesco: você está torcendo pelo assassino, e não há mocinha para sobreviver rsrs O que dizer mais? Produção péssima, picareta ao extremo. E como todos criticam: trata-se de metade de um filme, já que a outra metade é só retrospectiva do original. Mas dá pra dar uma risadas.
Clássico que não conhecia senão por pequenos trechos. Uma verdadeira obra de mestre e um belíssimo filme, com toda sorte de takes criativos para causar as sensações pretendidas. Quando o caminhão (curioso como o protagonista não diz "o caminhoneiro", e sim "o caminhão" durante todo o filme, como se o caminhão tivesse vida própria) tira o sujeito da estrada naquela primeira perseguição violenta, não há como não se sentir perdido junto com o cara. Parece não haver escapatória com aquele caminhão correndo daquele jeito atrás dele. O final é curioso:
não entendi se o caminhoneiro comete um suicídio ou se, de alguma forma, ao atingir o carro a explosão fez com que ele não pudesse mais parar.
Também é interessante como há longos momentos sem qualquer trilha sonora, mesmo nas cenas de perseguição implacável. O som do caminhão pode ser muito mais medonho, não é verdade? Acho que Spielberg soube dosar o silêncio e o barulho estrondoso.
Um dos filmes mais ultrajantes que uma alma doente poderia realizar. Irritantemente auto-referente, irritantemente longo. Tudo nele é excessivo e redundante. Violência de uma gratuidade sem precedentes. Piadas ofensivas em cada cena. Tom Six atingiu o topo do sadismo aqui. Em todo caso, é válida a caricaturização do violento sistema penitencial norte-americano, em que se faz uso inclusive de castração química.
Capinha bem nada a ver, obviamente feita pra tentar vender o filme depois da popularização da personagem Hannibal. Mas o filme é interessante. Não dá pra saber qual a verdadeira história de Henry Lee Lucas, pois ele mesmo entrava em contradição e nunca conseguiram provar tudo aquilo. O mais aceito é que pegou tanto gosto por fazer suas confissões, já que era bem tratado por "colaborar" com a polícia, sentindo-se uma espécie de super-star do crime, que chegou ao cúmulo de inventar dezenas de assassinatos, bem como assumir outros casos em que não possuía qualquer participação. O filme também não aborda as histórias sobre cultos satânicos que Henry dizia fazer parte, para os quais teria trabalhado. No geral é uma obra ok, mas se o espectador quiser ficar realmente assombrado, veja o menos verídico porém muito mais cruel, Henry - O Retrato de um Assassino.
Continuo achando muito bom depois de tê-lo reassistido. Muito melhor que os dois anteriores. O grande problema é ter sido vendido como um terror/suspense. O filme é uma zueiragem total, assim como Troll 2, e tantos outros. Tem uma galera que se acha muito espertona e diz coisas como "nossa, que ridículo fazer um filme assim dãã só rindo mesmo dãã", quando era pra causar justamente esse estranhamento. E risadas. Não é pra outra coisa. Grito de Horror III só tem um sério defeito: o título. Esse é um filme que não merecia ser visto como parte de uma série medíocre de lobisomens.
A maioria das pessoas que não curtiram esse filme não entenderam a proposta: zuar com os clássicos de terror, inclusive com o próprio Brinquedo Assassino original. Imagino a decepção de muitos ao se deparar com um filme de comédia ainda mais escrachada que o último... Mas penso que se aborreceram sem razão e podiam ter passado sem conferir. Com um título como esses o filme só poderia ser um pastiche de humor mesmo. Ora, nós estamos falando de um boneco assassino que teve noiva e, agora, um filho! Veja a quantidade de filmes com monstros clássicos que tiveram noiva e filho. Fica meio absurdo que você esperasse sentir medo disso!
Bride of the Frankenstein, Bride of the Monster, Bride of the Gorilla, Brides of Dracula, Bride of the Re-Animator, etc. Son of Frankenstein, Son of Kong, Son of Dracula, Dracula’s Daughter, etc. Até o Godzilla teve filho!...
A maior parte desses filmes são bem "trash". Basicamente não havia como continuar a obra-prima original, às vezes baseada em grandes clássicos da literatura gótica (Frankenstein, Dracula). A solução era arranjar uma família pro monstro e isso acabava sendo algo risível (veja-se A Noiva de Frankenstein, um filme tão ridículo e sem noção que se tornou verdadeira obra de culto).
E como se o nome e a ideia em si já não bastassem para sacarmos, já de cara, que estamos diante de um filme propositalmente trash, constatamos o nome de John Waters como um dos atores aqui. Enfim, fica fácil perceber qual é a onda de O Filho de Chucky antes mesmo de o assistir: uma trasheira de humor negro que zomba dos clássicos de vários gêneros que o precederam. E nisso o filme acerta. Há piadas com Halloween, Psicose, A Hora do Pesadelo, O Iluminado, os já citados filmes clássicos de monstros. Porra, o boneco se chama Glen ou Glenda (um dos meus filmes favoritos de todos os tempos). Há mais uma porção de citações obscuras e pode ser divertido procurar por elas. Além disso, O Filho de Chucky também questiona vários aspectos ridículos da própria franquia. E você aí querendo um roteiro coerente - você que consegue dar pulinhos vendo um boneco de pano correndo atrás de pessoas com uma faca na mãozinha de plástico!
Não costumo gostar muito dessa coisa extremamente referencial, mas acabei rindo alto com o filme. Acredito que toda série longa de terror precisa dos capítulos "zuados" pra se reciclar. E acho que precisamos assistir um filme considerando o que ele propõe. É como disse, não dá pra pegar esse filme esperando sentir medo (é sobre um boneco assassino num drama familiar!).
Chato, chato, chaaato. Quando vi pela primeira vez, dormi quase até o final e vi umas ceninhas interessantes envolvendo uma freira nua e umas cenas malucas. Mas agora, reassistindo sem dormir, percebo que, porra, não acontece nada nessa birosca! E pra piorar, deu defeito bem na cena da freira gostosa pelada. De qualquer modo, não vi acontecer nada em mais de hora de filme. Todo o "terror e suspense" dele se resume em corvos saindo voando de trás das coisas pra tentar te assustar. Ou então em diálogos extremamente chocantes como "Oh, então quer dizer que ela é... virgem?", "Sim, ela é virgem e... está... grávida", "Céus!" (Exagerei um pouquinho).
Mas ele me fez refletir. Acredito que o "mal" da religião é o sexo. Quando os religiosos falam do diabo estão se referindo ao prazer carnal. Os muito religiosos são pessoas que meio que não se aceitaram como adultos e vivem a espalhar e cobrar nos outros um ideal de castidade totalmente absurdo. É por isso que muito padre é pedófilo: não cresceu. A pureza da alma é um estado insustentável de abnegação. Claro que isso tudo varia de religião para religião. Os protestantes, p. ex., se permitem alguns prazeres, principalmente se isso tem a ver com enriquecer. Talvez uma fixação na fase anal? Os resultados são os mesmos, porém: gente moralista que faz muita merda quando toma o poder, simplesmente por não aceitarem a própria natureza das coisas.
É claro que o filme não trata de nada disso, mas foi uma experiência tão chata tê-lo assistido que fiquei viajando, pensando em outras coisas...
Caramba, que filme! Muito bom. Exala selvageria. Tudo nele é feito de uma forma violenta e abrupta, cada ângulo é bem pensado para causar esse tipo de efeito. Ele também significa uma denúncia a maneira com que a mulher é tratada na sociedade. Detalhe que estamos na França e esses países de primeiro mundo não são considerados tão machistas quanto o restante. Mas a mocinha está sempre perigando ser estuprada por simplesmente estar por aí, "sozinha", durante a noite. Outro aspecto interessante é o do humor extremamente bizarro. Você ri nos momentos que menos esperaria por isso. - Vou acabar com toda a raça humana. - Em quanto tempo? - Uns 60 bilhões de anos. Também tem as cenas violentas muito bem filmadas e o belíssimo corpo nu da protagonista.
O retorno glorioso de Chucky (gostei dos dois últimos episódios, também - podem me julgar. O roteirista (de toda a série) e diretor (dos dois últimos filmes), Don Mancini, provou que ainda dá pra criar um ótimo suspense com bonecos que ganham vida no século XXI. Atualizando o que havia de melhor no primeiro Brinquedo Assassino. Filme que, apesar das melhores intenções, envelheceu.
Chucky consegue fazer a macumba louca com a menina e depois continua como boneco e é morto mais uma vez por Andy? Mas não era pra ele estar no corpo da menina? Ou Chucky a recrutou para a "família"?
A Maldição de Chucky está no mesmo nível de O Filho de Chucky e Brinquedo Assassino 2, cada um com sua proposta diferente, e atualmente meus favortios da franquia. ESpero que o sétimo filme não demore pra ficar pronto.
Mais ou menos. É o tipo de filme que até dá pra assistir caso você não tenha mais nada pra fazer de útil. O pior da série, sem dúvidas. Junto com o segundo Brinquedo Assassino, foi o que mais vi da franquia. A cena em que há uma carga mais interessante de suspense é a da simulação de conflito entre os soldados. Chucky (de maneira pouco crível, como tudo o que ocorre nesse filme)
troca as balas de tinta por balas de verdade das armas
e você fica esperando a merda que isso vai dar. Infelizmente, o resultado não é lá essas coisas. Uma pena, poderia ter rendido uma cena inesquecível... Quando criança, gostava da cena do parque de diversões. Revendo, achei burocrática. Fato é que esse sempre foi o episódio que menos gostei da série, mas na minha cabeça ele estava como uma espécie de comédia de horror, estilo A Volta dos Mortos Vivos. Reassistindo hoje percebo se tratar de um filme que tenta manter o clima de suspense e terror, com não muitas piadas, falhando miseravelmente quase todo o tempo.
Enfim reassisto Brinquedo Assassino, responsável por tantas noites sem dormir da minha longínqua infância. Com certeza foi o filme que mais me fez ter medo. Devia contar com uns 5/6 anos quando vi pela primeira vez os comerciais dessa desgraça na tv: Chucky era um bonequinho bonitinho, desses que qualquer criança gostaria de ter igual, mas que ganha vida e sai assassinando um punhado de gente, e sempre perseguindo um pobre menininho de 6 anos... Não podia nem ir ao banheiro sozinho após ver um simples comercial disso. Meus pais tentaram me fazer ver o filme pra acabar com o medo. Ora, os pais daquela época... Pelo menos é assim que a coisa está na minha cabeça, pois reassistindo constato que fiz memória falsa de muitas cenas, o que é assustador: muita coisa da minha infância pode igualmente não ter ocorrido como me lembro! Quer dizer, sempre soube disso, mas constatar a realidade é assombroso, não é? Talvez nem devesse tê-lo reassitido, pois o Brinquedo Assassino que estava aqui no meu cérebro era outro bem diferente e muito mais assustador - deixava qualquer da franquia no chinelo... Também percebo agora o quanto esse filme atuou sobre meu psicológico. Reassitir foi uma sessão de psicanálise. Percebo como Brinquedo Assassino foi importante para que eu pudesse realizar meu curta-metragem Meu Amiguinho (e vários outros em que estou trabalhando) e criar aqueles personagens.
Quando as continuações começaram a reprisar e o primeiro filme saiu de cena, já estava crescidinho e não tinha mais medo de bonecos. Perdi o interesse na série em detrimento de outras tais, como Evil Dead, Sexta 13, Cemitério Maldito, A Hora do Pesadelo etc etc. Até vi uns trechos do original ao longo desse tempo, mas não me animei a chegar ao final. Ultimamente tenho dado uma nova chance ao Chucky. Para minha surpresa, percebo se tratar de uma ótima série. Até mesmo O Filho de Chucky foi bem divertido. No entanto, acredito que o segundo filme (Brinquedo Assassino 2), e não o de 88, é o ápice da trilogia original, por se tratar de um longa bem dirigido, bem ambientado, com efeitos melhorados e, inclusive, cenas mais crueis. Aquele foi um belo momento de suspense, já esse primeiro Brinquedo Assassino... Envelheceu mal. É um clássico moderno, mas que não chega a causar alarde hoje em dia.
Ah, é curioso como a magia era uma coisa "real" no filme.
Aguirre, a Cólera dos Deuses
4.1 159Achei uma experiência maravilhosa ver esse filme. A verdade é que, se não fosse Herzog... bom, eu não sei se teria algum filme nisso. Basicamente a ideia é estar perdido e ir avançando cada vez mais rumo ao desconhecido. Herzog fez um filme sobre a natureza, e não sobre a dominação do homem e seu poder sobre as coisas. O homem é uma parte pequena da natureza, e por conta dessa visão particular de Herzog é que temos um filme aqui; pois cada plano de filmagem, cada detalhe mostra exatamente isso. A partir do momento que o pessoal aí se decidiu por ser guiado pelo Aguirre, que não possuía outra coisa além de sua loucura, estava totalmente perdido, esperando pela morte. A natureza não se enfrenta com presunção e prepotência. Aprenderam da pior forma possível.
Tomie: Unlimited
2.3 20Difícil assistir até o final, pois é totalmente sem sentido. Nada me prendeu nesse filme. Assisti por ser do Noboru Iguchi, mas foi uma decepção.
Snuff
2.3 13Ruinzinho. As cenas são mal montadas e totalmente desinteressantes. Tirando alguns momentos que acabam sendo cômicos, não tem nada que vale uma conferida. Precisei assistir assionando o fast-forward várias vezes.
Unhinged
2.8 16É até que bem dirigido, tem uma trilha tétrica e um finalzinho surpresa. Mas as cenas são redundantes. As atuações também não ajudam, pois, com exceção de Janet Penner (que interpreta Marion razoavelmente bem), os atores são meio fraquinhos. Tem vários furos, inclusive...
Acaba valendo pelos minutinhos finais. Imaginava que
Marion fosse a assassina, mas não O assassino.
É um final surpreendente, até porque
o mal triunfa nesse filme.
Sexta-Feira 13, Parte 8: Jason Ataca Nova York
2.6 354 Assista AgoraFinalmente vi inteiro. Achei 1% menos chato que a parte 7. Ou seja, é o segundo pior da franquia. O problema aqui é a filmagem burocrática. Eles tinham uma ideia bacaninha, até que uma trilha sonora legal, e só. Esqueceram que você precisa fazer um filme entre os créditos inicias e finais. Provavelmente faltou verba, pois a série já vinha capengando filme após filme.
"Não recomendável para menores de 18 anos" - o pessoal da classificação etária devia estar muio rígido nessa época, pois quase não rola nada de sangue aqui. As mortes são instantâneas e sem grande criatividade.
O roteiro é uma bosta. Melhor nem comentar.
Enfim, perda de tempo total.
A Sétima Maldição
3.5 9Uma das coisas mais retardadas que já vi. A magia negra é quebrada depois que o cara come um negócio que estava dentro do seio da mulher, mas depois de um ano os efeitos do feitiço voltam e o sujeito só tem 7 dias de vida. A solução é ir para a Tailândia e tentar pegar algo que fica nos olhos de uma estátua gigante protegida por mestres em artes marciais. Uma galera se junta ao desafortunado protagonista, pois não aguentam mais a tirania do feiticeiro, que tem um demoninho de estimação e usa pessoas da tribo para manter vivo um rei antigo mumificado. Em dado momento, conseguem controlar o demoninho contra o rei-caveira, que se transforma num tipo de Alien voador.
E tudo isso é narrado entre amigos, para umas garotas que provavelmente querem levar pra cama. O velho, que deve ser o anfitrião, diz que histórias bizarras ocorrem o tempo todo - porra, mas nesse nível?...
Dá pra se divertir e tem umas cenas de ação bem bacaninhas no final.
Zombie Ass: Toilet of the Dead
2.9 50Não tenho palavras para descrever o quão bom esse filme é. Diria que o humor de Noboru Iguchi não é tão óbvio quanto parece numa primeira lida na sinopse.
Confissões de um Necrófilo
3.3 32Bem interessante. Gostei do senso de humor doentio na narração e em algumas cenas. É um filme de 1974 que realmente explora o gore. Nesse sentido, acaba parecendo bastante atual. Provavelmente é o mais fiel aos fatos que o inspiraram. Porém, acho que não veria de novo: além de ter ficado com o estômago embrulhado (que cara nojento esse Ezra!), não possui um ritmo que me agrada, nem cenas que estejam num nível mais elevado que o do restante.
Monster: Desejo Assassino
4.0 1,2K Assista AgoraChristina Ricci.... linda. Já estava quase me apaixonando por ela, também. Com todo aquele jeitinho dengoso, aquele olharzinho meigo... Realmente, isso pode perder pessoas, precipitá-las pro abismo... Sabe. o mundo do crime, das drogas, da violência... Ela apenas pede e você dá a ela. Está sem grana, não tem meios? rouba, mata... Quer um carro novo pra gente passear, Christina? Pá! Quer uns trocados para gastar no shopping? Pá pá! Que tal uma mudança para quebrar um pouco essa rotina, Christie? Pá! pá pá! pá!...
Charlize Theron conseguiu encarnar com maestria o papel da prostituta assassina Aileen Wuornos. Interessante que encontraram atores bem parecidos com suas vítimas reais. Só achei estranho como a primeira vítima ficou para sempre caracterizada aqui: um estuprador sádico, possivelmente um assassino de prostitutas. Acho que o roteiro perigosamente extrapolou as informações reais nessa parte.
Cinema é cinema, e ele consegue transformar qualquer coisa bizarra em uma história arrebatadora de amor. Tudo já estava ali nos fatos, só esperando um roteirista, não é verdade?
Terra de Ninguém
3.9 193Gostei muito da selvagem cena
de perseguição de carros no final.
A frieza dos protagonistas chega a incomodar, eles basicamente não estão nem aí com nada e vão se atolando até o pescoço na lama.
Kit bem mais que Holly, que acaba inocentada.
Quando Kit
atira no próprio amigo
Existe algo muito interessante na aparente submissão total de Holly. Muitas mulheres, apoiadas na ideia de que "o homem é que manda/não posso mudar meu destino", acabam por se acomodar em algum tipo de vida indigna e sem sentido, evitando o fardo advindo de suas decisões. "Afinal, se eu não podia fazer nada! se a sociedade quer assim!", é como pensam. Claro que necessariamente precisam ter uma personalidade fraca para chegar em certos níveis (mães que aceitam um marido molestando as próprias filhas, por exemplo, mulheres coniventes com a corrupção de companheiros etc).
Holly é esse tipo de mulher fraca e sem emoções. Deixa-se levar pelo homem, que é o forte e deve saber o que faz. Em algum momento isso foi cômodo, pois ela não queria ter de enfrentar certas coisas na vida. Porém, trata-se de um grande engodo e esse tipo de história nunca acaba bem.
Morte ao Vivo
3.8 209 Assista AgoraExcelente filme. No entanto, o roteiro faz um rocambole na sua cabeça pra tentar encobrir o assassino até o final. Outra coisa que me irrita é como a protagonista parece até que tranquila - e ainda tem tempo de viver um triângulo amoroso - mesmo sabendo que pode ser a próxima vítima, ou então acabar envolvida nos casos de assassinato (ficaria difícil provar em contrário caso a polícia descobrisse tudo de alguma forma).
Achei bem interessante o professor dizendo que a razão de ser do cinema é dar ao público o que o público quer. Acho que isso (cinema de gênero mais comercial) acabou por mimar o público, que já não sabe ver filmes.
Vítimas de uma Paixão
3.5 98 Assista AgoraRoteiro ok com final surpreendente. O ruim é que você precisa aguentar quase duas horas de Al Pacino apaixonado e a experiência acaba sendo um porre. Nem todo papel cai bem pra determinados atores, e aqui se tentou explorar ao máximo um Al Pacino fazendo loucurinhas de amor, cheio de sofrência por conta da profissão. A cena em que Frank dá chilique na loja de sapatos é ridícula.
filme aposta em vários clichês do gênero, e não se sobressai em nada, sendo apenas mediano em todos os quesitos. Veja que sequer existe muita tensão e o draminha romântico está em primeiro plano. Com umas piadinhas a mais e teríamos uma comédia romântica.
Al Pacino fica bem com os papeis melhores. Ele consegue atingir algo que muitos não podem nem em sonho. Mas um papel medíocre com Al Pacino pode ser constrangedor.
Assassinos por Natureza
4.0 1,1K Assista AgoraTem um roteiro que não vai pra lugar algum, chega a parecer um video-clipe gigante, e também não é particularmente impactante. Realmente não vi nada acima das expectativas aqui, apesar de alguns lances criativos, como as cenas que emulam séries humorísticas chatérrimas norte-americanas, cujo humor é totalmente induzido ao espectador (o que se passa não tem graça alguma se tirar os ridos da platéia de fundo). Aliás, isso estraga uma ideia que eu tinha para um curta-metragem.
Voltando ao filme, achei prepotente. Pronto, era essa a palavra, prepotente. É como se os envolvidos tivessem a certeza de estar trabalhando numa coisa grande, genial e arrasadora. Ou talvez Oliver Stone quisesse passar justamente essa impressão, como se tudo de ruim que nascesse em solo americano fosse dado a uma certa glamourização. Temos um péssimo filme de uma péssima ideia, mas rodado como se fosse a última palavra em cinema: ei, vocês precisam gostar disso, é cinema americano!
Provavelmente Rob Zombie se inspirou nesse para realizar seu Rejeitados pelo Diabo, pois temos exatamente o mesmo clima e estilização de video-clipe + glamourização da vida de criminosos.
E preciso comentar: a única cena que me deixou tenso durante o filme todo foi a do casamento. O casal de matadores está numa ponte muito alta e a câmera fica passeando em torno deles, mas como se fosse se precipitar da ponte. Os ângulos causam uma impressão de que estão sendo empurrados para o buraco. O interessante é que esse efeito é colocado de forma mais acentuada no lado da Mallory e não de Mickey, que parece uma pessoa bem mais segura de si. A namorada tem uns gestos tresloucados, e nesse momento fica se debruçando ali na grade. Bom, eu tenho um probleminha com altura e fiquei realmente nervoso com a cena.
Natal Sangrento 2: Retorno Macabro
2.2 57 Assista AgoraNão vi o primeiro, mas depois desse aqui nem preciso ver, pois mais de 40 minutos do filme são apenas retrospectiva rsrsrs. Bom porque percebi que não iria curtir o primeiro também.
Esse ator que faz o Ricky é o pior de todos os tempos, o cara fala com as sobrancelhas! Não tem uma cena com ele sem que esteja movimentando irritantemente as sobrancelhas - é um tique! Será que conseguiu papel em outra produção depois disso?
Tirando o quanto você ri com o protagonista (o próprio assassino), não tem mais nada de préstimo.
Ah, e usaram dois atores muito diferentes pra fazer o Ricky com cerca de 16 anos e o Ricky com 18 anos.
Ele perseguindo a madre de cadeira de rodas é um sarro. A megera desce rolando as escadas e encontra outra cadeira de rodas lá embaixo. Fora que é impossível torcer por ela, depois de tudo o que ela fez. Então acaba sendo um momento grotesco: você está torcendo pelo assassino, e não há mocinha para sobreviver rsrs
O que dizer mais? Produção péssima, picareta ao extremo. E como todos criticam: trata-se de metade de um filme, já que a outra metade é só retrospectiva do original. Mas dá pra dar uma risadas.
Encurralado
3.9 432 Assista AgoraClássico que não conhecia senão por pequenos trechos. Uma verdadeira obra de mestre e um belíssimo filme, com toda sorte de takes criativos para causar as sensações pretendidas. Quando o caminhão (curioso como o protagonista não diz "o caminhoneiro", e sim "o caminhão" durante todo o filme, como se o caminhão tivesse vida própria) tira o sujeito da estrada naquela primeira perseguição violenta, não há como não se sentir perdido junto com o cara. Parece não haver escapatória com aquele caminhão correndo daquele jeito atrás dele.
O final é curioso:
não entendi se o caminhoneiro comete um suicídio ou se, de alguma forma, ao atingir o carro a explosão fez com que ele não pudesse mais parar.
Também é interessante como há longos momentos sem qualquer trilha sonora, mesmo nas cenas de perseguição implacável. O som do caminhão pode ser muito mais medonho, não é verdade? Acho que Spielberg soube dosar o silêncio e o barulho estrondoso.
A Centopéia Humana 3
2.0 433Um dos filmes mais ultrajantes que uma alma doente poderia realizar. Irritantemente auto-referente, irritantemente longo. Tudo nele é excessivo e redundante. Violência de uma gratuidade sem precedentes. Piadas ofensivas em cada cena. Tom Six atingiu o topo do sadismo aqui.
Em todo caso, é válida a caricaturização do violento sistema penitencial norte-americano, em que se faz uso inclusive de castração química.
Confissões de um Matador
2.7 8Capinha bem nada a ver, obviamente feita pra tentar vender o filme depois da popularização da personagem Hannibal. Mas o filme é interessante.
Não dá pra saber qual a verdadeira história de Henry Lee Lucas, pois ele mesmo entrava em contradição e nunca conseguiram provar tudo aquilo. O mais aceito é que pegou tanto gosto por fazer suas confissões, já que era bem tratado por "colaborar" com a polícia, sentindo-se uma espécie de super-star do crime, que chegou ao cúmulo de inventar dezenas de assassinatos, bem como assumir outros casos em que não possuía qualquer participação.
O filme também não aborda as histórias sobre cultos satânicos que Henry dizia fazer parte, para os quais teria trabalhado.
No geral é uma obra ok, mas se o espectador quiser ficar realmente assombrado, veja o menos verídico porém muito mais cruel, Henry - O Retrato de um Assassino.
Grito de Horror III: A Nova Raça
1.8 39Continuo achando muito bom depois de tê-lo reassistido. Muito melhor que os dois anteriores. O grande problema é ter sido vendido como um terror/suspense. O filme é uma zueiragem total, assim como Troll 2, e tantos outros. Tem uma galera que se acha muito espertona e diz coisas como "nossa, que ridículo fazer um filme assim dãã só rindo mesmo dãã", quando era pra causar justamente esse estranhamento. E risadas. Não é pra outra coisa. Grito de Horror III só tem um sério defeito: o título. Esse é um filme que não merecia ser visto como parte de uma série medíocre de lobisomens.
O Filho de Chucky
2.2 760 Assista AgoraA maioria das pessoas que não curtiram esse filme não entenderam a proposta: zuar com os clássicos de terror, inclusive com o próprio Brinquedo Assassino original.
Imagino a decepção de muitos ao se deparar com um filme de comédia ainda mais escrachada que o último... Mas penso que se aborreceram sem razão e podiam ter passado sem conferir. Com um título como esses o filme só poderia ser um pastiche de humor mesmo.
Ora, nós estamos falando de um boneco assassino que teve noiva e, agora, um filho!
Veja a quantidade de filmes com monstros clássicos que tiveram noiva e filho. Fica meio absurdo que você esperasse sentir medo disso!
Bride of the Frankenstein, Bride of the Monster, Bride of the Gorilla, Brides of Dracula, Bride of the Re-Animator, etc.
Son of Frankenstein, Son of Kong, Son of Dracula, Dracula’s Daughter, etc. Até o Godzilla teve filho!...
A maior parte desses filmes são bem "trash". Basicamente não havia como continuar a obra-prima original, às vezes baseada em grandes clássicos da literatura gótica (Frankenstein, Dracula). A solução era arranjar uma família pro monstro e isso acabava sendo algo risível (veja-se A Noiva de Frankenstein, um filme tão ridículo e sem noção que se tornou verdadeira obra de culto).
E como se o nome e a ideia em si já não bastassem para sacarmos, já de cara, que estamos diante de um filme propositalmente trash, constatamos o nome de John Waters como um dos atores aqui.
Enfim, fica fácil perceber qual é a onda de O Filho de Chucky antes mesmo de o assistir: uma trasheira de humor negro que zomba dos clássicos de vários gêneros que o precederam. E nisso o filme acerta. Há piadas com Halloween, Psicose, A Hora do Pesadelo, O Iluminado, os já citados filmes clássicos de monstros. Porra, o boneco se chama Glen ou Glenda (um dos meus filmes favoritos de todos os tempos). Há mais uma porção de citações obscuras e pode ser divertido procurar por elas.
Além disso, O Filho de Chucky também questiona vários aspectos ridículos da própria franquia. E você aí querendo um roteiro coerente - você que consegue dar pulinhos vendo um boneco de pano correndo atrás de pessoas com uma faca na mãozinha de plástico!
Não costumo gostar muito dessa coisa extremamente referencial, mas acabei rindo alto com o filme. Acredito que toda série longa de terror precisa dos capítulos "zuados" pra se reciclar. E acho que precisamos assistir um filme considerando o que ele propõe. É como disse, não dá pra pegar esse filme esperando sentir medo (é sobre um boneco assassino num drama familiar!).
Filho do Bem, Filho do Mal
2.5 4Chato, chato, chaaato.
Quando vi pela primeira vez, dormi quase até o final e vi umas ceninhas interessantes envolvendo uma freira nua e umas cenas malucas. Mas agora, reassistindo sem dormir, percebo que, porra, não acontece nada nessa birosca! E pra piorar, deu defeito bem na cena da freira gostosa pelada.
De qualquer modo, não vi acontecer nada em mais de hora de filme. Todo o "terror e suspense" dele se resume em corvos saindo voando de trás das coisas pra tentar te assustar. Ou então em diálogos extremamente chocantes como "Oh, então quer dizer que ela é... virgem?", "Sim, ela é virgem e... está... grávida", "Céus!" (Exagerei um pouquinho).
Mas ele me fez refletir. Acredito que o "mal" da religião é o sexo. Quando os religiosos falam do diabo estão se referindo ao prazer carnal. Os muito religiosos são pessoas que meio que não se aceitaram como adultos e vivem a espalhar e cobrar nos outros um ideal de castidade totalmente absurdo. É por isso que muito padre é pedófilo: não cresceu. A pureza da alma é um estado insustentável de abnegação. Claro que isso tudo varia de religião para religião. Os protestantes, p. ex., se permitem alguns prazeres, principalmente se isso tem a ver com enriquecer. Talvez uma fixação na fase anal? Os resultados são os mesmos, porém: gente moralista que faz muita merda quando toma o poder, simplesmente por não aceitarem a própria natureza das coisas.
É claro que o filme não trata de nada disso, mas foi uma experiência tão chata tê-lo assistido que fiquei viajando, pensando em outras coisas...
Baby Blood
3.3 32Caramba, que filme! Muito bom. Exala selvageria. Tudo nele é feito de uma forma violenta e abrupta, cada ângulo é bem pensado para causar esse tipo de efeito.
Ele também significa uma denúncia a maneira com que a mulher é tratada na sociedade. Detalhe que estamos na França e esses países de primeiro mundo não são considerados tão machistas quanto o restante. Mas a mocinha está sempre perigando ser estuprada por simplesmente estar por aí, "sozinha", durante a noite.
Outro aspecto interessante é o do humor extremamente bizarro. Você ri nos momentos que menos esperaria por isso.
- Vou acabar com toda a raça humana.
- Em quanto tempo?
- Uns 60 bilhões de anos.
Também tem as cenas violentas muito bem filmadas e o belíssimo corpo nu da protagonista.
A Maldição de Chucky
2.6 1,3KO retorno glorioso de Chucky (gostei dos dois últimos episódios, também - podem me julgar.
O roteirista (de toda a série) e diretor (dos dois últimos filmes), Don Mancini, provou que ainda dá pra criar um ótimo suspense com bonecos que ganham vida no século XXI. Atualizando o que havia de melhor no primeiro Brinquedo Assassino. Filme que, apesar das melhores intenções, envelheceu.
Só não entendi direito o final.
Chucky consegue fazer a macumba louca com a menina e depois continua como boneco e é morto mais uma vez por Andy? Mas não era pra ele estar no corpo da menina? Ou Chucky a recrutou para a "família"?
A Maldição de Chucky está no mesmo nível de O Filho de Chucky e Brinquedo Assassino 2, cada um com sua proposta diferente, e atualmente meus favortios da franquia. ESpero que o sétimo filme não demore pra ficar pronto.
Brinquedo Assassino 3
2.9 400 Assista AgoraMais ou menos. É o tipo de filme que até dá pra assistir caso você não tenha mais nada pra fazer de útil. O pior da série, sem dúvidas. Junto com o segundo Brinquedo Assassino, foi o que mais vi da franquia.
A cena em que há uma carga mais interessante de suspense é a da simulação de conflito entre os soldados. Chucky (de maneira pouco crível, como tudo o que ocorre nesse filme)
troca as balas de tinta por balas de verdade das armas
Quando criança, gostava da cena do parque de diversões. Revendo, achei burocrática.
Fato é que esse sempre foi o episódio que menos gostei da série, mas na minha cabeça ele estava como uma espécie de comédia de horror, estilo A Volta dos Mortos Vivos. Reassistindo hoje percebo se tratar de um filme que tenta manter o clima de suspense e terror, com não muitas piadas, falhando miseravelmente quase todo o tempo.
Brinquedo Assassino
3.3 1,0K Assista AgoraEnfim reassisto Brinquedo Assassino, responsável por tantas noites sem dormir da minha longínqua infância. Com certeza foi o filme que mais me fez ter medo. Devia contar com uns 5/6 anos quando vi pela primeira vez os comerciais dessa desgraça na tv: Chucky era um bonequinho bonitinho, desses que qualquer criança gostaria de ter igual, mas que ganha vida e sai assassinando um punhado de gente, e sempre perseguindo um pobre menininho de 6 anos... Não podia nem ir ao banheiro sozinho após ver um simples comercial disso.
Meus pais tentaram me fazer ver o filme pra acabar com o medo. Ora, os pais daquela época... Pelo menos é assim que a coisa está na minha cabeça, pois reassistindo constato que fiz memória falsa de muitas cenas, o que é assustador: muita coisa da minha infância pode igualmente não ter ocorrido como me lembro! Quer dizer, sempre soube disso, mas constatar a realidade é assombroso, não é?
Talvez nem devesse tê-lo reassitido, pois o Brinquedo Assassino que estava aqui no meu cérebro era outro bem diferente e muito mais assustador - deixava qualquer da franquia no chinelo...
Também percebo agora o quanto esse filme atuou sobre meu psicológico. Reassitir foi uma sessão de psicanálise. Percebo como Brinquedo Assassino foi importante para que eu pudesse realizar meu curta-metragem Meu Amiguinho (e vários outros em que estou trabalhando) e criar aqueles personagens.
Quando as continuações começaram a reprisar e o primeiro filme saiu de cena, já estava crescidinho e não tinha mais medo de bonecos. Perdi o interesse na série em detrimento de outras tais, como Evil Dead, Sexta 13, Cemitério Maldito, A Hora do Pesadelo etc etc. Até vi uns trechos do original ao longo desse tempo, mas não me animei a chegar ao final.
Ultimamente tenho dado uma nova chance ao Chucky. Para minha surpresa, percebo se tratar de uma ótima série. Até mesmo O Filho de Chucky foi bem divertido.
No entanto, acredito que o segundo filme (Brinquedo Assassino 2), e não o de 88, é o ápice da trilogia original, por se tratar de um longa bem dirigido, bem ambientado, com efeitos melhorados e, inclusive, cenas mais crueis. Aquele foi um belo momento de suspense, já esse primeiro Brinquedo Assassino... Envelheceu mal. É um clássico moderno, mas que não chega a causar alarde hoje em dia.
Ah, é curioso como a magia era uma coisa "real" no filme.
Chucky mata o feiticeiro com um boneco de vudú! Porra, que ideia foi aquela?