Como já comentaram no Fimow, a qualidade do filme está em não retratar com heroísmo e glamour a saga deste que é um dos maiores pintores de todos os tempos, não sei como não concorreu ao Oscar de Melhor Filme. Quando assisti este filme pela primeira vez passei a admirar Pollock e tê-lo como o pintor que mais gosto, só o fato dele se desfazer de qualquer tentativa para catalogá-lo em um gênero de pintura, já é de quebrar os especialistas mais credenciados. Artistas precisam viver, precisam comer, não são bem valorizados, são explorados e isso afeta diretamente sua vida pessoal; senti grande comoção quando ele, depois de lutar bastante, conseguiu finalmente boas criticas, mas a família não quis saber disso, desconheceu o próprio gênio entre eles, ignoraram que tinham um astro reconhecido na família e de talento único, que mudou a história da pintura ou a levou para outro patamar, queriam saber das convenções sociais de falsas brincadeiras e momentos familiares. Achei uma obra prima do cinema, algo que merece ser visto por qualquer um que tenha preconceito contra os artistas fodidos, porque são pessoas que também precisam sobreviver e se desgastam para criar contemplação para quem não sabe contemplar.
Finalmente um filme do Gus Van Sant que me encanta. Conseguiu retratar a comunidade skatista fugindo dos esteriótipos e mantendo a marca de cultura marginalizada. Belo drama sobre a juventude e seus conflitos, gostei da maneira nada romântica que deu aos jovens, diferente dos outros filmes do gênero, consegue desmistificar muita coisa, como sexo, amizades, e estas ligações parecem diluídas, nenhuma ligação é mais tão intensa. Parece que vivemos em um mundo cada um por si e sem ligações emotivas com ninguém. O isolamento do protagonista é o forte do filme, e saber que tudo foi gravado com desconhecidos e jovens atores convocados pela Internet via site MySpace dá um vigor e cara nova ao cinema. A trilha sonora é outra que enche os ouvidos, adorei ver o contraste entre cenas fortes com musicas animadas e vice-versa, é esta vida fora do eixo em que vivemos. Aqui ele consegue dar beleza a poesia, que eu achei que falhou em "Últimos Dias". Um bom filme sobre a juventude não estereotipada, diluída e confusa. Grupos, muitos jovens por mais que procurem se encaixar em grupos, são solitários e isolados, estão em tais grupos por presença, mas estão longes de fazerem parte.
Tive a honra de assistir esta peça no teatro,e fico contente que Polanski manteve a história inalterada; até mesmo os acréscimos de Polanski no começo e fim do filme, retratando os filhos fazendo o que já esperamos, apenas agregam valores a obra. Nancy, Alan, Michael e Penelope por sorte mantém os mesmos traços da peça, o que me deixou aliviado. Agora, sobre o filme, é uma das histórias que mais gosto no teatro, e agora no cinema mantém seu lugar de importância. Estamos falando de hipocrisia, pais que se encontram para discutir a animalidade dos filhos e acabam sendo expostos em seus defeitos hipócritas. Alan que representa o homem insensível a meu ver é o mais sensato, há muito descobriu que somos animais, que não vamos mudar e a solução seria aceitar nossos desvios. Michael é o homem medíocre que contrasta muito bem com a hipocrisia da esposa super culta e engajada socialmente que embora muito instruída sobre os problemas na Africa, desconhece as pequenas mesquinharias do homem urbano. Cada fala é repleta de significados. Um dos melhores filmes de todos os tempos. Adoro quando a civilidade é jogada no lixo, quando até mesmo os engajados socialmente são expostos e quando caímos neste tipo de niilismo, porque realmente não há o que fazer para salvar o ser humano de sua condição animal. Deus da Carnificina diz tudo, a ordem da vida é mesmo a carnificina, não só sanguinolenta, mais moral, quem não for sujo, hipócrita, interesseiro ou egoísta que atire a primeira pedra, e se atirar, outra dose de hipocrisia se juntará ao grande pacote do jeito podre de ser gente.
Steven Spielberg gosta de ação realmente, o filme é repleto de ação, explosões e pessoas correndo do começo ao fim, peguei raiva de Spielberg desde seus dedinhos em Transformers 3, acho que os efeitos visuais subiram-lhe a cabeça. O filme é bom para os fãs de Tintim; como nunca fui fã da animação e dos quadrinhos, apenas gritava "Até parece!", as imagens eu achei lindas, por vezes, quando a câmera de afastava eu confundia com a vida real, mas esta confusão fazia o absurdo parecer ainda mais absurdo. Se não concorreu ao Oscar eu concordo, não só de afeitos, correrias e explosões vive um filme; tem roteiro, não posso negar, há uma investigação rolando, mas a investigação fica em terceiro plano. Não sei, é uma boa diversão para ver no cinema em 3D, ficamos de boca aberta pela beleza das cenas, mas se paramos para pensar percebemos que não há espaço para pensar. Filme que me deu vertigem pelo exagero. Ah ta, pra não falar que não falei das flores, Capitão Haddock está maravilhoso, a melhor coisa do filme. Este filme leva o selo Chavesniano de "Preferia ter visto o filme do Pelé"
Um ótimo filme sobre amor, não sobre sexualidade, mas sobre amor. Conforme o filme caminha para o fim, vai ficando claro que estamos lidando com as convenções sociais, onde apenas com a quebra do elo com os mais queridos, com aqueles que nos amam e amamos, é necessário para sermos felizes e seguirmos nosso coração. Gino representa para mim a negação de si mesmo, enquanto Pim é o abandono em pessoa, não vi uma história de amor não correspondido como diz a sinopse, mas um drama bem conduzido sobre o que a sociedade faz inconscientemente na cabeça das pessoas. É um filme delicado, não tem exageros, e causa certa nostalgia por suas imagens alaranjadas, seus amarelos e o mar. Não vejo outra saída para Pim, se não for para viver este amor, acredito que viraria um solitário, um eremita. Lindo filme, cheio de sutilezas e silêncios. Um dos melhores filmes do gênero.
Gosto da metalinguagem usada pelos Muppets, se no primeiro eles queriam ser famosos, aqui eles interpretam personagens que por coincidência tem o mesmo nome que eles, rs. A grande qualidade do filme está na interpretação de Miss Piggy que é a única que tem caráter, quer dizer, beleza, quer dizer Caratê (como diria Caco - O Sapo), mas também achei extremamente engraçado Charles Grodin interpretando o ladrão de diamantes, ele está cheio de trejeitos e fica tão engraçado quanto os bonecos do filme, adorei vê-lo cantar, dançar, e admitir que é o vilão da história. Fozzie e Caco são irmãos gêmeos, mas fiquem tranquilos, não vão confundi-los, apenas ursos usam chapéus, e embora não seja tão bom quanto o primeiro, este é mais refinado, o sapateado de Piggy é maravilhoso, e tudo tem mais classe, mesmo que a grosseria de Piggy contraste com esta fineza toda. Amo os Muppets; não é extraordinário como o primeiro, mas é bom e dei muita risada, achei as piadas inteligentes e não idiotas.
Complicado, achei o filme maravilhoso quando assisti, porém, depois que estava analisando vi que não é tão grande coisa; embora eu ame o estilo "câmera na mão", este filme se propõem a fazer um filme de "super-heróis real com poderes", neste quesito o filme é maravilhoso, porém, o que fiquei encucado foi que, ficou bem claro que eles podiam morrer como uma pessoa normal, tendo apenas os poderes de levitação que poderiam usar de diversas maneiras, mas na grande e épica batalha, porque não morriam ao atravessarem um prédio? Acho que bater a cabeça no concreto não deve ser muito bom, mas tudo bem, valeu a tentativa. Nunca pensei que fosse assistir um filme de super-heróis reais com poderes, vale pela originalidade, porque deste gênero é o que apresenta ao meu ver, a maior criatividade e inovação em matéria de ângulos de gravação, acharam uma maneira de gravar que a meu ver se diferencia dos demais. Câmera flutuando sem parecer que algo a segurava, muito bom.
Este foi o melhor filme do Esquilo, finalmente todos os machos são vingados, de um lado está a obsessão e liberdade de Scrat, do outro o amor e submissão, o que escolher? Eu não pensaria duas vezes. Fiquei puto quando ignoraram o fato do Esquilo ter sido despachado para o Futuro no 1º, depois fiquei puto com a piadinha no segundo quando falaram que continentes nadavam mais rápido que Diego, oras, os continentes só passam a existir no 4º filme; e pra fechar temos dinossauros que vão contra o fato de terem existido humanos no primeiro filme. Tudo bem, finjamos que este bando caiu em um tipo de Elo Perdido, ignorando tudo isso que falei, este filme pode até ser o mais engraçado de todos, aquela Doninha tem uma relação com seu monstro igual do Capitão por Moby Dick, os Gambás continuam os mesmos, e o Elefante finalmente terá mais responsabilidades. Achei que poderiam ter investido mais na relação Preguiça e Tiranossauro, ficaria tão engraçado quanto Burro e Dragão de Shrek. Este é o filme mais engraçado e com mais aventura de todos. Eu estava muito crítico quanto esta série, mas parece que depois de dois filmes parados, finalmente fizeram um ótimo, para prosseguirem em um quarto parado, agora filme bom de novo só no 6º.
Assisti unicamente pela importância deste filme na história do cinema, ganhou o Oscar, ganhou mais uma porrada de prêmios e ainda lançou Gene Hackman ao estrelado, tem boas ideias, a cena de perseguição ao trem e o jogo de gato e rato na estação de trem, junto com o quase drama psicológico do fim, algo que jogaram para a sequência, quase fazem deste um bom filme. Filme feitinho para passas nos fins de noite da Rede Globo, está pau a pau com filmes do Steven Seagal e Charles Bronson, e ter tirado a estatueta de Laranja Mecânica é outro ponto contra. Vai ver na época eram novos estes tipos de filmes que hoje existem aos montes; tem perseguição de carro e faltou tiroteio, mas teve um detetive bacana; fora isso, quase duas horas de bocejo, e olha que nem sou tão crítico para com os filmes de ação, às vezes é bom, mas este é um filme de ação sonolenta. Sei lá, definitivamente não sei, ele ganhou uma porrada de prêmios, não sou ninguém para chamar esta porcaria de lixo, deixo o elogio aos fãs de Gene Hackman.
Melhor filme de super-herói realista que existe. Conseguiu o que o ótimo Watchemen não conseguiu. Kick-Ass é o perfeito super-herói real, ele honra os Nerds fãs de quadrinhos, mas mesmo que seja maravilhoso, quem brilha de verdade é a pequena Hit-Gil, esta garotinha que foi criada desde cedo para ser uma heroína é de apaixonar e botar medo, ver uma garotinha meiga surgir pode trair qualquer vilão, porque ela não terá dó, matará e torturará quem for necessário. Nem só de porrada vive este filme, a menininha se machuca e parece que toda responsabilidade de destruir os vilões caem sobre seus ombros, dá uma agonia ver que o futuro de todos pode estar na garra desta menina. Nicolas Cage também está bacana, não tenho nada contra ele neste papel, o uniforme dele tem um Q de Batman, mas acho que o filme deveria ter revelado o segredo de Big Daddy dos quadrinhos, isso aumentaria ainda mais o respeito aos Nerds, de repente usam esta reviravolta na sequência que está chegando. Um dos melhores filmes sobre super-herói que já vi. Preciso comprar o DVD e o Livro/Quadrinho.
Acho que estou mal acostumado com os novos filmes de super-herói, este filme não é tão ruim, mas não é bom. O que presta no filme é o vilão Mercenário, que é um dos mais bacanas que já vi no cinema; fora isso sobra a comédia romântica de Ben Affleck e Jennifer Garner, romance de uma mulher durona por um deficiente visual. Fora isso, Demolidor é um ótimo herói, essa relação dele com o padre-quase pai e com a igreja como santuário contrastando com seu visual demoníaco é interessante. Só achei estranho esta origem esquisita, não aparece o momento que ele decide ser um herói ou que ele inventa sua roupa, ele simplesmente está lá combatendo o crime, claro que existe um motivo, mas não nos é apresentando o momento que ele se deu conta que deveria combater o crime. E ver uma criança já com jeito de herói foi estranho demais. Porque não explicaram o fato dele não ter medo? Não sei. Para um primeiro filme era melhor terem se preocupado também com os detalhes sobre seus porquês, não só a boa e velha vingança. Durante a luta contra o vilão, que realmente amei, eu ficava torcendo para o Mercenário matar logo este fracote. O Rei do Crime está bacana, mas sei lá, achei Michael Clarke Duncan inexpressivo. Garner está bacana como Elektra, mas como o filme não é sobre ela, nem vale o comentário. Veria de novo por causa do Mercenário.
Estou pegando raiva desta franquia. Depois de ignorarem o fato do Esquilo ter sido despachado para o futuro no primeiro filme, agora certo animal em determinada parte do filme diz "Continentes nadam mais rápido que você", poderíamos até pensar que o único continente está se movimentando, porém, o plural de continentes deixa claro que eles já se separaram, coisa que só acontecerá no quarto filme. Mas tudo bem, finjamos que isso não aconteceu, os produtores não tinham ideia de que falariam disso no quarto filme, este filme faz analogia com a Arca de Noé, o que achei belíssimo, e começam a destruir a solidão do bando que eu achava que era seu ponto forte, magicamente, animais que estavam sendo extintos ganham novos pares e não só isso, como um bando todo, não falarei qual animal, mas é grande e tem tromba. O esquilo está perfeito como sempre, sua fixação pela Noz é o que causa e soluciona o problema dos animais, e rende ótimas risadas. Fora isso, o filme nos diverte do começo ao fim, não tem muito conteúdo, mas as músicas e a correria nos distrai e conseguimos passar boas horas.
Tão bom quando "A Marcha dos Pinguins", só que traz um diferencial, agora o meio ambiente está em transformação, seja pelo aquecimento global ou por um novo ciclo solar, de qualquer forma é inegável que estes animais estão precisando se adaptar ao novo lar. Fiquei impressionado com as imagens, geralmente torço para os predadores, mas este Urso Polar passou por situações tão peculiares que foi uma agonia acompanhá-lo, desde seu abandono prematuro, até a necessidade de nadar forçada por dias (que incrivelmente aprendeu na marra dos as Morsas), até seu martírio atrás de comida em um lugar onde comida está ficando escassa. Os Ursos Polares são criaturas maravilhosas, e eu não imaginava que fossem tão egoístas ou solitários, só se juntando em casos de necessidade extrema e para perpetuação da espécie. E as Morsas me cativaram, eles trazem um sentimento familiar e de amizade bem parecido com o nosso. Foi uma lição dura sobre ciclo da vida e como se adaptar aos novos tempos. Espero mesmo que a premonição de quase todo gelo acabar em 2040 seja falsa, embora eu ache que seja verdadeira. Respeito infinito por Nanu e Seela.
Juro que vou irritar muito fã com o meu comentário, porém, assisti este filme pela primeira vez e achei péssimo, agora revi e achei fantástico, e serei ainda mais herege, esse filme foi uma aventura espacial que está no mesmo estilo e talvez melhor que os primeiros Star Wars. Lanterna Verde é um herói sensacional, tudo bem que teve algumas piadinhas, mas oras, nos quadrinhos o Lanterna não é um cara sério, ele tem lá suas tiradas. Achei melhor que Thor e Capitão América da Marvel, e melhor que o reboot do super-homem. Espero que ganhe uma sequência e a DC finalmente engrene a Liga da Justiça. Acho que já temos um Batman e um Lanterna Verde que deram certo, preciso torcer para o novo Super-Homem também vingar e fazerem logo um filme do Flash. O filme é engraçado, tem bastante aventura, não reclamo do 3 D porque pra mim 3D não é o principal; tem uma história que serve bem para mostrar sua origem e seus primeiros passos como herói, a aventura mesmo virá se ele ganhar uma sequência. Se é fraco ou não eu não sei, mas consegui me divertir pela segunda vez, achei um máximo esse verde brilhante em minha cara. Um filme de super-herói para ser assistido por quem quer se divertir. E repito, está melhor que os primeiros Star Wars, a aventura espacial é melhor que Star Wars (este comentário foi pra irritar, mas é o que penso). Um anel para todos governar, ops, lema errado... No dia mais claro...
Bendita hora que vi este filme. Não sou fã dos filmes orientais, porém, depois deste filme eu tiro o chapéu e admito que eles sabem bem como retratar um assunto delicado como a morte. Este é o maior épico sobre a morte que já vi, 2 horas e tanto de filme que passam suaves sem cansar, e quanto nó na garganta, cada partida era um duelo contra o lenço. A morte foi vingada, aqui a morte é tratada com respeito. Muita gente não lida bem com a morte, sente até preconceito quando falamos do assunto, imaginem para um homem que trabalha preparando corpos para serem cremados, é de uma responsabilidade gigantesca. Ao mesmo tempo que a morte é tratada com respeito, ela é vista como mero detalhe, todos vamos morrer mesmo, mas este trabalho não tem a ver com os mortos, é respeito aos que ficam, quem fica precisa de uma imagem para se apoiar, de um novo sentido para a vida, e este filme consegue mostrar tudo isso com calma e com uma trilha sonora de suavizar qualquer partida. Ser um músico só abrilhantou a nova carreira de Daigo, porque, igual a morte, música é poesia. Fiquei de boca aberta, nunca pensei que fosse me emocionar com um filme oriental sobre a morte.
Dos quatro filmes este é o mais fraco, mas encerra de uma maneira bonita, coloca o ser humano finalmente em seu devido lugar, como apenas mais uma das tantas raças existentes e inferiores que perecerão um dia. O ser humano que tanto se sente superior quando comparado as outras raças, é só uma criatura esmagável pelo universo; mas também achei incrível a ironia que usaram para falar dos militantes pela vida, porque muitas vezes querem mais aparecer do que salvar qualquer coisa, pra não dizer que salvar qualquer vida é em vão uma vez que a vida se extinguirá mesmo, então porque não deixar todo mundo morrer, se colocar como algo que também morrerá e aproveitar este fim jogando em belos cassinos e boates de entretenimento sexual? Fica esta dica cruel, porém, realista sobre nossa fragilidade. Apesar do fim esperançoso, vi neste último filme, que fecharia a série, um niilismo profundo e um sentimento de tudo vale à pena se toda vida é pequena.
Acho que foi o único retrato fiel que já vi do tédio e deslocamento, ainda mais eu que não entendo muito a cultura japonesa, fiquei tão perdido quanto o protagonista, aqueles exageros ou sutilezas que por vezes se tornam indiferenciáveis é o que dá tom ao filme. E mesmo que exista uma tensão amorosa entre os protagonistas, curti a construção da amizade pelo estranhamento, é como dizer que os estranhos se atraem. Foi um choque cultural que consegui sentir, até mesmo fica a indagação de que o tédio não tem a ver com o lugar, mas com o estado de espírito, já que este tédio tenta ser quebrado, só tenta, pelo algo em comum de infortúnio que Bob e Charlotte têm em comum, quando eles se encontram o filme se torna poesia. Gosto de Bill Murray em papéis sérios que mostram seu verdadeiro talento quanto ator, perfeito, por vezes batia uma agonia que eu só me deixava levar pelo filme, aquela sensação de não fazer parte do mundo, mesmo que ele corra frenético ao nosso redor.
Eu colocaria fácil este filme entre os 10 melhores que já vi em minha vida, não é tão exagerado quando o maravilhoso e moderno "Românticos Anônimos", mas é mais verossímil e pela primeira vez consegui me ver retratado com respeito. Os diálogos de Marty são incríveis, sua interpretação contida e amargurada também, e o valor que ele dá aos pequenos momentos como conversar com alguém pelo simples fator de momentos agradáveis já bastarem, é tocante. Em um mundo sexualizado que só quer saber de "com quem vai transar hoje" como no idiota "E aí, comeu?", aqui vemos um homem de verdade, a imagem de alguém que ainda existe na sociedade, que anda marginalizado por ser bom demais para ela. Incrível quantos prêmios ganhou, sendo o primeiro da Palma de Ouro, ganhando também o Oscar, e rendendo outras tantas e incontáveis indicações de melhor filme e ator. Traz um drama que não é exagerado, sobre viver com os pais, e também, para contrastar, sobre um casamento que não vinga porque estar com alguém não é tudo. O cordão umbilical é visto dos dois ângulos, tanto do inevitável convívio entre mãe e filho, até da mãe que sem seu filho teria que se recolocar e se achar no mundo. As relações são complexas, e ás vezes, temos que ser egoístas, mesmo que pareçamos ir contra tudo e todos ao nosso redor. Marty é definitivamente meu herói mais verossímil do cinema. Confesso que fiquei arrepiado com seus diálogos sempre sutis e repletos de significados, de passados, de angústias e esperanças. Um filme que os porra-locas nunca entenderão.
Há quem ame, há quem odeie. Há fãs alucinados da primeira trilogia, há fãs animados pelo Reboot. Eu fiquei animado, para mim foi o melhor filme do Aranha, ganhando do primeiro filme, porém, devo confessar que o início da franquia antiga com o Duende Verde foi mais completo em matéria de construção de Arqui-Inimigo. Enquanto o filme antigo é espetacular quando o assunto é vilão, este filme é espetacular quando o assunto é herói. A história (dispensável) dos pais de Peter Parker começa a ser contada, unicamente para diferenciar este dos filmes antigos, e Andrew Garfield finalmente tem um rosto heroico e seu romance com a mocinha (que infelizmente parece ter que ter em todos os filmes) está delicioso e consegue quebrar o tédio de um início que seria parado, mas oras, todo início precisa desde momento parado para situar o herói e mostrar sua origem. O filme conseguiu me agradar, existem muitos clichês, mas nada que causa uma fúria incrível, acho que aqui o herói começa a finalmente ser tratado com respeito nos cinemas. O final como sempre tem uma batalha épica e traz a qualidade de trazer um herói cheio de fraquezas e pontos fracos, o que a meu ver só aumenta meu respeito pelo aracnídeo. As mudanças não violentaram meu lado fã dos quadrinhos, confesso que o Lagarto não está lá essas coisas, mas para um primeiro filme é bom que não façam um vilão muito foda, assim a dificuldade vai aumentando no decorrer da nova trilogia. Entre mortos e feridos, muita tensão, emoção e promessas de uma continuação espetacular. Belo reboot. O melhor filme do Aranha que nunca teve filmes muito bons. Este clima "Cavaleiro das Trevas" Marveliano até que caiu bem.
Sou amante da música clássica, embora eu tenha muito para aprender sobre ela, e vê-la fundida a tragédia do Holocausto, nas mãos deste ator levado ao limite é um deleite, mas é um deleite melancólico, consegue mudar lentamente de homem erudito para homem animalizado e marginalizado. Amo filmes sobre o Holocausto, e embora existam idiotas que o neguem, tais filmes me fazem repensar tantas questões que é impossível sair feliz delas. Adrien Brody finalmente me ganhou neste filme, conseguiu interpretar um bom pianista tanto quando toca quanto finge tocar. Se tivesse mais sangue viraria um filme de Mel Gibson, só que com conteúdo. Sem palavras, fiquei de olhos vidrados do começo ao fim, até cair as últimas letras da produção. A meu ver é o melhor filme de Polanski, ou um dos melhores. Como deve ser difícil estar em uma situação limite, dependendo da boa vontade de estranhos e até daqueles que o querem morto sem motivo. Um filme que muda pensamentos para melhor, deixando marcas que são difíceis desaparecer. Agora, mais que tudo, preciso ler o livro/biografia de Wladyslaw Szpilman, porque meu respeito por este pianista cresceu de forma desgovernada. Tipo de filme que nos perguntamos: Porque eu não tinha visto antes?!?
A televisão aberta vai estragar este filme de tanto que passam, fora isso, este filme é especial porque não tem super lotação de personagens na tela, existe aventura, mas esta aventura não é em demasia a ponto de apagar a trama, e aqui o relacionamento Homem + Animal é o ponto forte. Como sempre, o Esquilo brilha, mas identifiquei algo que me deixou perturbado, a fixação do Esquilo pela Noz não é doentia como em suas sequencias, tanto que chega até mesmo a trocar de objeto de desejo, e segundo, como o Esquilo pode transitar livremente pelas sequencias se aqui o despacham para tão tão distante no futuro? Vai saber, acredito que ao terminarem este filme, que diga-se de passagem é muito bom, decidiram intensificar a paixão do Esquilo pela Noz, algo que incrivelmente só melhorou o Esquilo nas próximas sequencias, e impediram que ele tivesse outro amor (O que achei brilhante, e ignoraram por completo o final deste filme. É como se A Era do Gelo fosse dois filmes em um, de um lado um fraco filme sobre animais, do outro, um ótimo filme sobre um Esquilo que vale todo o ingresso. Mas curti este primeiro, gosto do trio, e somente deles, sem os anexos que chegarão, porque acredito que a solidão destes bichos e o perigo de extinção é o que aumenta a carga dramática do filme.
Sou um entusiasta das sequências, gosto sempre de ver o que vai acontecer depois do fim, porém, este filme está mudando minha opinião; para um filme que começou em 2002, esta sequencia, dez anos depois, deveria ter acompanhado certo crescimento de seus fãs, o que Toy Story conseguiu, mas aqui eles repetem as mesmas fórmulas, e pior, parece ainda mais infantil, bichinhos fofos, engraçados, e uma super lotação de personagens acumulados pela franquia que causam uma poluição visual. Senti que o Tigre seria mais trabalhado, já que agora ele é o foco destes dramas familiares que eles teimam em colocar, mas não, é um mero personagem. Decepção foi a palavra, a única coisa que realmente curti e que foi excepcional foi a ideia de separação dos continentes e do esquilo que está maravilhoso desde o começo até seu final épico, pelo esquilo o filme vale à pena, só por ele. Isso está começando a parecer aquela série de aventuras dos dinossauros de "Em Busca do vale perdido". Eu deveria ter visto Madagascar 3, ou como diria o Chaves, preferia ter visto o filme do Pelé.
Em minha opinião que não vale muita coisa e não vem baseada em nenhum dado concreto, este é o pior filme de Depp. Esperei por um clímax bem melhor, é um Indiana Jones sem aventura, Exorcista sem demônio, drama psicológico sem drama. Uma mocinha inexpressiva que só vale a conferida pela cena de sexo. Sério, querer convocar um demônio que está lá desde o começo e ainda fazer disso um suspense é muito para minha paciência. Deveriam ter abordado mais a ligação das gravuras com as desgraças que aconteciam, Depp poderia ter pirado um pouco, mas fazer o que, é o tipo de filme que a gente se pergunta "Porque?" e o diretor responde "Porque não?"
Pollock
3.7 100Como já comentaram no Fimow, a qualidade do filme está em não retratar com heroísmo e glamour a saga deste que é um dos maiores pintores de todos os tempos, não sei como não concorreu ao Oscar de Melhor Filme. Quando assisti este filme pela primeira vez passei a admirar Pollock e tê-lo como o pintor que mais gosto, só o fato dele se desfazer de qualquer tentativa para catalogá-lo em um gênero de pintura, já é de quebrar os especialistas mais credenciados. Artistas precisam viver, precisam comer, não são bem valorizados, são explorados e isso afeta diretamente sua vida pessoal; senti grande comoção quando ele, depois de lutar bastante, conseguiu finalmente boas criticas, mas a família não quis saber disso, desconheceu o próprio gênio entre eles, ignoraram que tinham um astro reconhecido na família e de talento único, que mudou a história da pintura ou a levou para outro patamar, queriam saber das convenções sociais de falsas brincadeiras e momentos familiares. Achei uma obra prima do cinema, algo que merece ser visto por qualquer um que tenha preconceito contra os artistas fodidos, porque são pessoas que também precisam sobreviver e se desgastam para criar contemplação para quem não sabe contemplar.
Paranoid Park
3.6 325Finalmente um filme do Gus Van Sant que me encanta. Conseguiu retratar a comunidade skatista fugindo dos esteriótipos e mantendo a marca de cultura marginalizada. Belo drama sobre a juventude e seus conflitos, gostei da maneira nada romântica que deu aos jovens, diferente dos outros filmes do gênero, consegue desmistificar muita coisa, como sexo, amizades, e estas ligações parecem diluídas, nenhuma ligação é mais tão intensa. Parece que vivemos em um mundo cada um por si e sem ligações emotivas com ninguém. O isolamento do protagonista é o forte do filme, e saber que tudo foi gravado com desconhecidos e jovens atores convocados pela Internet via site MySpace dá um vigor e cara nova ao cinema. A trilha sonora é outra que enche os ouvidos, adorei ver o contraste entre cenas fortes com musicas animadas e vice-versa, é esta vida fora do eixo em que vivemos. Aqui ele consegue dar beleza a poesia, que eu achei que falhou em "Últimos Dias". Um bom filme sobre a juventude não estereotipada, diluída e confusa. Grupos, muitos jovens por mais que procurem se encaixar em grupos, são solitários e isolados, estão em tais grupos por presença, mas estão longes de fazerem parte.
Deus da Carnificina
3.8 1,4KTive a honra de assistir esta peça no teatro,e fico contente que Polanski manteve a história inalterada; até mesmo os acréscimos de Polanski no começo e fim do filme, retratando os filhos fazendo o que já esperamos, apenas agregam valores a obra. Nancy, Alan, Michael e Penelope por sorte mantém os mesmos traços da peça, o que me deixou aliviado. Agora, sobre o filme, é uma das histórias que mais gosto no teatro, e agora no cinema mantém seu lugar de importância. Estamos falando de hipocrisia, pais que se encontram para discutir a animalidade dos filhos e acabam sendo expostos em seus defeitos hipócritas. Alan que representa o homem insensível a meu ver é o mais sensato, há muito descobriu que somos animais, que não vamos mudar e a solução seria aceitar nossos desvios. Michael é o homem medíocre que contrasta muito bem com a hipocrisia da esposa super culta e engajada socialmente que embora muito instruída sobre os problemas na Africa, desconhece as pequenas mesquinharias do homem urbano. Cada fala é repleta de significados. Um dos melhores filmes de todos os tempos. Adoro quando a civilidade é jogada no lixo, quando até mesmo os engajados socialmente são expostos e quando caímos neste tipo de niilismo, porque realmente não há o que fazer para salvar o ser humano de sua condição animal. Deus da Carnificina diz tudo, a ordem da vida é mesmo a carnificina, não só sanguinolenta, mais moral, quem não for sujo, hipócrita, interesseiro ou egoísta que atire a primeira pedra, e se atirar, outra dose de hipocrisia se juntará ao grande pacote do jeito podre de ser gente.
As Aventuras de Tintim
3.7 1,8K Assista AgoraSteven Spielberg gosta de ação realmente, o filme é repleto de ação, explosões e pessoas correndo do começo ao fim, peguei raiva de Spielberg desde seus dedinhos em Transformers 3, acho que os efeitos visuais subiram-lhe a cabeça. O filme é bom para os fãs de Tintim; como nunca fui fã da animação e dos quadrinhos, apenas gritava "Até parece!", as imagens eu achei lindas, por vezes, quando a câmera de afastava eu confundia com a vida real, mas esta confusão fazia o absurdo parecer ainda mais absurdo. Se não concorreu ao Oscar eu concordo, não só de afeitos, correrias e explosões vive um filme; tem roteiro, não posso negar, há uma investigação rolando, mas a investigação fica em terceiro plano. Não sei, é uma boa diversão para ver no cinema em 3D, ficamos de boca aberta pela beleza das cenas, mas se paramos para pensar percebemos que não há espaço para pensar. Filme que me deu vertigem pelo exagero. Ah ta, pra não falar que não falei das flores, Capitão Haddock está maravilhoso, a melhor coisa do filme. Este filme leva o selo Chavesniano de "Preferia ter visto o filme do Pelé"
No Caminho das Dunas
3.7 306Um ótimo filme sobre amor, não sobre sexualidade, mas sobre amor. Conforme o filme caminha para o fim, vai ficando claro que estamos lidando com as convenções sociais, onde apenas com a quebra do elo com os mais queridos, com aqueles que nos amam e amamos, é necessário para sermos felizes e seguirmos nosso coração. Gino representa para mim a negação de si mesmo, enquanto Pim é o abandono em pessoa, não vi uma história de amor não correspondido como diz a sinopse, mas um drama bem conduzido sobre o que a sociedade faz inconscientemente na cabeça das pessoas. É um filme delicado, não tem exageros, e causa certa nostalgia por suas imagens alaranjadas, seus amarelos e o mar. Não vejo outra saída para Pim, se não for para viver este amor, acredito que viraria um solitário, um eremita. Lindo filme, cheio de sutilezas e silêncios. Um dos melhores filmes do gênero.
A Grande Farra dos Muppets
3.4 9 Assista AgoraGosto da metalinguagem usada pelos Muppets, se no primeiro eles queriam ser famosos, aqui eles interpretam personagens que por coincidência tem o mesmo nome que eles, rs. A grande qualidade do filme está na interpretação de Miss Piggy que é a única que tem caráter, quer dizer, beleza, quer dizer Caratê (como diria Caco - O Sapo), mas também achei extremamente engraçado Charles Grodin interpretando o ladrão de diamantes, ele está cheio de trejeitos e fica tão engraçado quanto os bonecos do filme, adorei vê-lo cantar, dançar, e admitir que é o vilão da história. Fozzie e Caco são irmãos gêmeos, mas fiquem tranquilos, não vão confundi-los, apenas ursos usam chapéus, e embora não seja tão bom quanto o primeiro, este é mais refinado, o sapateado de Piggy é maravilhoso, e tudo tem mais classe, mesmo que a grosseria de Piggy contraste com esta fineza toda. Amo os Muppets; não é extraordinário como o primeiro, mas é bom e dei muita risada, achei as piadas inteligentes e não idiotas.
Poder Sem Limites
3.4 1,7K Assista AgoraComplicado, achei o filme maravilhoso quando assisti, porém, depois que estava analisando vi que não é tão grande coisa; embora eu ame o estilo "câmera na mão", este filme se propõem a fazer um filme de "super-heróis real com poderes", neste quesito o filme é maravilhoso, porém, o que fiquei encucado foi que, ficou bem claro que eles podiam morrer como uma pessoa normal, tendo apenas os poderes de levitação que poderiam usar de diversas maneiras, mas na grande e épica batalha, porque não morriam ao atravessarem um prédio? Acho que bater a cabeça no concreto não deve ser muito bom, mas tudo bem, valeu a tentativa. Nunca pensei que fosse assistir um filme de super-heróis reais com poderes, vale pela originalidade, porque deste gênero é o que apresenta ao meu ver, a maior criatividade e inovação em matéria de ângulos de gravação, acharam uma maneira de gravar que a meu ver se diferencia dos demais. Câmera flutuando sem parecer que algo a segurava, muito bom.
A Era do Gelo 3
3.6 1,1K Assista AgoraEste foi o melhor filme do Esquilo, finalmente todos os machos são vingados, de um lado está a obsessão e liberdade de Scrat, do outro o amor e submissão, o que escolher? Eu não pensaria duas vezes. Fiquei puto quando ignoraram o fato do Esquilo ter sido despachado para o Futuro no 1º, depois fiquei puto com a piadinha no segundo quando falaram que continentes nadavam mais rápido que Diego, oras, os continentes só passam a existir no 4º filme; e pra fechar temos dinossauros que vão contra o fato de terem existido humanos no primeiro filme. Tudo bem, finjamos que este bando caiu em um tipo de Elo Perdido, ignorando tudo isso que falei, este filme pode até ser o mais engraçado de todos, aquela Doninha tem uma relação com seu monstro igual do Capitão por Moby Dick, os Gambás continuam os mesmos, e o Elefante finalmente terá mais responsabilidades. Achei que poderiam ter investido mais na relação Preguiça e Tiranossauro, ficaria tão engraçado quanto Burro e Dragão de Shrek. Este é o filme mais engraçado e com mais aventura de todos. Eu estava muito crítico quanto esta série, mas parece que depois de dois filmes parados, finalmente fizeram um ótimo, para prosseguirem em um quarto parado, agora filme bom de novo só no 6º.
Operação França
3.9 254 Assista AgoraAssisti unicamente pela importância deste filme na história do cinema, ganhou o Oscar, ganhou mais uma porrada de prêmios e ainda lançou Gene Hackman ao estrelado, tem boas ideias, a cena de perseguição ao trem e o jogo de gato e rato na estação de trem, junto com o quase drama psicológico do fim, algo que jogaram para a sequência, quase fazem deste um bom filme. Filme feitinho para passas nos fins de noite da Rede Globo, está pau a pau com filmes do Steven Seagal e Charles Bronson, e ter tirado a estatueta de Laranja Mecânica é outro ponto contra. Vai ver na época eram novos estes tipos de filmes que hoje existem aos montes; tem perseguição de carro e faltou tiroteio, mas teve um detetive bacana; fora isso, quase duas horas de bocejo, e olha que nem sou tão crítico para com os filmes de ação, às vezes é bom, mas este é um filme de ação sonolenta. Sei lá, definitivamente não sei, ele ganhou uma porrada de prêmios, não sou ninguém para chamar esta porcaria de lixo, deixo o elogio aos fãs de Gene Hackman.
Kick-Ass: Quebrando Tudo
3.9 2,8K Assista AgoraMelhor filme de super-herói realista que existe. Conseguiu o que o ótimo Watchemen não conseguiu. Kick-Ass é o perfeito super-herói real, ele honra os Nerds fãs de quadrinhos, mas mesmo que seja maravilhoso, quem brilha de verdade é a pequena Hit-Gil, esta garotinha que foi criada desde cedo para ser uma heroína é de apaixonar e botar medo, ver uma garotinha meiga surgir pode trair qualquer vilão, porque ela não terá dó, matará e torturará quem for necessário. Nem só de porrada vive este filme, a menininha se machuca e parece que toda responsabilidade de destruir os vilões caem sobre seus ombros, dá uma agonia ver que o futuro de todos pode estar na garra desta menina. Nicolas Cage também está bacana, não tenho nada contra ele neste papel, o uniforme dele tem um Q de Batman, mas acho que o filme deveria ter revelado o segredo de Big Daddy dos quadrinhos, isso aumentaria ainda mais o respeito aos Nerds, de repente usam esta reviravolta na sequência que está chegando. Um dos melhores filmes sobre super-herói que já vi. Preciso comprar o DVD e o Livro/Quadrinho.
Demolidor: O Homem sem Medo
2.7 1,0K Assista AgoraAcho que estou mal acostumado com os novos filmes de super-herói, este filme não é tão ruim, mas não é bom. O que presta no filme é o vilão Mercenário, que é um dos mais bacanas que já vi no cinema; fora isso sobra a comédia romântica de Ben Affleck e Jennifer Garner, romance de uma mulher durona por um deficiente visual. Fora isso, Demolidor é um ótimo herói, essa relação dele com o padre-quase pai e com a igreja como santuário contrastando com seu visual demoníaco é interessante. Só achei estranho esta origem esquisita, não aparece o momento que ele decide ser um herói ou que ele inventa sua roupa, ele simplesmente está lá combatendo o crime, claro que existe um motivo, mas não nos é apresentando o momento que ele se deu conta que deveria combater o crime. E ver uma criança já com jeito de herói foi estranho demais. Porque não explicaram o fato dele não ter medo? Não sei. Para um primeiro filme era melhor terem se preocupado também com os detalhes sobre seus porquês, não só a boa e velha vingança. Durante a luta contra o vilão, que realmente amei, eu ficava torcendo para o Mercenário matar logo este fracote. O Rei do Crime está bacana, mas sei lá, achei Michael Clarke Duncan inexpressivo. Garner está bacana como Elektra, mas como o filme não é sobre ela, nem vale o comentário. Veria de novo por causa do Mercenário.
A Era do Gelo 2
3.6 596 Assista AgoraEstou pegando raiva desta franquia. Depois de ignorarem o fato do Esquilo ter sido despachado para o futuro no primeiro filme, agora certo animal em determinada parte do filme diz "Continentes nadam mais rápido que você", poderíamos até pensar que o único continente está se movimentando, porém, o plural de continentes deixa claro que eles já se separaram, coisa que só acontecerá no quarto filme. Mas tudo bem, finjamos que isso não aconteceu, os produtores não tinham ideia de que falariam disso no quarto filme, este filme faz analogia com a Arca de Noé, o que achei belíssimo, e começam a destruir a solidão do bando que eu achava que era seu ponto forte, magicamente, animais que estavam sendo extintos ganham novos pares e não só isso, como um bando todo, não falarei qual animal, mas é grande e tem tromba. O esquilo está perfeito como sempre, sua fixação pela Noz é o que causa e soluciona o problema dos animais, e rende ótimas risadas. Fora isso, o filme nos diverte do começo ao fim, não tem muito conteúdo, mas as músicas e a correria nos distrai e conseguimos passar boas horas.
Aventuras No Novo Ártico
3.6 8 Assista AgoraTão bom quando "A Marcha dos Pinguins", só que traz um diferencial, agora o meio ambiente está em transformação, seja pelo aquecimento global ou por um novo ciclo solar, de qualquer forma é inegável que estes animais estão precisando se adaptar ao novo lar. Fiquei impressionado com as imagens, geralmente torço para os predadores, mas este Urso Polar passou por situações tão peculiares que foi uma agonia acompanhá-lo, desde seu abandono prematuro, até a necessidade de nadar forçada por dias (que incrivelmente aprendeu na marra dos as Morsas), até seu martírio atrás de comida em um lugar onde comida está ficando escassa. Os Ursos Polares são criaturas maravilhosas, e eu não imaginava que fossem tão egoístas ou solitários, só se juntando em casos de necessidade extrema e para perpetuação da espécie. E as Morsas me cativaram, eles trazem um sentimento familiar e de amizade bem parecido com o nosso. Foi uma lição dura sobre ciclo da vida e como se adaptar aos novos tempos. Espero mesmo que a premonição de quase todo gelo acabar em 2040 seja falsa, embora eu ache que seja verdadeira. Respeito infinito por Nanu e Seela.
Lanterna Verde
2.4 2,4K Assista AgoraJuro que vou irritar muito fã com o meu comentário, porém, assisti este filme pela primeira vez e achei péssimo, agora revi e achei fantástico, e serei ainda mais herege, esse filme foi uma aventura espacial que está no mesmo estilo e talvez melhor que os primeiros Star Wars. Lanterna Verde é um herói sensacional, tudo bem que teve algumas piadinhas, mas oras, nos quadrinhos o Lanterna não é um cara sério, ele tem lá suas tiradas. Achei melhor que Thor e Capitão América da Marvel, e melhor que o reboot do super-homem. Espero que ganhe uma sequência e a DC finalmente engrene a Liga da Justiça. Acho que já temos um Batman e um Lanterna Verde que deram certo, preciso torcer para o novo Super-Homem também vingar e fazerem logo um filme do Flash. O filme é engraçado, tem bastante aventura, não reclamo do 3 D porque pra mim 3D não é o principal; tem uma história que serve bem para mostrar sua origem e seus primeiros passos como herói, a aventura mesmo virá se ele ganhar uma sequência. Se é fraco ou não eu não sei, mas consegui me divertir pela segunda vez, achei um máximo esse verde brilhante em minha cara. Um filme de super-herói para ser assistido por quem quer se divertir. E repito, está melhor que os primeiros Star Wars, a aventura espacial é melhor que Star Wars (este comentário foi pra irritar, mas é o que penso). Um anel para todos governar, ops, lema errado... No dia mais claro...
A Partida
4.3 523 Assista AgoraBendita hora que vi este filme. Não sou fã dos filmes orientais, porém, depois deste filme eu tiro o chapéu e admito que eles sabem bem como retratar um assunto delicado como a morte. Este é o maior épico sobre a morte que já vi, 2 horas e tanto de filme que passam suaves sem cansar, e quanto nó na garganta, cada partida era um duelo contra o lenço. A morte foi vingada, aqui a morte é tratada com respeito. Muita gente não lida bem com a morte, sente até preconceito quando falamos do assunto, imaginem para um homem que trabalha preparando corpos para serem cremados, é de uma responsabilidade gigantesca. Ao mesmo tempo que a morte é tratada com respeito, ela é vista como mero detalhe, todos vamos morrer mesmo, mas este trabalho não tem a ver com os mortos, é respeito aos que ficam, quem fica precisa de uma imagem para se apoiar, de um novo sentido para a vida, e este filme consegue mostrar tudo isso com calma e com uma trilha sonora de suavizar qualquer partida. Ser um músico só abrilhantou a nova carreira de Daigo, porque, igual a morte, música é poesia. Fiquei de boca aberta, nunca pensei que fosse me emocionar com um filme oriental sobre a morte.
Futurama: Em a Distante e Selvagem Era Verde
3.9 21Dos quatro filmes este é o mais fraco, mas encerra de uma maneira bonita, coloca o ser humano finalmente em seu devido lugar, como apenas mais uma das tantas raças existentes e inferiores que perecerão um dia. O ser humano que tanto se sente superior quando comparado as outras raças, é só uma criatura esmagável pelo universo; mas também achei incrível a ironia que usaram para falar dos militantes pela vida, porque muitas vezes querem mais aparecer do que salvar qualquer coisa, pra não dizer que salvar qualquer vida é em vão uma vez que a vida se extinguirá mesmo, então porque não deixar todo mundo morrer, se colocar como algo que também morrerá e aproveitar este fim jogando em belos cassinos e boates de entretenimento sexual? Fica esta dica cruel, porém, realista sobre nossa fragilidade. Apesar do fim esperançoso, vi neste último filme, que fecharia a série, um niilismo profundo e um sentimento de tudo vale à pena se toda vida é pequena.
(Nota Pessoal: Com este filme, diante da inutilidade de perpetuar qualquer vida, repenso meu vegetarianismo)
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraAcho que foi o único retrato fiel que já vi do tédio e deslocamento, ainda mais eu que não entendo muito a cultura japonesa, fiquei tão perdido quanto o protagonista, aqueles exageros ou sutilezas que por vezes se tornam indiferenciáveis é o que dá tom ao filme. E mesmo que exista uma tensão amorosa entre os protagonistas, curti a construção da amizade pelo estranhamento, é como dizer que os estranhos se atraem. Foi um choque cultural que consegui sentir, até mesmo fica a indagação de que o tédio não tem a ver com o lugar, mas com o estado de espírito, já que este tédio tenta ser quebrado, só tenta, pelo algo em comum de infortúnio que Bob e Charlotte têm em comum, quando eles se encontram o filme se torna poesia. Gosto de Bill Murray em papéis sérios que mostram seu verdadeiro talento quanto ator, perfeito, por vezes batia uma agonia que eu só me deixava levar pelo filme, aquela sensação de não fazer parte do mundo, mesmo que ele corra frenético ao nosso redor.
Marty
3.9 67 Assista AgoraEu colocaria fácil este filme entre os 10 melhores que já vi em minha vida, não é tão exagerado quando o maravilhoso e moderno "Românticos Anônimos", mas é mais verossímil e pela primeira vez consegui me ver retratado com respeito. Os diálogos de Marty são incríveis, sua interpretação contida e amargurada também, e o valor que ele dá aos pequenos momentos como conversar com alguém pelo simples fator de momentos agradáveis já bastarem, é tocante. Em um mundo sexualizado que só quer saber de "com quem vai transar hoje" como no idiota "E aí, comeu?", aqui vemos um homem de verdade, a imagem de alguém que ainda existe na sociedade, que anda marginalizado por ser bom demais para ela. Incrível quantos prêmios ganhou, sendo o primeiro da Palma de Ouro, ganhando também o Oscar, e rendendo outras tantas e incontáveis indicações de melhor filme e ator. Traz um drama que não é exagerado, sobre viver com os pais, e também, para contrastar, sobre um casamento que não vinga porque estar com alguém não é tudo. O cordão umbilical é visto dos dois ângulos, tanto do inevitável convívio entre mãe e filho, até da mãe que sem seu filho teria que se recolocar e se achar no mundo. As relações são complexas, e ás vezes, temos que ser egoístas, mesmo que pareçamos ir contra tudo e todos ao nosso redor. Marty é definitivamente meu herói mais verossímil do cinema. Confesso que fiquei arrepiado com seus diálogos sempre sutis e repletos de significados, de passados, de angústias e esperanças. Um filme que os porra-locas nunca entenderão.
O Espetacular Homem-Aranha
3.4 4,9K Assista AgoraHá quem ame, há quem odeie. Há fãs alucinados da primeira trilogia, há fãs animados pelo Reboot. Eu fiquei animado, para mim foi o melhor filme do Aranha, ganhando do primeiro filme, porém, devo confessar que o início da franquia antiga com o Duende Verde foi mais completo em matéria de construção de Arqui-Inimigo. Enquanto o filme antigo é espetacular quando o assunto é vilão, este filme é espetacular quando o assunto é herói. A história (dispensável) dos pais de Peter Parker começa a ser contada, unicamente para diferenciar este dos filmes antigos, e Andrew Garfield finalmente tem um rosto heroico e seu romance com a mocinha (que infelizmente parece ter que ter em todos os filmes) está delicioso e consegue quebrar o tédio de um início que seria parado, mas oras, todo início precisa desde momento parado para situar o herói e mostrar sua origem. O filme conseguiu me agradar, existem muitos clichês, mas nada que causa uma fúria incrível, acho que aqui o herói começa a finalmente ser tratado com respeito nos cinemas. O final como sempre tem uma batalha épica e traz a qualidade de trazer um herói cheio de fraquezas e pontos fracos, o que a meu ver só aumenta meu respeito pelo aracnídeo. As mudanças não violentaram meu lado fã dos quadrinhos, confesso que o Lagarto não está lá essas coisas, mas para um primeiro filme é bom que não façam um vilão muito foda, assim a dificuldade vai aumentando no decorrer da nova trilogia. Entre mortos e feridos, muita tensão, emoção e promessas de uma continuação espetacular. Belo reboot. O melhor filme do Aranha que nunca teve filmes muito bons. Este clima "Cavaleiro das Trevas" Marveliano até que caiu bem.
O Pianista
4.4 1,8K Assista AgoraSou amante da música clássica, embora eu tenha muito para aprender sobre ela, e vê-la fundida a tragédia do Holocausto, nas mãos deste ator levado ao limite é um deleite, mas é um deleite melancólico, consegue mudar lentamente de homem erudito para homem animalizado e marginalizado. Amo filmes sobre o Holocausto, e embora existam idiotas que o neguem, tais filmes me fazem repensar tantas questões que é impossível sair feliz delas. Adrien Brody finalmente me ganhou neste filme, conseguiu interpretar um bom pianista tanto quando toca quanto finge tocar. Se tivesse mais sangue viraria um filme de Mel Gibson, só que com conteúdo. Sem palavras, fiquei de olhos vidrados do começo ao fim, até cair as últimas letras da produção. A meu ver é o melhor filme de Polanski, ou um dos melhores. Como deve ser difícil estar em uma situação limite, dependendo da boa vontade de estranhos e até daqueles que o querem morto sem motivo. Um filme que muda pensamentos para melhor, deixando marcas que são difíceis desaparecer. Agora, mais que tudo, preciso ler o livro/biografia de Wladyslaw Szpilman, porque meu respeito por este pianista cresceu de forma desgovernada. Tipo de filme que nos perguntamos: Porque eu não tinha visto antes?!?
A Era do Gelo
3.9 904 Assista AgoraA televisão aberta vai estragar este filme de tanto que passam, fora isso, este filme é especial porque não tem super lotação de personagens na tela, existe aventura, mas esta aventura não é em demasia a ponto de apagar a trama, e aqui o relacionamento Homem + Animal é o ponto forte. Como sempre, o Esquilo brilha, mas identifiquei algo que me deixou perturbado, a fixação do Esquilo pela Noz não é doentia como em suas sequencias, tanto que chega até mesmo a trocar de objeto de desejo, e segundo, como o Esquilo pode transitar livremente pelas sequencias se aqui o despacham para tão tão distante no futuro? Vai saber, acredito que ao terminarem este filme, que diga-se de passagem é muito bom, decidiram intensificar a paixão do Esquilo pela Noz, algo que incrivelmente só melhorou o Esquilo nas próximas sequencias, e impediram que ele tivesse outro amor (O que achei brilhante, e ignoraram por completo o final deste filme. É como se A Era do Gelo fosse dois filmes em um, de um lado um fraco filme sobre animais, do outro, um ótimo filme sobre um Esquilo que vale todo o ingresso. Mas curti este primeiro, gosto do trio, e somente deles, sem os anexos que chegarão, porque acredito que a solidão destes bichos e o perigo de extinção é o que aumenta a carga dramática do filme.
A Era do Gelo 4
3.5 1,7K Assista AgoraSou um entusiasta das sequências, gosto sempre de ver o que vai acontecer depois do fim, porém, este filme está mudando minha opinião; para um filme que começou em 2002, esta sequencia, dez anos depois, deveria ter acompanhado certo crescimento de seus fãs, o que Toy Story conseguiu, mas aqui eles repetem as mesmas fórmulas, e pior, parece ainda mais infantil, bichinhos fofos, engraçados, e uma super lotação de personagens acumulados pela franquia que causam uma poluição visual. Senti que o Tigre seria mais trabalhado, já que agora ele é o foco destes dramas familiares que eles teimam em colocar, mas não, é um mero personagem. Decepção foi a palavra, a única coisa que realmente curti e que foi excepcional foi a ideia de separação dos continentes e do esquilo que está maravilhoso desde o começo até seu final épico, pelo esquilo o filme vale à pena, só por ele. Isso está começando a parecer aquela série de aventuras dos dinossauros de "Em Busca do vale perdido". Eu deveria ter visto Madagascar 3, ou como diria o Chaves, preferia ter visto o filme do Pelé.
Chapolin Colorado - O Filme
4.0 97Se for sério eu assisto no cinema em 3D
O Último Portal
3.2 461 Assista AgoraEm minha opinião que não vale muita coisa e não vem baseada em nenhum dado concreto, este é o pior filme de Depp. Esperei por um clímax bem melhor, é um Indiana Jones sem aventura, Exorcista sem demônio, drama psicológico sem drama. Uma mocinha inexpressiva que só vale a conferida pela cena de sexo. Sério, querer convocar um demônio que está lá desde o começo e ainda fazer disso um suspense é muito para minha paciência. Deveriam ter abordado mais a ligação das gravuras com as desgraças que aconteciam, Depp poderia ter pirado um pouco, mas fazer o que, é o tipo de filme que a gente se pergunta "Porque?" e o diretor responde "Porque não?"