Não é por acaso que lá pro meio do filme apareça a protagonista assistindo "Cópia Fiel" de Kiarostami: durante todo o filme tem-se quase que o mesmo tipo de realismo, doçura e amargura que o filme de Kiarostami, e em ambos os casos temos duas mulheres tendo que lidar com o distanciamento de seus maridos. Talvez seja pela sua simplicidade e naturalismo em lidar com temas banais que o filme ganhe bastante força, pois por muitas vezes a impressão que se tem é de estar assistindo um fragmento da vida, e não um filme. Belo, real, com uma sensibilidade enorme e outra incrível atuação da Huppert.
Impressionante como quase todos os filmes do Pedro Costa remetem ao horror, tanto pelo uso sufocante das sombras quanto pelo local pobre e decadente, habitado por figuras estranhas, moribundas e "perdidas". Personagens drogados, à margem da sociedade, que apesar de tudo ainda são humanos. Um relato aterrorizante e assombroso.
Utilizando de um recurso visual mínimo, Coutinho e as atrizes convocadas conseguem comover por justamente optar pelo realismo, filmar pessoas reais e seus relatos banais extremamente tocante. Pequeno-grande filme.
Enquanto na superfície temos um drama extremamente brega cheio de "defeitos muito visíveis", por trás disso o que realmente temos é um drama sobre esse sonho tão fugaz e emocionante que é a fama e a riqueza, protagonizado por uma mulher forte em um meio bastante machista. Belo, duro e tocante.
Primeiro a estranheza parece tomar conta, para depois começarmos a adaptarmos com a atmosfera do filme. O conectivo humano (neste caso a ponte) atemporal, ligando as pessoas nesta melancólica, tocante, enigmática, belíssima, esperançosa e metafísica obra sobre um dos grandes tesouros da humanidade: a arte.
A frieza e o vazio do amor e da vida moderna, sobre pessoas em busca de algo que nunca encontram, asfixiadas pelo tédio e os prédios. Uma poética, "estranha" e cíclica jornada.
O egoísmo e a beleza do amor habitando as pontes pobres e decadentes, com imagens impactantes e uma narrativa poética, tocante e enxuta sem ser apelativa. De uma melancolia e singularidade emocionante que só sentimentos como o amor consegue despertar.
Dualidade e desilusões em uma velha e amarelada Nova York, dominada pela melancolia, esperança e decadência. Drama forte, pungente, belo, realista e emocionante.
Presos em um labirinto estonteante, os personagens vagueiam em uma superfície de memórias e repetições enquanto os protagonistas tentam encontrar a "verdade" ou uma espécime de libertação, com a pungente, emocionante e enigmática edição inigualável de Resnais.
O "Repulsa ao Sexo" do Ferrara. Enquanto o filme de Polanski usa do silêncio para intensificar o sentimento de paranoia e solidão, Ferrara já usa de uma trilha sonora forte e aguda para criar uma espécime de tensão nesta jornada vingativa noturna e nova iorquina contra os homens que beira o trash.
Bresson encontra na postura e no olhar aparentemente indiferentes da protagonista uma jovem solitária e marginalizada, quase que a síntese do sofrimento humano que silenciosamente adentra uma jornada atrás da liberdade e o seu preço amargo e devastador. Dando grandiosidade à pequenos atos, Bresson entrega um filme simples e poético mas de imenso poder.
Louca e desenfreada zombação à tudo e todos. Anarquia experimental neste efervescente, inquieto, caótico e quase apocalíptica jornada ao "inferninho" embalada pelas músicas de Luiz Gonzaga.
Usando como base os olhares e as banalidades diárias, Pialat entrega um drama realista, lotado de pessoas ordinárias passando por uma situação complexa. Belo e enxuto estudo de personagens presos as complexidades e contradições do amor.
Em contraste com as cores fortes e "alegres", se tem uma história bela, amarga e humana que são engrandecidas pelo uso marcante da música dando o tom perfeito à uma tragédia banal porém devastadora: o fim de um ciclo, neste caso, o amor entre duas pessoas.
O apartamento como extensão da paranoia e instabilidade emocional da protagonista, enigmática, "frágil" e à beira de um colapso. Um império de silêncio, medo e loucura que se fortifica com o sangue masculino.
Desde sua abertura já se estabelece uma espécime de desordem e ilusão, constantemente "interrompidas" até a "história" ser apresentada. Usando como base os diálogos, onde imagens criadas uns dos outros são derrubadas até chegar a verdadeira "persona" do ser, não tardando para um duelo de dominação quase "vampiresco" acontecer, onde prevalece a "lei dos mais fortes". Ao fim, mesmo com o tom surreal que permeia grande parte do filme, o único verdadeiro delírio é a imagem que criamos dos outros e a imagem que os outros criam de nós.
Quando uma simples história de amor cego se esbarra com a docura, melancolia, amargura e ternura inigualáveis de Chaplin, que mesmo nas situações mais desesperançosas, continua filmando seus personagens com uma paixão inigualável.
O Que Está Por Vir
3.8 102 Assista AgoraNão é por acaso que lá pro meio do filme apareça a protagonista assistindo "Cópia Fiel" de Kiarostami: durante todo o filme tem-se quase que o mesmo tipo de realismo, doçura e amargura que o filme de Kiarostami, e em ambos os casos temos duas mulheres tendo que lidar com o distanciamento de seus maridos. Talvez seja pela sua simplicidade e naturalismo em lidar com temas banais que o filme ganhe bastante força, pois por muitas vezes a impressão que se tem é de estar assistindo um fragmento da vida, e não um filme. Belo, real, com uma sensibilidade enorme e outra incrível atuação da Huppert.
No Quarto da Vanda
4.0 15Impressionante como quase todos os filmes do Pedro Costa remetem ao horror, tanto pelo uso sufocante das sombras quanto pelo local pobre e decadente, habitado por figuras estranhas, moribundas e "perdidas". Personagens drogados, à margem da sociedade, que apesar de tudo ainda são humanos. Um relato aterrorizante e assombroso.
Jogo de Cena
4.4 336 Assista AgoraUtilizando de um recurso visual mínimo, Coutinho e as atrizes convocadas conseguem comover por justamente optar pelo realismo, filmar pessoas reais e seus relatos banais extremamente tocante. Pequeno-grande filme.
Johnny Guitar
4.1 98 Assista AgoraNinguém fazia filmes de beleza e amargura tão marcantes como Nicholas Ray. "I have waited for you Johnny!" ❤
Falsa Loura
2.9 138Enquanto na superfície temos um drama extremamente brega cheio de "defeitos muito visíveis", por trás disso o que realmente temos é um drama sobre esse sonho tão fugaz e emocionante que é a fama e a riqueza, protagonizado por uma mulher forte em um meio bastante machista. Belo, duro e tocante.
A Ponte das Artes
4.0 39Primeiro a estranheza parece tomar conta, para depois começarmos a adaptarmos com a atmosfera do filme. O conectivo humano (neste caso a ponte) atemporal, ligando as pessoas nesta melancólica, tocante, enigmática, belíssima, esperançosa e metafísica obra sobre um dos grandes tesouros da humanidade: a arte.
O Eclipse
4.1 90 Assista AgoraA frieza e o vazio do amor e da vida moderna, sobre pessoas em busca de algo que nunca encontram, asfixiadas pelo tédio e os prédios. Uma poética, "estranha" e cíclica jornada.
Os Amantes de Pont Neuf
4.2 129 Assista AgoraO egoísmo e a beleza do amor habitando as pontes pobres e decadentes, com imagens impactantes e uma narrativa poética, tocante e enxuta sem ser apelativa. De uma melancolia e singularidade emocionante que só sentimentos como o amor consegue despertar.
Era Uma Vez em Nova York
3.5 296 Assista AgoraDualidade e desilusões em uma velha e amarelada Nova York, dominada pela melancolia, esperança e decadência. Drama forte, pungente, belo, realista e emocionante.
O Ano Passado em Marienbad
4.2 156 Assista AgoraPresos em um labirinto estonteante, os personagens vagueiam em uma superfície de memórias e repetições enquanto os protagonistas tentam encontrar a "verdade" ou uma espécime de libertação, com a pungente, emocionante e enigmática edição inigualável de Resnais.
Terror nas Trevas
3.6 132Pesadelo e inferno transportados para o cinema no seu estado mais absurdo e violento.
Gritos e Sussurros
4.3 472Drama no seu estado mais puro, uma asfixiante jornada ao inferno individual de traumas, desejo e repreensão, tudo estampado por um vermelho marcante.
Eles Vivem
3.7 726 Assista AgoraEnergético e divertidíssimo grito de revolta atemporal.
Sedução e Vingança
3.7 151 Assista AgoraO "Repulsa ao Sexo" do Ferrara.
Enquanto o filme de Polanski usa do silêncio para intensificar o sentimento de paranoia e solidão, Ferrara já usa de uma trilha sonora forte e aguda para criar uma espécime de tensão nesta jornada vingativa noturna e nova iorquina contra os homens que beira o trash.
Mouchette, a Virgem Possuída
4.0 58 Assista AgoraBresson encontra na postura e no olhar aparentemente indiferentes da protagonista uma jovem solitária e marginalizada, quase que a síntese do sofrimento humano que silenciosamente adentra uma jornada atrás da liberdade e o seu preço amargo e devastador. Dando grandiosidade à pequenos atos, Bresson entrega um filme simples e poético mas de imenso poder.
Sem Essa, Aranha!
4.0 63Louca e desenfreada zombação à tudo e todos. Anarquia experimental neste efervescente, inquieto, caótico e quase apocalíptica jornada ao "inferninho" embalada pelas músicas de Luiz Gonzaga.
Loulou
3.7 25Usando como base os olhares e as banalidades diárias, Pialat entrega um drama realista, lotado de pessoas ordinárias passando por uma situação complexa. Belo e enxuto estudo de personagens presos as complexidades e contradições do amor.
Corrida Sem Fim
3.9 59O vazio da juventude conduzido em um melancólico, cíclico e poético road-movie.
Meninas Malvadas
3.7 2,1K Assista Agora"You can't sit with us" ❤
Os Guarda-Chuvas do Amor
3.9 158 Assista AgoraEm contraste com as cores fortes e "alegres", se tem uma história bela, amarga e humana que são engrandecidas pelo uso marcante da música dando o tom perfeito à uma tragédia banal porém devastadora: o fim de um ciclo, neste caso, o amor entre duas pessoas.
Repulsa ao Sexo
4.0 461 Assista AgoraO apartamento como extensão da paranoia e instabilidade emocional da protagonista, enigmática, "frágil" e à beira de um colapso. Um império de silêncio, medo e loucura que se fortifica com o sangue masculino.
Matou a Família e Foi ao Cinema
3.6 91Violência e opressão sessentista experimental obscura encabeçada por um impressionante e chocante "título de jornal".
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraDesde sua abertura já se estabelece uma espécime de desordem e ilusão, constantemente "interrompidas" até a "história" ser apresentada. Usando como base os diálogos, onde imagens criadas uns dos outros são derrubadas até chegar a verdadeira "persona" do ser, não tardando para um duelo de dominação quase "vampiresco" acontecer, onde prevalece a "lei dos mais fortes". Ao fim, mesmo com o tom surreal que permeia grande parte do filme, o único verdadeiro delírio é a imagem que criamos dos outros e a imagem que os outros criam de nós.
Luzes da Cidade
4.6 622 Assista AgoraQuando uma simples história de amor cego se esbarra com a docura, melancolia, amargura e ternura inigualáveis de Chaplin, que mesmo nas situações mais desesperançosas, continua filmando seus personagens com uma paixão inigualável.