Menos bagunçada do que a 2ª temporada, mas bem mais "parada" em termos de evolução da história. Há ótimas cenas de ação, bons efeitos especiais e aquela maquiagem cada vez mais impressionante de Greg Nicotero, mas é basicamente só isso. No quesito visual, a série se supera a cada temporada, mas o roteiro segue o rumo inverso, se perdendo cada vez mais. Esta temporada se limitou a mostrar a "Kate possuída" com seu plano de "abrir as portas do inferno" (mais clichê impossível), mas esse plano se arrasta até os últimos episódios. Até lá, o que se vê é um monte de monstros e demônios que são enviados pela "Rainha" para ajudá-la com seu propósito. No começo até que empolga, mas depois isso fica cansativo e repetitivo, porque praticamente aparece um monstro diferente a cada episódio, o qual é morto pelos Gecko e seus comparsas; aí, no episódio seguinte é mandado outro monstro, que também é destruído e assim por diante. Pareceu mais uma versão vampiresca de Power Rangers, com direito até a uma Rita Repulsa no final da temporada.
Para uma minissérie feita para preencher a lacuna deixada pelo afastamento de Andy Whitfield, enquanto se decidia o rumo que a série tomaria a partir de então, "Deuses da arena" cumpre bem o seu papel e até surpreende. Gannicus é um personagem carismático, mas ainda prefiro Spartacus (Whitfield). Aliás, "Sangue a areia" ainda é, para mim, a melhor temporada dessa série justamente devido à atuação autêntica dele.
E chegou a vez de a SyFy lançar a sua versão de American Horror Story: a proposta é que cada temporada seja centrada em uma história de terror/sobrenatural. Será que isso vai dar certo? Vamos ver, mas sem alimentar expectativas, porque a SyFy já mostrou do que é capaz e, principalmente, do que NÃO é capaz.
Desde o final de “Blood and Sand” eu não sentia a falta de Andy Whitfield quanto agora, no último episódio de “War of the Damned”, que traz referências saudosas do início da saga de Spartacus: o desfecho da série é épico, de uma grandiosidade emocionante, acentuada pela despedida dessa história visceral de luta pela sobrevivência e, mais do que isso, pela liberdade. Acabei me acostumando com Liam McIntyre, embora nos momentos onde há sentimentos em jogo o papel clame por seu intérprete original, muito mais autêntico e espontâneo. Seja como for, considerei esta série muito marcante e, mesmo com seus exageros visuais (que, afinal, foram sua marca registrada desde o início), deixa aquela sensação de “sofrimento pelo fim” que a torna memorável.
"David, a porta da sua casa abre de dentro para fora..." Ruth, você está absolutamente correta (e em todos os sentidos)! Cada vez mais essa série me cativa e eu só lamento ter passado tanto tempo sem vê-la. Na primeira temporada, meus personagens favoritos eram David e Brenda (verdadeiros colossos de atuação), mas nessa segunda rodada, as minhas atenções foram roubadas por Frances Conroy: para mim, as falas da Ruth são as melhores nessa temporada; é incrível como, numa mesma fala ou diálogo ela consegue ser profunda e engraçada, indo do drama à comédia de forma totalmente espontânea e verdadeira, sem afetações. Quanto ao roteiro e ao desenvolvimento da trama (ou melhor, das tramas), achei tão bons quanto na temporada anterior. A "filosofia" sobre a morte continua presente, oscilando entre o humor negro característico da série em alguns momentos e o drama, o medo e a dúvida sobre esse destino fatal do ser humano em outros. Foi muito interessante ver a perspectiva cultural da morte nos velórios budista e judaico (sobretudo este último, no qual aparece uma excelente personagem, que rende diálogos profundos sobre morte, vida e Deus). Mas, assim como não só de pão vive o homem, nem só de morte vive "Six feet under": outros temas espinhosos foram, a meu ver, muito bem trabalhados nesta temporada, como: bipolaridade, depressão, fidelidade e fantasias/transtornos sexuais. Por essa riqueza de temas e sua abordagens francas, aliadas a personagens extremamente "humanos", isto é, sem maniqueísmos, esta série ocupa o topo das minhas preferências, em se tratando de dramas familiares - e que, a despeito disso, se revelam cada vez mais universais.
Achei esta temporada notavelmente inferior à primeira, não apenas por causa da substituição de Andy Whitfield pela atuação mecânica de Liam McIntyre, mas principalmente devido aos próprios rumos do roteiro: nessa 2ª temporada pouca coisa “acontece”. Isso não significa que a história tenha ficado parada ou monótona, longe disso: a série se mantém visceral em termos de violência, com doses cavalares de ação e erotismo (tipo uma versão softcore de “Calígula”, como, aliás, tem sido desde o começo). O que acontece é que há pouca evolução no roteiro, de modo que a história basicamente se limita a mostrar Spartacus aumentando seu grupo de escravos rebeldes, enquanto são perseguidos – particularmente por Glaber – em sucessivas e malsucedidas campanhas que invariavelmente terminam em massacre e derrota para os romanos. E a temporada fica girando em torno desse mesmo eixo até o final, diferente da temporada anterior, que era repleta de subtramas interligadas e intrigas sobre poder, amor, morte, traição e corrupção em diferentes camadas, o que a tornava bem mais complexa. Outro ponto que achei fraco foi o rumo tomado pelas personagens Lucrecia e Ilithyia: dessa vez elas são apenas sombras das megeras venenosas que foram na temporada anterior. Ver as duas como melhores amigas (mesmo que por conveniência, por assim dizer) e tão vulneráveis (Lucrecia dominada por Ashur?!) foi bem difícil de engolir. Visualmente a série continua de encher os olhos de quem aprecia violência gráfica extrema ao estilo “300”, com efeitos satisfatórios (desde que se ignore aquele sangue grosso de mais e vermelho de menos). Já os efeitos “não sangrentos” não são muito bons: a cena do incêndio na arena é tão artificial que parece coisa da SyFy. Entretanto, a despeito de tudo isso, Spartacus continua sendo minha série favorita em se tratando de épicos (até porque não vejo essa série como um registro histórico, mas apenas como um rico entretenimento visual) e, embora esta temporada não tenha correspondido inteiramente às minhas expectativas, foi muito válida como ponte para o desfecho que aguardo ansiosamente.
Eu acho que dizer que AHS decaiu depois de “Asylum” é eufemismo: de fato, a série despencou vertiginosamente e essa 5ª temporada só mostra o quanto ela pode chegar ao fundo do poço. Eu já havia desistido desta série, mas ao saber que o tema da temporada seria o vampirismo, cheguei a me animar, mas no geral foi uma experiência bem frustrante, não devido à forma como esse tema foi explorado, mas pelas tramas paralelas, bastante desinteressantes e manjadas. A abordagem do vampirismo, inspirada (ou copiada?) em “Fome de viver” me agradou bastante: gosto da representação vampiresca sofisticada, que flerta com Anne Rice e – sobretudo – com Whitley Strieber. Entretanto, não achei Lady Gaga tão bem no papel de vampira quanto o roteiro quis forçar; na verdade, os figurinos dela estavam melhores do que a atuação. Em relação às histórias paralelas, a trama de Wes Bentley foi de uma chatice absoluta. Quiseram criar algo até certo ponto similar a “Seven”, mas misturar histórias de serial killer (de novo) com temas sobrenaturais não dá mais certo: pelo menos não nesta série e definitivamente não nesta temporada. Também não vi um nexo suficientemente convincente entre as histórias dos vampiros e dos fantasmas. Tudo pareceu muito forçado, amarrado de forma desleixada. Aliás, a personagem de Sarah Paulson foi a pior até agora: a lamurienta fantasma drogada Sally teve uma história entediante e chata, difícil de engolir. Teria sido mais suportável se, ao menos, o “demônio do vício”, com aquele ridículo strap-on de metal pontiagudo (hã?) fosse mais devidamente explorado, já que ficou subentendida a ligação entre ele e Sally. Por fim, e ironicamente, achei que o melhor personagem desta temporada foi o de Denis O’Hare: não é vampiro, nem fantasma e nem serial killer, mas sua versão caucasiana de Vera Verão apagou todos os demais: Liz Taylor foi realmente uma personagem bem desenvolvida.
Que delícia de série! Dramática, cômica, filosófica, crítica, enfim: uma série completa e inteligente, do jeito que eu gosto. Alan Ball, que já me divertiu inúmeras vezes com o humor e a crítica afiados de “True Blood” e “Beleza americana”, mostra aqui o quanto é inventivo e ousado ao lidar justamente com o maior tabu da humanidade: a morte. E faz isso de forma brilhante, reflexiva e, ainda assim, sem abrir mão do humor negro que lhe é característico. Particularmente, eu acho que esta é a série que todos que temem a morte deveriam conhecer. Ela possibilita um contato e um diálogo tão íntimo com o tema que é impossível não ficar pensando sobre as questões filosóficas e religiosas de cada episódio, de cada “cliente” que chega aos Fisher. Em relação a atuações, a meu ver Michael C. Hall é o maior destaque desta temporada. David Fisher é um personagem muito mais complexo e desafiador do que o superestimado Dexter da série homônima. Outro destaque impressionante em termos de atuação é Rachel Griffiths como minha personagem favorita: Brenda. Não me admira que ela tenha recebido o Globo de Ouro por sua atuação na série. O episódio onde ela “interpreta” uma esposa com câncer em estado terminal já valeria o prêmio por si só. Essa mulher esbanja talento em doses colossais.
Apesar de ter achado a 1ª temporada melhor, esta segunda desenvolveu alguns pontos que eu considerei muito interessantes, como as implicações políticas da praga e o passado de Eichorst, bem como mais detalhes sobre a origem e organização "hierárquica" dos vampiros. Porém, a meu ver, houve um pequeno/grande problema nessa temporada (pequeno em tamanho, mas grande na chatice): foi a substituição de Ben Hyland pelo inacreditavelmente insuportável Max Charles: jamais detestei tanto um personagem mirim como odeio esse moleque. Na temporada anterior , era bastante plausível o drama e a ligação entre o personagem Zack e a mãe, mesmo depois de infectada; nessa temporada, entretanto, não deu para levar a sério essa ligação, a começar porque o substituto é claramente maior do que Hyland (e não houve intervalo entre as temporadas, que justificasse o crescimento de Zack). Além disso, esse menino é péssimo ator, do tipo "unifacial": está a temporada toda com a cara amarrada, sem variações. Espero que, com o que houve no desfecho da temporada, na 3ª ele mal apareça. Para mim não fará falta nenhuma.
Versão televisiva muito digna da obra de Agatha Christie, com um roteiro fiel (o que considero essencial em se tratando de adaptações de clássicos) e personagens desenvolvidos com a profundidade psicológica necessária. Há algumas pequenas mudanças no desenrolar da trama, mas nada que comprometa negativamente o resultado final. Falando em final, eu achei o desfecho desta minissérie melhor do que o do livro (embora em efeito ambos sejam equivalentes). O único "problema" que encontrei, se é que se pode chamar assim, é que a minissérie é bastante previsível para quem já leu o livro: sabe-se quem vai morrer em sequência e, claro, quem é o assassino, logo de cara. Talvez por isso muita gente considere a minissérie apenas mediana, quando quem ainda não conhece o livro provavelmente se surpreenda ao assistir a esta adaptação. De minha parte, mesmo conhecendo a obra escrita, apreciei o resultado para a tela, principalmente a forma como os conflitos psicológicos dos personagens foram explorados, evidenciando seus passados sombrios. Mais uma vez a BBC é aprovada no meu conceito.
Eu acredito que existam séries que merecem uma segunda chance, quando não rola aquela química que prenda o espectador logo de cara. Agora que terminei a 1ª temporada de The Strain, passo a considerar que há séries que merecem até uma terceira chance: tentei acompanhar esta série por duas vezes e desisti em ambas por achar a história muito arrastada e os personagens demasiadamente apáticos. Porém, na falta de opções de seriados dignos a respeito de vampiros atualmente, voltei a minha atenção de novo para The Strain e desta vez fiquei vidrado na história! O problema é que nas minhas tentativas anteriores eu parei nos primeiros episódios e a minha opinião sobre eles permanece quase a mesma: o início da temporada é muito lento e a princípio os personagens são mesmo apáticos e insípidos. Isso perdura pelos 3 primeiros episódios, mas uma vez que se sobreviva ao tédio deles, a série engata e ganha um ritmo surpreendente, com ótimas sequências de ação, dramas individuais, bizarrices bem ao estilo Guillermo del Toro e uma história de “apocalipse vampiro” bastante original. Os vampiros desta série me lembraram muito os de “Blade 2” (que por sinal foi dirigido pelo próprio del Toro), e, embora eu ainda prefira os caninos pontiagudos clássicos ao invés da língua com ferrão, devo admitir que a concepção de vampiro-monstro-zumbi ficou interessante, especialmente porque a série se concentra em dar uma explicação biológica para o vampirismo, apresentando-o como uma espécie de praga, mesmo que sob o controle sobrenatural do Mestre. O Mestre, por sinal, é um dos vampiros mais originais que já vi, do ponto de vista da representação física: pareceu-me um misto de Nosferatu (do filme de Murnau) com o “Homem Pálido” (de O Labirinto do Fauno) e Voldemort (de Harry Potter). Em síntese, uma criatura bizarra, intimidadora e apavorante, infinitamente superior à forma insossa como os vampiros são mostrados em bobagens pretensiosas como The Vampire Diaries e afins.
Sim, fica muito aquém do insuperável filme de Polanski, mas nem por isso achei uma adaptação ruim. A história sofreu algumas mudanças bastante notáveis em época e ambientação, e, embora não tenha ficado com a atmosfera carregada do clássico dos anos 60, gostei do ritmo e do novo roteiro. Gostei do elenco, com os Castevet mais jovens e o casal protagonista, Rosemary (Zoe Saldana dá um sabor novo e especial àpersonagem) e Guy mais "modernizados", uma vez que a história se passa nos dias atuais. Vendo-a sem criar vínculos de expectativa em termos de fidelidade ao original (e não vejo qual a necessidade de simplesmente copiar o filme ou adaptar novamente o livro de Ira Levin ao pé da letra), pode ser uma boa diversão.
Notavelmente superior à 1ª temporada, com diálogos que se alternam entre a poesia a a religião, personagens mais desenvolvidos e aquele delicioso clima gótico tão característico da série. A representação original do visual das bruxas me chamou mais a atenção do que a própria trama delas, mas é inegável que Helen McCrory tem uma presença maligna poderosa. Alguns pontos, entretanto, não me agradaram inteiramente: a personagem de Eva Green está mais madura que antes, mas achei desnecessário que um dos primeiros episódios dessa temporada tenha sido inteiramente sobre o passado dela e seu aprendizado com uma bruxa anciã. OK, mostrar que ela é uma peça essencial no plano dessa temporada e os motivos pelos quais está sendo atormentada pelas bruxas e pelo Diabo através dos anos, eram essenciais, mas isso não justifica um episódio inteiro apenas com ela. Outro ponto que achei um tanto forçado foi a subtrama de Dorian Gray. Desde a temporada anterior tenho a impressão de que ele é um personagem sem grande importância (embora seja meu personagem favorito na série), uma vez que a história dele se passa paralela, mas quase independente da história dos demais. Para mim, o personagem carrega a essência wildiana, mas na série ele não está com importância suficiente. Talvez porque ele mereça mais espaço, o que espero que aconteça nas próximas temporadas. Por fim, em relação ao lobisomem (?) de Ethan Chandler, ficou muito sofrível, lembrando mais o personagem do filme dos anos 40 (um homem mais peludo com dentes pontudos e garras afiadas) do que uma fera metade homem e metade lobo: ele é bípede e nem sequer passa pelo "efeito Hulk" de rasgar as roupas, o que é bem pouco convincente.Contudo, a despeito dessas ressalvas, o roteiro agrada na maior parte do tempo, bem como a atmosfera sombria da série; gostei dessa temporada e espero com ansiedade pela próxima.
Gostei mais desta temporada do que da anterior; acho curioso que as bruxas estejam invadindo o espaço em várias séries sobrenaturais, mesmo aquelas em que o foco não está nelas particularmente, como em "Penny Dreadful" e, agora nesta temporada de "Bitten". O fato é que a presença delas deixou a temporada mais ágil, com mais ação e mais enxuta, já que teve 3 episódios a menos que a 1ª temporada, portanto, com menos enrolação em termos de roteiro. Também achei o sexo e a nudez mais contextualizados dessa vez: o Greyston Holt mal aparece nu, o que já é um grande avanço em relação à primeira temporada. Quanto ao rumo da história, o que mais me chateou foi a morte de um certo personagem no 9º episódio; não sei se é porque a série tem poucos personagens ou por esse personagem ser importante (ou as duas coisas), mas acredito que ele fará muita falta na próxima temporada. Em relação à Elena, ficou claro que ela será uma peça fundamental para uma suposta catástrofe que ocorrerá em breve; estou ansioso para ver o que vai dar então. Só espero, sinceramente, que não transformem a personagem em um daqueles estereótipos femininos patéticos do tipo "ela é a criatura mais especial do mundo", como outras séries fazem com suas protagonistas, apresentando-as não apenas como a pessoa mais importante do universo, mas também como donzela sempre em perigo, sempre perseguida e que precisa ser protegida 24 horas por dia. Que a urucubaca de Julie Plec e Kevin Williamson com seu xodó "The vampire diaries" passe bem longe da personagem de Laura Vandervoort, é só o que eu desejo.
Particularmente, achei esta versão do livro de Stephen King bem melhor do que a considerada clássica de Tobe Hooper. Nunca perdoei aquele Barlow azul numa imitação tosca do Nosferatu de Murnau. Nessa nova versão o personagem, interpretado por Rutger Hauer, é bem mais visualmente fiel ao do livro, inclusive FALA (era mudo na versão de Hooper). Gostei também do fato de manter algumas das tramas paralelas do livro (como a implicância do motorista de ônibus com as crianças, por exemplo). O visual zumbi dos vampiros, com olhos brancos brilhantes, também ficou muito bom. Porém, infelizmente esse filme cai no mesmo erro da outra versão: a duração exagerada de mais de 3 horas, o que o torna cansativo na primeira metade. No caso da primeira versão, a justificativa é que se juntaram as duas partes de uma minissérie para formar o filme, mas nessa segunda versão, se tirassem meia hora ele ficaria bem mais ágil e dinâmico.
Essa temporada me agradou tanto quanto a primeira, que, aliás, eu já havia achado ótima dentro do que propunha. Nesta segunda temporada temos o amadurecimento das linhas narrativas dos personagens, cada vez mais interligando suas maldições sobrenaturais e a luta diária para conciliar essas condições com a vida humana que eles tanto desejam levar. Temos um desdobramento fundamental do passado de Aidan, que vem à tona juntamente com importantes revelações sobre a hierarquia dos vampiros à qual o destino dele está irremediavelmente ligado (literalmente desenterrando um amor do passado); temos uma linha mais definida da história da Sally do que ocorreu na temporada anterior: nessa temporada ela não apenas tem de lidar com sua condição fantasmagórica como também deve encarar uma bizarra “fase Jekyll/Hyde” no estilo Poltergeist. E, deixando meu personagem favorito por último, há o drama meio cômico do nerd Josh: ele continua enfrentando sua maldição de lobisomem, agora tendo de carregar o remorso por Nora e o inesperado retorno de Julia (sua ex-noiva), culminando numa complicada relação triangular acentuada pelo aparecimento de novos lobos. Enfim... Para mim essa temporada conseguiu conduzir muito bem os fios das histórias, dando-lhes relativa profundidade e, de fato, humanizando seus dramas exponencialmente. Espero que mantenha esse ritmo.
Aquela série que, depois de acompanhar a primeira temporada, você se pergunta por que demorou tanto para conhecer. Gosto de séries com temáticas sobrenaturais, mas que não fiquem centradas em romance adolescente meloso e outras baboseiras pretensiosas do tipo. "Being Human" foi uma ótima surpresa para mim, por evitar isso. Há alguns clichês aqui e ali, mas no geral, achei uma série deliciosa. Não fica presa em triângulos amorosos chatos ou dramas românticos, nem coloca os personagens como epicentro do universo, como as criaturas mais importantes da série. Aliás, adorei o fato de que a série trabalha muito mais a amizade do que o amor. O vampiro Aidan, o lobisomem Josh e a fantasma Sally construíram uma relação improvável de cumplicidade linda durante esta temporada, mesmo cada qual tendo de lidar com seus próprios dramas pessoais. Tais dramas não se limitam a "com quem eu vou transar", "quem eu amo" ou outros chavões do tipo. Os dramas dos personagens de "Being Human" são muito mais substanciais: como ser uma pessoa normal, mesmo carregando o estigma do monstro, como se relacionar com as pessoas sem machucá-las, como construir uma família e manter as pessoas que se ama em segurança, como aceitar as perdas que a atual condição sobrenatural deles acarreta... enfim. Meu personagem favorito é o Josh; detesto aquele clichê do lobisomem anabolizado e machão, para quem a licantropia chega às vezes a soar como um dom. No caso de Josh, entretanto, isso é deixado de lado: ele é tímido, atrapalhado, involuntariamente engraçado, nerd e, acima de tudo, uma pessoa muito doce, muito diferente dos trogloditas que se tornaram rótulo de lobisomem na maioria das produções recentes. Uma coisa importante é que o fato de terem naturezas totalmente diferentes, o vampiro, o lobisomem e a fantasma se importam um com o outro, são uma espécie de família muito unida. A amizade entre Aidan e Josh, particularmente, é algo encantador, já que rejeita a velha "lei" de que vampiros e lobisomens são inimigos. Essa lei é válida na série, mas os dois colocam sua condição humana acima disso e, de fato, essa amizade é um vínculo ainda maior com a humanidade que cada um deles quer manter. Eu só esperava um pouco mais da season finale, mas não chegou a decepcionar e com certeza irei continuar acompanhando as próximas temporadas.
Eu estava curioso para ver que rumo a série tomaria, já que ficou claro, desde o final da 1ª temporada, que seguiria um caminho diferente do filme original e certamente não se espelharia no 2º filme (felizmente, porque aquilo foi um desastre). Achei esta segunda temporada superior à primeira em alguns aspectos, principalmente nos efeitos especiais - embora aquele efeito dos vampiros soltando fagulhas enquanto se transformam em ossos e cinzas ser uma tremenda cópia do efeito usado nos filmes do Blade; na primeira temporada os vampiros apenas se transformavam em uma cinza negra misturada com fumaça. Quanto à história, realmente assumiu horizontes interessantes e independentes, e isso se nota no distanciamento do filme original; a "máfia" dos Culebras e a sua própria mitologia ganhou profundidade e complexidade, bem como o personagem Richie, que ganhou nova dimensão com a reviravolta dos últimos episódios e tem muito a ser abordado ainda na(s) temporada(s) seguinte(s). A season finale dessa temporada foi ótima, melhor que a da primeira, com muita ação e até certa dose de humor, além da mais que necessária eliminação de um vilão que já estava pedindo para ser destruído há muito tempo. Aliás, essa temporada teve vilões demais, comparada à primeira e isso ajudou bastante a elevar o nível. Destaque para a participação especial de Danny Trejo nesse aspecto.
Em meio a tantas séries de temática sobrenatural voltadas para o público adolescente, foi uma boa surpresa conhecer “Bitten”. Talvez minha aprovação resulte do fato de eu não cobrar muito desta série, já que ela é produzida por um canal de programação modesta. Embora o recorrente sexo e as muitas cenas de nudez apontem para um programa mais “adulto” (cheguei a ler comentários nos quais ela é comparada a “True Blood”, algo de que discordo totalmente), a série possui muitos elementos típicos das produções teen, do desenvolvimento de uma trama central romântica à própria concepção idealizada dos lobisomens. De qualquer forma, apresentar uma história que não fique excessivamente presa a melosismo e que explore um curioso conceito de lobisomens, regidos por um código de conduta específico, que os divide em “matilhas” (aqueles que têm uma espécie de convívio familiar, com regras) e “vira-latas” (os que desrespeitam as leis e vivem solitários, rebeldes) é algo que, se não é das premissas mais empolgantes, pelo menos tem um toque de inovação: algo que faz falta atualmente, nesse tipo de programa. A série tem algumas boas sequências de ação e a season finale é bem dinâmica e até tem certa carga dramática. A última cena, especificamente, embora apresente a amarra de uma das principais pontas soltas ao longo da temporada, em relação aos dilemas de Elena, é bastante impactante e me convenceu a acompanhar a próxima temporada. Que venha, então.
O trailer está ótimo: Muitas mordidas, sangue e armas (inclusive as clássicas estacas)! Estou muito curioso para ver o desdobramento que a série terá a partir de agora, uma vez que a primeira temporada foi baseada no filme original e praticamente já usou todo o "conteúdo" daquele filme. Tudo será novidade agora... e a participação do Danny Trejo (com a mesma aparência do barman do filme?!) deixa tudo ainda mais instigante. Que venha agosto!
Um bom começo! Os personagens seguem praticamente o estereótipo adolescente, mas a atmosfera criada consegue passar a tensão e a sensação de "qualquer um pode ser o assassino", tal qual no filme original. Um ponto interessante é que as referências a filmes de terror foram basicamente substituídas por alusões a seriados com essa temática ou violentos, por extensão. Ah, claro: embora a máscara de Ghostface tenha se tornado icônica, a nova máscara utilizada na série é bem interessante também. Enfim, a série pode melhorar bastante, e é isso que esperamos; vamos torcer apenas para que ela não decaia nem escorregue nos próprios clichês e referências que "homenageará".
Gostei! Daniel Radcliffe mostra que está conseguindo se desprender cada vez mais do estereótipo de Harry Potter, apresentando uma atuação hilária, oscilando entre o drama de seu vício em morfina e a comicidade de um triângulo amoroso bastante desequilibrado! Junto com Jon Hamm (seu "eu" adulto que se recorda do passado e seus fiascos) e mais o estranho Feldsher, a 'matrona' Anna e a insossa (mas, apaixonada, a seu modo) Pelageya, esta temporada de "A Young Doctor's Notebook" manteve-se, para mim, tão boa quanto a primeira: mais uma vez, não faltou o humor negro, sem deixar de lado a nostalgia que o doutor 'Mikha' sente ao lembrar e tentar se redimir dos fracassos da juventude, quando foi parar num fim de mundo isolado, tendo que liderar um hospital em condições precárias, tendo por companhias apenas os já mencionados peculiares personagens. Pena que o último episódio dessa temporada tenha sido tão... definitivo: com as perdas irreparáveis à trama ocorridas, com o doutor finalmente alcançando uma suposta redenção ao chegar ao ponto final, devemos nos consolar com o fato de que não haverá uma próxima temporada. Não deixou a desejar, só deixou gostinho de 'quero mais'... pelo visto, ficarei querendo. Sentirei falta dessa maravilhosa dramédia.
Percebo que estou ficando velho quando vejo que meu desenho favorito de Hanna-Barbera é dos anos 70! Clássico da minha infância, adorava o humor negro dessa família peculiar!
Desventuras em Série (1ª Temporada)
3.9 600 Assista AgoraDuas palavras para definir essa série: Sei lá.
Um Drink No Inferno (3ª Temporada)
3.7 26Menos bagunçada do que a 2ª temporada, mas bem mais "parada" em termos de evolução da história. Há ótimas cenas de ação, bons efeitos especiais e aquela maquiagem cada vez mais impressionante de Greg Nicotero, mas é basicamente só isso. No quesito visual, a série se supera a cada temporada, mas o roteiro segue o rumo inverso, se perdendo cada vez mais.
Esta temporada se limitou a mostrar a "Kate possuída" com seu plano de "abrir as portas do inferno" (mais clichê impossível), mas esse plano se arrasta até os últimos episódios. Até lá, o que se vê é um monte de monstros e demônios que são enviados pela "Rainha" para ajudá-la com seu propósito. No começo até que empolga, mas depois isso fica cansativo e repetitivo, porque praticamente aparece um monstro diferente a cada episódio, o qual é morto pelos Gecko e seus comparsas; aí, no episódio seguinte é mandado outro monstro, que também é destruído e assim por diante. Pareceu mais uma versão vampiresca de Power Rangers, com direito até a uma Rita Repulsa no final da temporada.
Spartacus: Deuses da Arena
4.4 291Para uma minissérie feita para preencher a lacuna deixada pelo afastamento de Andy Whitfield, enquanto se decidia o rumo que a série tomaria a partir de então, "Deuses da arena" cumpre bem o seu papel e até surpreende. Gannicus é um personagem carismático, mas ainda prefiro Spartacus (Whitfield). Aliás, "Sangue a areia" ainda é, para mim, a melhor temporada dessa série justamente devido à atuação autêntica dele.
Channel Zero: Candle Cove (1ª Temporada)
3.4 98E chegou a vez de a SyFy lançar a sua versão de American Horror Story: a proposta é que cada temporada seja centrada em uma história de terror/sobrenatural. Será que isso vai dar certo? Vamos ver, mas sem alimentar expectativas, porque a SyFy já mostrou do que é capaz e, principalmente, do que NÃO é capaz.
Spartacus: A Guerra dos Condenados (3ª Temporada)
4.5 637 Assista AgoraDesde o final de “Blood and Sand” eu não sentia a falta de Andy Whitfield quanto agora, no último episódio de “War of the Damned”, que traz referências saudosas do início da saga de Spartacus: o desfecho da série é épico, de uma grandiosidade emocionante, acentuada pela despedida dessa história visceral de luta pela sobrevivência e, mais do que isso, pela liberdade. Acabei me acostumando com Liam McIntyre, embora nos momentos onde há sentimentos em jogo o papel clame por seu intérprete original, muito mais autêntico e espontâneo.
Seja como for, considerei esta série muito marcante e, mesmo com seus exageros visuais (que, afinal, foram sua marca registrada desde o início), deixa aquela sensação de “sofrimento pelo fim” que a torna memorável.
A Sete Palmos (2ª Temporada)
4.5 133"David, a porta da sua casa abre de dentro para fora..."
Ruth, você está absolutamente correta (e em todos os sentidos)!
Cada vez mais essa série me cativa e eu só lamento ter passado tanto tempo sem vê-la. Na primeira temporada, meus personagens favoritos eram David e Brenda (verdadeiros colossos de atuação), mas nessa segunda rodada, as minhas atenções foram roubadas por Frances Conroy: para mim, as falas da Ruth são as melhores nessa temporada; é incrível como, numa mesma fala ou diálogo ela consegue ser profunda e engraçada, indo do drama à comédia de forma totalmente espontânea e verdadeira, sem afetações.
Quanto ao roteiro e ao desenvolvimento da trama (ou melhor, das tramas), achei tão bons quanto na temporada anterior. A "filosofia" sobre a morte continua presente, oscilando entre o humor negro característico da série em alguns momentos e o drama, o medo e a dúvida sobre esse destino fatal do ser humano em outros. Foi muito interessante ver a perspectiva cultural da morte nos velórios budista e judaico (sobretudo este último, no qual aparece uma excelente personagem, que rende diálogos profundos sobre morte, vida e Deus).
Mas, assim como não só de pão vive o homem, nem só de morte vive "Six feet under": outros temas espinhosos foram, a meu ver, muito bem trabalhados nesta temporada, como: bipolaridade, depressão, fidelidade e fantasias/transtornos sexuais.
Por essa riqueza de temas e sua abordagens francas, aliadas a personagens extremamente "humanos", isto é, sem maniqueísmos, esta série ocupa o topo das minhas preferências, em se tratando de dramas familiares - e que, a despeito disso, se revelam cada vez mais universais.
Spartacus: Vingança (2ª Temporada)
4.3 426 Assista AgoraAchei esta temporada notavelmente inferior à primeira, não apenas por causa da substituição de Andy Whitfield pela atuação mecânica de Liam McIntyre, mas principalmente devido aos próprios rumos do roteiro: nessa 2ª temporada pouca coisa “acontece”. Isso não significa que a história tenha ficado parada ou monótona, longe disso: a série se mantém visceral em termos de violência, com doses cavalares de ação e erotismo (tipo uma versão softcore de “Calígula”, como, aliás, tem sido desde o começo). O que acontece é que há pouca evolução no roteiro, de modo que a história basicamente se limita a mostrar Spartacus aumentando seu grupo de escravos rebeldes, enquanto são perseguidos – particularmente por Glaber – em sucessivas e malsucedidas campanhas que invariavelmente terminam em massacre e derrota para os romanos. E a temporada fica girando em torno desse mesmo eixo até o final, diferente da temporada anterior, que era repleta de subtramas interligadas e intrigas sobre poder, amor, morte, traição e corrupção em diferentes camadas, o que a tornava bem mais complexa.
Outro ponto que achei fraco foi o rumo tomado pelas personagens Lucrecia e Ilithyia: dessa vez elas são apenas sombras das megeras venenosas que foram na temporada anterior. Ver as duas como melhores amigas (mesmo que por conveniência, por assim dizer) e tão vulneráveis (Lucrecia dominada por Ashur?!) foi bem difícil de engolir.
Visualmente a série continua de encher os olhos de quem aprecia violência gráfica extrema ao estilo “300”, com efeitos satisfatórios (desde que se ignore aquele sangue grosso de mais e vermelho de menos). Já os efeitos “não sangrentos” não são muito bons: a cena do incêndio na arena é tão artificial que parece coisa da SyFy.
Entretanto, a despeito de tudo isso, Spartacus continua sendo minha série favorita em se tratando de épicos (até porque não vejo essa série como um registro histórico, mas apenas como um rico entretenimento visual) e, embora esta temporada não tenha correspondido inteiramente às minhas expectativas, foi muito válida como ponte para o desfecho que aguardo ansiosamente.
American Horror Story: Hotel (5ª Temporada)
3.6 980Eu acho que dizer que AHS decaiu depois de “Asylum” é eufemismo: de fato, a série despencou vertiginosamente e essa 5ª temporada só mostra o quanto ela pode chegar ao fundo do poço. Eu já havia desistido desta série, mas ao saber que o tema da temporada seria o vampirismo, cheguei a me animar, mas no geral foi uma experiência bem frustrante, não devido à forma como esse tema foi explorado, mas pelas tramas paralelas, bastante desinteressantes e manjadas.
A abordagem do vampirismo, inspirada (ou copiada?) em “Fome de viver” me agradou bastante: gosto da representação vampiresca sofisticada, que flerta com Anne Rice e – sobretudo – com Whitley Strieber. Entretanto, não achei Lady Gaga tão bem no papel de vampira quanto o roteiro quis forçar; na verdade, os figurinos dela estavam melhores do que a atuação.
Em relação às histórias paralelas, a trama de Wes Bentley foi de uma chatice absoluta. Quiseram criar algo até certo ponto similar a “Seven”, mas misturar histórias de serial killer (de novo) com temas sobrenaturais não dá mais certo: pelo menos não nesta série e definitivamente não nesta temporada.
Também não vi um nexo suficientemente convincente entre as histórias dos vampiros e dos fantasmas. Tudo pareceu muito forçado, amarrado de forma desleixada. Aliás, a personagem de Sarah Paulson foi a pior até agora: a lamurienta fantasma drogada Sally teve uma história entediante e chata, difícil de engolir. Teria sido mais suportável se, ao menos, o “demônio do vício”, com aquele ridículo strap-on de metal pontiagudo (hã?) fosse mais devidamente explorado, já que ficou subentendida a ligação entre ele e Sally.
Por fim, e ironicamente, achei que o melhor personagem desta temporada foi o de Denis O’Hare: não é vampiro, nem fantasma e nem serial killer, mas sua versão caucasiana de Vera Verão apagou todos os demais: Liz Taylor foi realmente uma personagem bem desenvolvida.
A Sete Palmos (1ª Temporada)
4.5 392 Assista AgoraQue delícia de série! Dramática, cômica, filosófica, crítica, enfim: uma série completa e inteligente, do jeito que eu gosto.
Alan Ball, que já me divertiu inúmeras vezes com o humor e a crítica afiados de “True Blood” e “Beleza americana”, mostra aqui o quanto é inventivo e ousado ao lidar justamente com o maior tabu da humanidade: a morte. E faz isso de forma brilhante, reflexiva e, ainda assim, sem abrir mão do humor negro que lhe é característico.
Particularmente, eu acho que esta é a série que todos que temem a morte deveriam conhecer. Ela possibilita um contato e um diálogo tão íntimo com o tema que é impossível não ficar pensando sobre as questões filosóficas e religiosas de cada episódio, de cada “cliente” que chega aos Fisher.
Em relação a atuações, a meu ver Michael C. Hall é o maior destaque desta temporada. David Fisher é um personagem muito mais complexo e desafiador do que o superestimado Dexter da série homônima.
Outro destaque impressionante em termos de atuação é Rachel Griffiths como minha personagem favorita: Brenda. Não me admira que ela tenha recebido o Globo de Ouro por sua atuação na série. O episódio onde ela “interpreta” uma esposa com câncer em estado terminal já valeria o prêmio por si só. Essa mulher esbanja talento em doses colossais.
The Strain: Noite Absoluta (2ª Temporada)
3.6 144 Assista AgoraApesar de ter achado a 1ª temporada melhor, esta segunda desenvolveu alguns pontos que eu considerei muito interessantes, como as implicações políticas da praga e o passado de Eichorst, bem como mais detalhes sobre a origem e organização "hierárquica" dos vampiros.
Porém, a meu ver, houve um pequeno/grande problema nessa temporada (pequeno em tamanho, mas grande na chatice): foi a substituição de Ben Hyland pelo inacreditavelmente insuportável Max Charles: jamais detestei tanto um personagem mirim como odeio esse moleque. Na temporada anterior , era bastante plausível o drama e a ligação entre o personagem Zack e a mãe, mesmo depois de infectada; nessa temporada, entretanto, não deu para levar a sério essa ligação, a começar porque o substituto é claramente maior do que Hyland (e não houve intervalo entre as temporadas, que justificasse o crescimento de Zack). Além disso, esse menino é péssimo ator, do tipo "unifacial": está a temporada toda com a cara amarrada, sem variações.
Espero que, com o que houve no desfecho da temporada, na 3ª ele mal apareça. Para mim não fará falta nenhuma.
E Não Sobrou Nenhum
4.2 123Versão televisiva muito digna da obra de Agatha Christie, com um roteiro fiel (o que considero essencial em se tratando de adaptações de clássicos) e personagens desenvolvidos com a profundidade psicológica necessária. Há algumas pequenas mudanças no desenrolar da trama, mas nada que comprometa negativamente o resultado final. Falando em final, eu achei o desfecho desta minissérie melhor do que o do livro (embora em efeito ambos sejam equivalentes).
O único "problema" que encontrei, se é que se pode chamar assim, é que a minissérie é bastante previsível para quem já leu o livro: sabe-se quem vai morrer em sequência e, claro, quem é o assassino, logo de cara. Talvez por isso muita gente considere a minissérie apenas mediana, quando quem ainda não conhece o livro provavelmente se surpreenda ao assistir a esta adaptação. De minha parte, mesmo conhecendo a obra escrita, apreciei o resultado para a tela, principalmente a forma como os conflitos psicológicos dos personagens foram explorados, evidenciando seus passados sombrios. Mais uma vez a BBC é aprovada no meu conceito.
The Strain: Noite Absoluta (1ª Temporada)
3.9 392 Assista AgoraEu acredito que existam séries que merecem uma segunda chance, quando não rola aquela química que prenda o espectador logo de cara. Agora que terminei a 1ª temporada de The Strain, passo a considerar que há séries que merecem até uma terceira chance: tentei acompanhar esta série por duas vezes e desisti em ambas por achar a história muito arrastada e os personagens demasiadamente apáticos. Porém, na falta de opções de seriados dignos a respeito de vampiros atualmente, voltei a minha atenção de novo para The Strain e desta vez fiquei vidrado na história!
O problema é que nas minhas tentativas anteriores eu parei nos primeiros episódios e a minha opinião sobre eles permanece quase a mesma: o início da temporada é muito lento e a princípio os personagens são mesmo apáticos e insípidos. Isso perdura pelos 3 primeiros episódios, mas uma vez que se sobreviva ao tédio deles, a série engata e ganha um ritmo surpreendente, com ótimas sequências de ação, dramas individuais, bizarrices bem ao estilo Guillermo del Toro e uma história de “apocalipse vampiro” bastante original.
Os vampiros desta série me lembraram muito os de “Blade 2” (que por sinal foi dirigido pelo próprio del Toro), e, embora eu ainda prefira os caninos pontiagudos clássicos ao invés da língua com ferrão, devo admitir que a concepção de vampiro-monstro-zumbi ficou interessante, especialmente porque a série se concentra em dar uma explicação biológica para o vampirismo, apresentando-o como uma espécie de praga, mesmo que sob o controle sobrenatural do Mestre.
O Mestre, por sinal, é um dos vampiros mais originais que já vi, do ponto de vista da representação física: pareceu-me um misto de Nosferatu (do filme de Murnau) com o “Homem Pálido” (de O Labirinto do Fauno) e Voldemort (de Harry Potter). Em síntese, uma criatura bizarra, intimidadora e apavorante, infinitamente superior à forma insossa como os vampiros são mostrados em bobagens pretensiosas como The Vampire Diaries e afins.
O Bebê de Rosemary
3.1 140 Assista AgoraSim, fica muito aquém do insuperável filme de Polanski, mas nem por isso achei uma adaptação ruim. A história sofreu algumas mudanças bastante notáveis em época e ambientação, e, embora não tenha ficado com a atmosfera carregada do clássico dos anos 60, gostei do ritmo e do novo roteiro. Gostei do elenco, com os Castevet mais jovens e o casal protagonista, Rosemary (Zoe Saldana dá um sabor novo e especial àpersonagem) e Guy mais "modernizados", uma vez que a história se passa nos dias atuais.
Vendo-a sem criar vínculos de expectativa em termos de fidelidade ao original (e não vejo qual a necessidade de simplesmente copiar o filme ou adaptar novamente o livro de Ira Levin ao pé da letra), pode ser uma boa diversão.
Penny Dreadful (2ª Temporada)
4.5 620 Assista AgoraNotavelmente superior à 1ª temporada, com diálogos que se alternam entre a poesia a a religião, personagens mais desenvolvidos e aquele delicioso clima gótico tão característico da série. A representação original do visual das bruxas me chamou mais a atenção do que a própria trama delas, mas é inegável que Helen McCrory tem uma presença maligna poderosa.
Alguns pontos, entretanto, não me agradaram inteiramente: a personagem de Eva Green está mais madura que antes, mas achei desnecessário que um dos primeiros episódios dessa temporada tenha sido inteiramente sobre o passado dela e seu aprendizado com uma bruxa anciã. OK, mostrar que ela é uma peça essencial no plano dessa temporada e os motivos pelos quais está sendo atormentada pelas bruxas e pelo Diabo através dos anos, eram essenciais, mas isso não justifica um episódio inteiro apenas com ela. Outro ponto que achei um tanto forçado foi a subtrama de Dorian Gray. Desde a temporada anterior tenho a impressão de que ele é um personagem sem grande importância (embora seja meu personagem favorito na série), uma vez que a história dele se passa paralela, mas quase independente da história dos demais. Para mim, o personagem carrega a essência wildiana, mas na série ele não está com importância suficiente. Talvez porque ele mereça mais espaço, o que espero que aconteça nas próximas temporadas. Por fim, em relação ao lobisomem (?) de Ethan Chandler, ficou muito sofrível, lembrando mais o personagem do filme dos anos 40 (um homem mais peludo com dentes pontudos e garras afiadas) do que uma fera metade homem e metade lobo: ele é bípede e nem sequer passa pelo "efeito Hulk" de rasgar as roupas, o que é bem pouco convincente.Contudo, a despeito dessas ressalvas, o roteiro agrada na maior parte do tempo, bem como a atmosfera sombria da série; gostei dessa temporada e espero com ansiedade pela próxima.
Bitten (2ª Temporada)
3.7 12Gostei mais desta temporada do que da anterior; acho curioso que as bruxas estejam invadindo o espaço em várias séries sobrenaturais, mesmo aquelas em que o foco não está nelas particularmente, como em "Penny Dreadful" e, agora nesta temporada de "Bitten".
O fato é que a presença delas deixou a temporada mais ágil, com mais ação e mais enxuta, já que teve 3 episódios a menos que a 1ª temporada, portanto, com menos enrolação em termos de roteiro. Também achei o sexo e a nudez mais contextualizados dessa vez: o Greyston Holt mal aparece nu, o que já é um grande avanço em relação à primeira temporada.
Quanto ao rumo da história, o que mais me chateou foi a morte de um certo personagem no 9º episódio; não sei se é porque a série tem poucos personagens ou por esse personagem ser importante (ou as duas coisas), mas acredito que ele fará muita falta na próxima temporada.
Em relação à Elena, ficou claro que ela será uma peça fundamental para uma suposta catástrofe que ocorrerá em breve; estou ansioso para ver o que vai dar então. Só espero, sinceramente, que não transformem a personagem em um daqueles estereótipos femininos patéticos do tipo "ela é a criatura mais especial do mundo", como outras séries fazem com suas protagonistas, apresentando-as não apenas como a pessoa mais importante do universo, mas também como donzela sempre em perigo, sempre perseguida e que precisa ser protegida 24 horas por dia.
Que a urucubaca de Julie Plec e Kevin Williamson com seu xodó "The vampire diaries" passe bem longe da personagem de Laura Vandervoort, é só o que eu desejo.
A Mansão Marsten
3.0 73Particularmente, achei esta versão do livro de Stephen King bem melhor do que a considerada clássica de Tobe Hooper. Nunca perdoei aquele Barlow azul numa imitação tosca do Nosferatu de Murnau. Nessa nova versão o personagem, interpretado por Rutger Hauer, é bem mais visualmente fiel ao do livro, inclusive FALA (era mudo na versão de Hooper). Gostei também do fato de manter algumas das tramas paralelas do livro (como a implicância do motorista de ônibus com as crianças, por exemplo). O visual zumbi dos vampiros, com olhos brancos brilhantes, também ficou muito bom. Porém, infelizmente esse filme cai no mesmo erro da outra versão: a duração exagerada de mais de 3 horas, o que o torna cansativo na primeira metade. No caso da primeira versão, a justificativa é que se juntaram as duas partes de uma minissérie para formar o filme, mas nessa segunda versão, se tirassem meia hora ele ficaria bem mais ágil e dinâmico.
Being Human US (2ª Temporada)
4.1 21Essa temporada me agradou tanto quanto a primeira, que, aliás, eu já havia achado ótima dentro do que propunha.
Nesta segunda temporada temos o amadurecimento das linhas narrativas dos personagens, cada vez mais interligando suas maldições sobrenaturais e a luta diária para conciliar essas condições com a vida humana que eles tanto desejam levar. Temos um desdobramento fundamental do passado de Aidan, que vem à tona juntamente com importantes revelações sobre a hierarquia dos vampiros à qual o destino dele está irremediavelmente ligado (literalmente desenterrando um amor do passado); temos uma linha mais definida da história da Sally do que ocorreu na temporada anterior: nessa temporada ela não apenas tem de lidar com sua condição fantasmagórica como também deve encarar uma bizarra “fase Jekyll/Hyde” no estilo Poltergeist. E, deixando meu personagem favorito por último, há o drama meio cômico do nerd Josh: ele continua enfrentando sua maldição de lobisomem, agora tendo de carregar o remorso por Nora e o inesperado retorno de Julia (sua ex-noiva), culminando numa complicada relação triangular acentuada pelo aparecimento de novos lobos.
Enfim... Para mim essa temporada conseguiu conduzir muito bem os fios das histórias, dando-lhes relativa profundidade e, de fato, humanizando seus dramas exponencialmente. Espero que mantenha esse ritmo.
Being Human US (1ª Temporada)
4.0 72Aquela série que, depois de acompanhar a primeira temporada, você se pergunta por que demorou tanto para conhecer. Gosto de séries com temáticas sobrenaturais, mas que não fiquem centradas em romance adolescente meloso e outras baboseiras pretensiosas do tipo.
"Being Human" foi uma ótima surpresa para mim, por evitar isso.
Há alguns clichês aqui e ali, mas no geral, achei uma série deliciosa. Não fica presa em triângulos amorosos chatos ou dramas românticos, nem coloca os personagens como epicentro do universo, como as criaturas mais importantes da série. Aliás, adorei o fato de que a série trabalha muito mais a amizade do que o amor. O vampiro Aidan, o lobisomem Josh e a fantasma Sally construíram uma relação improvável de cumplicidade linda durante esta temporada, mesmo cada qual tendo de lidar com seus próprios dramas pessoais. Tais dramas não se limitam a "com quem eu vou transar", "quem eu amo" ou outros chavões do tipo. Os dramas dos personagens de "Being Human" são muito mais substanciais: como ser uma pessoa normal, mesmo carregando o estigma do monstro, como se relacionar com as pessoas sem machucá-las, como construir uma família e manter as pessoas que se ama em segurança, como aceitar as perdas que a atual condição sobrenatural deles acarreta... enfim.
Meu personagem favorito é o Josh; detesto aquele clichê do lobisomem anabolizado e machão, para quem a licantropia chega às vezes a soar como um dom. No caso de Josh, entretanto, isso é deixado de lado: ele é tímido, atrapalhado, involuntariamente engraçado, nerd e, acima de tudo, uma pessoa muito doce, muito diferente dos trogloditas que se tornaram rótulo de lobisomem na maioria das produções recentes.
Uma coisa importante é que o fato de terem naturezas totalmente diferentes, o vampiro, o lobisomem e a fantasma se importam um com o outro, são uma espécie de família muito unida. A amizade entre Aidan e Josh, particularmente, é algo encantador, já que rejeita a velha "lei" de que vampiros e lobisomens são inimigos. Essa lei é válida na série, mas os dois colocam sua condição humana acima disso e, de fato, essa amizade é um vínculo ainda maior com a humanidade que cada um deles quer manter.
Eu só esperava um pouco mais da season finale, mas não chegou a decepcionar e com certeza irei continuar acompanhando as próximas temporadas.
Um Drink no Inferno (2ª Temporada)
3.6 35Eu estava curioso para ver que rumo a série tomaria, já que ficou claro, desde o final da 1ª temporada, que seguiria um caminho diferente do filme original e certamente não se espelharia no 2º filme (felizmente, porque aquilo foi um desastre).
Achei esta segunda temporada superior à primeira em alguns aspectos, principalmente nos efeitos especiais - embora aquele efeito dos vampiros soltando fagulhas enquanto se transformam em ossos e cinzas ser uma tremenda cópia do efeito usado nos filmes do Blade; na primeira temporada os vampiros apenas se transformavam em uma cinza negra misturada com fumaça.
Quanto à história, realmente assumiu horizontes interessantes e independentes, e isso se nota no distanciamento do filme original; a "máfia" dos Culebras e a sua própria mitologia ganhou profundidade e complexidade, bem como o personagem Richie, que ganhou nova dimensão com a reviravolta dos últimos episódios e tem muito a ser abordado ainda na(s) temporada(s) seguinte(s).
A season finale dessa temporada foi ótima, melhor que a da primeira, com muita ação e até certa dose de humor, além da mais que necessária eliminação de um vilão que já estava pedindo para ser destruído há muito tempo. Aliás, essa temporada teve vilões demais, comparada à primeira e isso ajudou bastante a elevar o nível. Destaque para a participação especial de Danny Trejo nesse aspecto.
Bitten (1ª Temporada)
3.5 41Em meio a tantas séries de temática sobrenatural voltadas para o público adolescente, foi uma boa surpresa conhecer “Bitten”. Talvez minha aprovação resulte do fato de eu não cobrar muito desta série, já que ela é produzida por um canal de programação modesta. Embora o recorrente sexo e as muitas cenas de nudez apontem para um programa mais “adulto” (cheguei a ler comentários nos quais ela é comparada a “True Blood”, algo de que discordo totalmente), a série possui muitos elementos típicos das produções teen, do desenvolvimento de uma trama central romântica à própria concepção idealizada dos lobisomens. De qualquer forma, apresentar uma história que não fique excessivamente presa a melosismo e que explore um curioso conceito de lobisomens, regidos por um código de conduta específico, que os divide em “matilhas” (aqueles que têm uma espécie de convívio familiar, com regras) e “vira-latas” (os que desrespeitam as leis e vivem solitários, rebeldes) é algo que, se não é das premissas mais empolgantes, pelo menos tem um toque de inovação: algo que faz falta atualmente, nesse tipo de programa.
A série tem algumas boas sequências de ação e a season finale é bem dinâmica e até tem certa carga dramática. A última cena, especificamente, embora apresente a amarra de uma das principais pontas soltas ao longo da temporada, em relação aos dilemas de Elena, é bastante impactante e me convenceu a acompanhar a próxima temporada. Que venha, então.
Um Drink no Inferno (2ª Temporada)
3.6 35O trailer está ótimo: Muitas mordidas, sangue e armas (inclusive as clássicas estacas)!
Estou muito curioso para ver o desdobramento que a série terá a partir de agora, uma vez que a primeira temporada foi baseada no filme original e praticamente já usou todo o "conteúdo" daquele filme. Tudo será novidade agora... e a participação do Danny Trejo (com a mesma aparência do barman do filme?!) deixa tudo ainda mais instigante. Que venha agosto!
Pânico (1ª Temporada)
3.6 759Um bom começo! Os personagens seguem praticamente o estereótipo adolescente, mas a atmosfera criada consegue passar a tensão e a sensação de "qualquer um pode ser o assassino", tal qual no filme original.
Um ponto interessante é que as referências a filmes de terror foram basicamente substituídas por alusões a seriados com essa temática ou violentos, por extensão.
Ah, claro: embora a máscara de Ghostface tenha se tornado icônica, a nova máscara utilizada na série é bem interessante também.
Enfim, a série pode melhorar bastante, e é isso que esperamos; vamos torcer apenas para que ela não decaia nem escorregue nos próprios clichês e referências que "homenageará".
Diário de um Jovem Médico (2ª Temporada)
3.9 42Gostei! Daniel Radcliffe mostra que está conseguindo se desprender cada vez mais do estereótipo de Harry Potter, apresentando uma atuação hilária, oscilando entre o drama de seu vício em morfina e a comicidade de um triângulo amoroso bastante desequilibrado! Junto com Jon Hamm (seu "eu" adulto que se recorda do passado e seus fiascos) e mais o estranho Feldsher, a 'matrona' Anna e a insossa (mas, apaixonada, a seu modo) Pelageya, esta temporada de "A Young Doctor's Notebook" manteve-se, para mim, tão boa quanto a primeira: mais uma vez, não faltou o humor negro, sem deixar de lado a nostalgia que o doutor 'Mikha' sente ao lembrar e tentar se redimir dos fracassos da juventude, quando foi parar num fim de mundo isolado, tendo que liderar um hospital em condições precárias, tendo por companhias apenas os já mencionados peculiares personagens.
Pena que o último episódio dessa temporada tenha sido tão... definitivo: com as perdas irreparáveis à trama ocorridas, com o doutor finalmente alcançando uma suposta redenção ao chegar ao ponto final, devemos nos consolar com o fato de que não haverá uma próxima temporada. Não deixou a desejar, só deixou gostinho de 'quero mais'... pelo visto, ficarei querendo.
Sentirei falta dessa maravilhosa dramédia.
A Família Addams (1ª Temporada)
3.8 12Percebo que estou ficando velho quando vejo que meu desenho favorito de Hanna-Barbera é dos anos 70! Clássico da minha infância, adorava o humor negro dessa família peculiar!