Mais: imaginem Seyia, Shun, Ikki, etc, integrados nos dias de hoje, parando pra conferir as notificações do Face e Twitter entre uma batalha e outra, um golpe milagroso e outro.
Shun se assumindo como não binário e os cavaleiros evitando matar os adversários pra não passar mau exemplo pra geração não me toque.
Esse Seiya também vai ficar gritando "Me dê sua força Pégasoooooo" e "Saoriiiiii" o filme inteiro? Em desenho até passa, em filme vai ser uma vergonha alheia nível HARD.
NÃO é uma comédia. É um DRAMA. Aliás, um DRAMALHÃO.
Mas que vale a pena por três motivos:
a) Tom Hanks b) Tom Hanks c) Tom Hanks
Ele é tão bom ator que mal dá pra reparar nos demais personagens do elenco. Realmente o filme é só uma demonstração a mais do carisma e da versatilidade dele.
Parece que quando alguns caras decidem fazer filme RUIM, eles não querem só seguir o padrão típico de ruindade, eles querem se SUPERAR na tosquice, virar uma REFERÊNCIA de como NÃO se fazer um filme.
Isso aqui passa do limite do tolerável, se alguém conseguir assistir até o final pode se considerar um autêntico CINÉFILO de carteirinha.
Mais um filme da Marvel onde eu, como fã descarado que sou, vejo qualidades onde os outros só procuram defeitos.
Pra começar, queria muito que Angela Bassett ganhasse o Oscar por este filme. Atuação perfeita, impecável, um exemplo de como interpretar uma autêntica RAINHA. Além da mulher estar caindo de linda. Puta que pariu, eu volto as cenas só por causa dela!!!
Tirando o show da diva negra, este filme acertou em não virar aquele festival de piadinhas em que a Marvel escorrega frequentemente. Pouquíssimos momentos de humor, como é adequado para um filme que pretende ser uma homenagem a um cara que morreu cedo demais.
Dito isso, foi estúpido da Marvel não substituir o Pantera Negra no filme. Claro que seria difícil substituir o Boseman. Mas, se fosse o caso, o personagem poderia aparecer de uniforme o tempo todo, ou só de costas. É muito difícil vender a história de um cara tão forte morrer de repente assim. Mas, enfim, talvez não desse tempo de encontrar um substituto à altura. É o que temos.
Eu costumo passar pano pra várias coisas na Marvel por ser FÃ, há décadas, da maioria dos personagens. Quando eu falo de Pantera Negra, Capitão, Thanos, X-Men, etc, estou falando de personagens que acompanho desde a infância. Então eu não só vejo nos filmes referências que escapam ao grande público, mas também assisto com aquele olhar ingênuo de adolescente que acabou de ganhar um videogame top. Isso não me impede de ver ou apontar equívocos, porém. Por exemplo, a descaracterização de Thor em seus dois últimos filmes é algo que não perdoo. Porque sei que "aquilo" é tudo, menos Thor.
Aqui temos outro sério problema de descaracterização: NAMOR.
Ok, a ideia era não fazer o personagem parecer uma cópia barata do Aquaman, que apareceu nos cinemas antes. Por isso mudaram o nome do reino e do povo (para quem não sabe, tanto Namor quanto Aquaman são reis da Atlântida). Até aí até dá pra relevar. Ocorre que eles mudaram demais o personagem. Namor, nas HQs, é um cara 100% politicamente incorreto, arrogante ao extremo, ao ponto de ser insuportável. Um rei que, literalmente, se acha. Aqui o personagem é dócil e educado demais, não parece ameaça alguma. Ok, a Marvel fez uma analogia interessante com a opressão dos povos nativos americanos pelo colonizador europeu. Namor "virou" mexicano. Isso não significa que tinham necessidade de mudar totalmente o cara pra se adequar aos nossos tempos.
Também, a briga entre Namor e Pantera Negra, icônica nas HQs, perde muita força sem a presença de T'challa. Caso semelhante ao colapso de Wanda no filme do Dr Estranho, sem a presença de Mercúrio, Visão e Magneto. É evidente que Namor foi pensado para o MCU para ser vilão do Pantera Negra, mas aqui como ele enfrenta basicamente mulheres, e tem um código de honra, acaba sendo inevitavelmente "nerfado".
Mas o filme acaba sendo uma nova prova da FORÇA e do POTENCIAL da Marvel. E como ainda temos anos e anos de filmes pela frente. Letitia Wright não tem presença de protagonista, e a personagem Iron Heart tampouco empolga como o seu "pai" Homem de Ferro. Mas o filme FUNCIONA mesmo assim, mesmo contra todas as coisas que tornariam a história um marasmo sem fim. A briga entre A Pantera e o Namor, além das cenas de destruição em Wakanda, valem a assistida. Apesar de muitos momentos "parados", a história não fica de fato estagnada em momento algum, e é sempre interessante ver mulheres tomando a direção das coisas e resolvendo os problemas com ou sem ajuda de homens. Claro que Shuri nunca teria condições físicas de enfrentar o verdadeiro Namor, mas até aí, cinema né?
O filme seria um nota 5 sem um Namor tão descaracterizado e um outro ator como Pantera Negra. Como ficou, porém, funciona como um bom entretenimento. Mostra que a Marvel tem um potencial infinito pra boas histórias e como os personagens e mitologias do universo são tão ricos que até numa situação totalmente adversa eles conseguem gerar ótimo entretenimento.
Cansado dessa ladainha de filme da Marvel não é mais o mesmo, nunca mais assisto essas besteiras, nada se salva mais, tudo acabou em Ultimato, etc, etc. Meu, enquanto o povo não entender que a Marvel (e a Disney) só tem FÓRMULAS pra vender, não para de bater na mesma tecla. Precisa de CINQUENTA filmes pra entender que isso aqui são caras fantasiados enfrentando caras "do mal" e tudo se resolvendo no final? Quer profundidade? Inovação? Atuações dignas de Oscar? Seleciona melhor teus filmes então, porque isso aqui NÃO É PRA TI. Move on, people!
Isso posto, se tu, como eu, é fã desses personagens nos quadrinhos, existem três únicas razões pra assistir este aqui:
1) Kang 2) Kang 3) Kang
Sim, é inegável que Paul Rudd é um sujeito extremamente carismático, e também urge reconhecer o esforço dos veteranos Michael Douglas e Michele Pfeiffer, que defendem seus papéis com dignidade, mas fala sério, o que esperar ainda do Homem Formiga após tantos filmes? O personagem está longe de ser um Capitão América. O simples fato de HAVER uma trilogia do Ant Man é admirável. Ele não é nem poderia ser o destaque aqui. Não por culpa do simpático Rudd, claro, o mesmo de sempre, mas porque este filme serve como pontapé de uma nova fase, e basicamente pra mostrar que Kang é o badass da vez.
Quem lê HQs sabe que Kang é o verdadeiro arqui-inimigo dos Vingadores. Ele tem uma vantagem sobre Thanos além de ter começado a atormentar o grupo bem antes: é um sujeito que não precisa contar só com força bruta, seus planos intrincados envolvem acima de tudo inteligência. Kang na verdade é um personagem melhor que Thanos (um bully intergaláctico). Algumas das melhores histórias dos Vingadores envolvem o cara.
Foi um acerto escolherem um ator negro pra interpretar Kang. Cansa esse negócio de negro sempre bonzinho. Kang é um vilão clássico, à moda antiga, quer o que quer e pronto, não importam as consequências. O ator caiu perfeitamente no papel, e deve superar a performance de Josh Brolin como Thanos.
Meu único porém é Kang enfrentar os Vingadores SEM os medalhões Capitão, Homem de Ferro e Thor. Já tivemos o colapso de Wanda sem a participação dos personagens mais ligados a ela (Mercúrio, Visão e Magneto), agora teremos um Kang aprontando sem um Steve Rogers pra debelar seus planos. Mas como o personagem lida exatamente com a questão de viagem no tempo, é esperar que a Marvel tome tino e traga a trindade de volta.
Assista o filme como eu, como um prólogo do que está por vir na fase 5, e tu vai se decepcionar menos com o roteiro previsível. Pode ter certeza que Kang só vale o filme.
Este filme CHEGOU MUITO PERTO de ser um grande filme de terror. Mas MUITO PERTO.
Como estamos na época de Copa do Mundo, podemos fazer a seguinte analogia: digamos que o atacante (diretor) chutou muito perto do gol, com a bola só não atingindo a meta por milímetros.
Temos aqui todos os elementos para uma boa história dentro do gênero: um elenco enxuto, sem aquela enxurrada de personagens inúteis (e chatos) que povoam o gênero, uma atmosfera carregada desde o início e um roteiro minimamente original, que não se limita a nos brindar com o centésimo assassino em série da história do cinema, mas nos instiga a continuar assistindo para saber de que se trata a narrativa.
Tal como outros filmes de terror lançados este ano ("Massacre da Serra Elétrica", "They/Them", "X", "Morte, Morte, Morte") o filme mistura um tema dos dias de hoje (no caso, a locação via Airbnb) com uma atmosfera de terror clássico (no caso, que diabos acontence no porão daquela casa?), mas sem a batelada de personagens chatos e mimizentos dessas outras películas. E funciona muito bem até certo ponto, onde eu realmente comecei a montar um roteiro na minha cabeça e a história entregou outro.
Confesso que quando aparece o cara cantando no carro, eu quase parei de assistir, já que aquela cena quebra completamente o clima que o filme tinha até ali, parecendo outra história, de todo. Esse é o motivo de eu achar que o filme não merece ser chamado de grande ou perfeito. Não consegue manter uma atmosfera de terror convincente o tempo todo. Ademais, a partir da introdução daquele personagem, o que se configurava numa história densa e interessante se torna um tanto quanto repetitiva e até previsível. Eu não desisti de assistir o filme, vi até o fim e o assistiria de novo, mas eu diria que do meio pro final o diretor deu uma escorregada legal e não entregou uma história perfeitamente fechada como deu a entender que entregaria.
Mas no geral, vale a experiência. O filme é uma nota 7 na minha opinião, é interessante e conta com bons atores em sua maioria, mas se mantivesse o mesmo clima de mistério e terror genuíno da primeira metade até o fim certamente seria um filme ótimo e talvez o melhor do ano no gênero até aqui.
Mas, ainda assim, é bem melhor do que todos os outros filmes que eu mencionei.
E olhem a diferença que um título faz: quem assiste o original entende perfeitamente porque o filme se chama "Barbarian". Quem assiste dublado fica se perguntando onde estão as tais "Noites Brutais" prometidas pelo péssimo título em português.
No final, não havia um serial killer, os próprios jovens "nutellados" vão se matando. Enquanto se acusam mutuamente e entram em desespero por qualquer coisa.
Este filme é a cara da "geração Z". Para além de seguir a regra atual de que
ele também escancara o quanto "nossa" geração cria problemas em torno de NADA, enquanto os reais problemas do mundo permanecem sem solução (e se depender desses jovens, cuja "autenticidade" se resume a falar palavrão e usar drogas, nunca terão).
Alguns diálogos do filme são constrangedores de tão ruins e forçados:
"Não chama ela de psicopata. Isso é limitador."
"Seus pais são classe média alta."
"Você atirou em mim com uma arma!"
E a personagem loira lésbica parece ter se inscrito no mesmo curso de atuação por correspondência da Jade Picon.
Não é terror, é suspense. Aos interessados, a violência é mínima.
Para quem achou a versão do cinema fraca, recomendo a versão extendida. Tem uns 15 minutos a mais de filme e muito mais contexto para a ação dos personagens e para a história em si.
Gostei, e queria que a Marvel fizesse mais filmes assim, histórias mais curtas e diretas com o "lado B" daquele universo (os monstros).
O Homem-Coisa (primo perdido do Monstro do Pântano da DC) me pegou de surpresa, nunca imaginaria vê-lo em live action. O personagem foi bem representado, ele não fala e seu toque queima os que sentem medo dele.
A história em preto e branco foi feita com o intuito de homenagear os clássicos filmes de terror antigos, tipo "Nosferatu". Até as atuações são mais dramáticas que o habitual. E não é que temos um MASSACRE num filme da Marvel? Ok, Massacre, o vilão, seria esperado, mas um monte de gente literalmente morrendo, e de forma violenta? Surpresa.
O filme me fez lembrar das antigas histórias de monstros produzidas pela Marvel nas décadas de 50, 60 e 70, e isso é bom. A Marvel era incomparável nesse tipo de história.
E engraçado que aqui eles dosam bem melhor o humor, que não é forçado.
Um diretor superestimado por causa da cor da pele.
Esta é a realidade nua e crua que ninguém pode verbalizar sob pena de ser acusado de racismo e ser "cancelado" pelos "social justice warriors" de plantão. Mas, sim, este filme confirmou o que eu já desconfiava em "Corra!": Jordan Peele é superestimado por ser negro, por haver pouquíssimos diretores negros de destaque no cinema. Ele carrega nas costas o "fardo" de representar uma eterna minoria que quer ter voz, e aproveitou uma época em que a discussão sobre racismo está mais em evidência que nunca para se promover como diretor "conceitual". E como se pode ver pelos comentários aqui, muitos compram a ideia.
A ideia é criticar a sociedade do espetáculo? Pensem então em *Não Olhe Para Cima". O que aquele filme faz, senão isso? E ele é aclamado como obra prima? Saem do cinema extasiados por não terem captado todas as "camadas" do filme? Não, "é uma porcaria, uma besteira que praticamente vomita sua mensagem na nossa cara". Sério? E "Nope"? Ah, não, aí entramos na esfera Lars Von Trier, a esfera do cinema de significados. Um cinema onde um simples ARROTO significa algo mais, significa toda a angústia de corpos oprimidos que não conseguem se expressar!! Um cinema onde a cara de paisagem de um ator durante 120 minutos passa por grande atuação. E um cinema onde a personagem só falta BERRAR logo de início: "HOLLYWOOD É RACISTA!" passa por algo que entrega sua mensagem de forma sutil.
Tudo por causa da cor da pele do diretor.
Para entender porque "Não Olhe Para Cima" é uma porcaria e "Não, Não Olhe" seria uma obra-prima, teríamos que entender nossa própria predisposição à essa "mea culpa" eterna com que todos lidamos, até hoje, com a questão racial, especialmente nos EUA, um país onde o racismo é gritante e, sim, precisa de negros de destaque em todos os lugares, para mostrar que eles têm sim capacidade de serem o que quiserem, mas eu nunca, NUNCA, vou me sentir obrigado a elogiar algo só por se tratar de um diretor e atores negros. Não vou elogiar a atuação de Kaluuya aqui por que ele não faz NADA no filme além de passar o tempo inteiro com cara de "Acabou?" Muito menos vou elogiar a chatíssima, desesperada por atenção personagem Jill. Não vi absolutamente nenhuma graça neste elenco. Acho que Lupita Nyong'o faria um papel bem melhor.
O que eu posso elogiar no filme é que muitas cenas têm um visual acachapante. E a forma do "alien" é sim muito fora da caixinha. Sim, é válido reiterar o quanto nossa geração é desesperada por atenção e por espetáculo, não importa de que forma, e também reiterar a que ponto uma pessoa consegue chegar atrás de likes e comentários nas redes sociais.
Ok, mas se QUALQUER outro diretor houvesse passado essa MESMA mensagem em outro filme, ele seria imediatamente aclamado ou todos nós daríamos de ombro e diríamos: "Tá, agora conta uma novidade!"
É isto em resumo: o cara está passando mensagens e críticas ÓBVIAS numa época em que temos a capacidade de ver e entender perfeitamente o quanto são óbvias, mas a mea culpa coletiva da sociedade atual nos faz alçá-lo a um status de gênio que pouquíssimos merecem no cinema, e Jordan Peele certamente não está entre eles.
Eis aqui uma franquia de terror clássico repaginada para a geração Z.
O que quer dizer mais ou menos: um terror "asséptico" , sem muitos traumas, com uma protagonista chata, chatíssima (quase superou a Laurie Strode de Rob Zombie), e muita diversidade, como a época pede (até o vilão fez operação para mudar de sexo).
Para agradar os brasileiros, chamaram até João Kleber para participar do elenco.
O filme é escuro pra caramba, o que em se tratando de terror é técnica para esconder os defeitos, sabemos, mas aqui eles ABUSAM. Às vezes mal dá para entender o que está acontecendo.
No final, as (poucas) mortes servem para não nos dar aquela sensação que temos ao assistir, por exemplo, Stranger Things ou Invocação do Mal (de que nada de fato acontece na história). Eu entendi mais ou menos o propósito da caixa e dos cenobitas. Fiquei até com vontade de ver o filme original para ver se lá o universo é mais convincente, apesar das limitações da época.
No geral, a lição que fica para a geração Z é: criem NOVAS histórias (se conseguirem), deixem as antigas como eram (Massacre da Serra Elétrica) ou terminarem em paz (Halloween), não se metam a criar "reboots" de franquias clássicas do terror porque NADA é mais contrário a esta geração do que o terror clássico. É uma geração "problematizante", que discute e dá opinião sobre TUDO, mas não resolve NADA, porque só se incomoda mesmo (a maior parte do tempo) com ninharias, discussões inúteis, procurar pelo em ovo. Quando chega a hora de encarar de frente o MEDO mesmo, o terror, o horror, essa geração foge pro Instagram pra tacar like na última foto do "crush" ou da "amiga" favorita. Isso fica mais evidente na ausência quase completa de uma atmosfera real de terror no filme, o que é potencializado pelo fato de a protagonista PODER escolher acabar com o seu sofrimento quando quiser (!)
É um lixo? Não. Tem um bom elenco? De jeito nenhum. Algumas cenas se salvam? Sim. A Pinhead convence? Não, parece que a qualquer momento vai pro espelho checar se os espinhos estão todos no lugar. Assistiria de novo? Dificilmente.
Eu não sei se a ideia original, pelo título do filme em italiano, era fazer uma crítica ao PSEUDO-moralismo da educação católica tradicional, que ensina NA TEORIA todas as virtudes que ninguém, nem o próprio clero, se propõe a colocar em prática, mas o fato é que o filme funciona assim.
Vejam a diferença que um título faz: no original, "A Escola Católica", enfatizando que os psicopatas retratados no filme tiveram educação tradicional, religiosa, que não serviu de nada (ou serviu?), e no Brasil: "Garotos de Bem", enfatizando que para a sociedade da época aqueles rapazes representavam a nata, o futuro da sociedade, exemplares de dignos membros da nação.
Toda vez que vemos "de bem" associado a algum grupo, podemos quase ter certeza que a expressão é irônica. Aqui, os rapazes em questão não apresentam QUALQUER diferença a quaisquer outros garotos advindos de qualquer outro meio: não têm quase nada na cabeça, são mimados e inconsequentes, e, claro, a família (famiglia?) ignora qualquer mínimo sinal de que algo não vai bem até ser tarde demais. É preciso que um policial bata na porta do sujeito para ele perceber que seu "figliuolo" não dormiu em casa. Enquanto isso, o moleque "de família tradicional" fica à solta por aí fazendo o que dá na telha.
É um ótimo filme italiano? Não. Os erros já foram apontados aqui: excesso de personagens e subtramas, enredo confuso, ao que eu acrescento: FRAQUÍSSIMOS ATORES, em sua maioria. Mas é aquela história que vale mais pelo RECADO que passa do que pela execução em si.
A crítica social aqui é pungente, e mescla vários elementos que ajudam a explicar como a própria sociedade permite que certas coisas aconteçam, por inércia e hipocrisia, bem debaixo de seu nariz, e só reaja (se reagir) quando é tarde demais. Os próprios pais, sendo, em seu comportamento habitual, tão pouco "de bem" quanto possível, passam para os filhos um recado e um exemplo muito mais impactante que centenas de sermões da Igreja: finja ser uma coisa, seja outra. O pai italiano típico é machista e VÊ, na teoria, a mulher "como um pedaço de carne". O filho vai e coloca a teoria em prática. E no final, ambos a seu modo, terminam pensando da mesma forma, independente de qual seja o discurso "oficial" da moralidade vigente.
A execução poderia ser melhor? Claro. O recado deixou de ser óbvio? Não.
Percebi agora que com este filme, Halloween se tornou a franquia mais longa do terror, superando Sexta-feira 13 (treze filmes contra doze). Como é a única franquia que eu consegui assistir todos os filmes (as outras são cheias de bombas inassistíveis) e como agora, espero, a franquia está definitivamente encerrada, eu elaborei um ranking do melhor ao pior, na minha opinião, claro.
Alguns filmes são ótimos, outros bons, e alguns francamente PAVOROSOS, mas no geral eu diria que a franquia como um todo tem sua dignidade, especialmente por ter contado no elenco com feras como Jamie Lee Curtis (sete filmes) e Donald Pleasance (cinco), Malcom McDowell (dois), além de Danielle Harris e futuros astros como Paul Rudd e Michelle Williams.
A lista é dividida em três partes:
a) OS 5 MELHORES
01. Halloween (1978) Acima de qualquer comentário.
02. Halloween 02 (1981) Continua a história original com mais ação e violência, mais background para os personagens principais e uma perseguição "hospitalar" incomparável
03. Halloween Ends (2022) Surpreendeu até a mim como ESTE filme encerrou a franquia de forma digna, ao mesmo tempo mostrando a reação que a protagonista deveria ter tido desde o início e também como o mal nunca morre, assumindo sempre novas formas
04. Halloween H20 (1998) Junto con o primeiro e o segundo, forma uma trilogia que conta perfeitamente a história Michael Myers x Laurie Strode
05. Halloween (2018) Erra (muito) em ignorar quase toda a história da franquia. Mas em compensação é um bom filme, com um Myers extremamente violento (mas sem descambar para os exageros de Rob Zombie), uma Jamie Lee Curtis impecável e mortes interessantes
b) OS ASSISTÍVEIS
06. Halloween- O Inicio (2007) À parte os exageros de Rob Zombie e a gritaria da nova Laurie Strode, o filme vale pelo PRÓLOGO sobre a infância de Myers
07. Halloween Kills (2021) Não é tão violento como alguns falam, mas dá continuidade à nova trilogia de forma minimamente original. Algumas cenas antológicas, como o linchamento.
08. Halloween 04- O Retorno de MM (1988) Danielle Harris foi uma boa revelação deste filme, pena que não vingou no cinema. Aqui a franquia tomou um rumo "oitentista". Myers passou a diferir pouco de seu "rival" Jason.
09. Halloween 05- A Vingança de MM (1989) A personagem de Danielle e a protagonista Tina ficaram muito irritantes aqui. O tio Mike faz a única coisa que aprendeu na vida, e até consegue passar um ano inteiro sem se alimentar nem beber água.
10. Halloween 06- A Maldição de MM (1995) A questão da seita realmente não tem nada a ver, mas vale pelo carisma de Paul Rudd e por ser a despedida do grande Donald Pleasance.
c) O LIXO ATÔMICO
11. Halloween 02 (2009) Aqui os exageros do "jeito Rob Zombie" de fazer cinema são mais patentes, uma violência insensata até para os padrões da franquia e um lance místico com a mãe de Myers difícil de engolir ou entender.
12. Halloween 03- A Noite das Bruxas (1982) Tinha tudo pra ser um recomeço interessante para a franquia, mas é uma história sem pé nem cabeça, e a cena final é uma das coisas mais toscas que eu já vi na vida.
13. Halloween Ressurreição (2002) ABAIXO de qualquer comentário.
Vou dar nota máxima não pelo filme ser perfeito, não é, mas para tentar melhorar um pouco a média, porque este não é um filme ruim nem a pau.
Entendo geral não gostar por não ter foco no Myers. Mas fora isso, o filme funciona até bem demais como uma espécie de EPÍLOGO de TODA a franquia Halloween, não apenas o fim de uma trilogia.
Para mim, um erro do filme de 2018 foi ter ignorado completamente a história da franquia, só considerando canônico o primeiro filme. A história e o trauma de Laurie teria muito mais densidade se os filmes anteriores (especialmente o 2 e o H20) fossem levados em consideração. Mas já que fizeram a cagada (e o Halloween de 2018 funciona muito bem), temos que trabalhar com o que temos à mão e ver se o resultado satisfaz.
Da mesma forma como o anterior (Kills) foi vendido como o que não foi (um massacre interminável e sem precedentes na franquia), este aqui é vendido como um novo Halloween 3 sem ser. Michael Myers ESTÁ no filme. Mas não é o foco desta vez. O foco aqui é:
01) Laurie saindo de seu ciclo de paranóia e entendendo que o mal tem que ser encarado de frente, não devemos passar a vida nos escondendo dele porque ele nos "acha".
02) A mensagem (personificada no personagem Corey) de que ainda que um "bicho-papão" definhe e desapareça, outro sempre surge no lugar, e surge mesmo da forma mais banal possível.
Como o filme se sai transmitindo essas duas ideias? Muito bem. Acerta em fazer de Laurie o foco principal e em dar a Corey o coprotagonismo. Acerta também em mostrar o OCASO de Michael Myers. No filme anterior, tivemos Myers quase sendo linchado até a morte por uma multidão enfurecida. Aqui temos as consequências: ele está à beira da ruína e se torna uma presa fácil quando Laurie transforma seu desespero de 40 anos em ÓDIO.
No caso de Corey, a mensagem mais forte, claro, é como a própria sociedade cria seus "bichos-papões" e nem se dá conta disso. O cara era um sujeito anódino, incapaz de fazer mal a uma mosca, e acaba sucumbindo a seus demônios internos POR INSISTÊNCIA da sociedade. É quase como se a população, ao praticar bullying contra o cara, QUISESSE gerar um psicopata. Aí temos um interessante cruzamento entre o mal que instigam no rapaz e o mal que "emana" de Michael Myers. Eu particularmente não achei o ator que fez Corey sensacional, mas "comprei" o personagem totalmente.
A cena final seguramente merece entrar para a história do gênero slasher. E se você imaginar que o filme é um epílogo de TODA a franquia, ela ganha muito mais impacto.
Jamie Lee Curtis, a senhora é GIGANTE.
Não achei que isso seria possível, mas este filme entrou direto no meu "top 3" de filmes Halloween. A franquia acabou de modo digno aqui.
Eu já tinha decidido que este seria o ÚLTIMO Halloween que eu veria na vida e pelos comentários parece que veio para enterrar a franquia de uma vez por todas. Literalmente O FIM.
Renfield - Dando o Sangue Pelo Chefe
3.2 251 Assista AgoraAcho que a única coisa que faltava na carreira do tio Cage era ele interpretar o Conde Drácula. Não falta mais.
(Ah, acho que falta ele na Marvel ou DC.)
Os Cavaleiros do Zodíaco – Saint Seiya: O Começo
2.0 278 Assista AgoraMais: imaginem Seyia, Shun, Ikki, etc, integrados nos dias de hoje, parando pra conferir as notificações do Face e Twitter entre uma batalha e outra, um golpe milagroso e outro.
Shun se assumindo como não binário e os cavaleiros evitando matar os adversários pra não passar mau exemplo pra geração não me toque.
Os Cavaleiros do Zodíaco – Saint Seiya: O Começo
2.0 278 Assista AgoraEsse Seiya também vai ficar gritando "Me dê sua força Pégasoooooo" e "Saoriiiiii" o filme inteiro? Em desenho até passa, em filme vai ser uma vergonha alheia nível HARD.
O Pior Vizinho do Mundo
4.0 495 Assista AgoraNÃO é uma comédia.
É um DRAMA.
Aliás, um DRAMALHÃO.
Mas que vale a pena por três motivos:
a) Tom Hanks
b) Tom Hanks
c) Tom Hanks
Ele é tão bom ator que mal dá pra reparar nos demais personagens do elenco. Realmente o filme é só uma demonstração a mais do carisma e da versatilidade dele.
M3gan
3.0 799 Assista AgoraA Noiva do Chuck encontra Robocop.
O que pode sair desse improvável encontro?
Este filme.
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraEu nem assisti este aqui, mas só pelo TRAILER sabia que era impossível o Butler ganhar do Fraser.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraMuito feliz pela belíssima Michele Yeoh e pela grande Jamie Lee Curtis, finalmente tendo seu talento reconhecido.
Se não me engano é a primeira asiática ganhando Oscar de atuação.
Detetive Knight: Independência
1.8 3 Assista AgoraPorra Willis fez uns trocentos filmes ruins pouco antes de se aposentar, parece que já tavam prevendo o pior e resolveram fazer um bom pé de meia.
Acampamento do Terror
2.4 90Uma gritaria que não tem fim, mas pelo menos dura "só" 80 minutos.
Recomendado para quem gosta de ter os OUVIDOS aterrorizados.
Tempestade Mortal
1.5 8 Assista AgoraParece que quando alguns caras decidem fazer filme RUIM, eles não querem só seguir o padrão típico de ruindade, eles querem se SUPERAR na tosquice, virar uma REFERÊNCIA de como NÃO se fazer um filme.
Isso aqui passa do limite do tolerável, se alguém conseguir assistir até o final pode se considerar um autêntico CINÉFILO de carteirinha.
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
3.5 799 Assista AgoraMais um filme da Marvel onde eu, como fã descarado que sou, vejo qualidades onde os outros só procuram defeitos.
Pra começar, queria muito que Angela Bassett ganhasse o Oscar por este filme. Atuação perfeita, impecável, um exemplo de como interpretar uma autêntica RAINHA. Além da mulher estar caindo de linda. Puta que pariu, eu volto as cenas só por causa dela!!!
Tirando o show da diva negra, este filme acertou em não virar aquele festival de piadinhas em que a Marvel escorrega frequentemente. Pouquíssimos momentos de humor, como é adequado para um filme que pretende ser uma homenagem a um cara que morreu cedo demais.
Dito isso, foi estúpido da Marvel não substituir o Pantera Negra no filme. Claro que seria difícil substituir o Boseman. Mas, se fosse o caso, o personagem poderia aparecer de uniforme o tempo todo, ou só de costas. É muito difícil vender a história de um cara tão forte morrer de repente assim. Mas, enfim, talvez não desse tempo de encontrar um substituto à altura. É o que temos.
Eu costumo passar pano pra várias coisas na Marvel por ser FÃ, há décadas, da maioria dos personagens. Quando eu falo de Pantera Negra, Capitão, Thanos, X-Men, etc, estou falando de personagens que acompanho desde a infância. Então eu não só vejo nos filmes referências que escapam ao grande público, mas também assisto com aquele olhar ingênuo de adolescente que acabou de ganhar um videogame top. Isso não me impede de ver ou apontar equívocos, porém. Por exemplo, a descaracterização de Thor em seus dois últimos filmes é algo que não perdoo. Porque sei que "aquilo" é tudo, menos Thor.
Aqui temos outro sério problema de descaracterização: NAMOR.
Ok, a ideia era não fazer o personagem parecer uma cópia barata do Aquaman, que apareceu nos cinemas antes. Por isso mudaram o nome do reino e do povo (para quem não sabe, tanto Namor quanto Aquaman são reis da Atlântida). Até aí até dá pra relevar. Ocorre que eles mudaram demais o personagem. Namor, nas HQs, é um cara 100% politicamente incorreto, arrogante ao extremo, ao ponto de ser insuportável. Um rei que, literalmente, se acha. Aqui o personagem é dócil e educado demais, não parece ameaça alguma. Ok, a Marvel fez uma analogia interessante com a opressão dos povos nativos americanos pelo colonizador europeu. Namor "virou" mexicano. Isso não significa que tinham necessidade de mudar totalmente o cara pra se adequar aos nossos tempos.
Também, a briga entre Namor e Pantera Negra, icônica nas HQs, perde muita força sem a presença de T'challa. Caso semelhante ao colapso de Wanda no filme do Dr Estranho, sem a presença de Mercúrio, Visão e Magneto. É evidente que Namor foi pensado para o MCU para ser vilão do Pantera Negra, mas aqui como ele enfrenta basicamente mulheres, e tem um código de honra, acaba sendo inevitavelmente "nerfado".
Mas o filme acaba sendo uma nova prova da FORÇA e do POTENCIAL da Marvel. E como ainda temos anos e anos de filmes pela frente. Letitia Wright não tem presença de protagonista, e a personagem Iron Heart tampouco empolga como o seu "pai" Homem de Ferro. Mas o filme FUNCIONA mesmo assim, mesmo contra todas as coisas que tornariam a história um marasmo sem fim. A briga entre A Pantera e o Namor, além das cenas de destruição em Wakanda, valem a assistida. Apesar de muitos momentos "parados", a história não fica de fato estagnada em momento algum, e é sempre interessante ver mulheres tomando a direção das coisas e resolvendo os problemas com ou sem ajuda de homens. Claro que Shuri nunca teria condições físicas de enfrentar o verdadeiro Namor, mas até aí, cinema né?
O filme seria um nota 5 sem um Namor tão descaracterizado e um outro ator como Pantera Negra. Como ficou, porém, funciona como um bom entretenimento. Mostra que a Marvel tem um potencial infinito pra boas histórias e como os personagens e mitologias do universo são tão ricos que até numa situação totalmente adversa eles conseguem gerar ótimo entretenimento.
Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania
2.8 517 Assista AgoraCansado dessa ladainha de filme da Marvel não é mais o mesmo, nunca mais assisto essas besteiras, nada se salva mais, tudo acabou em Ultimato, etc, etc. Meu, enquanto o povo não entender que a Marvel (e a Disney) só tem FÓRMULAS pra vender, não para de bater na mesma tecla. Precisa de CINQUENTA filmes pra entender que isso aqui são caras fantasiados enfrentando caras "do mal" e tudo se resolvendo no final? Quer profundidade? Inovação? Atuações dignas de Oscar? Seleciona melhor teus filmes então, porque isso aqui NÃO É PRA TI. Move on, people!
Isso posto, se tu, como eu, é fã desses personagens nos quadrinhos, existem três únicas razões pra assistir este aqui:
1) Kang
2) Kang
3) Kang
Sim, é inegável que Paul Rudd é um sujeito extremamente carismático, e também urge reconhecer o esforço dos veteranos Michael Douglas e Michele Pfeiffer, que defendem seus papéis com dignidade, mas fala sério, o que esperar ainda do Homem Formiga após tantos filmes? O personagem está longe de ser um Capitão América. O simples fato de HAVER uma trilogia do Ant Man é admirável. Ele não é nem poderia ser o destaque aqui. Não por culpa do simpático Rudd, claro, o mesmo de sempre, mas porque este filme serve como pontapé de uma nova fase, e basicamente pra mostrar que Kang é o badass da vez.
Quem lê HQs sabe que Kang é o verdadeiro arqui-inimigo dos Vingadores. Ele tem uma vantagem sobre Thanos além de ter começado a atormentar o grupo bem antes: é um sujeito que não precisa contar só com força bruta, seus planos intrincados envolvem acima de tudo inteligência. Kang na verdade é um personagem melhor que Thanos (um bully intergaláctico). Algumas das melhores histórias dos Vingadores envolvem o cara.
Foi um acerto escolherem um ator negro pra interpretar Kang. Cansa esse negócio de negro sempre bonzinho. Kang é um vilão clássico, à moda antiga, quer o que quer e pronto, não importam as consequências. O ator caiu perfeitamente no papel, e deve superar a performance de Josh Brolin como Thanos.
Meu único porém é Kang enfrentar os Vingadores SEM os medalhões Capitão, Homem de Ferro e Thor. Já tivemos o colapso de Wanda sem a participação dos personagens mais ligados a ela (Mercúrio, Visão e Magneto), agora teremos um Kang aprontando sem um Steve Rogers pra debelar seus planos. Mas como o personagem lida exatamente com a questão de viagem no tempo, é esperar que a Marvel tome tino e traga a trindade de volta.
Assista o filme como eu, como um prólogo do que está por vir na fase 5, e tu vai se decepcionar menos com o roteiro previsível. Pode ter certeza que Kang só vale o filme.
Noites Brutais
3.4 1,0K Assista AgoraEste filme CHEGOU MUITO PERTO de ser um grande filme de terror. Mas MUITO PERTO.
Como estamos na época de Copa do Mundo, podemos fazer a seguinte analogia: digamos que o atacante (diretor) chutou muito perto do gol, com a bola só não atingindo a meta por milímetros.
Temos aqui todos os elementos para uma boa história dentro do gênero: um elenco enxuto, sem aquela enxurrada de personagens inúteis (e chatos) que povoam o gênero, uma atmosfera carregada desde o início e um roteiro minimamente original, que não se limita a nos brindar com o centésimo assassino em série da história do cinema, mas nos instiga a continuar assistindo para saber de que se trata a narrativa.
Tal como outros filmes de terror lançados este ano ("Massacre da Serra Elétrica", "They/Them", "X", "Morte, Morte, Morte") o filme mistura um tema dos dias de hoje (no caso, a locação via Airbnb) com uma atmosfera de terror clássico (no caso, que diabos acontence no porão daquela casa?), mas sem a batelada de personagens chatos e mimizentos dessas outras películas. E funciona muito bem até certo ponto, onde eu realmente comecei a montar um roteiro na minha cabeça e a história entregou outro.
Confesso que quando aparece o cara cantando no carro, eu quase parei de assistir, já que aquela cena quebra completamente o clima que o filme tinha até ali, parecendo outra história, de todo. Esse é o motivo de eu achar que o filme não merece ser chamado de grande ou perfeito. Não consegue manter uma atmosfera de terror convincente o tempo todo. Ademais, a partir da introdução daquele personagem, o que se configurava numa história densa e interessante se torna um tanto quanto repetitiva e até previsível. Eu não desisti de assistir o filme, vi até o fim e o assistiria de novo, mas eu diria que do meio pro final o diretor deu uma escorregada legal e não entregou uma história perfeitamente fechada como deu a entender que entregaria.
Mas no geral, vale a experiência. O filme é uma nota 7 na minha opinião, é interessante e conta com bons atores em sua maioria, mas se mantivesse o mesmo clima de mistério e terror genuíno da primeira metade até o fim certamente seria um filme ótimo e talvez o melhor do ano no gênero até aqui.
Mas, ainda assim, é bem melhor do que todos os outros filmes que eu mencionei.
E olhem a diferença que um título faz: quem assiste o original entende perfeitamente porque o filme se chama "Barbarian". Quem assiste dublado fica se perguntando onde estão as tais "Noites Brutais" prometidas pelo péssimo título em português.
Nota justa.
Morte Morte Morte
3.1 638 Assista AgoraQue não reste dúvida: o filme É ruim.
Mas como apontado, há ao menos um ponto positivo na originalidade do final:
No final, não havia um serial killer, os próprios jovens "nutellados" vão se matando. Enquanto se acusam mutuamente e entram em desespero por qualquer coisa.
Este filme é a cara da "geração Z". Para além de seguir a regra atual de que
minorías não morrem, ou se morrem, só no final
ele também escancara o quanto "nossa" geração cria problemas em torno de NADA, enquanto os reais problemas do mundo permanecem sem solução (e se depender desses jovens, cuja "autenticidade" se resume a falar palavrão e usar drogas, nunca terão).
Alguns diálogos do filme são constrangedores de tão ruins e forçados:
"Não chama ela de psicopata. Isso é limitador."
"Seus pais são classe média alta."
"Você atirou em mim com uma arma!"
E a personagem loira lésbica parece ter se inscrito no mesmo curso de atuação por correspondência da Jade Picon.
Não é terror, é suspense. Aos interessados, a violência é mínima.
Alien vs. Predador
2.7 473 Assista AgoraPara quem achou a versão do cinema fraca, recomendo a versão extendida. Tem uns 15 minutos a mais de filme e muito mais contexto para a ação dos personagens e para a história em si.
Lobisomem na Noite
3.5 200 Assista AgoraGostei, e queria que a Marvel fizesse mais filmes assim, histórias mais curtas e diretas com o "lado B" daquele universo (os monstros).
O Homem-Coisa (primo perdido do Monstro do Pântano da DC) me pegou de surpresa, nunca imaginaria vê-lo em live action. O personagem foi bem representado, ele não fala e seu toque queima os que sentem medo dele.
A história em preto e branco foi feita com o intuito de homenagear os clássicos filmes de terror antigos, tipo "Nosferatu". Até as atuações são mais dramáticas que o habitual. E não é que temos um MASSACRE num filme da Marvel? Ok, Massacre, o vilão, seria esperado, mas um monte de gente literalmente morrendo, e de forma violenta? Surpresa.
O filme me fez lembrar das antigas histórias de monstros produzidas pela Marvel nas décadas de 50, 60 e 70, e isso é bom. A Marvel era incomparável nesse tipo de história.
E engraçado que aqui eles dosam bem melhor o humor, que não é forçado.
Queria uma série nesta pegada.
O Alfaiate
3.7 70 Assista AgoraFilme muito bom sim, como disseram abaixo lembra o mestre Hitchcock.
Constrói a tensão numa escala crescente e têm atuações impecáveis da maioria do elenco.
Não! Não Olhe!
3.5 1,3K Assista AgoraUm diretor superestimado por causa da cor da pele.
Esta é a realidade nua e crua que ninguém pode verbalizar sob pena de ser acusado de racismo e ser "cancelado" pelos "social justice warriors" de plantão. Mas, sim, este filme confirmou o que eu já desconfiava em "Corra!": Jordan Peele é superestimado por ser negro, por haver pouquíssimos diretores negros de destaque no cinema. Ele carrega nas costas o "fardo" de representar uma eterna minoria que quer ter voz, e aproveitou uma época em que a discussão sobre racismo está mais em evidência que nunca para se promover como diretor "conceitual". E como se pode ver pelos comentários aqui, muitos compram a ideia.
A ideia é criticar a sociedade do espetáculo? Pensem então em *Não Olhe Para Cima". O que aquele filme faz, senão isso? E ele é aclamado como obra prima? Saem do cinema extasiados por não terem captado todas as "camadas" do filme? Não, "é uma porcaria, uma besteira que praticamente vomita sua mensagem na nossa cara". Sério? E "Nope"? Ah, não, aí entramos na esfera Lars Von Trier, a esfera do cinema de significados. Um cinema onde um simples ARROTO significa algo mais, significa toda a angústia de corpos oprimidos que não conseguem se expressar!! Um cinema onde a cara de paisagem de um ator durante 120 minutos passa por grande atuação. E um cinema onde a personagem só falta BERRAR logo de início: "HOLLYWOOD É RACISTA!" passa por algo que entrega sua mensagem de forma sutil.
Tudo por causa da cor da pele do diretor.
Para entender porque "Não Olhe Para Cima" é uma porcaria e "Não, Não Olhe" seria uma obra-prima, teríamos que entender nossa própria predisposição à essa "mea culpa" eterna com que todos lidamos, até hoje, com a questão racial, especialmente nos EUA, um país onde o racismo é gritante e, sim, precisa de negros de destaque em todos os lugares, para mostrar que eles têm sim capacidade de serem o que quiserem, mas eu nunca, NUNCA, vou me sentir obrigado a elogiar algo só por se tratar de um diretor e atores negros. Não vou elogiar a atuação de Kaluuya aqui por que ele não faz NADA no filme além de passar o tempo inteiro com cara de "Acabou?" Muito menos vou elogiar a chatíssima, desesperada por atenção personagem Jill. Não vi absolutamente nenhuma graça neste elenco. Acho que Lupita Nyong'o faria um papel bem melhor.
O que eu posso elogiar no filme é que muitas cenas têm um visual acachapante. E a forma do "alien" é sim muito fora da caixinha. Sim, é válido reiterar o quanto nossa geração é desesperada por atenção e por espetáculo, não importa de que forma, e também reiterar a que ponto uma pessoa consegue chegar atrás de likes e comentários nas redes sociais.
Ok, mas se QUALQUER outro diretor houvesse passado essa MESMA mensagem em outro filme, ele seria imediatamente aclamado ou todos nós daríamos de ombro e diríamos: "Tá, agora conta uma novidade!"
É isto em resumo: o cara está passando mensagens e críticas ÓBVIAS numa época em que temos a capacidade de ver e entender perfeitamente o quanto são óbvias, mas a mea culpa coletiva da sociedade atual nos faz alçá-lo a um status de gênio que pouquíssimos merecem no cinema, e Jordan Peele certamente não está entre eles.
Hellraiser
3.2 406 Assista AgoraEis aqui uma franquia de terror clássico repaginada para a geração Z.
O que quer dizer mais ou menos: um terror "asséptico" , sem muitos traumas, com uma protagonista chata, chatíssima (quase superou a Laurie Strode de Rob Zombie), e muita diversidade, como a época pede (até o vilão fez operação para mudar de sexo).
Para agradar os brasileiros, chamaram até João Kleber para participar do elenco.
O filme é escuro pra caramba, o que em se tratando de terror é técnica para esconder os defeitos, sabemos, mas aqui eles ABUSAM. Às vezes mal dá para entender o que está acontecendo.
No final, as (poucas) mortes servem para não nos dar aquela sensação que temos ao assistir, por exemplo, Stranger Things ou Invocação do Mal (de que nada de fato acontece na história). Eu entendi mais ou menos o propósito da caixa e dos cenobitas. Fiquei até com vontade de ver o filme original para ver se lá o universo é mais convincente, apesar das limitações da época.
No geral, a lição que fica para a geração Z é: criem NOVAS histórias (se conseguirem), deixem as antigas como eram (Massacre da Serra Elétrica) ou terminarem em paz (Halloween), não se metam a criar "reboots" de franquias clássicas do terror porque NADA é mais contrário a esta geração do que o terror clássico. É uma geração "problematizante", que discute e dá opinião sobre TUDO, mas não resolve NADA, porque só se incomoda mesmo (a maior parte do tempo) com ninharias, discussões inúteis, procurar pelo em ovo. Quando chega a hora de encarar de frente o MEDO mesmo, o terror, o horror, essa geração foge pro Instagram pra tacar like na última foto do "crush" ou da "amiga" favorita. Isso fica mais evidente na ausência quase completa de uma atmosfera real de terror no filme, o que é potencializado pelo fato de a protagonista PODER escolher acabar com o seu sofrimento quando quiser (!)
É um lixo? Não.
Tem um bom elenco? De jeito nenhum.
Algumas cenas se salvam? Sim.
A Pinhead convence? Não, parece que a qualquer momento vai pro espelho checar se os espinhos estão todos no lugar.
Assistiria de novo? Dificilmente.
Nota 2,5.
Noite de Sustos
1.8 21 Assista AgoraÉ um filme para crianças, não para adultos, mas os adultos vêm aqui e dão nota baixa.
Tu nunca vais gostar disto aqui, mas coloca para tua filha e as amigas delas que elas vão amar.
Garotos de Bem
2.7 75 Assista AgoraEu não sei se a ideia original, pelo título do filme em italiano, era fazer uma crítica ao PSEUDO-moralismo da educação católica tradicional, que ensina NA TEORIA todas as virtudes que ninguém, nem o próprio clero, se propõe a colocar em prática, mas o fato é que o filme funciona assim.
Vejam a diferença que um título faz: no original, "A Escola Católica", enfatizando que os psicopatas retratados no filme tiveram educação tradicional, religiosa, que não serviu de nada (ou serviu?), e no Brasil: "Garotos de Bem", enfatizando que para a sociedade da época aqueles rapazes representavam a nata, o futuro da sociedade, exemplares de dignos membros da nação.
Toda vez que vemos "de bem" associado a algum grupo, podemos quase ter certeza que a expressão é irônica. Aqui, os rapazes em questão não apresentam QUALQUER diferença a quaisquer outros garotos advindos de qualquer outro meio: não têm quase nada na cabeça, são mimados e inconsequentes, e, claro, a família (famiglia?) ignora qualquer mínimo sinal de que algo não vai bem até ser tarde demais. É preciso que um policial bata na porta do sujeito para ele perceber que seu "figliuolo" não dormiu em casa. Enquanto isso, o moleque "de família tradicional" fica à solta por aí fazendo o que dá na telha.
É um ótimo filme italiano? Não. Os erros já foram apontados aqui: excesso de personagens e subtramas, enredo confuso, ao que eu acrescento: FRAQUÍSSIMOS ATORES, em sua maioria. Mas é aquela história que vale mais pelo RECADO que passa do que pela execução em si.
A crítica social aqui é pungente, e mescla vários elementos que ajudam a explicar como a própria sociedade permite que certas coisas aconteçam, por inércia e hipocrisia, bem debaixo de seu nariz, e só reaja (se reagir) quando é tarde demais. Os próprios pais, sendo, em seu comportamento habitual, tão pouco "de bem" quanto possível, passam para os filhos um recado e um exemplo muito mais impactante que centenas de sermões da Igreja: finja ser uma coisa, seja outra. O pai italiano típico é machista e VÊ, na teoria, a mulher "como um pedaço de carne". O filho vai e coloca a teoria em prática. E no final, ambos a seu modo, terminam pensando da mesma forma, independente de qual seja o discurso "oficial" da moralidade vigente.
A execução poderia ser melhor? Claro. O recado deixou de ser óbvio? Não.
Halloween Ends
2.3 537 Assista AgoraPercebi agora que com este filme, Halloween se tornou a franquia mais longa do terror, superando Sexta-feira 13 (treze filmes contra doze). Como é a única franquia que eu consegui assistir todos os filmes (as outras são cheias de bombas inassistíveis) e como agora, espero, a franquia está definitivamente encerrada, eu elaborei um ranking do melhor ao pior, na minha opinião, claro.
Alguns filmes são ótimos, outros bons, e alguns francamente PAVOROSOS, mas no geral eu diria que a franquia como um todo tem sua dignidade, especialmente por ter contado no elenco com feras como Jamie Lee Curtis (sete filmes) e Donald Pleasance (cinco), Malcom McDowell (dois), além de Danielle Harris e futuros astros como Paul Rudd e Michelle Williams.
A lista é dividida em três partes:
a) OS 5 MELHORES
01. Halloween (1978)
Acima de qualquer comentário.
02. Halloween 02 (1981)
Continua a história original com mais ação e violência, mais background para os personagens principais e uma perseguição "hospitalar" incomparável
03. Halloween Ends (2022)
Surpreendeu até a mim como ESTE filme encerrou a franquia de forma digna, ao mesmo tempo mostrando a reação que a protagonista deveria ter tido desde o início e também como o mal nunca morre, assumindo sempre novas formas
04. Halloween H20 (1998)
Junto con o primeiro e o segundo, forma uma trilogia que conta perfeitamente a história Michael Myers x Laurie Strode
05. Halloween (2018)
Erra (muito) em ignorar quase toda a história da franquia. Mas em compensação é um bom filme, com um Myers extremamente violento (mas sem descambar para os exageros de Rob Zombie), uma Jamie Lee Curtis impecável e mortes interessantes
b) OS ASSISTÍVEIS
06. Halloween- O Inicio (2007)
À parte os exageros de Rob Zombie e a gritaria da nova Laurie Strode, o filme vale pelo PRÓLOGO sobre a infância de Myers
07. Halloween Kills (2021)
Não é tão violento como alguns falam, mas dá continuidade à nova trilogia de forma minimamente original. Algumas cenas antológicas, como o linchamento.
08. Halloween 04- O Retorno de MM (1988)
Danielle Harris foi uma boa revelação deste filme, pena que não vingou no cinema. Aqui a franquia tomou um rumo "oitentista". Myers passou a diferir pouco de seu "rival" Jason.
09. Halloween 05- A Vingança de MM (1989)
A personagem de Danielle e a protagonista Tina ficaram muito irritantes aqui. O tio Mike faz a única coisa que aprendeu na vida, e até consegue passar um ano inteiro sem se alimentar nem beber água.
10. Halloween 06- A Maldição de MM (1995)
A questão da seita realmente não tem nada a ver, mas vale pelo carisma de Paul Rudd e por ser a despedida do grande Donald Pleasance.
c) O LIXO ATÔMICO
11. Halloween 02 (2009)
Aqui os exageros do "jeito Rob Zombie" de fazer cinema são mais patentes, uma violência insensata até para os padrões da franquia e um lance místico com a mãe de Myers difícil de engolir ou entender.
12. Halloween 03- A Noite das Bruxas (1982)
Tinha tudo pra ser um recomeço interessante para a franquia, mas é uma história sem pé nem cabeça, e a cena final é uma das coisas mais toscas que eu já vi na vida.
13. Halloween Ressurreição (2002)
ABAIXO de qualquer comentário.
Halloween Ends
2.3 537 Assista AgoraVou dar nota máxima não pelo filme ser perfeito, não é, mas para tentar melhorar um pouco a média, porque este não é um filme ruim nem a pau.
Entendo geral não gostar por não ter foco no Myers. Mas fora isso, o filme funciona até bem demais como uma espécie de EPÍLOGO de TODA a franquia Halloween, não apenas o fim de uma trilogia.
Para mim, um erro do filme de 2018 foi ter ignorado completamente a história da franquia, só considerando canônico o primeiro filme. A história e o trauma de Laurie teria muito mais densidade se os filmes anteriores (especialmente o 2 e o H20) fossem levados em consideração. Mas já que fizeram a cagada (e o Halloween de 2018 funciona muito bem), temos que trabalhar com o que temos à mão e ver se o resultado satisfaz.
Da mesma forma como o anterior (Kills) foi vendido como o que não foi (um massacre interminável e sem precedentes na franquia), este aqui é vendido como um novo Halloween 3 sem ser. Michael Myers ESTÁ no filme. Mas não é o foco desta vez. O foco aqui é:
01) Laurie saindo de seu ciclo de paranóia e entendendo que o mal tem que ser encarado de frente, não devemos passar a vida nos escondendo dele porque ele nos "acha".
02) A mensagem (personificada no personagem Corey) de que ainda que um "bicho-papão" definhe e desapareça, outro sempre surge no lugar, e surge mesmo da forma mais banal possível.
Como o filme se sai transmitindo essas duas ideias? Muito bem. Acerta em fazer de Laurie o foco principal e em dar a Corey o coprotagonismo. Acerta também em mostrar o OCASO de Michael Myers. No filme anterior, tivemos Myers quase sendo linchado até a morte por uma multidão enfurecida. Aqui temos as consequências: ele está à beira da ruína e se torna uma presa fácil quando Laurie transforma seu desespero de 40 anos em ÓDIO.
No caso de Corey, a mensagem mais forte, claro, é como a própria sociedade cria seus "bichos-papões" e nem se dá conta disso. O cara era um sujeito anódino, incapaz de fazer mal a uma mosca, e acaba sucumbindo a seus demônios internos POR INSISTÊNCIA da sociedade. É quase como se a população, ao praticar bullying contra o cara, QUISESSE gerar um psicopata. Aí temos um interessante cruzamento entre o mal que instigam no rapaz e o mal que "emana" de Michael Myers. Eu particularmente não achei o ator que fez Corey sensacional, mas "comprei" o personagem totalmente.
A cena final seguramente merece entrar para a história do gênero slasher. E se você imaginar que o filme é um epílogo de TODA a franquia, ela ganha muito mais impacto.
Jamie Lee Curtis, a senhora é GIGANTE.
Não achei que isso seria possível, mas este filme entrou direto no meu "top 3" de filmes Halloween. A franquia acabou de modo digno aqui.
Filmaço!
Halloween Ends
2.3 537 Assista AgoraEu já tinha decidido que este seria o ÚLTIMO Halloween que eu veria na vida e pelos comentários parece que veio para enterrar a franquia de uma vez por todas. Literalmente O FIM.