Cheguei em casa do cinema e fiquei 5 minutos parado só pensando no que tinha acabado de assistir. Um dos filmes mais impactantes que já vi, sendo que todas as escolhas estéticas fujam desse impacto.
É a perda completa da empatia e da humanidade, todas as composições refletem essa frieza da normalidade. O som do horror se mistura com o som da natureza, já perde o efeito. E no final, vemos o presente, e lembramos que nada mudou. Guerras e genocídios continuam acontecendo no mundo, vivemos num país com 60 mil assassinatos, e saímos de casa pra ir no cinema como se nada estivesse ocorrendo. O que nos resta então quando estamos nessa situação é apenas continuar descendo para escuridão.
Apenas pensamentos iniciais, pois sei que vou ficar pensando nesse filme aqui por muito tempo.
Talvez seja o exemplo mais claro de como a imposição de criação de universo consegue prejudicar uma obra. Tem um filme muito bom aqui, toda a parte que envolve a perda do T'challa e impacto do luto nas protagonistas é ótima. Porém é tudo impactado por uma trama inchada e desinteressante que serve apenas pra dar andamento para uma trama "maior", seja da Ironheart ou da Valentina. Pelo menos o esmero estético e visual do primeiro filme ainda se mantém aqui, ainda que como filme seja bem inferior.
Gosto muito mais da primeira parte. Acho que o filme consegue trabalhar muito mais o clima de tensão e de dubiedade daquela situação. Depois do primeiro twist, o filme ainda se mantém interessante, mas não me prendeu tanto que nem no começo. Mas gosto de como sempre tá tentando te surpreender, nunca deixa a trama ficar parada.
Se sobressai por conta da relação dos protagonistas que é divertida e tal, mas é um filme tão previsível e esquemático, que se for pensar talvez nem seja ruim já que é bem aquilo que quem vai assistir esse tipo de filme espera mesmo.
Extremamente engraçado, mas é um filme que é difícil de acompanhar, diálogos muito ágeis que tem um humor que é difícil de perceber, mas que é entregue de forma magistral por um elenco que todo mundo manda bem.
Achei um pouco previsível, você sabe que a revelação final vai estar relacionada àquilo que a mulher escondeu no início do filme. Mas ainda assim consegue explorar bem o impacto da criança na vida daquelas pessoas, principalmente da personagem da Nikole Kidman, e mostrando como o luto é uma dor definitiva que nunca vai ser curada, e pode ser despertada a qualquer momento. Além disso, é um filme visualmente bem interessante, umas composições do Glazer que comunicam muito bem essa melancolia da narrativa.
Gosto muito mais de quando o filme foca no debate da representação da cultura negra, de como ela é explorada sempre no mesmo template, como se todos os negros vivessem naquela mesma realidade. A cena do julgamento do livro vencedor encapsula bem essa mensagem. Mas quando o filme foca no drama do protagonista com a família e a namorada, meio que cai no lugar comum, sem muita coisa interessante de se apresentar, apesar de todos os atores estarem bem.
É um filme que te faz ficar imaginando como se sentiu o povo que que viu ele lá época que foi lançada, já que até hoje se utiliza de artifícios narrativos, de montagem e composições que são diferentes e inusitados até hoje, imagina na época. É um filme que explora a linguagem ao máximo e mostra o poder dessa forma de se contar histórias e como pode ser utilizada para capturar e transmitir os anseios sociais e políticos de seu meio.
É um especial de humor negro, ponto. Entendo que não possa ser pra todo mundo, mas pra quem gosta é um prato cheio. E o Léo Lins vai sem medo, a ponto algumas piadas até soarem forçadas e básicas demais pra atingir o objetivo do choque. Mas gosto de como não se resume a apenas o básico, e transforma o especial em um apelo à liberdade de expressão, e como ela é essencial para o tipo de arte que ele exerce.
Difícil ter o que falar de um filme desses, já que é só um romance ok, bem feito. Os atores tão bem, é uma histórinha legal que te envolve, mas acaba e parece que tu não assistiu nada.
É um filme que segue um padrão familiar de filmes que seguem personagens lutando para implementar um plano que acreditam que levará ao sucesso de uma situação. Mas se destaca pela execução, que é muito boa, principalmente por se tratar de um esporte que não é comum aqui, mas mesmo assim manter o espectador investido na história e incrementando o nível de tensão conforme a trama vai se desenrolando.
É um filme bem mais engraçado que eu pensei que seria. Apesar de inicialmente parecer que seguiria o esquema comum de homem que é puxada de volta pra vida do crime, o filme dedica praticamente a primeira metade inteira ao personagem do Ben Kingsley e a sua loucura tentando convencer o protagonista a voltar, resultando em momentos tensos e hilários. Acho que na parte do assalto em si o filme cai mais no lugar comum, apesar de que ainda consegue conseguir manter tensão em certas cenas.
É um dos filmes de terror com uma das viradas mais malucas que consigo lembrar. Já explora muito bem a situação de claustrofobia das personagens presas na caverna na primeira metade do filme, mas quando insere os monstros na segunda metade, adiciona uma nova camada de gore e de ação que também é muito bem conduzida. Além disso, aborda bem o luto da protagonista, mostrando que filmes de terror sempre trouxeram esse tipo de temática em suas narrativas bem antes da era A24, resultando em um final dúbio que casa bem com a obra.
Famoso filme de maconheiro. O diretor emprega uns trabalhos interessantes de câmera, mas a história é aquela loucura né, que até é divertida, é um filme que gostei de assistir, mas que entendo que possa ficar cansativa hora ou outra. Mas apesar de parecer ser uma viagem sem sentido, dá pra tirar várias interpretação da obra. Ao meu ver, parece muito que está falando de todo um grupo em uma época imersa em reddit e fóruns de internet que se envolvem em narrativas de conspiração para escapar da monotonia da vida cotidiana. Pode ser que não seja isso e esteja falando merda, mas é um filme que é bem mais tematicamente complexo do que parece.
É calcado principalmente pelas atuações de Júlia Louis-Dreyfus e James Gandolfini que estão muito adoráveis e constroem muito bem essas personagens e sua relação. E gosto de como aborda seus temas, sobre como deixamos o histórico ou a opinião de terceiros moldarem a nossa percepção acerca das pessoas que nos relacionamos, ao invés de formamos nossa própria percepção baseada na nossa relação com a pessoa em si. É um filme simples até, mas extremamente agradável.
É um clássico indiscutível. Tem muita coisa ali de worldbuilding e de construção imagética mesmo que repercutem até hoje nas coisas que a gente assiste. E é tematicamente muito profundo, dá pra tirar várias leituras sobre pós-guerra e questões sociais e muitas coisas além disso. Mas apesar de entender tudo isso, é um filme que só não me pegou, achei a história um pouco convoluta, e não consegui me afeiçoar tanto assim a história contada.
É um bom filme de slasher, que reconhece os seus elementos e referencias e os utiliza de uma forma muito competente e divertida. Mia Goth é surpreendente, principalmente depois que tu descobre que ela faz as duas personagens, tanto a nova e a velha num trabalho de maquiagem magistral.
É um filme do Yorgos Lanthimos, então é mais uma obra que vai explorar a bizarrice e o estranhamento que muitas vezes resultam em humor. E é um filme que reflete isso de forma impecável na sua construção técnica, principalmente na fotografia, que começa preto e branco e completamente distorcida em questão de escolhas de lentes, passando por umas escolhas de cores bem mais saturadas e chamativas, que são auxiliados pelo design de produção magnífico, que mistura steampunk com uma fantasia fabulosa, e termina com uma fotografia bem mais natural e sóbria.
Tudo isso reflete a evolução da protagonista, que é magnificamente atuada pela Emma Stone, que se entrega aqui de forma completa e sem pudores, construindo muito bem esse amadurecimento da personagem. É curiosos que esse filme tenha saído no mesmo ano de Barbie, porque sinto que tematicamente os filmes dialogam bastante, explorando essa temática da descoberta e evolução feminina. Mas em Barbie sinto que foca mais nos aspectos políticos e sociais, enquanto aqui aborda mais a questão sexual, e como essa descoberta sexual impacta nessa reinterpretação da mulher sobre seu papel no mundo moderno.
A trilha é outro ponto alto, completamente destoante e estranha, casa muito bem com a abordagem do filme. Mas acho que se torna cansativo conforme avança, faltou um trabalho da montagem de tornar o pacing mais agradável. Ainda assim, adorei bastante o filme.
Assim como no primeiro filme, não tem a história mais complexa do mundo. Mas isso talvez seja até intencional, já que o James Cameron mais uma vez brilha na direção. Utiliza ao máximo os efeitos visuais de forma a nos fazer mergulhar naquele mundo a ponto de até causar um estranhamento quando voltamos para a realidade. Gosto muito de como ele "gasta" tempo só passeando pelos cenários novos de Pandora, refletindo o deslumbramento dos personagens em nós, espectadores. E a sequência do final é magnífica, mostrando que o Cameron é um dos maiores experts em ação que temos.
Não quero ficar falando mal, porque não acho ruim de fato, mas não me pegou bem, achei bem chatinho. Talvez revendo no futuro (se isso acontecer) eu acabe gostando mais.
Repete a fórmula de Judy: filme baseado em uma personalidade conhecida completamente esquecível que serve apenas para dar um Oscar para uma atriz que até oferece uma boa performance, mas longe de ser algo memorável.
Ana de Armas manda bem como a Marilyn Monroe, e nem me incomodo tanto assim com as "polêmicas" que cercam o filme. O problema é que ele é só insuportavelmente chato. Até entendo algumas escolhas do diretor, na forma como ele representa os traumas da protagonista, mas é tudo muito arrastado. É um filme que se fosse bom, não seria tão criticado pelas escolhas controversas.
O Taika Waititi nunca me enganou. Achei o Thor Ragnarok bem mediano, e esse daqui mais fraco ainda. É um filme que se perde em piadinhas sem graça e que se torna chato e sem foco, com personagens que deveriam nos cativar, mas me causaram indiferença.
Todo o núcleo envolvendo o romance entre os personagens do Adam Sandler e da Drew Berrymore, que estão até bem em seus papéis, é a parte mais cativante. Pena que o filme fica perdendo tempo em uns núcleos e personagens imbecis que só criam cenas sem graça, tirando o foco da história que realmente interessa. Poderia ser muito melhor se focasse na parte que realmente importa.
Zona de Interesse
3.6 581 Assista AgoraCheguei em casa do cinema e fiquei 5 minutos parado só pensando no que tinha acabado de assistir. Um dos filmes mais impactantes que já vi, sendo que todas as escolhas estéticas fujam desse impacto.
É a perda completa da empatia e da humanidade, todas as composições refletem essa frieza da normalidade. O som do horror se mistura com o som da natureza, já perde o efeito. E no final, vemos o presente, e lembramos que nada mudou. Guerras e genocídios continuam acontecendo no mundo, vivemos num país com 60 mil assassinatos, e saímos de casa pra ir no cinema como se nada estivesse ocorrendo. O que nos resta então quando estamos nessa situação é apenas continuar descendo para escuridão.
Apenas pensamentos iniciais, pois sei que vou ficar pensando nesse filme aqui por muito tempo.
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
3.5 799 Assista AgoraTalvez seja o exemplo mais claro de como a imposição de criação de universo consegue prejudicar uma obra. Tem um filme muito bom aqui, toda a parte que envolve a perda do T'challa e impacto do luto nas protagonistas é ótima. Porém é tudo impactado por uma trama inchada e desinteressante que serve apenas pra dar andamento para uma trama "maior", seja da Ironheart ou da Valentina. Pelo menos o esmero estético e visual do primeiro filme ainda se mantém aqui, ainda que como filme seja bem inferior.
Noites Brutais
3.4 999 Assista AgoraGosto muito mais da primeira parte. Acho que o filme consegue trabalhar muito mais o clima de tensão e de dubiedade daquela situação. Depois do primeiro twist, o filme ainda se mantém interessante, mas não me prendeu tanto que nem no começo. Mas gosto de como sempre tá tentando te surpreender, nunca deixa a trama ficar parada.
D.U.F.F. - Você Conhece, Tem ou É
3.3 578 Assista AgoraSe sobressai por conta da relação dos protagonistas que é divertida e tal, mas é um filme tão previsível e esquemático, que se for pensar talvez nem seja ruim já que é bem aquilo que quem vai assistir esse tipo de filme espera mesmo.
Conversa Truncada
3.6 38 Assista AgoraExtremamente engraçado, mas é um filme que é difícil de acompanhar, diálogos muito ágeis que tem um humor que é difícil de perceber, mas que é entregue de forma magistral por um elenco que todo mundo manda bem.
Reencarnação
2.4 384Achei um pouco previsível, você sabe que a revelação final vai estar relacionada àquilo que a mulher escondeu no início do filme. Mas ainda assim consegue explorar bem o impacto da criança na vida daquelas pessoas, principalmente da personagem da Nikole Kidman, e mostrando como o luto é uma dor definitiva que nunca vai ser curada, e pode ser despertada a qualquer momento. Além disso, é um filme visualmente bem interessante, umas composições do Glazer que comunicam muito bem essa melancolia da narrativa.
Ficção Americana
3.8 367 Assista AgoraGosto muito mais de quando o filme foca no debate da representação da cultura negra, de como ela é explorada sempre no mesmo template, como se todos os negros vivessem naquela mesma realidade. A cena do julgamento do livro vencedor encapsula bem essa mensagem. Mas quando o filme foca no drama do protagonista com a família e a namorada, meio que cai no lugar comum, sem muita coisa interessante de se apresentar, apesar de todos os atores estarem bem.
Um Homem com uma Câmera
4.4 196 Assista AgoraÉ um filme que te faz ficar imaginando como se sentiu o povo que que viu ele lá época que foi lançada, já que até hoje se utiliza de artifícios narrativos, de montagem e composições que são diferentes e inusitados até hoje, imagina na época. É um filme que explora a linguagem ao máximo e mostra o poder dessa forma de se contar histórias e como pode ser utilizada para capturar e transmitir os anseios sociais e políticos de seu meio.
Léo Lins: Perturbador
3.6 8É um especial de humor negro, ponto. Entendo que não possa ser pra todo mundo, mas pra quem gosta é um prato cheio. E o Léo Lins vai sem medo, a ponto algumas piadas até soarem forçadas e básicas demais pra atingir o objetivo do choque. Mas gosto de como não se resume a apenas o básico, e transforma o especial em um apelo à liberdade de expressão, e como ela é essencial para o tipo de arte que ele exerce.
O Maravilhoso Agora
3.2 808 Assista AgoraDifícil ter o que falar de um filme desses, já que é só um romance ok, bem feito. Os atores tão bem, é uma histórinha legal que te envolve, mas acaba e parece que tu não assistiu nada.
O Homem que Mudou o Jogo
3.7 931 Assista AgoraÉ um filme que segue um padrão familiar de filmes que seguem personagens lutando para implementar um plano que acreditam que levará ao sucesso de uma situação. Mas se destaca pela execução, que é muito boa, principalmente por se tratar de um esporte que não é comum aqui, mas mesmo assim manter o espectador investido na história e incrementando o nível de tensão conforme a trama vai se desenrolando.
Sexy Beast
3.4 54É um filme bem mais engraçado que eu pensei que seria. Apesar de inicialmente parecer que seguiria o esquema comum de homem que é puxada de volta pra vida do crime, o filme dedica praticamente a primeira metade inteira ao personagem do Ben Kingsley e a sua loucura tentando convencer o protagonista a voltar, resultando em momentos tensos e hilários. Acho que na parte do assalto em si o filme cai mais no lugar comum, apesar de que ainda consegue conseguir manter tensão em certas cenas.
Abismo do Medo
3.2 882 Assista AgoraÉ um dos filmes de terror com uma das viradas mais malucas que consigo lembrar. Já explora muito bem a situação de claustrofobia das personagens presas na caverna na primeira metade do filme, mas quando insere os monstros na segunda metade, adiciona uma nova camada de gore e de ação que também é muito bem conduzida. Além disso, aborda bem o luto da protagonista, mostrando que filmes de terror sempre trouxeram esse tipo de temática em suas narrativas bem antes da era A24, resultando em um final dúbio que casa bem com a obra.
O Mistério de Silver Lake
3.0 289 Assista AgoraFamoso filme de maconheiro. O diretor emprega uns trabalhos interessantes de câmera, mas a história é aquela loucura né, que até é divertida, é um filme que gostei de assistir, mas que entendo que possa ficar cansativa hora ou outra. Mas apesar de parecer ser uma viagem sem sentido, dá pra tirar várias interpretação da obra. Ao meu ver, parece muito que está falando de todo um grupo em uma época imersa em reddit e fóruns de internet que se envolvem em narrativas de conspiração para escapar da monotonia da vida cotidiana. Pode ser que não seja isso e esteja falando merda, mas é um filme que é bem mais tematicamente complexo do que parece.
À Procura do Amor
3.5 275 Assista AgoraÉ calcado principalmente pelas atuações de Júlia Louis-Dreyfus e James Gandolfini que estão muito adoráveis e constroem muito bem essas personagens e sua relação. E gosto de como aborda seus temas, sobre como deixamos o histórico ou a opinião de terceiros moldarem a nossa percepção acerca das pessoas que nos relacionamos, ao invés de formamos nossa própria percepção baseada na nossa relação com a pessoa em si. É um filme simples até, mas extremamente agradável.
Akira
4.3 868 Assista AgoraÉ um clássico indiscutível. Tem muita coisa ali de worldbuilding e de construção imagética mesmo que repercutem até hoje nas coisas que a gente assiste. E é tematicamente muito profundo, dá pra tirar várias leituras sobre pós-guerra e questões sociais e muitas coisas além disso. Mas apesar de entender tudo isso, é um filme que só não me pegou, achei a história um pouco convoluta, e não consegui me afeiçoar tanto assim a história contada.
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraÉ um bom filme de slasher, que reconhece os seus elementos e referencias e os utiliza de uma forma muito competente e divertida. Mia Goth é surpreendente, principalmente depois que tu descobre que ela faz as duas personagens, tanto a nova e a velha num trabalho de maquiagem magistral.
Pobres Criaturas
4.2 1,1K Assista AgoraÉ um filme do Yorgos Lanthimos, então é mais uma obra que vai explorar a bizarrice e o estranhamento que muitas vezes resultam em humor. E é um filme que reflete isso de forma impecável na sua construção técnica, principalmente na fotografia, que começa preto e branco e completamente distorcida em questão de escolhas de lentes, passando por umas escolhas de cores bem mais saturadas e chamativas, que são auxiliados pelo design de produção magnífico, que mistura steampunk com uma fantasia fabulosa, e termina com uma fotografia bem mais natural e sóbria.
Tudo isso reflete a evolução da protagonista, que é magnificamente atuada pela Emma Stone, que se entrega aqui de forma completa e sem pudores, construindo muito bem esse amadurecimento da personagem. É curiosos que esse filme tenha saído no mesmo ano de Barbie, porque sinto que tematicamente os filmes dialogam bastante, explorando essa temática da descoberta e evolução feminina. Mas em Barbie sinto que foca mais nos aspectos políticos e sociais, enquanto aqui aborda mais a questão sexual, e como essa descoberta sexual impacta nessa reinterpretação da mulher sobre seu papel no mundo moderno.
A trilha é outro ponto alto, completamente destoante e estranha, casa muito bem com a abordagem do filme. Mas acho que se torna cansativo conforme avança, faltou um trabalho da montagem de tornar o pacing mais agradável. Ainda assim, adorei bastante o filme.
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista AgoraAssim como no primeiro filme, não tem a história mais complexa do mundo. Mas isso talvez seja até intencional, já que o James Cameron mais uma vez brilha na direção. Utiliza ao máximo os efeitos visuais de forma a nos fazer mergulhar naquele mundo a ponto de até causar um estranhamento quando voltamos para a realidade. Gosto muito de como ele "gasta" tempo só passeando pelos cenários novos de Pandora, refletindo o deslumbramento dos personagens em nós, espectadores. E a sequência do final é magnífica, mostrando que o Cameron é um dos maiores experts em ação que temos.
Submarine
4.0 1,6KNão quero ficar falando mal, porque não acho ruim de fato, mas não me pegou bem, achei bem chatinho. Talvez revendo no futuro (se isso acontecer) eu acabe gostando mais.
Os Olhos de Tammy Faye
3.3 177 Assista AgoraRepete a fórmula de Judy: filme baseado em uma personalidade conhecida completamente esquecível que serve apenas para dar um Oscar para uma atriz que até oferece uma boa performance, mas longe de ser algo memorável.
Blonde
2.6 443 Assista AgoraAna de Armas manda bem como a Marilyn Monroe, e nem me incomodo tanto assim com as "polêmicas" que cercam o filme. O problema é que ele é só insuportavelmente chato. Até entendo algumas escolhas do diretor, na forma como ele representa os traumas da protagonista, mas é tudo muito arrastado. É um filme que se fosse bom, não seria tão criticado pelas escolhas controversas.
Thor: Amor e Trovão
2.9 970 Assista AgoraO Taika Waititi nunca me enganou. Achei o Thor Ragnarok bem mediano, e esse daqui mais fraco ainda. É um filme que se perde em piadinhas sem graça e que se torna chato e sem foco, com personagens que deveriam nos cativar, mas me causaram indiferença.
Como Se Fosse a Primeira Vez
3.7 2,4K Assista AgoraTodo o núcleo envolvendo o romance entre os personagens do Adam Sandler e da Drew Berrymore, que estão até bem em seus papéis, é a parte mais cativante. Pena que o filme fica perdendo tempo em uns núcleos e personagens imbecis que só criam cenas sem graça, tirando o foco da história que realmente interessa. Poderia ser muito melhor se focasse na parte que realmente importa.