toda a situação no supermercado me faz pensar que uma das maiores qualidades da humanidade é a subjetividade. por sermos todos absurdamente diferentes uns dos outros, apresentarmos uma mistura de aspectos muito específica, quando estamos em grupo é muito difícil lidar com isso. ainda que cada pessoa encare uma situação de uma forma (mesmo que essa situação seja uma tragédia sobrenatural inexplicável), é muito fácil se submeter às explicações de uma pessoa só porque estamos apegados a apagar a diferença. na situação do supermercado, se submeter às interpretações bíblicas era sinônimo de sobrevivência. na vida, com o objetivo de conquistar o amor, o reconhecimento e a aceitação de outras pessoas, costumamos diminuir muito de nós mesmos. o ponto é que stephen king atingiu um nível extraordinário com isso tudo mostrando que em algumas situações, ser diferente chega a ser letal, da mesma forma que foi para os não-crentes, que foram forçados a saírem de um local seguro por serem interpretados como ameaça. o final do filme também é um soco no estômago.
para quem cursa psicologia ou tem algum contato com psicanálise, esse filme me lembra o texto "psicologia das massas e análise do eu" (1921) de sigmund freud de maneira extremamente assustadora.
o panorama amplo desse filme mostra a subjetividade de uma maneira assustadora, principalmente por focar nos diversos problemas que o corpo estudantil de uma escola pode apresentar. em um viés quase camusiano, mostra que uma pessoa lida com problemas de auto estima, outra gosta de fotografia, outra tem bulimia, outra canta bem, outra fuma maconha, outra tem que cuidar do pai e outra comete um atentado e mata várias pessoas.
me lembrei muito da música e do clipe "amor marginal", de johnny hooker. "[...] meu amor, não mais deixes escapar nenhum desejo do teu olhar. de pecados proibidos, esquecidos..."
sinceramente, toda a tensão criada na primeira parte do filme foi diluída com o efeito usado no bebê. não consegui mais me sentir nem um pouco motivado a assistir o resto, o que me fez dar o filme como visto. ainda assim, atuações incríveis de isabél zuaa e marjorie estiano.
achei engraçado que no primeiro filme os diálogos se baseiam em informações aleatórias e interessantes da vida dos dois. no segundo filme também teve muito disso, mas com adições de novidades sobre o que aconteceu desde então. o terceiro tem um pouco das duas coisas, mas quebra muito da fantasia com brigas, desafios, confusão e por fim, a vontade de permanecer juntos.
tem algumas comédias românticas que são extremamente engraçadas, emocionantes e fofas ao mesmo tempo. esse filme peca nos três aspectos. ao invés de atingir naturalmente o equilíbrio entre as três coisas, como 10 coisas que odeio em você, juno e o diário da princesa, tenta forçar tudo de maneira indelicada e fraca.
uma experiência fenomenal de poder ver o que inspirou um grande número de filmes do gênero. não me surpreendo em perceber como halloween supera boa parte do terror atual.
love simon não promete uma história muito envolvente, atuações marcantes ou qualquer aspecto característico de filmes não-hollywoodianos. é um filme adolescente, com referências a diversos elementos da vida de pessoas jovens. as referências promovem uma identificação, o que faz com que os adolescentes vejam a si mesmos no filme, sendo gays ou não. e por essa facilidade de entreter, love simon é um bom filme ainda que não seja o melhor filme do mundo, pela facilidade que possui de prender a atenção de um público popular e apresentar uma proposta muito mais que necessária de que homossexualidade é uma condição humana, não é uma doença, enquanto homofobia é uma construção social que oprime e violenta diversas pessoas diariamente.
não vejo como poderia não ser um filme lento e difícil de ser visto. a temática dicotômica de euforia e tristeza comparece na trama de maneira seca, frisando na solidão. percebi também que não escolheram sem mais nem menos que a história se passasse em tóquio, visto que é uma cidade extremamente vibrante e viva. pelo que entendo, a proposta era mostrar que ainda em meio em tantas cores seria possível haver pessoas deprimidas. um ótimo filme, eu diria.
tom era colocado no lugar de guy durante o filme inteiro. enquanto ele preenchesse o buraco deixado pelo falecido, a família não teria que lidar com a morte. francis era colocado por tom no lugar de guy por conta das semelhanças entre os dois. sendo assim, as cenas com caráter sexual (apesar de não mostrarem transas, mas violências de francis com tom) expressavam que tom não conseguia ir embora porque guy, para ele, vivia em francis. agathe era colocada no lugar de alguém que não pode saber da sexualidade de guy, que penso se referir a francis. sendo assim, francis se projetava em agathe, protegendo a si mesmo de estar ciente do fato de que guy era homossexual. o que fazia com que francis não conseguisse lidar com a sexualidade do irmão permanece sendo uma questão para mim, mas segundo outros comentários que li, isso acontecia porque francis também era gay. caso essa hipótese seja verdadeira, acredito ser brilhante que xavier não colocou isso de forma muito óbvia na trama, fazendo com que o público tenha que concluir isso por si só.
acho fascinante como o sotaque, a cultura, o calor e o cinema pernambucano operam invocações nada contidas ao desejo e à luxúria em suas produções. tatuagem grita todas essas coisas com um vozeirão pernambucano as fuck. história cativante, proposições muito mais que atuais, personagens memoráveis, fotografia de uma beleza sem igual e uma trilha sonora criteriosamente selecionada que somando-se formam essa ode ao corpo, ao sexo, ao carnal, ao cru, ao nu, ao cu, ao profano, ao omisso, ao livre.
Sexta-Feira 13
3.4 778 Assista Agoraperde feio pra halloween, mas vale à pena.
O Nevoeiro
3.5 2,6K Assista Agoratoda a situação no supermercado me faz pensar que uma das maiores qualidades da humanidade é a subjetividade. por sermos todos absurdamente diferentes uns dos outros, apresentarmos uma mistura de aspectos muito específica, quando estamos em grupo é muito difícil lidar com isso. ainda que cada pessoa encare uma situação de uma forma (mesmo que essa situação seja uma tragédia sobrenatural inexplicável), é muito fácil se submeter às explicações de uma pessoa só porque estamos apegados a apagar a diferença. na situação do supermercado, se submeter às interpretações bíblicas era sinônimo de sobrevivência. na vida, com o objetivo de conquistar o amor, o reconhecimento e a aceitação de outras pessoas, costumamos diminuir muito de nós mesmos. o ponto é que stephen king atingiu um nível extraordinário com isso tudo mostrando que em algumas situações, ser diferente chega a ser letal, da mesma forma que foi para os não-crentes, que foram forçados a saírem de um local seguro por serem interpretados como ameaça. o final do filme também é um soco no estômago.
para quem cursa psicologia ou tem algum contato com psicanálise, esse filme me lembra o texto "psicologia das massas e análise do eu" (1921) de sigmund freud de maneira extremamente assustadora.
A Bruxa de Blair
3.1 1,6Kqueria ter visto quando criança, porque aí valeria à pena assistir de novo.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista Agoracomo seria possível a vida se manter acontecendo se por conta de um parto tanta destruição acontece? a extinção seria uma realidade.
Os 3
3.4 560nada mais adequado que atribuir três estrelas.
Elefante
3.6 1,2K Assista Agorao panorama amplo desse filme mostra a subjetividade de uma maneira assustadora, principalmente por focar nos diversos problemas que o corpo estudantil de uma escola pode apresentar. em um viés quase camusiano, mostra que uma pessoa lida com problemas de auto estima, outra gosta de fotografia, outra tem bulimia, outra canta bem, outra fuma maconha, outra tem que cuidar do pai e outra comete um atentado e mata várias pessoas.
Contra Corrente
4.0 408me lembrei muito da música e do clipe "amor marginal", de johnny hooker. "[...] meu amor, não mais deixes escapar nenhum desejo do teu olhar. de pecados proibidos, esquecidos..."
As Boas Maneiras
3.5 647 Assista Agorasinceramente, toda a tensão criada na primeira parte do filme foi diluída com o efeito usado no bebê. não consegui mais me sentir nem um pouco motivado a assistir o resto, o que me fez dar o filme como visto. ainda assim, atuações incríveis de isabél zuaa e marjorie estiano.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista Agoraachei engraçado que no primeiro filme os diálogos se baseiam em informações aleatórias e interessantes da vida dos dois. no segundo filme também teve muito disso, mas com adições de novidades sobre o que aconteceu desde então. o terceiro tem um pouco das duas coisas, mas quebra muito da fantasia com brigas, desafios, confusão e por fim, a vontade de permanecer juntos.
Entrevista Com o Vampiro
4.1 2,2K Assista Agoraa atuação da kirsten dunst me deixou boquiaberto.
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista Agoraaí você fica fantasiando de encontrar um estranho interessante assim nos meios de transporte da vida.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista Agoranão sabia que eu era capaz de chorar tanto com um filme.
Alex Strangelove - O Amor Pode Ser Confuso
3.2 364 Assista Agoratem algumas comédias românticas que são extremamente engraçadas, emocionantes e fofas ao mesmo tempo. esse filme peca nos três aspectos. ao invés de atingir naturalmente o equilíbrio entre as três coisas, como 10 coisas que odeio em você, juno e o diário da princesa, tenta forçar tudo de maneira indelicada e fraca.
Halloween: A Noite do Terror
3.7 1,2K Assista Agorauma experiência fenomenal de poder ver o que inspirou um grande número de filmes do gênero. não me surpreendo em perceber como halloween supera boa parte do terror atual.
O Monstro no Armário
3.7 237 Assista Agorasó faltou tocar crystal castles.
Com Amor, Simon
4.0 1,2K Assista Agoralove simon não promete uma história muito envolvente, atuações marcantes ou qualquer aspecto característico de filmes não-hollywoodianos. é um filme adolescente, com referências a diversos elementos da vida de pessoas jovens. as referências promovem uma identificação, o que faz com que os adolescentes vejam a si mesmos no filme, sendo gays ou não. e por essa facilidade de entreter, love simon é um bom filme ainda que não seja o melhor filme do mundo, pela facilidade que possui de prender a atenção de um público popular e apresentar uma proposta muito mais que necessária de que homossexualidade é uma condição humana, não é uma doença, enquanto homofobia é uma construção social que oprime e violenta diversas pessoas diariamente.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista Agoranão vejo como poderia não ser um filme lento e difícil de ser visto. a temática dicotômica de euforia e tristeza comparece na trama de maneira seca, frisando na solidão. percebi também que não escolheram sem mais nem menos que a história se passasse em tóquio, visto que é uma cidade extremamente vibrante e viva. pelo que entendo, a proposta era mostrar que ainda em meio em tantas cores seria possível haver pessoas deprimidas. um ótimo filme, eu diria.
Tom na Fazenda
3.7 368 Assista Agoraacredito que sobretudo o filme fala de lugares. junto de todo o caráter inconclusivo, o que pude pensar da história foi o seguinte.
tom era colocado no lugar de guy durante o filme inteiro. enquanto ele preenchesse o buraco deixado pelo falecido, a família não teria que lidar com a morte. francis era colocado por tom no lugar de guy por conta das semelhanças entre os dois. sendo assim, as cenas com caráter sexual (apesar de não mostrarem transas, mas violências de francis com tom) expressavam que tom não conseguia ir embora porque guy, para ele, vivia em francis. agathe era colocada no lugar de alguém que não pode saber da sexualidade de guy, que penso se referir a francis. sendo assim, francis se projetava em agathe, protegendo a si mesmo de estar ciente do fato de que guy era homossexual.
o que fazia com que francis não conseguisse lidar com a sexualidade do irmão permanece sendo uma questão para mim, mas segundo outros comentários que li, isso acontecia porque francis também era gay. caso essa hipótese seja verdadeira, acredito ser brilhante que xavier não colocou isso de forma muito óbvia na trama, fazendo com que o público tenha que concluir isso por si só.
Tatuagem
4.2 923acho fascinante como o sotaque, a cultura, o calor e o cinema pernambucano operam invocações nada contidas ao desejo e à luxúria em suas produções. tatuagem grita todas essas coisas com um vozeirão pernambucano as fuck. história cativante, proposições muito mais que atuais, personagens memoráveis, fotografia de uma beleza sem igual e uma trilha sonora criteriosamente selecionada que somando-se formam essa ode ao corpo, ao sexo, ao carnal, ao cru, ao nu, ao cu, ao profano, ao omisso, ao livre.
O Paradoxo Cloverfield
2.7 780 Assista Agoranetflix, pq você matou meu cloverfield?
Rua Cloverfield, 10
3.5 1,9Kcaralho que lombra
Mamma Mia! O Filme
3.6 1,8K Assista Agoramark darcy tá uma gracinha nesse filme
Dunkirk
3.8 2,0K Assista Agorase a agonia fosse um filme, seria esse.
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista Agoraa primeira vez que você assiste é bem confusa, mas a segunda, terceira, quarta... sempre se torna melhor a cada vez.