O universo de monstros da Legendery finalmente começa a tomar forma e esse filme é um grande passo que foi dado. Não esperava muita coisa além de um bom blockbuster, mas 'Kong: Skull Island' se mostrou ser muito maior que isso.
O filme desenvolve muito bem duas coisas bastante importantes, o próprio universo desses monstros e o personagem principal do longa, entendemos o porquê de o Kong ser o último de sua espécie, entendemos os motivos dele ser tratado como um Deus pelos nativos e o principal, o do porque de sua existência. A natureza fala através do personagem, entendemos como tudo funciona, o equilíbrio que aquela criatura traz para aquele habitat. O ponto fraco do filme é o desenvolvimento dos personagens humanos (ok, eu sei que o filme é sobre a criatura, mas não custa nada ter um pouco mais de cuidado com aqueles personagens que vamos acompanhar, né?) Se pelo menos alguns deles fossem melhor desenvolvido, teríamos um filme melhor do que já é. Estou bastante ansioso para os próximos filmes desse universo, sinto que teremos brigas muito boas entre vários monstros.
Bong Joon-ho, acertou mais uma vez. E não foi só mais um filme excelente, aqui temos um filme com uma mensagem extremamente importante. Até onde a humanidade é capaz de ir para sustentar a Auschwitz do capitalismo? Vidas são vistas como dinheiro, são apenas números em uma tela, vidas que se transformam em nada por ganância, vidas que sofrem ao perceber o que os espera. O olhar de Okja é algo marcante, da felicidade reluzente ao vermelho de lágrimas, temos um filme que pode parecer bobo de início, mas tem uma profundidade única, em suas cores, mensagens são passadas, em sua música, sentimentos são transmitidos, no olhar inocente da pequena Mija, vemos apenas a simplicidade de querer voltar pra casa com sua amiga. Cenas fortes são impostas sem serem totalmente explícitas, a final, já sabemos o que ocorre, sentimos lá no fundo como a inocência de Okja é perdida, como seres vivos são tratados como nada. Vários estereótipos são usados de modo proposital mostrando a realidade da faixada do mercado, tudo é pensado através da mensagem que temos que receber. No fim, muitas vidas são perdidas e muitas outras ainda serão, mas ao salvar uma, acabamos salvando muitas outras indiretamente, mesmo com baixas e derrotas, levantamos e corremos atrás de tudo que acreditamos. 'Okja' não pode ser ignorando.
Baseado no livro homônimo, escrito por; Vladimir Nabokov. Temos uma trama que não se trata de um romance, longe disso. Temos aqui a percepção de o desejo se tornar obsessão, onde realmente tem sentimentos e onde temos a doença da posse. Kubrick com uma direção sensual, nos coloca em ritmo de sedução sem ser explícito, deixando nossa mente trabalhar como um exercício desafiador. Será que posso chegar ao ponto do Professor Humbert? Temos uma luta entre a gana carnal e a manipulação sexual bem desenvolvida e por mais que o filme tenha sua 2h e 30min. Passa muito rápido. Detalhe é a atuação maravilhosa de Sue Lyon, que trabalha o olhar como se fosse seu veneno fatal e seu corpo como sua isca, acabando com a presa no seu momento mais vulnerável.
Um filme que bate em cima de muitas questões de extrema importância, principalmente no mundo em que vivemos hoje. O capitalismo impiedoso com aqueles que não tem oportunidades é muito bem explorado, o diretor mostra um outro lado da "Poderosa Inglaterra" um lado humilde, sem oportunidade, quase sem esperança de que as coisas podem dar certo. As duas tramas abordadas pelo roteiro são extremamente sensíveis, com cenas que nos deixam chocados ou extremamente emocionados. Não foi um filme fácil de se ver, não para a minha pessoa, pois já foi uma realidade que bateu na porta aqui de casa e com muito esforço ela não entrou. Vejo no personagem do Daniel e na personagem da Kattie, a realidade de muitos, lutar todo dia para sobreviver e não para aproveitar a vida. Ken Loach nos entrega um dos filmes mais cruéis do festival de Cannes de 2016. Muito merecido a palma de ouro para essa obra extremamente importante.
"Eu, Daniel Blake, exijo a data do meu recurso antes que eu morra de fome!"
Não sou fã de filmes de catástrofe, mas eu adoro esse, com certeza é meu favorito do gênero. Em meio toda a história inacreditável, o roteiro passa uma mensagem bacana sobre imigrantes, aquecimento global e preconceito. Tirando alguns clichês, o filme é bem desenvolvido e tem um encerramento otimista. Pena que a mensagem que o filme passa é ignorada até hoje.
Em seu primeiro longa, Christopher Nolan e seu irmão, Jonathan Nolan (roteirista), nos fazem refletir sobre o que são lembranças. Nossa memória realmente é confiável? Através de linhas escritas em nossos corpos contamos uma história que preferimos esquecer, para evitar uma dor? Talvez... O fato é que o ser humano só faz questão de lembrar e celebrar aquilo que lhe é mais viável, evitando conflitos e crises de identidade. O quão longe podemos levar isso sem afetar a vida de outras pessoas? São muitos questionamentos e muitas revelações em seu roteiro retrógrado muito bem trabalhado junto a uma montagem bastante eficiente. Mesmo deixando pistas na nossa frente durante toda projeção, é difícil sacar tudo o que nos vai ser esclarecido. 'Memento' pode não ser uma Obra-Prima, mas beira a genialidade com algo tão simples e nos faz refletir como poucos.
É um fato que o maior mérito desse filme é o fator nostalgia. Quem assistindo a esse filme não se pegou lembrando da infância vendo os Rangers salvar o dia? Felizmente não para por ai as qualidades, o roteiro trabalha bem na construção de personagens, o primeiro ato tem muitas coisas para serem aproveitadas em uma provável continuação. Câmeras inventivas, problemas sociais, psicológicos, familiares, tudo isso é bem abordado. O mesmo roteiro que trabalha bem no primeiro ato, vai perdendo um pouco de força e cria uma barriga no meio do filme, meio que enrola um bocado, mas ainda sim não consegue estragar. O excelente conceito de morfar aqui foi para outro nível, não é mais algo simples, é algo que tem que ser conquistado e a muito suor. O longa traz de. Volta uma franquia muito querida e de um modo bem digno, espero que a continuação seja logo confirmada. "Não é só porque você fez algo ruim, que você seja uma pessoa ruim."
Com uma direção bastante segura (Direção premiada em Cannes) e com uma Kristen Stewart provando cada vez mais o quanto é uma ótima atriz, 'Personal Shopper' é um filme que sofre com um roteiro que não sabe que tipo de filme quer ser. Horas é um cotidiano bastante morno da personagem, horas é uma intriga policial e horas é um ótimo filme de terror. Se os idealizadores tivessem investido nesse filme de terror, com certeza teríamos um filmaço digno de prêmios, mas infelizmente só temos pinceladas desse filme que queríamos tanto ver. Até a metade o filme vai intercalando entre o terror e o cotidiano, mas após isso, resolvem colocar um assassinato para movimentar a trama, assassinato esse que é totalmente previsível e desnecessário, tira todo o ritmo do filme e foca em algo que não acrescenta em nada! Eu realmente pensei que o filme terminaria assim, mas felizmente em seus dez minutos finais ele volta ao ar mais assombroso e consegue finalizar de um modo não tão "brochante".
Com seu humor ácido, Kubrick fez um filme que após mais de 50 anos continua assustadoramente atual. Batendo em cima de questões conservadoras, mostrando que o sistema é falho e o poder corrompe. Esteriótipos são usados aqui de maneira brilhante, mostrando ao público como tudo está na nossa cara, mas fazemos vista grossa. A trilha sonora é um personagem a parte, sem ela o filme perderia muito de seu significado, trilha essa que acabou se tornando símbolo do gênero. Peter Sellers com toda sua genialidade, deu vida a três personagens bem distintos, incrível como esses três personagens são as linhas que fazem todo se conectar, analisando o roteiro, vemos que o Kubrick acertou em cheio ao escolher um ator do nível de Sellers para contar a história. "CAVALHEIROS, VOCÊS NÃO PODEM BRIGAR AQUI! ESTA É A SALA DE GUERRA!"
'Renovação' essa palavra define bem o que esse filme representa para todo fã de quadrinhos. Patty Jenkins chegou com tudo e trouxe um filme inspirado. O longa flui muito bem, sem deixar o ritmo cair, aborda assuntos de extrema importância para o mundo dos quadrinhos e para nossa realidade hoje em dia, assuntos que eu não tinha visto ser trabalhado em nenhum filme do gênero. Ele bate de leve, mas ainda sim bate de frente com o machismo, racismo, militarismo e outros assuntos bem complexos, não se aprofunda tanto, claro! Ainda estamos falando de um filme blockbuster. É incrível como o filme me fez sentir uma variedade imensa de sentimentos, fiquei extremamente emocionado, me veio a imagem de quando era criança e meu pai me deu meu primeiro quadrinho da super-heroína, principalmente na cena mais emblemática do filme, a que ela vai para o front e faz com que todo o heroísmo venha a tona, uma cena que simboliza bem o que é ser um super herói. Sentimos a desgraça da guerra, as perdas, as vitorias e o bom senso. Gal Gadot nasceu para esse papel e não precisa de olhão azul ou ser super encorpada para passar soberania e poder, ela arraza em tela! Uma das minhas preocupações era ver a 'equipe' em sincronia, coisa bastante complicada em fazer em pouco mais de duas horas, para minha felicidade todos se sairam muito bem e você crê na amizade de todos. Esse pode não ser o melhor filme de super herói de todos os tempos, mas com certeza é o melhor filme do DCU e dá uma vida nova a esse universo compartilhado. E como isso é símbolico, o primeiro filme de uma super heroína ser a responsável por trazer esperança para todo um universo de filmes. Gal Gadot pode não ser a Mulher Maravilha que nós queríamos, mas é a que precisamos!
Sendo um filme que mexe bastante com meu emocional, fica difícil analisá-lo tecnicamente. Com seus diálogos sobre depressão, amor, amizade e autoconhecimento, 'As Vantagens de ser Invisível' acabou se tornando com o tempo um dos meus filmes favoritos. Sua trilha sonora maravilhosa fala muito sobre os personagens, agindo como um narrador em off praticamente (isso se você conhece as letras, claro). O trio principal dão show em cena, acho que esse é o melhor trabalho do Logan até hoje. Transmitindo toda insegurança de um personagem cheio de camadas, em um certo ponto, chega a ser filosófico. É engraçado como as perdas e os ganhos do personagem se conectam tanto com a minha pessoa, chega a assustar em certos momentos. É um daqueles trabalhos que captaram bem a "alma" do livro e acabaram fazendo uma das melhores adaptações que já vi e com aquela sequência final na caminhonete passando pelo túnel e na saída do mesmo subindo 'Heroes' do Bowie como se fosse um renascimento é simplesmente lindo! "Eu sei que tem pessoas que dizem que essas coisas não acontecem, e que isso serão apenas histórias um dia. Mas agora nós estamos vivos. E nesse momento, eu juro. Nós somos infinitos!"
10 anos desse filme dos talentosos Irmãos Coen, que já nasceu clássico e com ele veio um dos maiores vilões da história do cinema. Toda a atmosfera Western é perfeitamente construída em meio uma trama de gato e rato. Diálogos curtos, mas bem efetivos, junto com a fotografia do talentosíssimo Roger Deakins, fazem com que esse seja um dos melhores filmes desse século.
Logo na primeira cena o filme me chamou atenção pela narração em off do personagem, logo depois sobe a Música "No One Knows" do Queens of the Stone Age, que faz total sentido no contexto e depois vai até Sepultura, claramente influenciado pelo diretor brasileiro e quem me conhece sabe que fiquei empolgado em ouvir isso. Além da trilha sonora, a direção e toda cinematografia me agradou bastante, mas infelizmente o roteiro vai do ponto A ao ponto A e não me disse muita coisa. O primeiro ato é ótimo e entregou um ritmo bem agradável. A partir do segundo ato o longa acaba esbarrando em uma barreira e cai drasticamente, parece não ter pra onde ir. É mais uma produção da Netflix que nos deixa só na vontade.
Em seu último trabalho, Kubrick mais uma vez nos entrega uma jornada cheia de questionamentos e significados. A câmera suave passeando pelo cenário em vários planos sequencia, a trilha sonora envolvente e ao mesmo tempo inquietante, nos trazem uma atmosfera excitante. Um dos questionamentos que mais ficaram na minha cabeça é; O que realmente é uma traição? O fato de você ser casado e se atrair por outras pessoas e ser honesto em relação a isso, é algo tão grave assim, para seu parceiro adentrar em uma odisseia sexual durante as noites de Nova Iorque? Acompanhamos as perturbações de Bill, ao saber de revelações de sua esposa, ele estaria excitado com as revelações, ou simplesmente indignado e atrás de uma "vingança"? a ultima troca de diálogos do filme consegue resumir o que seu instinto carnal queria durante todo o tempo, mas ainda sim, Kubrick nos deixa com vários questionamentos, simbolismos e dúvidas sobre o nosso lado mais baixo.
Peter Berg parece estar em sua melhor forma como diretor, acertou bastante com "Deepwater Horizon" e com as séries "The Leftovers" e "Ballers". Aqui ele tem uma direção confiante, vemos muito bem que ele sabe o que está fazendo, o problema de "Patriot's Day" é o seu roteiro que acaba exagerando nas subtramas e personagens, que acabam inflando o filme e fazendo com que o mesmo se estique um pouco demais. Felizmente, mesmo com esses problemas, o longa consegue passar a sua mensagem e mostrar o quão terrível foi aquele dia.
Acho um documentário essencial para qualquer fã da banda e para qualquer um que queira montar uma banda. Um documentário corajoso, perigoso mas que talvez, junto com o psicologo que a banda contratou na época, tenham salvado a maior banda de Metal do planeta.
Um thriller cheio de diálogos comuns, mas que nos fazem pensar bastante. Com uma roupagem sombria e uma câmera muito bem manipulada. A sensação ao assistir "Unbreakable" é de estar em cena com os personagens, minha nota tinha sido um pouco menor ao terminar o filme, mas durante o dia refleti sobre sua narrativa e metáforas, me fizeram observar pontos que não tinha pegado de cara. Além disso tudo, é um excelente filme de super herói.
Ficção cientifica com bons questionamentos bem validos, eu sei que uma ficção cientifica é boa quando após o filme, fico debatendo os assuntos impostos durante horas comigo mesmo.
A Disney está mais viva do que nunca, e mais uma vez fez muito bem seu trabalho ao readaptar o clássico de A Bela e a Fera. A escolha do elenco foi muito bem feita, Emma Watson como Bela caiu perfeitamente no papel, com certeza ao lado de Luke Evans, são os melhores em cena. A química entre a Bela e a Fera é extremamente bem trabalhada, a gente acaba shippando demais os dois. Apesar de Dan Stevens não estar tão bem o casal é fantástico. A cinematografia é bem bonita e outro ponto que me incomodou foi o senso de distancia do filme. Mas nada que estrague mais uma lindeza da Disney.
Como o título já sugere, "Silence" é realmente um silencio no máximo um sussurro. O gênio por trás dessa obra, Martin Scorsese, passou 28 anos na produção desse filme, como o mesmo diz, é o projeto da sua vida. Ambientada no Japão no século XVII, a história trata de missionários portugueses que viajam ao país oriental para confortar convertidos locais e impedir que, sob o Shogunato Tokugawa, senhores feudais torturem padres cristãos - maneira local encontrada para tentar expulsar do Japão os catequistas europeus. Seu roteiro totalmente contemplativo e cheio de camas fazem necessária a sua duração de 2h e 41min. o filme te amassa, te exige reflexão e total disposição e isso não é algo ruim, pois esse não é feito para qualquer um. Sim, essa frase é manjada, mas é verdadeira. Andrew Garfield nos entrega um personagem cheio de fé e força de vontade, vontade de ajudar e pregar a palavra do seu Deus. Um personagem que ao passar do tempo vai carregando mais e mais conflitos dentro de si, testando sua fé, o fazendo questionar, o fazendo rezar para seu Deus em busca de uma luz. Ao meu ver, ele entregou o melhor personagem masculino do ano e foi totalmente ignorado pela Academia. Adam Driver, tem menos tempo em tela mas é o suficiente, mostra que também é um excelente ator e com força de vontade ainda mais poderosa que o personagem do Garfield. Enxergo o personagem do Liam Neeson no filme como uma forma de bater de frente e cutucar aquilo que as vezes somos forçados a engolir, mostrar que tudo existe um contraponto. Talvez seja o personagem que traga os questionamentos mais complexos do filme, questionamentos esses que em nenhum momento tentam ser respondidos pelo diretor. A fotografia esfumaçada nos passa a impressão de que os personagens estão sempre entre o céu e o inferno, a cada mergulho no mar, uma força a mais para lutar pelos fiéis. A ausência de trilha no filme é genial, pois o silencio impera durante todas as cenas, ouvimos a natureza, grilos e pássaros, mar e vento, criações de Deus presenciando aquela luta em seu nome. Eu vi esse filme na quarta e ainda está martelando na minha cabeça, o seu peso está nas minhas costas e seus questionamentos estão me fazendo refletir bastante. Silence é sem duvidas a mais nova obra-prima do Scorsese, e até o momento o melhor filme do ano.
A saga de Muñez para tentar ser o maior jogador do mundo continua e esse segundo filme consegue ser muito bem feito ainda, mesmo que se repita muitas coisas do primeiro filme, consegue se manter divertido e interessante, o final da um gostinho de "quero mais".
Cara, eu adoro esse filme. A construção de personagem é muito bem feita, o roteiro nos esclarece como é difícil ser descoberto como um jogador profissional, como vários bons jogadores ficam pelo caminho, como a idade mais avançada é cruel para um jogador. Fora que mostra a diferença do futebol inglês para os outros. Por um momento deu vontade de jogar bola novamente.
Kong: A Ilha da Caveira
3.3 1,2K Assista AgoraO universo de monstros da Legendery finalmente começa a tomar forma e esse filme é um grande passo que foi dado. Não esperava muita coisa além de um bom blockbuster, mas 'Kong: Skull Island' se mostrou ser muito maior que isso.
O filme desenvolve muito bem duas coisas bastante importantes, o próprio universo desses monstros e o personagem principal do longa, entendemos o porquê de o Kong ser o último de sua espécie, entendemos os motivos dele ser tratado como um Deus pelos nativos e o principal, o do porque de sua existência. A natureza fala através do personagem, entendemos como tudo funciona, o equilíbrio que aquela criatura traz para aquele habitat. O ponto fraco do filme é o desenvolvimento dos personagens humanos (ok, eu sei que o filme é sobre a criatura, mas não custa nada ter um pouco mais de cuidado com aqueles personagens que vamos acompanhar, né?) Se pelo menos alguns deles fossem melhor desenvolvido, teríamos um filme melhor do que já é. Estou bastante ansioso para os próximos filmes desse universo, sinto que teremos brigas muito boas entre vários monstros.
Okja
4.0 1,3K Assista AgoraBong Joon-ho, acertou mais uma vez. E não foi só mais um filme excelente, aqui temos um filme com uma mensagem extremamente importante. Até onde a humanidade é capaz de ir para sustentar a Auschwitz do capitalismo? Vidas são vistas como dinheiro, são apenas números em uma tela, vidas que se transformam em nada por ganância, vidas que sofrem ao perceber o que os espera. O olhar de Okja é algo marcante, da felicidade reluzente ao vermelho de lágrimas, temos um filme que pode parecer bobo de início, mas tem uma profundidade única, em suas cores, mensagens são passadas, em sua música, sentimentos são transmitidos, no olhar inocente da pequena Mija, vemos apenas a simplicidade de querer voltar pra casa com sua amiga. Cenas fortes são impostas sem serem totalmente explícitas, a final, já sabemos o que ocorre, sentimos lá no fundo como a inocência de Okja é perdida, como seres vivos são tratados como nada. Vários estereótipos são usados de modo proposital mostrando a realidade da faixada do mercado, tudo é pensado através da mensagem que temos que receber. No fim, muitas vidas são perdidas e muitas outras ainda serão, mas ao salvar uma, acabamos salvando muitas outras indiretamente, mesmo com baixas e derrotas, levantamos e corremos atrás de tudo que acreditamos. 'Okja' não pode ser ignorando.
Lolita
3.7 632 Assista AgoraBaseado no livro homônimo, escrito por; Vladimir Nabokov. Temos uma trama que não se trata de um romance, longe disso. Temos aqui a percepção de o desejo se tornar obsessão, onde realmente tem sentimentos e onde temos a doença da posse. Kubrick com uma direção sensual, nos coloca em ritmo de sedução sem ser explícito, deixando nossa mente trabalhar como um exercício desafiador. Será que posso chegar ao ponto do Professor Humbert? Temos uma luta entre a gana carnal e a manipulação sexual bem desenvolvida e por mais que o filme tenha sua 2h e 30min. Passa muito rápido. Detalhe é a atuação maravilhosa de Sue Lyon, que trabalha o olhar como se fosse seu veneno fatal e seu corpo como sua isca, acabando com a presa no seu momento mais vulnerável.
Eu, Daniel Blake
4.3 533 Assista AgoraUm filme que bate em cima de muitas questões de extrema importância, principalmente no mundo em que vivemos hoje. O capitalismo impiedoso com aqueles que não tem oportunidades é muito bem explorado, o diretor mostra um outro lado da "Poderosa Inglaterra" um lado humilde, sem oportunidade, quase sem esperança de que as coisas podem dar certo. As duas tramas abordadas pelo roteiro são extremamente sensíveis, com cenas que nos deixam chocados ou extremamente emocionados. Não foi um filme fácil de se ver, não para a minha pessoa, pois já foi uma realidade que bateu na porta aqui de casa e com muito esforço ela não entrou. Vejo no personagem do Daniel e na personagem da Kattie, a realidade de muitos, lutar todo dia para sobreviver e não para aproveitar a vida. Ken Loach nos entrega um dos filmes mais cruéis do festival de Cannes de 2016. Muito merecido a palma de ouro para essa obra extremamente importante.
"Eu, Daniel Blake, exijo a data do meu recurso antes que eu morra de fome!"
O Dia Depois de Amanhã
3.2 1,2K Assista AgoraNão sou fã de filmes de catástrofe, mas eu adoro esse, com certeza é meu favorito do gênero. Em meio toda a história inacreditável, o roteiro passa uma mensagem bacana sobre imigrantes, aquecimento global e preconceito. Tirando alguns clichês, o filme é bem desenvolvido e tem um encerramento otimista. Pena que a mensagem que o filme passa é ignorada até hoje.
Amnésia
4.2 2,2K Assista AgoraEm seu primeiro longa, Christopher Nolan e seu irmão, Jonathan Nolan (roteirista), nos fazem refletir sobre o que são lembranças. Nossa memória realmente é confiável? Através de linhas escritas em nossos corpos contamos uma história que preferimos esquecer, para evitar uma dor? Talvez... O fato é que o ser humano só faz questão de lembrar e celebrar aquilo que lhe é mais viável, evitando conflitos e crises de identidade. O quão longe podemos levar isso sem afetar a vida de outras pessoas? São muitos questionamentos e muitas revelações em seu roteiro retrógrado muito bem trabalhado junto a uma montagem bastante eficiente. Mesmo deixando pistas na nossa frente durante toda projeção, é difícil sacar tudo o que nos vai ser esclarecido. 'Memento' pode não ser uma Obra-Prima, mas beira a genialidade com algo tão simples e nos faz refletir como poucos.
Power Rangers
3.2 1,1K Assista AgoraÉ um fato que o maior mérito desse filme é o fator nostalgia. Quem assistindo a esse filme não se pegou lembrando da infância vendo os Rangers salvar o dia? Felizmente não para por ai as qualidades, o roteiro trabalha bem na construção de personagens, o primeiro ato tem muitas coisas para serem aproveitadas em uma provável continuação. Câmeras inventivas, problemas sociais, psicológicos, familiares, tudo isso é bem abordado. O mesmo roteiro que trabalha bem no primeiro ato, vai perdendo um pouco de força e cria uma barriga no meio do filme, meio que enrola um bocado, mas ainda sim não consegue estragar. O excelente conceito de morfar aqui foi para outro nível, não é mais algo simples, é algo que tem que ser conquistado e a muito suor. O longa traz de. Volta uma franquia muito querida e de um modo bem digno, espero que a continuação seja logo confirmada. "Não é só porque você fez algo ruim, que você seja uma pessoa ruim."
Personal Shopper
3.1 384 Assista AgoraCom uma direção bastante segura (Direção premiada em Cannes) e com uma Kristen Stewart provando cada vez mais o quanto é uma ótima atriz, 'Personal Shopper' é um filme que sofre com um roteiro que não sabe que tipo de filme quer ser. Horas é um cotidiano bastante morno da personagem, horas é uma intriga policial e horas é um ótimo filme de terror. Se os idealizadores tivessem investido nesse filme de terror, com certeza teríamos um filmaço digno de prêmios, mas infelizmente só temos pinceladas desse filme que queríamos tanto ver. Até a metade o filme vai intercalando entre o terror e o cotidiano, mas após isso, resolvem colocar um assassinato para movimentar a trama, assassinato esse que é totalmente previsível e desnecessário, tira todo o ritmo do filme e foca em algo que não acrescenta em nada! Eu realmente pensei que o filme terminaria assim, mas felizmente em seus dez minutos finais ele volta ao ar mais assombroso e consegue finalizar de um modo não tão "brochante".
Dr. Fantástico
4.2 665 Assista AgoraCom seu humor ácido, Kubrick fez um filme que após mais de 50 anos continua assustadoramente atual. Batendo em cima de questões conservadoras, mostrando que o sistema é falho e o poder corrompe. Esteriótipos são usados aqui de maneira brilhante, mostrando ao público como tudo está na nossa cara, mas fazemos vista grossa. A trilha sonora é um personagem a parte, sem ela o filme perderia muito de seu significado, trilha essa que acabou se tornando símbolo do gênero. Peter Sellers com toda sua genialidade, deu vida a três personagens bem distintos, incrível como esses três personagens são as linhas que fazem todo se conectar, analisando o roteiro, vemos que o Kubrick acertou em cheio ao escolher um ator do nível de Sellers para contar a história. "CAVALHEIROS, VOCÊS NÃO PODEM BRIGAR AQUI! ESTA É A SALA DE GUERRA!"
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista Agora'Renovação' essa palavra define bem o que esse filme representa para todo fã de quadrinhos. Patty Jenkins chegou com tudo e trouxe um filme inspirado. O longa flui muito bem, sem deixar o ritmo cair, aborda assuntos de extrema importância para o mundo dos quadrinhos e para nossa realidade hoje em dia, assuntos que eu não tinha visto ser trabalhado em nenhum filme do gênero. Ele bate de leve, mas ainda sim bate de frente com o machismo, racismo, militarismo e outros assuntos bem complexos, não se aprofunda tanto, claro! Ainda estamos falando de um filme blockbuster. É incrível como o filme me fez sentir uma variedade imensa de sentimentos, fiquei extremamente emocionado, me veio a imagem de quando era criança e meu pai me deu meu primeiro quadrinho da super-heroína, principalmente na cena mais emblemática do filme, a que ela vai para o front e faz com que todo o heroísmo venha a tona, uma cena que simboliza bem o que é ser um super herói. Sentimos a desgraça da guerra, as perdas, as vitorias e o bom senso. Gal Gadot nasceu para esse papel e não precisa de olhão azul ou ser super encorpada para passar soberania e poder, ela arraza em tela! Uma das minhas preocupações era ver a 'equipe' em sincronia, coisa bastante complicada em fazer em pouco mais de duas horas, para minha felicidade todos se sairam muito bem e você crê na amizade de todos. Esse pode não ser o melhor filme de super herói de todos os tempos, mas com certeza é o melhor filme do DCU e dá uma vida nova a esse universo compartilhado. E como isso é símbolico, o primeiro filme de uma super heroína ser a responsável por trazer esperança para todo um universo de filmes. Gal Gadot pode não ser a Mulher Maravilha que nós queríamos, mas é a que precisamos!
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraSendo um filme que mexe bastante com meu emocional, fica difícil analisá-lo tecnicamente. Com seus diálogos sobre depressão, amor, amizade e autoconhecimento, 'As Vantagens de ser Invisível' acabou se tornando com o tempo um dos meus filmes favoritos. Sua trilha sonora maravilhosa fala muito sobre os personagens, agindo como um narrador em off praticamente (isso se você conhece as letras, claro). O trio principal dão show em cena, acho que esse é o melhor trabalho do Logan até hoje. Transmitindo toda insegurança de um personagem cheio de camadas, em um certo ponto, chega a ser filosófico. É engraçado como as perdas e os ganhos do personagem se conectam tanto com a minha pessoa, chega a assustar em certos momentos. É um daqueles trabalhos que captaram bem a "alma" do livro e acabaram fazendo uma das melhores adaptações que já vi e com aquela sequência final na caminhonete passando pelo túnel e na saída do mesmo subindo 'Heroes' do Bowie como se fosse um renascimento é simplesmente lindo! "Eu sei que tem pessoas que dizem que essas coisas não acontecem, e que isso serão apenas histórias um dia. Mas agora nós estamos vivos. E nesse momento, eu juro. Nós somos infinitos!"
Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista Agora10 anos desse filme dos talentosos Irmãos Coen, que já nasceu clássico e com ele veio um dos maiores vilões da história do cinema. Toda a atmosfera Western é perfeitamente construída em meio uma trama de gato e rato. Diálogos curtos, mas bem efetivos, junto com a fotografia do talentosíssimo Roger Deakins, fazem com que esse seja um dos melhores filmes desse século.
Castelo de Areia
3.2 120 Assista AgoraLogo na primeira cena o filme me chamou atenção pela narração em off do personagem, logo depois sobe a Música "No One Knows" do Queens of the Stone Age, que faz total sentido no contexto e depois vai até Sepultura, claramente influenciado pelo diretor brasileiro e quem me conhece sabe que fiquei empolgado em ouvir isso. Além da trilha sonora, a direção e toda cinematografia me agradou bastante, mas infelizmente o roteiro vai do ponto A ao ponto A e não me disse muita coisa. O primeiro ato é ótimo e entregou um ritmo bem agradável. A partir do segundo ato o longa acaba esbarrando em uma barreira e cai drasticamente, parece não ter pra onde ir. É mais uma produção da Netflix que nos deixa só na vontade.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraEm seu último trabalho, Kubrick mais uma vez nos entrega uma jornada cheia de questionamentos e significados. A câmera suave passeando pelo cenário em vários planos sequencia, a trilha sonora envolvente e ao mesmo tempo inquietante, nos trazem uma atmosfera excitante. Um dos questionamentos que mais ficaram na minha cabeça é; O que realmente é uma traição? O fato de você ser casado e se atrair por outras pessoas e ser honesto em relação a isso, é algo tão grave assim, para seu parceiro adentrar em uma odisseia sexual durante as noites de Nova Iorque? Acompanhamos as perturbações de Bill, ao saber de revelações de sua esposa, ele estaria excitado com as revelações, ou simplesmente indignado e atrás de uma "vingança"? a ultima troca de diálogos do filme consegue resumir o que seu instinto carnal queria durante todo o tempo, mas ainda sim, Kubrick nos deixa com vários questionamentos, simbolismos e dúvidas sobre o nosso lado mais baixo.
O Dia do Atentado
3.6 190 Assista AgoraPeter Berg parece estar em sua melhor forma como diretor, acertou bastante com "Deepwater Horizon" e com as séries "The Leftovers" e "Ballers". Aqui ele tem uma direção confiante, vemos muito bem que ele sabe o que está fazendo, o problema de "Patriot's Day" é o seu roteiro que acaba exagerando nas subtramas e personagens, que acabam inflando o filme e fazendo com que o mesmo se estique um pouco demais. Felizmente, mesmo com esses problemas, o longa consegue passar a sua mensagem e mostrar o quão terrível foi aquele dia.
Metallica: Some Kind of Monster
3.9 100Acho um documentário essencial para qualquer fã da banda e para qualquer um que queira montar uma banda. Um documentário corajoso, perigoso mas que talvez, junto com o psicologo que a banda contratou na época, tenham salvado a maior banda de Metal do planeta.
Corpo Fechado
3.7 1,3K Assista AgoraUm thriller cheio de diálogos comuns, mas que nos fazem pensar bastante. Com uma roupagem sombria e uma câmera muito bem manipulada. A sensação ao assistir "Unbreakable" é de estar em cena com os personagens, minha nota tinha sido um pouco menor ao terminar o filme, mas durante o dia refleti sobre sua narrativa e metáforas, me fizeram observar pontos que não tinha pegado de cara. Além disso tudo, é um excelente filme de super herói.
A Descoberta
3.3 387 Assista AgoraFicção cientifica com bons questionamentos bem validos, eu sei que uma ficção cientifica é boa quando após o filme, fico debatendo os assuntos impostos durante horas comigo mesmo.
Assassin's Creed
2.9 949 Assista AgoraTecnicamente impecável, cinematografia muito foda, mas infelizmente o roteiro é bem problemático.
A Bela e a Fera
3.9 1,6K Assista AgoraA Disney está mais viva do que nunca, e mais uma vez fez muito bem seu trabalho ao readaptar o clássico de A Bela e a Fera. A escolha do elenco foi muito bem feita, Emma Watson como Bela caiu perfeitamente no papel, com certeza ao lado de Luke Evans, são os melhores em cena. A química entre a Bela e a Fera é extremamente bem trabalhada, a gente acaba shippando demais os dois. Apesar de Dan Stevens não estar tão bem o casal é fantástico. A cinematografia é bem bonita e outro ponto que me incomodou foi o senso de distancia do filme. Mas nada que estrague mais uma lindeza da Disney.
Silêncio
3.8 578Como o título já sugere, "Silence" é realmente um silencio no máximo um sussurro. O gênio por trás dessa obra, Martin Scorsese, passou 28 anos na produção desse filme, como o mesmo diz, é o projeto da sua vida. Ambientada no Japão no século XVII, a história trata de missionários portugueses que viajam ao país oriental para confortar convertidos locais e impedir que, sob o Shogunato Tokugawa, senhores feudais torturem padres cristãos - maneira local encontrada para tentar expulsar do Japão os catequistas europeus. Seu roteiro totalmente contemplativo e cheio de camas fazem necessária a sua duração de 2h e 41min. o filme te amassa, te exige reflexão e total disposição e isso não é algo ruim, pois esse não é feito para qualquer um. Sim, essa frase é manjada, mas é verdadeira. Andrew Garfield nos entrega um personagem cheio de fé e força de vontade, vontade de ajudar e pregar a palavra do seu Deus. Um personagem que ao passar do tempo vai carregando mais e mais conflitos dentro de si, testando sua fé, o fazendo questionar, o fazendo rezar para seu Deus em busca de uma luz. Ao meu ver, ele entregou o melhor personagem masculino do ano e foi totalmente ignorado pela Academia. Adam Driver, tem menos tempo em tela mas é o suficiente, mostra que também é um excelente ator e com força de vontade ainda mais poderosa que o personagem do Garfield. Enxergo o personagem do Liam Neeson no filme como uma forma de bater de frente e cutucar aquilo que as vezes somos forçados a engolir, mostrar que tudo existe um contraponto. Talvez seja o personagem que traga os questionamentos mais complexos do filme, questionamentos esses que em nenhum momento tentam ser respondidos pelo diretor. A fotografia esfumaçada nos passa a impressão de que os personagens estão sempre entre o céu e o inferno, a cada mergulho no mar, uma força a mais para lutar pelos fiéis. A ausência de trilha no filme é genial, pois o silencio impera durante todas as cenas, ouvimos a natureza, grilos e pássaros, mar e vento, criações de Deus presenciando aquela luta em seu nome. Eu vi esse filme na quarta e ainda está martelando na minha cabeça, o seu peso está nas minhas costas e seus questionamentos estão me fazendo refletir bastante. Silence é sem duvidas a mais nova obra-prima do Scorsese, e até o momento o melhor filme do ano.
Gol! 3: Assumindo o Mundial
2.0 66Que decepção esse filme, foge de tudo que os outros dois construiram e ainda jogam o Muñez como coadjuvante. A historia em si já é bem nada a ver.
Gol! 2: Vivendo o Sonho
3.2 95A saga de Muñez para tentar ser o maior jogador do mundo continua e esse segundo filme consegue ser muito bem feito ainda, mesmo que se repita muitas coisas do primeiro filme, consegue se manter divertido e interessante, o final da um gostinho de "quero mais".
Gol! – O Sonho Impossível
3.5 160Cara, eu adoro esse filme. A construção de personagem é muito bem feita, o roteiro nos esclarece como é difícil ser descoberto como um jogador profissional, como vários bons jogadores ficam pelo caminho, como a idade mais avançada é cruel para um jogador. Fora que mostra a diferença do futebol inglês para os outros. Por um momento deu vontade de jogar bola novamente.