Se durante algum tempo foram os asiáticos que deram verdadeiras lufadas de ar fresco ao cinema fantástico e de terror, nos últimos anos têm sido os espanhóis que têm tomado a posição com alguns dos mais bem sucedidos projetos que puxam os remakes de Hollywood.
O longa prende o espectador desde o início. Vai revelando pequenos mistérios, deixando pontas soltas e sobretudo criando um ambiente completamente claustrofóbico. Outro destaque é a fotografia, que aposta nos tons de cinza, obscuros e esbatidos que nos levam a ver pelos olhos de Julia. Uma proposta extremamente interessante para os apreciadores do suspense, alicerçado sobretudo na força da interpretação de Belén Rueda e em todo o ambiente sufocante criado em torno do mistério que ela investiga.
O longa encerra a trajetória dos brinquedos de maneira digna e complexa, em uma aventura que mistura comédia e drama com coerência e desemboca em um final melancolicamente devastador. O segredo da qualidade superior da obra está na abordagem.
Enquanto a maioria das sequências de filmes famosos coloca personagens conhecidos vivendo variações das aventuras originais, a terceira parte da franquia da Pixar se baseia na lógica para desenvolver uma situação dramática já rascunhada nas duas partes anteriores, e que aqui atinge um ponto culminante. Essa situação pode ser resumida em uma pergunta: o que acontece com os brinquedos depois que seu dono cresce e pára de brincar com eles?
Se fosse necessário resumir toda a saga em uma única palavra, seria respeito. Isso mesmo, os dez anos de Harry Potter são dignos de respeito. A Warner soube tomar decisões puramente comerciais, sem desrespeitar a série de livros e ainda agregar valor como arte cinematográfica - os oito filmes foram sucesso absoluto de público e crítica.
O último longa da franquia só veio para confirmar isso, com uma altíssima qualidade de produção e uma direção de arte impecável que manteve o espectador mergulhado na fantasia. Agora, explicar o fenômeno de empatia do público com o menino bruxo não é tarefa fácil e nem vou me dar o trabalho de tentar. Quando ainda rascunhava o que seria o primeiro livro da série, a inglesa J. K. Rowling não poderia imaginar que estava realizando uma mágica maior do que a de qualquer um dos bruxos citados em seus livros.
O longa é uma fantasia sobre a infância que aflora emoções. O diretor Spike Jonze transforma brincadeira de criança em coisa séria, mas com espaço para a imaginação. Olhar com clareza para nossa índole parece tarefa complicada nos dias de hoje. A tecnologia, a pressão e a necessidade constante de manter as aparências afasta o homem de sua verdadeira essência. Então, que a bagunça real comece e cada um reencontre sua infância da melhor maneira possível.
O longa é atual não por ser apenas do Facebook mas por abordar questões pertinentes como o bullying virtual ou a falsa sensação de poder que a internet pode criar. Isso sem falar na questão dos direitos autorais em tempos de web colaborativa e até mesmo na crise da indústria fonográfica. Fora isso, a edição alucinante e claustrofóbica de Fincher, pontuada com os ótimos diálogos do roteiro de Aaron Sorkin e a nervosa trilha sonora de Trent Reznor, fazem do filme um thriller dos bons. Ou melhor, um thriller nerd dos bons.
Sabe aqueles filmes que você assiste na adolescência e depois não há cristo que te faça lembrar o nome. A PRIMEIRO TRANSA DE JONATHAN foi um desses! Eu tinha uns 12 anos quando assisti no Corujão. O pior é que depois eu falava com todos sobre o filme, mas ninguém lembrava o nome também. Como o longa se passa nos anos 50, eu achava que de fato tinha sido produzido na época. Enfim, o filme tem toda a inocência dos anos 80 e o charme da década de 50.
Coisas que eu aprendi sobre o Rio de Janeiro assistindo FEITIÇO DO RIO, com Michael Caine e Demi Moore: topless é regra nas praias de Ipanema e Copacabana; as pessoas levam seus macaquinhos de estimação para passear na coleira como cachorro; os casamentos acontecem a noite na beira da praia e terminam tradicionalmente com uma baiana queimando o véu da noiva e todos os convidados pelados tomando banho de mar; no alto do pão de açúcar você pode experimentar um delicioso espeto corrido servido por garçons gaúchos tipicamente pilchados ao som de um artista tocando bandolim; e, por fim, a fruta-do-conde é o afrodisíaco perfeito para os velhotes que querem ter fôlego com as mulatas. Sobre o filme: é tipo LOLITA com um tempero brasileiro. Enfim, é divertido e está disponível no Netflix!
LARRY CROWNE é um filme bobo com um roteiro ingênuo, mas tem dois astros (Tom Hanks e Julia Roberts) que não precisam de muito para te conquistar! Assista porque é sempre um prazer estar na companhia do Forrest e de uma Pretty Woman - e de brinde tem Mr. White (Bryan Cranston) como um escritor quarentão que virou blogueiro e que tem um libido de um garoto de 13 anos.
CAPITÃO PHILLIPS é um filme de ação e opostos - a ignorância e a ingenuidade do líder mambembe dos piratas versus a hegemonia armamentista americana. O terceiro ato é simplesmente desesperador e o final emociona com um Tom Hanks completamente entregue e derrotado - tudo ritmado por uma trilha sonora insistente e uma câmera nervosa e documental de um Paul Greengrass que exibe aqui uma evolução do que aprendeu fazendo a trilogia Bourne. Assista e fique atento que as grandes apostas do Oscar 2014 já começaram a apontar no cinema. De boa, Tom Hanks já merecia o "douradinho" só por aqueles minutos finais.
JOGOS VORAZES é a aventura/saga juvenil mais interessante, envolvente e cheia de estilo desde HARRY POTTER. Hollywood adaptou tanto livro merda para o cinema na tentativa de preencher o espaço deixado pelo bruxinho que o negócio já tava virando piada. Bom, o primeiro JOGOS VORAZES já tinha ficado bem acima da média, mas o segundo EM CHAMAS conseguiu ir além!
O diretor Francis Lawrence, que assumiu o lugar do arregão Gary Ross, conseguiu explorar muito bem todo o subtexto do universo criado por Suzanne Collins, mas como bem destacou Érico Borgo em sua crítica "lamentavelmente ainda deve passar metros acima das cabeças de grande parte do público, que está ali, ironicamente, apenas pelo espetáculo que ele representa. Apesar de tratar de abuso de poder, de direitos e deveres do estado, de sacrifícios pessoais, "pão e circo" e o papel do cidadão, lê-se por aí comentários do tipo "como seria legal viver em Panem", prova do estado da capacidade de raciocínio crítico de uma fração desta geração".
O terceiro livro ESPERANÇA será divido em dois filmes - 2014 e 2015. Acho justo, já que vai saber quando Hollywood vai acertar a mão novamente no segmento né!
Quando assisti DE OLHOS BEM FECHADOS, em 1999, no auge da maturidade dos meus 15 anos, pensei: há legal, Nicole Kidman sensualizando na privada, peitinhos e orgias. A sinopse? Tom Cruise fica mordidinho com os sonhos da esposa e resolve despirocar pela cidade - aprontando altas confusões.
Entendeu porque alguns filmes precisam ser revistos? Principalmente uma obra assim: densa, meticulosa e extraordinária que extrapola os limites da projeção para desafiar o seu público. Oh, querido Stanley, seu cinema faz falta!
Derivativos, subprime, CDO, cocaína e bordeis de luxo.. Eitchalelê! Me deu até azia ver isso. Assista (disponível no netflix) é tipo uma aula de economia for dummies. Assustador mas necessário!
JOBS e SOMOS TÃO JOVENS ficam ali, pau-a-pau, na disputa de cinebiografia mais inútil de 2013. Parece que o roteirista só passou os olhos por aqueles especiais "pós-morte" de uma revista qualquer antes de começar a escrever. A trama, rascunhada em tópicos, se estende em temas que já são de conhecimento geral e passa batido por outros que seriam fundamentais para entender o mito por trás do ex-CEO da Apple. Ashton Kutcher impressiona na semelhança e a atuação contida ajuda a amenizar as falhas do filme. Que venham as próximas cinebiografias do ano: Saving Mr. Banks, Diana e Grace of Monaco - entre outras.
Então, eu vi GRAVIDADE! E assim, rasgar elogios ao longa do Alfonso Cuarón é chover no molhado. Além de assistir um dos melhores filmes do ano (se não o melhor), o que mais me impressionou foi ver como o diretor conseguiu domar uma plateia de quase 400 lugares em uma sessão lotada de sábado - o pior público da semana.
Foi como se toda aquela gente estivesse sido colocada em órbita já nos segundos iniciais; como se diretor orquestrasse a frequência com que todos podiam respirar; como se pudesse acelerar e reduzir os batimentos de todos aqueles que estavam entregues aquela experiência coletiva. O filme quase não tem som, quase não tem diálogo, quase não tem história - muito menos um flashback - só imensidão do espaço e a impotência da protagonista entregues aos caprichos de um mestre.
A magia só foi quebrada quando as luzes acenderam e um infeliz largou um comentário medíocre dizendo que os minutos finais foram totalmente desnecessários. Justo aquele final onde a trilha do Steven Price finalmente explode (dando todo o sentido ao título da obra) e a câmera se posiciona estrategicamente num contra-plongée para concluir de forma kubrickiana aquela emocionante e angustiante metáfora sobre o renascimento. PERFEITO!
Obrigado Netflix por disponibilizar mais essa pérola do cinema americano! Tá certo que HACKERS envelheceu tão bem quanto um 486 conectado baixando um MP3, mas ainda consegue divertir tanto quanto compartilhar fotos de comida no instagram - seja lá o que isso queira dizer.
Impossível não comparar o novo longa do Sam Raimi com ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS do Tim Burton e também da Disney. A formula é a mesma - expandir o universo de um conto clássico (Lewis Carroll e L. Frank Baum respectivamente), agregando a visão particular de um diretor talentoso. A Disney nunca escondeu o fascínio por formulas prontas e também a habilidade em administra-las. Bom, eu fui ver OZ - MÁGICO E PODEROSO esperando exatamente isso: um típico filme Disney (lindo mas igual a todos os outros longas do estúdio) com vislumbres de um diretor criativo e competente. E foi esse o resultado! Agora, você pode sair reclamando do TODO ou exaltando as qualidades (que uma vez ou outra se sobressaem) do seu diretor favorito numa obra que acima de tudo é da Disney. Só não se engane, pois no mundo do Mickey, Tim Burton e Sam Raimi são apenas jogadas de marketing.
O ZORRA TOTAL f#de tanto com o cérebro do brasileiro, que é só aparecer um ator travestido de mulher (com bobs na cabeça) que eu prefiro comer merda do que ver qualquer coisa relacionada. Não julgo quem ainda não teve interesse de assistir MINHA MÃE É UMA PEÇA, pois se não fosse o talento e a credibilidade do Paulo Gustavo, acho que nem me daria o trabalho de ir ao cinema também - mas que bom que eu fui. O filme é MARAVILHOSO! Você vai rir, chorar, rir de tanto chorar e chorar de tanto rir. A identificação com aquela típica mãe brasileira é tão fácil e imediata, que você vai querer sair correndo do cinema direto para os braços da sua "véinha". ASSISTA!
AFTER EARTH não é nenhum épico, mas é uma aventura e tanto! M. Night Shyamalan sabe manipular o suspense como poucos no cinema - eu sempre acreditei nisso! Will Smith encontra o equilíbrio perfeito em sua atuação e Jaden Smith será um grande ator, um dia, mas ainda tem que comer muito arroz e feijão. O que eu acho impressionante, são as pessoas em geral julgando o trabalho do diretor, com os mesmos argumentos de treze ano atrás - só tenho uma coisa a dizer sobre isso: evolui pokemon! Outra coisa, sempre que um ator se diz adepto da cientologia, a crítica julga que todos os seus filmes são uma forma influenciar as pessoas sobre suas crenças, se pautando de elementos tão antigos quanto a nossa existência - assim é fácil! Enfim, o filme me convenceu, RECOMENDO!
Antes de qualquer coisa, o SUPERMAN (1978) do Richard Donner é hors concours. Uma obra inquestionável - não só a formula que deu origem a todos os outros filmes de super-heróis como também um dos melhores filmes de aventura já feito. Já SUPERMAN RETURNS (2006) é uma grande e absoluta homenagem ao maior herói dos quadrinhos e também uma obra incompreendida - quem sabe, um dia! Agora, MAN OF STEEL é outra coisa. É a mistura equilibrada do realismo crível do Christopher Nolan com a imaginação alucinada e tão própria do Zack Snyder. O resultado é uma obra totalmente nova, que não invalida os filmes anteriores, mas se desprende por completo do passado para reinventar esse universo que discute tão bem amor, esperança, religião e livre-arbítrio. Enfim, essa é a minha ~humilde e ampla~ opinião sobre o Superman nos cinemas :)
GUERRA MUNDIAL Z começa nervoso e corrido, mas perde consideravelmente o ritmo no terceiro ato - reflexo de uma produção tumultuada. O roteiro passou por muitas mãos até cair no colo de Damon Lindelof, que queria um final mais emotivo e o reescreveu com o filme já na sala de edição - isso fez com que o lançamento fosse adiado em seis meses. Eu não li o livro, mas acredito que pouca coisa tenha sido mantida. Até porque o suposto final original (http://tinyurl.com/kubvz8a) é muito mais coerente com o título. O longa tem boas soluções narrativas e acerta ao inserir pequenas pistas que ajudam a explicar a situação em meio aquele tumulto todo. Aliás, ao contrário dos outros filmes de zumbis, aqui a necessidade de justificar tudo é muito mais evidente. Brad Pitt faz jus ao nome em destaque no cartaz, mas o restante do elenco está completamente perdido em cena. Enfim, eu gostei do filme! O que me incomodou mesmo foi o clímax que não condiz com a grandiosidade dos eventos anteriores. Parece outro filme - até a fotografia muda. P.S: o 3D é inútil.
Com um título nacional desses, não é de estranhar que ninguém conheça essa divertida aventura de Adéle Blanc-Sec. Extraído do mesmo balaio de HQs europeias, de onde veio as Aventuras de Tintim, o longa tem uma heroína tão sexy quanto debochada - coisa que só o cinema francês faz por você. O longa tem seus problemas (excesso de personagens, direção de atores), mas o carisma da protagonista, os efeitos visuais e a fotografia competente de Thierry Arbogast fazem dessa aventura ambientada na França do início do século XX, um épico fantástico - no sentido literal da palavra, claro!
Você passa o ano inteiro assistindo animações incríveis. Se diverte tanto (principalmente quando se tem um filho acompanhando) que quase acredita que todas elas meio que se nivelaram em termos de qualidade técnica e narrativa. Daí chega a Pixar e te deixa completamente embasbacado DE NOVO... e DE NOVO... e DE NOVO. Quando eu vou aprender que existe o ótimo, aqui na altura do ombro, e depois existe a Pixar, bem lá no alto, onde nem as minhas mais ousadas expectativas conseguem chegar. Assista!
Claro que não é aquela "chinelada no saco" que é a Saga Crepúsculo, mas ainda assim é ingênuo e desnecessário - o que não quer dizer que seja ruim. Tem os seus momentos de poesia (a forma como o zumbi R se expressa através da música), mas também tem seus momentos de sono profundo. A seis meses atrás eu comentei aqui no filmow "acho que essa comédia vai acabar surpreendendo. Eu disse ACHO!" Não surpreendeu, claro, mas também não decepcionou. A direção atenta e contida de Jonathan Levine foi fundamental para que não saísse uma coisa muito mais escrota e fedorenta dessa delicada mistura. P.S: me lembrou muito FIDO, outra mistura envolvendo zumbis.
Os Olhos de Júlia
3.7 825 Assista AgoraSe durante algum tempo foram os asiáticos que deram verdadeiras lufadas de ar fresco ao cinema fantástico e de terror, nos últimos anos têm sido os espanhóis que têm tomado a posição com alguns dos mais bem sucedidos projetos que puxam os remakes de Hollywood.
O longa prende o espectador desde o início. Vai revelando pequenos mistérios, deixando pontas soltas e sobretudo criando um ambiente completamente claustrofóbico. Outro destaque é a fotografia, que aposta nos tons de cinza, obscuros e esbatidos que nos levam a ver pelos olhos de Julia. Uma proposta extremamente interessante para os apreciadores do suspense, alicerçado sobretudo na força da interpretação de Belén Rueda e em todo o ambiente sufocante criado em torno do mistério que ela investiga.
Toy Story 3
4.4 3,6K Assista AgoraO longa encerra a trajetória dos brinquedos de maneira digna e complexa, em uma aventura que mistura comédia e drama com coerência e desemboca em um final melancolicamente devastador. O segredo da qualidade superior da obra está na abordagem.
Enquanto a maioria das sequências de filmes famosos coloca personagens conhecidos vivendo variações das aventuras originais, a terceira parte da franquia da Pixar se baseia na lógica para desenvolver uma situação dramática já rascunhada nas duas partes anteriores, e que aqui atinge um ponto culminante. Essa situação pode ser resumida em uma pergunta: o que acontece com os brinquedos depois que seu dono cresce e pára de brincar com eles?
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
4.3 5,2K Assista AgoraSe fosse necessário resumir toda a saga em uma única palavra, seria respeito. Isso mesmo, os dez anos de Harry Potter são dignos de respeito. A Warner soube tomar decisões puramente comerciais, sem desrespeitar a série de livros e ainda agregar valor como arte cinematográfica - os oito filmes foram sucesso absoluto de público e crítica.
O último longa da franquia só veio para confirmar isso, com uma altíssima qualidade de produção e uma direção de arte impecável que manteve o espectador mergulhado na fantasia. Agora, explicar o fenômeno de empatia do público com o menino bruxo não é tarefa fácil e nem vou me dar o trabalho de tentar. Quando ainda rascunhava o que seria o primeiro livro da série, a inglesa J. K. Rowling não poderia imaginar que estava realizando uma mágica maior do que a de qualquer um dos bruxos citados em seus livros.
Onde Vivem os Monstros
3.8 2,4K Assista AgoraO longa é uma fantasia sobre a infância que aflora emoções. O diretor Spike Jonze transforma brincadeira de criança em coisa séria, mas com espaço para a imaginação. Olhar com clareza para nossa índole parece tarefa complicada nos dias de hoje. A tecnologia, a pressão e a necessidade constante de manter as aparências afasta o homem de sua verdadeira essência. Então, que a bagunça real comece e cada um reencontre sua infância da melhor maneira possível.
A Rede Social
3.6 3,1K Assista AgoraO longa é atual não por ser apenas do Facebook mas por abordar questões pertinentes como o bullying virtual ou a falsa sensação de poder que a internet pode criar. Isso sem falar na questão dos direitos autorais em tempos de web colaborativa e até mesmo na crise da indústria fonográfica. Fora isso, a edição alucinante e claustrofóbica de Fincher, pontuada com os ótimos diálogos do roteiro de Aaron Sorkin e a nervosa trilha sonora de Trent Reznor, fazem do filme um thriller dos bons. Ou melhor, um thriller nerd dos bons.
A Primeira Transa de Jonathan
3.4 159Sabe aqueles filmes que você assiste na adolescência e depois não há cristo que te faça lembrar o nome. A PRIMEIRO TRANSA DE JONATHAN foi um desses! Eu tinha uns 12 anos quando assisti no Corujão. O pior é que depois eu falava com todos sobre o filme, mas ninguém lembrava o nome também. Como o longa se passa nos anos 50, eu achava que de fato tinha sido produzido na época. Enfim, o filme tem toda a inocência dos anos 80 e o charme da década de 50.
Feitiço do Rio
2.4 32 Assista AgoraCoisas que eu aprendi sobre o Rio de Janeiro assistindo FEITIÇO DO RIO, com Michael Caine e Demi Moore: topless é regra nas praias de Ipanema e Copacabana; as pessoas levam seus macaquinhos de estimação para passear na coleira como cachorro; os casamentos acontecem a noite na beira da praia e terminam tradicionalmente com uma baiana queimando o véu da noiva e todos os convidados pelados tomando banho de mar; no alto do pão de açúcar você pode experimentar um delicioso espeto corrido servido por garçons gaúchos tipicamente pilchados ao som de um artista tocando bandolim; e, por fim, a fruta-do-conde é o afrodisíaco perfeito para os velhotes que querem ter fôlego com as mulatas. Sobre o filme: é tipo LOLITA com um tempero brasileiro. Enfim, é divertido e está disponível no Netflix!
Larry Crowne: O Amor Está de Volta
3.0 714 Assista AgoraLARRY CROWNE é um filme bobo com um roteiro ingênuo, mas tem dois astros (Tom Hanks e Julia Roberts) que não precisam de muito para te conquistar! Assista porque é sempre um prazer estar na companhia do Forrest e de uma Pretty Woman - e de brinde tem Mr. White (Bryan Cranston) como um escritor quarentão que virou blogueiro e que tem um libido de um garoto de 13 anos.
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista AgoraCAPITÃO PHILLIPS é um filme de ação e opostos - a ignorância e a ingenuidade do líder mambembe dos piratas versus a hegemonia armamentista americana. O terceiro ato é simplesmente desesperador e o final emociona com um Tom Hanks completamente entregue e derrotado - tudo ritmado por uma trilha sonora insistente e uma câmera nervosa e documental de um Paul Greengrass que exibe aqui uma evolução do que aprendeu fazendo a trilogia Bourne. Assista e fique atento que as grandes apostas do Oscar 2014 já começaram a apontar no cinema. De boa, Tom Hanks já merecia o "douradinho" só por aqueles minutos finais.
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraJOGOS VORAZES é a aventura/saga juvenil mais interessante, envolvente e cheia de estilo desde HARRY POTTER. Hollywood adaptou tanto livro merda para o cinema na tentativa de preencher o espaço deixado pelo bruxinho que o negócio já tava virando piada. Bom, o primeiro JOGOS VORAZES já tinha ficado bem acima da média, mas o segundo EM CHAMAS conseguiu ir além!
O diretor Francis Lawrence, que assumiu o lugar do arregão Gary Ross, conseguiu explorar muito bem todo o subtexto do universo criado por Suzanne Collins, mas como bem destacou Érico Borgo em sua crítica "lamentavelmente ainda deve passar metros acima das cabeças de grande parte do público, que está ali, ironicamente, apenas pelo espetáculo que ele representa. Apesar de tratar de abuso de poder, de direitos e deveres do estado, de sacrifícios pessoais, "pão e circo" e o papel do cidadão, lê-se por aí comentários do tipo "como seria legal viver em Panem", prova do estado da capacidade de raciocínio crítico de uma fração desta geração".
O terceiro livro ESPERANÇA será divido em dois filmes - 2014 e 2015. Acho justo, já que vai saber quando Hollywood vai acertar a mão novamente no segmento né!
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraQuando assisti DE OLHOS BEM FECHADOS, em 1999, no auge da maturidade dos meus 15 anos, pensei: há legal, Nicole Kidman sensualizando na privada, peitinhos e orgias. A sinopse? Tom Cruise fica mordidinho com os sonhos da esposa e resolve despirocar pela cidade - aprontando altas confusões.
Entendeu porque alguns filmes precisam ser revistos? Principalmente uma obra assim: densa, meticulosa e extraordinária que extrapola os limites da projeção para desafiar o seu público. Oh, querido Stanley, seu cinema faz falta!
Trabalho Interno
4.1 205 Assista AgoraDerivativos, subprime, CDO, cocaína e bordeis de luxo.. Eitchalelê! Me deu até azia ver isso. Assista (disponível no netflix) é tipo uma aula de economia for dummies. Assustador mas necessário!
Jobs
3.1 750 Assista AgoraJOBS e SOMOS TÃO JOVENS ficam ali, pau-a-pau, na disputa de cinebiografia mais inútil de 2013. Parece que o roteirista só passou os olhos por aqueles especiais "pós-morte" de uma revista qualquer antes de começar a escrever. A trama, rascunhada em tópicos, se estende em temas que já são de conhecimento geral e passa batido por outros que seriam fundamentais para entender o mito por trás do ex-CEO da Apple. Ashton Kutcher impressiona na semelhança e a atuação contida ajuda a amenizar as falhas do filme. Que venham as próximas cinebiografias do ano: Saving Mr. Banks, Diana e Grace of Monaco - entre outras.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraEntão, eu vi GRAVIDADE! E assim, rasgar elogios ao longa do Alfonso Cuarón é chover no molhado. Além de assistir um dos melhores filmes do ano (se não o melhor), o que mais me impressionou foi ver como o diretor conseguiu domar uma plateia de quase 400 lugares em uma sessão lotada de sábado - o pior público da semana.
Foi como se toda aquela gente estivesse sido colocada em órbita já nos segundos iniciais; como se diretor orquestrasse a frequência com que todos podiam respirar; como se pudesse acelerar e reduzir os batimentos de todos aqueles que estavam entregues aquela experiência coletiva. O filme quase não tem som, quase não tem diálogo, quase não tem história - muito menos um flashback - só imensidão do espaço e a impotência da protagonista entregues aos caprichos de um mestre.
A magia só foi quebrada quando as luzes acenderam e um infeliz largou um comentário medíocre dizendo que os minutos finais foram totalmente desnecessários. Justo aquele final onde a trilha do Steven Price finalmente explode (dando todo o sentido ao título da obra) e a câmera se posiciona estrategicamente num contra-plongée para concluir de forma kubrickiana aquela emocionante e angustiante metáfora sobre o renascimento. PERFEITO!
P.S: assista no cinema... Em Imax... Em 3D :)
Hackers: Piratas de Computador
3.1 229 Assista AgoraObrigado Netflix por disponibilizar mais essa pérola do cinema americano! Tá certo que HACKERS envelheceu tão bem quanto um 486 conectado baixando um MP3, mas ainda consegue divertir tanto quanto compartilhar fotos de comida no instagram - seja lá o que isso queira dizer.
Oz: Mágico e Poderoso
3.2 2,1K Assista AgoraImpossível não comparar o novo longa do Sam Raimi com ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS do Tim Burton e também da Disney. A formula é a mesma - expandir o universo de um conto clássico (Lewis Carroll e L. Frank Baum respectivamente), agregando a visão particular de um diretor talentoso. A Disney nunca escondeu o fascínio por formulas prontas e também a habilidade em administra-las. Bom, eu fui ver OZ - MÁGICO E PODEROSO esperando exatamente isso: um típico filme Disney (lindo mas igual a todos os outros longas do estúdio) com vislumbres de um diretor criativo e competente. E foi esse o resultado! Agora, você pode sair reclamando do TODO ou exaltando as qualidades (que uma vez ou outra se sobressaem) do seu diretor favorito numa obra que acima de tudo é da Disney. Só não se engane, pois no mundo do Mickey, Tim Burton e Sam Raimi são apenas jogadas de marketing.
Minha Mãe é Uma Peça: O Filme
3.7 2,6K Assista AgoraO ZORRA TOTAL f#de tanto com o cérebro do brasileiro, que é só aparecer um ator travestido de mulher (com bobs na cabeça) que eu prefiro comer merda do que ver qualquer coisa relacionada. Não julgo quem ainda não teve interesse de assistir MINHA MÃE É UMA PEÇA, pois se não fosse o talento e a credibilidade do Paulo Gustavo, acho que nem me daria o trabalho de ir ao cinema também - mas que bom que eu fui. O filme é MARAVILHOSO! Você vai rir, chorar, rir de tanto chorar e chorar de tanto rir. A identificação com aquela típica mãe brasileira é tão fácil e imediata, que você vai querer sair correndo do cinema direto para os braços da sua "véinha". ASSISTA!
Depois da Terra
2.6 1,4K Assista AgoraAFTER EARTH não é nenhum épico, mas é uma aventura e tanto! M. Night Shyamalan sabe manipular o suspense como poucos no cinema - eu sempre acreditei nisso! Will Smith encontra o equilíbrio perfeito em sua atuação e Jaden Smith será um grande ator, um dia, mas ainda tem que comer muito arroz e feijão. O que eu acho impressionante, são as pessoas em geral julgando o trabalho do diretor, com os mesmos argumentos de treze ano atrás - só tenho uma coisa a dizer sobre isso: evolui pokemon! Outra coisa, sempre que um ator se diz adepto da cientologia, a crítica julga que todos os seus filmes são uma forma influenciar as pessoas sobre suas crenças, se pautando de elementos tão antigos quanto a nossa existência - assim é fácil! Enfim, o filme me convenceu, RECOMENDO!
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraAntes de qualquer coisa, o SUPERMAN (1978) do Richard Donner é hors concours. Uma obra inquestionável - não só a formula que deu origem a todos os outros filmes de super-heróis como também um dos melhores filmes de aventura já feito. Já SUPERMAN RETURNS (2006) é uma grande e absoluta homenagem ao maior herói dos quadrinhos e também uma obra incompreendida - quem sabe, um dia! Agora, MAN OF STEEL é outra coisa. É a mistura equilibrada do realismo crível do Christopher Nolan com a imaginação alucinada e tão própria do Zack Snyder. O resultado é uma obra totalmente nova, que não invalida os filmes anteriores, mas se desprende por completo do passado para reinventar esse universo que discute tão bem amor, esperança, religião e livre-arbítrio. Enfim, essa é a minha ~humilde e ampla~ opinião sobre o Superman nos cinemas :)
Guerra Mundial Z
3.5 3,2K Assista AgoraGUERRA MUNDIAL Z começa nervoso e corrido, mas perde consideravelmente o ritmo no terceiro ato - reflexo de uma produção tumultuada. O roteiro passou por muitas mãos até cair no colo de Damon Lindelof, que queria um final mais emotivo e o reescreveu com o filme já na sala de edição - isso fez com que o lançamento fosse adiado em seis meses. Eu não li o livro, mas acredito que pouca coisa tenha sido mantida. Até porque o suposto final original (http://tinyurl.com/kubvz8a) é muito mais coerente com o título. O longa tem boas soluções narrativas e acerta ao inserir pequenas pistas que ajudam a explicar a situação em meio aquele tumulto todo. Aliás, ao contrário dos outros filmes de zumbis, aqui a necessidade de justificar tudo é muito mais evidente. Brad Pitt faz jus ao nome em destaque no cartaz, mas o restante do elenco está completamente perdido em cena. Enfim, eu gostei do filme! O que me incomodou mesmo foi o clímax que não condiz com a grandiosidade dos eventos anteriores. Parece outro filme - até a fotografia muda. P.S: o 3D é inútil.
As Múmias do Faraó
3.1 218Com um título nacional desses, não é de estranhar que ninguém conheça essa divertida aventura de Adéle Blanc-Sec. Extraído do mesmo balaio de HQs europeias, de onde veio as Aventuras de Tintim, o longa tem uma heroína tão sexy quanto debochada - coisa que só o cinema francês faz por você. O longa tem seus problemas (excesso de personagens, direção de atores), mas o carisma da protagonista, os efeitos visuais e a fotografia competente de Thierry Arbogast fazem dessa aventura ambientada na França do início do século XX, um épico fantástico - no sentido literal da palavra, claro!
O Guarda-Chuva Azul
4.1 303 Assista AgoraPoesia imagética! Seis belíssimos minutinhos que já valem o ingresso. P.S: Curta exibido nos cinemas antes de UNIVERSIDADE MONSTROS.
Universidade Monstros
3.9 1,8K Assista AgoraVocê passa o ano inteiro assistindo animações incríveis. Se diverte tanto (principalmente quando se tem um filho acompanhando) que quase acredita que todas elas meio que se nivelaram em termos de qualidade técnica e narrativa. Daí chega a Pixar e te deixa completamente embasbacado DE NOVO... e DE NOVO... e DE NOVO. Quando eu vou aprender que existe o ótimo, aqui na altura do ombro, e depois existe a Pixar, bem lá no alto, onde nem as minhas mais ousadas expectativas conseguem chegar. Assista!
Meu Namorado é um Zumbi
2.9 2,6K Assista AgoraClaro que não é aquela "chinelada no saco" que é a Saga Crepúsculo, mas ainda assim é ingênuo e desnecessário - o que não quer dizer que seja ruim. Tem os seus momentos de poesia (a forma como o zumbi R se expressa através da música), mas também tem seus momentos de sono profundo. A seis meses atrás eu comentei aqui no filmow "acho que essa comédia vai acabar surpreendendo. Eu disse ACHO!" Não surpreendeu, claro, mas também não decepcionou. A direção atenta e contida de Jonathan Levine foi fundamental para que não saísse uma coisa muito mais escrota e fedorenta dessa delicada mistura. P.S: me lembrou muito FIDO, outra mistura envolvendo zumbis.