O filme traz algumas ideias e insights interessantes em termos de direção. A trilha sonora também é muito boa, ainda que muitas músicas não tenham sido colocadas em momentos oportunos, quebrando o 'clima' das cenas. Não encaixou direito. Assim como várias outras coisas, a exemplo do roteiro. As boas atuações do Timothée e do Steve Carell são os grandes destaques, mas mesmo assim não foram suficientes pra deixar o filme coeso, na minha opinião. Faltou uma articulação melhor entre os elementos, o que comprometeu a carga dramática em diversos momentos.
Eu adoro quando sou totalmente surpreendido por um filme que traz uma história, baseada em fatos reais, que até então eu não conhecia absolutamente nada. Olivia Colman para melhor atriz, já! Sobre Emma Stone e Rachel Weisz, honestamente não consigo escolher porque as duas estão incríveis.
Que temporada! Até o momento, foi a mais complexa e recheada com 'nuances' dos mais variados tipos. Gostei do desenvolvimento dos personagens secundários, mesmo sem perder a centralidade do Don.
como é que a grávida sobrevive numa boa a um acidente com capotamento e, depois, mais um trilhão de "quedas"? e como pilotar um barco por 48 FUCKING horas sem "olhar", gente?
ainda bem que o filme conta com um excelente elenco
Gostei das escolhas pras filmagens e da trilha sonora. A parte "estética/técnica" funcionou muito bem e impressiona. Mas o enredo não me convenceu - o que se estendeu pras atuações, que igualmente pouco me impressionaram. Nem o Ralph Fiennes segurou. O destaque mesmo fica pra Juliette Binoche (oscar merecido) - ainda que nem o arco dela tenha feito muito sentido pra mim. Sei lá... não fluiu. Nada ali me convenceu ou me tocou, enquanto telespectador.
O maior mérito do filme, fazendo jus a alguns prêmios que levou, envolve a direção de arte. Desde a fotografia até a trilha sonora, o filme conduz muito por si só através desses elementos. Porém o desenvolvimento das histórias é bem ruim e enfadonho, cansativo por demais! E não sei se foi por conta dessa condução maçante, a química entre a Meryl Streep e o Robert Redford não foi das melhores. O casal de personagens não me convenceu, o que tornou ainda penoso terminar de assistir. Um filme lá sem muitos propósitos, na real.
Estetica e artisticamente, o filme é impecável e impacta demais! Sem comentários pra trilha sonora e o design de produção como um todo. Esses elementos contribuíram pra densidade que é necessária pro filme. Outro ponto a se destacar são as atuações de Abraham e Hulce, que me prenderam e convenceram do começo ao fim. Pena que este último não conseguiu seguir adiante na carreira, com destaque. Um momento-chave que aliou tudo isso que citei foi quando Mozart recebe a "ajuda" de Salieri pra terminar a compor o requiém, mal sabendo ele tudo o que Salieri já havia feito pra prejudicá-lo. Só não coloco o filme entre os meus favoritos porque sabemos que, na história real, muita coisa não se sustenta - o que pra mim perde o 'encanto' do enredo, em certa medida. É um olhar bastante pessoal este, que de forma alguma diminui o peso e a importância desse filme pro cinema.
Gostei demais da construção da narrativa e da montagem do filme como um todo. Os cenários são lindos e, aliados à trilha sonora bastante precisa, conferiram uma ambientação que prende quem assiste. A atuação do Ben Kingsley merece um destaque - Oscar mais do que merecido! Ele incorporou muitíssimo bem o Gandhi, sobretudo nos trejeitos e no sotaque. Dois pontos que não foram tão legais estão no roteiro: poderiam ter nos situado melhor em relação aos anos dos acontecimentos. Por diversos momentos, fiquei perdido no tempo e só pude me situar graças às menções a eventos externos, como a Primeira e a Segunda Guerras. Além disso, penso que algumas partes poderiam ter sido enxugadas, pra conferir mais ritmo à história. Mesmo assim, é um filme que eu indicaria!
O roteiro é fraco, confuso e preguiçoso, o que prejudica todo o andamento do filme. Ironicamente, ganhou o Oscar de melhor roteiro original. Tudo bem. Para a época pode até ser compreensivo uma história dessas se destacar, mas hoje em dia o formato está bem ultrapassado e maçante, se formos considerar premiações (história envolvendo esportes, superações e convicções políticas e religiosas que trazem lições de moral ao final). Não consegui desenvolver empatia pelos personagens, que são muito mal trabalhados. O que se destaca, de fato, é a trilha sonora e a montagem/figurinos.
Os aspectos que mais merecem destaque são a direção de arte e a montagem. Mas os musicais que são majoritariamente "cantados", mesmo nas partes de diálogo, me cansam bastante e com "Oliver!" não foi diferente. Sinto que diversas cenas musicadas poderiam ter sido encurtadas. Entendo a apreciação de Hollywood, na época, pelo musicais (ainda em evidência). Mesmo assim, minha torcida para aquela ano teria ido para "O Leão no Inverno".
Esse filme reuniu uma série de elementos que gosto: enredo muito bem desenvolvido; temática bastante pertinente (ainda mais se considerarmos o seu contexto de produção); desprendimento das condutas do Código Hays e atuação de Sidney Poitier. A história me prendeu do começo ao fim e me deixou em suspenso, mesmo! Isso é algo que muitos filmes de 'suspense' não o fazem. Adoro quando chego ao final ainda intrigado sobre como tudo ocorreu. Claro que tivemos pequenas deixas ao longo da narrativa, mas que não comprometeram o resultado final.
exemplo: o diretor deixa a entender, em um determinado momento, que o cara da lanchonete seria o assassino. O que ele não entrega é a motivação para isso, a conexão - isso segurou as pontas para o final
Cabe mencionar também a atuação e o prêmio de Rod Steiger, de quem eu nunca tinha nem ouvido falar, até então rs.
O drama central da história e o seu conflito são bastante interessantes, do ponto de vista histórico, principalmente. Mostra um lado pouco conhecido do surgimento da Igreja Anglicana - a 'resistência' dos católicos ao processo. O ator que interpreta sir Thomas More é muito competente e consegue atingir o personagem de maneira correta e certeira. Porém, na minha opinião, o enredo do filme não consegue dar a potência necessária para torná-lo mais marcante - o que seria perfeitamente cabível.
O grande destaque do filme vai para a montagem e a direção, que são bem trabalhadas e - em alguns aspectos - inovadoras. A sonoplastia também funciona, dando uma ambientação descontraída e curiosa para a história. Porém, o seu desenvolvimento peca demais, a tal ponto que torna a experiência cansativa e enfadonha. Os personagens parecem perdidos na maioria do tempo, com sequências que não se articulam, comprometendo demais a qualidade do filme. O espanto maior, é claro, fica por conta da sua vitória no Oscar, em 1964.
A empreitada é longa - afinal, são quase 4h de projeção - mas vale muitíssimo a pena. Sou fã desses filmes épicos longos quando são que nem Ben-Hur: se mostram à frente do seu tempo, com um roteiro bem construído e uma montagem surpreendentes. Os bastidores da produção, pelo que li, são de trabalhos de quase um ano - em jornadas de 12h a 14h diárias de gravação. Todo o esforço valeu a pena, pois além de render 11 estatuetas, o filme traz uma história belíssima. Destaco, também, as cenas da batalha naval e da corrida dos cavalos - memoráveis!
O filme é fraquíssimo em todos os lados pra que atira, desde o roteiro até os números musicais. Nada salva. O que me faz ainda mais incrédulo em relação a esse filme é saber que ganhou não somente o Oscar de melhor filme, mas vários outros prêmios da Academia. Um daqueles erros absurdos que ficam pra história.
Um filme vencedor do Oscar que apresentou um elemento fundamental, mas bastante ausente nos vencedores de anos anteriores: roteiro. Pra mim, é o melhor trunfo deste filme, ao lado das atuações poderosas do elenco feminino.
Quando a proposta é bem superior ao que, de fato, entregam. Mesmo sem ter lido o livro, imagino que a adaptação desta versão não tenha sido das melhores. O enredo tem problemas em suas condução, com cortes abruptos e mudanças repentinas que não fazem sentido em seus devidos contextos. Talvez a estratégia de conferir "agilidade" e "impacto" ao filme não tenham dado muito certo e ficou parecendo uma junção tosca de cenas gravas, em diversos momentos. Como pontos positivos, destaco o tema - super relevante, pertinente e ainda central nos dias de hoje - e as atuações de Broderick Crawford e Mercedes McCambridge, ambos vencedores do Oscar por este filme.
Gostei bastante da problemática e, pra começar, o título do filme em inglês já é um certo "tapa na cara". A história explora bem a hipocrisia em torno do preconceito contra judeus - hipocrisia que, é claro, se estende a qualquer tipo de preconceito. A atuação do Gregory Peck é bem emocionante e ele consegue transmitir a densidade necessária pro personagem. Se colocado em seu contexto de lançamento, o filme ganha mais impacto ainda. Um verdadeiro tapa na cara! Infelizmente, o roteiro não me prendeu o suficiente, me deixando entediado em alguns momentos.
Se considerarmos a empreitada de Laurence Olivier, ao não apenas atuar no papel principal, mas também ao dirigir o filme, é fundamental reconhecermos seu mérito. Trata-se da adaptação cinematográfica de uma das maiores peças da literatura Ocidental - a mais encenada, segundo dados. Justamente por se tratar de uma peça teatral, tem outra forma de narrativa, interação de personagens e de construção da ambientação. No entanto, Olivier conseguiu contornar muito bem essas dificuldades, com uma ótima direção aliada à excelente trilha sonora. O enfoque no psicológico dos personagens também é outro ponto importante para o processo de 'imersão' do telespectador ao longo do filme. Infelizmente, há problemas óbvios por conta da estrutura, a começar por diversos momentos em que fica maçante lidar com os fluxos de consciência dos personagens. Mas nada que comprometa a importância do filme e eventuais recomendações.
É um estudo de personagem feito com bastante sobriedade e desenvolvimento. A história consegue te envolver em meio aos delírios do protagonista - que, graças à excelente atuação de Ray Milland, deu a densidade necessária ao problema em questão. É um filme que poderia perfeitamente ser utilizado para discussões atuais, tornando-o um "sobrevivente" do tempo. E isso é um mérito e tanto que, para mim, torna um filme um verdadeiro 'clássico'. Mais um trabalho marcante do diretor Billy Wilder! Todos os prêmios que recebeu foram merecidos.
Ao considerarmos que o filme foi lançado em plena Segunda Guerra, é compreensível seu apelo, impacto e o prêmio recebido no Oscar. Porém, não envelheceu bem, principalmente por não trazer uma história capaz de prender o espectador.
Com um roteiro bem regular, o grande destaque de "Como era verde meu vale" fica por conta da contextualização histórica. O maior mérito do filme, sem dúvidas, é abordar o problema da exploração dos trabalhadores nas minas de carvão, na passagem do século XIX para o século XX. É notável a construção dos personagens e suas angústias em um momento onde a Revolução Industrial estava - ainda - a pleno vapor, causando mazelas e desigualdades. Destaco, também, as atuações de Ruddy McDowall e Maureen O'Hara, que deram um gás para a história. Mesmo assim, fiquei com aquela sensação de que "faltou algo" pra fechar melhor a trama.
Querido Menino
3.8 470 Assista AgoraO filme traz algumas ideias e insights interessantes em termos de direção. A trilha sonora também é muito boa, ainda que muitas músicas não tenham sido colocadas em momentos oportunos, quebrando o 'clima' das cenas. Não encaixou direito. Assim como várias outras coisas, a exemplo do roteiro. As boas atuações do Timothée e do Steve Carell são os grandes destaques, mas mesmo assim não foram suficientes pra deixar o filme coeso, na minha opinião. Faltou uma articulação melhor entre os elementos, o que comprometeu a carga dramática em diversos momentos.
A Favorita
3.9 1,2K Assista AgoraEu adoro quando sou totalmente surpreendido por um filme que traz uma história, baseada em fatos reais, que até então eu não conhecia absolutamente nada.
Olivia Colman para melhor atriz, já! Sobre Emma Stone e Rachel Weisz, honestamente não consigo escolher porque as duas estão incríveis.
Mad Men (3ª Temporada)
4.5 155 Assista AgoraQue temporada! Até o momento, foi a mais complexa e recheada com 'nuances' dos mais variados tipos. Gostei do desenvolvimento dos personagens secundários, mesmo sem perder a centralidade do Don.
só não gostei da saída do Sal, muito abrupta e triste, pra um personagem com tanto potencial ainda
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraDetalhes tão pequenos que tiraram (quase) toda a empatia minha com o filme:
como é que a grávida sobrevive numa boa a um acidente com capotamento e, depois, mais um trilhão de "quedas"? e como pilotar um barco por 48 FUCKING horas sem "olhar", gente?
ainda bem que o filme conta com um excelente elenco
O Paciente Inglês
3.7 459 Assista AgoraGostei das escolhas pras filmagens e da trilha sonora. A parte "estética/técnica" funcionou muito bem e impressiona. Mas o enredo não me convenceu - o que se estendeu pras atuações, que igualmente pouco me impressionaram. Nem o Ralph Fiennes segurou. O destaque mesmo fica pra Juliette Binoche (oscar merecido) - ainda que nem o arco dela tenha feito muito sentido pra mim.
Sei lá... não fluiu. Nada ali me convenceu ou me tocou, enquanto telespectador.
Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo
3.7 613 Assista AgoraLily James maravilhosa. Melhor contribuição do filme!
Entre Dois Amores
3.7 237 Assista AgoraO maior mérito do filme, fazendo jus a alguns prêmios que levou, envolve a direção de arte. Desde a fotografia até a trilha sonora, o filme conduz muito por si só através desses elementos. Porém o desenvolvimento das histórias é bem ruim e enfadonho, cansativo por demais! E não sei se foi por conta dessa condução maçante, a química entre a Meryl Streep e o Robert Redford não foi das melhores. O casal de personagens não me convenceu, o que tornou ainda penoso terminar de assistir. Um filme lá sem muitos propósitos, na real.
Amadeus
4.4 1,1KEstetica e artisticamente, o filme é impecável e impacta demais! Sem comentários pra trilha sonora e o design de produção como um todo. Esses elementos contribuíram pra densidade que é necessária pro filme. Outro ponto a se destacar são as atuações de Abraham e Hulce, que me prenderam e convenceram do começo ao fim. Pena que este último não conseguiu seguir adiante na carreira, com destaque.
Um momento-chave que aliou tudo isso que citei foi quando Mozart recebe a "ajuda" de Salieri pra terminar a compor o requiém, mal sabendo ele tudo o que Salieri já havia feito pra prejudicá-lo.
Só não coloco o filme entre os meus favoritos porque sabemos que, na história real, muita coisa não se sustenta - o que pra mim perde o 'encanto' do enredo, em certa medida. É um olhar bastante pessoal este, que de forma alguma diminui o peso e a importância desse filme pro cinema.
Gandhi
4.1 304 Assista AgoraGostei demais da construção da narrativa e da montagem do filme como um todo. Os cenários são lindos e, aliados à trilha sonora bastante precisa, conferiram uma ambientação que prende quem assiste. A atuação do Ben Kingsley merece um destaque - Oscar mais do que merecido! Ele incorporou muitíssimo bem o Gandhi, sobretudo nos trejeitos e no sotaque.
Dois pontos que não foram tão legais estão no roteiro: poderiam ter nos situado melhor em relação aos anos dos acontecimentos. Por diversos momentos, fiquei perdido no tempo e só pude me situar graças às menções a eventos externos, como a Primeira e a Segunda Guerras. Além disso, penso que algumas partes poderiam ter sido enxugadas, pra conferir mais ritmo à história. Mesmo assim, é um filme que eu indicaria!
Carruagens de Fogo
3.5 159O roteiro é fraco, confuso e preguiçoso, o que prejudica todo o andamento do filme. Ironicamente, ganhou o Oscar de melhor roteiro original. Tudo bem. Para a época pode até ser compreensivo uma história dessas se destacar, mas hoje em dia o formato está bem ultrapassado e maçante, se formos considerar premiações (história envolvendo esportes, superações e convicções políticas e religiosas que trazem lições de moral ao final).
Não consegui desenvolver empatia pelos personagens, que são muito mal trabalhados. O que se destaca, de fato, é a trilha sonora e a montagem/figurinos.
Operação França
3.9 253 Assista AgoraMaior destaque do filme: a trilha sonora, que para produções do gênero thriller/policial, funcionou muitíssimo bem!
Oliver!
3.8 61 Assista AgoraOs aspectos que mais merecem destaque são a direção de arte e a montagem. Mas os musicais que são majoritariamente "cantados", mesmo nas partes de diálogo, me cansam bastante e com "Oliver!" não foi diferente. Sinto que diversas cenas musicadas poderiam ter sido encurtadas. Entendo a apreciação de Hollywood, na época, pelo musicais (ainda em evidência). Mesmo assim, minha torcida para aquela ano teria ido para "O Leão no Inverno".
No Calor da Noite
4.0 139 Assista AgoraEsse filme reuniu uma série de elementos que gosto: enredo muito bem desenvolvido; temática bastante pertinente (ainda mais se considerarmos o seu contexto de produção); desprendimento das condutas do Código Hays e atuação de Sidney Poitier.
A história me prendeu do começo ao fim e me deixou em suspenso, mesmo! Isso é algo que muitos filmes de 'suspense' não o fazem. Adoro quando chego ao final ainda intrigado sobre como tudo ocorreu.
Claro que tivemos pequenas deixas ao longo da narrativa, mas que não comprometeram o resultado final.
exemplo: o diretor deixa a entender, em um determinado momento, que o cara da lanchonete seria o assassino. O que ele não entrega é a motivação para isso, a conexão - isso segurou as pontas para o final
Cabe mencionar também a atuação e o prêmio de Rod Steiger, de quem eu nunca tinha nem ouvido falar, até então rs.
O Homem Que Não Vendeu Sua Alma
3.9 96 Assista AgoraO drama central da história e o seu conflito são bastante interessantes, do ponto de vista histórico, principalmente. Mostra um lado pouco conhecido do surgimento da Igreja Anglicana - a 'resistência' dos católicos ao processo. O ator que interpreta sir Thomas More é muito competente e consegue atingir o personagem de maneira correta e certeira. Porém, na minha opinião, o enredo do filme não consegue dar a potência necessária para torná-lo mais marcante - o que seria perfeitamente cabível.
As Aventuras de Tom Jones
3.1 33O grande destaque do filme vai para a montagem e a direção, que são bem trabalhadas e - em alguns aspectos - inovadoras. A sonoplastia também funciona, dando uma ambientação descontraída e curiosa para a história. Porém, o seu desenvolvimento peca demais, a tal ponto que torna a experiência cansativa e enfadonha. Os personagens parecem perdidos na maioria do tempo, com sequências que não se articulam, comprometendo demais a qualidade do filme. O espanto maior, é claro, fica por conta da sua vitória no Oscar, em 1964.
Ben-Hur
4.3 547 Assista AgoraA empreitada é longa - afinal, são quase 4h de projeção - mas vale muitíssimo a pena. Sou fã desses filmes épicos longos quando são que nem Ben-Hur: se mostram à frente do seu tempo, com um roteiro bem construído e uma montagem surpreendentes. Os bastidores da produção, pelo que li, são de trabalhos de quase um ano - em jornadas de 12h a 14h diárias de gravação. Todo o esforço valeu a pena, pois além de render 11 estatuetas, o filme traz uma história belíssima. Destaco, também, as cenas da batalha naval e da corrida dos cavalos - memoráveis!
Gigi
3.3 112 Assista AgoraO filme é fraquíssimo em todos os lados pra que atira, desde o roteiro até os números musicais. Nada salva. O que me faz ainda mais incrédulo em relação a esse filme é saber que ganhou não somente o Oscar de melhor filme, mas vários outros prêmios da Academia. Um daqueles erros absurdos que ficam pra história.
A Malvada
4.4 660 Assista AgoraUm filme vencedor do Oscar que apresentou um elemento fundamental, mas bastante ausente nos vencedores de anos anteriores: roteiro. Pra mim, é o melhor trunfo deste filme, ao lado das atuações poderosas do elenco feminino.
A Grande Ilusão
3.9 41 Assista AgoraQuando a proposta é bem superior ao que, de fato, entregam. Mesmo sem ter lido o livro, imagino que a adaptação desta versão não tenha sido das melhores. O enredo tem problemas em suas condução, com cortes abruptos e mudanças repentinas que não fazem sentido em seus devidos contextos. Talvez a estratégia de conferir "agilidade" e "impacto" ao filme não tenham dado muito certo e ficou parecendo uma junção tosca de cenas gravas, em diversos momentos. Como pontos positivos, destaco o tema - super relevante, pertinente e ainda central nos dias de hoje - e as atuações de Broderick Crawford e Mercedes McCambridge, ambos vencedores do Oscar por este filme.
A Luz é para Todos
3.8 62 Assista AgoraGostei bastante da problemática e, pra começar, o título do filme em inglês já é um certo "tapa na cara". A história explora bem a hipocrisia em torno do preconceito contra judeus - hipocrisia que, é claro, se estende a qualquer tipo de preconceito. A atuação do Gregory Peck é bem emocionante e ele consegue transmitir a densidade necessária pro personagem. Se colocado em seu contexto de lançamento, o filme ganha mais impacto ainda. Um verdadeiro tapa na cara! Infelizmente, o roteiro não me prendeu o suficiente, me deixando entediado em alguns momentos.
Hamlet
4.2 79Se considerarmos a empreitada de Laurence Olivier, ao não apenas atuar no papel principal, mas também ao dirigir o filme, é fundamental reconhecermos seu mérito. Trata-se da adaptação cinematográfica de uma das maiores peças da literatura Ocidental - a mais encenada, segundo dados. Justamente por se tratar de uma peça teatral, tem outra forma de narrativa, interação de personagens e de construção da ambientação. No entanto, Olivier conseguiu contornar muito bem essas dificuldades, com uma ótima direção aliada à excelente trilha sonora. O enfoque no psicológico dos personagens também é outro ponto importante para o processo de 'imersão' do telespectador ao longo do filme. Infelizmente, há problemas óbvios por conta da estrutura, a começar por diversos momentos em que fica maçante lidar com os fluxos de consciência dos personagens. Mas nada que comprometa a importância do filme e eventuais recomendações.
A cena da luta de espadas é destacável!
Farrapo Humano
4.2 225 Assista AgoraÉ um estudo de personagem feito com bastante sobriedade e desenvolvimento. A história consegue te envolver em meio aos delírios do protagonista - que, graças à excelente atuação de Ray Milland, deu a densidade necessária ao problema em questão. É um filme que poderia perfeitamente ser utilizado para discussões atuais, tornando-o um "sobrevivente" do tempo. E isso é um mérito e tanto que, para mim, torna um filme um verdadeiro 'clássico'. Mais um trabalho marcante do diretor Billy Wilder! Todos os prêmios que recebeu foram merecidos.
Rosa de Esperança
3.7 53 Assista AgoraAo considerarmos que o filme foi lançado em plena Segunda Guerra, é compreensível seu apelo, impacto e o prêmio recebido no Oscar. Porém, não envelheceu bem, principalmente por não trazer uma história capaz de prender o espectador.
Como Era Verde Meu Vale
4.1 152 Assista AgoraCom um roteiro bem regular, o grande destaque de "Como era verde meu vale" fica por conta da contextualização histórica. O maior mérito do filme, sem dúvidas, é abordar o problema da exploração dos trabalhadores nas minas de carvão, na passagem do século XIX para o século XX. É notável a construção dos personagens e suas angústias em um momento onde a Revolução Industrial estava - ainda - a pleno vapor, causando mazelas e desigualdades. Destaco, também, as atuações de Ruddy McDowall e Maureen O'Hara, que deram um gás para a história. Mesmo assim, fiquei com aquela sensação de que "faltou algo" pra fechar melhor a trama.