O filme transita muito bem entre a comédia e o drama, ainda que os acontecimentos e a moral da história sejam, de fato, dramáticos. É possível que nos conectemos com o protagonista de várias formas - pelo seu posicionamento na questão racial, pela sua maneira de lidar com a família, ou na forma de encarar o amor romântico.
Ao contrário de "Bela Vingança", falta aqui um elemento crucial: a motivação do protagonista - por que Oliver faz o que faz? Apesar de o filme trazer uma trilha sonora que cativa, somada a um "embelezamento" da vida aristocrática, o roteiro é falho e compromete todo o ritmo da história.
Não entendi o argumento por trás desse remake, visto que não traz nada de novo, literalmente. O filme rende mais no quesito técnico - som, montagem, fotografia - do que em termos de uma nova narrativa (ou, ainda, uma releitura sobre a guerra). Ainda fico com a versão de 1930.
Talvez pelo meu contexto pessoal, este filme me tocou bastante, especialmente por mostrar duas "solidões" convivendo, tentando estabelecer alguma forma de comunicação. É uma história simples, com personagens nada simples. Diria que é um filme para certos momentos na vida de cada um - pode ser que, para alguns, não tenha o mesmo efeito.
Fiquei extremamente impactado com a montagem do filme, a edição de som e a fotografia! E por falar nestes aspectos técnicos, alguém sabe onde foi filmado, especialmente as cenas internas?
Já me incomodou logo no começo: no meio da China imperial, galera falando inglês. Se a proposta do filme era se "redimir" do desenho ou causar uma aproximação com a população chinesa, a falha já começou ali, em minha opinião.
Expressão que ficou me rondando enquanto assistia: "que filme sofrido!" - de assistir e de imaginar como foi montar esse elenco todo, ter tanto trabalho, pra chegar nesse resultado...
Para mim, boa parte do filme ganha sua grandeza na cena em que Diane chora no carro, após ligar para Fabrizio. É como se, ali, ela se desse conta da magnitude de seu "poder" e da força do que foi movido em sua vida, seja por conta da criança e das escolhas que dali vieram.
O destaque do filme é todo a Judi Dench. E só. Fiquei intrigado com a direção toda esquisita e o roteiro confuso, fui checar o diretor e vi que era o mesmo de Shakespeare Apaixonado. Aí entendi tudo.
Eu adorei a condução do filme e o desenvolvimento dos personagens, o que me fez enaltecê-lo demais! Alguns pontos, porém, envelheceram mal - a começar pela maquiagem que NADA convence na passagem do tempo, além do famoso "sangue de catchup". O elenco é grandioso e, além dos protagonistas, me chamou muita atenção a Jennifer Connelly. Não esperava uma atuação tão firme! Certamente entrará pro rol dos meus filmes favoritos, mas daqueles que farei questão de falar das ressalvas
não ficou muito bem explicado aquela "sobrevivência" do Max. Já li que poderia ter sido tudo uma ilusão do Noodles quando estava fumando ópio - o que faria algum sentido. A Deborah ter se "casado" com o Max também não engoli. Por fim, o surgimento daquela namorada do Noodles, Eve, e o assassinato dela também não se encaixaram na sequência do roteiro. Em que momento ele foi perseguido? Logo após o assassinato dos seus amigos? Mas ele não estava lá chorando no porto, segundo o Max? Fiquei confuso.
Uma falha deste volume 2 e que pode ter contribuído para essa depreciação geral que fazem do filme foi o corte de uma cena extremamente impactante. Não contarei aqui qual é para não dar spoiler, mas digo: assistam ao corte do diretor. Para mim, toda a narrativa ganhou outra potência ali.
Jane Fonda brilha e fala por si só em um filme cujo roteiro é arrastado, preguiçoso e simplista. Além disso, Donald Sutherland está totalmente inexpressivo e sem norte - um pouco culpa deste roteiro, também.
O ponto alto do filme, além da belíssima direção, é a trilha sonora! Certamente ela contribui para a elevação da tensão e a condução angustiante da narrativa. Surpreendi, também, com a excelente atuação da iniciante Jane Fonda, mandando muito bem no francês e soando confortável naquela ambientação.
O grande destaque de atuação vai para a Katina Paxinou, como Pilar - inclusive leando o Oscar de melhor atriz coadjuvante, merecidamente. Gary Cooper vive um protagonista pouquíssimo expressivo e a Ingrid Bergman traz uma personagem muito sem sentido e demasiado caricata. A montagem do filme é muito boa e entendo seu impacto para o ano em que foi lançado - afinal, abordava um assunto cujos desdobramentos ainda estavam sendo vivenciados. Mas acredito que o filme envelheceu mal e não conseguiu fazer as devidas relações com a citação que dá origem ao seu título e nem tampouco com a obra de Ernest Hemingway.
O filme tem alguns "atalhos" que levam a pequenos furos e deslizes na condução da história. Fora isso, ele é excelente, com um elenco bem coeso, trilha sonora na medida e ótima direção do Hitchock. Fiquei bastante envolvido na narrativa e feliz por ter a história se passando no Rio. Uma homenagem que fugiu dos clichês esperados para a época, ao retratar o Brasil como simplesmente a "terra do samba" - fui esperando por isso e fui positivamente surpreendido.
Faltou um ingrediente central pra narrativa, no geral, que é a construção das motivações. A protagonista pouco chama atenção, pois a direção e o roteiro não estabelecem claramente o por quê de ela estar ali, sua ligação com seu passado pessoal, a conexão com os livros e por aí vai. No caso da antagonista, vale a mesma coisa - a questão do tal "centro de artes", por exemplo, fica completamente solta na história. Assim, não consegui criar empatia com a história e todos os seus personagens, sobretudo se considerar a trilha sonora, muito mal colocada.
Rende bons momentos e tem um enredo bem intrigante, ainda que sua condução peque em alguns momentos por ser rápida demais, na minha opinião. Ingrid Bergman, como sempre, em uma atuação precisa.
Um grande achado nas produções da Netflix em filmes. Vale muito a pena, tanto pela abordagem mais sociológica/política quanto pela psicológica - há espaço para ambas e o filme transita bem entre elas.
Reforço os comentários gerais. Tecnicamente, o filme é brilhante e é por aí que ele chama a atenção de quem assiste. Agora o roteiro é muito fraco e não consegue sustentar a história da maneira que se deveria, correspondendo a sua grandiosidade técnica.
Ficção Americana
3.8 326 Assista AgoraO filme transita muito bem entre a comédia e o drama, ainda que os acontecimentos e a moral da história sejam, de fato, dramáticos. É possível que nos conectemos com o protagonista de várias formas - pelo seu posicionamento na questão racial, pela sua maneira de lidar com a família, ou na forma de encarar o amor romântico.
Saltburn
3.5 830Ao contrário de "Bela Vingança", falta aqui um elemento crucial: a motivação do protagonista - por que Oliver faz o que faz? Apesar de o filme trazer uma trilha sonora que cativa, somada a um "embelezamento" da vida aristocrática, o roteiro é falho e compromete todo o ritmo da história.
Nada de Novo no Front
4.0 611 Assista AgoraNão entendi o argumento por trás desse remake, visto que não traz nada de novo, literalmente. O filme rende mais no quesito técnico - som, montagem, fotografia - do que em termos de uma nova narrativa (ou, ainda, uma releitura sobre a guerra). Ainda fico com a versão de 1930.
Passagem
3.3 111 Assista AgoraTalvez pelo meu contexto pessoal, este filme me tocou bastante, especialmente por mostrar duas "solidões" convivendo, tentando estabelecer alguma forma de comunicação. É uma história simples, com personagens nada simples. Diria que é um filme para certos momentos na vida de cada um - pode ser que, para alguns, não tenha o mesmo efeito.
O Menu
3.6 1,0K Assista AgoraTerminei o filme e, gente, o que rolou?
A Tragédia de Macbeth
3.7 191 Assista AgoraFiquei extremamente impactado com a montagem do filme, a edição de som e a fotografia! E por falar nestes aspectos técnicos, alguém sabe onde foi filmado, especialmente as cenas internas?
Mulan
3.2 1,0K Assista AgoraJá me incomodou logo no começo: no meio da China imperial, galera falando inglês. Se a proposta do filme era se "redimir" do desenho ou causar uma aproximação com a população chinesa, a falha já começou ali, em minha opinião.
Quo Vadis, Aida?
4.2 176 Assista AgoraMinha torcida no Oscar 2021, certamente!
A Festa de Formatura
3.1 238Expressão que ficou me rondando enquanto assistia: "que filme sofrido!" - de assistir e de imaginar como foi montar esse elenco todo, ter tanto trabalho, pra chegar nesse resultado...
Beijos Proibidos
4.1 138 Assista AgoraNão me desceu, mesmo... rs :(
O Poder de Diane
3.4 21Em alguns momentos, me lembrou a série Fleabag.
Para mim, boa parte do filme ganha sua grandeza na cena em que Diane chora no carro, após ligar para Fabrizio. É como se, ali, ela se desse conta da magnitude de seu "poder" e da força do que foi movido em sua vida, seja por conta da criança e das escolhas que dali vieram.
Sua Majestade, Mrs. Brown
3.4 27O destaque do filme é todo a Judi Dench. E só. Fiquei intrigado com a direção toda esquisita e o roteiro confuso, fui checar o diretor e vi que era o mesmo de Shakespeare Apaixonado. Aí entendi tudo.
Era uma Vez na América
4.4 529 Assista AgoraEu adorei a condução do filme e o desenvolvimento dos personagens, o que me fez enaltecê-lo demais! Alguns pontos, porém, envelheceram mal - a começar pela maquiagem que NADA convence na passagem do tempo, além do famoso "sangue de catchup".
O elenco é grandioso e, além dos protagonistas, me chamou muita atenção a Jennifer Connelly. Não esperava uma atuação tão firme!
Certamente entrará pro rol dos meus filmes favoritos, mas daqueles que farei questão de falar das ressalvas
não ficou muito bem explicado aquela "sobrevivência" do Max. Já li que poderia ter sido tudo uma ilusão do Noodles quando estava fumando ópio - o que faria algum sentido. A Deborah ter se "casado" com o Max também não engoli. Por fim, o surgimento daquela namorada do Noodles, Eve, e o assassinato dela também não se encaixaram na sequência do roteiro. Em que momento ele foi perseguido? Logo após o assassinato dos seus amigos? Mas ele não estava lá chorando no porto, segundo o Max? Fiquei confuso.
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraUma falha deste volume 2 e que pode ter contribuído para essa depreciação geral que fazem do filme foi o corte de uma cena extremamente impactante. Não contarei aqui qual é para não dar spoiler, mas digo: assistam ao corte do diretor. Para mim, toda a narrativa ganhou outra potência ali.
Klute: O Passado Condena
3.5 54 Assista AgoraJane Fonda brilha e fala por si só em um filme cujo roteiro é arrastado, preguiçoso e simplista. Além disso, Donald Sutherland está totalmente inexpressivo e sem norte - um pouco culpa deste roteiro, também.
Jaula Amorosa
4.1 8O ponto alto do filme, além da belíssima direção, é a trilha sonora! Certamente ela contribui para a elevação da tensão e a condução angustiante da narrativa. Surpreendi, também, com a excelente atuação da iniciante Jane Fonda, mandando muito bem no francês e soando confortável naquela ambientação.
Por Quem os Sinos Dobram
3.6 45 Assista AgoraO grande destaque de atuação vai para a Katina Paxinou, como Pilar - inclusive leando o Oscar de melhor atriz coadjuvante, merecidamente. Gary Cooper vive um protagonista pouquíssimo expressivo e a Ingrid Bergman traz uma personagem muito sem sentido e demasiado caricata. A montagem do filme é muito boa e entendo seu impacto para o ano em que foi lançado - afinal, abordava um assunto cujos desdobramentos ainda estavam sendo vivenciados. Mas acredito que o filme envelheceu mal e não conseguiu fazer as devidas relações com a citação que dá origem ao seu título e nem tampouco com a obra de Ernest Hemingway.
A Hora do Pesadelo 4: O Mestre dos Sonhos
3.1 335 Assista AgoraO mais fraco da franquia, até aqui. Pouco acrescenta à história e claramente foi desenhado para render bilheteria, apenas.
Interlúdio
4.0 268 Assista AgoraO filme tem alguns "atalhos" que levam a pequenos furos e deslizes na condução da história. Fora isso, ele é excelente, com um elenco bem coeso, trilha sonora na medida e ótima direção do Hitchock. Fiquei bastante envolvido na narrativa e feliz por ter a história se passando no Rio. Uma homenagem que fugiu dos clichês esperados para a época, ao retratar o Brasil como simplesmente a "terra do samba" - fui esperando por isso e fui positivamente surpreendido.
A Livraria
3.6 218 Assista AgoraFaltou um ingrediente central pra narrativa, no geral, que é a construção das motivações. A protagonista pouco chama atenção, pois a direção e o roteiro não estabelecem claramente o por quê de ela estar ali, sua ligação com seu passado pessoal, a conexão com os livros e por aí vai. No caso da antagonista, vale a mesma coisa - a questão do tal "centro de artes", por exemplo, fica completamente solta na história. Assim, não consegui criar empatia com a história e todos os seus personagens, sobretudo se considerar a trilha sonora, muito mal colocada.
O Medo
3.7 10 Assista AgoraRende bons momentos e tem um enredo bem intrigante, ainda que sua condução peque em alguns momentos por ser rápida demais, na minha opinião. Ingrid Bergman, como sempre, em uma atuação precisa.
A Trincheira Infinita
3.9 66 Assista AgoraUm grande achado nas produções da Netflix em filmes. Vale muito a pena, tanto pela abordagem mais sociológica/política quanto pela psicológica - há espaço para ambas e o filme transita bem entre elas.
Memórias de Ontem
4.1 233Um dos melhores finais que já vi na vida!
1917
4.2 1,8K Assista AgoraReforço os comentários gerais. Tecnicamente, o filme é brilhante e é por aí que ele chama a atenção de quem assiste. Agora o roteiro é muito fraco e não consegue sustentar a história da maneira que se deveria, correspondendo a sua grandiosidade técnica.