Filmaço aço aço, pesadíssimo o último ato. A atuação da Adepero Oduye é fantástica, cada olhar, o choro, as falas... nunca vou esquecer. Parabéns Dees Rees.
É um filme nota 6 ou 7, o destaque fica pra fantástica ambientação e jogo de câmera, jogo de luz muito bom e tem até um plano sequência no inicio bem maneiro. A trilha acompanha muito bem o filme, as atuações são boas dentro do contexto e do que o filme precisa, não foge disso. Desafia o estereótipo do cego indefeso e fraco, e ainda faz um paralelo da ganância. Em todo momento Rocky quer o dinheiro, e sempre se encontra em furada, Alex que luta pela sua amada e amiga se desafia pra tentar fazer seus desejos e Money um brucutu que só faz burrada. O personagem interpretado por Stephen Lang é ASSUSTADOR e imponente.
É um filme bom pra noite e pra quem quer perder o fôlego com cenários claustrofóbicos e momentos de tensão. Visto 19/02/2021.
Excelente filme, não é arrastado e sim bem desenvolvido, ele desenvolve emocionalmente cada personagem e mostra a pobreza, as sujeiras e ainda fecha com chave de ouro. Muitas coisas deixadas aqui, vamos a elas:
Primeiro somos apresentado a uma dupla que aparenta ser uma figura paterna e um filho, entrando num mercado e como já entrega a sinopse eles são ladrões de pequenos furtos. Ali não vemos qualquer remorso do garoto ou do pai (acostumado com aquilo). No caminho para casa eles encontram uma menina abandonada, triste que quer ser reconhecida.
Depois desse inicio somos levados para dentro da casa da "família", os Shibatas, que são pobres, que arranjam dinheiro de maneiras diferentes e que são vistas como sujas, nada sai dali, eles tem todo um código de acobertamento, mentem seus verdadeiros nomes e nunca e em hipótese alguma eles devem citar a casa ou oq fez eles chegarem ali. Uma vó, uma neta, pai, mãe e duas crianças.
Osamu ensina Shota a roubar, ensina que as coisas que roubam quando não tem dono e segundo ele não é errado. Existem momentos onde eles compram coisas como os croquetes. Aki Shibata é uma garota de programa, carente de sentimentos - inclusive se sente atraída por um de seus clientes - que sai de casa e vai morar com a vó (Hatsue). Nobuyo assim como Osamu é uma mulher fraca de sentimentos, mas que ainda sim sonhava em ser mãe, é quem arquiteta as coisas na casa - assim como uma mãe faria. Ela defende no inicio que a menina Yuri volte para casa, quando chega lá escuta do lado de fora uma briga dos verdadeiros pais da menina, escuta um "eu não quis tê-la" da mãe, e o diretor aqui já deixa um paralelo de uma mulher que não pode ter filhos e de uma mulher que pode ter e não quer - teve mas trata como lixo.
Hatsue é uma excelente personagem, carismática vivendo seus últimos momentos da vida, de uma vida que aparenta ser infeliz. Hatsue recebe dinheiro dos pais de Aki, sem Aki saber. Ela se sente feliz ali, tenta educar as crianças e dá conselhos aos outros.
O filme se desenvolve com esses personagens, e tem alguns grandes pontos que gostaria de comentar. A morte de Hatsue, o assalto ao carro de Shota e Osamu, a ida à praia da família, o roubo das crianças que faz o dono da conveniência dar uma ideia na cabeça do Shota - de como é errado roubar, ele percebeu e deu umas coisas pra eles - e por último os momentos finais do filme.
O assalto ao carro é o ápice do que Shota pensa sobre os furtos, ele não quer mais, muito por conta da consequência do caso da conveniência, Shota até conversa com Nobuyo sobre roubos. A morte de Hatsue que demonstra como Osamu e Nobuyo se tornaram pessoas frias, pessoas que preferem manter o sigilo e não gastar do que dar um enterro digno a alguém tão importante. Os momentos na praia de pura felicidade, momentos de família de verdade, e uma Hatsue em forma de despedida e deixo aqui o paralelo do "obrigada" da Hatsue com o "papai..." do Shota no final do filme, duas despedidas, dois momentos icônicos.
O último ato é de desconstrução dos personagens, com uma investigação severa eles são interrogados. Tudo por conta do furto de Shota, onde ele é avistado de propósito mas não se entrega e pula de uma ponte, onde acaba fraturado.
Conversas que refletem muito bem o filme, com verdades e descobertas - até assassinato de Osamu e Nobuyo com o ex dela -, a descoberta de que Shota também foi raptado por Osamu e Nobuyo, a verdade sobre Hatsue contada a Aki, e a devolução de Yuri para seus verdadeiros pais. Termina com Nobuyo presa e com Osamu solto, ao que me parece ela absorveu a condenação das evidências de Osamu enquanto deu a ele uma nova oportunidade e conta pra ele e Shota onde encontraram Shota pela 1ª vez.
E bem no finalzinho os fantásticos diálogos e momentos de Shota e Osamu, como pai e filho, os pedidos de desculpa de ambas as partes, e Osamu reconhecendo que Shota deveria voltar a sua casa. A cena no ônibus demonstra o afeto que Osamu criou com Shota, e de que no final das contas Shota reconhece ele como pai, muito triste. O filme começa com eles e termina com eles.
É um filme bem pesado, que se olharmos as coisas detalhadamente, vamos encontrar coisas sujas e ao mesmo tempo pessoas querendo buscar a felicidade mesmo na extrema pobreza e com mentalidade pra cometer erros sem criar remorso por isso. A vida é bela? Não para alguns.
Filmazzo atemporal! Direção, trilha sonora e extremamente necessário para o entendimento da luta diária dos negros para sua consciência. Com vários socos no estômago durante o longa, Fishburne como de costume dando aula. Elenco excelente e ótimas atuações.
No momento em que Rick sai pra comprar as coisas para mãe e briga com seu irmão sabia que daria em algo, principalmente no discurso de mudança repentina, tanto ele tanto Tré querem sair dali e não gostam daquela realidade apesar da identificação cultural - é um lugar extremamente violento.
Separei isso aqui pra elogiar o personagem Furious Style (Laurence Fishburne). Grande atuação, grande ideólogo e grande pensador dali, sereno e com uma visão construída da forma que precisa ser vista. Agir de forma irracional não traz mudança, isso se mostra exatamente no fim do filme onde um ciclo de ódio recomeça. Furious sabe disso e a cena dele em frente ao outdoor num bairro rival desconstruindo um racista e ainda por cima conscientizando negros é divina. Grande Fishburne!
O personagem Dough é temperamental, nervoso e inquieto mas se encaixa naquela realidade. Quando olhamos alguém assim e um protagonista como Tré, já apontamos este (Dough) como errado, não. A realidade e a falta de consciência fazem pessoas. Anos atrás do time skip vemos ele sendo preso, a realidade dos outros poderiam ter sido a mesma - exceto Rick que mesmo convivendo diariamente não se desviou. O fim de Dough é triste mas real.
Espetacular, lindo e poético, só isso? Não, esse filme é uma experiência, e dessa experiência extraímos sentimentos, uma obra que começa confusa e termina de certa forma confusa, pois nossa mente embola mas com algo incrível. Que trilha sonora, que fotografia, que direção e que atuações, parabéns Wim Wenders.
Interessante e pretensioso, ótima fotografia e deixa uma filosofia bacana, contém cenas marcantes - para o bem e para o mal. Mas não consegue e nem tenta de forma alguma empolgar o espectador.
Vi mas não avaliei. É um filme muito bonito, trilha sonora que acompanha com maestria o filme, animação perfeita e muito original, porém, não consegui decifrar todo o filme e decidi não dar nota. Nem baixa, nem média e nem alta, assistirei novamente - não tão breve - e darei minha nota.
Filme de maneira geral mediano, porém bom conceito e boa história. Peca em alguns efeitos mas termina de forma correta, explicando tudo e deixando mastigadinho. Não faz meu tipo de final mas é legal.
Bom iniciar por um ponto que já abre as portas do filme, Cecilia, é o ponto inicial e a figura que representa como andaremos pelo filme, desde a entrevista no psicólogo até sua morte, se suicidando após uma tentativa de agrado dos pais por recomendações terapeutas.
Aqui temos histórias sendo contadas, inocência, imaturidade, curiosidade, drama, repressão e uma trilha sonora impecável e amor, muito amor. De um "lado" meninos adolescentes, com seus desejos aflorados, livres como o filme mostra e apaixonados por suas vizinhas, tão apaixonados e inconsequentes que roubam coisas delas, para informações e pra sanar dúvidas - íntimas geralmente. Vizinhas essas que são: presas dentro de casa, impedidas dos seus desejos, inocentes e diferentes uma das outras na personalidade.
As vizinhas fazem parte da família Lisbon, uma família tradicional, conservadora e muito religiosa e rígida. Faz questão de espalhar por toda a casa objetos e imagens que remetem sua religião (catolicismo acho).
Os pais são repressivos demais, desde a vestimenta a liberdade individual de cada uma, até suas ideias e vontades são reprimidas, ás vezes com muito pressão exterior ou das próprias filhas, elas tinham sua liberdade, mas era dificil. Lux com seus 14 anos de idade mostrava ter maior personalidade dentre as que permaneciam vivas, foi o ponto principal do filme algumas vezes, a perda de virgindade dela - a única ativa das irmãs sexualmente falando - e que mais explorava seus sentimentos e que mais desafiava seus pais.
O filme anda dessa forma, com uma exploração sempre rápida de acontecimentos sendo narrada e pontuada, ás vezes explicando fatos. Sempre explorando o lado emocional dos dois lados.
Há coisas sem sentido na trama, ou sei lá, acontecimentos mal explicados que são subjetivos que tinham suma importância. O sumiço do Trip é algo mal explorado e mal explicado - não li o livro talvez explique melhor - tinha grande importância para a família Lisbon, o pai (Ronald) e claro, Lux, a explicação é que o mesmo descobriu o amor ali, e talvez não quisesse se prender pasmem.
Outra coisa mal explorada é a profundidade nos diálogos entre os pais e as filhas, se o filme te dá explicações para as repressões, ele executa mal a própria repressão. Sabemos que os pais tem vergonha de falar sobre suas atitudes mas se orgulham das mesmas - até a morte das meninas que explico lá na frente. Mas faltou diálogo ali, faltou mais raiva, talvez a duração de 97 minutos tenha atrapalhado o andamento do longa, mas não sei, tem tanto filme curto bem dialogado que fica dificil explicar. Existem cenas fortes como a Lux chegando em casa largada após cena de amor pós baile com Trip, depois disso ela é obrigada a queimar e se livrar de coisas que signifiquem "rebeldia" ou até liberdade.
Se a relação Lisbon no quesito profundidade nos diálogos é falha, do lado dos garotos não há com os pais. A graça do filme é: os meninos estudam tanto elas por tanto tempo, que esquecem de executar seus planos e suas vontades, se deixam levar por sua imaturidade e inocência. No final do filme o narrador até fala algo do tipo "nunca falamos que amamos elas em vida", e a sensação é de que existia amor.
É um filme que começa forte e termina arrebatando, não comentei com profundidade mas, todas elas se matam após não se aguentarem mais dentro de casa após o baile, os pais julgam elas a todo custo por infringir a regra deles, elas até tentam se divertir mas era impensável. O fim da nome ao filme e dá a ele um significado grande pra pessoas repressivas e depressivas - ou de todos os tipos.
Dei 4/5, mas poderia ter sido mais, a falta de profundidade nos diálogos entre os pais e as filhas me deixou um pouco decepcionado.
Incrivel, novamente o pós-terror traz um filme cultuado, bem dirigido, com cores bem definidas e com um drama passando por toda a trama. As atuações de Bol (Sope Dirisu) e Rial (Wunmi Mosaku) são boas demais pra acabar com apenas 90 minutos de filme, gostaria de mais!
Sensacional, misturar aventura, humor, infantilidade e divertimento o tempo inteiro. Cada cena é divertida, do inicio ao fim, os personagens cada um com suas características tem seu charme. Impossível amar aventura e não assistir isso aqui.
Esse filme poderia ter 1h20min e estava de bom tamanho, o Scorsese curte trabalhar o personagem por bastante tempo, tanto pra criar um certo carisma e pra entendermos suas obras. Mas aqui achei desgastante e demorado. O filme engrandece no final, onde Pupkin sequestra Jerry, e assim se sujando consegue uma vaga em rede nacional, mostrando assim uma critica a industria. Vale pelo De Niro sempre.
Ainda não vi Taxi Driver, mas não notei TANTA semelhança com Coringa (2019), a ambição e a sede de virar comediante são abordadas de maneiras totalmente diferentes. Coringa possui todo um roteiro psicológico; aqui temos um cidadão comum fadado ao fracasso como lhe dizem que vive o filme inteiro tentando participar do show. Dito isso, Coringa é bem melhor na minha visão, mas logicamente tem inspiração pro Todd fazer-lo e essa inspiração vem daqui - e de Taxi que ressaltei não ter visto.
Primeiro temos as entrevistas, jovens aparentemente empolgados com tudo, livres pro que der e vier, e isso se confirma de cara no filme quando começamos a festa. Aparentemente, alguns fizeram amizades, outros se conheciam e tem apreço um pelo outro. O intuito do filme aqui é para nos mostrar até onde nossa loucura pode chegar com drogas e empolgação numa festa, lembrando que: nem tudo mostrado no filme é somente reflexo do uso de drogas. Ex.: a coreógrafa levar o filho (Tito) pra uma festa como essa e depois simplesmente tranca-lo numa sala de energia - ja estava alcoolizada - tenebroso.
Fique atento, claro, no jogo de luzes, vermelho, verde, azul entre outras cores mas vamos dar destaque para o vermelho que já chama a atenção no cartaz do filme. Toda vez que ele aparece e ganha destaque, seja na sangria, no ambiente, nas luzes... o caos começa ou melhor, continua. É engraçado notar que Selva - durante boa parte a "protagonista" - ronda por toda a festa tentando a todo instante resolver problemas, "dança" completamente bêbada, fica horrorizada com o segredo do bebe da amiga, e um detalhe que curti mas acho irrelevante, quando ela chega no corredor onde aparece o bosque - parecido com o do inicio do filme - ela para e meio que sai do estado onde se encontra. Após isso vai encontrar a amiga no quarto.
Contudo isso já dito acima, a perturbação e a sensação de que NUNCA e nenhuma hipótese vamos recomendar um filme de Noé para alguém, ao mesmo tempo que não desgrudamos da sua maneira de fazer um longa, a camera sempre perto do personagem para acompanhar sua loucura, ou viajando pelo cenário pra pegar algo de cima, e bem utilizada na dança aqui. E como ja disse nos comentários de Irreversível, podemos chamar Gaspar Noé de ruim, pretensioso ou oque for, menos de genérico. É demasiadamente original como faz um filme.
eu não acho que a atuação do Bale tenha sido tão grande assim, a magreza, as péssimas condições de trabalho e a narrativa dos personagens fazendo-o em alguns instantes de pobre coitado, ajuda quem assiste a ter uma atenção ao protagonista. Dito isso, na minha opinião o filme que atende por "O operário" em nenhum momento te diz que o problema dele é o trabalho, aliás, é ali que ele consegue se distrair.
Temos aqui um filme jogando na sua cara pistas e pistas, oque é bom claro, pois lá na frente teremos um plot. Mas esse plot além de previsível, é desgastante, arrastado e que poderia ser melhor trabalhado. Não é como em outros filmes como "Clube da Luta" que fica dificil saber se é uma outra personalidade, aqui os próprios personagens questionam a existência de Ivan, oque entrega imediatamente que Trevor está mentindo. O filme insiste em colocar Ivan atormentando o personagem e em colocar Trevor o perseguindo fazendo minutos passar onde não deveria.
Suspiria
3.8 981 Assista AgoraTrilha sonora, fotografia e cores. Vale a pena assistir.
Visto 24/02/2021.
Pariah
4.0 138Filmaço aço aço, pesadíssimo o último ato. A atuação da Adepero Oduye é fantástica, cada olhar, o choro, as falas... nunca vou esquecer. Parabéns Dees Rees.
Visto 22/02/2021.
O Homem nas Trevas
3.7 1,9K Assista AgoraÉ um filme nota 6 ou 7, o destaque fica pra fantástica ambientação e jogo de câmera, jogo de luz muito bom e tem até um plano sequência no inicio bem maneiro. A trilha acompanha muito bem o filme, as atuações são boas dentro do contexto e do que o filme precisa, não foge disso. Desafia o estereótipo do cego indefeso e fraco, e ainda faz um paralelo da ganância. Em todo momento Rocky quer o dinheiro, e sempre se encontra em furada, Alex que luta pela sua amada e amiga se desafia pra tentar fazer seus desejos e Money um brucutu que só faz burrada. O personagem interpretado por Stephen Lang é ASSUSTADOR e imponente.
É um filme bom pra noite e pra quem quer perder o fôlego com cenários claustrofóbicos e momentos de tensão. Visto 19/02/2021.
Assunto de Família
4.2 400 Assista AgoraExcelente filme, não é arrastado e sim bem desenvolvido, ele desenvolve emocionalmente cada personagem e mostra a pobreza, as sujeiras e ainda fecha com chave de ouro. Muitas coisas deixadas aqui, vamos a elas:
Primeiro somos apresentado a uma dupla que aparenta ser uma figura paterna e um filho, entrando num mercado e como já entrega a sinopse eles são ladrões de pequenos furtos. Ali não vemos qualquer remorso do garoto ou do pai (acostumado com aquilo). No caminho para casa eles encontram uma menina abandonada, triste que quer ser reconhecida.
Depois desse inicio somos levados para dentro da casa da "família", os Shibatas, que são pobres, que arranjam dinheiro de maneiras diferentes e que são vistas como sujas, nada sai dali, eles tem todo um código de acobertamento, mentem seus verdadeiros nomes e nunca e em hipótese alguma eles devem citar a casa ou oq fez eles chegarem ali. Uma vó, uma neta, pai, mãe e duas crianças.
Osamu ensina Shota a roubar, ensina que as coisas que roubam quando não tem dono e segundo ele não é errado. Existem momentos onde eles compram coisas como os croquetes. Aki Shibata é uma garota de programa, carente de sentimentos - inclusive se sente atraída por um de seus clientes - que sai de casa e vai morar com a vó (Hatsue). Nobuyo assim como Osamu é uma mulher fraca de sentimentos, mas que ainda sim sonhava em ser mãe, é quem arquiteta as coisas na casa - assim como uma mãe faria. Ela defende no inicio que a menina Yuri volte para casa, quando chega lá escuta do lado de fora uma briga dos verdadeiros pais da menina, escuta um "eu não quis tê-la" da mãe, e o diretor aqui já deixa um paralelo de uma mulher que não pode ter filhos e de uma mulher que pode ter e não quer - teve mas trata como lixo.
Hatsue é uma excelente personagem, carismática vivendo seus últimos momentos da vida, de uma vida que aparenta ser infeliz. Hatsue recebe dinheiro dos pais de Aki, sem Aki saber. Ela se sente feliz ali, tenta educar as crianças e dá conselhos aos outros.
O filme se desenvolve com esses personagens, e tem alguns grandes pontos que gostaria de comentar. A morte de Hatsue, o assalto ao carro de Shota e Osamu, a ida à praia da família, o roubo das crianças que faz o dono da conveniência dar uma ideia na cabeça do Shota - de como é errado roubar, ele percebeu e deu umas coisas pra eles - e por último os momentos finais do filme.
O assalto ao carro é o ápice do que Shota pensa sobre os furtos, ele não quer mais, muito por conta da consequência do caso da conveniência, Shota até conversa com Nobuyo sobre roubos. A morte de Hatsue que demonstra como Osamu e Nobuyo se tornaram pessoas frias, pessoas que preferem manter o sigilo e não gastar do que dar um enterro digno a alguém tão importante. Os momentos na praia de pura felicidade, momentos de família de verdade, e uma Hatsue em forma de despedida e deixo aqui o paralelo do "obrigada" da Hatsue com o "papai..." do Shota no final do filme, duas despedidas, dois momentos icônicos.
O último ato é de desconstrução dos personagens, com uma investigação severa eles são interrogados. Tudo por conta do furto de Shota, onde ele é avistado de propósito mas não se entrega e pula de uma ponte, onde acaba fraturado.
Conversas que refletem muito bem o filme, com verdades e descobertas - até assassinato de Osamu e Nobuyo com o ex dela -, a descoberta de que Shota também foi raptado por Osamu e Nobuyo, a verdade sobre Hatsue contada a Aki, e a devolução de Yuri para seus verdadeiros pais. Termina com Nobuyo presa e com Osamu solto, ao que me parece ela absorveu a condenação das evidências de Osamu enquanto deu a ele uma nova oportunidade e conta pra ele e Shota onde encontraram Shota pela 1ª vez.
E bem no finalzinho os fantásticos diálogos e momentos de Shota e Osamu, como pai e filho, os pedidos de desculpa de ambas as partes, e Osamu reconhecendo que Shota deveria voltar a sua casa. A cena no ônibus demonstra o afeto que Osamu criou com Shota, e de que no final das contas Shota reconhece ele como pai, muito triste. O filme começa com eles e termina com eles.
É um filme bem pesado, que se olharmos as coisas detalhadamente, vamos encontrar coisas sujas e ao mesmo tempo pessoas querendo buscar a felicidade mesmo na extrema pobreza e com mentalidade pra cometer erros sem criar remorso por isso. A vida é bela? Não para alguns.
Visto 18/02/2021.
A Viagem de Chihiro
4.5 2,3K Assista AgoraHayao é bizarro, craque e detalhista demais em tudo oq faz. Um excelente filme, bonito, bem dirigido, com ótimas criticas. Muito sensível no que faz.
Visto 15/02/21.
A Negociação
3.6 139 Assista AgoraBom filme. Tenso, bem dirigido, ótimas atuações e com ótima trama. Samuel L. Jackson e Kevin Spacey muito bons.
Visto 11/02/2021
Karatê Kid: A Hora da Verdade
3.5 644 Assista AgoraFantástico!!!
Visto 14/01/21.
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista AgoraDivertido.
Visto 08/01/21.
Boyz'n the Hood: Os Donos da Rua
4.0 247 Assista AgoraFilmazzo atemporal! Direção, trilha sonora e extremamente necessário para o entendimento da luta diária dos negros para sua consciência. Com vários socos no estômago durante o longa, Fishburne como de costume dando aula. Elenco excelente e ótimas atuações.
No momento em que Rick sai pra comprar as coisas para mãe e briga com seu irmão sabia que daria em algo, principalmente no discurso de mudança repentina, tanto ele tanto Tré querem sair dali e não gostam daquela realidade apesar da identificação cultural - é um lugar extremamente violento.
O helicóptero o filme INTEIRO pairando o bairro incomoda mas é uma realidade.
Separei isso aqui pra elogiar o personagem Furious Style (Laurence Fishburne). Grande atuação, grande ideólogo e grande pensador dali, sereno e com uma visão construída da forma que precisa ser vista. Agir de forma irracional não traz mudança, isso se mostra exatamente no fim do filme onde um ciclo de ódio recomeça. Furious sabe disso e a cena dele em frente ao outdoor num bairro rival desconstruindo um racista e ainda por cima conscientizando negros é divina. Grande Fishburne!
O personagem Dough é temperamental, nervoso e inquieto mas se encaixa naquela realidade. Quando olhamos alguém assim e um protagonista como Tré, já apontamos este (Dough) como errado, não. A realidade e a falta de consciência fazem pessoas. Anos atrás do time skip vemos ele sendo preso, a realidade dos outros poderiam ter sido a mesma - exceto Rick que mesmo convivendo diariamente não se desviou. O fim de Dough é triste mas real.
Visto 06/01/2021.
Não Amarás
4.2 297 Assista AgoraMuito bom, lindo demais.
Visto 01/01/21.
Prelúdio Para Matar
4.0 257 Assista AgoraTrilha sonora fantástica, filmazzo.
Visto 19/12/2020.
Paris, Texas
4.3 697 Assista AgoraEspetacular, lindo e poético, só isso? Não, esse filme é uma experiência, e dessa experiência extraímos sentimentos, uma obra que começa confusa e termina de certa forma confusa, pois nossa mente embola mas com algo incrível. Que trilha sonora, que fotografia, que direção e que atuações, parabéns Wim Wenders.
Visto 17/12/2020.
O Pagamento Final
4.2 375 Assista AgoraQue aula de filme, que filmagem incrível na perseguição da ferroviária. Al Pacino é uma lenda.
Visto 17/12/2020.
Eu Vi o Diabo
4.1 1,1KEu veria esse filme de novo, de novo e de novo. Quem é o verdadeiro diabo nessa história?
Visto 17/12/2020.
Dente Canino
3.8 1,2K Assista AgoraInteressante e pretensioso, ótima fotografia e deixa uma filosofia bacana, contém cenas marcantes - para o bem e para o mal. Mas não consegue e nem tenta de forma alguma empolgar o espectador.
Os questionamentos começam no 2º ato mas só no final do 3º ato o filme realmente empolga e termina da forma correta na minha visão
Visto 29/11/2020.
Paprika
4.2 503 Assista AgoraVi mas não avaliei. É um filme muito bonito, trilha sonora que acompanha com maestria o filme, animação perfeita e muito original, porém, não consegui decifrar todo o filme e decidi não dar nota. Nem baixa, nem média e nem alta, assistirei novamente - não tão breve - e darei minha nota.
Visto 28/11/2020
O Sono da Morte
3.2 575 Assista AgoraFilme de maneira geral mediano, porém bom conceito e boa história. Peca em alguns efeitos mas termina de forma correta, explicando tudo e deixando mastigadinho. Não faz meu tipo de final mas é legal.
Visto 26/11/2020.
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista AgoraGrande filme, o ritmo da Sofia nesse filme beirou a perfeição, só não dou 5 pois faltou coisas que vou pontuar.
Bom iniciar por um ponto que já abre as portas do filme, Cecilia, é o ponto inicial e a figura que representa como andaremos pelo filme, desde a entrevista no psicólogo até sua morte, se suicidando após uma tentativa de agrado dos pais por recomendações terapeutas.
Aqui temos histórias sendo contadas, inocência, imaturidade, curiosidade, drama, repressão e uma trilha sonora impecável e amor, muito amor. De um "lado" meninos adolescentes, com seus desejos aflorados, livres como o filme mostra e apaixonados por suas vizinhas, tão apaixonados e inconsequentes que roubam coisas delas, para informações e pra sanar dúvidas - íntimas geralmente. Vizinhas essas que são: presas dentro de casa, impedidas dos seus desejos, inocentes e diferentes uma das outras na personalidade.
As vizinhas fazem parte da família Lisbon, uma família tradicional, conservadora e muito religiosa e rígida. Faz questão de espalhar por toda a casa objetos e imagens que remetem sua religião (catolicismo acho).
Os pais são repressivos demais, desde a vestimenta a liberdade individual de cada uma, até suas ideias e vontades são reprimidas, ás vezes com muito pressão exterior ou das próprias filhas, elas tinham sua liberdade, mas era dificil. Lux com seus 14 anos de idade mostrava ter maior personalidade dentre as que permaneciam vivas, foi o ponto principal do filme algumas vezes, a perda de virgindade dela - a única ativa das irmãs sexualmente falando - e que mais explorava seus sentimentos e que mais desafiava seus pais.
O filme anda dessa forma, com uma exploração sempre rápida de acontecimentos sendo narrada e pontuada, ás vezes explicando fatos. Sempre explorando o lado emocional dos dois lados.
Há coisas sem sentido na trama, ou sei lá, acontecimentos mal explicados que são subjetivos que tinham suma importância. O sumiço do Trip é algo mal explorado e mal explicado - não li o livro talvez explique melhor - tinha grande importância para a família Lisbon, o pai (Ronald) e claro, Lux, a explicação é que o mesmo descobriu o amor ali, e talvez não quisesse se prender pasmem.
Outra coisa mal explorada é a profundidade nos diálogos entre os pais e as filhas, se o filme te dá explicações para as repressões, ele executa mal a própria repressão. Sabemos que os pais tem vergonha de falar sobre suas atitudes mas se orgulham das mesmas - até a morte das meninas que explico lá na frente. Mas faltou diálogo ali, faltou mais raiva, talvez a duração de 97 minutos tenha atrapalhado o andamento do longa, mas não sei, tem tanto filme curto bem dialogado que fica dificil explicar. Existem cenas fortes como a Lux chegando em casa largada após cena de amor pós baile com Trip, depois disso ela é obrigada a queimar e se livrar de coisas que signifiquem "rebeldia" ou até liberdade.
Se a relação Lisbon no quesito profundidade nos diálogos é falha, do lado dos garotos não há com os pais. A graça do filme é: os meninos estudam tanto elas por tanto tempo, que esquecem de executar seus planos e suas vontades, se deixam levar por sua imaturidade e inocência. No final do filme o narrador até fala algo do tipo "nunca falamos que amamos elas em vida", e a sensação é de que existia amor.
É um filme que começa forte e termina arrebatando, não comentei com profundidade mas, todas elas se matam após não se aguentarem mais dentro de casa após o baile, os pais julgam elas a todo custo por infringir a regra deles, elas até tentam se divertir mas era impensável. O fim da nome ao filme e dá a ele um significado grande pra pessoas repressivas e depressivas - ou de todos os tipos.
Dei 4/5, mas poderia ter sido mais, a falta de profundidade nos diálogos entre os pais e as filhas me deixou um pouco decepcionado.
Visto 11/11/20.
O Que Ficou Para Trás
3.6 510 Assista AgoraIncrivel, novamente o pós-terror traz um filme cultuado, bem dirigido, com cores bem definidas e com um drama passando por toda a trama. As atuações de Bol (Sope Dirisu) e Rial (Wunmi Mosaku) são boas demais pra acabar com apenas 90 minutos de filme, gostaria de mais!
Visto 03/11/2020
Os Goonies
4.1 1,3K Assista AgoraSensacional, misturar aventura, humor, infantilidade e divertimento o tempo inteiro. Cada cena é divertida, do inicio ao fim, os personagens cada um com suas características tem seu charme. Impossível amar aventura e não assistir isso aqui.
Visto 05/10/2020.
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraÓtimo filme
Visto 27/08/2020.
O Rei da Comédia
4.0 366 Assista AgoraBom e só, nada de extraordinário.
Esse filme poderia ter 1h20min e estava de bom tamanho, o Scorsese curte trabalhar o personagem por bastante tempo, tanto pra criar um certo carisma e pra entendermos suas obras. Mas aqui achei desgastante e demorado. O filme engrandece no final, onde Pupkin sequestra Jerry, e assim se sujando consegue uma vaga em rede nacional, mostrando assim uma critica a industria. Vale pelo De Niro sempre.
Ainda não vi Taxi Driver, mas não notei TANTA semelhança com Coringa (2019), a ambição e a sede de virar comediante são abordadas de maneiras totalmente diferentes. Coringa possui todo um roteiro psicológico; aqui temos um cidadão comum fadado ao fracasso como lhe dizem que vive o filme inteiro tentando participar do show. Dito isso, Coringa é bem melhor na minha visão, mas logicamente tem inspiração pro Todd fazer-lo e essa inspiração vem daqui - e de Taxi que ressaltei não ter visto.
Visto 06/08/2020.
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraEsse cara, ah esse cara...
Primeiro temos as entrevistas, jovens aparentemente empolgados com tudo, livres pro que der e vier, e isso se confirma de cara no filme quando começamos a festa. Aparentemente, alguns fizeram amizades, outros se conheciam e tem apreço um pelo outro. O intuito do filme aqui é para nos mostrar até onde nossa loucura pode chegar com drogas e empolgação numa festa, lembrando que: nem tudo mostrado no filme é somente reflexo do uso de drogas. Ex.: a coreógrafa levar o filho (Tito) pra uma festa como essa e depois simplesmente tranca-lo numa sala de energia - ja estava alcoolizada - tenebroso.
Fique atento, claro, no jogo de luzes, vermelho, verde, azul entre outras cores mas vamos dar destaque para o vermelho que já chama a atenção no cartaz do filme. Toda vez que ele aparece e ganha destaque, seja na sangria, no ambiente, nas luzes... o caos começa ou melhor, continua. É engraçado notar que Selva - durante boa parte a "protagonista" - ronda por toda a festa tentando a todo instante resolver problemas, "dança" completamente bêbada, fica horrorizada com o segredo do bebe da amiga, e um detalhe que curti mas acho irrelevante, quando ela chega no corredor onde aparece o bosque - parecido com o do inicio do filme - ela para e meio que sai do estado onde se encontra. Após isso vai encontrar a amiga no quarto.
Contudo isso já dito acima, a perturbação e a sensação de que NUNCA e nenhuma hipótese vamos recomendar um filme de Noé para alguém, ao mesmo tempo que não desgrudamos da sua maneira de fazer um longa, a camera sempre perto do personagem para acompanhar sua loucura, ou viajando pelo cenário pra pegar algo de cima, e bem utilizada na dança aqui. E como ja disse nos comentários de Irreversível, podemos chamar Gaspar Noé de ruim, pretensioso ou oque for, menos de genérico. É demasiadamente original como faz um filme.
Visto 04/08/2020.
O Operário
4.0 1,3K Assista AgoraÉ um filme pretensioso, mas não consegue enganar o espectador ou até mesmo surpreende-lo
eu não acho que a atuação do Bale tenha sido tão grande assim, a magreza, as péssimas condições de trabalho e a narrativa dos personagens fazendo-o em alguns instantes de pobre coitado, ajuda quem assiste a ter uma atenção ao protagonista. Dito isso, na minha opinião o filme que atende por "O operário" em nenhum momento te diz que o problema dele é o trabalho, aliás, é ali que ele consegue se distrair.
Temos aqui um filme jogando na sua cara pistas e pistas, oque é bom claro, pois lá na frente teremos um plot. Mas esse plot além de previsível, é desgastante, arrastado e que poderia ser melhor trabalhado. Não é como em outros filmes como "Clube da Luta" que fica dificil saber se é uma outra personalidade, aqui os próprios personagens questionam a existência de Ivan, oque entrega imediatamente que Trevor está mentindo. O filme insiste em colocar Ivan atormentando o personagem e em colocar Trevor o perseguindo fazendo minutos passar onde não deveria.
Destaque aqui é pra trilha, que curti bastante e acompanhe com lucidez o filme.
Visto 04/08/2020.