Na série "José do Egito", Lia é a vilã e Raquel é a vítima. Já nessa série, Lia é a injustiçada, enquanto, Raquel é a fútil que se aproveita do amor de Jacó.
Achei super interessante a ideia de trazer o ponto de vista de uma personagem esquecida. De fato, a Bíblia, a principal fonte de informações sobre a história, trata Lia como uma vilã e Raquel como a heroína da história de amor de Jacó. Agora, não é porque a Bíblia é o livro sagrado do Cristianismo que ela também não tenha sido escrita a partir de um ponto de vista. E o ponto de vista bíblico é o de Jacó, neto de Abraão, e de José, que virá a ser o protagonista da história que se segue à de Jacó. E para José ser valorizado, seria preciso ressaltar a importância do casamento de Jacó com Raquel. Acontece que nesse meio tempo, ninguém pensa em Lia, ninguém se pergunta o que ela sentia, se ela realmente era uma pessoa má, se ela sofria ou não com o desprezo de um homem que, independente de qualquer coisa, era seu marido. Então creio ser super válida essa iniciativa da Record de trazer um outro olhar. Agora, se está sendo bem executada, aí não sou capaz de opinar, pois não dá para agradar a todos.
Seria legal uma trama sobre Esaú, o irmão que foi enganado por Jacó.
A Record resolveu produzir "Lia", que tem apenas 15 capítulos, servindo como uma minissérie. A trama escrita por Paula Richard e dirigida por Juan Pablo Pires, a trama conta a vida da bondosa Lia (Bruna Pazinato), jovem batalhadora que nunca deixou de acreditar no amor, mesmo diante de todos os percalços.
É a primeira história bíblica da emissora vista sob o ponto de vista de uma mulher, embora se passe 2000 anos antes de Cristo.
A protagonista cresceu cuidando da irmã Raquel (Graziela Schmitt), desde a morte da mãe, e sofreu várias humilhações da madrasta Laila (Suzana Alves). Lia se apaixona por Jacó (Felipe Cardoso), acontece que o rapaz só tem olhos para sua irmã, que só se preocupa com riquezas e ama seduzir homens. Ainda sim, Raquel cede aos cortejos de Jacó somente para fazer a irmã sofrer e a relação das duas fica cada vez mais conturbada.
O homem, então, faz um acordo com o pai das moças, Labão (Theo Becker), para trabalhar sete anos em troca da mão de Raquel. Acontece que, no dia do casamento, sete anos depois, Jacó descobre que a mulher dada pelo pai em matrimônio é Lia, logo após a protagonista retirar o véu que cobria seu rosto.
Labão afirma que a tradição é a filha mais velha se casar primeiro, e depois propõe mais sete anos de trabalho para se casar com a outra. Obcecado pela sensualidade de Raquel, Jacó aceita e acaba se casando com as duas irmãs. Lia sofre com o constante desprezo do marido, enquanto a sua irmã exige cada vez mais regalias e presentes em troca de pequenos gestos de carinho com o esposo, que faz todas suas vontades. Jacó ainda se envolve com as duas serviçais da casa: Bila (Cacá Ottoni) e Zilpa (Thais Muller). Para culminar, o homem só demonstra amor pelo único filho que tem com Raquel: José (Bruno Peixoto). Já os filhos que Lia teve com o marido ----- Rubem (Leandro Lima), Simeão (Brenno Leone), Levi (Maurício Pitanga) Judá (Bru Malucelli), Issacar (Marcus Bessa) e Zebulom (Igor Fernandez) ----- são ignorados por ele, com exceção de Diná (Júlia Magessi), a única mulher.
O primeiro capítulo explorou a vida de Lia na família
, que perdeu a mãe e precisou lidar com o desprezo da madrasta. Ao longo dos anos, Lia até consegue ganhar um certo carinho de Laila, embora sua relação com a irmã siga péssima.
Aliás, a passagem de tempo deixou o contexto pouco crível em se tratando das idades. Theo Becker e Suzana Alves não passaram por um processo de envelhecimento e ver o ator pai de Graziella e Bruna, por exemplo, é surreal. Ainda sim, deixando essa questão um pouco de lado, a história vem sendo bem desdobrada pela autora. Pena que várias cenas sejam narradas pela protagonista, o que acaba cansando. Não precisava. Já o segundo capítulo começou a focar no enredo
em torno de Jacó e na rivalidade entre as irmãs, que chegam a trocar tapas.
É preciso elogiar o desempenho da novata Bruna Pazinato. Uma boa surpresa do elenco, segurando bem o protagonismo.
O intuito do enredo é mostrar a batalha de Lia para conquistar seu marido e provar que é a mulher certa para ele. Ou seja, um contexto inadmissível hoje em dia, ainda mais diante de todas as humilhações sofridas por ela. É um romance que não desperta qualquer tipo de torcida. Portanto, a propaganda feita pela Record nos programas da emissora, tentando vender uma "produção com temais atuais e carregada de "força feminina" é irreal. Até porque nem poderia ser diferente em uma história bíblica. Então, o telespectador tem que acompanhar a trama sem esperar personagens 'à frente do tempo', como costuma ocorrer em algumas produções de época da televisão, por exemplo. E isso não é uma crítica ou um elogio, é apenas uma constatação.
"Lia" é uma boa produção da Record. É uma minissérie até simples, cuja história consegue despertar a atenção de quem aprecia o gênero.
O espectador gostou da serie como um todo, ainda que temporada final veio de uma forma minimamente incoerente, agora sinceramente, o que mais me chamou atenção e mais me fez dar pontos a essa serie, é a questão do maniqueísmo, e de como essa questão de bem e mal, nunca e tão simples.
Quem é amante de historia, sobretudo os seculos 19 e 20, e lógico que ao estudar esses dois seculos, a pessoa esbarra no campo da ideologia, e de que como as mais distópicas e utópicas visões de mundo, criaram o mundo que conhecemos hoje.
Um mundo dominado por qualquer uma das ideologias autoritárias que conhecemos, seria terrível, por tantas razões que acabam lotando as bibliotecas mundiais com livros tentando explicar o nazismo, o comunismo, o teocentrismo e etc.
Agora algo que pode-se dizer sobre essas ideologias em poucas palavras, é que nenhuma delas tinha o interesse de compreender o ser humano e dar um tratamento justo e digno a cada um, conciliando as infinitas diferenças de nossa especie, em vez disso, tentaram forçar suas visões de mundo, usando a brutalidade de um sistema desumano, que privilegiava a ideia sobre a razão.
E em tempos onde a polarização parece dominar boa parte dos países, e as instituições democráticas ficam enfraquecidas, enfraquecendo também o dialogo entre as diferenças, que é o único caminho para uma sociedade "próxima a perfeição", The man in the hign castle, assim como 1984 de George Orwel, vem para nos lembrar que o caminho do extremismo é caótico e destrutivo, e que o ser humano não é bom ou mal, mas reage ao seu ambiente, as vezes de forma positiva e as vezes de forma terrível. Smith é um belo exemplo e simbolo disso, nas duas realidades temos duas reações, numa ele se torna um homem comum e amável, na outra um prisioneiro de sua própria crueldade, mesmo questionando todo o partido e odiando aquilo que se tornou, ele não consegue abrir mão do poder e de tudo aquilo que ele conseguiu, por cima do cadáver de milhões; e isso é uma metáfora, para homens como Hitler e Stalin, que optaram por corromperam o poder e a sociedade que viviam, a um ponto onde a tragedia era inevitável. e que na visão deles, estavam "melhorando o mundo".
Eu gostei muito dessa serie e do final, que mesmo que aberto, deixa um ar de continuidade histórica, afinal a historia não tem um final triste ou feliz, ela continua a seguir ao infinito, e seria bobo e ingenuo ficar mostrando a recuperação daquele mundo, até porque, em paralelo com a realidade, os efeitos do nazismo duram até hoje, quase 90 anos depois do fim da guerra, naquele mundo, provavelmente duraria décadas até a democracia chegar a Europa novamente, o Reich de mil anos, provavelmente cairia como a união soviética nos anos 90, até porque, algo que a serie mostra, é que o regime fascista/nazista é insustentável, o extermínio tinha como finalidade (alem dos motivos racistas), a "limpeza" dos territórios conquistados para a ocupação alemã e o controle dos mesmos, e mesmo na produção industrial que o holocausto estava em seu auge, seria impossível conter a resistência no mundo todo, incluindo na própria Alemanha, mesmo antes da ascensão do regime, existia resistência ao nazismo na Alemanha, incluindo entre os militares, que estavam satisfeitos com a "vingança" contra a frança, e cada vez mais temerários com os rumos do partido.
Enfim, no fim, a melhor critica a essa serie, (num tom de sarcasmo do próprio cantor), é a celebre frase de Cazuza: "Ideologia, eu quero uma para viver".
A cultura viking é vista de uma experiência em primeira mão pela perspectiva de Athelstan.
“Duas cabeças. Dois corações. Duas fés.” – Vidente
Athelstan’s Journal é uma série de 13 episódios para a web baseado na trajetória do personagem Athelstan, o monge inglês que foi capturado pelos vikings e com eles passou o resto da vida. Ao final do episódio “Born Again”, foi exibida uma versão para a TV da websérie.
Com uma narrativa reflexiva, Athelstan conta sua história, desde a invasão viking em Lindisfarne
. Em suas anotações, o “sacerdote” como também era chamado, tece comentários sobre os principais personagens da série atribuindo a cada um qualidades e características próprias. Além disso, Athelstan’s Journal é um resumo de tudo o que já vimos em Vikings.
A ideia dessa websérie é sensacional. Desde a primeira temporada, Athelstan é para mim um dos melhores personagens da série. Ele é o tipo de personagem que representa o público quando inserido dentro de um contexto histórico cultural que nos é totalmente alheio. Dessa forma, vamos aprendendo junto com Athelstan a cultura e o modo de vida dos escandinavos.
O papel de Athelstan na série foi o de evitar o didatismo pedante ao meu ver. Seria muito chato ver os personagens explicando suas ações para o público leigo. Fico imaginando Ragnar dando uma de Frank Underwood de House of Cards, virando para a câmera e explicando sobre Odin, Valhalla e coisas do tipo. Para evitar isso, personagens como Athelstan são necessários. Se a princípio Bjorn cumpria esse papel, posteriormente é Athelstan que nos conduz no aprendizado da cultura nórdica abordada na série.
Agora não podemos esquecer também que o fato de Athelstan ser um cristão, faz com que seu aprendizado aconteça em comparativo com suas crenças. A dicotomia entre o cristianismo e o “paganismo” construído em torno dele é um dos melhores desenvolvimentos de Vikings. Por vezes manifestações culturais cristãs aconteciam paralelo a semelhantes nórdicas, como as cenas de casamento na segunda temporada. O estranhamento de Athelstan ao contato com o modo de vida dos vikings também é o nosso, é um personagem de bastante identificação que cumpriu seu papel graças ao trabalho do ator George Blagden.
Dentro desse contexto, Athelstan e Ragnar desenvolvem uma amizade sincera. Um relacionamento baseado no ensinamento já que, se Athelstan aprendia a ser “pagão”, Ragnar por sua vez se mostrava interessado pelo lado cristão do amigo. Os dois rezaram a oração do “Pai Nosso” e Ragnar proporcionou a Athelstan um enterro cristão. Ragnar raspa a cabeça em homenagem ao amigo monge e usa o seu cordão com crucifixo mostrando que Athelstan continuará com ele mesmo após sua morte.
Assistir aos episódios de Athelstan’s Journal é um retorno aos melhores momento da série: a chegada dos vikings a Lindisfarne, a aliança e a traição de Jarl Borg e rei Horik, a vinda de Auslag para Kattegat e a partida de Lagertha com Bjorn, o retorno a fé cristã em Wessex do rei Ecbert assim como os fatos já mostrados na atual temporada. Athelsthan’s Journal não é apenas um resumo de tudo que já se viu, e também uma bela homenagem a um excelente personagem.
Você pode acessar a websérie Athelstan’s Journal no site oficial da série.
Referências:
A invasão de Lindisfarne
Athelstan entra na série Vikings quando Ragnar e seus homens partem para o oeste rumo a terras que poderiam fornecer grande riquezas. Os nórdicos chegam a Ilha de Lindisfarne, no nordeste da Inglaterra.
Ruínas em Lindisfarne
A invasão viking em Lindisfarme ocorreu no século 8 e marco o início da Era Viking. Posteriormente, até metade do século 11, os vikings invadiram a Europa indo da costa britânica ao resto do continente.
A Crônica Anglo-Saxônica descreve o momento da invasão documentando os vikings pela primeira vez nos anais da história inglesa:
793: neste ano apareceram presságios terríveis na Nortumbria, que assustaram muito as pessoas. Consistiam em imensos torvelinhos e relâmpagos, e viam-se dragões chamejantes voando pelo ar. Aqueles sinais foram imediatamente seguidos por uma época de grande fome, e pouco depois, em 8 de junho do mesmo ano, os homens pagãos destruíram a igreja de Deus em Lindisfarne, saqueando e matando.”
Mesmo com esse relato ser o primeiro a mostrar a presença viking na Inglaterra, muito provavelmente contatos entre ingleses e escandinavos já tivessem ocorrido. Quando os vikings invadiram Lindisfarme, a igreja dedicada a St. Cuthbert foi destruída. Confira um relato da época feito pelo clérigo Alcuino, oficial da corte de Carlos Magno, para o rei da Nortúmbria:
Nunca antes tinha havido tanto terror na Grã-Bretanha como o que padecemos agora de uma raça pagã, nem se pensava que se pudesse fazer semelhante incursão vinda do mar. Olhai a Igreja de St. Cuthbert salpicada do sangue dos sacerdotes de Deus, despojada de todos os seus ornamentos. O lugar mais venerável da Grã-Bretanha foi presa dos povos pagãos.”
Na série, Ragnar captura Athelstan poupando sua vida tornando o sacerdote seu escravo. De fato, os vikings além de saquear, tornavam seus prisioneiros escravos.
Athelstan, o rei.
Na série, Athelstan é o nome dado ao monge de Lindisfarme, mas o nome também pertenceu a uma figura de muita importância para a história inglesa. Confira nesse texto do site da BBC quem foi o rei Athelstan:
Athelstan foi o primeiro rei de toda a Inglaterra e neto de Alfredo, o Grande. Ele reinou entre 925 e 939 d.C. Um soldado distinto e corajoso, ele extrapolou os limites do seu reino na maior medida do que eles tinham atingido.
Em 927 d.C, tomou York a partir do Danes, e forçou a apresentação de Constantino, Rei da Escócia e dos reis do norte. Todos os cinco reis galeses concordaram em pagar um enorme tributo anual. Ele também eliminou a oposição em Cornwall. Em 937 dC, na Batalha de Brunanburh, Athelstan liderou uma força criada na Grã-Bretanha e derrotou uma invasão feita pelo rei da Escócia, em aliança com os galeses e os dinamarqueses, a partir de Dublin.
Sob Athelstan, foram criados códigos de leis de reforço do controle real sobre o seu grande reino; a moeda foi regulamentada para controlar o peso de prata e punir os fraudadores; compra e venda foi largamente confinado aos burhs, incentivando a vida da cidade; e áreas de assentamento na região de Midlands e cidades dinamarquesas foram consolidadas em condados. No plano exterior, Athelstan construiu alianças para casar quatro de suas meias-irmãs com vários governantes na Europa Ocidental.
Ele também era um grande colecionador de obras de arte e de relíquias religiosas, que deu a muitos de seus seguidores e igrejas a fim de obter o seu apoio. Ele morreu em 939 d.C, no auge de seu poder, e foi sepultado na Abadia de Malmesbury. Este foi um local de sepultamento adequado para ele, como tinha sido um ardente defensor da abadia.
Athelstan reflete seus pensamentos internos sobre os caminhos dos nórdicos, incluindo todos os seus costumes, valores e moral. Observe o jovem padre lutando contra um tumulto emocional e psicológico, enquanto equilibra sua fé em Deus e Odin, se deleita em derramamento de sangue e é assombrado por lembranças de combate e, em seguida, reconhece as personalidades de sua família bárbara e entende que eles, embora pagãos, são seres humanos.
Detalhe: Esta série da web é narrada por George Blagden, que recapitula as principais séries dos Vikings antes do início da terceira temporada.
A NBC estava doida por cancelar isso. Atores brilhantes, ótima história.
Estou gostando muito desse show. A interação entre os personagens é sombria e humorística. As linhas da trama são originais, particularmente o mais recente campo de treinamento russo. Os geeks do techno apreciarão a versão moderna dos dispositivos Mission Impossible. O ritmo e o uso da câmera deixam a pessoa sem fôlego em um bom caminho. É difícil discernir em quem confiar, o que aumenta o apelo. Parece realmente que as críticas negativas aqui são baseadas em preconceitos pré-existentes em relação ao programa real na tela, o que eu recomendo.
O incansável Tom Keen, do The Blacklist, inicia novas aventuras como parte de uma organização sombria contratada pelo governo dos EUA que pode ou não ser o mocinho. Assim como no The Blacklist, é difícil dizer quem é legal e legal nesse emocionante programa de TV que, embora derivado às vezes, se beneficia imensamente de ritmo sem fôlego e histórias meticulosamente traçadas. No fundo, essa é uma história de amor e traição, com doses liberais de paranoia. E tu não gostaria de viver no mundo de Tom Keen, mas devo admitir que isso contribui para uma hora divertida da televisão.
Agora a ideia de fazer um spin-off com alguns dos personagens menos importantes da série principal é, bem, fascinante. O piloto foi divertido, ocorre que definitivamente não possuía a profundidade e intriga da série original. Eu só espero que os autores consigam tornar os personagens principais um pouco menos planos do que atualmente. Eggold é um ator decente, mas seu personagem precisa amadurecer. Felizmente, isso não se torna apenas mais um show de ação.
Mostrando todas as 5 Curiosidades
Esta série derivada de The Blacklist (2013) estreou em 23 de fevereiro de 2017. Foi cancelada em 12 de maio de 2017, um dia após a renovação da The Blacklist pela quinta temporada.
Cisão de "A lista negra" (2013)
Edi Gathegi e Famke Janssen estavam envolvidos na série de filmes dos X-Men. Gathegi interpretou Darwin em X-Men: First Class e Janssen interpretou Jean Grey na trilogia original, The Wolverine e Days of Future Past.
Esta série é rara em Hollywood, pois os atores escolhidos como os pais de Tom Keen / Christopher Hargrave ( Ryan Eggold ) têm idade suficiente para serem seus pais. Terry O'Quinn (Howard Hargrave) nasceu em 1952, Famke Janssen (Susan 'Scottie' Hargrave) nasceu em 1964 e Ryan Eggold nasceu em 1984. Desde que Famke tem 19 anos, e Terry 31 anos, é plausível que Scottie e Howard pudessem ser os pais de Christopher (Tom).
Famke Janssen e Edi Gathegi interpretaram personagens nos filmes X-Men da Marvel. Janssen jogou Jean Grey / Phoenix em X-Men (2000), X2: X-Men United (2003), X-Men: The Last Stand (2006) e X-Men: Days of Future Past (2014) enquanto Gathegi jogou Darwin em X: primeira classe (2011).
A série segue Molly em sua primeira missão como médica do exército no contexto da retirada do exército britânico do Afeganistão. A série 2 apresenta Georgie, sua amiga mais experiente, quando ela é enviada para a África Oriental.
Fantástico ver um drama girando em torno de uma jovem mulher cockney, Molly Dawes, que em Londres tem uma vida bastante sombria e insular, com poucas opções no futuro, e então tenta uma tática diferente e se junta ao exército. O exército abre sua vida e, embora ela não seja sofisticada, ela faz uma jornada que desperta o seu interesse. Lacey Turner é muito convincente como a adolescente dura de Londres, que se torna um soldado assustado, fora de profundidade, intimidado, mas corajoso e determinado. Com muita frequência, os dramas britânicos retratam as garotas cockney como perdedoras sempre no pub. Esta série foi feita com um bom coração e estou gostando.
A atriz principal é realmente muito boa em tornar sua personagem realista e a série mostra algumas das perspectivas de 'peixe fora d'água' que muitos funcionários sofrem quando retornam à vida normal. Ele não tenta glorificar a situação dos personagens ou a guerra.
Os soldados são normais, pessoas comuns aprendendo seu ofício. Eles são altamente eficientes, e mostram todos os nervos, os horrores da guerra, a humanidade e as fragilidades.
Isso é muito mais do que apenas um drama de ação.
Eu pensei que era realmente bem pensado, roteirizado, produzido, dirigido e encenado. Talvez não por uma disposição delicada em alguns lugares, mas certamente absorvente por toda parte.
A trilha sonora lindamente escolhida foi usada com moderação, com eficácia, e de maneira adequada. Adorei especialmente o uso de Blue Angel por Antony e os Johnsons.
Se o resto da série continuar nesse padrão, isso se tornará um drama cada vez mais popular.
Novela sobre vida sofrida O Selvagem da Ópera, sobre a vida sofrida do maestro Carlos Gomes (1836-1896), inicialmente seria produzida para exibição em 2021. Ocorre que teve sua produção antecipada após o cancelamento de Sem Limite, que iria misturar peças de alta voltagem sexual do Nelson Rodrigues (1912-1980).
Em agosto passado, quando já estava com quase todo o elenco fechado, a produção sofreu alguns reveses. Perdeu Marjorie Estiano, Júlio Andrade e Alice Wegmann. Recém-egressa de Verão 90, Isabelle Drummond ficou com a personagem de Alice.
Maria Adelaide Amaral, a autora de O Selvagem da Ópera costuma dizer que Carlos Gomes, o maior compositor de óperas do Brasil, é um músico cuja obra quase todo mundo já ouviu, mesmo assim, não conhecida. Sua peça mais famosa é O Guarani (1870), baseada no romance de José de Alencar (1829-1877) e tema de A Voz do Brasil, programa de rádio oficial dos poderes da República.
Gomes já apareceu em outra obra de ficção da Globo: em 1999, o maestro foi um dos personagens retratados na minissérie Chiquinha Gonzaga. Na ocasião, ele foi interpretado por Paulo Betti. A trama de Lauro César Muniz mostrou uma relação amorosa entre Gomes e Chiquinha (Regina Duarte), algo que estudiosos da vida dos dois compositores negaram que tivesse ocorrido.
Nascido em Campinas em 11 de julho de 1836, Carlos Gomes teve uma vida repleta de sofrimentos e reviravoltas: sua mãe, Fabiana Cardoso, foi assassinada no quintal da própria casa com um tiro e quatro facadas em julho de 1844. Ela estava com apenas 28 anos, e o herdeiro tinha acabado de celebrar seu oitavo aniversário. A única testemunha também foi morta, e o crime nunca foi resolvido.
O nome do pai de Gomes, Manuel José, foi rasurado na certidão do maestro, pois ele só se casou com Fabiana depois do nascimento do filho. Mesmo assim, Carlos teve uma convivência intensa com o patriarca, responsável pela parte musical nas cerimônias religiosas da região. A paixão pela música estava no sangue.
Aos 24 anos, Carlos Gomes se mudou para o Rio de Janeiro e virou protegido de dom Pedro 2º, que se tornou seu benfeitor e mecenas. O imperador, inclusive, ajudou o músico a ir para a Itália, onde aprofundou seus estudos e se casou com a pianista Adelina Peri, com quem teve cinco filhos. Três deles morreram ainda crianças e o quarto, Carlos Maria, não resistiu à tuberculose aos 25 anos.
A perda de mais um herdeiro fez com que fosse acometido pela depressão, e Gomes abandonou no meio o trabalho na ópera cômica Ninon de Leclos, a primeira de várias obras que deixou incompletas. Com problemas financeiros e sem vontade de trabalhar, ele teve uma crise nervosa que só era aliviada com o uso de ópio.
Sua derrocada final veio em 1889, com a proclamação da República. Na época, dom Pedro 2º havia prometido que Gomes assumiria a direção do Conservatório do Rio de Janeiro, o que resolveria suas finanças. A queda do Império, portanto, mudou esses planos. Sem dinheiro, o músico morreu aos 60 anos, em 16 de setembro de 1896, vítima de um câncer de língua que se espalhou para a garganta.
A decisão de produzir novelas curtas para o Globoplay, no lugar de macro séries para a TV aberta, representa uma mudança de estratégia desesperada por parte da Globo, uma aposta muito alta em seu serviço de streaming, luta para ser relevante em um cenário de competição com gigantes como Netflix, Amazon e Disney.
A decisão da cúpula da Globo assusta nos bastidores da emissora. Afinal, ela vai transformar um projeto bem-sucedido na TV aberta, a novela das onze (ou macro série), em um formato semelhante em sua plataforma de streaming. Isso seria uma disruptura. Troca-se o modelo de financiamento da TV aberta, baseado na publicidade, pelo da assinatura por um serviço de vídeo on-demand.
‘Segunda Chamada’ bate de frente com o Brasil de hoje!!!
Segunda temporada de ‘Segunda Chamada’ foca em novos alunos, a maioria em situação de rua, e na relação humanizada entre estudantes e professores.
Paternidade, analfabetismo, violência sexual, racismo, trabalho infantil e feminicídio. Esses são alguns dos temas abordados na segunda temporada de Segunda Chamada e que fazem parte da realidade de muitos alunos das escolas públicas brasileiras.
As roteiristas Júlia Spadaccini (Tapas e Beijos) e Carla Faour (Além do Horizonte) voltam para mais um temporada que, desta vez, está fora da TV aberta e se encontra diretamente na plataforma de streaming Globoplay.
Mais madura e carregada de feridas mal cicatrizadas da primeira temporada, a série revela novos alunos na Escola Estadual Carolina Maria de Jesus, na periferia da Grande São Paulo. No abandonado ensino noturno, o foco agora se volta para um grupo de moradores em situação de rua, que são convidados a integrar a lista de presença diante da possibilidade do turno da noite ser fechado por ausência de matrículas.
Apesar dos personagens serem completamente diferentes uns dos outros – o que gera os mais diversos tipos de atrito -, em comum, essas pessoas têm a vontade de mudar de vida e veem na escola uma oportunidade para quebrar o ciclo de pobreza e falta de oportunidades.
Inclusive, Débora Bloch volta mais fortalecida e sensível do que nunca – no papel da professora de Língua Portuguesa Lúcia – em uma dinâmica potente com Hélio (Ângelo Antônio), um dos moradores em situação de rua e que também sofreu uma perda familiar.
Apesar de tocar com maturidade e sem forçar a barra em temas atuais e necessários da sociedade brasileira, a segunda temporada de Segunda Chamada infelizmente não nos deu tempo suficiente para nos apegarmos aos alunos, como a primeira fez. Um dos motivos principais, talvez, seja o fato de essa nova leva ter apenas 6 episódios, e não 11 como a anterior. Além disso, os depoimentos ao fim de cada capítulo, contando histórias reais de ex-alunos de ensino noturno, fizeram falta.
Os desdobramentos das histórias paralelas dos professores seguem tomando o espaço necessário e emocionante. Lúcia tenta fechar as feridas deixadas pelas descobertas sobre seu filho. Sônia (Hermila Guedes), de saída de um relacionamento extremamente abusivo, segue em crescimento. Eliete, vivida por Thalita Carauta, amadurece seu relacionamento com o diretor Jacir (Paulo Gorgulho). E Marco André (Sílvio Guindane) precisa viver o dilema que foi aberto no fim da primeira temporada de revelar (ou não) para sua mãe biológica, que passa a estudar no colégio, que é seu filho.
Em Segunda Chamada, os professores são verdadeiramente heróis, mas sua luta não é em momento nenhum romantizada. É a realidade nua e crua do descaso com a educação brasileira, principalmente com o ensino noturno.
Na série, a escola é esperança. Ao mesmo tempo que é um grito de socorro para a educação.
A segunda temporada do seriado – que aborda as mazelas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no período noturno – estava previsto para ir ao ar no segundo semestre de 2020. Portanto, a repercussão positiva do teaser de lançamento fez com que a emissora antecipasse a exibição dos novos episódios para o mês de abril do próximo ano. Além disso, de acordo com o site da jornalista Patrícia Kogut, os atores que interpretam os professores, como a atriz Débora Bloch (Avenida Brasil) – que incorpora a personagem Lúcia Freitas – continuarão no elenco. Agora, somente, três dos alunos permanecerão na trama, ou seja, tudo indica que o restante conseguirá se formar no ensino regular, no caso, o Ensino Médio.
Lembrando que a Segunda Chamada foi gravada na cidade de São Paulo (SP) e é a primeira escrita pelas autoras Carla Faour (Além do Horizonte) e Julia Spadaccini (Tapas & Beijos). Além das duas, o escrito contém, Maíra Motta (Amor Veríssimo), Giovana Moraes (A Vida da Gente) e Victor Atherino (Faroeste Caboclo). Concomitantemente a isso, a direção conta com Breno Moreira, João Gomes (Tá no Ar: A TV na TV) e Ricardo Spencer (Shippados). Otávio Müller (Zorra), Marcos Winter (Flor do Caribe), Caio Blat (Carcereiros) e Arthur Aguiar (O Outro Lado do Paraíso) completam o elenco, que terá muitas outras participações especiais.
Na coluna de Mauricio Stycer, no site UOL, foi divulgado que a Globo tira da TV aberta e joga no canal pago da Globoplay essas séries - Sob Pressão e Segunda Chamada - que fazem crítica social.
A princípio, serão escalados novos alunos para a história, que desta vez focará ainda mais em estudantes que vivem na rua. Estão sendo procurados nomes com experiência em teatro e cinema. Já foram confirmados no elenco Ângelo Antonio, Moacyr Franco e Henrique Santanna para a nova temporada de “Segunda Chamada”. Após a bem-sucedida estreia da ótima série de Carla Faour e Julia Spadaccini, dirigida por Joana Jabace, a O2 Filmes logo providenciou mais uma leva de episódios e as gravações já começam em janeiro. Tudo para estrear em abril. A chance de repetir o sucesso é alta, principalmente em virtude da temática em torno da educação pública caótica do Brasil, que rende conflitos infinitos. Silvio Guindane, Hermila Guedes, Débora Bloch, Thalita Carauta e Paulo Gorgulho continuam no elenco. Apenas os intérpretes dos alunos mudam.
O nome da escola “Carolina Maria de Jesus” do seriado Segunda Chamada é em homenagem a uma das primeiras escritoras negras do Brasil.
Quem foi Carolina Maria de Jesus? Ela foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais relevantes para a literatura nacional
Negra, catadora de papel e favelada, Carolina Maria de Jesus foi uma autora improvável. Nasceu em 14 de março de 1914 em Sacramento, Minas Gerais, em uma comunidade rural, filha de pais analfabetos. Foi maltratada durante a infância, mas aos sete anos frequentou a escola — em pouco tempo, aprendeu a ler e escrever e desenvolveu o gosto pela leitura.
Em 1937, após a morte da mãe, ela mudou para São Paulo. Aos 33 anos, desempregada e grávida, mudou-se para a favela do Canindé, na zona norte da capital paulista. Trabalhava como catadora de papel e, nas horas vagas, registrava o cotidiano da favela em cadernos que encontrava no material que recolhia.
Um destes diários deu origem a seu primeiro livro, Quarto de Despejo - Diário de uma Favelada, publicado em 1960. A obra virou best-seller, foi vendida em 40 países e traduzida para 16 idiomas.
Após a publicação e o sucesso do primeiro livro, a autora se mudou para Santana, bairro de classe média da capital. Três anos depois, publicou o romance Pedaços de Fome e o livro Provérbios. Em 1969, saiu de Santana para Parelheiros, no extremo da zona sul da cidade, uma região de grandes contrastes entre ricos e pobres, mas com ares de interior que lembravam a cidade onde cresceu.
A escritora nunca quis casar e teve três filhos, cada um de um relacionamento diferente. Morreu em fevereiro de 1977, aos 62 anos, de insuficiência respiratória. Outras seis obras póstumas foram publicadas após sua morte, compiladas a partir dos cadernos e materiais deixados pela autora. Em 2017, sua história foi registrada por Tom Farias em Carolina - Uma Biografia, publicada pela editora Malê.
A produção da O2 Filmes ao abraçar a realidade, ficção pode atingir outro patamar. E quem acompanhou a primeira temporada da série chegou a ficar chocante as cenas, ainda que a realidade seja mais cruel e bruta. Veja mais em tvefamosos.uol.com.br/colunas/mauricio-stycer/2019/11/10/segunda-chamada-ao-abracar-a-realidade-a-ficcao-pode-atingir-outro-patama.htm
O Doutrinador – Sequência do filme é confirmada pela produtora!
O herói brasileiro vai ganhando força!
Durante o anúncio de seus projetos cinematográficos para 2019, a Paris Entretenimento confirmou que o filme O Doutrinador irá ganhar uma sequência. No longa, acompanhamos a história de um vigilante mascarado, que luta contra a corrupção brasileira.
Em 2018, chegou aos cinemas o filme O Doutrinador, adaptação em live-action das histórias em quadrinhos criadas por Luciano Cunha. O filme teve boa recepção do público e da crítica, fazendo com que uma sequência fosse garantida. A Paris Entretenimento, produtora do longa, revelou que O Doutrinador 2 está programado para iniciar suas gravações em agosto deste ano, porém não foram revelados os nomes que ficarão responsáveis pela direção e o roteiro da nova produção.
Em 2018, a Paris se consagrou como o estúdio brasileiro que mais lançou filmes próprios no país, com isso, o estúdio ganhou força para expandir seu catálogo de serviços, tais como pós-produção, finalização e animações. No anúncio, também não foi revelado se Luciano Cunha, criador da franquia, estará envolvido no novo longa, porém é provável que, assim como no primeiro filme, ele participe do roteiro.
"Carcereiros" tem qualidade e uma boa proposta, agora leva um tempo para agarrar o público.
Após os 12 episódios foram disponibilizados com bastante antecedência, finalmente estreou "Carcereiros, série coproduzida com a Gullane* Filmes e escrita por Fernando Bonassi, Marçal Aquino e Dennison Ramalho (com colaboração de Marcelo Staroubinas). Dirigida por José Eduardo Belmonte, a trama é protagonizada por Rodrigo Lombardi e aborda a dura vida dos agentes penitenciários do país.
A série teve problemas sérios antes de ir ao ar. Domingos Montagner era o ator escolhido para interpretar o protagonista, que infelizmente morreu afogado no Rio São Francisco, enquanto gravava "Velho Chico" (2016). A morte chocou o Brasil e a tragédia jamais será esquecida. Então, após o choque, a produção escalou Rodrigo para substituí-lo. As gravações foram feitas sem problemas e finalizadas. Acontece que não puderam estrear por causa de uma sucessão de rebeliões violentas em presídios do Espírito Santo e do Norte do país. A emissora não achou apropriado.
Passado esse período de horror, outro empecilho foi observado: o ator já estava em "A Força do Querer" (interpretando o advogado Caio) e, para não abusar de sua imagem, o adiamento novamente se fez necessário. A saída foi, como mencionado inicialmente, lançar a série completa em sua plataforma de streaming.
Assim, "Carcereiros" pôde ser vista primeiro pela streaming e só, após todos esses acontecimentos (que poderiam render até uma outra série), pela televisão. E a produção merece elogios, pois a qualidade das filmagens é visível, assim como a acertada escalação do elenco.
Baseada no livro homônimo de Drauzio Varella, a história é bem estruturada pelos autores e mistura ficção com documentário através de depoimentos de carcereiros já aposentados ou ainda em atividade. Algumas vezes essas inserções quebram o ritmo dos episódios e se mostram bastante didáticas, ocorre que não comprometem o todo. Cada episódio, aliás, tem início, meio e fim. Os enredos são independentes, embora tenha um foco central que se mantém: o cotidiano do protagonista, que tem um pai (Tibério - Othon Bastos), uma esposa (Janaína - Mariana Nunes) e uma filha de outro casamento (Lívia- Giovanna Rispoli).
O telespectador acompanha a vida infernal de Adriano, sempre questionando o porquê dele ter escolhido aquela 'rotina'. Na verdade esse questionamento acaba sendo direcionado a todas as pessoas que decidem ser agentes penitenciários. Afinal, eles, querendo ou não, cumprem as penas junto com os presos. Estão todos os dias dentro dos presídios, vivenciando aquele inferno e sendo ameaçados constantemente, podendo morrer a qualquer instante. O objetivo da série, por sinal, é esse: mostrar o cruel serviço desses trabalhadores através do personagem principal. Tanto que o principal 'vilão' do enredo é o sistema prisional.
Rodrigo Lombardi está muito bem na pele do forte Adriano e protagoniza muitas cenas pesadas, principalmente quando o carcereiro enfrenta os presidiários sem medo. Tony Tornado, intérprete do agente Valdir, é a grata surpresa da série. Não por causa da irretocável atuação, afinal, o seu talento é conhecido há muitos anos; e, sim, pelo destaque que ganhou. Finalmente um perfil que faz jus ao ator competente que é, após tanto tempo fazendo figuração no "Zorra". Othon Bastos, Giovanna Rispoli, Mariana Nunes, Aílton Graça (Juscelino), Maria Clara Spinelli (Kelly), Nani de Oliveira (Vilma) e Thogun (excelente como Engenheiro, o presidiário mais temido) também merecem menção, assim como as ótimas participações de Matheus Nachtergaele, Carol Castro, Caco Ciocler, Gabriel Leone e Chico Diaz.
O ponto é que as histórias vão cansando com o tempo. Principalmente em virtude das semelhanças dos conflitos e do cenário principal não ser nada convidativo. Uma pausa se fazia necessária em vários momentos. E é uma série que marcará. Mesmo que seja complicado fazer previsões, não é fácil afirmar que daqui a um tempo será esquecida.
Mesmo com tudo isso, é um produto de qualidade que merece elogios. Foi, inclusive, premiado em Cannes, na França, em abril de 2017, na segunda edição do MIPDrama Screenings, evento que marcou a abertura do MIPTV (feira do mercado de televisão).
"Carcereiros" ---- cuja equipe idealizadora é quase a mesma da produção "Supermax", também ambientada em um presídio ---- tem uma proposta válida e que rende bons momentos para os atores, provocando uma reflexão no público a respeito da vida escolhida (pela necessidade ou vocação) por pessoas que se veem mergulhadas em um inferno que não tem fim.
* OBS.: Fundada em 1996 como Gullane Filmes, possui parcerias com estúdios norte-americanos e participa de produções de audiovisual para cinema e televisão.
Produções:
- TV Carandiru, Outras Histórias Alice Lutas.doc Para Aceitá-la Continue na Linha Alice – Especial Nascemos para Cantar Desprogramado Extinções
- Longas-metragens Bicho de Sete Cabeças - (2000) Carandiru - (2003) Narradores de Javé (2003) Benjamin - (2004) Nina - (2004) Crianças Invisíveis - (2006) Cafundó - (2006) O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias - (2006) O Mundo em Duas Voltas Querô - (2007) O Magnata - (2007) Encarnação do Demônio - (2008) Chega de Saudade - (2008) Terra Vermelha - (2008) Cidade de Plástico - (2009) Viajo porque Preciso, Volto porque Te Amo - (2009) Meu País - (2009) As Melhores Coisas do Mundo - (2010) Mundo Invisível (2011)
- Curtas e média-metragens Geraldo Filme Seu Nenê da Vila Matilde A Delicadeza do Amor De Glauber para Jirges Formigas O Príncipe Encantado Magnífica Desolação Estação
A primeira temporada de "Carcereiros" foi exibida no serviço de streaming, em 2017 e somente no ano passado a emissora colocou a trama em sua grade ---- dividida em duas partes por causa da Copa do Mundo. O roteiro explora a vida de Adriano, um carcereiro honesto que precisa lidar com a tensão da rotina no presídio e seus dilemas familiares.
Na 1ª temporada, teve bons conflitos, e chega a empolgar.
Na 2ª temporada, a trama envolvendo o protagonista Adriano (Rodrigo Lombardi) não tinha um arco dramático interessante. Sua relação com Janaína (Mariana Nunes) e os conflitos com a filha (Livia - Giovanna Rispoli) eram poucos explorados e raramente despertavam atenção. Os enredos em cima dos presidiários normalmente tinham início, meio e fim em cada episódio. Somente com a entrada de Letícia Sabatella mudou isso.
A série --- escrita por Marçal Aquino, Fernando Bonassi e Denisson Ramalho (com colaboração de Marcelo Starobinas) --- começou a costurar os episódios graças à chegada de Érika
, esposa de um detendo, que se envolveu amorosamente com Adriano. O carcereiro e a misteriosa mulher se apaixonaram e o caso acabou sendo descoberto pelo violento preso que conseguiu planejar uma armadilha para assassinar o protagonista. Então, a personagem matou o então marido e salvou a vida de seu novo amor. O crime, obviamente, a colocou na cadeia
e o fato transformou a vida de Adriano.
O mote da segunda temporada foi justamente a mudança de posição do protagonista.
O carcereiro que sempre revistou os visitantes e não se intimidava com os presidiários precisou deixar o orgulho de lado durante as revistas humilhantes realizadas. Também passou a enfrentar os olhares desconfiados das carcereiras durante as visitas ao seu amor. Ainda fez vista grossa quando Érika ligou para ele usando um celular dentro da cela. E tudo parecia valer a pena. A relação teve um bom desenvolvimento dos roteiristas e serviu para expor um pouco a rotina de um presídio feminino, após a primeira temporada ter focado apenas no masculino.
Érika foi um perfil totalmente diferente de tudo o que a atriz vinha fazendo nos últimos anos e fugiu do estereótipo da presa totalmente inocente ou da criminosa ameaçadora. A personagem teve boas camadas, despertando empatia em alguns instantes e medo em outros. Era uma mulher extremamente passional. Tanto que seu lado sombrio veio à tona depois que Adriano terminou a relação e contou que tinha voltado para a esposa, agora grávida. A presidiária expôs aquele lado violento visto no dia que matou o marido e fez de tudo para conseguir escapar da cadeia com o intuito de se vingar.
A cena da fuga foi muito bem realizada e a volta que Érika deu nos policiais empolgou.
Tanto que resultou no primeiro gancho da série e provocou expectativa para o próximo episódio, algo raro nessa trama. O seriado tem qualidades visíveis, e prende quem assiste e desperta vontade de não perder algum episódio. Tem uma audiência modesta (quase sempre em torno de 12 e 13 pontos) disso. Ocorreu o arco dramático dessa personagem e a ótima interpretação de Letícia deram um vigor ao formato.
A maior prova foi o total protagonismo da presidiária no episódio exibido (no dia 11 de junho de 2019). Já no capítulo do dia 25, Érika acabou assassinada ---- após ter tentado obrigar seu ex a matar a atual esposa ---- e o ciclo se fechou.
A importância de Adriano pela primeira vez ficou sem segundo plano.
Letícia Sabatella é uma intérprete competente e ganhou uma oportunidade de mostrar uma outra faceta em "Carcereiros". Aproveitou a oportunidade e brilhou merecidamente. Vale lamentar, inclusive, que seu talento tenha sido desperdiçado em "Órfãos da Terra" com a morte precoce e gratuita de sua personagem. Ao menos na série, os roteiristas foram mais inteligentes que certos autores e autoras da novela das nove e onze.
"Carcereiros": Lançada em junho de 2017 na Globo Play, a série de Fernando Bonassi, Marçal Aquino e Dennison Ramalho, dirigida por José Eduardo Belmonte, é baseada no livro homônimo de Drauzio Varella e tem Rodrigo Lombardi vivendo o protagonista.
De que material é feita a história? Muitos pesquisadores – como o historiador Paul Veyne, no livro Como se escreve a história – já se debruçaram sobre esta questão em busca de uma resposta mais precisa. Afinal, por mais que se pretenda “objetiva”, a história, tal como qualquer outro discurso sobre o mundo, está atrelada a filtros e a visões diversas. Contar a história é criar uma narrativa, da mesma forma como faz um romance, um filme ou uma série televisiva – obviamente, com outros propósitos.
Esta é, em alguma medida, a perspectiva sobre a qual surge a série Era uma vez uma história, programa exibido pela Band em quatro episódios. São quatro narrativas que fazem um passeio na história do Brasil desde a fuga da corte portuguesa para a colônia, em 1808. Trata-se de uma superprodução: cada capítulo custou R$ 1 milhão. O investimento é bastante evidente quando se assiste a cada um dos programas, pois se trata de uma narrativa arrojada, que mistura atores e historiadores, cenas gravadas em Brasil e Portugal, e um apurado trabalho com gráficos e animações que tornam a história contada acessível a um público jovem – justamente aquele que tem cada vez menos interesse a olhar para o passado.
A mensagem de Era uma vez uma história é clara e oportuna: a história apenas nos interessa na medida em que esclarece porque vivemos assim agora.
Voltando à questão inicial deste texto, em Era uma vez uma história, há um posicionamento evidente: a ideia de que, para se falar sobre os fatos históricos, não há apenas uma única narrativa possível. É perfeitamente viável recontar os acontecimentos para as novas (e velhas) gerações de uma forma, digamos, mais divertida e lúdica – e isso não significa, necessariamente, perder o rigor e a precisão daquilo que se narra.
E como o programa busca tudo isso? Para começar, vejamos a estratégia da escolha dos apresentadores: encabeçam a atração o ator Dan Stulbach (que se tornou conhecido pelo seu trabalho na Globo e posteriormente apresentou o programa CQC, na própria Band), e a historiadora Lilia Moritz Schwarcz, professora da USP e autora de vários livros sobre história do Brasil. A mistura entre o popular e o acadêmico, portanto, já se evidencia nessa primeira escolha, a qual se desenrola bastante bem: Dan e Lilia têm uma boa química e conseguem levar o programa em um tom de conversa, de bate papo sobre algo que interessa a ambos. Por mais que tenhamos em Lilia Schwarcz a figura da especialista, ela não adota um tom professoral ou hierárquico na sua postura. Parecem dois amigos andando nas ruas do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Lisboa enquanto conversam sobre histórias engraçadas acerca do seu país.
E aí está, acredito, a grande sacada de Era uma vez uma história: a graça do programa não está exatamente no que se conta, mas na forma pela qual esta história é contada. Enquanto narradores que nos guiam numa viagem ao passado, Dan Stulbach e Lilia Schwarcz atravessam tempos históricos e misturam a linguagem de hoje com os acontecimentos ocorridos há séculos. A mensagem é clara e oportuna: a história apenas nos interessa na medida em que esclarece porque vivemos assim agora. Por esta mesma razão, faz todo sentido que os apresentadores transitem entre hoje e ontem, observando in loco Dom Pedro ou José Bonifácio enquanto faziam suas articulações.
Além disso, há a preocupação evidente em adaptar o texto para que mantenha um diálogo com as linguagens digitais. Por exemplo: no episódio 2, ao explicar o “Dia do Fico” (quando Dom Pedro se rebelou contra as ordens da corte portuguesa que exigiam sua volta a Portugal), o texto narrado em off explica que a frase de Dom Pedro foi mais longa, mas a versão que ficou popularmente conhecida (a sentença “se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, digam ao povo que fico”) é a adaptada ao Twitter, com até 140 caracteres.
Do mesmo modo, há um esforço de desmistificar certos momentos da história, trazendo verdadeiras aulas expostas de forma dinâmica e mesmo interativa. Outro exemplo: ao tratar do famoso quadro “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, que retrataria o grito dado por Dom Pedro às margens do Rio Ipiranga, Lilia Schwarcz traz uma verdadeira aula de semiótica, na qual explica as incongruências da pintura. Tudo isto é ilustrado por meio de uma animação bem didática que “redesenha” o quadro em tempo real, para a boa compreensão do público.
Em seus apenas quatro episódios, Era uma vez uma história se encerra com o desejo de uma nova temporada que continue a traduzir a história do Brasil para a grandiosa audiência da TV aberta. Por enquanto, é possível assistir a todos os capítulos no canal da Band no YouTube.
Elenco é um dos muitos acertos de "Segunda Chamada"
A série da O2 Filmes causou a melhor das impressões quando estreou, no dia 8 de outubro de 2019, e o capricho da produção lembrou muito a qualidade de "Sob Pressão". Agora, na história atual o drama médico cede lugar para os inúmeros dilemas da educação pública no país. "Segunda Chamada" arrebata o público com um enredo pesado e extremamente realista, conseguindo inserir doses de sensibilidade e emoção ao longo dos episódios. Uma preciosidade. E um dos muitos acertos da trama é o elenco.
A história, escrita por Carla Faour e Julia Spadaccini, é protagonizada pela sofrida Lúcia (Débora Bloch), professora que se envolve com os conflitos de seus alunos
e nunca conseguiu superar a trágica perda do filho, vítima de um atropelamento ---- que ainda culminou no AVC de seu marido Alberto (Marcos Winter)
. A escolha de Débora Bloch foi um tiro certeiro. Impressiona como a atriz vem brilhando cada vez mais em papéis carregados de drama, desde a novela "Sete Vidas", de 2015. Comoveu o telespectador na trama de Lícia Manzo, em "Justiça" (2016), "Treze Dias Longe do Sol" (2018), "Onde Nascem os Fortes" (2018) e agora não é diferente.
Os atores que cercam a intérprete não ficam atrás. Paulo Gorgulho voltou à ativa em grande estilo, após 14 anos na Record. Jaci é um professor que atua como diretor da escola Maria Carolina de Jesus e tenta se manter mais frio diante dos problemas. E protagoniza alguns embates com a Lúcia em virtude das discordâncias a respeito da conduta com os alunos.
O mesmo vale para Silvio Guindane, intérprete do professor de artes Marco André. O idealista levou um choque quando se deparou com a realidade da unidade (caindo aos pedaços), e se manteve firme e logo virou um parceiro dos demais. Suas cenas com Hermila Guedes viraram um dos pontos altos.
A professora Sônia sofre com o vício em remédios tarja preta e a violência do marido agressor, vivido pelo competente Otávio Muller. A mulher ainda se deparou com uma tentativa de estupro praticada por um aluno em plena escola. A cena foi forte.
A personagem viu uma luz no fim do túnel graças ao carinho do colega Marco André e o envolvimento amoroso se mostrou inevitável. A sintonia do par é evidente. Após o bom desempenho em "Assédio", exibida no primeiro semestre --- na pele de uma mulher que sofria abusos ----, a atriz novamente se destaca com cenas densas.
E a grata surpresa da série é Thalita Carauta. Marcada pelos perfis caricaturais do "Zorra" e do tipo que viveu em "Segundo Sol", a intérprete finalmente está podendo mostrar que tem outras facetas a serem exploradas. Eliete é uma carismática professora de matemática e lida com os problemas de forma prática. Suas cenas mesclam leveza e dramaticidade através dos conflitos com os alunos e colegas de profissão. Um momento que destacou a atriz foi quando Eliete se comoveu com a situação do aluno Silvio, um morador de rua interpretado com brilhantismo por José Dumont.
Ela tentou arrumar um lugar para o homem ficar na escola, acontece que ele recusou assim que descobriu que não poderia ficar com seu cachorro.
Comovente.
Os alunos, vale destacar, são outros personagens que contam com grandes intérpretes. Muitos desconhecidos do grande público, como Linn da Quebrada, que vem protagonizando cenas maravilhosas na pele de Natasha,
travesti que sofre com o preconceito dos demais. A personagem enfrentou um forte bullying no início, e deu a volta por cima. Depois se entristeceu, com a rejeição do namorado, que não quis assumi-la em público.
A atriz está muito bem. Já Teca Pereira está emprestando seu talento para a humilde Dona Jurema, personagem que despertou ódio e pena na mesma intensidade.
Isso porque se mostrou preconceituosa com Natasha, ao mesmo tempo que sofreu com o marido sexista. A sequência em que a senhora recusou voltar para casa com o esposo para permanecer na escola estudando comoveu.
Uma das melhores cenas da série foi protagonizada por Ingrid Gaigher, intérprete da Aline. A aluna se indignou quando a colega Márcia (Sara Nunes)
virou alvo de olhares e chacotas porque amamentava o filho na sala e mostrou seus seios. "O problema é peito?", disse ao levantar a blusa. Todas as colegas repetiram o gesto e a professora Lúcia se orgulhou.
Sara, inclusive, é mais um nome que merece menção, assim como Vinícius de Oliveira, que vive Pedro, marido da aluna. Mariana Nunes se destacou quando o drama de sua personagem foi abordado (Gislaine),
, aluno que resolveu assaltar a escola depois que viu sua esposa quase matar seu filho recém-nascido afogado em uma bacia por conta das dificuldades financeiras. A sequência em que o garoto foi descoberto pela turma e chorou diante da professora dilacerou quem assistia. "Não sou bandido, sou pai", disse um jovem desesperado.
Felipe comprovou que é um dos melhores atores de sua geração e
através do drama da aluna que não soube o que fazer com seu filho e acabou fugindo, largando a criança na escola.
"Segunda Chamada" é uma série que chegou para ficar. Com toda certeza repetirá a trajetória bem-sucedida de "Sob Pressão" e a segunda temporada já está garantida para abril de 2020. O time de atores está irretocável e a rotatividade nas participações proporciona um grande número de profissionais com chances de destaque em determinados momentos.
“Me pediram para escrever como é a minha rotina. Antes de me mandarem embora do trampo do mercado, eu fazia umas vinte entregas por dia. Eu pegava a minha moto e saia cortando os carros, tirando o fino, levando sacola pra toda a cidade. Já entreguei em quebrada, em bairro de boy, com sol, co chuva, com vento balançando na minha moto… Mas eu nunca deixei ninguém na mão. Toda primeira semana do mês, eu chegava atrasado na escola. Parece que o povo recebe pagamento, já vai direto no mercado. Os professores ficavam de cara, achando que eu não queria nada com o estudo, mas eu gosto da escola e reclamo. Mas eu gosto: da escola e da minha moto. Quando chego em casa, pego meu filho no colo e a minha esposa pergunta das aulas. Antes, ela queria saber das entregas de motoboy, mas aí, me mandaram embora. Então, agora, ela só pergunta da escola. Eu acho que ela tem orgulho de mim.” – PEREIRA, Maicon Douglas.
A Lúcia está em total fase de crise e ela está completamente sem condições de lecionar, e o Jaci foi certíssimo quando foi atrás dela na casa do Maicon e quando a afastou, não considerei que ele foi sexista nesse momento, ele fez o que um profissional de educação deveria ser feito, e a Lúcia não estava parando quando ele tentava alertá-la de outras formas, então ele precisou ser mais duro. E ela agiu como uma garota mimada terminando o relacionamento com ele por não aceitar que ele estava certo. Como ela vai ajudar os alunos quando ela é quem mais precisa de ajuda nesse momento?
A combinação de todos esses eventos para Lucia tem nome: Síndrome de Burnout, (ou Síndrome do Esgotamento Nervoso). A síndrome, que foi definida pelo psiquiatra alemão Herbert Freundeberg em 1974, pode ser desenvolvida em resposta ao estresse excessivo e prolongado de atividades relacionadas ao trabalho. A palavra Burnout, de origem inglesa, é resultante de duas outras: burn, que significa "queimar" e out, que quer dizer "fora". Em tradução para o português, o termo expressa "queimar por completo". O estado de exaustão intensa nos níveis físico e mental faz com que um indivíduo se sinta sobrecarregado a ponto de tornar-se incapaz de responder às demandas constantes de sua função no trabalho.
Vale a pena ver o Homem no Castelo Alto, agora é uma pena ver a serie sair na temporada mais fraca. O drama humano está mais forte do que nunca, enquanto que 'High Castle' luta para uni-lo em um final coerente e impactante de sua história. Eu daria para as três primeiras temporadas 5 estrelas. Infelizmente, esta quarta temporada perdeu o foco e se voltou para o politicamente correto. Então, apenas 3 estrelas. A série tinha enormes valores de produção, fez um excelente trabalho de recriação na década de 1960 e teve excelente atuação. Além disso, cada personagem era complexo. Cary-Hiroyuki Tagawa, que interpretou o Ministro do Comércio (Nobusuke Tagomi), deveria receber um prêmio de Hollywood por sua atuação.
Eliminar Tagomi do script foi um grande erro. Além disso, quase escrever Abendsen a partir do script, trancando-o em uma cela de prisão, era ruim.
As três primeiras temporadas envolveram uma interação muito complexa entre Tagomi, Smith, Abendsen e Juliana. Isso foi perdido na quarta temporada. Um final decepcionante para uma série que o público assiste há quatro anos. O pior é que eles conseguiram. Eles tiveram uma conclusão épica em suas mãos com a exibição da bandeira americana
pela Revolução Comunista Negra (RCN), onde alguém diz que as pessoas vão se unir a ela antes que nos lembrem o quão ruim é a América
e que "essa América" não vale a pena lutar para. Você pode dizer que os escritores discutiram como entender esse tópico; quero dizer, eles introduziram uma bandeira americana, agora o politicamente correto entrou em cena e um regime comunista é aclamado como o herói. Ainda à espera de evidências de um país onde o comunismo é um grande sistema. E então o fim de um grupo de pessoas andando pelo portal não fazia sentido. Como todos eles sabiam que não se tornariam uma gosma vermelha neste novo mundo? Sem perguntas, apenas alguns abraços e bem-vindos. Tanto faz. Precisava de mais uma temporada desse show de TV para amarrar as pontas soltas. Creio que simplesmente não "acordei" o suficiente para apreciar esta temporada final. Esta é a recompensa: uma história de livro que é tematicamente rica, muitas vezes emocionante e tão satisfatória para a série quanto se poderia esperar nessas circunstâncias. Eu amei o show. Nunca foi da melhor qualidade (que merecia), ainda que o visual e o conceito foram ótimos, assim como alguns dos personagens. Agora na minha humilde palavra, é um dos tristes finais de series já visto. Os arcos dos personagens caíram de um penhasco, o enredo principal nem terminou de se construir antes que a conclusão lhe desse um tapa na cara e nada disso fosse remotamente crível. Alguns finais o deixam insatisfeito, outros de alguma forma arruínam a experiência de toda a série; infelizmente, isso se enquadra na última categoria.
A serie encerra em uma nota alta, acontece que poderia ter sido melhor trabalhada. Seu final críptico e poético casa de maneira ideal com o que os roteiristas queriam realizar, agora escancara que ao esticarem a narrativa em quatro temporadas, alguns sacrifícios tiveram de ser feitos, principalmente na questão estrutural.
Com capricho e atuações marcantes, O Canto da Sereia surpreende e se despede do público em grande estilo
Nada mais apropriado do que um grandioso capítulo para encerrar uma micro série de qualidade ímpar com chave de ouro. E foi exatamente isso o que aconteceu. "O Canto da Sereia" --- trama baseada na obra homônima de Nelson Motta e exibida pela televisão brasileira em quatro capítulos ---, apresentando cenas extraordinárias e atuações marcantes.
Sempre foi dito que o final não seria o mesmo do livro, afinal, os que já tinham lido saberiam e todo o mistério se perderia. Mas como seria possível alterar o desfecho sem fazer a história perder o sentido? Como manter a identidade do produto ao alterar justamente o enigma principal? Pois os autores tiveram uma sacada genial e cumpriram a promessa com louvor. Conseguiram manter todo o contexto da trama e ainda mudar a identidade do assassino, fato que muitos consideravam quase impossível. E a execução da sequência não poderia ter sido melhor.
Na obra literária, Sereia contrata um atirador para matá-la porque se desespera ao descobrir um tumor. Na micro série, o contexto foi mantido, ou seja, a protagonista encomenda a sua morte. Mas ao contrário do livro, o assassino tem uma identidade, uma função na história. O criminoso é justamente Só Love, fã obcecado pela rainha do axé, personagem especialmente criado para a produção televisiva e que foi interpretado magistralmente por João Miguel.
A longa cena onde Sereia pediu para que seu maior fã a matasse, evitando assim seu sofrimento futuro, foi de uma emoção e entrega absurdas. Isis Valverde e João protagonizaram a melhor sequência da micro série e mereceram ser aplaudidos de pé. O texto, as atuações e as tomadas de câmera transformaram aquele momento em um colírio para os olhos dos telespectadores. Deu gosto de ver a dupla totalmente entregue aos sentimentos de seus respectivos personagens. Sereia implora para que seu admirador a elimine e ele topa, cumprindo o último desejo de sua amada. Matou por amor. Aliás, não matou, a fez viver para sempre, como o mesmo disse nos momentos finais da história.
Nelson Motta havia dado uma declaração, onde fez questão de enfatizar que não pediu para ver nada do que estava sendo produzido. Queria ser surpreendido junto com o público. Após assistir aos quatro capítulos da micro série, pode-se dizer com tranquilidade que o autor foi sábio ao fazer essa opção. Com certeza ele deve ter se emocionado tanto quanto o telespectador ao ver o belo trabalho que foi realizado.
Tendo a direção de José Luiz Villamarim e núcleo de Ricardo Waddington --- mesma dupla consagrada que esteve por trás do fenômeno "Avenida Brasil" ---, a micros série apresentou uma fotografia maravilhosa de Walter Carvalho (também responsável por "Lado a Lado"); uma abertura que conseguia transmitir toda a tensão e o mistério da trama; uma história muito bem escrita e um elenco excepcional. Isis Valverde, Camila Morgado e João Miguel foram os principais destaques e deram um banho de interpretação em todas as cenas. Mas é injusto não citar Marcos Caruso, Marcelo Médici, Gabriel Braga Nunes, Marcos Palmeira, Frank Menezes, Fábio Lago, Zezé Motta, Fabíola Nascimento e ainda a participação especialíssima de Marcela Cartaxo no último capítulo. Todos brilharam. Todos se entregaram. Todos emocionaram.
"O Canto da Sereia" já entrou para a lista das melhores produções da televisão brasileira e com muitos méritos. Apesar da curta duração, a história dessa musa do axé puramente sexual e que gostava de curtir a vida sem medir consequências não será apagada da memória do telespectador tão cedo. Atores, direção e equipe estão de parabéns pelo belo produto que foi apresentado ao público. Nada melhor do que começar o ano com uma micro série de tanto capricho e tão bem produzida. Valeu a pena esperar pela linda e sedutora Sereia.
Portanto...
"O Canto da Sereia": Baseado no livro de Nelson Motta, escrita por George Moura e dirigida por José Luiz Villamarim, a minissérie, que estreou no início do ano de 2013, prendeu o telespectador com uma história repleta de suspense e mistério, ambientada em Salvador. Isis Valverde, João Miguel, Camila Morgado e grande elenco deram um show e protagonizaram ótimas cenas. José Luiz e George assinarão "Amores Roubados" e o remake da novela "O Rebu" em 2014. Se tudo o que foi mostrado na trama protagonizada por Sereia for repetido nos próximos trabalhos, o telespectador não terá do que se queixar.
O produtor-roteirista Eric Kripke divulgou no Twitter a primeira cena da 2ª temporada de “The Boys”, que encerrou suas gravações na semana passada. A prévia mostra a versão infantil do “herói” Homelander, revelando o quanto o futuro líder dos Sete é perturbado. “O que pode ser mais aterrador que o pequeno Homelander?”, pergunta o texto.
“The Boys” é baseada na publicação homônima de quadrinhos adultos de Garth Ennis, que também criou “Preacher”. Por sinal, os responsáveis pela produção são os mesmos que transformaram “Preacher” na série escatológica do canal pago AMC, o ator Seth Rogen e seu parceiro Evan Goldberg, que se juntaram a Eric Kripke, criador de “Supernatural” e “Timeless”, na nova atração.
Nos quadrinhos, os protagonistas são um grupo de vigilantes truculentos que investigam as atividades clandestinas dos super-heróis. O motivo é que, a grosso modo, pessoas comuns se transformam em babacas quando ganham superpoderes e passam a acreditar que são intocáveis. Para completar, na série os boys surgem como um grupo típico de “super vilões”, com motivações similares às de Lex Luthor para odiar Superman – culpando os heróis por suas tragédias. Só que, numa reviravolta narrativa, desta vez eles têm RAZÃO.
O elenco é encabeçado por Karl Urban (“Thor: Ragnarok”), Karen Fukuhara (“Esquadrão Suicida”), Jack Quaid (“Jogos Vorazes”), Tomer Capon (“7 Dias em Entebbe”) e Laz Alonso (“Velozes e Furiosos 4”) como os Boys – e uma girl – do título. Enquanto Antony Starr (série “Banshee”), Chace Crawford (série “Gossip Girl”), Dominique McElligott (série “House of Cards”), Nathan Mitchell (“Scorched Earth”), Jessie T. Usher (“Independence Day: Ressurgimento”) e Nathan Mitchell (“iZombie”) interpretam os "heróis vilões" super escrotos.
Além deles, Erin Moriarty (“Jessica Jones”) vive a única heroína ingênua e decente do grupo, Simon Pegg (“Missão Impossível: Efeito Fallout”) incorpora o pai do personagem de Jack Quaid, e Elisabeth Shue (“Despedida em Las Vegas”) é a líder do conglomerado que explora comercialmente o sucesso dos super-heróis conhecidos como os Sete.
O que esperar da segunda temporada de The Boys?
Aqueles que acompanharam a primeira temporada sabem que ela terminou com o confronto entre Butcher (ou Bruto) e Homelander. Foi quando ele descobriu
que sua mulher, Becca, não estava morta. E que ela estava vivendo em um lugar secreto, cuidando de seu filho com super poderes que nasceu depois que Homelander a estuprou.
. O que já sabemos é que quando a nova temporada começar é que Butcher está desaparecido quando ela começa.
Segundo Erik Kripke, criador de Supernatural e showrunner de The Boys, “no segundo episódio nós queríamos mostrar alguma coisa que revelasse onde ele esteve e suas experiências. Mas no final, acabou não combinando porque fez a história de Butchermenos misteriosa e intrigante, além de deixar o ritmo mais lento”. Então os produtores decidiram que toda essa história será transformada em um curta-metragem que será lançado mais ou menos na época do lançamento da nova temporada.
E o resto dos The Boys? Enquanto isso, The Boys encontram-se foragidos da justiça, procurados pelos Super, e tentando, desesperadamente, reagrupar e lutar contra Vought.
Escondidos, Hughie, Mother’s Milk, Frenchie e Kimiko tentam se ajustar a uma nova realidade, com Butcher desaparecido. Ao mesmo tempo, Starlight procura encontrar seu lugar no grupo The Seven, enquanto Homelander se concentra para assumir o controle total.
Seu poder está ameaçado com a chegada de Stormfront, uma nova Super especialista em mídia social, que tem planos próprios. Além disso, a ameaça do Super vilão toma o centro das atenções e faz barulho enquanto Vought tenta ganhar dinheiro em cima da paranoia da nação.
Os três primeiros episódios serão lançados no dia 4 de setembro de 2020. Novos episódios serão disponibilizados na Amazon toda sexta-feira, chegando ao final da temporada em 9 de outubro.
Uma terceira temporada já foi aprovada, e há rumores que Jeffrey Dean Morgan foi convidado a se juntar ao elenco.
Confira os motivos para assistir a série 'A Divisão'...
1. A história
Uma das melhores coisas do audiovisual brasileiro é quando um filme ou uma série traz informações reais e interessantes, mas desconhecidas do grande público. Cria-se um sentimento de surpresa com a trama, ao mesmo tempo que há aquela sensação de pertencimento. De ser algo perto de você, ainda que novo. É esse o caso da série A Divisão, que chega com exclusividade ao streaming. Dirigida por Vicente Amorim (Motorrad) e produzida por José Júnior (do AfroReggae), a produção conta a história real de uma epidemia de sequestros que aconteceu no Rio de Janeiro, na década de 1990. A coisa só começou a ser solucionada quando a DAS, uma divisão da polícia para sequestros, entrou na jogada. E começou a ter atitudes pouco ortodoxas.
2. Produção caprichada
A partir dessa trama, A Divisão traz um cuidado evidente e aparente com o que está sendo contado. Amorim não se furta em trazer a verdade para o centro da tela, escancarando a violência de atos policiais e quebrando vários clichês do gênero. Como ele disse durante coletiva, e que sublinharam em matéria que publicaram no Estadão, o objetivo da produção é causar desconforto. E, sem dúvidas, isso funcionou. Além disso, vale ressaltar o bom trabalho de elenco. Principalmente Marcos Palmeira, Erom Cordeiro, Silvio Guindane, Natália Lage e Vanessa Gerbelli. Elenco preparado, com uma clara vontade de entrar de cabeça no papel. E sem medo desse desconforto. Que é real.
3. Diálogo com a atualidade
O mais impressionante de A Divisão, que tem uma linda fotográfica que remete à década de 1990, é o diálogo que a série consegue travar com a atualidade. Por mais que a onda de sequestros tenha sido coibida, e ficado para trás, a violência no Rio evoluiu. E inclusive começou a ser exportada para outros estados -- hoje, o Comando Vermelho, nascido nos morros cariocas, comanda presídios no Norte e trava uma briga ferrenha com outros grupos criminosos. É interessante, então, perceber como essa violência nasceu, cresceu e se desenvolveu. Essa história, junto com dezenas de outros fatores sociais e antropológicos, devem ter contribuído pra situação hoje. Faz pensar e traz boa reflexão.
Ainda sim...
Há de se destacar que a série é bem, bem violenta. Não há pudor em algumas das coisas que são mostradas -- aliás, passa longe do que são as novelas da TV Globo. Não confunda o que é exclusivo Globo Play com o que é exibido no canal carioca. Por isso, é um fator que pode entrar no nosso ponto contrário: algumas pessoas podem procurar a produção e se chocar. Isso sem falar do problema natural de público.
Como a série vai conseguir atingir outros mercados? Vai precisar vencer barreiras. E não vai ser fácil.
Conheça o trabalho diário de uma das divisões policiais mais importantes do Brasil: Divisão de Homicídios. Investigação, testemunho dramático e imagens memoráveis em cada episódio.
Missão, visão e valores:
Missão: Exercer as atribuições de investigações de Homicídios, Pessoas Desaparecidas e de Crimes contra a saúde pública e funções de polícia judiciária correlatas, garantindo a segurança pública, bem-estar coletivo e o respeito a dignidade da pessoa humana.
Visão: Ser referência nacional e internacional na criação de conhecimento científico nas investigações de suas atribuições.
Valores: seus valores são a Coragem, Lealdade, Legalidade, Ética, Respeito aos Direitos Humanos e Excelência Gerencial.
Coragem - Possuir a capacidade e a iniciativa de agir no cumprimento de dever em situações extremas, mesmo que com risco à própria vida.
Lealdade - Primar a verdade, a sinceridade e o companheirismo, mantendo-se fiel às responsabilidades e aos compromissos assumidos.
Legalidade - Comprometer-se com a democracia e com o ordenamento jurídico vigente.
Ética - Desenvolver práticas de trabalho baseados em preceitos éticos e morais, pautados pela honradez, honestidade e constante busca da verdade.
Respeito aos Direitos Humanos - Alicerçar atitudes, como servidor e cidadão, na preservação dos princípios basilares de respeito aos Direitos Humanos.
Excelência gerencial - caracteriza-se pela contínua avaliação, inovação e melhoria da gestão, por meio das funções planejamento-organização-direção e controle que resultem na otimização de resultados, seja do emprego de recursos, seja dos processos, produtos e serviços.
A segunda temporada da série terá seis episódios de aproximadamente cinquenta minutos cada. A produção é da Prodigo Films e começará no segundo semestre de 2019, no Rio de Janeiro e São Paulo.O elenco adicional para a segunda temporada será anunciado em breve.
Ambientada no fim dos anos 1950, Coisa Mais Linda segue a história de Maria Luiza, uma jovem e rica paulistana que se muda para o Rio de Janeiro para abrir um restaurante com seu marido. Ao chegar, ela descobre que ele a abandonou e fugiu com todo o dinheiro. Desesperada no início, Malu se recupera e parte em busca um novo sonho em meio à vibração da cidade ao ritmo da emergente Bossa Nova.
Nesse desafio, ela contará com três mulheres incríveis: Lígia, sua amiga de infância e dona de uma voz encantadora; Adélia, uma carioca negra e trabalhadora absolutamente determinada e com uma força inabalável; e Thereza, escritora moderna e independente.
A nova temporada de Ilha de Ferro vai aprofundar os relacionamentos e dar um novo colorido à trama. Os conflitos e turbulências de Dante (Cauã Reymond) e Júlia (Maria Casadevall) aumentam de potência com a chegada do Comandante Ramiro (Romulo Estrela), da Dra. Olívia (Mariana Ximenes) e de Diogo (Eriberto Leão), irmão da Júlia e presidente da empresa petrolífera.
“Os personagens são como tubarões emocionais, precisam se mover para não morrer. Quase sempre se metendo ou criando confusão. A plataforma é o epicentro da história, onde eles se encontram e dividem suas angústias. Mas em terra firme temos uma poderosa trilha policial. Tem mais ação e mais paixão”, adianta Mauro Wilson, redator final da série.
Afonso Poyart, diretor artístico da série, revela que o sentimento de apropriação é maior na segunda temporada. O fato dos personagens já serem conhecidos dá mais liberdade para avançar e aprofundar as histórias e fantasmas de cada um deles.
“Vamos continuar contando a história desse cara que se sente melhor dentro da plataforma, longe da terra, do que em casa. Vamos mostrar essa dualidade entre terra e mar que quem trabalha numa plataforma sente. Eles se sentem meio esquisitos em terra, e nem totalmente naturais na plataforma. A gente está sempre tentando desvendar o que esse tipo de trabalho e estilo de vida impacta nos relacionamentos das pessoas”, resume o diretor.
Encontros e desencontros
A segunda temporada começa depois de uma passagem de tempo de três anos.
Agora Dante é pai solo. Depois que Bruno (Klebber Toledo) foi preso, ele assumiu a paternidade de Maria (Alice Palmar), mas a vida mudou mesmo depois que Leona (Sophie Charlotte) os abandona. Com a filha, mas sem as presenças do irmão e da mulher, o petroleiro é um cara cada vez mais solitário.
Júlia foi embora, Buda (Taumaturgo Ferreira) morreu, e o seu amor é cada vez mais a PLT 137. Sua obstinação aumentou a produtividade da plataforma, ainda que às custas do bem-estar da equipe. Vai ser justamente para tentar controlar os ânimos em erupção na Ilha de Ferro que Olívia (Mariana Ximenes), a psiquiatra da empresa, será chamada à embarcação.
“Dante agora é pai e, apesar de fazer tudo pela filha, não buscou a paternidade. Ela veio para ele. Nesse tempo, ele não teve desejo se estabelecer vínculo com ninguém desde que terminou com a Júlia. Até que a Olivia surge. Mas o amor da vida dela é a plataforma. A vida dele é no mar. Profissionalmente ele foi o cara que, nesse tempo, transformou a 137 na plataforma de maior produtividade da Bacia de Santos”, conta o ator Cauã Reymond.
Olívia é uma mulher intensa. Noiva de Diogo (Eriberto Leão), presidente da Federativa, ela tenta não expor a relação dos dois para não interferir no trabalho. Mas tudo muda quando conhece Dante. Aos poucos, ela vai se envolvendo nos tormentos dele e segue, assim, tentando diminuir as sombras dos fantasmas do seu passado.
O que ela não contava é que o passado recente de Dante volta com tudo. Após três anos fora, e mais bem resolvida com suas questões pessoais, Júlia retorna a pedido do avô João Bravo (Osmar Prado), que vai receber uma homenagem a bordo da PLT 137. O reencontro traz de volta sua veia petroleira e as lembranças do romance com Dante. Para Maria Casadevall, apesar de a essência de Júlia ainda ser a mesma, suas relações foram amadurecendo, mesmo que a distância.
“Quando Julia volta à PLT 137 existe uma cumplicidade profunda com toda a equipe de trabalhadores da plataforma que se fortalece ainda mais nesse reencontro e, claro, uma paixão mal resolvida que vem à tona quando ela e Dante se reaproximam. Na primeira temporada acompanhamos muito pouco a vida de Julia fora da plataforma. Agora o caminho é inverso: vemos Júlia na vida em terra e acompanhamos a maneira como essas escolhas impactam suas passagens pela plataforma”, adianta a atriz.
Sobre a vida em terra de Júlia, leia-se: comandante Ramiro (Romulo Estrela). Mergulhador de combate da Marinha, ele é daquele tipo de cara boa praça, mas reservado. Não por acaso, os dois se conhecem no meio de uma perseguição. Apesar de durões, aos poucos, eles vão baixando a guarda, se deixando conhecer e se apaixonando. Mas Ramiro também tem contas a acertar com seu passado.
Novos amores, novos desafetos
Protagonista de uma boa parte da trilha de ação da segunda temporada, Romulo Estrela fez laboratório na Marinha para conhecer de perto a vida dos mergulhadores de combate para viver o comandante Ramiro.
“Fiquei três semanas imerso no universo deles, num complexo naval, vivendo o dia a dia. É um personagem muito especifico, precisava viver da forma mais real que eu pudesse. Foi muito bom ter essa aproximação com eles. É um personagem completamente diferente do que eu já fiz”, conta ele.
Se Ramiro e Dante vão dividir o coração de Júlia, Olívia entra na outra ponta desse enredo, tumultuando as atenções do petroleiro e, com isso, causando confusão no caminho da gerente de plataforma.
“Olivia é uma psiquiatra, com história de vida complicada, que guarda uma amargura em sua alma. E as cicatrizes pelo corpo. Ela é objetiva, reservada, observadora”, revela Mariana Ximenes.
Irmão de Júlia e noivo de Olívia, Diogo não aceita perder o posto no coração da psiquiatra para Dante. Presidente da Federativa, a estatal de petróleo da história, ele não mede esforços para conseguir o que quer, seja pessoal ou profissionalmente.
“Ele é ambicioso e disciplinado e vê em Dante uma pedra no seu caminho. É um homem diplomático e astuto, que usa o poder e a inteligência que carrega para atingir o que almeja”, define Eriberto Leão.
Fora do núcleo petroleiro, a segunda temporada tem ainda outros dois antagonistas. Bruno (Klebber Toledo), que está preso pelo sequestro da plataforma, tenta viver uma vida regenerada, com pregações religiosas e amparo a outros presidiários, mas, quando tem seus objetivos contrariados, volta a assumir riscos para ter o que quer.
O maior dos riscos, Bruno assumirá ao lado de Playboy (Erom Cordeiro), um criminoso impiedoso a quem conhece na prisão e que será responsável por sequestros, perseguições e um acerto de contas com o passado.
Criada por Max Mallmann e Adriana Lunardi, 'Ilha de Ferro' é escrita por Nilton Braga, Mariana Torres, Rodrigo Salomão, David Rauh e Anna Lee, e tem redação final de Mauro Wilson. A série é dirigida por Afonso Poyart, Roberta Richard e Rafael Miranda, com direção artística de Afonso Poyart.
Lia
4.0 5Na série "José do Egito", Lia é a vilã e Raquel é a vítima. Já nessa série, Lia é a injustiçada, enquanto, Raquel é a fútil que se aproveita do amor de Jacó.
Achei super interessante a ideia de trazer o ponto de vista de uma personagem esquecida. De fato, a Bíblia, a principal fonte de informações sobre a história, trata Lia como uma vilã e Raquel como a heroína da história de amor de Jacó. Agora, não é porque a Bíblia é o livro sagrado do Cristianismo que ela também não tenha sido escrita a partir de um ponto de vista. E o ponto de vista bíblico é o de Jacó, neto de Abraão, e de José, que virá a ser o protagonista da história que se segue à de Jacó. E para José ser valorizado, seria preciso ressaltar a importância do casamento de Jacó com Raquel. Acontece que nesse meio tempo, ninguém pensa em Lia, ninguém se pergunta o que ela sentia, se ela realmente era uma pessoa má, se ela sofria ou não com o desprezo de um homem que, independente de qualquer coisa, era seu marido. Então creio ser super válida essa iniciativa da Record de trazer um outro olhar. Agora, se está sendo bem executada, aí não sou capaz de opinar, pois não dá para agradar a todos.
Seria legal uma trama sobre Esaú, o irmão que foi enganado por Jacó.
Lia
4.0 5"Lia" é uma boa produção da Record.
A Record resolveu produzir "Lia", que tem apenas 15 capítulos, servindo como uma minissérie. A trama escrita por Paula Richard e dirigida por Juan Pablo Pires, a trama conta a vida da bondosa Lia (Bruna Pazinato), jovem batalhadora que nunca deixou de acreditar no amor, mesmo diante de todos os percalços.
É a primeira história bíblica da emissora vista sob o ponto de vista de uma mulher, embora se passe 2000 anos antes de Cristo.
A protagonista cresceu cuidando da irmã Raquel (Graziela Schmitt), desde a morte da mãe, e sofreu várias humilhações da madrasta Laila (Suzana Alves). Lia se apaixona por Jacó (Felipe Cardoso), acontece que o rapaz só tem olhos para sua irmã, que só se preocupa com riquezas e ama seduzir homens. Ainda sim, Raquel cede aos cortejos de Jacó somente para fazer a irmã sofrer e a relação das duas fica cada vez mais conturbada.
O homem, então, faz um acordo com o pai das moças, Labão (Theo Becker), para trabalhar sete anos em troca da mão de Raquel. Acontece que, no dia do casamento, sete anos depois, Jacó descobre que a mulher dada pelo pai em matrimônio é Lia, logo após a protagonista retirar o véu que cobria seu rosto.
Labão afirma que a tradição é a filha mais velha se casar primeiro, e depois propõe mais sete anos de trabalho para se casar com a outra. Obcecado pela sensualidade de Raquel, Jacó aceita e acaba se casando com as duas irmãs. Lia sofre com o constante desprezo do marido, enquanto a sua irmã exige cada vez mais regalias e presentes em troca de pequenos gestos de carinho com o esposo, que faz todas suas vontades. Jacó ainda se envolve com as duas serviçais da casa: Bila (Cacá Ottoni) e Zilpa (Thais Muller). Para culminar, o homem só demonstra amor pelo único filho que tem com Raquel: José (Bruno Peixoto). Já os filhos que Lia teve com o marido ----- Rubem (Leandro Lima), Simeão (Brenno Leone), Levi (Maurício Pitanga) Judá (Bru Malucelli), Issacar (Marcus Bessa) e Zebulom (Igor Fernandez) ----- são ignorados por ele, com exceção de Diná (Júlia Magessi), a única mulher.
O primeiro capítulo explorou a vida de Lia na família
, que perdeu a mãe e precisou lidar com o desprezo da madrasta. Ao longo dos anos, Lia até consegue ganhar um certo carinho de Laila, embora sua relação com a irmã siga péssima.
Aliás, a passagem de tempo deixou o contexto pouco crível em se tratando das idades. Theo Becker e Suzana Alves não passaram por um processo de envelhecimento e ver o ator pai de Graziella e Bruna, por exemplo, é surreal. Ainda sim, deixando essa questão um pouco de lado, a história vem sendo bem desdobrada pela autora. Pena que várias cenas sejam narradas pela protagonista, o que acaba cansando. Não precisava.
Já o segundo capítulo começou a focar no enredo
em torno de Jacó e na rivalidade entre as irmãs, que chegam a trocar tapas.
O intuito do enredo é mostrar a batalha de Lia para conquistar seu marido e provar que é a mulher certa para ele. Ou seja, um contexto inadmissível hoje em dia, ainda mais diante de todas as humilhações sofridas por ela. É um romance que não desperta qualquer tipo de torcida. Portanto, a propaganda feita pela Record nos programas da emissora, tentando vender uma "produção com temais atuais e carregada de "força feminina" é irreal. Até porque nem poderia ser diferente em uma história bíblica. Então, o telespectador tem que acompanhar a trama sem esperar personagens 'à frente do tempo', como costuma ocorrer em algumas produções de época da televisão, por exemplo. E isso não é uma crítica ou um elogio, é apenas uma constatação.
"Lia" é uma boa produção da Record. É uma minissérie até simples, cuja história consegue despertar a atenção de quem aprecia o gênero.
O Homem do Castelo Alto (4ª Temporada)
3.8 110O espectador gostou da serie como um todo, ainda que temporada final veio de uma forma minimamente incoerente, agora sinceramente, o que mais me chamou atenção e mais me fez dar pontos a essa serie, é a questão do maniqueísmo, e de como essa questão de bem e mal, nunca e tão simples.
Quem é amante de historia, sobretudo os seculos 19 e 20, e lógico que ao estudar esses dois seculos, a pessoa esbarra no campo da ideologia, e de que como as mais distópicas e utópicas visões de mundo, criaram o mundo que conhecemos hoje.
Um mundo dominado por qualquer uma das ideologias autoritárias que conhecemos, seria terrível, por tantas razões que acabam lotando as bibliotecas mundiais com livros tentando explicar o nazismo, o comunismo, o teocentrismo e etc.
Agora algo que pode-se dizer sobre essas ideologias em poucas palavras, é que nenhuma delas tinha o interesse de compreender o ser humano e dar um tratamento justo e digno a cada um, conciliando as infinitas diferenças de nossa especie, em vez disso, tentaram forçar suas visões de mundo, usando a brutalidade de um sistema desumano, que privilegiava a ideia sobre a razão.
E em tempos onde a polarização parece dominar boa parte dos países, e as instituições democráticas ficam enfraquecidas, enfraquecendo também o dialogo entre as diferenças, que é o único caminho para uma sociedade "próxima a perfeição", The man in the hign castle, assim como 1984 de George Orwel, vem para nos lembrar que o caminho do extremismo é caótico e destrutivo, e que o ser humano não é bom ou mal, mas reage ao seu ambiente, as vezes de forma positiva e as vezes de forma terrível. Smith é um belo exemplo e simbolo disso, nas duas realidades temos duas reações, numa ele se torna um homem comum e amável, na outra um prisioneiro de sua própria crueldade, mesmo questionando todo o partido e odiando aquilo que se tornou, ele não consegue abrir mão do poder e de tudo aquilo que ele conseguiu, por cima do cadáver de milhões; e isso é uma metáfora, para homens como Hitler e Stalin, que optaram por corromperam o poder e a sociedade que viviam, a um ponto onde a tragedia era inevitável. e que na visão deles, estavam "melhorando o mundo".
Eu gostei muito dessa serie e do final, que mesmo que aberto, deixa um ar de continuidade histórica, afinal a historia não tem um final triste ou feliz, ela continua a seguir ao infinito, e seria bobo e ingenuo ficar mostrando a recuperação daquele mundo, até porque, em paralelo com a realidade, os efeitos do nazismo duram até hoje, quase 90 anos depois do fim da guerra, naquele mundo, provavelmente duraria décadas até a democracia chegar a Europa novamente, o Reich de mil anos, provavelmente cairia como a união soviética nos anos 90, até porque, algo que a serie mostra, é que o regime fascista/nazista é insustentável, o extermínio tinha como finalidade (alem dos motivos racistas), a "limpeza" dos territórios conquistados para a ocupação alemã e o controle dos mesmos, e mesmo na produção industrial que o holocausto estava em seu auge, seria impossível conter a resistência no mundo todo, incluindo na própria Alemanha, mesmo antes da ascensão do regime, existia resistência ao nazismo na Alemanha, incluindo entre os militares, que estavam satisfeitos com a "vingança" contra a frança, e cada vez mais temerários com os rumos do partido.
Enfim, no fim, a melhor critica a essa serie, (num tom de sarcasmo do próprio cantor), é a celebre frase de Cazuza: "Ideologia, eu quero uma para viver".
Vikings: O Diário de Athelstan
3.9 11A cultura viking é vista de uma experiência em primeira mão pela perspectiva de Athelstan.
“Duas cabeças. Dois corações. Duas fés.” – Vidente
Athelstan’s Journal é uma série de 13 episódios para a web baseado na trajetória do personagem Athelstan, o monge inglês que foi capturado pelos vikings e com eles passou o resto da vida. Ao final do episódio “Born Again”, foi exibida uma versão para a TV da websérie.
Com uma narrativa reflexiva, Athelstan conta sua história, desde a invasão viking em Lindisfarne
até pouco antes de cair morto pelas mãos de Floki
A ideia dessa websérie é sensacional. Desde a primeira temporada, Athelstan é para mim um dos melhores personagens da série. Ele é o tipo de personagem que representa o público quando inserido dentro de um contexto histórico cultural que nos é totalmente alheio. Dessa forma, vamos aprendendo junto com Athelstan a cultura e o modo de vida dos escandinavos.
O papel de Athelstan na série foi o de evitar o didatismo pedante ao meu ver. Seria muito chato ver os personagens explicando suas ações para o público leigo. Fico imaginando Ragnar dando uma de Frank Underwood de House of Cards, virando para a câmera e explicando sobre Odin, Valhalla e coisas do tipo. Para evitar isso, personagens como Athelstan são necessários. Se a princípio Bjorn cumpria esse papel, posteriormente é Athelstan que nos conduz no aprendizado da cultura nórdica abordada na série.
Agora não podemos esquecer também que o fato de Athelstan ser um cristão, faz com que seu aprendizado aconteça em comparativo com suas crenças. A dicotomia entre o cristianismo e o “paganismo” construído em torno dele é um dos melhores desenvolvimentos de Vikings. Por vezes manifestações culturais cristãs aconteciam paralelo a semelhantes nórdicas, como as cenas de casamento na segunda temporada. O estranhamento de Athelstan ao contato com o modo de vida dos vikings também é o nosso, é um personagem de bastante identificação que cumpriu seu papel graças ao trabalho do ator George Blagden.
Dentro desse contexto, Athelstan e Ragnar desenvolvem uma amizade sincera. Um relacionamento baseado no ensinamento já que, se Athelstan aprendia a ser “pagão”, Ragnar por sua vez se mostrava interessado pelo lado cristão do amigo. Os dois rezaram a oração do “Pai Nosso” e Ragnar proporcionou a Athelstan um enterro cristão. Ragnar raspa a cabeça em homenagem ao amigo monge e usa o seu cordão com crucifixo mostrando que Athelstan continuará com ele mesmo após sua morte.
Assistir aos episódios de Athelstan’s Journal é um retorno aos melhores momento da série: a chegada dos vikings a Lindisfarne, a aliança e a traição de Jarl Borg e rei Horik, a vinda de Auslag para Kattegat e a partida de Lagertha com Bjorn, o retorno a fé cristã em Wessex do rei Ecbert assim como os fatos já mostrados na atual temporada. Athelsthan’s Journal não é apenas um resumo de tudo que já se viu, e também uma bela homenagem a um excelente personagem.
Você pode acessar a websérie Athelstan’s Journal no site oficial da série.
Referências:
A invasão de Lindisfarne
Athelstan entra na série Vikings quando Ragnar e seus homens partem para o oeste rumo a terras que poderiam fornecer grande riquezas. Os nórdicos chegam a Ilha de Lindisfarne, no nordeste da Inglaterra.
Ruínas em Lindisfarne
A invasão viking em Lindisfarme ocorreu no século 8 e marco o início da Era Viking. Posteriormente, até metade do século 11, os vikings invadiram a Europa indo da costa britânica ao resto do continente.
A Crônica Anglo-Saxônica descreve o momento da invasão documentando os vikings pela primeira vez nos anais da história inglesa:
793: neste ano apareceram presságios terríveis na Nortumbria, que assustaram muito as pessoas. Consistiam em imensos torvelinhos e relâmpagos, e viam-se dragões chamejantes voando pelo ar. Aqueles sinais foram imediatamente seguidos por uma época de grande fome, e pouco depois, em 8 de junho do mesmo ano, os homens pagãos destruíram a igreja de Deus em Lindisfarne, saqueando e matando.”
Mesmo com esse relato ser o primeiro a mostrar a presença viking na Inglaterra, muito provavelmente contatos entre ingleses e escandinavos já tivessem ocorrido. Quando os vikings invadiram Lindisfarme, a igreja dedicada a St. Cuthbert foi destruída. Confira um relato da época feito pelo clérigo Alcuino, oficial da corte de Carlos Magno, para o rei da Nortúmbria:
Nunca antes tinha havido tanto terror na Grã-Bretanha como o que padecemos agora de uma raça pagã, nem se pensava que se pudesse fazer semelhante incursão vinda do mar. Olhai a Igreja de St. Cuthbert salpicada do sangue dos sacerdotes de Deus, despojada de todos os seus ornamentos. O lugar mais venerável da Grã-Bretanha foi presa dos povos pagãos.”
Na série, Ragnar captura Athelstan poupando sua vida tornando o sacerdote seu escravo. De fato, os vikings além de saquear, tornavam seus prisioneiros escravos.
Athelstan, o rei.
Na série, Athelstan é o nome dado ao monge de Lindisfarme, mas o nome também pertenceu a uma figura de muita importância para a história inglesa. Confira nesse texto do site da BBC quem foi o rei Athelstan:
Athelstan foi o primeiro rei de toda a Inglaterra e neto de Alfredo, o Grande. Ele reinou entre 925 e 939 d.C. Um soldado distinto e corajoso, ele extrapolou os limites do seu reino na maior medida do que eles tinham atingido.
Em 927 d.C, tomou York a partir do Danes, e forçou a apresentação de Constantino, Rei da Escócia e dos reis do norte. Todos os cinco reis galeses concordaram em pagar um enorme tributo anual. Ele também eliminou a oposição em Cornwall. Em 937 dC, na Batalha de Brunanburh, Athelstan liderou uma força criada na Grã-Bretanha e derrotou uma invasão feita pelo rei da Escócia, em aliança com os galeses e os dinamarqueses, a partir de Dublin.
Sob Athelstan, foram criados códigos de leis de reforço do controle real sobre o seu grande reino; a moeda foi regulamentada para controlar o peso de prata e punir os fraudadores; compra e venda foi largamente confinado aos burhs, incentivando a vida da cidade; e áreas de assentamento na região de Midlands e cidades dinamarquesas foram consolidadas em condados. No plano exterior, Athelstan construiu alianças para casar quatro de suas meias-irmãs com vários governantes na Europa Ocidental.
Ele também era um grande colecionador de obras de arte e de relíquias religiosas, que deu a muitos de seus seguidores e igrejas a fim de obter o seu apoio. Ele morreu em 939 d.C, no auge de seu poder, e foi sepultado na Abadia de Malmesbury. Este foi um local de sepultamento adequado para ele, como tinha sido um ardente defensor da abadia.
Athelstan reflete seus pensamentos internos sobre os caminhos dos nórdicos, incluindo todos os seus costumes, valores e moral. Observe o jovem padre lutando contra um tumulto emocional e psicológico, enquanto equilibra sua fé em Deus e Odin, se deleita em derramamento de sangue e é assombrado por lembranças de combate e, em seguida, reconhece as personalidades de sua família bárbara e entende que eles, embora pagãos, são seres humanos.
Detalhe: Esta série da web é narrada por George Blagden, que recapitula as principais séries dos Vikings antes do início da terceira temporada.
The Blacklist: Redemption (1° Temporada)
3.6 18A NBC estava doida por cancelar isso. Atores brilhantes, ótima história.
Estou gostando muito desse show. A interação entre os personagens é sombria e humorística. As linhas da trama são originais, particularmente o mais recente campo de treinamento russo. Os geeks do techno apreciarão a versão moderna dos dispositivos Mission Impossible. O ritmo e o uso da câmera deixam a pessoa sem fôlego em um bom caminho. É difícil discernir em quem confiar, o que aumenta o apelo. Parece realmente que as críticas negativas aqui são baseadas em preconceitos pré-existentes em relação ao programa real na tela, o que eu recomendo.
O incansável Tom Keen, do The Blacklist, inicia novas aventuras como parte de uma organização sombria contratada pelo governo dos EUA que pode ou não ser o mocinho. Assim como no The Blacklist, é difícil dizer quem é legal e legal nesse emocionante programa de TV que, embora derivado às vezes, se beneficia imensamente de ritmo sem fôlego e histórias meticulosamente traçadas. No fundo, essa é uma história de amor e traição, com doses liberais de paranoia. E tu não gostaria de viver no mundo de Tom Keen, mas devo admitir que isso contribui para uma hora divertida da televisão.
Agora a ideia de fazer um spin-off com alguns dos personagens menos importantes da série principal é, bem, fascinante. O piloto foi divertido, ocorre que definitivamente não possuía a profundidade e intriga da série original. Eu só espero que os autores consigam tornar os personagens principais um pouco menos planos do que atualmente. Eggold é um ator decente, mas seu personagem precisa amadurecer. Felizmente, isso não se torna apenas mais um show de ação.
Mostrando todas as 5 Curiosidades
Esta série derivada de The Blacklist (2013) estreou em 23 de fevereiro de 2017. Foi cancelada em 12 de maio de 2017, um dia após a renovação da The Blacklist pela quinta temporada.
Cisão de "A lista negra" (2013)
Edi Gathegi e Famke Janssen estavam envolvidos na série de filmes dos X-Men. Gathegi interpretou Darwin em X-Men: First Class e Janssen interpretou Jean Grey na trilogia original, The Wolverine e Days of Future Past.
Esta série é rara em Hollywood, pois os atores escolhidos como os pais de Tom Keen / Christopher Hargrave ( Ryan Eggold ) têm idade suficiente para serem seus pais. Terry O'Quinn (Howard Hargrave) nasceu em 1952, Famke Janssen (Susan 'Scottie' Hargrave) nasceu em 1964 e Ryan Eggold nasceu em 1984. Desde que Famke tem 19 anos, e Terry 31 anos, é plausível que Scottie e Howard pudessem ser os pais de Christopher (Tom).
Famke Janssen e Edi Gathegi interpretaram personagens nos filmes X-Men da Marvel. Janssen jogou Jean Grey / Phoenix em X-Men (2000), X2: X-Men United (2003), X-Men: The Last Stand (2006) e X-Men: Days of Future Past (2014) enquanto Gathegi jogou Darwin em X: primeira classe (2011).
Our Girl (2ª Temporada)
4.3 1A série segue Molly em sua primeira missão como médica do exército no contexto da retirada do exército britânico do Afeganistão. A série 2 apresenta Georgie, sua amiga mais experiente, quando ela é enviada para a África Oriental.
Our Girl (1ª Temporada)
3.3 2Fantástico ver um drama girando em torno de uma jovem mulher cockney, Molly Dawes, que em Londres tem uma vida bastante sombria e insular, com poucas opções no futuro, e então tenta uma tática diferente e se junta ao exército. O exército abre sua vida e, embora ela não seja sofisticada, ela faz uma jornada que desperta o seu interesse. Lacey Turner é muito convincente como a adolescente dura de Londres, que se torna um soldado assustado, fora de profundidade, intimidado, mas corajoso e determinado. Com muita frequência, os dramas britânicos retratam as garotas cockney como perdedoras sempre no pub. Esta série foi feita com um bom coração e estou gostando.
A atriz principal é realmente muito boa em tornar sua personagem realista e a série mostra algumas das perspectivas de 'peixe fora d'água' que muitos funcionários sofrem quando retornam à vida normal. Ele não tenta glorificar a situação dos personagens ou a guerra.
Os soldados são normais, pessoas comuns aprendendo seu ofício. Eles são altamente eficientes, e mostram todos os nervos, os horrores da guerra, a humanidade e as fragilidades.
Isso é muito mais do que apenas um drama de ação.
Eu pensei que era realmente bem pensado, roteirizado, produzido, dirigido e encenado. Talvez não por uma disposição delicada em alguns lugares, mas certamente absorvente por toda parte.
A trilha sonora lindamente escolhida foi usada com moderação, com eficácia, e de maneira adequada. Adorei especialmente o uso de Blue Angel por Antony e os Johnsons.
Se o resto da série continuar nesse padrão, isso se tornará um drama cada vez mais popular.
O Selvagem da Ópera
2Novela sobre vida sofrida O Selvagem da Ópera, sobre a vida sofrida do maestro Carlos Gomes (1836-1896), inicialmente seria produzida para exibição em 2021. Ocorre que teve sua produção antecipada após o cancelamento de Sem Limite, que iria misturar peças de alta voltagem sexual do Nelson Rodrigues (1912-1980).
Em agosto passado, quando já estava com quase todo o elenco fechado, a produção sofreu alguns reveses. Perdeu Marjorie Estiano, Júlio Andrade e Alice Wegmann. Recém-egressa de Verão 90, Isabelle Drummond ficou com a personagem de Alice.
Maria Adelaide Amaral, a autora de O Selvagem da Ópera costuma dizer que Carlos Gomes, o maior compositor de óperas do Brasil, é um músico cuja obra quase todo mundo já ouviu, mesmo assim, não conhecida. Sua peça mais famosa é O Guarani (1870), baseada no romance de José de Alencar (1829-1877) e tema de A Voz do Brasil, programa de rádio oficial dos poderes da República.
Gomes já apareceu em outra obra de ficção da Globo: em 1999, o maestro foi um dos personagens retratados na minissérie Chiquinha Gonzaga. Na ocasião, ele foi interpretado por Paulo Betti. A trama de Lauro César Muniz mostrou uma relação amorosa entre Gomes e Chiquinha (Regina Duarte), algo que estudiosos da vida dos dois compositores negaram que tivesse ocorrido.
Nascido em Campinas em 11 de julho de 1836, Carlos Gomes teve uma vida repleta de sofrimentos e reviravoltas: sua mãe, Fabiana Cardoso, foi assassinada no quintal da própria casa com um tiro e quatro facadas em julho de 1844. Ela estava com apenas 28 anos, e o herdeiro tinha acabado de celebrar seu oitavo aniversário. A única testemunha também foi morta, e o crime nunca foi resolvido.
O nome do pai de Gomes, Manuel José, foi rasurado na certidão do maestro, pois ele só se casou com Fabiana depois do nascimento do filho. Mesmo assim, Carlos teve uma convivência intensa com o patriarca, responsável pela parte musical nas cerimônias religiosas da região. A paixão pela música estava no sangue.
Aos 24 anos, Carlos Gomes se mudou para o Rio de Janeiro e virou protegido de dom Pedro 2º, que se tornou seu benfeitor e mecenas. O imperador, inclusive, ajudou o músico a ir para a Itália, onde aprofundou seus estudos e se casou com a pianista Adelina Peri, com quem teve cinco filhos. Três deles morreram ainda crianças e o quarto, Carlos Maria, não resistiu à tuberculose aos 25 anos.
A perda de mais um herdeiro fez com que fosse acometido pela depressão, e Gomes abandonou no meio o trabalho na ópera cômica Ninon de Leclos, a primeira de várias obras que deixou incompletas. Com problemas financeiros e sem vontade de trabalhar, ele teve uma crise nervosa que só era aliviada com o uso de ópio.
Sua derrocada final veio em 1889, com a proclamação da República. Na época, dom Pedro 2º havia prometido que Gomes assumiria a direção do Conservatório do Rio de Janeiro, o que resolveria suas finanças. A queda do Império, portanto, mudou esses planos. Sem dinheiro, o músico morreu aos 60 anos, em 16 de setembro de 1896, vítima de um câncer de língua que se espalhou para a garganta.
O Selvagem da Ópera
2A decisão de produzir novelas curtas para o Globoplay, no lugar de macro séries para a TV aberta, representa uma mudança de estratégia desesperada por parte da Globo, uma aposta muito alta em seu serviço de streaming, luta para ser relevante em um cenário de competição com gigantes como Netflix, Amazon e Disney.
A decisão da cúpula da Globo assusta nos bastidores da emissora. Afinal, ela vai transformar um projeto bem-sucedido na TV aberta, a novela das onze (ou macro série), em um formato semelhante em sua plataforma de streaming. Isso seria uma disruptura. Troca-se o modelo de financiamento da TV aberta, baseado na publicidade, pelo da assinatura por um serviço de vídeo on-demand.
Segunda Chamada (2ª Temporada)
4.6 59‘Segunda Chamada’ bate de frente com o Brasil de hoje!!!
Segunda temporada de ‘Segunda Chamada’ foca em novos alunos, a maioria em situação de rua, e na relação humanizada entre estudantes e professores.
Paternidade, analfabetismo, violência sexual, racismo, trabalho infantil e feminicídio. Esses são alguns dos temas abordados na segunda temporada de Segunda Chamada e que fazem parte da realidade de muitos alunos das escolas públicas brasileiras.
As roteiristas Júlia Spadaccini (Tapas e Beijos) e Carla Faour (Além do Horizonte) voltam para mais um temporada que, desta vez, está fora da TV aberta e se encontra diretamente na plataforma de streaming Globoplay.
Mais madura e carregada de feridas mal cicatrizadas da primeira temporada, a série revela novos alunos na Escola Estadual Carolina Maria de Jesus, na periferia da Grande São Paulo. No abandonado ensino noturno, o foco agora se volta para um grupo de moradores em situação de rua, que são convidados a integrar a lista de presença diante da possibilidade do turno da noite ser fechado por ausência de matrículas.
Apesar dos personagens serem completamente diferentes uns dos outros – o que gera os mais diversos tipos de atrito -, em comum, essas pessoas têm a vontade de mudar de vida e veem na escola uma oportunidade para quebrar o ciclo de pobreza e falta de oportunidades.
Inclusive, Débora Bloch volta mais fortalecida e sensível do que nunca – no papel da professora de Língua Portuguesa Lúcia – em uma dinâmica potente com Hélio (Ângelo Antônio), um dos moradores em situação de rua e que também sofreu uma perda familiar.
Apesar de tocar com maturidade e sem forçar a barra em temas atuais e necessários da sociedade brasileira, a segunda temporada de Segunda Chamada infelizmente não nos deu tempo suficiente para nos apegarmos aos alunos, como a primeira fez. Um dos motivos principais, talvez, seja o fato de essa nova leva ter apenas 6 episódios, e não 11 como a anterior. Além disso, os depoimentos ao fim de cada capítulo, contando histórias reais de ex-alunos de ensino noturno, fizeram falta.
Os desdobramentos das histórias paralelas dos professores seguem tomando o espaço necessário e emocionante. Lúcia tenta fechar as feridas deixadas pelas descobertas sobre seu filho. Sônia (Hermila Guedes), de saída de um relacionamento extremamente abusivo, segue em crescimento. Eliete, vivida por Thalita Carauta, amadurece seu relacionamento com o diretor Jacir (Paulo Gorgulho). E Marco André (Sílvio Guindane) precisa viver o dilema que foi aberto no fim da primeira temporada de revelar (ou não) para sua mãe biológica, que passa a estudar no colégio, que é seu filho.
Em Segunda Chamada, os professores são verdadeiramente heróis, mas sua luta não é em momento nenhum romantizada. É a realidade nua e crua do descaso com a educação brasileira, principalmente com o ensino noturno.
Na série, a escola é esperança. Ao mesmo tempo que é um grito de socorro para a educação.
Segunda Chamada (2ª Temporada)
4.6 59A segunda temporada do seriado – que aborda as mazelas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no período noturno – estava previsto para ir ao ar no segundo semestre de 2020. Portanto, a repercussão positiva do teaser de lançamento fez com que a emissora antecipasse a exibição dos novos episódios para o mês de abril do próximo ano.
Além disso, de acordo com o site da jornalista Patrícia Kogut, os atores que interpretam os professores, como a atriz Débora Bloch (Avenida Brasil) – que incorpora a personagem Lúcia Freitas – continuarão no elenco. Agora, somente, três dos alunos permanecerão na trama, ou seja, tudo indica que o restante conseguirá se formar no ensino regular, no caso, o Ensino Médio.
Lembrando que a Segunda Chamada foi gravada na cidade de São Paulo (SP) e é a primeira escrita pelas autoras Carla Faour (Além do Horizonte) e Julia Spadaccini (Tapas & Beijos). Além das duas, o escrito contém, Maíra Motta (Amor Veríssimo), Giovana Moraes (A Vida da Gente) e Victor Atherino (Faroeste Caboclo). Concomitantemente a isso, a direção conta com Breno Moreira, João Gomes (Tá no Ar: A TV na TV) e Ricardo Spencer (Shippados). Otávio Müller (Zorra), Marcos Winter (Flor do Caribe), Caio Blat (Carcereiros) e Arthur Aguiar (O Outro Lado do Paraíso) completam o elenco, que terá muitas outras participações especiais.
Na coluna de Mauricio Stycer, no site UOL, foi divulgado que a Globo tira da TV aberta e joga no canal pago da Globoplay essas séries - Sob Pressão e Segunda Chamada - que fazem crítica social.
A princípio, serão escalados novos alunos para a história, que desta vez focará ainda mais em estudantes que vivem na rua.
Estão sendo procurados nomes com experiência em teatro e cinema. Já foram confirmados no elenco Ângelo Antonio, Moacyr Franco e Henrique Santanna para a nova temporada de “Segunda Chamada”.
Após a bem-sucedida estreia da ótima série de Carla Faour e Julia Spadaccini, dirigida por Joana Jabace, a O2 Filmes logo providenciou mais uma leva de episódios e as gravações já começam em janeiro. Tudo para estrear em abril. A chance de repetir o sucesso é alta, principalmente em virtude da temática em torno da educação pública caótica do Brasil, que rende conflitos infinitos. Silvio Guindane, Hermila Guedes, Débora Bloch, Thalita Carauta e Paulo Gorgulho continuam no elenco. Apenas os intérpretes dos alunos mudam.
O nome da escola “Carolina Maria de Jesus” do seriado Segunda Chamada é em homenagem a uma das primeiras escritoras negras do Brasil.
Quem foi Carolina Maria de Jesus?
Ela foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais relevantes para a literatura nacional
Negra, catadora de papel e favelada, Carolina Maria de Jesus foi uma autora improvável. Nasceu em 14 de março de 1914 em Sacramento, Minas Gerais, em uma comunidade rural, filha de pais analfabetos. Foi maltratada durante a infância, mas aos sete anos frequentou a escola — em pouco tempo, aprendeu a ler e escrever e desenvolveu o gosto pela leitura.
Em 1937, após a morte da mãe, ela mudou para São Paulo. Aos 33 anos, desempregada e grávida, mudou-se para a favela do Canindé, na zona norte da capital paulista. Trabalhava como catadora de papel e, nas horas vagas, registrava o cotidiano da favela em cadernos que encontrava no material que recolhia.
Um destes diários deu origem a seu primeiro livro, Quarto de Despejo - Diário de uma Favelada, publicado em 1960. A obra virou best-seller, foi vendida em 40 países e traduzida para 16 idiomas.
Após a publicação e o sucesso do primeiro livro, a autora se mudou para Santana, bairro de classe média da capital. Três anos depois, publicou o romance Pedaços de Fome e o livro Provérbios. Em 1969, saiu de Santana para Parelheiros, no extremo da zona sul da cidade, uma região de grandes contrastes entre ricos e pobres, mas com ares de interior que lembravam a cidade onde cresceu.
A escritora nunca quis casar e teve três filhos, cada um de um relacionamento diferente. Morreu em fevereiro de 1977, aos 62 anos, de insuficiência respiratória. Outras seis obras póstumas foram publicadas após sua morte, compiladas a partir dos cadernos e materiais deixados pela autora. Em 2017, sua história foi registrada por Tom Farias em Carolina - Uma Biografia, publicada pela editora Malê.
A produção da O2 Filmes ao abraçar a realidade, ficção pode atingir outro patamar. E quem acompanhou a primeira temporada da série chegou a ficar chocante as cenas, ainda que a realidade seja mais cruel e bruta. Veja mais em tvefamosos.uol.com.br/colunas/mauricio-stycer/2019/11/10/segunda-chamada-ao-abracar-a-realidade-a-ficcao-pode-atingir-outro-patama.htm
O Doutrinador: A Série (1ª Temporada)
3.5 27 Assista AgoraO Doutrinador – Sequência do filme é confirmada pela produtora!
O herói brasileiro vai ganhando força!
Durante o anúncio de seus projetos cinematográficos para 2019, a Paris Entretenimento confirmou que o filme O Doutrinador irá ganhar uma sequência. No longa, acompanhamos a história de um vigilante mascarado, que luta contra a corrupção brasileira.
Em 2018, chegou aos cinemas o filme O Doutrinador, adaptação em live-action das histórias em quadrinhos criadas por Luciano Cunha. O filme teve boa recepção do público e da crítica, fazendo com que uma sequência fosse garantida.
A Paris Entretenimento, produtora do longa, revelou que O Doutrinador 2 está programado para iniciar suas gravações em agosto deste ano, porém não foram revelados os nomes que ficarão responsáveis pela direção e o roteiro da nova produção.
Em 2018, a Paris se consagrou como o estúdio brasileiro que mais lançou filmes próprios no país, com isso, o estúdio ganhou força para expandir seu catálogo de serviços, tais como pós-produção, finalização e animações. No anúncio, também não foi revelado se Luciano Cunha, criador da franquia, estará envolvido no novo longa, porém é provável que, assim como no primeiro filme, ele participe do roteiro.
Carcereiros (1ª Temporada)
4.0 28"Carcereiros" tem qualidade e uma boa proposta, agora leva um tempo para agarrar o público.
Após os 12 episódios foram disponibilizados com bastante antecedência, finalmente estreou "Carcereiros, série coproduzida com a Gullane* Filmes e escrita por Fernando Bonassi, Marçal Aquino e Dennison Ramalho (com colaboração de Marcelo Staroubinas). Dirigida por José Eduardo Belmonte, a trama é protagonizada por Rodrigo Lombardi e aborda a dura vida dos agentes penitenciários do país.
A série teve problemas sérios antes de ir ao ar. Domingos Montagner era o ator escolhido para interpretar o protagonista, que infelizmente morreu afogado no Rio São Francisco, enquanto gravava "Velho Chico" (2016). A morte chocou o Brasil e a tragédia jamais será esquecida. Então, após o choque, a produção escalou Rodrigo para substituí-lo. As gravações foram feitas sem problemas e finalizadas. Acontece que não puderam estrear por causa de uma sucessão de rebeliões violentas em presídios do Espírito Santo e do Norte do país. A emissora não achou apropriado.
Passado esse período de horror, outro empecilho foi observado: o ator já estava em "A Força do Querer" (interpretando o advogado Caio) e, para não abusar de sua imagem, o adiamento novamente se fez necessário. A saída foi, como mencionado inicialmente, lançar a série completa em sua plataforma de streaming.
Assim, "Carcereiros" pôde ser vista primeiro pela streaming e só, após todos esses acontecimentos (que poderiam render até uma outra série), pela televisão. E a produção merece elogios, pois a qualidade das filmagens é visível, assim como a acertada escalação do elenco.
Baseada no livro homônimo de Drauzio Varella, a história é bem estruturada pelos autores e mistura ficção com documentário através de depoimentos de carcereiros já aposentados ou ainda em atividade. Algumas vezes essas inserções quebram o ritmo dos episódios e se mostram bastante didáticas, ocorre que não comprometem o todo. Cada episódio, aliás, tem início, meio e fim. Os enredos são independentes, embora tenha um foco central que se mantém: o cotidiano do protagonista, que tem um pai (Tibério - Othon Bastos), uma esposa (Janaína - Mariana Nunes) e uma filha de outro casamento (Lívia- Giovanna Rispoli).
O telespectador acompanha a vida infernal de Adriano, sempre questionando o porquê dele ter escolhido aquela 'rotina'. Na verdade esse questionamento acaba sendo direcionado a todas as pessoas que decidem ser agentes penitenciários. Afinal, eles, querendo ou não, cumprem as penas junto com os presos. Estão todos os dias dentro dos presídios, vivenciando aquele inferno e sendo ameaçados constantemente, podendo morrer a qualquer instante. O objetivo da série, por sinal, é esse: mostrar o cruel serviço desses trabalhadores através do personagem principal. Tanto que o principal 'vilão' do enredo é o sistema prisional.
Rodrigo Lombardi está muito bem na pele do forte Adriano e protagoniza muitas cenas pesadas, principalmente quando o carcereiro enfrenta os presidiários sem medo. Tony Tornado, intérprete do agente Valdir, é a grata surpresa da série. Não por causa da irretocável atuação, afinal, o seu talento é conhecido há muitos anos; e, sim, pelo destaque que ganhou. Finalmente um perfil que faz jus ao ator competente que é, após tanto tempo fazendo figuração no "Zorra". Othon Bastos, Giovanna Rispoli, Mariana Nunes, Aílton Graça (Juscelino), Maria Clara Spinelli (Kelly), Nani de Oliveira (Vilma) e Thogun (excelente como Engenheiro, o presidiário mais temido) também merecem menção, assim como as ótimas participações de Matheus Nachtergaele, Carol Castro, Caco Ciocler, Gabriel Leone e Chico Diaz.
O ponto é que as histórias vão cansando com o tempo. Principalmente em virtude das semelhanças dos conflitos e do cenário principal não ser nada convidativo. Uma pausa se fazia necessária em vários momentos. E é uma série que marcará. Mesmo que seja complicado fazer previsões, não é fácil afirmar que daqui a um tempo será esquecida.
Mesmo com tudo isso, é um produto de qualidade que merece elogios. Foi, inclusive, premiado em Cannes, na França, em abril de 2017, na segunda edição do MIPDrama Screenings, evento que marcou a abertura do MIPTV (feira do mercado de televisão).
"Carcereiros" ---- cuja equipe idealizadora é quase a mesma da produção "Supermax", também ambientada em um presídio ---- tem uma proposta válida e que rende bons momentos para os atores, provocando uma reflexão no público a respeito da vida escolhida (pela necessidade ou vocação) por pessoas que se veem mergulhadas em um inferno que não tem fim.
* OBS.: Fundada em 1996 como Gullane Filmes, possui parcerias com estúdios norte-americanos e participa de produções de audiovisual para cinema e televisão.
Produções:
- TV
Carandiru, Outras Histórias
Alice
Lutas.doc
Para Aceitá-la Continue na Linha
Alice – Especial
Nascemos para Cantar
Desprogramado
Extinções
- Longas-metragens
Bicho de Sete Cabeças - (2000)
Carandiru - (2003)
Narradores de Javé (2003)
Benjamin - (2004)
Nina - (2004)
Crianças Invisíveis - (2006)
Cafundó - (2006)
O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias - (2006)
O Mundo em Duas Voltas
Querô - (2007)
O Magnata - (2007)
Encarnação do Demônio - (2008)
Chega de Saudade - (2008)
Terra Vermelha - (2008)
Cidade de Plástico - (2009)
Viajo porque Preciso, Volto porque Te Amo - (2009)
Meu País - (2009)
As Melhores Coisas do Mundo - (2010)
Mundo Invisível (2011)
- Curtas e média-metragens
Geraldo Filme
Seu Nenê da Vila Matilde
A Delicadeza do Amor
De Glauber para Jirges
Formigas
O Príncipe Encantado
Magnífica Desolação
Estação
Carcereiros (2ª Temporada)
4.0 12Letícia Sabatella brilhou em "Carcereiros"
A primeira temporada de "Carcereiros" foi exibida no serviço de streaming, em 2017 e somente no ano passado a emissora colocou a trama em sua grade ---- dividida em duas partes por causa da Copa do Mundo. O roteiro explora a vida de Adriano, um carcereiro honesto que precisa lidar com a tensão da rotina no presídio e seus dilemas familiares.
Na 1ª temporada, teve bons conflitos, e chega a empolgar.
Na 2ª temporada, a trama envolvendo o protagonista Adriano (Rodrigo Lombardi) não tinha um arco dramático interessante. Sua relação com Janaína (Mariana Nunes) e os conflitos com a filha (Livia - Giovanna Rispoli) eram poucos explorados e raramente despertavam atenção. Os enredos em cima dos presidiários normalmente tinham início, meio e fim em cada episódio. Somente com a entrada de Letícia Sabatella mudou isso.
A série --- escrita por Marçal Aquino, Fernando Bonassi e Denisson Ramalho (com colaboração de Marcelo Starobinas) --- começou a costurar os episódios graças à chegada de Érika
, esposa de um detendo, que se envolveu amorosamente com Adriano. O carcereiro e a misteriosa mulher se apaixonaram e o caso acabou sendo descoberto pelo violento preso que conseguiu planejar uma armadilha para assassinar o protagonista. Então, a personagem matou o então marido e salvou a vida de seu novo amor. O crime, obviamente, a colocou na cadeia
O mote da segunda temporada foi justamente a mudança de posição do protagonista.
O carcereiro que sempre revistou os visitantes e não se intimidava com os presidiários precisou deixar o orgulho de lado durante as revistas humilhantes realizadas. Também passou a enfrentar os olhares desconfiados das carcereiras durante as visitas ao seu amor.
Ainda fez vista grossa quando Érika ligou para ele usando um celular dentro da cela. E tudo parecia valer a pena. A relação teve um bom desenvolvimento dos roteiristas e serviu para expor um pouco a rotina de um presídio feminino, após a primeira temporada ter focado apenas no masculino.
E a entrada de Letícia Sabatella foi um acerto.
Érika foi um perfil totalmente diferente de tudo o que a atriz vinha fazendo nos últimos anos e fugiu do estereótipo da presa totalmente inocente ou da criminosa ameaçadora. A personagem teve boas camadas, despertando empatia em alguns instantes e medo em outros. Era uma mulher extremamente passional. Tanto que seu lado sombrio veio à tona depois que Adriano terminou a relação e contou que tinha voltado para a esposa, agora grávida. A presidiária expôs aquele lado violento visto no dia que matou o marido e fez de tudo para conseguir escapar da cadeia com o intuito de se vingar.
A cena da fuga foi muito bem realizada e a volta que Érika deu nos policiais empolgou.
A maior prova foi o total protagonismo da presidiária no episódio exibido (no dia 11 de junho de 2019). Já no capítulo do dia 25, Érika acabou assassinada ---- após ter tentado obrigar seu ex a matar a atual esposa ---- e o ciclo se fechou.
Letícia Sabatella é uma intérprete competente e ganhou uma oportunidade de mostrar uma outra faceta em "Carcereiros". Aproveitou a oportunidade e brilhou merecidamente. Vale lamentar, inclusive, que seu talento tenha sido desperdiçado em "Órfãos da Terra" com a morte precoce e gratuita de sua personagem. Ao menos na série, os roteiristas foram mais inteligentes que certos autores e autoras da novela das nove e onze.
"Carcereiros": Lançada em junho de 2017 na Globo Play, a série de Fernando Bonassi, Marçal Aquino e Dennison Ramalho, dirigida por José Eduardo Belmonte, é baseada no livro homônimo de Drauzio Varella e tem Rodrigo Lombardi vivendo o protagonista.
Era Uma Vez Uma História
4.5 3De que material é feita a história? Muitos pesquisadores – como o historiador Paul Veyne, no livro Como se escreve a história – já se debruçaram sobre esta questão em busca de uma resposta mais precisa. Afinal, por mais que se pretenda “objetiva”, a história, tal como qualquer outro discurso sobre o mundo, está atrelada a filtros e a visões diversas. Contar a história é criar uma narrativa, da mesma forma como faz um romance, um filme ou uma série televisiva – obviamente, com outros propósitos.
Esta é, em alguma medida, a perspectiva sobre a qual surge a série Era uma vez uma história, programa exibido pela Band em quatro episódios. São quatro narrativas que fazem um passeio na história do Brasil desde a fuga da corte portuguesa para a colônia, em 1808. Trata-se de uma superprodução: cada capítulo custou R$ 1 milhão. O investimento é bastante evidente quando se assiste a cada um dos programas, pois se trata de uma narrativa arrojada, que mistura atores e historiadores, cenas gravadas em Brasil e Portugal, e um apurado trabalho com gráficos e animações que tornam a história contada acessível a um público jovem – justamente aquele que tem cada vez menos interesse a olhar para o passado.
A mensagem de Era uma vez uma história é clara e oportuna: a história apenas nos interessa na medida em que esclarece porque vivemos assim agora.
Voltando à questão inicial deste texto, em Era uma vez uma história, há um posicionamento evidente: a ideia de que, para se falar sobre os fatos históricos, não há apenas uma única narrativa possível. É perfeitamente viável recontar os acontecimentos para as novas (e velhas) gerações de uma forma, digamos, mais divertida e lúdica – e isso não significa, necessariamente, perder o rigor e a precisão daquilo que se narra.
E como o programa busca tudo isso? Para começar, vejamos a estratégia da escolha dos apresentadores: encabeçam a atração o ator Dan Stulbach (que se tornou conhecido pelo seu trabalho na Globo e posteriormente apresentou o programa CQC, na própria Band), e a historiadora Lilia Moritz Schwarcz, professora da USP e autora de vários livros sobre história do Brasil. A mistura entre o popular e o acadêmico, portanto, já se evidencia nessa primeira escolha, a qual se desenrola bastante bem: Dan e Lilia têm uma boa química e conseguem levar o programa em um tom de conversa, de bate papo sobre algo que interessa a ambos. Por mais que tenhamos em Lilia Schwarcz a figura da especialista, ela não adota um tom professoral ou hierárquico na sua postura. Parecem dois amigos andando nas ruas do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Lisboa enquanto conversam sobre histórias engraçadas acerca do seu país.
E aí está, acredito, a grande sacada de Era uma vez uma história: a graça do programa não está exatamente no que se conta, mas na forma pela qual esta história é contada. Enquanto narradores que nos guiam numa viagem ao passado, Dan Stulbach e Lilia Schwarcz atravessam tempos históricos e misturam a linguagem de hoje com os acontecimentos ocorridos há séculos. A mensagem é clara e oportuna: a história apenas nos interessa na medida em que esclarece porque vivemos assim agora. Por esta mesma razão, faz todo sentido que os apresentadores transitem entre hoje e ontem, observando in loco Dom Pedro ou José Bonifácio enquanto faziam suas articulações.
Além disso, há a preocupação evidente em adaptar o texto para que mantenha um diálogo com as linguagens digitais. Por exemplo: no episódio 2, ao explicar o “Dia do Fico” (quando Dom Pedro se rebelou contra as ordens da corte portuguesa que exigiam sua volta a Portugal), o texto narrado em off explica que a frase de Dom Pedro foi mais longa, mas a versão que ficou popularmente conhecida (a sentença “se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, digam ao povo que fico”) é a adaptada ao Twitter, com até 140 caracteres.
Do mesmo modo, há um esforço de desmistificar certos momentos da história, trazendo verdadeiras aulas expostas de forma dinâmica e mesmo interativa. Outro exemplo: ao tratar do famoso quadro “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, que retrataria o grito dado por Dom Pedro às margens do Rio Ipiranga, Lilia Schwarcz traz uma verdadeira aula de semiótica, na qual explica as incongruências da pintura. Tudo isto é ilustrado por meio de uma animação bem didática que “redesenha” o quadro em tempo real, para a boa compreensão do público.
Em seus apenas quatro episódios, Era uma vez uma história se encerra com o desejo de uma nova temporada que continue a traduzir a história do Brasil para a grandiosa audiência da TV aberta. Por enquanto, é possível assistir a todos os capítulos no canal da Band no YouTube.
Segunda Chamada (1ª Temporada)
4.5 111Elenco é um dos muitos acertos de "Segunda Chamada"
A série da O2 Filmes causou a melhor das impressões quando estreou, no dia 8 de outubro de 2019, e o capricho da produção lembrou muito a qualidade de "Sob Pressão". Agora, na história atual o drama médico cede lugar para os inúmeros dilemas da educação pública no país. "Segunda Chamada" arrebata o público com um enredo pesado e extremamente realista, conseguindo inserir doses de sensibilidade e emoção ao longo dos episódios. Uma preciosidade. E um dos muitos acertos da trama é o elenco.
A história, escrita por Carla Faour e Julia Spadaccini, é protagonizada pela sofrida Lúcia (Débora Bloch), professora que se envolve com os conflitos de seus alunos
e nunca conseguiu superar a trágica perda do filho, vítima de um atropelamento ---- que ainda culminou no AVC de seu marido Alberto (Marcos Winter)
Os atores que cercam a intérprete não ficam atrás. Paulo Gorgulho voltou à ativa em grande estilo, após 14 anos na Record. Jaci é um professor que atua como diretor da escola Maria Carolina de Jesus e tenta se manter mais frio diante dos problemas. E protagoniza alguns embates com a Lúcia em virtude das discordâncias a respeito da conduta com os alunos.
Sendo que ele tem um caso com Lúcia.
O mesmo vale para Silvio Guindane, intérprete do professor de artes Marco André. O idealista levou um choque quando se deparou com a realidade da unidade (caindo aos pedaços), e se manteve firme e logo virou um parceiro dos demais. Suas cenas com Hermila Guedes viraram um dos pontos altos.
Aliás, Hermila é outro grande nome.
A professora Sônia sofre com o vício em remédios tarja preta e a violência do marido agressor, vivido pelo competente Otávio Muller. A mulher ainda se deparou com uma tentativa de estupro praticada por um aluno em plena escola. A cena foi forte.
E a grata surpresa da série é Thalita Carauta. Marcada pelos perfis caricaturais do "Zorra" e do tipo que viveu em "Segundo Sol", a intérprete finalmente está podendo mostrar que tem outras facetas a serem exploradas. Eliete é uma carismática professora de matemática e lida com os problemas de forma prática. Suas cenas mesclam leveza e dramaticidade através dos conflitos com os alunos e colegas de profissão. Um momento que destacou a atriz foi quando Eliete se comoveu com a situação do aluno Silvio, um morador de rua interpretado com brilhantismo por José Dumont.
Ela tentou arrumar um lugar para o homem ficar na escola, acontece que ele recusou assim que descobriu que não poderia ficar com seu cachorro.
Os alunos, vale destacar, são outros personagens que contam com grandes intérpretes. Muitos desconhecidos do grande público, como Linn da Quebrada, que vem protagonizando cenas maravilhosas na pele de Natasha,
travesti que sofre com o preconceito dos demais. A personagem enfrentou um forte bullying no início, e deu a volta por cima. Depois se entristeceu, com a rejeição do namorado, que não quis assumi-la em público.
Isso porque se mostrou preconceituosa com Natasha, ao mesmo tempo que sofreu com o marido sexista. A sequência em que a senhora recusou voltar para casa com o esposo para permanecer na escola estudando comoveu.
Uma das melhores cenas da série foi protagonizada por Ingrid Gaigher, intérprete da Aline. A aluna se indignou quando a colega Márcia (Sara Nunes)
virou alvo de olhares e chacotas porque amamentava o filho na sala e mostrou seus seios. "O problema é peito?", disse ao levantar a blusa. Todas as colegas repetiram o gesto e a professora Lúcia se orgulhou.
que teve uma bolsa de estudos negada apenas por causa da profissão de prostituta.
As participações especiais ainda engrandecem a série e a mais marcante foi de Felipe Simas. O ator se entregou por completo na pele do sofrido Maicon
, aluno que resolveu assaltar a escola depois que viu sua esposa quase matar seu filho recém-nascido afogado em uma bacia por conta das dificuldades financeiras. A sequência em que o garoto foi descoberto pela turma e chorou diante da professora dilacerou quem assistia. "Não sou bandido, sou pai", disse um jovem desesperado.
o desfecho trágico do personagem ---- morto pelos traficantes no meio da rua ----
em virtude do sofrimento de Lúcia, que vivenciou pela segunda vez o trauma do filho morto.
através do drama da aluna que não soube o que fazer com seu filho e acabou fugindo, largando a criança na escola.
"Segunda Chamada" é uma série que chegou para ficar. Com toda certeza repetirá a trajetória bem-sucedida de "Sob Pressão" e a segunda temporada já está garantida para abril de 2020. O time de atores está irretocável e a rotatividade nas participações proporciona um grande número de profissionais com chances de destaque em determinados momentos.
Segunda Chamada (1ª Temporada)
4.5 111Segunda Chamada 1×07: Episódio 07
“Me pediram para escrever como é a minha rotina. Antes de me mandarem embora do trampo do mercado, eu fazia umas vinte entregas por dia. Eu pegava a minha moto e saia cortando os carros, tirando o fino, levando sacola pra toda a cidade. Já entreguei em quebrada, em bairro de boy, com sol, co chuva, com vento balançando na minha moto… Mas eu nunca deixei ninguém na mão.
Toda primeira semana do mês, eu chegava atrasado na escola. Parece que o povo recebe pagamento, já vai direto no mercado. Os professores ficavam de cara, achando que eu não queria nada com o estudo, mas eu gosto da escola e reclamo. Mas eu gosto: da escola e da minha moto.
Quando chego em casa, pego meu filho no colo e a minha esposa pergunta das aulas. Antes, ela queria saber das entregas de motoboy, mas aí, me mandaram embora. Então, agora, ela só pergunta da escola. Eu acho que ela tem orgulho de mim.” – PEREIRA, Maicon Douglas.
A Lúcia está em total fase de crise e ela está completamente sem condições de lecionar, e o Jaci foi certíssimo quando foi atrás dela na casa do Maicon e quando a afastou, não considerei que ele foi sexista nesse momento, ele fez o que um profissional de educação deveria ser feito, e a Lúcia não estava parando quando ele tentava alertá-la de outras formas, então ele precisou ser mais duro. E ela agiu como uma garota mimada terminando o relacionamento com ele por não aceitar que ele estava certo. Como ela vai ajudar os alunos quando ela é quem mais precisa de ajuda nesse momento?
A combinação de todos esses eventos para Lucia tem nome: Síndrome de Burnout, (ou Síndrome do Esgotamento Nervoso).
A síndrome, que foi definida pelo psiquiatra alemão Herbert Freundeberg em 1974, pode ser desenvolvida em resposta ao estresse excessivo e prolongado de atividades relacionadas ao trabalho.
A palavra Burnout, de origem inglesa, é resultante de duas outras: burn, que significa "queimar" e out, que quer dizer "fora". Em tradução para o português, o termo expressa "queimar por completo".
O estado de exaustão intensa nos níveis físico e mental faz com que um indivíduo se sinta sobrecarregado a ponto de tornar-se incapaz de responder às demandas constantes de sua função no trabalho.
O Homem do Castelo Alto (4ª Temporada)
3.8 110Vale a pena ver o Homem no Castelo Alto, agora é uma pena ver a serie sair na temporada mais fraca. O drama humano está mais forte do que nunca, enquanto que 'High Castle' luta para uni-lo em um final coerente e impactante de sua história.
Eu daria para as três primeiras temporadas 5 estrelas. Infelizmente, esta quarta temporada perdeu o foco e se voltou para o politicamente correto. Então, apenas 3 estrelas.
A série tinha enormes valores de produção, fez um excelente trabalho de recriação na década de 1960 e teve excelente atuação. Além disso, cada personagem era complexo. Cary-Hiroyuki Tagawa, que interpretou o Ministro do Comércio (Nobusuke Tagomi), deveria receber um prêmio de Hollywood por sua atuação.
Eliminar Tagomi do script foi um grande erro. Além disso, quase escrever Abendsen a partir do script, trancando-o em uma cela de prisão, era ruim.
Um final decepcionante para uma série que o público assiste há quatro anos. O pior é que eles conseguiram. Eles tiveram uma conclusão épica em suas mãos com a exibição da bandeira americana
pela Revolução Comunista Negra (RCN), onde alguém diz que as pessoas vão se unir a ela antes que nos lembrem o quão ruim é a América
Você pode dizer que os escritores discutiram como entender esse tópico; quero dizer, eles introduziram uma bandeira americana, agora o politicamente correto entrou em cena e um regime comunista é aclamado como o herói. Ainda à espera de evidências de um país onde o comunismo é um grande sistema.
E então o fim de um grupo de pessoas andando pelo portal não fazia sentido. Como todos eles sabiam que não se tornariam uma gosma vermelha neste novo mundo? Sem perguntas, apenas alguns abraços e bem-vindos. Tanto faz. Precisava de mais uma temporada desse show de TV para amarrar as pontas soltas. Creio que simplesmente não "acordei" o suficiente para apreciar esta temporada final.
Esta é a recompensa: uma história de livro que é tematicamente rica, muitas vezes emocionante e tão satisfatória para a série quanto se poderia esperar nessas circunstâncias.
Eu amei o show. Nunca foi da melhor qualidade (que merecia), ainda que o visual e o conceito foram ótimos, assim como alguns dos personagens.
Agora na minha humilde palavra, é um dos tristes finais de series já visto. Os arcos dos personagens caíram de um penhasco, o enredo principal nem terminou de se construir antes que a conclusão lhe desse um tapa na cara e nada disso fosse remotamente crível. Alguns finais o deixam insatisfeito, outros de alguma forma arruínam a experiência de toda a série; infelizmente, isso se enquadra na última categoria.
A serie encerra em uma nota alta, acontece que poderia ter sido melhor trabalhada. Seu final críptico e poético casa de maneira ideal com o que os roteiristas queriam realizar, agora escancara que ao esticarem a narrativa em quatro temporadas, alguns sacrifícios tiveram de ser feitos, principalmente na questão estrutural.
O Canto da Sereia
4.0 309Com capricho e atuações marcantes, O Canto da Sereia surpreende e se despede do público em grande estilo
Nada mais apropriado do que um grandioso capítulo para encerrar uma micro série de qualidade ímpar com chave de ouro. E foi exatamente isso o que aconteceu. "O Canto da Sereia" --- trama baseada na obra homônima de Nelson Motta e exibida pela televisão brasileira em quatro capítulos ---, apresentando cenas extraordinárias e atuações marcantes.
Sempre foi dito que o final não seria o mesmo do livro, afinal, os que já tinham lido saberiam e todo o mistério se perderia. Mas como seria possível alterar o desfecho sem fazer a história perder o sentido? Como manter a identidade do produto ao alterar justamente o enigma principal? Pois os autores tiveram uma sacada genial e cumpriram a promessa com louvor. Conseguiram manter todo o contexto da trama e ainda mudar a identidade do assassino, fato que muitos consideravam quase impossível. E a execução da sequência não poderia ter sido melhor.
Na obra literária, Sereia contrata um atirador para matá-la porque se desespera ao descobrir um tumor. Na micro série, o contexto foi mantido, ou seja, a protagonista encomenda a sua morte. Mas ao contrário do livro, o assassino tem
uma identidade, uma função na história. O criminoso é justamente Só Love, fã obcecado pela rainha do axé, personagem especialmente criado para a produção televisiva e que foi interpretado magistralmente por João Miguel.
A longa cena onde Sereia pediu para que seu maior fã a matasse, evitando assim seu sofrimento futuro, foi de uma emoção e entrega absurdas. Isis Valverde e João protagonizaram a melhor sequência da micro série e mereceram ser aplaudidos de pé. O texto, as atuações e as tomadas de câmera transformaram aquele momento em um colírio para os olhos dos telespectadores. Deu gosto de ver a dupla totalmente entregue aos sentimentos de seus respectivos personagens. Sereia implora para que seu admirador a elimine e ele topa, cumprindo o último desejo de sua amada. Matou por amor. Aliás, não matou, a fez viver para sempre, como o mesmo disse nos momentos finais da história.
Nelson Motta havia dado uma declaração, onde fez questão de enfatizar que não pediu para ver nada do que estava sendo produzido. Queria ser surpreendido junto com o público. Após assistir aos quatro capítulos da micro série, pode-se dizer com tranquilidade que o autor foi sábio ao fazer essa opção. Com certeza ele deve ter se emocionado tanto quanto o telespectador ao ver o belo trabalho que foi realizado.
Tendo a direção de José Luiz Villamarim e núcleo de Ricardo Waddington --- mesma dupla consagrada que esteve por trás do fenômeno "Avenida Brasil" ---, a micros série apresentou uma fotografia maravilhosa de Walter Carvalho (também responsável por "Lado a Lado"); uma abertura que conseguia transmitir toda a tensão e o mistério da trama; uma história muito bem escrita e um elenco excepcional. Isis Valverde, Camila Morgado e João Miguel foram os principais destaques e deram um banho de interpretação em todas as cenas. Mas é injusto não citar Marcos Caruso, Marcelo Médici, Gabriel Braga Nunes, Marcos Palmeira, Frank Menezes, Fábio Lago, Zezé Motta, Fabíola Nascimento e ainda a participação especialíssima de Marcela Cartaxo no último capítulo. Todos brilharam. Todos se entregaram. Todos emocionaram.
"O Canto da Sereia" já entrou para a lista das melhores produções da televisão brasileira e com muitos méritos. Apesar da curta duração, a história dessa musa do axé puramente sexual e que gostava de curtir a vida sem medir consequências não será apagada da memória do telespectador tão cedo. Atores, direção e equipe estão de parabéns pelo belo produto que foi apresentado ao público. Nada melhor do que começar o ano com uma micro série de tanto capricho e tão bem produzida. Valeu a pena esperar pela linda e sedutora Sereia.
Portanto...
"O Canto da Sereia": Baseado no livro de Nelson Motta, escrita por George Moura e dirigida por José Luiz Villamarim, a minissérie, que estreou no início do ano de 2013, prendeu o telespectador com uma história repleta de suspense e mistério, ambientada em Salvador. Isis Valverde, João Miguel, Camila Morgado e grande elenco deram um show e protagonizaram ótimas cenas. José Luiz e George assinarão "Amores Roubados" e o remake da novela "O Rebu" em 2014. Se tudo o que foi mostrado na trama protagonizada por Sereia for repetido nos próximos trabalhos, o telespectador não terá do que se queixar.
The Boys (2ª Temporada)
4.3 649 Assista AgoraO produtor-roteirista Eric Kripke divulgou no Twitter a primeira cena da 2ª temporada de “The Boys”, que encerrou suas gravações na semana passada. A prévia mostra a versão infantil do “herói” Homelander, revelando o quanto o futuro líder dos Sete é perturbado. “O que pode ser mais aterrador que o pequeno Homelander?”, pergunta o texto.
“The Boys” é baseada na publicação homônima de quadrinhos adultos de Garth Ennis, que também criou “Preacher”. Por sinal, os responsáveis pela produção são os mesmos que transformaram “Preacher” na série escatológica do canal pago AMC, o ator Seth Rogen e seu parceiro Evan Goldberg, que se juntaram a Eric Kripke, criador de “Supernatural” e “Timeless”, na nova atração.
Nos quadrinhos, os protagonistas são um grupo de vigilantes truculentos que investigam as atividades clandestinas dos super-heróis. O motivo é que, a grosso modo, pessoas comuns se transformam em babacas quando ganham superpoderes e passam a acreditar que são intocáveis.
Para completar, na série os boys surgem como um grupo típico de “super vilões”, com motivações similares às de Lex Luthor para odiar Superman – culpando os heróis por suas tragédias.
Só que, numa reviravolta narrativa, desta vez eles têm RAZÃO.
O elenco é encabeçado por Karl Urban (“Thor: Ragnarok”), Karen Fukuhara (“Esquadrão Suicida”), Jack Quaid (“Jogos Vorazes”), Tomer Capon (“7 Dias em Entebbe”) e Laz Alonso (“Velozes e Furiosos 4”) como os Boys – e uma girl – do título.
Enquanto Antony Starr (série “Banshee”), Chace Crawford (série “Gossip Girl”), Dominique McElligott (série “House of Cards”), Nathan Mitchell (“Scorched Earth”), Jessie T. Usher (“Independence Day: Ressurgimento”) e Nathan Mitchell (“iZombie”) interpretam os "heróis vilões" super escrotos.
Além deles, Erin Moriarty (“Jessica Jones”) vive a única heroína ingênua e decente do grupo, Simon Pegg (“Missão Impossível: Efeito Fallout”) incorpora o pai do personagem de Jack Quaid, e Elisabeth Shue (“Despedida em Las Vegas”) é a líder do conglomerado que explora comercialmente o sucesso dos super-heróis conhecidos como os Sete.
O que esperar da segunda temporada de The Boys?
Aqueles que acompanharam a primeira temporada sabem que ela terminou com o confronto entre Butcher (ou Bruto) e Homelander. Foi quando ele descobriu
que sua mulher, Becca, não estava morta. E que ela estava vivendo em um lugar secreto, cuidando de seu filho com super poderes que nasceu depois que Homelander a estuprou.
Segundo Erik Kripke, criador de Supernatural e showrunner de The Boys, “no segundo episódio nós queríamos mostrar alguma coisa que revelasse onde ele esteve e suas experiências. Mas no final, acabou não combinando porque fez a história de Butchermenos misteriosa e intrigante, além de deixar o ritmo mais lento”. Então os produtores decidiram que toda essa história será transformada em um curta-metragem que será lançado mais ou menos na época do lançamento da nova temporada.
E o resto dos The Boys?
Enquanto isso, The Boys encontram-se foragidos da justiça, procurados pelos Super, e tentando, desesperadamente, reagrupar e lutar contra Vought.
Escondidos, Hughie, Mother’s Milk, Frenchie e Kimiko tentam se ajustar a uma nova realidade, com Butcher desaparecido. Ao mesmo tempo, Starlight procura encontrar seu lugar no grupo The Seven, enquanto Homelander se concentra para assumir o controle total.
Os três primeiros episódios serão lançados no dia 4 de setembro de 2020. Novos episódios serão disponibilizados na Amazon toda sexta-feira, chegando ao final da temporada em 9 de outubro.
Uma terceira temporada já foi aprovada, e há rumores que Jeffrey Dean Morgan foi convidado a se juntar ao elenco.
A Divisão (1ª Temporada)
3.8 15Confira os motivos para assistir a série 'A Divisão'...
1. A história
Uma das melhores coisas do audiovisual brasileiro é quando um filme ou uma série traz informações reais e interessantes, mas desconhecidas do grande público. Cria-se um sentimento de surpresa com a trama, ao mesmo tempo que há aquela sensação de pertencimento. De ser algo perto de você, ainda que novo. É esse o caso da série A Divisão, que chega com exclusividade ao streaming. Dirigida por Vicente Amorim (Motorrad) e produzida por José Júnior (do AfroReggae), a produção conta a história real de uma epidemia de sequestros que aconteceu no Rio de Janeiro, na década de 1990. A coisa só começou a ser solucionada quando a DAS, uma divisão da polícia para sequestros, entrou na jogada. E começou a ter atitudes pouco ortodoxas.
2. Produção caprichada
A partir dessa trama, A Divisão traz um cuidado evidente e aparente com o que está sendo contado. Amorim não se furta em trazer a verdade para o centro da tela, escancarando a violência de atos policiais e quebrando vários clichês do gênero. Como ele disse durante coletiva, e que sublinharam em matéria que publicaram no Estadão, o objetivo da produção é causar desconforto. E, sem dúvidas, isso funcionou. Além disso, vale ressaltar o bom trabalho de elenco. Principalmente Marcos Palmeira, Erom Cordeiro, Silvio Guindane, Natália Lage e Vanessa Gerbelli. Elenco preparado, com uma clara vontade de entrar de cabeça no papel. E sem medo desse desconforto. Que é real.
3. Diálogo com a atualidade
O mais impressionante de A Divisão, que tem uma linda fotográfica que remete à década de 1990, é o diálogo que a série consegue travar com a atualidade. Por mais que a onda de sequestros tenha sido coibida, e ficado para trás, a violência no Rio evoluiu. E inclusive começou a ser exportada para outros estados -- hoje, o Comando Vermelho, nascido nos morros cariocas, comanda presídios no Norte e trava uma briga ferrenha com outros grupos criminosos. É interessante, então, perceber como essa violência nasceu, cresceu e se desenvolveu. Essa história, junto com dezenas de outros fatores sociais e antropológicos, devem ter contribuído pra situação hoje. Faz pensar e traz boa reflexão.
Ainda sim...
Há de se destacar que a série é bem, bem violenta. Não há pudor em algumas das coisas que são mostradas -- aliás, passa longe do que são as novelas da TV Globo. Não confunda o que é exclusivo Globo Play com o que é exibido no canal carioca. Por isso, é um fator que pode entrar no nosso ponto contrário: algumas pessoas podem procurar a produção e se chocar. Isso sem falar do problema natural de público.
Como a série vai conseguir atingir outros mercados?
Vai precisar vencer barreiras. E não vai ser fácil.
Divisão de Homicídios
3.2 4Conheça o trabalho diário de uma das divisões policiais mais importantes do Brasil: Divisão de Homicídios. Investigação, testemunho dramático e imagens memoráveis em cada episódio.
Missão, visão e valores:
Missão:
Exercer as atribuições de investigações de Homicídios, Pessoas Desaparecidas e de Crimes contra a saúde pública e funções de polícia judiciária correlatas, garantindo a segurança pública, bem-estar coletivo e o respeito a dignidade da pessoa humana.
Visão:
Ser referência nacional e internacional na criação de conhecimento científico nas investigações de suas atribuições.
Valores:
seus valores são a Coragem, Lealdade, Legalidade, Ética, Respeito aos Direitos Humanos e Excelência Gerencial.
Coragem - Possuir a capacidade e a iniciativa de agir no cumprimento de dever em situações extremas, mesmo que com risco à própria vida.
Lealdade - Primar a verdade, a sinceridade e o companheirismo, mantendo-se fiel às responsabilidades e aos compromissos assumidos.
Legalidade - Comprometer-se com a democracia e com o ordenamento jurídico vigente.
Ética - Desenvolver práticas de trabalho baseados em preceitos éticos e morais, pautados pela honradez, honestidade e constante busca da verdade.
Respeito aos Direitos Humanos - Alicerçar atitudes, como servidor e cidadão, na preservação dos princípios basilares de respeito aos Direitos Humanos.
Excelência gerencial - caracteriza-se pela contínua avaliação, inovação e melhoria da gestão, por meio das funções planejamento-organização-direção e controle que resultem na otimização de resultados, seja do emprego de recursos, seja dos processos, produtos e serviços.
Coisa Mais Linda (2ª Temporada)
4.1 225A segunda temporada da série terá seis episódios de aproximadamente cinquenta minutos cada. A produção é da Prodigo Films e começará no segundo semestre de 2019, no Rio de Janeiro e São Paulo.O elenco adicional para a segunda temporada será anunciado em breve.
Ambientada no fim dos anos 1950, Coisa Mais Linda segue a história de Maria Luiza, uma jovem e rica paulistana que se muda para o Rio de Janeiro para abrir um restaurante com seu marido. Ao chegar, ela descobre que ele a abandonou e fugiu com todo o dinheiro. Desesperada no início, Malu se recupera e parte em busca um novo sonho em meio à vibração da cidade ao ritmo da emergente Bossa Nova.
Nesse desafio, ela contará com três mulheres incríveis:
Lígia, sua amiga de infância e dona de uma voz encantadora;
Adélia, uma carioca negra e trabalhadora absolutamente determinada e com uma força inabalável; e
Thereza, escritora moderna e independente.
Ilha de Ferro (2ª Temporada)
3.8 18A nova temporada de Ilha de Ferro vai aprofundar os relacionamentos e dar um novo colorido à trama. Os conflitos e turbulências de Dante (Cauã Reymond) e Júlia (Maria Casadevall) aumentam de potência com a chegada do Comandante Ramiro (Romulo Estrela), da Dra. Olívia (Mariana Ximenes) e de Diogo (Eriberto Leão), irmão da Júlia e presidente da empresa petrolífera.
“Os personagens são como tubarões emocionais, precisam se mover para não morrer. Quase sempre se metendo ou criando confusão. A plataforma é o epicentro da história, onde eles se encontram e dividem suas angústias. Mas em terra firme temos uma poderosa trilha policial. Tem mais ação e mais paixão”, adianta Mauro Wilson, redator final da série.
Afonso Poyart, diretor artístico da série, revela que o sentimento de apropriação é maior na segunda temporada. O fato dos personagens já serem conhecidos dá mais liberdade para avançar e aprofundar as histórias e fantasmas de cada um deles.
“Vamos continuar contando a história desse cara que se sente melhor dentro da plataforma, longe da terra, do que em casa. Vamos mostrar essa dualidade entre terra e mar que quem trabalha numa plataforma sente. Eles se sentem meio esquisitos em terra, e nem totalmente naturais na plataforma. A gente está sempre tentando desvendar o que esse tipo de trabalho e estilo de vida impacta nos relacionamentos das pessoas”, resume o diretor.
Encontros e desencontros
A segunda temporada começa depois de uma passagem de tempo de três anos.
Agora Dante é pai solo. Depois que Bruno (Klebber Toledo) foi preso, ele assumiu a paternidade de Maria (Alice Palmar), mas a vida mudou mesmo depois que Leona (Sophie Charlotte) os abandona. Com a filha, mas sem as presenças do irmão e da mulher, o petroleiro é um cara cada vez mais solitário.
Júlia foi embora, Buda (Taumaturgo Ferreira) morreu, e o seu amor é cada vez mais a PLT 137. Sua obstinação aumentou a produtividade da plataforma, ainda que às custas do bem-estar da equipe. Vai ser justamente para tentar controlar os ânimos em erupção na Ilha de Ferro que Olívia (Mariana Ximenes), a psiquiatra da empresa, será chamada à embarcação.
“Dante agora é pai e, apesar de fazer tudo pela filha, não buscou a paternidade. Ela veio para ele. Nesse tempo, ele não teve desejo se estabelecer vínculo com ninguém desde que terminou com a Júlia. Até que a Olivia surge. Mas o amor da vida dela é a plataforma. A vida dele é no mar. Profissionalmente ele foi o cara que, nesse tempo, transformou a 137 na plataforma de maior produtividade da Bacia de Santos”, conta o ator Cauã Reymond.
Olívia é uma mulher intensa. Noiva de Diogo (Eriberto Leão), presidente da Federativa, ela tenta não expor a relação dos dois para não interferir no trabalho. Mas tudo muda quando conhece Dante. Aos poucos, ela vai se envolvendo nos tormentos dele e segue, assim, tentando diminuir as sombras dos fantasmas do seu passado.
O que ela não contava é que o passado recente de Dante volta com tudo. Após três anos fora, e mais bem resolvida com suas questões pessoais, Júlia retorna a pedido do avô João Bravo (Osmar Prado), que vai receber uma homenagem a bordo da PLT 137. O reencontro traz de volta sua veia petroleira e as lembranças do romance com Dante. Para Maria Casadevall, apesar de a essência de Júlia ainda ser a mesma, suas relações foram amadurecendo, mesmo que a distância.
“Quando Julia volta à PLT 137 existe uma cumplicidade profunda com toda a equipe de trabalhadores da plataforma que se fortalece ainda mais nesse reencontro e, claro, uma paixão mal resolvida que vem à tona quando ela e Dante se reaproximam. Na primeira temporada acompanhamos muito pouco a vida de Julia fora da plataforma. Agora o caminho é inverso: vemos Júlia na vida em terra e acompanhamos a maneira como essas escolhas impactam suas passagens pela plataforma”, adianta a atriz.
Sobre a vida em terra de Júlia, leia-se: comandante Ramiro (Romulo Estrela). Mergulhador de combate da Marinha, ele é daquele tipo de cara boa praça, mas reservado. Não por acaso, os dois se conhecem no meio de uma perseguição. Apesar de durões, aos poucos, eles vão baixando a guarda, se deixando conhecer e se apaixonando. Mas Ramiro também tem contas a acertar com seu passado.
Novos amores, novos desafetos
Protagonista de uma boa parte da trilha de ação da segunda temporada, Romulo Estrela fez laboratório na Marinha para conhecer de perto a vida dos mergulhadores de combate para viver o comandante Ramiro.
“Fiquei três semanas imerso no universo deles, num complexo naval, vivendo o dia a dia. É um personagem muito especifico, precisava viver da forma mais real que eu pudesse. Foi muito bom ter essa aproximação com eles. É um personagem completamente diferente do que eu já fiz”, conta ele.
Se Ramiro e Dante vão dividir o coração de Júlia, Olívia entra na outra ponta desse enredo, tumultuando as atenções do petroleiro e, com isso, causando confusão no caminho da gerente de plataforma.
“Olivia é uma psiquiatra, com história de vida complicada, que guarda uma amargura em sua alma. E as cicatrizes pelo corpo. Ela é objetiva, reservada, observadora”, revela Mariana Ximenes.
Irmão de Júlia e noivo de Olívia, Diogo não aceita perder o posto no coração da psiquiatra para Dante. Presidente da Federativa, a estatal de petróleo da história, ele não mede esforços para conseguir o que quer, seja pessoal ou profissionalmente.
“Ele é ambicioso e disciplinado e vê em Dante uma pedra no seu caminho. É um homem diplomático e astuto, que usa o poder e a inteligência que carrega para atingir o que almeja”, define Eriberto Leão.
Fora do núcleo petroleiro, a segunda temporada tem ainda outros dois antagonistas. Bruno (Klebber Toledo), que está preso pelo sequestro da plataforma, tenta viver uma vida regenerada, com pregações religiosas e amparo a outros presidiários, mas, quando tem seus objetivos contrariados, volta a assumir riscos para ter o que quer.
O maior dos riscos, Bruno assumirá ao lado de Playboy (Erom Cordeiro), um criminoso impiedoso a quem conhece na prisão e que será responsável por sequestros, perseguições e um acerto de contas com o passado.
Criada por Max Mallmann e Adriana Lunardi, 'Ilha de Ferro' é escrita por Nilton Braga, Mariana Torres, Rodrigo Salomão, David Rauh e Anna Lee, e tem redação final de Mauro Wilson. A série é dirigida por Afonso Poyart, Roberta Richard e Rafael Miranda, com direção artística de Afonso Poyart.