Ethan Hawke e suas percepções quanto à ideia central da trilogia: "O primeiro filme (Before Sunrise) é sobre o que poderia ser; o segundo (Before Sunset) é sobre o que deveria ter sido. E o último (Before Midnight) é como as coisas de fato são". Sim. E isso fica bem evidente aqui, na fala de Jesse:
- But if you want true love, then this is it. This is real life. Its not perfect, but it's real.
A história de Jesse e Celine no transitar do tempo, possui tantas mensagens e citações significativas que fica bem difícil especificar as mais tocantes. Destaco porém, um ponto emblemático da obra que deveríamos não apenas levar em consideração, mas transformá-lo em um valor a ser vivenciado nas nossas relações: O prazer de estar, caminhar e conversar por horas com alguém, independentemente do encontro, reencontro e a possibilidade de permanência afetiva perdurar além desses momentos. Perceber, ouvir e se inteirar da existência do outro, sem tantas reservas. Como se fosse a última vez...
Moraria eternamente nos olhares, diálogos e cenários dos três filmes.
Quando há uma forte identificação com o estilo de um escritor, nosso interesse é desperto a imergir ainda mais não só em suas produções primárias, mas também em seus seguimentos pós literários, sejam eles por intermédio de peças ou representações nas telas. Conheci "O Último Magnata" de Scott Fitzgerald a principio pelo livro. Somente depois de muito tempo, consegui assistir a adaptação de Elia Kazan.
O delineamento do protagonista Monroe Stahr (Robert De Niro) foi construído com esmero, ficando bem próximo às características expressivas e temperamentais do personagem original: fleumático, introverso e autocentrado. Aliás, de todas as protagonizações embasadas nas obras de Fitzgerald, Robert De Niro foi o que vestiu melhor a designação construída pelo escritor.
No que se refere ao elenco, foi estranho ver a grandeza de Jeanne Moreau e os demais, encolhidos em papéis tão pouco expressivos. Mereciam mais espaço.
Mesmo com algumas arestas soltas, diálogos pausados e aquela sensação de algo inacabado, ainda sim, o conjunto da obra é agradável. Há momentos memoráveis, como a cena em que o magnata contorna o escritório, exemplificando como produzir um bom roteiro. Uma verdadeira aula de produção criativa.
Em suma, não é um trabalho aclamado. Porém, por possuir uma boa direção de arte, atores incríveis e nos revelar através da metalinguagem um pouco mais da Hollywood de 1930, já vale a conferida.
Bem... Se esquivando (não muito) do enredo cinematográfico, e olhando nossa atual conjuntura, temos: Uma mídia com interesses explícitos, medíocre e descomprometida com a democracia; Uma parte da população ávida por mudanças, buscando na assimilação de discurso e valores alguém que as lidere e represente; Ódio e intolerância entrando em combustão; Máquina do tempo que nos trouxe um protótipo mal feito do "Führer" e recentemente do Goebbels; Só está faltando o bigode.
Cinco estrelas por David Wnendt ter estruturado bem a tríade humor, crítica e política, trazendo boas reflexões sobre os desmandos do nosso tempo. E finalmente, pela atuação imponente e assustadora de Oliver Masucci. Fez toda diferença.
Fascinante e inesquecível! Tudo nesta obra parece ter sido construído e adaptado para marcar quem a contempla. A interpretação da prostração social diante de uma tragédia imposta, a constante caracterização do medo, tal como a capacidade de superação e luta pela sobrevivência foram evidenciadas com muito êxito tanto pelo diretor, quanto pelo corpo de atuação. Adrien Brody definitivamente nasceu para este papel. A cena e oitiva de Szpilman (sobrenome perfeito para um pianista) executando a ‘Ballade No.1’ de Chopin para o soldado, provoca um certo desalinho entre sensibilidade e pesar difícil de se definir. Em síntese, a história segue nos inteirando através da arte, que não há vencedores na guerra. Há sobreviventes e uma bagagem imensa de dores, rupturas e lições. Muitas delas.
A trama é cheia de recortes e abordagens rasas no que diz respeito à construção dos personagens (alguns deixaram uma lacuna irritante de curiosidade no ar, como Gabrielle e Aline). Mas se há algo de encantador e inesquecível nesta obra, é a luz natural sob os seios desnudos de Andrée e Madeleine ao posar para Renoir... Poesia pura.
O olhar gélido e desalmado de Erika Kohut é algo que pousa na memória por muito tempo. Aliás, o modo como Ruppert se lançou e entrelaçou à essência da personagem é algo descomunal. No tocante à temática da obra, penso o quão perigoso pode ser ignorar ou até mesmo brincar com a força dos nossos instintos primitivos. Em determinadas circunstâncias, nem mesmo as inúmeras formalidades presentes na nossa cartilha de civilidade, bem como o bom senso, conseguem detê-los. É um filme que merece ser revisto vez ou outra, simplesmente por pautar as mazelas humanas sem muita poesia ou didatismo. Apenas as expõe.
Diálogo de reencontro: -Como ele se chama? -Antônio. -Como eu? -Não! Como Santo Antônio. <3 A sintonia entre Mastroianni e Sophia estava maravilhosa! Faz refletir também, como a guerra de uma forma ou outra desconstrói e devasta a vida das pessoas. Uma obra prima!
Três coisas: Odete Lara estava um deslumbre de tão bela. Até hoje não consegui esquecer o barulho da criatura trancada no quartinho. Qualidade de filmagem e fotografia excelentes para a época.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraEthan Hawke e suas percepções quanto à ideia central da trilogia:
"O primeiro filme (Before Sunrise) é sobre o que poderia ser; o segundo (Before Sunset) é sobre o que deveria ter sido. E o último (Before Midnight) é como as coisas de fato são".
Sim.
E isso fica bem evidente aqui, na fala de Jesse:
- But if you want true love, then this is it.
This is real life. Its not perfect, but it's real.
A história de Jesse e Celine no transitar do tempo, possui tantas mensagens e citações significativas que fica bem difícil especificar as mais tocantes. Destaco porém, um ponto emblemático da obra que deveríamos não apenas levar em consideração, mas transformá-lo em um valor a ser vivenciado nas nossas relações: O prazer de estar, caminhar e conversar por horas com alguém, independentemente do encontro, reencontro e a possibilidade de permanência afetiva perdurar além desses momentos. Perceber, ouvir e se inteirar da existência do outro, sem tantas reservas. Como se fosse a última vez...
Moraria eternamente nos olhares, diálogos e cenários dos três filmes.
O Último Magnata
3.3 39 Assista AgoraQuando há uma forte identificação com o estilo de um escritor, nosso interesse é desperto a imergir ainda mais não só em suas produções primárias, mas também em seus seguimentos pós literários, sejam eles por intermédio de peças ou representações nas telas. Conheci "O Último Magnata" de Scott Fitzgerald a principio pelo livro. Somente depois de muito tempo, consegui assistir a adaptação de Elia Kazan.
O delineamento do protagonista Monroe Stahr (Robert De Niro) foi construído com esmero, ficando bem próximo às características expressivas e temperamentais do personagem original: fleumático, introverso e autocentrado. Aliás, de todas as protagonizações embasadas nas obras de Fitzgerald, Robert De Niro foi o que vestiu melhor a designação construída pelo escritor.
No que se refere ao elenco, foi estranho ver a grandeza de Jeanne Moreau e os demais, encolhidos em papéis tão pouco expressivos. Mereciam mais espaço.
Mesmo com algumas arestas soltas, diálogos pausados e aquela sensação de algo inacabado, ainda sim, o conjunto da obra é agradável. Há momentos memoráveis, como a cena em que o magnata contorna o escritório, exemplificando como produzir um bom roteiro. Uma verdadeira aula de produção criativa.
Em suma, não é um trabalho aclamado. Porém, por possuir uma boa direção de arte, atores incríveis e nos revelar através da metalinguagem um pouco mais da Hollywood de 1930, já vale a conferida.
Ele Está de Volta
3.8 680Bem... Se esquivando (não muito) do enredo cinematográfico, e olhando nossa atual conjuntura, temos:
Uma mídia com interesses explícitos, medíocre e descomprometida com a democracia;
Uma parte da população ávida por mudanças, buscando na assimilação de discurso e valores alguém que as lidere e represente;
Ódio e intolerância entrando em combustão;
Máquina do tempo que nos trouxe um protótipo mal feito do "Führer" e recentemente do Goebbels;
Só está faltando o bigode.
Cinco estrelas por David Wnendt ter estruturado bem a tríade humor, crítica e política, trazendo boas reflexões sobre os desmandos do nosso tempo. E finalmente, pela atuação imponente e assustadora de Oliver Masucci. Fez toda diferença.
O Pianista
4.4 1,8K Assista AgoraFascinante e inesquecível!
Tudo nesta obra parece ter sido construído e adaptado para marcar quem a contempla. A interpretação da prostração social diante de uma tragédia imposta, a constante caracterização do medo, tal como a capacidade de superação e luta pela sobrevivência foram evidenciadas com muito êxito tanto pelo diretor, quanto pelo corpo de atuação. Adrien Brody definitivamente nasceu para este papel. A cena e oitiva de Szpilman (sobrenome perfeito para um pianista) executando a ‘Ballade No.1’ de Chopin para o soldado, provoca um certo desalinho entre sensibilidade e pesar difícil de se definir.
Em síntese, a história segue nos inteirando através da arte, que não há vencedores na guerra. Há sobreviventes e uma bagagem imensa de dores, rupturas e lições. Muitas delas.
Renoir
3.5 208 Assista AgoraA trama é cheia de recortes e abordagens rasas no que diz respeito à construção dos personagens (alguns deixaram uma lacuna irritante de curiosidade no ar, como Gabrielle e Aline). Mas se há algo de encantador e inesquecível nesta obra, é a luz natural sob os seios desnudos de Andrée e Madeleine ao posar para Renoir... Poesia pura.
A Professora de Piano
4.0 684 Assista AgoraO olhar gélido e desalmado de Erika Kohut é algo que pousa na memória por muito tempo. Aliás, o modo como Ruppert se lançou e entrelaçou à essência da personagem é algo descomunal. No tocante à temática da obra, penso o quão perigoso pode ser ignorar ou até mesmo brincar com a força dos nossos instintos primitivos. Em determinadas circunstâncias, nem mesmo as inúmeras formalidades presentes na nossa cartilha de civilidade, bem como o bom senso, conseguem detê-los.
É um filme que merece ser revisto vez ou outra, simplesmente por pautar as mazelas humanas sem muita poesia ou didatismo. Apenas as expõe.
O Assassino
3.6 7Homem que é homem apara as imperfeições do cabelo na chama da vela, assim como Nello Poletti, de Mastroianni.
Os Girassóis da Rússia
4.1 106Diálogo de reencontro:
-Como ele se chama?
-Antônio.
-Como eu?
-Não! Como Santo Antônio.
<3
A sintonia entre Mastroianni e Sophia estava maravilhosa! Faz refletir também, como a guerra de uma forma ou outra desconstrói e devasta a vida das pessoas. Uma obra prima!
O Princípio do Prazer
3.0 14Três coisas:
Odete Lara estava um deslumbre de tão bela.
Até hoje não consegui esquecer o barulho da criatura trancada no quartinho.
Qualidade de filmagem e fotografia excelentes para a época.
Nina Simone: The Legend
4.2 18"I've got life,
I've got my freedom
I've got the life".
O Marido da Cabeleireira
3.8 29Me lembrou as putarias chiques de Nelson Rodrigues.
Caminhando com Dinossauros
2.7 1593 estrelas pelos efeitos visuais.
Ata-me!
3.7 549Attache-moi ! *---*
Dirty Dancing: Ritmo Quente
3.8 1,5K Assista AgoraBaby :"I carried a watermelon"
Sete Psicopatas e um Shih Tzu
3.4 600Os diálogos lembram muito os roteiros do Quentin Tarantino.
Yentl
3.8 86 Assista Agora"O sorriso de Mona Lisa" com a Julia Roberts, possui o mesmo enredo e assunto que YENTL. São bem semelhantes. Gostei!
A Coisa
2.9 370Está mais pra tosco e divertido, do que pra terror!
Rs... Salve a sessão das dez no SBT...
Os Infiltrados
4.2 1,7K Assista AgoraE o oscar, vai para Jack Nicholson!
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraLivro e filme, ambos excelentes!
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
4.3 5,0K Assista AgoraFotografia linda!
Casa de Areia e Névoa
3.9 312Ótimas atuações! Desfecho surpreendente. Vale a pena assistir!
O Corujão e a Gatinha
3.4 14 Assista AgoraA Barbra estava linda neste filme!
As Filhas de Marvin
3.5 126 Assista AgoraAssistível. Meryl Streep, nunca decepciona.