Atualmente em cartaz no Caixa Belas Artes em São Paulo onde sobrevive para sua quarta semana de exibição. Um marco de renascimento da carreira comercial do polo de produção da Boca do Lixo. Renascimento comercial apenas, pois a produção em si nunca chegou a acabar na Boca, a maior parte dos diretores que co-assinam esse longa (bem como dos saudosos nomes ao qual o mesmo é dedicado) manteve-se produtiva nessas quase três décadas de divórcio entre os frutos da Boca e seu espaço no mercado. Assistir Memórias da Boca no circuito, filme produzido na raça e coragem sem verba e sem certeza de retorno da mesma forma como foi toda a produção da Boca do Lixo, é um lírico momento de realização cinéfila.
Espetacular relato da trajetória do cinema popular turco e suas iguarias cult favorites para cinefilos doentes (versões do Exorcista, de Star Wars e de heróis dos quadrinhos). É impressionante o número de similaridades entre esse movimento e a nossa Boca do Lixo: a inventividade para driblar o baixo orçamento, a imensa bilheteria entre as classes populares, os impasses com os censores, a rendição ao sexo explícito e até os anos de ascensão e queda das produções coincidem. O fenômeno do cinema xploitation foi um zeitgeist global e infelizmente está repleto dessas filmografias perdidas.
Caotica tranqueira do cinema independente espanhol. Jesus Franco está impagável como o mestre Miyagi. Foi exibida em São Paulo no CCSP em 2008 em uma fantástica mostra de Cinema Fantástico.
Quando um diretor de fora dos EUA vai pra Hollywood fica a curiosidade de ver como ele se adaptará ou não ao cinema industrial americano. Mas nunca na vida imaginei que eu veria esse cinema hollywoodiano tentando se adaptar à nossa estética de filmes de favela. Muito estranho ver atores amadores em diálogos naturais com jeitão de improviso e naturalidade como se faz por aqui ao mesmo tempo em que o mesmo diálogo serve milimetricamente em função do roteiro como se prega por lá. Ou os longos momentos dramáticos em slow motion com aquela trilha forçada, dessa vez feitos aqui com o Wagner Moura e Selton Mello. Gostei da experiência, bom objeto de estudo ;)
Filmes de vingança sempre acabam caindo numa mesmice, de modo que quando um diretor consegue trazer uma visão diferenficiada e original ao gênero é um mérito digno de nota. Agora contar SEIS histórias de vingança sem cair na mesmice entre elas? Esse cara é um gênio, nada menos que isso.
As salas de cinema também servem como campo de guerra, ao menos no campo ideológico. A Alemanha produziu seus filmes de propaganda nazista e Hollywood obviamente não iria deixar barato e nos presenteou com obras como essa: filmes rasos, didáticos e panfletários para instruir o público sobre o front e sobre o nazismo. Aqui temos um roteiro ambientado em solo alemão, em uma tradicional escola nazista vizinha de frente à um colégio americano para nos deixar bem clara a diferença entre a rigidez e formalidade do reich perante a liberalidade yankee. E um romance água-com-açúcar-Romeu-e-Julieta-Malhação divide tempo de tela com toda a sorte de situações que nos alertam sobre cada alvo dessa ditadura que possa chocar o público: na sociedade, nas crianças, na igreja... Boa produção de 1943.
Bela Lugosi nos mostra todas as suas facetas como um cientista que se revolta e resolve matar geral depois de receber a gota d'água de sua vida: uma gratificação de cinco mil dólares. Isso o faz lembrar que suas invenções enriqueceram demais seus empregadores. E a melhor forma de se vingar é criando morcegos assassinos atraídos pela fragrância de seu novo invento. Moral da história: Nunca aceite loção pós-barba de um Hungaro.
Tentativa do estúdio PRC de repetir o sucesso que teve com "The Devil Bat" (O Morcego Diabólico). É basicamente o mesmo roteiro, trocando o morcego pela serpente alada, a loção pós barba pelas penas da criatura e Bela Lugosi por George Zucco. Não é um bom filme mas é um belo exemplar para analise dos filmes da "Poverty Row" de Hollywood, e da indústria do cinema enquanto linha de produção.
Excelente produção, com roteiro bem ousado para os anos 60. Filme favorito de Joe Dante baseado no mesmo serial killer que inspirou o "assassinos por natureza" e é a estreia do seu diretor de fotografia, Vilmos Zsigmond, ativo até hoje e que já trabalhou com Altman, Spiberg, de Palma e Allen. Ainda assim é um filme altamente obscuro e muito pouco lembrado, mesmo na época do lançamento, provavelmente por conta da atuação de Arch Hall Jr como protagonista, que baixou a média do filme. Poucas vezes um casting foi tão lamentável.
É citado em diversas listas como um dos piores filmes de todos os tempos. Tem um dos roteiros mais ousados e nonsense da história do cinema: um homem das cavernas de dois metros de altura (Richard Kiel, o Jaws dos filmes do James Bond) se apaixona por uma garota e a sequestra em uma bizarra releitura de King Kong, com a diferença que o casal conta o tempo todo com a presença do pai dela (!) o que gera situações e dinâmicas bem implausiveis entre os três personagens. Minha maior dúvida é se o humor do filme é involuntário ou se a intenção era realizar uma alucinógena comédia romântica...
Como Filme B - 5 estrelas Como adaptação de um dos maiores clássicos das HQs - 1 estrela Como coleção de transições de cenas descoladas - 3 estrelas Como cena de Tokusatsu filmada por um cineasta americano - 1.000 estrelas
É a primeira sequência do Massacre que não se limita a tentar reproduzir o original e tenta trazer elementos novos para sua mitologia. Só não gostei de ficarem escondendo o ano dos acontecimentos do primeiro filme (pois aí a mocinha do filme teria de ter 40 anos). Eles poderiam ter assumido que mudaram o ano ou não mostrar nenhuma referência ao invés de ficar tampando o ano o tempo inteiro com arbustos e riscos de caneta.
Uma verdadeira iguaria garimpada na fase britânica do diretor. Hitchcock enfrentava frequentemente "censuras" e restrições dos produtores à época. Sete anos antes fora obrigado a inserir um forçado e esfarrapado "happy ending" em "Chantagem e Confissão". Aqui, em um roteiro com climax similar, o gênio nos mostra sua obsessão em refinar seu estilo a cada novo filme com os preciosos dez minutos finais dessa obra. Conclusão inclusive que deve constar no inconsciente de Tarantino no momento em que escrevia o climax de Bastardos Inglórios. Hitchcock clássico!
Faz parte da linha do tempo do Kill Bill, pois é deste filme que vem o personagem Pai Mei, interpretado pelo já falecido Lo Lieh. Na obra de Tarantino Pai Mei foi feito por Gordon Liu, que também está nesse filme no papel de mocinho e tem sua principal luta contra Pai Mei!
Memórias da Boca
3.3 6Atualmente em cartaz no Caixa Belas Artes em São Paulo onde sobrevive para sua quarta semana de exibição. Um marco de renascimento da carreira comercial do polo de produção da Boca do Lixo. Renascimento comercial apenas, pois a produção em si nunca chegou a acabar na Boca, a maior parte dos diretores que co-assinam esse longa (bem como dos saudosos nomes ao qual o mesmo é dedicado) manteve-se produtiva nessas quase três décadas de divórcio entre os frutos da Boca e seu espaço no mercado. Assistir Memórias da Boca no circuito, filme produzido na raça e coragem sem verba e sem certeza de retorno da mesma forma como foi toda a produção da Boca do Lixo, é um lírico momento de realização cinéfila.
Remake Remix Rip-off
4.3 3Espetacular relato da trajetória do cinema popular turco e suas iguarias cult favorites para cinefilos doentes (versões do Exorcista, de Star Wars e de heróis dos quadrinhos). É impressionante o número de similaridades entre esse movimento e a nossa Boca do Lixo: a inventividade para driblar o baixo orçamento, a imensa bilheteria entre as classes populares, os impasses com os censores, a rendição ao sexo explícito e até os anos de ascensão e queda das produções coincidem. O fenômeno do cinema xploitation foi um zeitgeist global e infelizmente está repleto dessas filmografias perdidas.
Kárate a Muerte en Torremolinos
4.5 1Caotica tranqueira do cinema independente espanhol. Jesus Franco está impagável como o mestre Miyagi. Foi exibida em São Paulo no CCSP em 2008 em uma fantástica mostra de Cinema Fantástico.
Bata Antes de Entrar
2.3 991 Assista AgoraFunny Games + Hard Candy
A Mulher do Fazendeiro
2.9 27Hitchcock como precursor das chanchadas.
Trash: A Esperança Vem do Lixo
3.7 556 Assista AgoraQuando um diretor de fora dos EUA vai pra Hollywood fica a curiosidade de ver como ele se adaptará ou não ao cinema industrial americano. Mas nunca na vida imaginei que eu veria esse cinema hollywoodiano tentando se adaptar à nossa estética de filmes de favela. Muito estranho ver atores amadores em diálogos naturais com jeitão de improviso e naturalidade como se faz por aqui ao mesmo tempo em que o mesmo diálogo serve milimetricamente em função do roteiro como se prega por lá. Ou os longos momentos dramáticos em slow motion com aquela trilha forçada, dessa vez feitos aqui com o Wagner Moura e Selton Mello. Gostei da experiência, bom objeto de estudo ;)
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraFilmes de vingança sempre acabam caindo numa mesmice, de modo que quando um diretor consegue trazer uma visão diferenficiada e original ao gênero é um mérito digno de nota. Agora contar SEIS histórias de vingança sem cair na mesmice entre elas? Esse cara é um gênio, nada menos que isso.
Cantinflas - A Magia da Comédia
3.3 17 Assista AgoraDepois de ver tantas cinebiografias feitas pela Globo Filmes é legal ver uma pela Televisa Filmes...
Os Filhos de Hitler
3.5 2As salas de cinema também servem como campo de guerra, ao menos no campo ideológico. A Alemanha produziu seus filmes de propaganda nazista e Hollywood obviamente não iria deixar barato e nos presenteou com obras como essa: filmes rasos, didáticos e panfletários para instruir o público sobre o front e sobre o nazismo.
Aqui temos um roteiro ambientado em solo alemão, em uma tradicional escola nazista vizinha de frente à um colégio americano para nos deixar bem clara a diferença entre a rigidez e formalidade do reich perante a liberalidade yankee. E um romance água-com-açúcar-Romeu-e-Julieta-Malhação divide tempo de tela com toda a sorte de situações que nos alertam sobre cada alvo dessa ditadura que possa chocar o público: na sociedade, nas crianças, na igreja... Boa produção de 1943.
O Morcego Diabólico
3.2 15 Assista AgoraBela Lugosi nos mostra todas as suas facetas como um cientista que se revolta e resolve matar geral depois de receber a gota d'água de sua vida: uma gratificação de cinco mil dólares. Isso o faz lembrar que suas invenções enriqueceram demais seus empregadores.
E a melhor forma de se vingar é criando morcegos assassinos atraídos pela fragrância de seu novo invento. Moral da história: Nunca aceite loção pós-barba de um Hungaro.
A Serpente Alada
1.2 1 Assista AgoraTentativa do estúdio PRC de repetir o sucesso que teve com "The Devil Bat" (O Morcego Diabólico). É basicamente o mesmo roteiro, trocando o morcego pela serpente alada, a loção pós barba pelas penas da criatura e Bela Lugosi por George Zucco. Não é um bom filme mas é um belo exemplar para analise dos filmes da "Poverty Row" de Hollywood, e da indústria do cinema enquanto linha de produção.
Tara Diabólica
3.6 4 Assista AgoraExcelente produção, com roteiro bem ousado para os anos 60. Filme favorito de Joe Dante baseado no mesmo serial killer que inspirou o "assassinos por natureza" e é a estreia do seu diretor de fotografia, Vilmos Zsigmond, ativo até hoje e que já trabalhou com Altman, Spiberg, de Palma e Allen. Ainda assim é um filme altamente obscuro e muito pouco lembrado, mesmo na época do lançamento, provavelmente por conta da atuação de Arch Hall Jr como protagonista, que baixou a média do filme. Poucas vezes um casting foi tão lamentável.
Eegah
2.4 6 Assista AgoraÉ citado em diversas listas como um dos piores filmes de todos os tempos. Tem um dos roteiros mais ousados e nonsense da história do cinema: um homem das cavernas de dois metros de altura (Richard Kiel, o Jaws dos filmes do James Bond) se apaixona por uma garota e a sequestra em uma bizarra releitura de King Kong, com a diferença que o casal conta o tempo todo com a presença do pai dela (!) o que gera situações e dinâmicas bem implausiveis entre os três personagens. Minha maior dúvida é se o humor do filme é involuntário ou se a intenção era realizar uma alucinógena comédia romântica...
Memórias da Boca
3.3 6Tem tudo pra ser épico!
Kung-Fu Futebol Clube
3.5 230 Assista AgoraVi esse filme em vhs com legendas de fansubber!!! Bons tempos :]
The Spirit: O Filme
2.5 496 Assista AgoraTá mais pra "Armação ilimitada" do que pra Spirit...
O Monstro Sanguinário
3.0 11Jack Arnold descobriu os efeitos mutacionais dos raios gama 3 anos antes de Stan Lee...
O Monstro do Pântano
2.4 60 Assista AgoraComo Filme B - 5 estrelas
Como adaptação de um dos maiores clássicos das HQs - 1 estrela
Como coleção de transições de cenas descoladas - 3 estrelas
Como cena de Tokusatsu filmada por um cineasta americano - 1.000 estrelas
O Massacre da Serra Elétrica 3D: A Lenda Continua
2.5 1,5K Assista AgoraÉ a primeira sequência do Massacre que não se limita a tentar reproduzir o original e tenta trazer elementos novos para sua mitologia. Só não gostei de ficarem escondendo o ano dos acontecimentos do primeiro filme (pois aí a mocinha do filme teria de ter 40 anos). Eles poderiam ter assumido que mudaram o ano ou não mostrar nenhuma referência ao invés de ficar tampando o ano o tempo inteiro com arbustos e riscos de caneta.
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraEnvelhecendo com classe!
A Viagem
3.7 2,5K Assista AgoraMatrix Origens: Agente Smith
Sabotagem
3.7 73 Assista AgoraUma verdadeira iguaria garimpada na fase britânica do diretor. Hitchcock enfrentava frequentemente "censuras" e restrições dos produtores à época. Sete anos antes fora obrigado a inserir um forçado e esfarrapado "happy ending" em "Chantagem e Confissão". Aqui, em um roteiro com climax similar, o gênio nos mostra sua obsessão em refinar seu estilo a cada novo filme com os preciosos dez minutos finais dessa obra. Conclusão inclusive que deve constar no inconsciente de Tarantino no momento em que escrevia o climax de Bastardos Inglórios. Hitchcock clássico!
O Clã do Lotus Branco
3.7 13 Assista AgoraFaz parte da linha do tempo do Kill Bill, pois é deste filme que vem o personagem Pai Mei, interpretado pelo já falecido Lo Lieh. Na obra de Tarantino Pai Mei foi feito por Gordon Liu, que também está nesse filme no papel de mocinho e tem sua principal luta contra Pai Mei!
Rota Comando
1.8 94Após muita reflexão sobre essa obra cheguei à seguinte conclusão:
Não é um filme, aliás, é um filme, mas só é um filme porque eu assisti...