Gostei do filme, me senti entretida e envolvida com a história apesar das brechas que ficam. Me agrada filmes que expõe os dois lados das relações e que ninguém é 100% bom ou ruim.
Eu me diverti bastante, mas definitavemente não é um filme que todo mundo vai gostar. Tem algumas cenas "chocantes" que algumas pessoas podem achar desnecessárias, mas acho que só ajudam a entender a mente daquelas pessoas.
Tem filme que emociona a gente em cenas específicas, mas esse filme conseguiu me deixar tão envolvida que eu me emocionei em vários pequenos detalhes. Refleti muito sobre a diferença de opinião entres os pais mais bem de vida financeiramente, pois se de um lado ele pouco vivia com o filho, a mãe estava sempre com ele, e ai está a diferença. Ambos podem ser pais, mas a qualidade desse laço é o dia a dia que constrói.
Uma coisa em especial me deixou bem pensativa, pois o pai ao encontrar o seu próprio pai, a quem ele tanto despreza e tenta ser diferente, toma pra ele a opinião daquele homem. Estamos eternamente marcados pelos laços que construímos na infância, por mais que lutemos contra eles.
O laço de sangue é algo cultural, pode determinar a genética, mas emocionalmente falando eu concordo com o filme ao deixar claro que é o tempo que passamos juntos que determina tudo e por isso a importância da qualidade dele.
Eu não sou muito fã de filmes de terror, mas achei a premissa desse interessante e não me decepcionei, a história é boa e o susto não é tão grande, como eu gosto.
Engraçado parece que tenho uma breve lembrança desse filme na locadora quando eu era criança, é definitivamente um filme que eu não dava nada e me supreendeu positivamente demais. Ótimo humor, ótimo roteiro, ótimas atuações. Muitas reflexões sobre a fuga da vida real, como a vida do outro parece ser sempre melhor enquanto cada um luta com seus anjos e demônios. Como é a insaciável a busca por algo que ainda não sabemos o que é... Até que um dia se descobre e o restante começa a fazer mais sentido.
Que grata surpresa ter encontrado este filme. Tanto pelo entretenimento, apesar de todas as sensações horríveis que me provocou, fiquei vidrada a cada acontecimento. Mas também por esse movimento chamado Dogma 95 o qual eu não conhecia e achei incrível. Vale a pena assistir, nunca fiquei tão satisfeita depois de ter sentido tanta raiva.
Quando o pai aparece é que tenho quase certeza que estão todos mortos, mas ainda assim, fiquei em dúvida e só no final mesmo que consegui ter a certeza.
É um filme de fato muito bem feito, o ponto de vista que ele traz é muito interessante de se pensar.
Consegui demorar tanto para assistir esse filme e não ter nenhum spoiler. Então a experiência foi tão maravilhosa quanto possível. O suspense esteve presente em todos os momentos,
Depois de tanto ouvir sobre o filme chegou finalmente meu momento de assistir, já um pouco distante do hype inicial e ao mesmo depois depois de ter ouvido muitas opiniões a gente já não sabe mais o que esperar. O que eu posso dizer é que o filme é incrível. Como um criança que viveu o final da década de 90 e os anos 2000 e brincou MUITO de Barbie, esse filme é um presente. Os detalhes e as coisas que eu já não me lembrava mais me tocaram em um lugar bem adormecido. Deu realmente vontade de voltar a ser criança e simplesmente brincar. Lembrei de quantas horas passei sozinha com minhas bonecas criando o que imaginava. Os brinquedos realmente nunca são só brinquedos e acho que isso reflete a mensagem que o filme quer passar. Ao mesmo tempo que a Barbie não pode se tornar um padrão a ser alcançado, não deixa de poder ser uma influência e boa companhia para quem quer queira brincar com elas. No começo já me veio a primeira reflexão, de como até a Barbie surgir as meninas nunca se viam nos brinquedos, só brincavam com as 'obrigações", cozinhar, cuidar das crianças e da casa. Ter uma boneca que poderia fazer as coisas que você gostaria de fazer é incrível! No mais, me diverti muito. O filme é leve, divertido e cheio de referências, sem deixar de ser reflexivo. O final foi muito emocionante e a homenagem a Ruth foi impecável. Senti vontade de abraçar a minha mãe.
Meu primeiro contato com a história de Oppenheimer, então fui ao cinema sem grande expectativa e me surpreendi. Uma história cheia de nuances e que foi muito bem apresentada, foram 3 horas que passaram sem eu ver. Robert Downey Jr estava quase irreconhecível, se transformou mesmo. Um filme para se refletir o tempo todo.
Meu Deus, chorei tanto. A letra da música, a mensagem, a história, tudo.
Eu acredito muito que nunca morremos enquanto somos lembrados e faço de tudo pra exercitar a memória de quem se foi, é a melhor coisa que podemos fazer, contar e recontar histórias.
Um dia todos seremos fotos e histórias, que sejamos sempre lembrados.
Filme lindo e sensível. Muito doido pensar que em todos os países existem crianças passando pelos mesmos traumas e mesmo assim cada experiência é única ao mesmo tempo. A violência na vida das crianças é algo que me toca muito, tive um pai alcoolatra e violento, mas a família da minha mãe sempre foi muito presente e amorosa, então sinto que tive "sorte", mesmo que ainda sofra as consequências do que vivi na infância. É um período difícil e foi muito bem retratado nessa história, impossível não se apegar a cada um.
Que filme lindo! A primeira vista a sinopse já me encantou demasiadamente porque tenho uma relação de muito carinho pela minha mãe e pensar nela pequena já é uma ideia que por si só me emociona. Então, as expectativas para o filme eram altas e sai completamente atendida. O filme está repleto de detalhes que encantam quando percebidos e diálogos tão sensíveis. Que bom seria se todos pudéssemos nos conectar com as crianças que nossas mães foram, talvez seríamos mais compreensivos, ou pelo menos algumas coisas fariam mais sentido. O tchau no final deu o tom do filme, uma história de reencontros e despedidas.
É impossível assistir ao documentário “Lixo Extraordinário” sem sentir que vivemos em uma bolha. A realidade dos catadores do Aterro de Gramacho é muito bem representada no vídeo e nos tornamos sensíveis a cada dificuldade. Em um sentido humanitário refletimos sobre a existência humana dentro do capitalismo. Como as legislações de segurança do trabalho são inexistentes em alguns ambientes e na quantidade de danos, físicos e psicológicos, aos quais os trabalhadores se expõem para sobreviver. Enfatizo o verbo sobreviver pois ali não se trata de fato sobre exercer uma função ou ganhar a vida, é a última opção para aquelas pessoas ou pelo menos a última antes da perda total da dignidade. Nesse sentido, já somos intensamente afetados pela existência daquelas pessoas e questionamentos rondam nossas cabeças sobre como é possível que situações como aquelas sejam normalizadas. Escondidas, mas normalizadas. Porém o documentário não trata apenas disso, como seu próprio nome diz, trata de lixo, o que depois entendemos ser mais do que isso e por isso extraordinário. Ainda assim, materialmente falando se consiste em restos do que um diga foi útil a alguém. Entendemos ali que uma mesma coisa ganha valor à alguém à medida que perde valor à outra ao ponto de ser descartado. Uma fala do filme me chamou muita atenção, sobre como o trabalho dos catadores ajudava a aumentar a vida útil do aterro. Isso porque a reciclagem ajuda o meio-ambiente na medida em que diminui a sobrecarga dos resíduos que, apesar de muitos acharem que sim, não desaparece quando descartado. E aquelas pessoas, tão simples, tão necessitadas, sobrevivem enquanto melhoram o ambiente para aqueles que não se preocupam mesmo com todas as condições. Poderia falar por muito tempo sobre tudo o que esse documentário causou de reflexão, sobre como o lixo fala sobre as pessoas, sobre as rendas. Ainda penso na forma como aquelas pessoas se alimentavam dos restos dos lixos dos outros, no bebê descartado em meio à papel e plástico. A sensação que fica é que ali a vida e o meio ambiente tem pouco valor por se tratar de restos, de materiais e pessoas, apesar de todo o valor que ainda há em cada um destes.
Um filme engraçado e reflexivo de uma forma incrível. Ele te explica tudo, mas ao mesmo tempo exige que você esteja atento aos detalhes e se você estiver disposto tudo se torna uma grande aventura. As reflexões que a Evelyn tira durante o filme me levam muito ao lugar da terapia, onde conversamos sobre coisas que parecem que não tem conexão nenhuma mas tem. Onde descobrimos de onde surgem nossos maiores medos e aprendemos a lidar com eles. É sem dúvidas um filme sobre relações familiares. Uma filha que tenta agradar o pai e cria uma filha que quer agradar a mãe. Relacionamento afetivo que fica esquecido em meio a rotina, apesar de ser justamente o que nos mantém firme na rotina. Evelyn não é muito diferente do que nós somos, e infelizmente não teremos a mesma oportunidade que ela teve de ser tudo em todo lugar ao mesmo tempo mas ainda podemos trabalhar em nos conhecer melhor de outras formas e quem sabe também descobrir o verdadeiro valor de nossas vidas.
Um filme de sutilezas, tal qual a vida nos é na maior parte do tempo. Para chamar e prender nossa atenção a maioria dos filmes gasta mais tempo nos eventos dramáticos da vida, aqueles em que tudo é exposto e óbvio, enquanto as sutilezas são jogadas tais como elementos que servem apenas para dar enredo ao drama final. Aftersun é justamente o contrário disso. O foco está nas sutilezas, os flashes do futuro alimentam nossa percepção sobre elas e não o contrário. As marcas na vida dela são pequenos momentos em que você vê o seu pai desmoronando silenciosamente de forma imperceptivel a sua compreensão ainda preocupada em crescer e ser cuidada por ele. Ela vai passar a vida toda pensando nos sinais, como se ela pudesse mudar o destino final. Mas ela era só uma criança e ele preferia não pensar nela assim para que isso não pesasse ainda mais pra ele, por isso talvez a tratava de uma forma tão independente. Ele não queria se sentir responsável por ela, para que ele pudesse enfim parar de sentir. Filme triste e difícil, a cena final é angustiante. Como é difícil ser uma filha que acha que precisa salvar seus pais.
Eu simplesmente ADOREI o filme. Foi divertido de uma forma bem ineseperada e teve a tensão necessária à história. Fui assistir livre de expectativas e foi muito bom, além de ter uma duração curta, é tudo bem fechadinho. Realmente estou supresa pelas más avaliações ao filme, parece que as pessoas não entenderam muito bem a proposta.
Gostei como o filme retratou de forma dinâmica a história de Marx. É a história da história. Qualquer um que estude sobre a obra marxista se pega pensando em como alguém conseguiu construir algo tão significativo e atemporal. E o filme nos dá esse contexto de uma forma bem fechadinha.
Um filme sensível e cheio de pequenas reflexões. Me emocionei diversas vezes enquanto em vários momentos me revoltava com a burocracia que não atende a urgência das necessidades das pessoas. Por que nos acostumamos com a fome e desamparo das pessoas? Sem dúvidas somos mais fortes quando nos unimos pelos propósitos do próximo.
Zodíaco
3.7 1,3K Assista AgoraMe prendeu, ainda mais por pensar que é baseado em fatos reais.
Peguei ranço do Robert, porém, necessário rs
Anatomia de uma Queda
4.0 789 Assista AgoraGostei do filme, me senti entretida e envolvida com a história apesar das brechas que ficam. Me agrada filmes que expõe os dois lados das relações e que ninguém é 100% bom ou ruim.
A Fuga das Galinhas
3.4 716 Assista AgoraAnimação curta, divertida e com mensagem. Bem atual pensando que já tem quase 30 anos, vale a pena ver e rever.
Estômago
4.2 1,6K Assista AgoraQue filme bom de assistir!
Saltburn
3.5 848Eu me diverti bastante, mas definitavemente não é um filme que todo mundo vai gostar. Tem algumas cenas "chocantes" que algumas pessoas podem achar desnecessárias, mas acho que só ajudam a entender a mente daquelas pessoas.
Pais e Filhos
4.3 212 Assista AgoraTem filme que emociona a gente em cenas específicas, mas esse filme conseguiu me deixar tão envolvida que eu me emocionei em vários pequenos detalhes.
Refleti muito sobre a diferença de opinião entres os pais mais bem de vida financeiramente, pois se de um lado ele pouco vivia com o filho, a mãe estava sempre com ele, e ai está a diferença. Ambos podem ser pais, mas a qualidade desse laço é o dia a dia que constrói.
Uma coisa em especial me deixou bem pensativa, pois o pai ao encontrar o seu próprio pai, a quem ele tanto despreza e tenta ser diferente, toma pra ele a opinião daquele homem. Estamos eternamente marcados pelos laços que construímos na infância, por mais que lutemos contra eles.
O laço de sangue é algo cultural, pode determinar a genética, mas emocionalmente falando eu concordo com o filme ao deixar claro que é o tempo que passamos juntos que determina tudo e por isso a importância da qualidade dele.
É tudo sobre o tempo.
Artista do Desastre
3.8 554 Assista AgoraFilme gostoso de assistir, divertido e com uma história surreal. O James Franco ficou quase irreconhecível e a cara do Tommy mesmo.
Fale Comigo
3.6 961 Assista AgoraEu não sou muito fã de filmes de terror, mas achei a premissa desse interessante e não me decepcionei, a história é boa e o susto não é tão grande, como eu gosto.
Quero Ser John Malkovich
4.0 1,4K Assista AgoraEngraçado parece que tenho uma breve lembrança desse filme na locadora quando eu era criança, é definitivamente um filme que eu não dava nada e me supreendeu positivamente demais.
Ótimo humor, ótimo roteiro, ótimas atuações.
Muitas reflexões sobre a fuga da vida real, como a vida do outro parece ser sempre melhor enquanto cada um luta com seus anjos e demônios. Como é a insaciável a busca por algo que ainda não sabemos o que é... Até que um dia se descobre e o restante começa a fazer mais sentido.
Festa de Família
4.2 396 Assista AgoraQue grata surpresa ter encontrado este filme.
Tanto pelo entretenimento, apesar de todas as sensações horríveis que me provocou, fiquei vidrada a cada acontecimento. Mas também por esse movimento chamado Dogma 95 o qual eu não conhecia e achei incrível.
Vale a pena assistir, nunca fiquei tão satisfeita depois de ter sentido tanta raiva.
Os Outros
4.1 2,5K Assista AgoraDemorei muito para assistir, pois não sou uma fã de terror. Me surpreendi pois mesmo pra mim não foi aterrorizamente, mas sim, um suspense.
Quando o pai aparece é que tenho quase certeza que estão todos mortos, mas ainda assim, fiquei em dúvida e só no final mesmo que consegui ter a certeza.
É um filme de fato muito bem feito, o ponto de vista que ele traz é muito interessante de se pensar.
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraConsegui demorar tanto para assistir esse filme e não ter nenhum spoiler. Então a experiência foi tão maravilhosa quanto possível. O suspense esteve presente em todos os momentos,
principalmente na parte final, onde a polícia vai para a casa errada.
História e atuções impecáveis.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraDepois de tanto ouvir sobre o filme chegou finalmente meu momento de assistir, já um pouco distante do hype inicial e ao mesmo depois depois de ter ouvido muitas opiniões a gente já não sabe mais o que esperar.
O que eu posso dizer é que o filme é incrível. Como um criança que viveu o final da década de 90 e os anos 2000 e brincou MUITO de Barbie, esse filme é um presente.
Os detalhes e as coisas que eu já não me lembrava mais me tocaram em um lugar bem adormecido. Deu realmente vontade de voltar a ser criança e simplesmente brincar. Lembrei de quantas horas passei sozinha com minhas bonecas criando o que imaginava. Os brinquedos realmente nunca são só brinquedos e acho que isso reflete a mensagem que o filme quer passar.
Ao mesmo tempo que a Barbie não pode se tornar um padrão a ser alcançado, não deixa de poder ser uma influência e boa companhia para quem quer queira brincar com elas.
No começo já me veio a primeira reflexão, de como até a Barbie surgir as meninas nunca se viam nos brinquedos, só brincavam com as 'obrigações", cozinhar, cuidar das crianças e da casa. Ter uma boneca que poderia fazer as coisas que você gostaria de fazer é incrível!
No mais, me diverti muito. O filme é leve, divertido e cheio de referências, sem deixar de ser reflexivo. O final foi muito emocionante e a homenagem a Ruth foi impecável. Senti vontade de abraçar a minha mãe.
Oppenheimer
4.0 1,1KMeu primeiro contato com a história de Oppenheimer, então fui ao cinema sem grande expectativa e me surpreendi. Uma história cheia de nuances e que foi muito bem apresentada, foram 3 horas que passaram sem eu ver.
Robert Downey Jr estava quase irreconhecível, se transformou mesmo.
Um filme para se refletir o tempo todo.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraQue filme lindo!
Meu Deus, chorei tanto. A letra da música, a mensagem, a história, tudo.
Eu acredito muito que nunca morremos enquanto somos lembrados e faço de tudo pra exercitar a memória de quem se foi, é a melhor coisa que podemos fazer, contar e recontar histórias.
Um dia todos seremos fotos e histórias, que sejamos sempre lembrados.
Minha Vida de Abobrinha
4.2 284 Assista AgoraFilme lindo e sensível.
Muito doido pensar que em todos os países existem crianças passando pelos mesmos traumas e mesmo assim cada experiência é única ao mesmo tempo.
A violência na vida das crianças é algo que me toca muito, tive um pai alcoolatra e violento, mas a família da minha mãe sempre foi muito presente e amorosa, então sinto que tive "sorte", mesmo que ainda sofra as consequências do que vivi na infância.
É um período difícil e foi muito bem retratado nessa história, impossível não se apegar a cada um.
Pequena Mamãe
3.8 84Que filme lindo!
A primeira vista a sinopse já me encantou demasiadamente porque tenho uma relação de muito carinho pela minha mãe e pensar nela pequena já é uma ideia que por si só me emociona. Então, as expectativas para o filme eram altas e sai completamente atendida.
O filme está repleto de detalhes que encantam quando percebidos e diálogos tão sensíveis. Que bom seria se todos pudéssemos nos conectar com as crianças que nossas mães foram, talvez seríamos mais compreensivos, ou pelo menos algumas coisas fariam mais sentido. O tchau no final deu o tom do filme, uma história de reencontros e despedidas.
Lixo Extraordinário
4.3 655É impossível assistir ao documentário “Lixo Extraordinário” sem sentir que vivemos em uma bolha. A realidade dos catadores do Aterro de Gramacho é muito bem representada no vídeo e nos tornamos sensíveis a cada dificuldade. Em um sentido humanitário refletimos sobre a existência humana dentro do capitalismo. Como as legislações de segurança do trabalho são inexistentes em alguns ambientes e na quantidade de danos, físicos e psicológicos, aos quais os trabalhadores se expõem para sobreviver. Enfatizo o verbo sobreviver pois ali não se trata de fato sobre exercer uma função ou ganhar a vida, é a última opção para aquelas pessoas ou pelo menos a última antes da perda total da dignidade.
Nesse sentido, já somos intensamente afetados pela existência daquelas pessoas e questionamentos rondam nossas cabeças sobre como é possível que situações como aquelas sejam normalizadas. Escondidas, mas normalizadas. Porém o documentário não trata apenas disso, como seu próprio nome diz, trata de lixo, o que depois entendemos ser mais do que isso e por isso extraordinário. Ainda assim, materialmente falando se consiste em restos do que um diga foi útil a alguém. Entendemos ali que uma mesma coisa ganha valor à alguém à medida que perde valor à outra ao ponto de ser descartado.
Uma fala do filme me chamou muita atenção, sobre como o trabalho dos catadores ajudava a aumentar a vida útil do aterro. Isso porque a reciclagem ajuda o meio-ambiente na medida em que diminui a sobrecarga dos resíduos que, apesar de muitos acharem que sim, não desaparece quando descartado. E aquelas pessoas, tão simples, tão necessitadas, sobrevivem enquanto melhoram o ambiente para aqueles que não se preocupam mesmo com todas as condições.
Poderia falar por muito tempo sobre tudo o que esse documentário causou de reflexão, sobre como o lixo fala sobre as pessoas, sobre as rendas. Ainda penso na forma como aquelas pessoas se alimentavam dos restos dos lixos dos outros, no bebê descartado em meio à papel e plástico. A sensação que fica é que ali a vida e o meio ambiente tem pouco valor por se tratar de restos, de materiais e pessoas, apesar de todo o valor que ainda há em cada um destes.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraUm filme engraçado e reflexivo de uma forma incrível.
Ele te explica tudo, mas ao mesmo tempo exige que você esteja atento aos detalhes e se você estiver disposto tudo se torna uma grande aventura.
As reflexões que a Evelyn tira durante o filme me levam muito ao lugar da terapia, onde conversamos sobre coisas que parecem que não tem conexão nenhuma mas tem. Onde descobrimos de onde surgem nossos maiores medos e aprendemos a lidar com eles.
É sem dúvidas um filme sobre relações familiares. Uma filha que tenta agradar o pai e cria uma filha que quer agradar a mãe. Relacionamento afetivo que fica esquecido em meio a rotina, apesar de ser justamente o que nos mantém firme na rotina. Evelyn não é muito diferente do que nós somos, e infelizmente não teremos a mesma oportunidade que ela teve de ser tudo em todo lugar ao mesmo tempo mas ainda podemos trabalhar em nos conhecer melhor de outras formas e quem sabe também descobrir o verdadeiro valor de nossas vidas.
Aftersun
4.1 700Um filme de sutilezas, tal qual a vida nos é na maior parte do tempo.
Para chamar e prender nossa atenção a maioria dos filmes gasta mais tempo nos eventos dramáticos da vida, aqueles em que tudo é exposto e óbvio, enquanto as sutilezas são jogadas tais como elementos que servem apenas para dar enredo ao drama final.
Aftersun é justamente o contrário disso. O foco está nas sutilezas, os flashes do futuro alimentam nossa percepção sobre elas e não o contrário.
As marcas na vida dela são pequenos momentos em que você vê o seu pai desmoronando silenciosamente de forma imperceptivel a sua compreensão ainda preocupada em crescer e ser cuidada por ele. Ela vai passar a vida toda pensando nos sinais, como se ela pudesse mudar o destino final. Mas ela era só uma criança e ele preferia não pensar nela assim para que isso não pesasse ainda mais pra ele, por isso talvez a tratava de uma forma tão independente. Ele não queria se sentir responsável por ela, para que ele pudesse enfim parar de sentir.
Filme triste e difícil, a cena final é angustiante. Como é difícil ser uma filha que acha que precisa salvar seus pais.
O Urso do Pó Branco
2.9 331 Assista AgoraEu simplesmente ADOREI o filme. Foi divertido de uma forma bem ineseperada e teve a tensão necessária à história. Fui assistir livre de expectativas e foi muito bom, além de ter uma duração curta, é tudo bem fechadinho.
Realmente estou supresa pelas más avaliações ao filme, parece que as pessoas não entenderam muito bem a proposta.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraÓtimo filme, consegue prender e nos deixar angustiados. Quão tênue é a linha que nos separa da insanidade?
O Jovem Karl Marx
3.6 272 Assista AgoraGostei como o filme retratou de forma dinâmica a história de Marx. É a história da história. Qualquer um que estude sobre a obra marxista se pega pensando em como alguém conseguiu construir algo tão significativo e atemporal. E o filme nos dá esse contexto de uma forma bem fechadinha.
Eu, Daniel Blake
4.3 532 Assista AgoraUm filme sensível e cheio de pequenas reflexões.
Me emocionei diversas vezes enquanto em vários momentos me revoltava com a burocracia que não atende a urgência das necessidades das pessoas.
Por que nos acostumamos com a fome e desamparo das pessoas?
Sem dúvidas somos mais fortes quando nos unimos pelos propósitos do próximo.