Bob Fosse é um gênio do cinema, pena ter feito tão poucos filmes. O que ele consegue extrair de seus atores é inacreditável. Aqui em Star 80, ele usa o mesmo estilo de narrativa que mistura documentário com dramatizações que usou em Lenny (Pra mim, sua obra-prima). Mas, aqui ficou menos orgânico e até desnecessário, enquanto em Lenny tinha um propósito mais poético e original (Com exceção das entrevistas com Dorothy baseadas em entrevistas reais, que são parte essencial da composição da história).
Tirando isso, o filme consegue ser absolutamente tenso e pertubador, além de trazer criticas importantes a indústria pornográfica e aos relacionamentos abusivos, "Star 80" é mais um clássico subestimado desse maravilhoso diretor.
Meu primeiro contato com o cinema de Herzog. Extremamente visceral com uma certa atmosfera onírica, foi uma experiência extremamente fascinante. As movimentações de câmera e manipulação de espaço também é extremamente precisa, sem contar a história que é simples mas muito poderosa.
Tirei meio ponto porque não chega a ser um dos filmes da minha vida, e achei que o personagem Aguirre merecia um estudo mais profundo ou intimo, muitas vezes ele aparenta secundário na história.
Ótima comédia que apesar da superficie boba tem algumas piadas e sacadas geniais, como as relacionadas a psicanálise e interligações de tempo.
Meus problemas com o filme são, primeiramente a trilha sonora. E segundo que, mesmo eu não sendo nenhum problematizador de filmes antigos, fazer a Joana D'Arc ficar com a piada de ginástica e depois por ela lutando contra o fucking Ted foi triste.
Uma aleatoriedade extremamente criativa e despretenciosa. Me lembrou muito um episódio da série de sci-fi "The Outer Limits", em que as tramas eram extremamente surreais e desconexas.
Nessa salada de ideias e insanidades, há espaço para personagens bem carismáticos e uma direção genuinamente interessante. Os movimentos da câmera são bem legais, e os planos são bem montados.
O problema é que com o tempo se torna um pouco cansativo, diferente de outros grandes filmes do mesmo estilo como Rocky Horror Picture Show (Que por ser um musical, as músicas mantém a energia da loucura da história). Nota especial para os atores que estão se divertindo durante todo o filme, em especial o vilão.
A energia do Jack Black é insana. Tudo bem que ele ta assim louco na cocaína em todo filme, mas não deixa de ser impressionante. Grandes músicas, alguns momentos engraçadissimos, tem outros bem bobos e pastelões de baixo nível, mas ainda assim, ótima comédia!
Bizarro, fofo, assustador, arcaico, absurdo, estranho, belo, minimalista... Tudo isso e muito mais. Mas acho que as palavras que melhor definem é criatividade e originalidade.
Totalmente fora do convencional, essa animação é fascinante. Meu único problema com ela é que achei o final abrupto demais, mas não é suficiente pra tirar seus méritos.
Apesar das críticas relevantes e alguns momentos de puro estilo (Como a tela aproximando ao som de Bo Didley) o grande problema aqui está em timing.
O filme simplesmente é desinteressante e xoxo. As pequenas esquetes não conseguem fluir de maneira orgânica, parece mais 6 episódios de uma série animada um depois do outro. A história então fica sem consistência e os 78 minutos parecem quase 2 horas.
Além disso o trabalho de dublagem é fraco, falta caracteristica e carisma aos personagens, coisa essencial em uma animação.
Devo dizer que, até o final do filme, apesar de estar amando, achei que o bloco do filme focado no Woody Allen estava desconexo e fora de tom com a outra parte, que lembrava até alguns dos melhores trabalhos de Ingmar Bergman (Óbvia influência para o longa).
Mas, quando chegou ao final com aquele monólogo simplesmente maravilhoso e com as peças se encaixando, fiquei sem palavras. Mais uma obra-prima de Woody Allen. Não consigo me decidir qual é o meu favorito dele.
A cada filme que vejo do Woody Allen gosto mais de seu cinema. Aqui o tema explorado é justamente aquele que afasta muitas pessoas de sua obra. Arte X Artista, O que é mais importante? Pessoas horríveis e cheias de pecados podem gerar obras extremamente profundas, devemos descartar a arte por isso?
Além disso, temos o sútil mais extremamente afiado humor do Allen que não é para todos mas eu adoro. Creio que todos os críticos da persona Woody Allen deveriam ver esse filme e apreciarem sua arte acima de tudo.
Uma pequena crítica que tenho é a respeito do final. Extremamente parecido com o de Manhattan, só que aqui pareceu extremamente jogado. O romance entre o casal não foi desenvolvido durante todo o longa, não fez sentido ele ter sido o centro de tudo na conclusão.
Uma pequena obra-prima esquecida! Bem que em tempos de Stranger Things poderiam redescobrir esse filme para que ele tenha o reconhecimento merecido.
Fui assistir logo após ler a obra fonte "Algo Sinistro Está Para Acontecer" do grande Ray Bradbury, e tenho que dizer que foi uma das adaptações mais interessantes e corajosas que já vi. Todas as mudanças servem para objetivizar as passagens do livro, ao mesmo tempo em que sua essência é mantida, e talvez ainda até mais assustador que a obra literária.
O único problema é que o filme acabou por ficar um tanto quanto apressado e algumas coisas ficam tangenciais. Mas então há a presença de uma direção absolutamente primorosa de Jack Clayton, grande diretor com uma linguagem visual bem própria e que não perdoou o fato de estar na Disney e criou algumas das sequências mais perturbadoras que um filme do gênero teve.
Consideração final para a brilhante atuação de Jonathan Pryce, digna de indicação a Oscar.
Maravilhoso! Por que diabos esse diretor só fez 2 filmes? Ambos obras primas da animação.
Um dos maiores erros da história do cinema foi acreditar que animações 3D são superiores que as 2D, quando na real nem chegam perto. A beleza, encanto... Essas são as melhores animações.
Pensei em escrever uma crítica mais elaborada como normalmente faço, abordando alguns pontos interessantes e outros que me desagradaram. Mas nada disso expressaria o mais puro sentimento que tive ao ver esta obra, portanto serei direto: Puta que pariu que bagulho chato do caralho mermão.
Caraca, o que dizer dessa maravilha? Durante toda a obra me ficou aquela sensação de que a cada vez que eu assistir conseguirei absorver algo novo. A ligação entre a primeira cena e a última, a música escolhida, o diálogo dos personagens... Tudo é muito cheio de poesia e significado. O coração ficou partido mas me restou esperança.
"There is.... There is a island!"
Queria pedir desculpa ae pra filmes Disney e Dreamworks, mas nunca o 3D será superior ao 2D em beleza, sentimento e charme. E animações dramáticas tem sido um dos gêneros mais fascinantes que tenho visto.
Que sátira política genial!! É tão atual hoje quanto na época de seu lançamento.
Durante o filme todo eu só ficava pensando nos vários trechos que funcionariam perfeitamente fora de contexto e continuariam tão engraçadas quanto estão no filme.
Sem falar na atuação do Cagney que ta inacreditável.
Visualmente um filme belíssimo, ainda mais que "Os Incompreendidos", demonstrando toda a aptidão técnica de Truffault. Algumas cenas são extremamente memoráveis, como a dos protagonistas andando na rua enquanto ouvimos os pensamentos do pianista ou a do bar dançante no início.
Porém, a narrativa aleatória e sem foco atrapalha a imersão na história, fazendo o ato final principalmente, extremamente enfadonho e desinteressante. Mesmo com apenas 1h20 o filme parece bem mais longo e não me imagino revendo ele em muito tempo.
Esse tipo de narrativa fragmentada e sem foco não atrapalha "Os Incompreendidos" por exemplo, pois lá a história nunca teve a necessidade de tal desenvolvimento, pelo conceito do filme ser justamente momentos de uma infância disvirtuada com teor autobiográfico. Mas quando se quer fazer um suspense a história muda.
Um problema parecido com o de "Acossado" do Goddard, mas lá não é tão agravante pois o foco principal ainda era o estilo e a subversão.
Mais um grande clássico de Billy Wilder! Desde a manipulação do espaço pequeno em que o filme se mantém por quase toda a história, até os diálogos ácidos e cenas emblemáticas, é puro ouro!
Meu único problema com ele é que acho que muitas cenas de alívio cômico se estendem mais que o necessário, problema inclusive que permeava boa parte dos filmes da época. Mas não atrapalha o filme significamente.
Apesar de ser um filme menos relevante e mais genérico do Coppola, ainda ta longe de ser ruim. Trata de vários temas interessantes como destino, adolescência, arrependimentos, e ainda tem personagens que carregam personalidades bem complexas que normalmente filmes do gênero deixam passar. A iluminação e reconstrução de época também é belissima e tem um papel importante na caracterização da atmosfera de "sonho" do filme.
O final também foge do clichê e mesmo sendo menos catártico, o fato do destino da personagem ter se mantido o mesmo tem haver com tudo que o filme quer mostrar. Mesmo que haja arrependimentos em nossas vidas, no final nós somos feitos de nossas decisões, e não podemos simplesmente deixar de ser nós mesmos.
Então, está acima da média do gênero e longe de ser um desserviço a carreira do Coppola. Agora, o que incomoda são algumas atuações. Na verdade, as atuações em si seriam boas em uma comédia pastelão ou sátira de esteriótipos, mas em um filme focado em aspectos mais dramáticos e temas mais sérios da mentalidade adolescente, colocar o Nicolas Cage no papel principal é sacanagem.
Pode não ser o melhor, nem o mais inteligente, nem o mais bem dirigido, nem o mais relevante pro cinema, nem o meu favorito do Allen. Mas é sem dúvida o que eu mais dei risada. Que comédia foda!
Só acho bizarro como atores número 1 da televisão viram coadjuvantes inúteis nesses filmes Hollywoodianos. Quem assistiu "The Wire" vai saber de quem to falando.
De qualquer forma, um filme que extrapola ao máximo o que já é exagero em filmes de ação, quase como uma sátira ao gênero, mas ainda mantendo uma forte personalidade visual. Filme honesto e até original dependendo o ponto de vista. Uma HQ do Mark Millar feita direto para o cinema mas sem melodrama barato.
O que dizer dessa obra-prima?? Bob Fosse já tinha um lugar especial na minha vida pelo fantástico e absolutamente subestimado "Lenny", já "Cabaré" que é o mais lembrado não mexeu muito comigo, mas é indiscutivelmente um grande musical.
Mas este, puta merda. Genial do começo ao fim. Esses filmes que parecem monólogos de seu criador, são verdadeiras auto-análises psicológicas e profundas sobre as dores da vida artística e pessoal. Filmes como "Adaptação", "Anne Hall", "Sinedoque, Nova York", "8 1/2", entre outros.
Já considero um dos filmes da minha vida, e competindo com Nashville, o melhor e mais genial musical que já vi.
Eu tenho um jeito de definir os filmes que mais gosto. Chamo eles de tridimensionais, por funcionarem em 3 aspectos diferentes. O primeiro é a experiência ao assistir o filme; eu me diverti? Fiquei fascinado? Trilha, fotografia, atuações.... A superficie do filme, porque não adianta um monte de significado brilhante se o filme por si só não for agradável.
Depois vem as camadas do filme. Aqui entra a genialidade do diretor e os temas que ele queria abordar além do básico que se está vendo. Aqui eu nunca julgo pela minha opinião, mas sim se o autor conseguiu expressar a sua.
E por último, vem aquilo que, o diretor não necessariamente colocou, mas cada um pode interpretar de sua maneira. Tipo "Caçar pelo em ovo", quadros em branco na obra que possam servir de espelho para a bagagem interpretativa de cada um.
Neste filme, acho que o Bunuel expressou aquilo que queria com eficiência, há inúmeras cenas multifacetárias em que se pode discutir e argumentar o significado, além de belas técnicas. Mas, simplesmente, achei enfadonho e cansativo. Pra mim, sátiras como as do Monty Python conseguem expor as mesmas criticas de uma maneira extremamente mais interessante e ao mesmo tempo divertir. Foi o elemento que faltou, a superficie interessante para que se possa destrinchar as camadas.
Um exemplo mais próximo do cinema de Bunuel, seria Cidade dos Sonhos do Lynch. Mesmo sendo extremamente surreal, tem uma atmosfera fantástica e me entretem tanto quanto qualquer filme convencional, e isso torna suas camadas e significados muito mais interessantes de se decifrar.
No começo achei que seria outra daquelas adaptações literárias infantilizadas que eram tão comuns até os anos 60. Mas o filme melhora gradualmente e consegue chegar a raiz do personagem Nemo, que é um dos mais interessantes e complexos da ficção cientifica, mesmo que mudando boa parte da história.
A parte visual é um espetáculo a parte, acredito que o fascínio é ainda maior pela maravilhosa restauração que foi feita do filme, uma das melhores que já vi.
Star 80
3.4 28Bob Fosse é um gênio do cinema, pena ter feito tão poucos filmes. O que ele consegue extrair de seus atores é inacreditável. Aqui em Star 80, ele usa o mesmo estilo de narrativa que mistura documentário com dramatizações que usou em Lenny (Pra mim, sua obra-prima). Mas, aqui ficou menos orgânico e até desnecessário, enquanto em Lenny tinha um propósito mais poético e original (Com exceção das entrevistas com Dorothy baseadas em entrevistas reais, que são parte essencial da composição da história).
Tirando isso, o filme consegue ser absolutamente tenso e pertubador, além de trazer criticas importantes a indústria pornográfica e aos relacionamentos abusivos, "Star 80" é mais um clássico subestimado desse maravilhoso diretor.
The Joy of Painting - Season 1
4.1 1Pô Filmow!!! Coloca uma página pro Bob Ross ae! Homem mais maravilhoso que já existiu!
Aguirre, a Cólera dos Deuses
4.1 159Meu primeiro contato com o cinema de Herzog. Extremamente visceral com uma certa atmosfera onírica, foi uma experiência extremamente fascinante. As movimentações de câmera e manipulação de espaço também é extremamente precisa, sem contar a história que é simples mas muito poderosa.
Tirei meio ponto porque não chega a ser um dos filmes da minha vida, e achei que o personagem Aguirre merecia um estudo mais profundo ou intimo, muitas vezes ele aparenta secundário na história.
Bill & Ted: Uma Aventura Fantástica
3.4 198 Assista AgoraÓtima comédia que apesar da superficie boba tem algumas piadas e sacadas geniais, como as relacionadas a psicanálise e interligações de tempo.
Meus problemas com o filme são, primeiramente a trilha sonora. E segundo que, mesmo eu não sendo nenhum problematizador de filmes antigos, fazer a Joana D'Arc ficar com a piada de ginástica e depois por ela lutando contra o fucking Ted foi triste.
As Aventuras de Buckaroo Banzai
2.9 28 Assista AgoraUma aleatoriedade extremamente criativa e despretenciosa. Me lembrou muito um episódio da série de sci-fi "The Outer Limits", em que as tramas eram extremamente surreais e desconexas.
Nessa salada de ideias e insanidades, há espaço para personagens bem carismáticos e uma direção genuinamente interessante. Os movimentos da câmera são bem legais, e os planos são bem montados.
O problema é que com o tempo se torna um pouco cansativo, diferente de outros grandes filmes do mesmo estilo como Rocky Horror Picture Show (Que por ser um musical, as músicas mantém a energia da loucura da história). Nota especial para os atores que estão se divertindo durante todo o filme, em especial o vilão.
Tenacious D: Uma Dupla Infernal
3.7 522 Assista AgoraA energia do Jack Black é insana. Tudo bem que ele ta assim louco na cocaína em todo filme, mas não deixa de ser impressionante. Grandes músicas, alguns momentos engraçadissimos, tem outros bem bobos e pastelões de baixo nível, mas ainda assim, ótima comédia!
As Bicicletas de Belleville
4.2 341Bizarro, fofo, assustador, arcaico, absurdo, estranho, belo, minimalista... Tudo isso e muito mais. Mas acho que as palavras que melhor definem é criatividade e originalidade.
Totalmente fora do convencional, essa animação é fascinante. Meu único problema com ela é que achei o final abrupto demais, mas não é suficiente pra tirar seus méritos.
O Gato Fritz
3.4 52Apesar das críticas relevantes e alguns momentos de puro estilo (Como a tela aproximando ao som de Bo Didley) o grande problema aqui está em timing.
O filme simplesmente é desinteressante e xoxo. As pequenas esquetes não conseguem fluir de maneira orgânica, parece mais 6 episódios de uma série animada um depois do outro. A história então fica sem consistência e os 78 minutos parecem quase 2 horas.
Além disso o trabalho de dublagem é fraco, falta caracteristica e carisma aos personagens, coisa essencial em uma animação.
Crimes e Pecados
4.0 184Devo dizer que, até o final do filme, apesar de estar amando, achei que o bloco do filme focado no Woody Allen estava desconexo e fora de tom com a outra parte, que lembrava até alguns dos melhores trabalhos de Ingmar Bergman (Óbvia influência para o longa).
Mas, quando chegou ao final com aquele monólogo simplesmente maravilhoso e com as peças se encaixando, fiquei sem palavras. Mais uma obra-prima de Woody Allen. Não consigo me decidir qual é o meu favorito dele.
Tiros na Broadway
3.8 126 Assista AgoraA cada filme que vejo do Woody Allen gosto mais de seu cinema. Aqui o tema explorado é justamente aquele que afasta muitas pessoas de sua obra. Arte X Artista, O que é mais importante? Pessoas horríveis e cheias de pecados podem gerar obras extremamente profundas, devemos descartar a arte por isso?
Além disso, temos o sútil mais extremamente afiado humor do Allen que não é para todos mas eu adoro. Creio que todos os críticos da persona Woody Allen deveriam ver esse filme e apreciarem sua arte acima de tudo.
Uma pequena crítica que tenho é a respeito do final. Extremamente parecido com o de Manhattan, só que aqui pareceu extremamente jogado. O romance entre o casal não foi desenvolvido durante todo o longa, não fez sentido ele ter sido o centro de tudo na conclusão.
No Templo das Tentações
3.3 21Uma pequena obra-prima esquecida! Bem que em tempos de Stranger Things poderiam redescobrir esse filme para que ele tenha o reconhecimento merecido.
Fui assistir logo após ler a obra fonte "Algo Sinistro Está Para Acontecer" do grande Ray Bradbury, e tenho que dizer que foi uma das adaptações mais interessantes e corajosas que já vi. Todas as mudanças servem para objetivizar as passagens do livro, ao mesmo tempo em que sua essência é mantida, e talvez ainda até mais assustador que a obra literária.
O único problema é que o filme acabou por ficar um tanto quanto apressado e algumas coisas ficam tangenciais. Mas então há a presença de uma direção absolutamente primorosa de Jack Clayton, grande diretor com uma linguagem visual bem própria e que não perdoou o fato de estar na Disney e criou algumas das sequências mais perturbadoras que um filme do gênero teve.
Consideração final para a brilhante atuação de Jonathan Pryce, digna de indicação a Oscar.
Uma Grande Aventura
4.0 60Maravilhoso! Por que diabos esse diretor só fez 2 filmes? Ambos obras primas da animação.
Um dos maiores erros da história do cinema foi acreditar que animações 3D são superiores que as 2D, quando na real nem chegam perto. A beleza, encanto... Essas são as melhores animações.
Alphaville
3.9 177 Assista AgoraPensei em escrever uma crítica mais elaborada como normalmente faço, abordando alguns pontos interessantes e outros que me desagradaram. Mas nada disso expressaria o mais puro sentimento que tive ao ver esta obra, portanto serei direto:
Puta que pariu que bagulho chato do caralho mermão.
Os Cães Plagueados
4.2 47Caraca, o que dizer dessa maravilha? Durante toda a obra me ficou aquela sensação de que a cada vez que eu assistir conseguirei absorver algo novo. A ligação entre a primeira cena e a última, a música escolhida, o diálogo dos personagens... Tudo é muito cheio de poesia e significado. O coração ficou partido mas me restou esperança.
"There is.... There is a island!"
Queria pedir desculpa ae pra filmes Disney e Dreamworks, mas nunca o 3D será superior ao 2D em beleza, sentimento e charme. E animações dramáticas tem sido um dos gêneros mais fascinantes que tenho visto.
Os Carrinhos em: A Grande Corrida
1.5 20Esse é um clássico!
Cupido Não Tem Bandeira
4.0 56Que sátira política genial!! É tão atual hoje quanto na época de seu lançamento.
Durante o filme todo eu só ficava pensando nos vários trechos que funcionariam perfeitamente fora de contexto e continuariam tão engraçadas quanto estão no filme.
Sem falar na atuação do Cagney que ta inacreditável.
Atirem no Pianista
3.7 52 Assista AgoraVisualmente um filme belíssimo, ainda mais que "Os Incompreendidos", demonstrando toda a aptidão técnica de Truffault. Algumas cenas são extremamente memoráveis, como a dos protagonistas andando na rua enquanto ouvimos os pensamentos do pianista ou a do bar dançante no início.
Porém, a narrativa aleatória e sem foco atrapalha a imersão na história, fazendo o ato final principalmente, extremamente enfadonho e desinteressante. Mesmo com apenas 1h20 o filme parece bem mais longo e não me imagino revendo ele em muito tempo.
Esse tipo de narrativa fragmentada e sem foco não atrapalha "Os Incompreendidos" por exemplo, pois lá a história nunca teve a necessidade de tal desenvolvimento, pelo conceito do filme ser justamente momentos de uma infância disvirtuada com teor autobiográfico. Mas quando se quer fazer um suspense a história muda.
Um problema parecido com o de "Acossado" do Goddard, mas lá não é tão agravante pois o foco principal ainda era o estilo e a subversão.
Inferno Nº 17
4.0 54 Assista AgoraMais um grande clássico de Billy Wilder! Desde a manipulação do espaço pequeno em que o filme se mantém por quase toda a história, até os diálogos ácidos e cenas emblemáticas, é puro ouro!
Meu único problema com ele é que acho que muitas cenas de alívio cômico se estendem mais que o necessário, problema inclusive que permeava boa parte dos filmes da época. Mas não atrapalha o filme significamente.
Peggy Sue, Seu Passado a Espera
3.4 129 Assista AgoraApesar de ser um filme menos relevante e mais genérico do Coppola, ainda ta longe de ser ruim. Trata de vários temas interessantes como destino, adolescência, arrependimentos, e ainda tem personagens que carregam personalidades bem complexas que normalmente filmes do gênero deixam passar. A iluminação e reconstrução de época também é belissima e tem um papel importante na caracterização da atmosfera de "sonho" do filme.
O final também foge do clichê e mesmo sendo menos catártico, o fato do destino da personagem ter se mantido o mesmo tem haver com tudo que o filme quer mostrar. Mesmo que haja arrependimentos em nossas vidas, no final nós somos feitos de nossas decisões, e não podemos simplesmente deixar de ser nós mesmos.
Então, está acima da média do gênero e longe de ser um desserviço a carreira do Coppola. Agora, o que incomoda são algumas atuações. Na verdade, as atuações em si seriam boas em uma comédia pastelão ou sátira de esteriótipos, mas em um filme focado em aspectos mais dramáticos e temas mais sérios da mentalidade adolescente, colocar o Nicolas Cage no papel principal é sacanagem.
Um Assaltante Bem Trapalhão
3.7 93Pode não ser o melhor, nem o mais inteligente, nem o mais bem dirigido, nem o mais relevante pro cinema, nem o meu favorito do Allen. Mas é sem dúvida o que eu mais dei risada. Que comédia foda!
John Wick: De Volta ao Jogo
3.8 1,8K Assista AgoraSó acho bizarro como atores número 1 da televisão viram coadjuvantes inúteis nesses filmes Hollywoodianos. Quem assistiu "The Wire" vai saber de quem to falando.
De qualquer forma, um filme que extrapola ao máximo o que já é exagero em filmes de ação, quase como uma sátira ao gênero, mas ainda mantendo uma forte personalidade visual. Filme honesto e até original dependendo o ponto de vista. Uma HQ do Mark Millar feita direto para o cinema mas sem melodrama barato.
O Show Deve Continuar
4.0 127 Assista AgoraO que dizer dessa obra-prima?? Bob Fosse já tinha um lugar especial na minha vida pelo fantástico e absolutamente subestimado "Lenny", já "Cabaré" que é o mais lembrado não mexeu muito comigo, mas é indiscutivelmente um grande musical.
Mas este, puta merda. Genial do começo ao fim. Esses filmes que parecem monólogos de seu criador, são verdadeiras auto-análises psicológicas e profundas sobre as dores da vida artística e pessoal. Filmes como "Adaptação", "Anne Hall", "Sinedoque, Nova York", "8 1/2", entre outros.
Já considero um dos filmes da minha vida, e competindo com Nashville, o melhor e mais genial musical que já vi.
O Discreto Charme da Burguesia
4.1 285 Assista AgoraEu tenho um jeito de definir os filmes que mais gosto. Chamo eles de tridimensionais, por funcionarem em 3 aspectos diferentes. O primeiro é a experiência ao assistir o filme; eu me diverti? Fiquei fascinado? Trilha, fotografia, atuações.... A superficie do filme, porque não adianta um monte de significado brilhante se o filme por si só não for agradável.
Depois vem as camadas do filme. Aqui entra a genialidade do diretor e os temas que ele queria abordar além do básico que se está vendo. Aqui eu nunca julgo pela minha opinião, mas sim se o autor conseguiu expressar a sua.
E por último, vem aquilo que, o diretor não necessariamente colocou, mas cada um pode interpretar de sua maneira. Tipo "Caçar pelo em ovo", quadros em branco na obra que possam servir de espelho para a bagagem interpretativa de cada um.
Neste filme, acho que o Bunuel expressou aquilo que queria com eficiência, há inúmeras cenas multifacetárias em que se pode discutir e argumentar o significado, além de belas técnicas. Mas, simplesmente, achei enfadonho e cansativo. Pra mim, sátiras como as do Monty Python conseguem expor as mesmas criticas de uma maneira extremamente mais interessante e ao mesmo tempo divertir. Foi o elemento que faltou, a superficie interessante para que se possa destrinchar as camadas.
Um exemplo mais próximo do cinema de Bunuel, seria Cidade dos Sonhos do Lynch. Mesmo sendo extremamente surreal, tem uma atmosfera fantástica e me entretem tanto quanto qualquer filme convencional, e isso torna suas camadas e significados muito mais interessantes de se decifrar.
20.000 Léguas Submarinas
3.6 113 Assista AgoraNo começo achei que seria outra daquelas adaptações literárias infantilizadas que eram tão comuns até os anos 60. Mas o filme melhora gradualmente e consegue chegar a raiz do personagem Nemo, que é um dos mais interessantes e complexos da ficção cientifica, mesmo que mudando boa parte da história.
A parte visual é um espetáculo a parte, acredito que o fascínio é ainda maior pela maravilhosa restauração que foi feita do filme, uma das melhores que já vi.