Vender esse filme como um reboot de Wrong Turn é uma absurda trapaça de marketing e um grande erro, porque as pessoas esperam um filme e recebem o exato oposto e instantaneamente já o acham ruim.
Porém, deixando a expectativa de lado, esse filme é melhor que o de 2003. O tom mais maduro me agrada, os personagens são muito mais interessantes, e aquele grupo me gerou bastante curiosidade.
Se não fossem os furos de roteiro gigantescos teria sido uma experiência muito melhor. Mas por boa parte eu consegui só ignorar e me divertir.
O início é muito bom, um trabalho de ambientação muito bem feito, consegue ser tenso, claustrofóbico, original. Mas depois tudo acaba se perdendo e não tem volta.
Pra mim, mergulhar é muito mais assustador do que qualquer tipo de fantasma kk então mesmo que o elemento sobrenatural fosse bem feito seria anti climático.
É um filme estranho. Incômodo e divertido na mesma medida. Porém, parece que o Shyamalan encarnou o Nolan e coloca os personagens pra explicar absolumente tudo o tempo inteiro.
O mais interessante sobre esse filme é que ele quebra completamente a expectativa de um épico recheado de ação e que celebra a coragem e virtude de seu herói. Ao contrário, temos aqui um personagem desprovido de todas as esperadas virtudes de um cavalheiro e que praticamente é apenas levado pelos acontecimentos.
Portanto, abre-se espaço para uma aventura de autodescoberta, e o que acompanhamos é uma jornada filosófica, com reflexões sobre honra, política, religião, guerra, amor, etc. Mas, principalmente, uma surpreendente análise sobre o poder das narrativas. Todos queremos uma história grandiosa, acontecimentos surpreendentes para contar aos outros, e gostamos de ouvir e ver histórias assim, e nos frustamos quando percebemos que a grande maioria das narrativas épicas são melhoradas, exageradas, falseadas e pouco memoráveis.
Mas é claro que se você souber aproveitar a jornada da maneira certa, irá encontrar muita beleza e sabedoria. A vida não precisa ser cheia de eventos espetaculares. Vários pequenos atos cotidianos podem ter muito mais impacto do que um único ato grandioso. E muitas vezes perdemos diversos pequenos momentos maravilhosos porque estamos buscando um único momento grandioso. Ou então invisibilizando pessoas que fazem trabalhos cotidianos importantíssimos e idolatrando aqueles que ganham fama muitas vezes por absolutamente nada.
Claro que em um filme como esse as pessoas esperam o herói forte que sai em aventuras derrotando monstros. Mas o filme está justamente te dizendo que todo herói também pode, ao mesmo tempo, ser um tolo, que há uma linha tênue entre coragem e burrice. E lembre-se que tudo é apenas um jogo, portanto, o herói não precisa de tantas habilidades assim pois a narrativa sempre irá favorecê-lo.
E o tempo todo o filme te lembra que aquela história que você considera expetacular não é tão expetacular assim, aquele herói corajoso e invencível não é assim tão especial quando se olha de perto. Afinal, toda história possui exageros e omissões, e todo ser possui falhas. E então precisamos olhar de outra forma para essas histórias.
E esse filme é a perfeita representação disso, ele é recheado de cenas belíssimas, paisagens fantásticas, símbolos poderosos, discussões importantes, e é justamente por o cavalheiro ser falho e o "monstro" não ser ameaçador de fato, é que podemos nos despregar desse tipo de narrativa e nos concentrar no que realmente importa.
É uma excelente reflexão sobre as narrativas nas quais estamos interessados e nas narrativas que estamos construindo para nós mesmos. Quais histórias nós temos para contar? Quais histórias temos interesse em ouvir?
Uma obra primorosa do horror. Um roteiro forte, muito bem amarrado, atuações afiadas, simbolismos por todos os lados. Tensão, violência, e tudo o que procuramos em obras do gênero.
Pra quem diz que não entendeu ou que o filme não explica nada, só faltou mais atenção, porque está tudo lá, nos detalhes.
Sem dúvida um filme muito difícil de se assistir. É uma experiência no mínimo incômoda, mas muito necessária.
Nós acompanhamos todo o sofrimento de Mabel, o quanto ela se esforça para agradar a todos, para se controlar e não demonstrar seus verdadeiros sentimentos, para não dar um passo em falso. Enquanto isso todos a sua volta a pressionam cada vez mais, incapazes de a entender, de lhe dar apoio, preocupados apenas se ela irá causar algum constrangimento ou não.
Sobre Nick, é um dos personagens mais desprezíveis que já vi no cinema. Seu desejo é unicamente que Mabel se mantenha funcional, limpe a casa, cuide de seus filhos, cozinhe para seus amigos, enquanto ele grita que ela é louca e que vai matá-la se ela não agir de forma "normal".
A trama aborda diversos tipos de comportamentos, os quais cabe a análise se podem ser classificados como disfuncionais ou não, mas alguns comportamentos são aceitos pela sociedade apesar dos atos violentos, e outros duramente criticados, apesar de sua pacificidade.
Ao homem é permitido ser violento e negligente com sua esposa e filhos, os expor a situações de constrangimento e profunda pressão psicológica. Mas à mulher não é tolerado fugir do script do que se considera pertinente a uma esposa, mãe, dona de casa.
Nick repete o filme inteiro para que Mabel seja ela mesma, mas isso é justamente algo que ele nunca permite e tolera que ela seja.
Um bom filme sobre como o homem perdeu, talvez para sempre, a capacidade de se comunicar com a natureza. Vendo nesta uma ameaça, um inimigo, ou ainda uma espécie de entidade ambivalente, mais parecida com os deuses, os quais carregam características humanas.
Após um vírus mortal assolar a humanidade, vê-se pessoas desesperadas para se reconectar à essa força primordial, possivelmente temendo novos "ataques" e uma possível extinção humana.
É uma premissa fácil de se conectar dado o contexto que estamos vivenciando. Porém, as escolhas narrativas irão afastar boa parte do público, sendo um filme bastante atmosférico, de desenvolvimento lento e que não se preocupa em esmiuçar seu enredo, embora haja sim uma boa quantidade de exposição, não deixando que o expectador se perca ao longo da trama.
No mais, o filme entrega um bom terror psicológico, e quem decidir se aprofundar nas reflexões que a obra propõe terá uma boa experiência.
Fui assitir à obra após ouvir vários elogios, então estava com a expectativa alta. Mas eu não estava preparada para tanto.
A trama é ágil, divertida em alguns pontos. Mas a história é extremamente revoltante e dura. E trata o tema do abuso e do feminicídio com uma precisão assustadora.
O que mais chama a atenção são as escolhas nada óbvias do roteiro, o que te deixa o tempo inteiro focada e dialogando com o filme.
O trabalho de ambientação é perfeito. Houve um extremo cuidado em todos os aspectos da produção.
É um filme muito pesado, geralmente não me incomodo com violência, mas aqui foi difícil manter os olhos na tela. É um excelente retrato do que é um processo de colonização.
Jennifer Kent já havia mostrado a que veio no excelente The Babadook. E mais uma vez mostra um trabalho de direção impecável.
Glenn Close e Amy Adams, onde vocês foram se meter?!
Apesar de uma história que poderia ser interessante, o filme é extremamente genérico. Quem possui um básico repertório cinematográfico, já viu esse mesmo filme dezenas de vezes e muito melhor realizados.
Infelizmente tentaram um Oscar Bait. A trama é toda maquinada para manipular nossas emoções, mas é apenas mais um melodrama sem conteúdo com personagens extremamente caricatos. Deu tudo errado nesse filme.
Fiquei com pena real da Amy Adams por essa atuação.
O filme é excelente, cheio de referências, mistérios, é divertido e engajante.
Pode ser que ele exija um certo repertório cinematográfico do expectador, correndo o risco de parecer vazio e sem sentindo quando não se possui as peças para preencher os espaços que a trama deixa. Pois, de certo modo, O Mistério de Silver Lake é um filme sobre outros filmes.
Porém, enquanto obra isolada, o filme também funciona bem. Podemos ver aqui uma boa história sobre as ilusões, afinal a trama se passa na terra no cinema; tudo é cheio de códigos e mensagens secretas; Sam é obcecado por uma garota que ele mal conhece, ou seja, por uma fantasia. Tudo é carregado de expectativas que não correspondem à realidade. Até chegar na grande ilusão de todas: ser alguém tão especial que é capaz de superar a morte e ascender em um outro mundo.
O filme também toca bastante na temática do olhar masculino e sexualizado sobre as mulheres. Mais uma ilusão de superioridade?
Estamos sempre buscando por significados, sempre acreditanto que há mais do que nos é mostrado. As vezes aquela música, aquele filme que sempre achamos revolucionário é só uma jogada de marketing, as vezes aquilo que achamos ser uma sociedade super secreta que possui informações que nenhuma pessoa comum tem acesso, é só gente rica querendo se sentir especial e fazendo algo estúpido.
Mas nós precisamos de sentido, precisamos preencher o vazio. E aí o filme se torna uma grande brincadeira porque ele também joga com a nossa necessidade de achar sentido, que pode estar lá ou não.
E aí, o que realmente é uma mensagem? O que será que o papagaio fala? E será que ele está mesmo dizendo algo? O que é ilusão e o que é realidade?
O ponto positivo desse filme é que toda a comunidade lgbtq+ se identifica e a mensagem final é bonitinha.
Mas há inumeros pontos negativos. Era para ser uma comédia/romance de Natal. Mas o filme não é engraçado, grande parte das situações são incômodas e constrangedoras. É tanta humilhação que a Abby passa que no fim você só torce para que elas terminem. E não era pra ser esse o sentimento ao assistir um romance. Mas pesaram a mão, foi too much.
Pânico na Floresta: A Fundação
2.7 321Vender esse filme como um reboot de Wrong Turn é uma absurda trapaça de marketing e um grande erro, porque as pessoas esperam um filme e recebem o exato oposto e instantaneamente já o acham ruim.
Porém, deixando a expectativa de lado, esse filme é melhor que o de 2003. O tom mais maduro me agrada, os personagens são muito mais interessantes, e aquele grupo me gerou bastante curiosidade.
Se não fossem os furos de roteiro gigantescos teria sido uma experiência muito melhor. Mas por boa parte eu consegui só ignorar e me divertir.
O Diário de uma Camareira
3.7 27 Assista AgoraBuñuel mostrando mais uma vez que "patriota" é só um outro nome para criminosos, racistas, pedófilos, estupradores e assassinos.
Noite de Estréia
4.4 52Isso é pra matar gente.
O Silêncio do Lago
3.7 174E é assim que se faz um final...
A Casa Profunda
2.5 134O início é muito bom, um trabalho de ambientação muito bem feito, consegue ser tenso, claustrofóbico, original. Mas depois tudo acaba se perdendo e não tem volta.
Pra mim, mergulhar é muito mais assustador do que qualquer tipo de fantasma kk então mesmo que o elemento sobrenatural fosse bem feito seria anti climático.
Halloween Kills: O Terror Continua
3.0 683 Assista AgoraAi ai, o "cidadão de bem" é o ser mais patético que existe.
Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraÉ um filme estranho. Incômodo e divertido na mesma medida. Porém, parece que o Shyamalan encarnou o Nolan e coloca os personagens pra explicar absolumente tudo o tempo inteiro.
A Lenda do Cavaleiro Verde
3.6 475 Assista AgoraO mais interessante sobre esse filme é que ele quebra completamente a expectativa de um épico recheado de ação e que celebra a coragem e virtude de seu herói. Ao contrário, temos aqui um personagem desprovido de todas as esperadas virtudes de um cavalheiro e que praticamente é apenas levado pelos acontecimentos.
Portanto, abre-se espaço para uma aventura de autodescoberta, e o que acompanhamos é uma jornada filosófica, com reflexões sobre honra, política, religião, guerra, amor, etc. Mas, principalmente, uma surpreendente análise sobre o poder das narrativas. Todos queremos uma história grandiosa, acontecimentos surpreendentes para contar aos outros, e gostamos de ouvir e ver histórias assim, e nos frustamos quando percebemos que a grande maioria das narrativas épicas são melhoradas, exageradas, falseadas e pouco memoráveis.
Mas é claro que se você souber aproveitar a jornada da maneira certa, irá encontrar muita beleza e sabedoria. A vida não precisa ser cheia de eventos espetaculares. Vários pequenos atos cotidianos podem ter muito mais impacto do que um único ato grandioso. E muitas vezes perdemos diversos pequenos momentos maravilhosos porque estamos buscando um único momento grandioso. Ou então invisibilizando pessoas que fazem trabalhos cotidianos importantíssimos e idolatrando aqueles que ganham fama muitas vezes por absolutamente nada.
Claro que em um filme como esse as pessoas esperam o herói forte que sai em aventuras derrotando monstros. Mas o filme está justamente te dizendo que todo herói também pode, ao mesmo tempo, ser um tolo, que há uma linha tênue entre coragem e burrice. E lembre-se que tudo é apenas um jogo, portanto, o herói não precisa de tantas habilidades assim pois a narrativa sempre irá favorecê-lo.
E o tempo todo o filme te lembra que aquela história que você considera expetacular não é tão expetacular assim, aquele herói corajoso e invencível não é assim tão especial quando se olha de perto. Afinal, toda história possui exageros e omissões, e todo ser possui falhas. E então precisamos olhar de outra forma para essas histórias.
E esse filme é a perfeita representação disso, ele é recheado de cenas belíssimas, paisagens fantásticas, símbolos poderosos, discussões importantes, e é justamente por o cavalheiro ser falho e o "monstro" não ser ameaçador de fato, é que podemos nos despregar desse tipo de narrativa e nos concentrar no que realmente importa.
É uma excelente reflexão sobre as narrativas nas quais estamos interessados e nas narrativas que estamos construindo para nós mesmos. Quais histórias nós temos para contar? Quais histórias temos interesse em ouvir?
Kill List
3.3 199Uma obra primorosa do horror. Um roteiro forte, muito bem amarrado, atuações afiadas, simbolismos por todos os lados. Tensão, violência, e tudo o que procuramos em obras do gênero.
Pra quem diz que não entendeu ou que o filme não explica nada, só faltou mais atenção, porque está tudo lá, nos detalhes.
Vi nessa obra um irmão mais velho de Hereditário.
Um Clássico Filme de Terror
2.7 423Um terror bem divertido e que sabe tirar sarro de si mesmo.
A Guerra do Amanhã
3.2 709 Assista AgoraÉ um show de incoerências, mas eu me diverti.
Uma Mulher Sob Influência
4.3 159 Assista AgoraSem dúvida um filme muito difícil de se assistir. É uma experiência no mínimo incômoda, mas muito necessária.
Nós acompanhamos todo o sofrimento de Mabel, o quanto ela se esforça para agradar a todos, para se controlar e não demonstrar seus verdadeiros sentimentos, para não dar um passo em falso. Enquanto isso todos a sua volta a pressionam cada vez mais, incapazes de a entender, de lhe dar apoio, preocupados apenas se ela irá causar algum constrangimento ou não.
Sobre Nick, é um dos personagens mais desprezíveis que já vi no cinema. Seu desejo é unicamente que Mabel se mantenha funcional, limpe a casa, cuide de seus filhos, cozinhe para seus amigos, enquanto ele grita que ela é louca e que vai matá-la se ela não agir de forma "normal".
A trama aborda diversos tipos de comportamentos, os quais cabe a análise se podem ser classificados como disfuncionais ou não, mas alguns comportamentos são aceitos pela sociedade apesar dos atos violentos, e outros duramente criticados, apesar de sua pacificidade.
Ao homem é permitido ser violento e negligente com sua esposa e filhos, os expor a situações de constrangimento e profunda pressão psicológica. Mas à mulher não é tolerado fugir do script do que se considera pertinente a uma esposa, mãe, dona de casa.
Nick repete o filme inteiro para que Mabel seja ela mesma, mas isso é justamente algo que ele nunca permite e tolera que ela seja.
Maldição da Floresta
2.1 61Um bom filme sobre como o homem perdeu, talvez para sempre, a capacidade de se comunicar com a natureza. Vendo nesta uma ameaça, um inimigo, ou ainda uma espécie de entidade ambivalente, mais parecida com os deuses, os quais carregam características humanas.
Após um vírus mortal assolar a humanidade, vê-se pessoas desesperadas para se reconectar à essa força primordial, possivelmente temendo novos "ataques" e uma possível extinção humana.
É uma premissa fácil de se conectar dado o contexto que estamos vivenciando. Porém, as escolhas narrativas irão afastar boa parte do público, sendo um filme bastante atmosférico, de desenvolvimento lento e que não se preocupa em esmiuçar seu enredo, embora haja sim uma boa quantidade de exposição, não deixando que o expectador se perca ao longo da trama.
No mais, o filme entrega um bom terror psicológico, e quem decidir se aprofundar nas reflexões que a obra propõe terá uma boa experiência.
Esposas em Conflito
3.6 912021 e continuamos vivendo em Stepford,
Saint Maud
3.5 334 Assista AgoraSeria Saint Maud uma versão moderna de O Exorcísta?
Mas aqui não há demônios, ao contrário, o que causa a "possessão" é justamente "o divino".
À Espreita do Mal
3.6 897Suspense incrivelmente bem construído. Uma jóia escondida.
A Assistente
3.3 198 Assista AgoraO dia não tem fim.
Situações como essa não tem fim.
Ninguém aguenta mais
Como já dizia Marina: "I don’t wanna live in a man’s world anymore"
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraFilme bom é filme que te deixa chocada.
Fui assitir à obra após ouvir vários elogios, então estava com a expectativa alta. Mas eu não estava preparada para tanto.
A trama é ágil, divertida em alguns pontos. Mas a história é extremamente revoltante e dura. E trata o tema do abuso e do feminicídio com uma precisão assustadora.
O que mais chama a atenção são as escolhas nada óbvias do roteiro, o que te deixa o tempo inteiro focada e dialogando com o filme.
A trilha sonora tem um encaixe perfeito.
E a atuação da Carey Mulligan é de arrepiar.
Emerald Fennell estreou com tudo!
As Duas Faces Da Felicidade
4.0 120 Assista AgoraFelicidade... pra quem?
The Nightingale
3.7 181O trabalho de ambientação é perfeito. Houve um extremo cuidado em todos os aspectos da produção.
É um filme muito pesado, geralmente não me incomodo com violência, mas aqui foi difícil manter os olhos na tela. É um excelente retrato do que é um processo de colonização.
Jennifer Kent já havia mostrado a que veio no excelente The Babadook. E mais uma vez mostra um trabalho de direção impecável.
*01/2021
Era Uma Vez um Sonho
3.5 448 Assista AgoraGlenn Close e Amy Adams, onde vocês foram se meter?!
Apesar de uma história que poderia ser interessante, o filme é extremamente genérico. Quem possui um básico repertório cinematográfico, já viu esse mesmo filme dezenas de vezes e muito melhor realizados.
Infelizmente tentaram um Oscar Bait. A trama é toda maquinada para manipular nossas emoções, mas é apenas mais um melodrama sem conteúdo com personagens extremamente caricatos. Deu tudo errado nesse filme.
Fiquei com pena real da Amy Adams por essa atuação.
Um Romance nas Entrelinhas
3.4 57 Assista AgoraO maior problema desse filme é que ele é vazio, não transmite emoção, é só um passar de cenas na sua frente.
É triste porque as obras de virgínia são alma pura, e esse filme é completamente desprovido de alma.
Fica explícito que foi um projeto que deu errado e por isso tanta gente saiu fora no processo.
O Mistério de Silver Lake
3.0 289 Assista AgoraO filme é excelente, cheio de referências, mistérios, é divertido e engajante.
Pode ser que ele exija um certo repertório cinematográfico do expectador, correndo o risco de parecer vazio e sem sentindo quando não se possui as peças para preencher os espaços que a trama deixa. Pois, de certo modo, O Mistério de Silver Lake é um filme sobre outros filmes.
Porém, enquanto obra isolada, o filme também funciona bem. Podemos ver aqui uma boa história sobre as ilusões, afinal a trama se passa na terra no cinema; tudo é cheio de códigos e mensagens secretas; Sam é obcecado por uma garota que ele mal conhece, ou seja, por uma fantasia. Tudo é carregado de expectativas que não correspondem à realidade. Até chegar na grande ilusão de todas: ser alguém tão especial que é capaz de superar a morte e ascender em um outro mundo.
O filme também toca bastante na temática do olhar masculino e sexualizado sobre as mulheres. Mais uma ilusão de superioridade?
Estamos sempre buscando por significados, sempre acreditanto que há mais do que nos é mostrado. As vezes aquela música, aquele filme que sempre achamos revolucionário é só uma jogada de marketing, as vezes aquilo que achamos ser uma sociedade super secreta que possui informações que nenhuma pessoa comum tem acesso, é só gente rica querendo se sentir especial e fazendo algo estúpido.
Mas nós precisamos de sentido, precisamos preencher o vazio. E aí o filme se torna uma grande brincadeira porque ele também joga com a nossa necessidade de achar sentido, que pode estar lá ou não.
E aí, o que realmente é uma mensagem? O que será que o papagaio fala? E será que ele está mesmo dizendo algo? O que é ilusão e o que é realidade?
Alguém Avisa?
3.5 340 Assista AgoraO ponto positivo desse filme é que toda a comunidade lgbtq+ se identifica e a mensagem final é bonitinha.
Mas há inumeros pontos negativos. Era para ser uma comédia/romance de Natal. Mas o filme não é engraçado, grande parte das situações são incômodas e constrangedoras. É tanta humilhação que a Abby passa que no fim você só torce para que elas terminem. E não era pra ser esse o sentimento ao assistir um romance. Mas pesaram a mão, foi too much.