Até difícil escrever algum comentário sobre a obra, visto que o impacto perdura (e muito) depois do seu fim. Grace Passô dá tanta vida ao texto! Definitivamente uma das maiores atuações que já assisti.
É de uma simplicidade tamanha, muitas vezes complexa. Um universo de sentimentos e um amaranhado de memórias. Nomadland é sobre pessoas encarando o passado na busca de um futuro incerto, porém reconfortante. Diversas são as vezes que o filme fala por entrelinhas e é nelas que mora a magia/catarse e o poder da arte que emociona e ensina.
Frances já é meu amor antigo. Chloé Zhao: conte comigo pro que der e vier.
Para mim, um grande filme é aquele capaz de te fazer mergulhar dentro da história, sentir empatia, se emocionar com os personagens nas diversas situações, e, se possível, aprender algo de novo. Minari é um grande filme.
Vencedor do Grand Prix e dos prêmios de atuação do Festival de Cannes em 1999, "A humanidade" não é um filme de suspense com cenas rápidas com um plot twist no final (há uma surpresa da descoberta e revelação do criminoso, mas de forma gradual), nada no estilo hollywoodiano. É bem fora da caixa se comparado a filmes do gênero, mas muito interessante pra quem gosta de filmes franceses com desenvolvimento mais lento. É o meu caso. O final é bem condizente com o desenrolar da trama. Talvez por nos acostumarmos, como telespectadores, a ter a visão do protagonista, acabamos raciocinando como ele ao longo da "investigação" e não vemos o óbvio. Ótima construção de personagem. Gostei muito das locações e de como o diretor e roteirista Bruno Dumont conseguiu criar certo dinamismo na obra, não me deixando entediado em nenhum momento.
Atuações primorosas de Emmanuel Schotté (Pharaon) e Séverine Caneele (Domino), que venceram o prêmio de interpretação masculina e feminina, respectivamente, em Cannes. Acredito que o êxito desse filme está na performance desses atores, pois a leveza e ingenuidade dos personagens não torna o filme apelativo nem cansativo de assistir. Eles sempre tem mais alguma coisa a mostrar.
Fui surpreendido pelos últimos 10 minutos desse filme.
Quatro horas de filme que valem cada segundo. A experiência que esse filme proporciona é imersiva e complexa. Aborda a história de tantos personagens e o contexto social e político do lugar onde vivem. O final foi destruidor, estou sem chão.
Impressionante! É uma produção de baixo orçamento muito bem feita.
A atuação da Oksana Akinshina (Lilya) é muito convincente. Ela consegue representar muito bem as emoções da personagem e a humaniza. Destaque também para atuação do garotinho Volodya (Artyom Bogucharsky).
Adoro filmes nessa linha. O enredo traz um assunto complexo para as telas, que hora é retratado de forma nua e crua, em outras, de forma lúdica, mas para mim, em todos os momentos, com verossimilhança. É como se a crueldade e vilania do mundo dos adultos contratasse com a forma inocente e pura de ver o mundo pelo olhar das crianças. Lilya, apesar de ter 16, se comporta mais como Volodya, uma criança, do que como uma adolescente da sua idade. Além disso, o filme provoca discussões sobre tantos problemas, como abandono parental, tráfico de pessoas, ansiedade, depressão, solidão e relações sociais. Sempre estou procurando filmes com histórias fortes assim para assistir e esse superou minhas expectativas.
Tão importante filmes como esse e reconhecer a luta e a história de tantas pessoas. É até difícil encontrar palavras para descrever essa experiência. Me fez refletir sobre tantos privilégios que tive e tenho. Sou nascido e vivo em Minas Gerais, estado onde se passa o filme. O filme cita o vale do aço, região onde nasci, e já morei também em Ouro Preto, onde se passa boa parte do filme. Talvez por isso, e por tantos aspectos, esse filme falou tanto comigo. Com certeza entrou na minha lista de favoritos e quero poder rever sempre para aprender de novo o que estou absorvendo desde já.
Excelentes performances de Jaye Davidson, Miranda Richardson, Stephen Rea e Forest Whitaker, tendo Jaye e Stephen, sido indicados ao Oscar pelos seus respectivos desempenhos. Aliás, esse filme recebeu seis indicações ao prêmio e venceu melhor roteiro original.
The crying game têm várias camadas, nas quais, diversos assuntos são abordados ao longo da narrativa e ao mesmo tempo. É praticamente dividido em três partes, sendo a primeira, a parte o sequestro, a segunda, o encontro e a terceira, o desfecho. Todas me conquistaram.
Uma das últimas cenas do filme, no apartamento, é muito emblemática. O desfecho de Jude (Miranda) e Dil (Jaye) chega a ser poético!
Esse é um dos filmes definitivos da minha vida! A forma como a solidão é abordada nesse filme é cortante. Minhas expectativas eram muito altas, pois já sabia o quanto esse filme é aclamado. Mas superou tudo que pensei e provocou em mim uma explosão de sentimentos.
Jack Lemmon, provavelmente, entregou a melhor atuação que eu já vi na vida (?). Shirley MacLaine graciosamente impecável em cada frame desse filme.
Roteiro e direção (Billy Wilder) impecáveis. Cenografia e fotografia idem. Trilha sonora magnífica. Oscar de melhor filme inquestionavelmente merecido.
Esse filme tem a melhor cena final de todos os mais de 1000 filmes que vi na minha vida. Viva o cinema!
Esse comentário contem algumas revelações sobre o enredo do filme.
A história de 'A última ceia' é profunda e cheia de camadas. Preconceitos, o peso do passado e redenção, uma constante busca por redenção.
A atuação da Halle Berry e do Billy Bob Thornton são dignas de prêmios. O prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim e o Oscar de melhor atriz que a Halle ganhou por esse filme, são importantes não somente pela representatividade quanto pelo mérito da performance que ela trouxe. Coloquei ela na minha lista de performances femininas favoritas. Que personagem gigante! Billy não fica atrás, conseguindo transformar um homem problemático e cheio de preconceitos em alguém em busca de corrigir seus erros e ser alguém melhor.
Questões raciais, sociais, orgulho, solidão, insegurança e vários temas costuram o roteiro, que me surpreendeu em alguns momentos. Direção de Marc Forster é bem feita. Gostei também da trilha sonora, locações e cenografia.
[Esse parágrafo contém revelações sobre o enredo do filme] 'A última ceia' é um filme sobre o vazio e as pessoas. A cena dos personagens principais tendo relações sexuais é intensa pois representa de alguma forma, o rompimento do vazio existencial de cada um. Pela primeira vez durante o filme, os personagens descobrem como é não se sentir vazio. Irônico de certa forma, pois justamente acontece no momento de maior perda física e dano emocional de cada um. É o limite. Isso ressignifica muita coisa, e a partir dali os personagens não são mais os mesmos. O desfecho da trama de Hank (B. B. Thornton) com o pai é uma das provas disso).
[Esse parágrafo contém revelações sobre o final do filme] Diversos diálogos fortes e imagens fortes. Imagem e palavra. Não que eu tenha gostado 100% desse filme (a hipersexualização da protagonista é absurda e final conciliador e white saviour é bem batido, especialmente porque na minha visão, ele conseguiu lidar com os próprios demônios e ela ainda tinha um longo processo no caminho), mas tanta coisa da narrativa e na história abordada, eu achei bem relevante.
Esse filme é da Olivia de Havilland! Cada cena, cada palavra, cada gesto. É dela. A menina bondosa, rancorosa, carinhosa, orgulhosa, atenciosa, malvada, tímida, apaixonada, vingativa, cega de amor e ódio: tudo isso em um único personagem. Implacável! Convence em todos os momentos. É delicada e forte ao mesmo tempo, sem exagerar nas caras e bocas, sem excessos e sem ser fantasiosa. É verossímil.
Apesar de ter roteiro, direção, figurino e cenografia sensacionais, não consegui desgrudar os olhos da Olivia. Estou apaixonado pela personagem. Esse final foi uma coroação da performance.
Provavelmente top 10 melhores performances femininas da história e o Oscar de melhor atriz muito merecido!
Olho pro teclado e não sei mais o que dizer, só sentir.
Um dos roteiros mais bem escritos que já assisti em um filme. História de dois amigos que enfrentam um dilema moral-religioso e colocam a amizade e diversos sentimentos próprios e das pessoas que os cercam à prova. Muito interessante observar a convicção que cada personagem tem e como isso oscila ao longo da história. Uma obra capaz de provocar discussões tanto religiosas quanto culturais. Esse talvez seja um dos melhores filmes sobre construção de personagem que já assisti. Há muitas camadas em uma mesma história.
A direção de Hany Abu-Assad é incrível, trouxe um filme dinâmico e nada cansativo. Aliás, fez 1h30 de filme passar numa velocidade impressionante. Tem ritmo, emoção, suspense e muita tensão em cena. A forma como a edição/mixagem de som trabalhou a última cena do filme foi absurda! Sinceramente, fiquei estasiado com o final. Esse filme não é previsível!
As atuações dos protagonistas Kais Nashif e Ali Suliman são excepcionais, muito além do que eu esperava. Aliás, coloquei-os na minha lista de atuações masculinas favoritas. Adorei também os ambientes utilizados para as filmagens, assim como a fotografia.
Apesar de ter sido indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2006, eu nunca havia ouvido falar do mesmo. Uma obra sensacional, relevante e atual, porém subestimada
Esse, sem dúvidas, é um dos filmes que mais me identifiquei na vida. Por questões pessoais, me identifiquei com diversos personagens e situações. Incrível quando a gente tem o prazer de sentir isso ao assistir algo.
Mike Leigh entregou um trabalho surpreendente, tanto um roteiro primoroso, quanto uma direção memorável.
Brenda Blethyn e Marianne Jean-Baptiste provavelmente entregaram uma das melhores atuações que já assisti na vida. Aliás, muito merecida a indicação de ambas ao Oscar. O elenco inteiro está sensacional, parece que escolheram a dedo quem faria cada papel, pois dá pra sentir a entrega de cada um. Há verosimilhança na situação-personagem, em cada parte da estória.
Em se tratando dos personagens e sentimentos abordados, Cynthia e Hortência se completam de uma forma tão genuína e espontânea, é como se o que falta em uma, a outra oferece em troca. A carência de afeto que Hortência sentia foi suprida de uma forma completamente inesperada por Cynthia e vice-e-versa.
O filme se esforça e consegue, retratar pessoas comuns, com seus problemas pessoais, defeitos e segredos do passo e presente que insistem em vir a tona, como numa reação em cadeia. O final da obra é a cereja do bolo: a verdade é a catarse, que por sua vez libertou todos os personagens de seus ciclos viciosos de julgar o outro e não olhar a si próprio.
Com doses de humor e muito drama, consegue, na medida certa, abordar assuntos tão importantes e que merecem visibilidade.
Fernanda cantando vapor barato da Gal Costa (pra mim, uma das melhores músicas nacionais) foi simplesmente fantástico.
Walter Salles e Daniela Thomas, quais as palavras certas pra agradecer a vcs por essa obra? Que direção sensacional!
Fernanda Torres excelente no papel. Dona Laura Cardoso, com um papel muito curto, e só aparecendo no começo, brilha como ninguém, rouba a cena com tamanho talento! Luis Melo também deu um show de atuação. Que elenco, meu pai!
Roteiro muito bem estruturado e as fases diferentes que a obra possui são muito bem construídas. Quando as duas realidades dos protagonistas se encontram, o caos emocional e tensão psicológica só cresce, segurando a emoção, suspense, romance e um turbilhão de sensações que se estendem o final, sem deixar a peteca cair.
Uma das melhores fotografias, cenografias, locações, etc que já assisti no cinema nacional. Só fiquei sabendo da existência da obra por causa da lista dos 100 melhores filmes nacionais, da Abraccine. Aliás, muito merecida sua citação nela.
Sinceramente, comecei assistindo sem muita pretensão, porém do meio pro fim eu não conseguia desgrudar os olhos. Os últimos vinte minutos são de tirar o fôlego! Com certeza quero assisti-lo novamente.
Claudette Colbert e Clark Gable estão excelentes em seus papéis. Muito merecido o Oscar de melhor atriz e melhor ator de ambos.
Não sou muito de comédias românticas, mas a qualidade do roteiro é surpreendente, foge do clichezão. Muitas comédias românticas de hoje em dia tem muito a aprender com esse filme de quase 90 anos atrás.
Frank Capra (genial mais uma vez), fez um excelente trabalho de direção, Oscar merecido. Ele criou uma atmosfera leve e envolvente, engraçada e emotiva. ~Enquanto eu estava assistindo esse filme, eu tava morrendo de sede (rs) mas simplesmente não consegui sair do lugar, eu fiquei preso a cada movimento dos personagens.~ É exatamente a mesma sensação que tive quando assisti "It's a wonderful life" (A felicidade não se compra), de 1946, do mesmo diretor, que por acaso é um dos melhores filmes que já assisti na vida.
A produção do filme é bem ousada pra época, e teve um desafio bem interessante ao escolher ambientações e cenários muito ricos e bem construídos (cenografia), proporcionando uma fotografia bem agradável e dinâmica. Uma das últimas cenas do filme,
Um dos melhores filmes que assisti na minha vida! Que experiência surreal. Estava na minha lista para assistir a bastante tempo e não esperava ser impactado da maneira como fui.
Ao mesmo tempo que me fez rir bastante, me ensinou muito o poder da amizade e o contato com a natureza. Confesso que no primeiro momento eu não simpatizei com a Chihiro pois achei o comportamento dela bem infantil (óbvio, é uma criança), mas depois, no desenvolvimento, percebi que tudo isso fazia parte da evolução da personagem e da catarse final.
Quanto aos aspectos técnicos: impecáveis. Acho que os prêmios Urso de Ouro (Festival de Berlim) e o Oscar de melhor animação falam por si só quanto a qualidade do trabalho.
Conclusão: só queria ter o prazer de conhecer os criadores desse universo. Estúdios Ghibli: eu escolhi te amar.
Excelente adaptação da obra de Graciliano Ramos com a direção incrível do Leon Hirszman. Interpretação magnífica de Othon Bastos (que obviamente já está na minha lista de melhores interpretações masculinas). Fotografia e locações deslumbrantes.
A atuação da Catalina Sandino Moreno (Maria) nesse filme é sensacional. A indicação ao OSCAR de Melhor Atriz em 2005 foi muito merecida. Ela consegue passar a insegurança da personagem, ao mesmo que a força e a determinação ficam em evidência. Nas cenas mais dramáticas (várias) ela demonstra um perfeito controle das emoções, trazendo uma performance humanizada e marcante. Já entrou na minha lista de melhores performances femininas. Aliás, achei muito boa a atuação de todos atores.
O roteiro desse filme é tão bem escrito que a maioria dos acontecimentos me surpreendeu. Impressionante como o roteirista Joshua Marston, que também é o diretor, conseguiu colocar tanta coisa da vida da personagem principal e histórias paralelas em somente 1h30 de filme, sem soar cansativo, nem apelativo e muito menos repetitivo. As emoções transparecem bem sinceras, os momentos são verossímeis e o conjunto da obra muito agradável, fugindo do que poderia ter tornado facilmente apelativo. É totalmente o oposto: te ganha pela simplicidade de tudo que é mostrado.
Achei bem legal as locações na Colômbia e nos Estados Unidos, mostrando um contraste social, urbano e o comportamento de seus habitantes, cada qual na sua realidade.
Pra quem gosta de um filme com toque independente, roteiro bem costurado e atuações marcantes, está mais do que recomendado.
Scarlett e Adam são atores sensacionais! A química dos dois em cena é gigantesca, mantendo a sincronia e o ritmo das cenas nos altos e baixos do casal... Ambos conseguem passar a intensidade dramática sem perder os toques de humor e naturalidade. Laura Dern: te amo, entenda. Alan Alda é uma lenda. Scarlett é o tipo de atriz que se destaca em qualquer produção, capaz de convencer em todos tipos de papéis, mas esse é simplesmente memorável. Já o Adam, essa é a segunda melhor performance da cerreira (dentre os trabalhos que assisti dele, não foram muitos :/) mas é o mesmo caso da Scarlett, super convincente e intenso. Grandes chances no Oscar para ambos.
O roteiro é tudo nesse filme. Os personagens são humanizados, ambos com defeitos e qualidades, ambos com erros e acertos. O desenrolar da história é agradável e o final bem bonito.
Direção e fotografia são deslumbrantes, sendo capazes de tocar num assunto tão falado nas telas mas de uma forma original e autêntica.
Monstro
4.3 260 Assista Agora"se apenas algumas pessoas podem ter, então não é felicidade... a felicidade é algo que qualquer um pode ter."
um dos filmes mais bonitos que já assisti
Vaga Carne
4.3 26Até difícil escrever algum comentário sobre a obra, visto que o impacto perdura (e muito) depois do seu fim. Grace Passô dá tanta vida ao texto! Definitivamente uma das maiores atuações que já assisti.
Nomadland
3.9 896 Assista AgoraÉ de uma simplicidade tamanha, muitas vezes complexa. Um universo de sentimentos e um amaranhado de memórias. Nomadland é sobre pessoas encarando o passado na busca de um futuro incerto, porém reconfortante. Diversas são as vezes que o filme fala por entrelinhas e é nelas que mora a magia/catarse e o poder da arte que emociona e ensina.
Frances já é meu amor antigo.
Chloé Zhao: conte comigo pro que der e vier.
Minari - Em Busca da Felicidade
3.9 548 Assista AgoraPara mim, um grande filme é aquele capaz de te fazer mergulhar dentro da história, sentir empatia, se emocionar com os personagens nas diversas situações, e, se possível, aprender algo de novo. Minari é um grande filme.
A Humanidade
3.5 25Vencedor do Grand Prix e dos prêmios de atuação do Festival de Cannes em 1999, "A humanidade" não é um filme de suspense com cenas rápidas com um plot twist no final (há uma surpresa da descoberta e revelação do criminoso, mas de forma gradual), nada no estilo hollywoodiano. É bem fora da caixa se comparado a filmes do gênero, mas muito interessante pra quem gosta de filmes franceses com desenvolvimento mais lento. É o meu caso. O final é bem condizente com o desenrolar da trama. Talvez por nos acostumarmos, como telespectadores, a ter a visão do protagonista, acabamos raciocinando como ele ao longo da "investigação" e não vemos o óbvio. Ótima construção de personagem. Gostei muito das locações e de como o diretor e roteirista Bruno Dumont conseguiu criar certo dinamismo na obra, não me deixando entediado em nenhum momento.
Atuações primorosas de Emmanuel Schotté (Pharaon) e Séverine Caneele (Domino), que venceram o prêmio de interpretação masculina e feminina, respectivamente, em Cannes. Acredito que o êxito desse filme está na performance desses atores, pois a leveza e ingenuidade dos personagens não torna o filme apelativo nem cansativo de assistir. Eles sempre tem mais alguma coisa a mostrar.
Fui surpreendido pelos últimos 10 minutos desse filme.
Amor à Flor da Pele
4.3 498 Assista AgoraMais um trabalho impecável de Wong Kar-Wai. Ainda paralisado com a beleza de Maggie e Tony. Que química em cena!
Tudo nesse filme é perfeito e os figurinos são um destaque a parte. Sensacional!
Amores Expressos
4.2 355 Assista Agoracinco estrelas para o filme + cinco estrelas para california dreamin'
Um Dia Quente de Verão
4.3 46Quatro horas de filme que valem cada segundo. A experiência que esse filme proporciona é imersiva e complexa. Aborda a história de tantos personagens e o contexto social e político do lugar onde vivem. O final foi destruidor, estou sem chão.
A Rosa Tatuada
3.7 28Anna Magnani conquistou por esse filme, um dos Oscars de melhor atriz mais merecidos da história. Montanha-russa de emoções.
O personagem do Burt Lancaster poderia ser interpretado pelo Jim Carrey numa readaptação e sairia tão bom quanto.
Pasqualino Sete Belezas
4.1 23Que obra impecável! Ainda nem sei o que dizer sobre essa experiência. Definitivamente um dos filmes mais impactantes que assisti.
Lina Wertmüller: não tem nem como te agradecer o suficiente pelo seu empenho em fazer essa perfeição. Que diretora!
Giancarlo Giannini: atuação ímpar. Digna de todo reconhecimento possível.
Obra-prima.
Para Sempre Lilya
4.2 868Impressionante! É uma produção de baixo orçamento muito bem feita.
A atuação da Oksana Akinshina (Lilya) é muito convincente. Ela consegue representar muito bem as emoções da personagem e a humaniza. Destaque também para atuação do garotinho Volodya (Artyom Bogucharsky).
Adoro filmes nessa linha. O enredo traz um assunto complexo para as telas, que hora é retratado de forma nua e crua, em outras, de forma lúdica, mas para mim, em todos os momentos, com verossimilhança. É como se a crueldade e vilania do mundo dos adultos contratasse com a forma inocente e pura de ver o mundo pelo olhar das crianças. Lilya, apesar de ter 16, se comporta mais como Volodya, uma criança, do que como uma adolescente da sua idade. Além disso, o filme provoca discussões sobre tantos problemas, como abandono parental, tráfico de pessoas, ansiedade, depressão, solidão e relações sociais. Sempre estou procurando filmes com histórias fortes assim para assistir e esse superou minhas expectativas.
Arábia
4.2 167 Assista AgoraQue filme! Que história de vida!
Tão importante filmes como esse e reconhecer a luta e a história de tantas pessoas. É até difícil encontrar palavras para descrever essa experiência. Me fez refletir sobre tantos privilégios que tive e tenho. Sou nascido e vivo em Minas Gerais, estado onde se passa o filme. O filme cita o vale do aço, região onde nasci, e já morei também em Ouro Preto, onde se passa boa parte do filme. Talvez por isso, e por tantos aspectos, esse filme falou tanto comigo. Com certeza entrou na minha lista de favoritos e quero poder rever sempre para aprender de novo o que estou absorvendo desde já.
Viva o cinema nacional!
Traídos Pelo Desejo
3.8 161Uau!
Excelentes performances de Jaye Davidson, Miranda Richardson, Stephen Rea e Forest Whitaker, tendo Jaye e Stephen, sido indicados ao Oscar pelos seus respectivos desempenhos. Aliás, esse filme recebeu seis indicações ao prêmio e venceu melhor roteiro original.
The crying game têm várias camadas, nas quais, diversos assuntos são abordados ao longo da narrativa e ao mesmo tempo. É praticamente dividido em três partes, sendo a primeira, a parte o sequestro, a segunda, o encontro e a terceira, o desfecho. Todas me conquistaram.
Uma das últimas cenas do filme, no apartamento, é muito emblemática. O desfecho de Jude (Miranda) e Dil (Jaye) chega a ser poético!
Se Meu Apartamento Falasse
4.3 422 Assista AgoraEsse é um dos filmes definitivos da minha vida! A forma como a solidão é abordada nesse filme é cortante. Minhas expectativas eram muito altas, pois já sabia o quanto esse filme é aclamado. Mas superou tudo que pensei e provocou em mim uma explosão de sentimentos.
Jack Lemmon, provavelmente, entregou a melhor atuação que eu já vi na vida (?). Shirley MacLaine graciosamente impecável em cada frame desse filme.
Roteiro e direção (Billy Wilder) impecáveis. Cenografia e fotografia idem. Trilha sonora magnífica. Oscar de melhor filme inquestionavelmente merecido.
Esse filme tem a melhor cena final de todos os mais de 1000 filmes que vi na minha vida. Viva o cinema!
A Última Ceia
3.5 194 Assista AgoraEsse comentário contem algumas revelações sobre o enredo do filme.
A história de 'A última ceia' é profunda e cheia de camadas. Preconceitos, o peso do passado e redenção, uma constante busca por redenção.
A atuação da Halle Berry e do Billy Bob Thornton são dignas de prêmios. O prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim e o Oscar de melhor atriz que a Halle ganhou por esse filme, são importantes não somente pela representatividade quanto pelo mérito da performance que ela trouxe. Coloquei ela na minha lista de performances femininas favoritas. Que personagem gigante! Billy não fica atrás, conseguindo transformar um homem problemático e cheio de preconceitos em alguém em busca de corrigir seus erros e ser alguém melhor.
Questões raciais, sociais, orgulho, solidão, insegurança e vários temas costuram o roteiro, que me surpreendeu em alguns momentos. Direção de Marc Forster é bem feita. Gostei também da trilha sonora, locações e cenografia.
[Esse parágrafo contém revelações sobre o enredo do filme]
'A última ceia' é um filme sobre o vazio e as pessoas. A cena dos personagens principais tendo relações sexuais é intensa pois representa de alguma forma, o rompimento do vazio existencial de cada um. Pela primeira vez durante o filme, os personagens descobrem como é não se sentir vazio. Irônico de certa forma, pois justamente acontece no momento de maior perda física e dano emocional de cada um. É o limite. Isso ressignifica muita coisa, e a partir dali os personagens não são mais os mesmos. O desfecho da trama de Hank (B. B. Thornton) com o pai é uma das provas disso).
[Esse parágrafo contém revelações sobre o final do filme]
Diversos diálogos fortes e imagens fortes. Imagem e palavra. Não que eu tenha gostado 100% desse filme (a hipersexualização da protagonista é absurda e final conciliador e white saviour é bem batido, especialmente porque na minha visão, ele conseguiu lidar com os próprios demônios e ela ainda tinha um longo processo no caminho), mas tanta coisa da narrativa e na história abordada, eu achei bem relevante.
Tarde Demais
4.2 83 Assista AgoraOLIVIA DE HAVILLAND: o mundo é seu!
Esse filme é da Olivia de Havilland! Cada cena, cada palavra, cada gesto. É dela. A menina bondosa, rancorosa, carinhosa, orgulhosa, atenciosa, malvada, tímida, apaixonada, vingativa, cega de amor e ódio: tudo isso em um único personagem. Implacável! Convence em todos os momentos. É delicada e forte ao mesmo tempo, sem exagerar nas caras e bocas, sem excessos e sem ser fantasiosa. É verossímil.
Apesar de ter roteiro, direção, figurino e cenografia sensacionais, não consegui desgrudar os olhos da Olivia. Estou apaixonado pela personagem. Esse final foi uma coroação da performance.
Provavelmente top 10 melhores performances femininas da história e o Oscar de melhor atriz muito merecido!
Olho pro teclado e não sei mais o que dizer, só sentir.
Paradise Now
3.9 160 Assista AgoraQuantas emoções!
Um dos roteiros mais bem escritos que já assisti em um filme. História de dois amigos que enfrentam um dilema moral-religioso e colocam a amizade e diversos sentimentos próprios e das pessoas que os cercam à prova. Muito interessante observar a convicção que cada personagem tem e como isso oscila ao longo da história. Uma obra capaz de provocar discussões tanto religiosas quanto culturais. Esse talvez seja um dos melhores filmes sobre construção de personagem que já assisti. Há muitas camadas em uma mesma história.
A direção de Hany Abu-Assad é incrível, trouxe um filme dinâmico e nada cansativo. Aliás, fez 1h30 de filme passar numa velocidade impressionante. Tem ritmo, emoção, suspense e muita tensão em cena. A forma como a edição/mixagem de som trabalhou a última cena do filme foi absurda! Sinceramente, fiquei estasiado com o final. Esse filme não é previsível!
As atuações dos protagonistas Kais Nashif e Ali Suliman são excepcionais, muito além do que eu esperava. Aliás, coloquei-os na minha lista de atuações masculinas favoritas. Adorei também os ambientes utilizados para as filmagens, assim como a fotografia.
Apesar de ter sido indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2006, eu nunca havia ouvido falar do mesmo. Uma obra sensacional, relevante e atual, porém subestimada
Segredos e Mentiras
4.1 97 Assista AgoraEsse, sem dúvidas, é um dos filmes que mais me identifiquei na vida. Por questões pessoais, me identifiquei com diversos personagens e situações. Incrível quando a gente tem o prazer de sentir isso ao assistir algo.
Mike Leigh entregou um trabalho surpreendente, tanto um roteiro primoroso, quanto uma direção memorável.
Brenda Blethyn e Marianne Jean-Baptiste provavelmente entregaram uma das melhores atuações que já assisti na vida. Aliás, muito merecida a indicação de ambas ao Oscar. O elenco inteiro está sensacional, parece que escolheram a dedo quem faria cada papel, pois dá pra sentir a entrega de cada um. Há verosimilhança na situação-personagem, em cada parte da estória.
Em se tratando dos personagens e sentimentos abordados, Cynthia e Hortência se completam de uma forma tão genuína e espontânea, é como se o que falta em uma, a outra oferece em troca. A carência de afeto que Hortência sentia foi suprida de uma forma completamente inesperada por Cynthia e vice-e-versa.
O filme se esforça e consegue, retratar pessoas comuns, com seus problemas pessoais, defeitos e segredos do passo e presente que insistem em vir a tona, como numa reação em cadeia. O final da obra é a cereja do bolo: a verdade é a catarse, que por sua vez libertou todos os personagens de seus ciclos viciosos de julgar o outro e não olhar a si próprio.
Com doses de humor e muito drama, consegue, na medida certa, abordar assuntos tão importantes e que merecem visibilidade.
Terra Estrangeira
4.1 182 Assista AgoraQue presente!
Fernanda cantando vapor barato da Gal Costa (pra mim, uma das melhores músicas nacionais) foi simplesmente fantástico.
Walter Salles e Daniela Thomas, quais as palavras certas pra agradecer a vcs por essa obra? Que direção sensacional!
Fernanda Torres excelente no papel. Dona Laura Cardoso, com um papel muito curto, e só aparecendo no começo, brilha como ninguém, rouba a cena com tamanho talento! Luis Melo também deu um show de atuação. Que elenco, meu pai!
Roteiro muito bem estruturado e as fases diferentes que a obra possui são muito bem construídas. Quando as duas realidades dos protagonistas se encontram, o caos emocional e tensão psicológica só cresce, segurando a emoção, suspense, romance e um turbilhão de sensações que se estendem o final, sem deixar a peteca cair.
Uma das melhores fotografias, cenografias, locações, etc que já assisti no cinema nacional. Só fiquei sabendo da existência da obra por causa da lista dos 100 melhores filmes nacionais, da Abraccine. Aliás, muito merecida sua citação nela.
Sinceramente, comecei assistindo sem muita pretensão, porém do meio pro fim eu não conseguia desgrudar os olhos. Os últimos vinte minutos são de tirar o fôlego! Com certeza quero assisti-lo novamente.
Aconteceu Naquela Noite
4.2 332 Assista AgoraQue filme fantástico!
Claudette Colbert e Clark Gable estão excelentes em seus papéis. Muito merecido o Oscar de melhor atriz e melhor ator de ambos.
Não sou muito de comédias românticas, mas a qualidade do roteiro é surpreendente, foge do clichezão. Muitas comédias românticas de hoje em dia tem muito a aprender com esse filme de quase 90 anos atrás.
Frank Capra (genial mais uma vez), fez um excelente trabalho de direção, Oscar merecido. Ele criou uma atmosfera leve e envolvente, engraçada e emotiva. ~Enquanto eu estava assistindo esse filme, eu tava morrendo de sede (rs) mas simplesmente não consegui sair do lugar, eu fiquei preso a cada movimento dos personagens.~ É exatamente a mesma sensação que tive quando assisti "It's a wonderful life" (A felicidade não se compra), de 1946, do mesmo diretor, que por acaso é um dos melhores filmes que já assisti na vida.
A produção do filme é bem ousada pra época, e teve um desafio bem interessante ao escolher ambientações e cenários muito ricos e bem construídos (cenografia), proporcionando uma fotografia bem agradável e dinâmica. Uma das últimas cenas do filme,
quando Ellie sai correndo no meio da festa vestida de noiva, é simplesmente memorável
Só consigo imaginar o quanto esse filme foi aclamado na época do lançamento! Pra mim, se tornou um clássico essencial.
A Viagem de Chihiro
4.5 2,3K Assista AgoraUm dos melhores filmes que assisti na minha vida! Que experiência surreal. Estava na minha lista para assistir a bastante tempo e não esperava ser impactado da maneira como fui.
Ao mesmo tempo que me fez rir bastante, me ensinou muito o poder da amizade e o contato com a natureza. Confesso que no primeiro momento eu não simpatizei com a Chihiro pois achei o comportamento dela bem infantil (óbvio, é uma criança), mas depois, no desenvolvimento, percebi que tudo isso fazia parte da evolução da personagem e da catarse final.
Quanto aos aspectos técnicos: impecáveis. Acho que os prêmios Urso de Ouro (Festival de Berlim) e o Oscar de melhor animação falam por si só quanto a qualidade do trabalho.
Conclusão: só queria ter o prazer de conhecer os criadores desse universo. Estúdios Ghibli: eu escolhi te amar.
São Bernardo
4.1 66Excelente adaptação da obra de Graciliano Ramos com a direção incrível do Leon Hirszman. Interpretação magnífica de Othon Bastos (que obviamente já está na minha lista de melhores interpretações masculinas). Fotografia e locações deslumbrantes.
Já é um dos meus nacionais favoritos.
Maria Cheia de Graça
3.7 138 Assista AgoraQue surpresa incrível!
A atuação da Catalina Sandino Moreno (Maria) nesse filme é sensacional. A indicação ao OSCAR de Melhor Atriz em 2005 foi muito merecida. Ela consegue passar a insegurança da personagem, ao mesmo que a força e a determinação ficam em evidência. Nas cenas mais dramáticas (várias) ela demonstra um perfeito controle das emoções, trazendo uma performance humanizada e marcante. Já entrou na minha lista de melhores performances femininas. Aliás, achei muito boa a atuação de todos atores.
O roteiro desse filme é tão bem escrito que a maioria dos acontecimentos me surpreendeu. Impressionante como o roteirista Joshua Marston, que também é o diretor, conseguiu colocar tanta coisa da vida da personagem principal e histórias paralelas em somente 1h30 de filme, sem soar cansativo, nem apelativo e muito menos repetitivo. As emoções transparecem bem sinceras, os momentos são verossímeis e o conjunto da obra muito agradável, fugindo do que poderia ter tornado facilmente apelativo. É totalmente o oposto: te ganha pela simplicidade de tudo que é mostrado.
Achei bem legal as locações na Colômbia e nos Estados Unidos, mostrando um contraste social, urbano e o comportamento de seus habitantes, cada qual na sua realidade.
Pra quem gosta de um filme com toque independente, roteiro bem costurado e atuações marcantes, está mais do que recomendado.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraExcelente ao que se propõe.
Scarlett e Adam são atores sensacionais! A química dos dois em cena é gigantesca, mantendo a sincronia e o ritmo das cenas nos altos e baixos do casal... Ambos conseguem passar a intensidade dramática sem perder os toques de humor e naturalidade. Laura Dern: te amo, entenda. Alan Alda é uma lenda. Scarlett é o tipo de atriz que se destaca em qualquer produção, capaz de convencer em todos tipos de papéis, mas esse é simplesmente memorável. Já o Adam, essa é a segunda melhor performance da cerreira (dentre os trabalhos que assisti dele, não foram muitos :/) mas é o mesmo caso da Scarlett, super convincente e intenso. Grandes chances no Oscar para ambos.
O roteiro é tudo nesse filme. Os personagens são humanizados, ambos com defeitos e qualidades, ambos com erros e acertos. O desenrolar da história é agradável e o final bem bonito.
Direção e fotografia são deslumbrantes, sendo capazes de tocar num assunto tão falado nas telas mas de uma forma original e autêntica.
Em breve quero reassiti-lo...