Não me surpreendo com olhares tão belos sobre o filme. Não a toa a causa é o filme e a consequência somos nós, que ainda atordoados nos dias de hoje pela obra de arte que é e será Hiroshima Mon Amour, até os confins de um coração que já se dilacerou por cima de outro contando a história de alguém muito querido que já se foi. A musicalidade que envolve o corpo de Emmanuelle e Okada é deslumbrante, ainda mais paradisíaco com as vozes e instrumentos construindo a angústia de uma possível partida. Afinal, quem nunca desejou não ter quer partir?
Vejo a Enid personalizada em alguém que conheço, e então tentando personificar ela em alguém, as pessoas que dizem terem se identificado muito com ela, não comentam aqui como eu acho que a Enid realmente reagiria ao se identificar com alguém. Bom, vou procurar a trilha.
Tirando os ressaltos à ótima atuação da Charlize Theron. Baseando o pensamento muito mais no contexto real do filme, referindo-se aos devidos acordos sociais para uma boa pessoa sermos, ela tentou. Isso é mais que fático aqui, Aileen como devida sonhadora pensava um dia em ser única, sonhadores quando caem das nuvens podem se estatelar no chão ou irem mais além. Para mim, Aileen nunca foi um monstro verdadeiro, ela esteve sempre pregada no seu sonho, nunca soltou-se das nuvens, nunca se deixou cair por completo como muitas pessoas que ainda vivem nas ruas em condições subumanas.
Aileen manteve seu lado bom, mesmo que deteriorado por tanto sofrimento, ele estava dentro dela para fazer Selby feliz, isso parecia o único objetivo e a única forma de manter-se viva. Ela foi única ao menos a uma pessoa e Selby não salvou-a com apenas 5 dólares, foi além disso, mesmo que viver por mais um tempo custasse caro e doesse mais.
Passei o filme todo achando que eu tinha realmente descoberto que a Sarah Wayne Callies era uma ótima atriz, quando na verdade a Julietta Lewis só estava fazendo o que sempre fez, igualmente o Robert Downey Jr, atuando perfeitamente. E puta que pariu, que trilha sonora incrível. Patti Smith encaixou perfeitamente em todas as cenas que colocaram. Fiquei até instigado à ouvir Nine Inch Nail depois desse filme.
O filme deveria terminar quando a família dele morre. Mas como é sessão da tarde, não existem finais tristes. Aquele cara era tão malvado que parecia que chegava a ser extremamente metódica a atuação.
O documentário poderia pretender ser desgastante, mal elaborado e mal feito, mas só de colocar o Tom Zé na frente de uma câmira, o técnico que se foda, a essência tá dentro do homem, e mais que a essência, tá a coragem e com toda a certeza, a genialidade impregnada, um homem de verdade, todo fodido, mulher, marginalizado, poeta, músico, feio, bahiano arretado de Irará. Mas quem dirá quem é Tom Zé. Ele é a própria música dele, e o próprio Tom Zé é aquilo que canta, a pessoa mais verdadeira que eu já vi. Tudo o que canta é tudo o que ele consegue ser naquele corpo pequeno. Ah, Tom Zé, se todo mundo cagesse a meia goma que tu cagas, o mundo estaria bem melhor. Quero falar mais...
Pensei que meu amigo tinha sido uma das poucas pessoas a conseguir dar vazão a rarefação do roteiro, o que ao meu ver não é negativo, embora existam por aqui tantas pessoas dando crédito a isso. Penso desta forma por Verônica não ser polêmica, nem ter contusões físicas maiores que o seu eu dentro da cabeça, como ela mesma diz quando fala do filme que se passa la dentro. Pois bem, ela foi paciente si com tantos traumas, uma paciente crônica, daquelas que ela mesma dizia morrer de pena, doenças degenerativas, daquelas que o caso só piora.
O que aconteceu na vida de Verônica depois do fim não nos faz respeito, nos faz respeito somente conhece-la como pessoa acima de sua profissão e como pedra acima de qualquer coração. A Hermila, em especial, tem a mágica de me fazer parecer tanto com ela; me sinto filme junto às suas interpretações. Sobre aquelas imagens banhadas e os sonhos sonhados, ah, uma maravilha sem precedentes, fiquei indignado com a grandeza da câmera em algumas cenas, tão bem feitas que custou voltar a realidade, abrir os olhos para as paredes do cinema, pareceu real, tão vívido que pensei ter vivido.
P.S: Eu odiava a Karina Buhr antes de ouvi-la cantando a última música deste filme.
Vi pela terceira vez e mesmo não me emocionando tanto quanto a primeira e a segunda vez (onde eu me derreti no choro). A terceira vez foi pra tentar criticar o filme ao invés de só chorar, mas quando eles correm do lado do prédio dela em frente, eu só sei me emocionar. Fim, é um excelente filme.
Não precisamos ser o Karl Marx pra nos indignarmos com essa situação. O filme aqui representado confirma a realidade periférica dos centros urbanos. E o Nordeste como uma região dessas pena ao viver a Garapa como refeição diária. É um filme literalmente reflexivo onde podemos falar de políticas públicas, espaço geográfico, controle de natalidade, falta de conhecimento básico, direitos humanos, dignidade, princípios e muitos outros pontos, que de tão afugentados na miséria, surpreendem. Não é um filme pra agradar, tampouco um algo pra se ter como desnecessário e monocromático. Monocromático e desnecessário é o nosso comodismo político para com essas pessoas, como cidadãos. O Brasil não é miserável por falta de comida, comida tem pra todo mundo. O Brasil é miserável porque se alastra cada vez mais no brasileiro o fungo do "Infelizmente esse é o Brasil."
Não é o melhor pra mim, mas entendo quem o considera. A trilha sonora é boa, mas entendo quem a considera. O brilhantismo tá ofuscante demais, mas entendo quem não considera. É um excelente filme, não entendo quem não considera.
O filme brasileiro mais francês que eu já assisti. As cenas do quarto dele são quase que cópias do caro François Truffaut e sua obra com o personagem Antoine Doinel. Assim como a cena penúltima, o que seria pra mim a regravação quase que incontextual da primeira cena de La Belle De Jour. As atrizes caracterizadas com o figurino altamente europeu. Os cílios encrementadamente franceses, rostos finos e cabelos andulados no chame francês. Parecia na verdade um filme dublado. Se não fosse pela atuação precária de alguns atores, o filme seria bem melhor. Mas em um todo, as críticas do filme são muito recorrentes na minha mente nos dias de hoje. Ele vive como uma cidadão quase incivilizado, não se permite curvar sobre os dogmas fa sociedade brasileira do século XX, a qual é bem parecida com a dos dias atuais. Os Mutantes são a surpresa agradável do filme, no meu caso que o assisti sem saber do que se tratava e que eles estavam lá. Ah, eu achei a atuação da namorada universitária - que lembrava a Nara Leão - horrível. Ela aparecia depois de vários dias sem se verem e perguntava se ele a amava, porque ela queria levar aquele relacionamento a diante, achei desprezível e até gargalhei. Mas tirando isso, o filme dá uma aula de ângulos de câmera e clima angustiante
Por via de curiosidade, eu já fui em uma festa dessas, é horrível, eu fiquei do outro lado da praça, onde se concentra realmente o palanque. Não gostei por não ser algo que me agrade, nem por isso viro os olhos e faço a hipocrisia pseudo religiosa paraense de fingir que aquela festa não existe. Por ser extremamente vulgar e perigoso, não é esse paraíso das almas puras que contam no documentário. Mesmo com o próprio filme se pondo em uma posição, é errado escolher um lado e dizer que este está totalmente correto. Sobre o humor, é inegável dizer o quão engraçado foi o discursso da vencedora drogada. Transtornada, mas ainda sim com um ótimo discursso. Não gosto dessa outra hipocrisia dos homossexuais em fantasiarem demais o lado feliz, como se a vida não passasse de uma grande festa da Chiquita. Já sobre a visão do padre e beata, mesmo com os cortes, algumas partes são evidentemente espantadoras, até pelo tom revoltado com que ele fala do tema da festa, é visivel o preconceito dele para com os realizadores da festa, ele deixa claro isso. Mas eu achei legal eles fazerem esse doc. porque é uma atitude muito hipocrita dizer que ninguém vê aquela festa ali do lado do Círio, é óbvio e evidente que aquilo está ali todo ano e vai continuar estando, seja com ou sem o Elói, as pessoas não deixarão essa tradição morrer.
Sai da sala querendo falar de todos os sentimentos e simbologias magnificos que atuam nesse filme. Cenas longas causando a visão agoniante nos espectadores, a câmera é um personagem desinteressado que aos poucos vai se aproximando dos fatos, mas que tudo sabe, esse é um artifício usado nos filmes do Haneke há algum tempo que venho vendo. Sem contar nas cenas esticadas que originam em nós um vazio gigante que cresce no silêncio se transformando em angústia. Por isso é inevitável falar do filme sem considerar a carga emocional totalmente explorada. A cada cena longa o próprio silêncio do filme parece gemer pelos corredores: "Dói".
Quando o Anne fala para o Georges no começo do filme ainda que aquile prolongamento só traria malefício para os dois, o filme traça o caminho devido o calar como resposta. Ali fica comprovado que o próprio Georges não saberá o destino daquela situação, mas ele se deixa levar, espera para ver até onde ele iria aguentar. Mas o filme além de tratar de temas recorrentes como o tratamento incapacitado para com os idosos, a terceira idade como vida útil, quando a pessoa deixa de ser ela mesmo e passa a vegetar. Anne representa muito bem seu papel, ao vê-la, mal posso acreditar em tanto talento embutido. Meus sentimos foram totalmente explorados na cena do almoço, eles são tão cativantes ali que nos faz parecer que o filme seguirá uma linha romântica, quando na verdade a intenção maior é expô-los como seres ativos emocionalmente.
É bem típico do Haneke os diálogos fortes que atravessam as telas pra te socar o estômago, a cena com a segunda contratada é essa presença mais forte deles.
Tenho mais a dizer, mas isso vai ficar muito grande e o celular não facilita.
Se não fosse pela atuação metódica que eu consigo enxergar nessa cultura oriental, esse filme só seria agrado pra mim, por mas que em certas cenas eu tenha me debatido sobre a cadeira, sem entender o que fazer, outras o filme me tocou em tal ponto, que toda a agonia da guerra me pareceu evaporar e tudo ir se tornando poesia.
Não é só colocar músicas bonitas, tem que colocar músicas deslumbrantes em um contexto ímpar no clima mais bem trabalhado. Porra cinema, vai com calma que eu ainda quero fazer o meu filme. E esse é grande demais!
Hiroshima, Meu Amor
4.2 313 Assista AgoraNão me surpreendo com olhares tão belos sobre o filme. Não a toa a causa é o filme e a consequência somos nós, que ainda atordoados nos dias de hoje pela obra de arte que é e será Hiroshima Mon Amour, até os confins de um coração que já se dilacerou por cima de outro contando a história de alguém muito querido que já se foi. A musicalidade que envolve o corpo de Emmanuelle e Okada é deslumbrante, ainda mais paradisíaco com as vozes e instrumentos construindo a angústia de uma possível partida. Afinal, quem nunca desejou não ter quer partir?
Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio
3.8 1,4K Assista AgoraInspirando, até os dias de hoje, jovens de escola a se acharem capazes de fazer algo divertido com o trocado do lanche e uma câmera emprestada na mão.
Todo Mundo Quase Morto
3.7 979 Assista AgoraDá pro gasto, um piada boa aqui, outra ali. A trilha sonora que é bem maneira!
Ghost World: Aprendendo a Viver
3.7 540Vejo a Enid personalizada em alguém que conheço, e então tentando personificar ela em alguém, as pessoas que dizem terem se identificado muito com ela, não comentam aqui como eu acho que a Enid realmente reagiria ao se identificar com alguém. Bom, vou procurar a trilha.
Além das Montanhas
3.9 117"Além das Montanhas" ou também chamado "Voichita: O Demônio de Alina".
Monster: Desejo Assassino
4.0 1,2K Assista AgoraTirando os ressaltos à ótima atuação da Charlize Theron. Baseando o pensamento muito mais no contexto real do filme, referindo-se aos devidos acordos sociais para uma boa pessoa sermos, ela tentou. Isso é mais que fático aqui, Aileen como devida sonhadora pensava um dia em ser única, sonhadores quando caem das nuvens podem se estatelar no chão ou irem mais além. Para mim, Aileen nunca foi um monstro verdadeiro, ela esteve sempre pregada no seu sonho, nunca soltou-se das nuvens, nunca se deixou cair por completo como muitas pessoas que ainda vivem nas ruas em condições subumanas.
Aileen manteve seu lado bom, mesmo que deteriorado por tanto sofrimento, ele estava dentro dela para fazer Selby feliz, isso parecia o único objetivo e a única forma de manter-se viva. Ela foi única ao menos a uma pessoa e Selby não salvou-a com apenas 5 dólares, foi além disso, mesmo que viver por mais um tempo custasse caro e doesse mais.
Trilha sonora bem legal.
Eu Não Faço a Menor Ideia do que eu Tô …
3.0 803Tá demorando demais pra sair um link.
Teorema
4.0 198Nunca vi, nem ouvi falar, nunca me passou pela cabeça, nem me fez imaginar, mas que sinopse conquistadora! Quero muito assistir.
Assassinos por Natureza
4.0 1,1K Assista AgoraPassei o filme todo achando que eu tinha realmente descoberto que a Sarah Wayne Callies era uma ótima atriz, quando na verdade a Julietta Lewis só estava fazendo o que sempre fez, igualmente o Robert Downey Jr, atuando perfeitamente. E puta que pariu, que trilha sonora incrível. Patti Smith encaixou perfeitamente em todas as cenas que colocaram. Fiquei até instigado à ouvir Nine Inch Nail depois desse filme.
Yellow Submarine
4.2 223 Assista AgoraTrilha sonora? Puft. ATIRA A PRIMEIRA PEDRA QUEM NÃO GOSTOU.
Ghost: Do Outro Lado da Vida
3.6 1,6K Assista AgoraNão sei nem o que dizer. Acabei de assistir pela primeira vez. Só posso concordar com todo mundo: Clássico!
A Sombra e a Escuridão
3.7 369 Assista AgoraNão entendi a intenção do professor em passar esse filme na escola. Só sei que o final
sonhado
O filme deveria terminar quando a família dele morre. Mas como é sessão da tarde, não existem finais tristes. Aquele cara era tão malvado que parecia que chegava a ser extremamente metódica a atuação.
Fabricando Tom Zé
4.3 77O documentário poderia pretender ser desgastante, mal elaborado e mal feito, mas só de colocar o Tom Zé na frente de uma câmira, o técnico que se foda, a essência tá dentro do homem, e mais que a essência, tá a coragem e com toda a certeza, a genialidade impregnada, um homem de verdade, todo fodido, mulher, marginalizado, poeta, músico, feio, bahiano arretado de Irará. Mas quem dirá quem é Tom Zé. Ele é a própria música dele, e o próprio Tom Zé é aquilo que canta, a pessoa mais verdadeira que eu já vi. Tudo o que canta é tudo o que ele consegue ser naquele corpo pequeno. Ah, Tom Zé, se todo mundo cagesse a meia goma que tu cagas, o mundo estaria bem melhor. Quero falar mais...
Era Uma Vez Eu, Verônica
3.5 198Pensei que meu amigo tinha sido uma das poucas pessoas a conseguir dar vazão a rarefação do roteiro, o que ao meu ver não é negativo, embora existam por aqui tantas pessoas dando crédito a isso. Penso desta forma por Verônica não ser polêmica, nem ter contusões físicas maiores que o seu eu dentro da cabeça, como ela mesma diz quando fala do filme que se passa la dentro. Pois bem, ela foi paciente si com tantos traumas, uma paciente crônica, daquelas que ela mesma dizia morrer de pena, doenças degenerativas, daquelas que o caso só piora.
O que aconteceu na vida de Verônica depois do fim não nos faz respeito, nos faz respeito somente conhece-la como pessoa acima de sua profissão e como pedra acima de qualquer coração. A Hermila, em especial, tem a mágica de me fazer parecer tanto com ela; me sinto filme junto às suas interpretações. Sobre aquelas imagens banhadas e os sonhos sonhados, ah, uma maravilha sem precedentes, fiquei indignado com a grandeza da câmera em algumas cenas, tão bem feitas que custou voltar a realidade, abrir os olhos para as paredes do cinema, pareceu real, tão vívido que pensei ter vivido.
P.S: Eu odiava a Karina Buhr antes de ouvi-la cantando a última música deste filme.
Era Uma Vez...
3.7 827Vi pela terceira vez e mesmo não me emocionando tanto quanto a primeira e a segunda vez (onde eu me derreti no choro). A terceira vez foi pra tentar criticar o filme ao invés de só chorar, mas quando eles correm do lado do prédio dela em frente, eu só sei me emocionar. Fim, é um excelente filme.
Garapa
4.3 153 Assista AgoraNão precisamos ser o Karl Marx pra nos indignarmos com essa situação. O filme aqui representado confirma a realidade periférica dos centros urbanos. E o Nordeste como uma região dessas pena ao viver a Garapa como refeição diária. É um filme literalmente reflexivo onde podemos falar de políticas públicas, espaço geográfico, controle de natalidade, falta de conhecimento básico, direitos humanos, dignidade, princípios e muitos outros pontos, que de tão afugentados na miséria, surpreendem. Não é um filme pra agradar, tampouco um algo pra se ter como desnecessário e monocromático. Monocromático e desnecessário é o nosso comodismo político para com essas pessoas, como cidadãos. O Brasil não é miserável por falta de comida, comida tem pra todo mundo. O Brasil é miserável porque se alastra cada vez mais no brasileiro o fungo do "Infelizmente esse é o Brasil."
Z
4.4 122Levei um amigo pra assistir porque achei a sinopse super interessante, meu amigo adorou o filme, eu não.
Eu Não Faço a Menor Ideia do que eu Tô …
3.0 803Só pode ser um filme fantasma.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraNão é o melhor pra mim, mas entendo quem o considera. A trilha sonora é boa, mas entendo quem a considera. O brilhantismo tá ofuscante demais, mas entendo quem não considera. É um excelente filme, não entendo quem não considera.
As Amorosas
3.9 27O filme brasileiro mais francês que eu já assisti. As cenas do quarto dele são quase que cópias do caro François Truffaut e sua obra com o personagem Antoine Doinel. Assim como a cena penúltima, o que seria pra mim a regravação quase que incontextual da primeira cena de La Belle De Jour. As atrizes caracterizadas com o figurino altamente europeu. Os cílios encrementadamente franceses, rostos finos e cabelos andulados no chame francês. Parecia na verdade um filme dublado. Se não fosse pela atuação precária de alguns atores, o filme seria bem melhor. Mas em um todo, as críticas do filme são muito recorrentes na minha mente nos dias de hoje. Ele vive como uma cidadão quase incivilizado, não se permite curvar sobre os dogmas fa sociedade brasileira do século XX, a qual é bem parecida com a dos dias atuais. Os Mutantes são a surpresa agradável do filme, no meu caso que o assisti sem saber do que se tratava e que eles estavam lá. Ah, eu achei a atuação da namorada universitária - que lembrava a Nara Leão - horrível. Ela aparecia depois de vários dias sem se verem e perguntava se ele a amava, porque ela queria levar aquele relacionamento a diante, achei desprezível e até gargalhei. Mas tirando isso, o filme dá uma aula de ângulos de câmera e clima angustiante
As Filhas da Chiquita
4.0 20Por via de curiosidade, eu já fui em uma festa dessas, é horrível, eu fiquei do outro lado da praça, onde se concentra realmente o palanque. Não gostei por não ser algo que me agrade, nem por isso viro os olhos e faço a hipocrisia pseudo religiosa paraense de fingir que aquela festa não existe. Por ser extremamente vulgar e perigoso, não é esse paraíso das almas puras que contam no documentário. Mesmo com o próprio filme se pondo em uma posição, é errado escolher um lado e dizer que este está totalmente correto.
Sobre o humor, é inegável dizer o quão engraçado foi o discursso da vencedora drogada. Transtornada, mas ainda sim com um ótimo discursso.
Não gosto dessa outra hipocrisia dos homossexuais em fantasiarem demais o lado feliz, como se a vida não passasse de uma grande festa da Chiquita.
Já sobre a visão do padre e beata, mesmo com os cortes, algumas partes são evidentemente espantadoras, até pelo tom revoltado com que ele fala do tema da festa, é visivel o preconceito dele para com os realizadores da festa, ele deixa claro isso.
Mas eu achei legal eles fazerem esse doc. porque é uma atitude muito hipocrita dizer que ninguém vê aquela festa ali do lado do Círio, é óbvio e evidente que aquilo está ali todo ano e vai continuar estando, seja com ou sem o Elói, as pessoas não deixarão essa tradição morrer.
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraSai da sala querendo falar de todos os sentimentos e simbologias magnificos que atuam nesse filme. Cenas longas causando a visão agoniante nos espectadores, a câmera é um personagem desinteressado que aos poucos vai se aproximando dos fatos, mas que tudo sabe, esse é um artifício usado nos filmes do Haneke há algum tempo que venho vendo. Sem contar nas cenas esticadas que originam em nós um vazio gigante que cresce no silêncio se transformando em angústia. Por isso é inevitável falar do filme sem considerar a carga emocional totalmente explorada. A cada cena longa o próprio silêncio do filme parece gemer pelos corredores: "Dói".
Quando o Anne fala para o Georges no começo do filme ainda que aquile prolongamento só traria malefício para os dois, o filme traça o caminho devido o calar como resposta. Ali fica comprovado que o próprio Georges não saberá o destino daquela situação, mas ele se deixa levar, espera para ver até onde ele iria aguentar. Mas o filme além de tratar de temas recorrentes como o tratamento incapacitado para com os idosos, a terceira idade como vida útil, quando a pessoa deixa de ser ela mesmo e passa a vegetar. Anne representa muito bem seu papel, ao vê-la, mal posso acreditar em tanto talento embutido. Meus sentimos foram totalmente explorados na cena do almoço, eles são tão cativantes ali que nos faz parecer que o filme seguirá uma linha romântica, quando na verdade a intenção maior é expô-los como seres ativos emocionalmente.
É bem típico do Haneke os diálogos fortes que atravessam as telas pra te socar o estômago, a cena com a segunda contratada é essa presença mais forte deles.
Tenho mais a dizer, mas isso vai ficar muito grande e o celular não facilita.
A Harpa da Birmânia
4.3 35Se não fosse pela atuação metódica que eu consigo enxergar nessa cultura oriental, esse filme só seria agrado pra mim, por mas que em certas cenas eu tenha me debatido sobre a cadeira, sem entender o que fazer, outras o filme me tocou em tal ponto, que toda a agonia da guerra me pareceu evaporar e tudo ir se tornando poesia.
Watchmen: O Filme
4.0 2,8K Assista AgoraNão é só colocar músicas bonitas, tem que colocar músicas deslumbrantes em um contexto ímpar no clima mais bem trabalhado. Porra cinema, vai com calma que eu ainda quero fazer o meu filme. E esse é grande demais!