"O nosso amor que eu não esqueço e que teve o seu começo numa festa de São João, morre hoje sem foguete, sem retrato, sem bilhete, sem o luar, sem o violão. Perto de você me calo, tudo penso, nada falo, tenho medo de chorar. Nunca mais quero seu beijo, mas meu último desejo você não poder negar. Se alguma pessoa amiga pedir que você diga se você me quer ou não, diga que você me adora, que você lamenta, que você chora a nossa separação. E às pessoas que eu detesto, sempre diga que eu não presto, que meu lar é o botequim, e que eu arruinei a tua vida, que eu não mereço nem a comida que você pagou pra mim."
"Galega... Joana... amor da minha vida, faltam vinte e três dias e oito horas pra minha volta, e volto porque te amo. Tô cruzando uma estrada inteira, n'um pôr-do-sol romântico, lembro do nosso último pôr-do-sol juntos, lá na Praia do Futuro. A única coisa que me faz feliz nessa viagem são as lembranças que tenho de ti. Não... não Galega, isso é mentira, não sei escrever carta de amor, não aguento a ideia de ficar só. Sabia que a única coisa que me deixa triste nessa viagem são as lembranças que tenho de ti?
O Karim fez essa obra com os retalhos do Céu de Suely, sem contar nas cenas sem falas, o final é libertador, aquela cena dos mulatos pulando os penhascos, eles atravessam a tela em milésimos, com zoom, sem zoom. Incrível!
Palavras mais ditas aqui nessa página: Alucinógeno, drogas, viagem, psicodélico, monótono e inovador. Não é a toa que são adjetivos dirigidos ao filme do Gaspar Noé, é um trejeito dele ser inovador e extremamente impactante, torna as coisas mais difíceis quase intragáveis, faz o cinema ter poder não só emocional, mas físico sobre o espectador, aquela relance de filmagens aéreas que corriam de um lado ao outro da cidade mantinham aquilo tão manuseável, é um filme que propõe ao espectador uma viagem realmente, onde dentro dela envolve a história de duas pessoas em foco, unidas naquela vida pelo sangue.
Gosto do jeito que a repetição de movimentos no vagar por ai da câmera faz ser proposital o aparecimento do cansaço, a platéia sente suas almas exaustas, assim como a alma do filme se sente. É um filme que interage com a platéia, todos se mexem e remexem na cadeira, agonianos, angustiados, é isso que o Noé consegue atingir muito bem. Contei de onde estava 5 pessoas saindo da sala de cinema.
Ouvi falar no debate após o filme, que segundo a religião budista, eles acreditam que a pior parte de todo esse ciclo espiritual onde se começa e termina a vida, esse intervalo entre uma vida e a outra é a pior parte, a parte onde o espírito procura onde irá nascer, em qual mulher, em qual lugar. É realmente desesperador, ficamos incomodados com aquela câmera vagando desesperada em busca de um lugar pra invadir, durante os últimos 30 minutos do filme, ela não para em um lugar só, fica viajando por vários quartos, no meio de tantas transas, enfim encontra o lugar ideal, e quando aquele bebê grita vendo o cordão umbilical se romper, é não só a representação da liberdade daquele ser que (re)nascia ali, mas também do espectador que vê a meta alcançada.
Sobre a capacidade técnica do filme, é surpreendente como o Gaspar reuniu tantos efeitos especiais, tanta cor ofuscante, tantos artigos de outro mundo em um filme só. É uma viagem ao espaço imaginário de um dependente químico, o filme tem um astral tão imaginário, tão dilacerador, aquelas cenas tão bem feitas. Tenho uma certa repulsa com efeitos especiais usados em excesso, esse filme extrapola nesse sentido, mas não posso negar que aqui, é mais que necessário.
A garotinha (Emily Alyn Lind) fez uma atuação excelente, fico imaginando como preparam crianças para fazerem cenas tão fortes como as que ela fez. E como ela assiste ao seu próprio filme sendo esse repleto de cenas demasiadamente fortes. O Oscar (Nathaniel Brown) jogado no banheiro após ser baleado, com aquela brancura ofuscando pela luz, aquela camisa curta verde musgo, aquela privada suja, me lembrou demais Transpotting. Não gostei da atuação da Linda maior. Esse filme tem muitos aspectos inovadores, vanguardistas em aspectos de filmagem, que dividem essa coisa pessoal, como se quem estiver vendo o filme, está dentro dele, naquele momento, naquele lugar, vivendo todas aquelas sensações. A câmera que incorpora os personagens.
Filme absurdamente chocante, cansativo, ilustrativo e experimental. Sensacional, um dos melhores trabalhos do Noé que vi até hoje.
A história desse filme começou pra mim quando ouvi a Brigitte e o Serge cantando Bonnie and Clyde, e achei aquilo com cara de filme, fui pesquisar e era mesmo. Me pedarei ontem a noite com a existência dele na internet online. Vi, que maravilha! É cativante, emocionante, bem humorado e muito, muito, muito divertido. É o estilo de filme viciante e conservado, que aos dias de hoje pode causar sentimentos aflorando. Uma obra marcante pra Hollywood como vi uns amigos à baixo comentando, mas acima disso, uma obra marcante para o cinema. Todos aspectos que compõem um filme foram correspondidos nesse filme.
A única cena que me desmotivou foi a atuação da mãe de Bonnie, mas só e somente, que passa despercebida no meio de tantas atuações excelentes.
Se eu tivesse participado da produção desse filme, seria uma das pessoas mais satisfeitas do mundo. Bonnie Parker and Clyde Barrow talvez sejam meus anti-heróis favoritos.
Vi na página da Faye Dunaway e esse é considerado o primeiro trabalho dela. Se for isso mesmo, pelo amor de Deus. Ela já chega ensaiando toda essa experiência, que adoração de atriz!
P.S: Desculpem a empolgação, acabei de ver o filme e nesse momento não posso controlá-la.
Não deveriam exaltar o filme tão superficialmente, dizem que os pilares fortes são a trilha sonora do Alex, a fotografia e a típica rotina escolar. Com esses comentários não ficaria nem um pouco motivado a assistir à esse filme. Vendo do ponto sensivelmente cômico e juvenil que o drama percorre, o filme é muito mais bonito, os diálogos e desespero de alguém que todo dia descobre uma palavra no dicionário e não sabe o que dizer pra sua namorada. O desespero de um garoto que ao tentar adaptar-se ao seu convívio social encontra acidentalmente uma namorada e ao juntar-se à ela, descobre o risco da separação de seus pais. São incríveis a trilha sonora e fotografia sim, mas não somente isso. O filme vai além.
Gallo não é sensacional. Mas não me venham dizer que ele é só um bom ator. De tão horrível que é o personagem dele, acabamos odiando e amando sua pessoa. Pra no fim nos entregarmos como Billy fez.
Os Mutantas naquela roda cantando Panis Et Circenses foi muito bonito. O gráfico do Documentário está de parabéns. Mas me faltou magnitude pra explosão eufórica que a Tropicália representou no salto que o Brasil deu através da música, senti receio do roteiro em expor o movimento, apesar da proposta.
O "tão" é seu, só somos "Doces", só isso. A cara do Gil no tribunal. "A erva maldita". A birra efervescente da Bethânia. O mimo agradável que sai da bocarra da Gal. E Caetano, falando e falando. Tanta energia, tanta vida em shows bárbaros.
Não fazia ideia de que esse filme pertencia à uma trilogia. Mesmo assim, pude analisar somente esse e ver que é bom sim, e possui muita qualidade que é cedida pelos atores, que ao meu ver, fazem o filme se transformar em um filme intrigante. As cenas cortadas fazem o suspense sair-se da melhor forma. Sobre a melhor atuação, me desculpem todos, mas igualei a atuação do Del Toro com a da Naomi, quase lagrimei com ela em algumas cenas. Talvez seja mais fácil pro Del Toro fazer esses papéis excelentes, porque estou acostumado com a qualidade das atuações dele, mas Naomi passou nesse filme à se tornar uma bela atriz, assim como ela atua em Funny Games. Certos diálogos foram feitos pra serem guardados na mente, os questionamentos são totalmente úteis na vida de qualquer ser humano que passe por problemas. A vida de algumas pessoas passa por esse filme, só que sem cortes, trilha sonora e onipresença.
Aprende-se surrando alguém, aprende-se sendo surrado, aprende-se observando, aprende-se a se arrepender, aprende-se a pedir desculpas, aprende-se a viver melhor depois de tanto aprender.
Diria adjetivos fortes, falaria da técnica de filmagem manual, comentaria a atuação perfeccionista dos atores, discutiria sobre a capacidade que o roteiro teve de comparecer com todos os objetivos que alguém poderia ter desse filme. Mas vou expor somente o sentimento dilacerador que esse filme me deixou. Confesso que há tempos atrás, a Björk não passava de uma cantora com uma qualidade vocal excelente. Hoje descobri uma faceta talvez mais admirável que a citada, ou melhor, que me fez vê-la de outro ângulo onde eu pudesse conseguir entrar no nesse mundo e acabar encantado também pela voz que passou a arrebatar-me, carregada de tanta emoção. É um dos poucos filmes que vejo há anos e me emociona como tal. Quase lagrimei em algumas cenas. O roteiro é estupendo e totalmente bem dirigido pelo Lars Von Trier. Posso parecer apelativo ao exaltar o diretor agora, embora não possa negar, que foi com essa obra que ele me conquistou. Até Dogville que pra mim tinha sido seu ápice faz papel em segundo lugar se comparado à esse filme.
A presença marcante da Norma Desmond, aquele ar de superioridade que ocultava a fragilidade de uma criança. Todo aquele queixo empinado com olhos hipnotizantes, por depender tanto do amor de um homem à ponto de lhe custar a vida. Tudo isso e um pouco mais me fez lembrar da Édith Piaf.
Se não me contassem que é de 40, diria que fizeram em 80. Teor altamente crítico e humorístico aceitável à época. Cenas maravilhosas, ver o Chaplin repetindo os gestos que faz em Tempos Modernos quando atua como o Füher foi incrível, cenas como a do balão e toda aquela maestria na interpretação do ditador foram memoráveis. Realmente, mais uma das tantas obras primas de Chaplin, mas com certeza, essa merece destaque.
Conteúdo, contexto e história interessantíssimos, uma ideia incrível e uma concretização lamentável, fizeram o filme com o pouco que tinham, ser o pouco que fizeram, me pareceu um filme preguiçoso, com preguiça de caminhar no contexto. Poucas vezes me fez rir, principalmente na parte em que o diretor narra uma cena ao mesmo tempo em que ela é exibida, a garota revoltada foi incrível!
Partes boas. Brad Pitt atuando feito em Fight Club e Stephen Graham como em This Is England. Ambos filmes excelentes, mas esse parecia precisar de algo mais pra cativar. Ele foi só bem feito.
Já acrescentei meu comentário há muito tempo atrás, mas a cada revista, sempre sobram resquícios de novos conhecimentos sobre um filme, assim penso sobre um filme bom. No caso desse filme, queria compartilhar com quem assistiu, que caso não tenham percebido, acho inteligente em minha opinião o Tom contradizer-se ao falar pra Summer quando estão no Plaza que ele gostaria que as pessoas prestassem mais atenção no lugar por onde elas passam. Sendo a Autumn uma visitante do local onde ele costumava ir e passar horas lá. Ela por outro lado, prestou atenção nele, e ele que costumava prestar tanta atenção naquela direção, desvalorizava outros ângulos que poderiam ser obtidos ali daquele lugar. Espero que tenha contribuído para uma visão a mais de algo que nem todo mundo à primeira vista consegue observar, no meu caso, à quarta vista só que obtive esse conhecimento.
Ouvi tantos comentários exaltando o diretor Wes Anderson, sendo esse o primeiro filme que assisto dele, e de grande agrado me deixou. É cativante e extremamente encantador, as cenas naturais e todo aquele gosto de inocência que se dissipa e ao mesmo tempo cresce na atitude das crianças. Como disseram abaixo: "É um filme com crianças feito para adultos", com tanto a se dizer, e muita beleza pra mostrar. Confesso que o filme me conquistou já aos cinco primeiros minutos, e na melhor cena, ou também chamada de cena na praia em que dançam Le Temps De L'amour da Françoise Hardy e eu me deixei ganhar totalmente pelo clima aventureiro e romântico do filme. Atuações propositalmente metódicas foram perfeitas, até o fim. Quê elenco maravilhoso e que maravilha de filme! Até agora sonhando com a beleza daquela ilha sem desconsiderar a qualidade de filmagem, que a deixou muito mais bela.
A libertação ao decorrer do filme de cada personagem foi me libertando consecutivamente, ao fim do filme estava tão solto que não guardei rancores e até briguei por devida situação com uma amiga. Vejo que o filme me afeta de verdade e causa grandes transtornos de felicidade em mim por ser algo válido, isso me faz perceber que é realmente um bom filme, e acaba me fazendo bem, poder falar e sentir-me mais humano, nem que pra isso precise parecer irracional e primitivo.
Polanski na comédia me é novidade, embora tenha me agradado tanto quanto venho me decepcionando com filmes atuais de excelentes diretores antigos, o que me faz lembrar da grande decepção que tive em Para Roma com amor. Diferentemente de Polanski que soube integrar muitos aspectos sociais atuais em um filme com excelentes atuações. Jodie Foster lutando pelos oprimidos me fez referência em alguns aspectos, já o Waltz que não largava do Walter me agonizou durante todo o filme, Kate Winslet estava contida no começo e depois da sua libertação foi incrível. As cenas de ápices insanos foram tão boas quanto os diálogos, milimetricamente afinados para atingir nós mesmos.
Resumo humorístico: Crianças brigam, pais discutem. Crianças se desculpam, pais nunca mais pretendem se reconciliarem ou ao menos se reverem.
Queria lembrar inteiramente da frase que gostei bastante, mas tentarei transcrever pra cá o sentido da mensagem que admirei em especial: "Porque creio que a cultura é uma forma de obter-se paz".
Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo
3.9 502 Assista Agora"O nosso amor que eu não esqueço e que teve o seu começo numa festa de São João, morre hoje sem foguete, sem retrato, sem bilhete, sem o luar, sem o violão. Perto de você me calo, tudo penso, nada falo, tenho medo de chorar. Nunca mais quero seu beijo, mas meu último desejo você não poder negar. Se alguma pessoa amiga pedir que você diga se você me quer ou não, diga que você me adora, que você lamenta, que você chora a nossa separação. E às pessoas que eu detesto, sempre diga que eu não presto, que meu lar é o botequim, e que eu arruinei a tua vida, que eu não mereço nem a comida que você pagou pra mim."
"Galega... Joana... amor da minha vida, faltam vinte e três dias e oito horas pra minha volta, e volto porque te amo. Tô cruzando uma estrada inteira, n'um pôr-do-sol romântico, lembro do nosso último pôr-do-sol juntos, lá na Praia do Futuro. A única coisa que me faz feliz nessa viagem são as lembranças que tenho de ti. Não... não Galega, isso é mentira, não sei escrever carta de amor, não aguento a ideia de ficar só. Sabia que a única coisa que me deixa triste nessa viagem são as lembranças que tenho de ti?
O Karim fez essa obra com os retalhos do Céu de Suely, sem contar nas cenas sem falas, o final é libertador, aquela cena dos mulatos pulando os penhascos, eles atravessam a tela em milésimos, com zoom, sem zoom. Incrível!
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraTanta expectativa.
Enter The Void: Viagem Alucinante
4.0 871 Assista AgoraPalavras mais ditas aqui nessa página: Alucinógeno, drogas, viagem, psicodélico, monótono e inovador. Não é a toa que são adjetivos dirigidos ao filme do Gaspar Noé, é um trejeito dele ser inovador e extremamente impactante, torna as coisas mais difíceis quase intragáveis, faz o cinema ter poder não só emocional, mas físico sobre o espectador, aquela relance de filmagens aéreas que corriam de um lado ao outro da cidade mantinham aquilo tão manuseável, é um filme que propõe ao espectador uma viagem realmente, onde dentro dela envolve a história de duas pessoas em foco, unidas naquela vida pelo sangue.
Gosto do jeito que a repetição de movimentos no vagar por ai da câmera faz ser proposital o aparecimento do cansaço, a platéia sente suas almas exaustas, assim como a alma do filme se sente. É um filme que interage com a platéia, todos se mexem e remexem na cadeira, agonianos, angustiados, é isso que o Noé consegue atingir muito bem. Contei de onde estava 5 pessoas saindo da sala de cinema.
Ouvi falar no debate após o filme, que segundo a religião budista, eles acreditam que a pior parte de todo esse ciclo espiritual onde se começa e termina a vida, esse intervalo entre uma vida e a outra é a pior parte, a parte onde o espírito procura onde irá nascer, em qual mulher, em qual lugar. É realmente desesperador, ficamos incomodados com aquela câmera vagando desesperada em busca de um lugar pra invadir, durante os últimos 30 minutos do filme, ela não para em um lugar só, fica viajando por vários quartos, no meio de tantas transas, enfim encontra o lugar ideal, e quando aquele bebê grita vendo o cordão umbilical se romper, é não só a representação da liberdade daquele ser que (re)nascia ali, mas também do espectador que vê a meta alcançada.
Sobre a capacidade técnica do filme, é surpreendente como o Gaspar reuniu tantos efeitos especiais, tanta cor ofuscante, tantos artigos de outro mundo em um filme só. É uma viagem ao espaço imaginário de um dependente químico, o filme tem um astral tão imaginário, tão dilacerador, aquelas cenas tão bem feitas. Tenho uma certa repulsa com efeitos especiais usados em excesso, esse filme extrapola nesse sentido, mas não posso negar que aqui, é mais que necessário.
A garotinha (Emily Alyn Lind) fez uma atuação excelente, fico imaginando como preparam crianças para fazerem cenas tão fortes como as que ela fez. E como ela assiste ao seu próprio filme sendo esse repleto de cenas demasiadamente fortes.
O Oscar (Nathaniel Brown) jogado no banheiro após ser baleado, com aquela brancura ofuscando pela luz, aquela camisa curta verde musgo, aquela privada suja, me lembrou demais Transpotting.
Não gostei da atuação da Linda maior.
Esse filme tem muitos aspectos inovadores, vanguardistas em aspectos de filmagem, que dividem essa coisa pessoal, como se quem estiver vendo o filme, está dentro dele, naquele momento, naquele lugar, vivendo todas aquelas sensações. A câmera que incorpora os personagens.
Filme absurdamente chocante, cansativo, ilustrativo e experimental. Sensacional, um dos melhores trabalhos do Noé que vi até hoje.
Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas
4.0 399 Assista AgoraA história desse filme começou pra mim quando ouvi a Brigitte e o Serge cantando Bonnie and Clyde, e achei aquilo com cara de filme, fui pesquisar e era mesmo. Me pedarei ontem a noite com a existência dele na internet online. Vi, que maravilha! É cativante, emocionante, bem humorado e muito, muito, muito divertido. É o estilo de filme viciante e conservado, que aos dias de hoje pode causar sentimentos aflorando. Uma obra marcante pra Hollywood como vi uns amigos à baixo comentando, mas acima disso, uma obra marcante para o cinema. Todos aspectos que compõem um filme foram correspondidos nesse filme.
A única cena que me desmotivou foi a atuação da mãe de Bonnie, mas só e somente, que passa despercebida no meio de tantas atuações excelentes.
Se eu tivesse participado da produção desse filme, seria uma das pessoas mais satisfeitas do mundo. Bonnie Parker and Clyde Barrow talvez sejam meus anti-heróis favoritos.
Vi na página da Faye Dunaway e esse é considerado o primeiro trabalho dela. Se for isso mesmo, pelo amor de Deus. Ela já chega ensaiando toda essa experiência, que adoração de atriz!
P.S: Desculpem a empolgação, acabei de ver o filme e nesse momento não posso controlá-la.
Submarine
4.0 1,6KNão deveriam exaltar o filme tão superficialmente, dizem que os pilares fortes são a trilha sonora do Alex, a fotografia e a típica rotina escolar. Com esses comentários não ficaria nem um pouco motivado a assistir à esse filme. Vendo do ponto sensivelmente cômico e juvenil que o drama percorre, o filme é muito mais bonito, os diálogos e desespero de alguém que todo dia descobre uma palavra no dicionário e não sabe o que dizer pra sua namorada. O desespero de um garoto que ao tentar adaptar-se ao seu convívio social encontra acidentalmente uma namorada e ao juntar-se à ela, descobre o risco da separação de seus pais. São incríveis a trilha sonora e fotografia sim, mas não somente isso. O filme vai além.
Buffalo '66
4.1 302Gallo não é sensacional. Mas não me venham dizer que ele é só um bom ator. De tão horrível que é o personagem dele, acabamos odiando e amando sua pessoa. Pra no fim nos entregarmos como Billy fez.
Metropia
3.4 109Achei essa sinopse Matrix.
Tropicália
4.1 289Os Mutantas naquela roda cantando Panis Et Circenses foi muito bonito. O gráfico do Documentário está de parabéns. Mas me faltou magnitude pra explosão eufórica que a Tropicália representou no salto que o Brasil deu através da música, senti receio do roteiro em expor o movimento, apesar da proposta.
Os Doces Bárbaros
4.4 51O "tão" é seu, só somos "Doces", só isso.
A cara do Gil no tribunal. "A erva maldita".
A birra efervescente da Bethânia.
O mimo agradável que sai da bocarra da Gal.
E Caetano, falando e falando.
Tanta energia, tanta vida em shows bárbaros.
21 Gramas
4.0 888 Assista AgoraNão fazia ideia de que esse filme pertencia à uma trilogia. Mesmo assim, pude analisar somente esse e ver que é bom sim, e possui muita qualidade que é cedida pelos atores, que ao meu ver, fazem o filme se transformar em um filme intrigante. As cenas cortadas fazem o suspense sair-se da melhor forma. Sobre a melhor atuação, me desculpem todos, mas igualei a atuação do Del Toro com a da Naomi, quase lagrimei com ela em algumas cenas. Talvez seja mais fácil pro Del Toro fazer esses papéis excelentes, porque estou acostumado com a qualidade das atuações dele, mas Naomi passou nesse filme à se tornar uma bela atriz, assim como ela atua em Funny Games.
Certos diálogos foram feitos pra serem guardados na mente, os questionamentos são totalmente úteis na vida de qualquer ser humano que passe por problemas. A vida de algumas pessoas passa por esse filme, só que sem cortes, trilha sonora e onipresença.
Em um Mundo Melhor
3.9 317Aprende-se surrando alguém, aprende-se sendo surrado, aprende-se observando, aprende-se a se arrepender, aprende-se a pedir desculpas, aprende-se a viver melhor depois de tanto aprender.
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraDiria adjetivos fortes, falaria da técnica de filmagem manual, comentaria a atuação perfeccionista dos atores, discutiria sobre a capacidade que o roteiro teve de comparecer com todos os objetivos que alguém poderia ter desse filme. Mas vou expor somente o sentimento dilacerador que esse filme me deixou. Confesso que há tempos atrás, a Björk não passava de uma cantora com uma qualidade vocal excelente. Hoje descobri uma faceta talvez mais admirável que a citada, ou melhor, que me fez vê-la de outro ângulo onde eu pudesse conseguir entrar no nesse mundo e acabar encantado também pela voz que passou a arrebatar-me, carregada de tanta emoção.
É um dos poucos filmes que vejo há anos e me emociona como tal. Quase lagrimei em algumas cenas. O roteiro é estupendo e totalmente bem dirigido pelo Lars Von Trier. Posso parecer apelativo ao exaltar o diretor agora, embora não possa negar, que foi com essa obra que ele me conquistou. Até Dogville que pra mim tinha sido seu ápice faz papel em segundo lugar se comparado à esse filme.
Salò, ou os 120 Dias de Sodoma
3.2 1,0KPra quem não entendeu como eu, começou, contou, torturou, cantarolou, comeu, transou e terminou.
Crepúsculo dos Deuses
4.5 794 Assista AgoraA presença marcante da Norma Desmond, aquele ar de superioridade que ocultava a fragilidade de uma criança. Todo aquele queixo empinado com olhos hipnotizantes, por depender tanto do amor de um homem à ponto de lhe custar a vida. Tudo isso e um pouco mais me fez lembrar da Édith Piaf.
O Grande Ditador
4.6 804 Assista AgoraSe não me contassem que é de 40, diria que fizeram em 80. Teor altamente crítico e humorístico aceitável à época. Cenas maravilhosas, ver o Chaplin repetindo os gestos que faz em Tempos Modernos quando atua como o Füher foi incrível, cenas como a do balão e toda aquela maestria na interpretação do ditador foram memoráveis. Realmente, mais uma das tantas obras primas de Chaplin, mas com certeza, essa merece destaque.
Isto Não É um Filme
3.9 54 Assista AgoraConteúdo, contexto e história interessantíssimos, uma ideia incrível e uma concretização lamentável, fizeram o filme com o pouco que tinham, ser o pouco que fizeram, me pareceu um filme preguiçoso, com preguiça de caminhar no contexto. Poucas vezes me fez rir, principalmente na parte em que o diretor narra uma cena ao mesmo tempo em que ela é exibida, a garota revoltada foi incrível!
Snatch: Porcos e Diamantes
4.2 1,1K Assista AgoraPartes boas. Brad Pitt atuando feito em Fight Club e Stephen Graham como em This Is England. Ambos filmes excelentes, mas esse parecia precisar de algo mais pra cativar. Ele foi só bem feito.
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista AgoraJá acrescentei meu comentário há muito tempo atrás, mas a cada revista, sempre sobram resquícios de novos conhecimentos sobre um filme, assim penso sobre um filme bom.
No caso desse filme, queria compartilhar com quem assistiu, que caso não tenham percebido, acho inteligente em minha opinião o Tom contradizer-se ao falar pra Summer quando estão no Plaza que ele gostaria que as pessoas prestassem mais atenção no lugar por onde elas passam. Sendo a Autumn uma visitante do local onde ele costumava ir e passar horas lá. Ela por outro lado, prestou atenção nele, e ele que costumava prestar tanta atenção naquela direção, desvalorizava outros ângulos que poderiam ser obtidos ali daquele lugar. Espero que tenha contribuído para uma visão a mais de algo que nem todo mundo à primeira vista consegue observar, no meu caso, à quarta vista só que obtive esse conhecimento.
Frankenstein
4.0 284 Assista Agora"Isso é tudo pessoal":
Louca Obsessão
4.1 1,3K Assista AgoraMe lembrou o tratamento que a Blanche recebe em O Que Terá Acontecido à Baby Jane?
Irreversível
4.0 1,8K Assista AgoraFilme não recomendado para claustrofóbicos ou sofredores de vertigem.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraOuvi tantos comentários exaltando o diretor Wes Anderson, sendo esse o primeiro filme que assisto dele, e de grande agrado me deixou. É cativante e extremamente encantador, as cenas naturais e todo aquele gosto de inocência que se dissipa e ao mesmo tempo cresce na atitude das crianças. Como disseram abaixo: "É um filme com crianças feito para adultos", com tanto a se dizer, e muita beleza pra mostrar. Confesso que o filme me conquistou já aos cinco primeiros minutos, e na melhor cena, ou também chamada de cena na praia em que dançam Le Temps De L'amour da Françoise Hardy e eu me deixei ganhar totalmente pelo clima aventureiro e romântico do filme. Atuações propositalmente metódicas foram perfeitas, até o fim. Quê elenco maravilhoso e que maravilha de filme! Até agora sonhando com a beleza daquela ilha sem desconsiderar a qualidade de filmagem, que a deixou muito mais bela.
Nade ou Afunde
4.3 4Imagem bonitas, uma narração boa, sem toques em mim, apesar da proposta.
Deus da Carnificina
3.8 1,4KA libertação ao decorrer do filme de cada personagem foi me libertando consecutivamente, ao fim do filme estava tão solto que não guardei rancores e até briguei por devida situação com uma amiga. Vejo que o filme me afeta de verdade e causa grandes transtornos de felicidade em mim por ser algo válido, isso me faz perceber que é realmente um bom filme, e acaba me fazendo bem, poder falar e sentir-me mais humano, nem que pra isso precise parecer irracional e primitivo.
Polanski na comédia me é novidade, embora tenha me agradado tanto quanto venho me decepcionando com filmes atuais de excelentes diretores antigos, o que me faz lembrar da grande decepção que tive em Para Roma com amor. Diferentemente de Polanski que soube integrar muitos aspectos sociais atuais em um filme com excelentes atuações. Jodie Foster lutando pelos oprimidos me fez referência em alguns aspectos, já o Waltz que não largava do Walter me agonizou durante todo o filme, Kate Winslet estava contida no começo e depois da sua libertação foi incrível. As cenas de ápices insanos foram tão boas quanto os diálogos, milimetricamente afinados para atingir nós mesmos.
Resumo humorístico: Crianças brigam, pais discutem. Crianças se desculpam, pais nunca mais pretendem se reconciliarem ou ao menos se reverem.
Queria lembrar inteiramente da frase que gostei bastante, mas tentarei transcrever pra cá o sentido da mensagem que admirei em especial: "Porque creio que a cultura é uma forma de obter-se paz".