Esses dois episódios finais foram espetaculares. O auge do que é uma produção extremamente cuidadosa. Bill Hader e Fred Armisen são artistas completos.
1970 e os caras já brincavam de metalinguagem, de filosofia, socialismo (os comunistas mundiais no programa de esportes eu nunca vou me esquecer), e principalmente com a facilidade que o cérebro humano tem em reter besteira. Porque Monty Python é isso: um grupo de seres humanos que não possuem pudor algum em transpor suas maluquices para a tela. Sorte a nossa. Azar da Rainha.
Mais impressionante do que uma série manter sua qualidade por onze anos, demonstrando uma puta regularidade e uma criatividade por parte dos roteiristas que parece ser infinita, é essa mesma série atingir o ponto alto da sua genialidade justamente na décima primeira temporada. IASIP só melhora com o tempo, isso é inacreditável.
Obra prima. A maior de todas as sitcons. E na boa, quem reclama do final, no minimo não se atentou ao ponto chave do que a serie representa. Obrigado, Jerry Seinfeld.
Com esse finale, Seinfeld transcendeu. Quatro pessoas horriveis, egoistas, porem humanas. Quatro personagens que, ao longo de sete temporadas, não evoluiram, não cresceram, sequer sairam do lugar - a excessão de George, que talvez tenha andado pra tras. E, sinto muito, se você se sentiu ofendido com o final, voce talvez prefira Friends. Seinfeld não tem espaço para arcos narrativos que trabalhem os personagens amadurecendo. Esses quatro são, provavelmente, o maior exemplo de estagnação da historia da televisão. E que bom.
Depois de seis anos em altissimo nivel, Seinfeld não apenas mantem a qualidade de seu texto, mas também resolve ousar e usar de temas completamente doentios para destilar seu humor, como Kramer passando por um deficiente mental ou Jerry sendo abusado na cadeira do dentista. Apesar do sentimento de sorte que tenho, por ter encontrado em Seinfeld um humor que ate então eu não acreditava existir, começo a ficar triste, pois nesse ponto ja passei da metade. E sei que esses quatro deixarão muitas saudades.
A camisa tufada de Jerry. Kramer fumando cigarro enquanto bebe cerveja. O índio da tabacaria. George e Kramer indo comprar vinho enquanto Jerry e Elaine vão na confeitaria. Os casacos do sr. Seinfeld. Jerry imitando Don Corleone. Kramer e George escalando a pedra. Fidelidade entre barbeiro e cliente. Elaine sendo mordida por um cachorro com raiva. O pedaço de papel higiênico. O iogurte sem gordura. A manga. O incêndio. "Poppy is a little sloppy". George sendo flagrado nu, depois de nadar na piscina. O manequim da Elaine. A esposa de Jerry (oi, Monica). George fazendo o oposto de tudo. O livro de mesas de centro que virava uma mesa de centro. Se pegar enquanto assiste A Lista de Schindler e o Newman espalhar. O namorado da Elaine que chegava muito perto para conversar. "Kavorka". A leitora de lábios. Os pais de George. O biólogo marinho. Que temporada fantastica, que serie absurda.
Só a cena do Kramer falando do nariz da namorada do George já é o bastante para considerar a série uma obra prima da comédia. A evolução perante as temporadas anteriores é bem visível, principalmente no texto.
Toda série tem aquele episódio "que te fisga". O episódio crucial, aquele que determina que "ok, eu verei essa merda até o fim agora". Toda série.
Com Lost, foi o lendário "Walkabout" (1x4). Sopranos teve o seu "College" (1x5), Breaking Bad teve "Crazy Handful of Nothin'" (1x6), The Wire teve "Old Cases" (1x4) e Six Feet Under teve o seu "The Foot" (1x3). E com Seinfeld veio o maravilhoso "The Pony Remark" - após Jerry fazer seu monólogo na mesa de jantar sobre os pôneis e os imigrantes, eu já sabia que ia acabar vendo tudo até o fim.
A segunda temporada de Seinfeld termina com uma melhora substancial em comparação com a primeira. O elenco principal cresce ainda mais em seus papéis, enquanto que o roteiro de Larry David demonstra uma maior ousadia e segurança, acertando também em continuar mesclando elementos da vida cotidiana com comentários repletos de acidez.
A primeira temporada se encerra dando a impressão de estarmos diante de quatro personagens que, apesar de seus aspectos interessantes e cômicos, ainda não se apresentaram com todo seu potencial.
Ao fim da série é fácil perceber que a mesma possui apenas uma grande "qualidade": a sua capacidade de entreter. Devido á forma como os episódios são dispostos, é bastante notável como a nossa curiosidade, como espectadores da série e das próprias fitas, vai aumentando gradualmente, o que obviamente nos prende muito na trama - uma pena, já que a série em nenhum momento faz jus a toda nossa atenção.
Seu roteiro é problemático, com diversas situações explicitamente forçadas ou que, dentro da lógica narrativa da série, não fazem sentido. A montagem até tenta conferir um aspecto complexo para a história, mas acaba falhando pela sua falta de sutileza, nos afetando em nossa suspensão da descrença, já que somos lembrados a todo instante que estamos visualizando um produto de ficção. As atuações quase beiram o amadorismo, e vários personagens que poderiam ser melhores aproveitados graças ás suas (possíveis) complexidades, acabam caindo na fácil armadilha do maniqueísmo, virando meros clichês ambulantes.
Com relação ao tema da série, bem... Se antes de vê-lá eu já achava que é de indiscutível importância a discussão sobre suicídio, misoginia, bullying, e outros assuntos que envolvem a vida adolescente, hoje em dia acho ainda MAIS urgente que tais temas sejam explorados, ainda mais depois da influência (negativa) que a série possa despertar.
Só nos resta torcer para que explorem em uma produção "melhorzinha" da próxima vez.
Só é melhor que sua temporada anterior, o que não quer dizer muita coisa. Roteiro que não emplaca nenhum terror e pouco empolga, personagens muitas vezes desnecessários ou mal utilizados, péssimas decisões narrativas - enfim, são muitos os problemas de AHS. Felizmente sempre foi uma série com ótimas atuações em sua defesa; Jessica Lange e Kathy Bates não precisam nem de apresentação, seus currículos falam por si só, por isso que as surpresas são Sarah Paulson, que teve um trabalho dobrado, e Michael Chiklis que fugiu completamente de suas atuações normais com a complexidade de seu personagem.
Surpreendente, pois apesar da narrativa soar (falsamente) lenta em certos trechos, a série nunca perde sua qualidade e nunca deixa de ser interessante, além de possuir uma trama que permite analisar os costumes dessa época remota. A produção da série é impecável, desde os figurinos até a ambientação, Mad Men recria com uma facilidade incrível os anos 60. Jon Hamm dá vida a um personagem repleto de mistérios e complexidade, achei fascinante como o desdobrar de seu passado vai nos sendo revelado aos poucos.
É tanta coisa para se impressionar que fica difícil até comentar. O Freeman e o Cumberbatch mereceram todos os prêmios que receberam, essa temporada teve as melhores atuações de ambos, assim como a direção, que foi excepcional. Mas o roteiro é ápice da série; cada detalhe, cada diálogo, tudo tem sua importância na narrativa, além do modo como que eles adaptam as histórias originais para a modernidade em sacadas geniais. Esse hiato de dois anos é covardia demais.
Que último episódio genial foi esse? A cada momento ficava mais imprevisível ainda. Os dois protagonistas arrebentam, mas o Andrew Scott me surpreendeu demais com seu exímio Moriarty.
Documentary Now! (2ª Temporada)
4.0 3Esses dois episódios finais foram espetaculares. O auge do que é uma produção extremamente cuidadosa. Bill Hader e Fred Armisen são artistas completos.
South Park (5ª Temporada)
4.5 34Scott Tenorman Must Die é um dos grandes episódios da história das animações. Aquilo ali é de outro mundo.
Monty Python's Flying Circus (2ª Temporada)
4.6 181970 e os caras já brincavam de metalinguagem, de filosofia, socialismo (os comunistas mundiais no programa de esportes eu nunca vou me esquecer), e principalmente com a facilidade que o cérebro humano tem em reter besteira. Porque Monty Python é isso: um grupo de seres humanos que não possuem pudor algum em transpor suas maluquices para a tela. Sorte a nossa. Azar da Rainha.
It's Always Sunny in Philadelphia (11ª Temporada)
4.4 23Mais impressionante do que uma série manter sua qualidade por onze anos, demonstrando uma puta regularidade e uma criatividade por parte dos roteiristas que parece ser infinita, é essa mesma série atingir o ponto alto da sua genialidade justamente na décima primeira temporada. IASIP só melhora com o tempo, isso é inacreditável.
Community (2ª Temporada)
4.5 202 Assista AgoraZumbis, caneta perdida, stop motion, Dungeons & Dragons, documentário, paintball. Essa temporada foi maravilhosa.
The Office (6ª Temporada)
4.5 199A Pam não tem uma perna na capa.
Big Little Lies (1ª Temporada)
4.6 1,1K Assista AgoraTodos os homens deveriam assistir essa série. Todos, sem exceção.
True Detective (2ª Temporada)
3.6 772Só uma dica: revejam.
Seinfeld (9ª Temporada)
4.6 129 Assista AgoraObra prima. A maior de todas as sitcons. E na boa, quem reclama do final, no minimo não se atentou ao ponto chave do que a serie representa. Obrigado, Jerry Seinfeld.
Seinfeld (7ª Temporada)
4.5 70 Assista AgoraCom esse finale, Seinfeld transcendeu. Quatro pessoas horriveis, egoistas, porem humanas. Quatro personagens que, ao longo de sete temporadas, não evoluiram, não cresceram, sequer sairam do lugar - a excessão de George, que talvez tenha andado pra tras. E, sinto muito, se você se sentiu ofendido com o final, voce talvez prefira Friends. Seinfeld não tem espaço para arcos narrativos que trabalhem os personagens amadurecendo. Esses quatro são, provavelmente, o maior exemplo de estagnação da historia da televisão. E que bom.
Seinfeld (6ª Temporada)
4.5 46 Assista AgoraDepois de seis anos em altissimo nivel, Seinfeld não apenas mantem a qualidade de seu texto, mas também resolve ousar e usar de temas completamente doentios para destilar seu humor, como Kramer passando por um deficiente mental ou Jerry sendo abusado na cadeira do dentista. Apesar do sentimento de sorte que tenho, por ter encontrado em Seinfeld um humor que ate então eu não acreditava existir, começo a ficar triste, pois nesse ponto ja passei da metade. E sei que esses quatro deixarão muitas saudades.
Seinfeld (5ª Temporada)
4.6 56 Assista AgoraA camisa tufada de Jerry. Kramer fumando cigarro enquanto bebe cerveja. O índio da tabacaria. George e Kramer indo comprar vinho enquanto Jerry e Elaine vão na confeitaria. Os casacos do sr. Seinfeld. Jerry imitando Don Corleone. Kramer e George escalando a pedra. Fidelidade entre barbeiro e cliente. Elaine sendo mordida por um cachorro com raiva. O pedaço de papel higiênico. O iogurte sem gordura. A manga. O incêndio. "Poppy is a little sloppy". George sendo flagrado nu, depois de nadar na piscina. O manequim da Elaine. A esposa de Jerry (oi, Monica). George fazendo o oposto de tudo. O livro de mesas de centro que virava uma mesa de centro. Se pegar enquanto assiste A Lista de Schindler e o Newman espalhar. O namorado da Elaine que chegava muito perto para conversar. "Kavorka". A leitora de lábios. Os pais de George. O biólogo marinho. Que temporada fantastica, que serie absurda.
Seinfeld (3ª Temporada)
4.5 101 Assista AgoraSó a cena do Kramer falando do nariz da namorada do George já é o bastante para considerar a série uma obra prima da comédia. A evolução perante as temporadas anteriores é bem visível, principalmente no texto.
Seinfeld (2ª Temporada)
4.3 93 Assista AgoraToda série tem aquele episódio "que te fisga". O episódio crucial, aquele que determina que "ok, eu verei essa merda até o fim agora". Toda série.
Com Lost, foi o lendário "Walkabout" (1x4). Sopranos teve o seu "College" (1x5), Breaking Bad teve "Crazy Handful of Nothin'" (1x6), The Wire teve "Old Cases" (1x4) e Six Feet Under teve o seu "The Foot" (1x3). E com Seinfeld veio o maravilhoso "The Pony Remark" - após Jerry fazer seu monólogo na mesa de jantar sobre os pôneis e os imigrantes, eu já sabia que ia acabar vendo tudo até o fim.
A segunda temporada de Seinfeld termina com uma melhora substancial em comparação com a primeira. O elenco principal cresce ainda mais em seus papéis, enquanto que o roteiro de Larry David demonstra uma maior ousadia e segurança, acertando também em continuar mesclando elementos da vida cotidiana com comentários repletos de acidez.
Seinfeld (1ª Temporada)
4.1 180 Assista AgoraA primeira temporada se encerra dando a impressão de estarmos diante de quatro personagens que, apesar de seus aspectos interessantes e cômicos, ainda não se apresentaram com todo seu potencial.
Família Soprano (3ª Temporada)
4.6 139 Assista AgoraPine Barrens.
Só isso mesmo.
13 Reasons Why (1ª Temporada)
3.8 1,5K Assista AgoraAo fim da série é fácil perceber que a mesma possui apenas uma grande "qualidade": a sua capacidade de entreter. Devido á forma como os episódios são dispostos, é bastante notável como a nossa curiosidade, como espectadores da série e das próprias fitas, vai aumentando gradualmente, o que obviamente nos prende muito na trama - uma pena, já que a série em nenhum momento faz jus a toda nossa atenção.
Seu roteiro é problemático, com diversas situações explicitamente forçadas ou que, dentro da lógica narrativa da série, não fazem sentido. A montagem até tenta conferir um aspecto complexo para a história, mas acaba falhando pela sua falta de sutileza, nos afetando em nossa suspensão da descrença, já que somos lembrados a todo instante que estamos visualizando um produto de ficção. As atuações quase beiram o amadorismo, e vários personagens que poderiam ser melhores aproveitados graças ás suas (possíveis) complexidades, acabam caindo na fácil armadilha do maniqueísmo, virando meros clichês ambulantes.
Com relação ao tema da série, bem... Se antes de vê-lá eu já achava que é de indiscutível importância a discussão sobre suicídio, misoginia, bullying, e outros assuntos que envolvem a vida adolescente, hoje em dia acho ainda MAIS urgente que tais temas sejam explorados, ainda mais depois da influência (negativa) que a série possa despertar.
Só nos resta torcer para que explorem em uma produção "melhorzinha" da próxima vez.
Justified (6ª Temporada)
4.4 41 Assista AgoraCena final linda demais, poucas séries se agraciaram de diálogos tão bem feitos. Raylan Givens e Boyd Crowder deixarão eternas saudades.
American Horror Story: Freak Show (4ª Temporada)
3.5 1,4K Assista AgoraSó é melhor que sua temporada anterior, o que não quer dizer muita coisa. Roteiro que não emplaca nenhum terror e pouco empolga, personagens muitas vezes desnecessários ou mal utilizados, péssimas decisões narrativas - enfim, são muitos os problemas de AHS. Felizmente sempre foi uma série com ótimas atuações em sua defesa; Jessica Lange e Kathy Bates não precisam nem de apresentação, seus currículos falam por si só, por isso que as surpresas são Sarah Paulson, que teve um trabalho dobrado, e Michael Chiklis que fugiu completamente de suas atuações normais com a complexidade de seu personagem.
Mad Men (1ª Temporada)
4.4 346 Assista AgoraSurpreendente, pois apesar da narrativa soar (falsamente) lenta em certos trechos, a série nunca perde sua qualidade e nunca deixa de ser interessante, além de possuir uma trama que permite analisar os costumes dessa época remota. A produção da série é impecável, desde os figurinos até a ambientação, Mad Men recria com uma facilidade incrível os anos 60. Jon Hamm dá vida a um personagem repleto de mistérios e complexidade, achei fascinante como o desdobrar de seu passado vai nos sendo revelado aos poucos.
Black Mirror: White Christmas
4.5 452Simplesmente uma das coisas mais geniais que eu já vi na minha vida.
Black Mirror é incomparável, eu sinto pena de quem não a conhece.
American Horror Story: Freak Show (4ª Temporada)
3.5 1,4K Assista AgoraTem gente já avaliando mesmo.
Sherlock (3ª Temporada)
4.6 634 Assista AgoraÉ tanta coisa para se impressionar que fica difícil até comentar. O Freeman e o Cumberbatch mereceram todos os prêmios que receberam, essa temporada teve as melhores atuações de ambos, assim como a direção, que foi excepcional. Mas o roteiro é ápice da série; cada detalhe, cada diálogo, tudo tem sua importância na narrativa, além do modo como que eles adaptam as histórias originais para a modernidade em sacadas geniais. Esse hiato de dois anos é covardia demais.
Sherlock (2ª Temporada)
4.7 606 Assista AgoraQue último episódio genial foi esse? A cada momento ficava mais imprevisível ainda. Os dois protagonistas arrebentam, mas o Andrew Scott me surpreendeu demais com seu exímio Moriarty.