Faltou muito foi do urso cheirado fazendo miséria. Meteu tanto personagem e tanto plot que a parte mais esperada ficou de lado. A nota só não é menor porque rola uma bagaceirazinha respeitosa e o urso tá maluco, mas os efeitos de certa qualidade até incomodaram (podia ser mais mal feito pra dar o tom de trasheira) e o humor fora do plot do "carai, tem um urso movido a pó aqui!" não funcionou em momento algum. Botasse na mão de um diretor já do trash mesmo, o negócio ia voar.
Tinha tudo pra dar certo, com uma boa premissa e bons temas a abordar, mas é muito mal desenvolvido. A despeito de uma direção segura, o roteiro de Barbosa é totalmente avesso a sutilezas, apostando não excessivamente, mas exclusivamente num didatismo excessivo, visto nos arquétipos de nuances ínfimas dos personagens, nos diálogos que não tem proximidade com a vida real, na expressão panfletária e teatral dos preconceitos cotidianos da burguesia carioca, nas relações entre os personagens muito engessadas, o que torna muito difícil simpatizar com qualquer um que aparece em tela - isso sem contar que as atuações estão bem fracas, até dos veteranos - e se sentir próximo de algo real, pois a premissa de "família burguesa vai à falência e vive a dura realidade" não se cumpre (ou pegar ônibus é a dura realidade?) e os embates acontecem de forma muito protocolar (todas as discussões sobre cotas são extremamente rasas e com cara de texto de livro didático). Somente no terceiro ato, quando Jean se "rebela", o filme encontra um certo fio emocional e complexo que faz valer a pena olhar com mais atenção, mas acaba chegando tarde demais.
Da possibilidade de um Dom Casmurro boêmio do século XXI, virou só a perversão criativa de um pseudoartista esquerdomacho chato pra cacete. Ainda assim, é um retrato bem interessante desse tipo de relação, dos "artistas malditos" que vivem à base de ciúmes, traição e fazer merda num ciclo sem fim, mas não consegue ir muito além de uma pantomima sobre casos assim. Impressiona um mané desses ficar com duas deusas - Maria Ribeiro e Luz Cipriota, como não ficar babando por ambas nesse filme? -, ainda mais tirando do c* a historinha de traição pra ter desculpa de começar um caso e depois cagar tudo que podia. Realmente, o pai é o personagem mais esclarecido do filme, pois não errou um a sobre o que disse do filho e do relacionamento dele. O erotismo, a fotografia e a atmosfera garantem ao filme um ar convidativo e sedutor, mas do meio pro fim só dá pra sentir raiva do Zeca, o menino que nunca quis crescer.
Se depender desse filme, o punk está morto mesmo. Levou tão a sério o nome que destruiu tudo o que o original tinha de melhor. Se não dava pra ter o Lillard, não acho que trazer o Heroin Bob narrando do além tenha sido uma solução minimamente boa. O retorno dos personagens antigos é usado como forma de dar algum contorno interessante ao filme, mas é feito de uma forma tão desesperada num filme em que nada do que é novo se salva (atuações péssimas, enredo péssimo, personagens sem sal e sem carisma, mensagem sem foco algum), tendo como os poucos pontos altos a trilha sonora - com algumas músicas mal encaixadas -, as apresentações dos shows - trecho que infelizmente conta com as cenas talvez mais idiotas do filme - e algumas inserções sobre o movimento punk feito pelo Heroin Bob. De resto, bem intragável, e talvez dar essa nota seja muita generosidade. Parcamente punk para algo que deveria girar em torno disso.
Não senti falta do Rocky, acredito que ele teve um bom fechamento no filme anterior, mas esse pareceu ser mais resolvido nas canetadas de roteiro do que os outros, com algumas coisas mal resolvidas ou corridas. Jordan manda bem na direção, principalmente nas cenas de luta, com suas referências a animes, mas precisa amadurecer mais para conseguir tornar o drama mais efetivo. Os dois atores estão fisicamente monstros, mas Majors é quem rouba a cena, fazendo o filme ser mais dele, mesmo eu achando que ele aparece menos do que eu esperava. Talvez algumas coisas que já são repetidas da franquia tenham perdido fôlego de vez aqui, mas continua sendo um bom entretenimento.
Mais fraco que o primeiro, com Adam Sandler e Jennifer Aniston interpretando os mesmos personagens de sempre e um filme que acerta mais na ação e no mistério, infelizmente muito pouco, do que na comédia, infelizmente o foco do filme. Poucas piadas funcionam aqui.
Apesar das limitações de orçamento óbvias, o resultado desse telefilme é muito positivo. Distancia-se dos quadrinhos e adiciona uma carga dramática forte ao personagem que torna tudo mais interessante e respeita a criação de Stan Lee. Lou Ferrigno, mesmo imponente como o monstro, acaba protagonizando o que para mim foram os momentos mais fracos do filme, pela ação muita baseada na câmera lenta e a péssima peruca verde, que depois foi melhorando. Mas Bixby é um evento, carrega o fardo da trauma como ninguém e conquista a empatia do público. A trilha sonora dilacerante é a cereja do bolo, com certeza.
Para mim, é uma daquelas comédias paródia que são pilares do gênero, estando pau a pau com Airplane! Os irmãos Wayans criticam os clichês do terror e a sociedade em momentos de humor sempre escrachado, mas várias vezes bastante ácido. Alguns momentos são cansativos, mas o resultado final é uma sessão recheada de boas risadas. O final é suprassumo dos plot twists.
Depois de tantos anos depois da infância e das transmissões nas tardes da TV aberta, finalmente fui ver esse clássico honestamente um tanto subestimado, e fico satisfeito de ter demorado, pois acho que não entenderia tanta coisa como agora. Uma fantasia de primeiro escalão, com direção de arte, fotografia, efeitos práticos, direção, enredo, atuações e trilha sonora excelentes, numa obra fascinante, profunda e inesquecível. Uma pena que não se faça mais hoje em dia fantasias assim para as crianças.
Acho que o filme se alongou mais do que deveria e, para ter mais material, saiu recorrendo a várias telas diferentes presentes no filme para poder acompanhar a investigação maior que essa trama trás. Não faz muito sentido alguém usar um computador com o programa da câmera aberto o tempo todo, e o grande plot twist da trama acabou deixando tudo meio agigantado demais para tentar superar o antecessor, que conseguiu se sair bem melhor nessa quesito. Storm Reid mandou muito bem.
Menos engraçado que Kung Fu Futebol Clube, mas tão divertido quanto e com uma ação ainda mais megalomaníaca, usando de todos os clichês e exageros do gênero de forma ilimitada e sem qualquer barreira quanto às possibilidades. Uma boa dose de entretenimento sem pretensão.
Quando acerta, tira boas risadas, mas quando erra, é vergonhoso porque tenta recorrer aos caminhos fáceis para fazer rir, o que acaba tendo na maioria das vezes o efeito contrário. Tatá Werneck é quem manda melhor aqui com folga.
Shyamalan dirigindo o fino, mas num enredo que começa de forma bastante tensa e intrigante, mas que se desenrola de um modo mais previsível e mastigado do que seria pertinente para manter o suspense sempre lá no alto. Gostei das atuações no geral, mas Bautista até surpreendeu. No fim, acho que faltou uma mensagem e uma moral mais forte.
Acho que nenhum filme na minha vida me deu tanta raiva no quesito técnico do que esse. Não tenho nada contra terror "sem sentido" - gosto muito, inclusive, até porque é muito bom ver mais do horror cósmico no cinema - e só não digo que é péssimo porque a premissa realmente é muito boa, o trabalho de som acaba sendo muito potente e a sequência final é uma boa bizarrice de mutilação. Mas pqp, uma coisa é você não entender o enredo, mas você não conseguir entender A CENA, porque fizeram um found footage com a pior lanterna que existe no mundo e o pseudocineasta mais incompetente que podiam encontrar, é pra deixar qualquer um irritado. Americano passando mal com isso deve ter sido de desgosto.
Jonah Hill mandou bem demais na direção. A química entre os garotos é excelente e o roteiro consegue construir, em pouco tempo, suas.personalidades, seus conflitos, seus desejos e suas problemáticas pessoais de forma bastante orgânica. Na atuação, Lucas Hedges sempre se sobressai, o cara tem a coisa no sangue. Trilha sonora foda, mas bem que podia ter um Bad Religion e o hardcore/punk da Dischord Records também. No fim das contas, é um retrato muito legal do sentido do skate californiano pra juventude dos anos 90, lar dos rebeldes, desgarrados e incompreendidos.
Uma jornada íntima no início do amor de um gênio do cinema pela sétima arte, passando por suas paixões, vivências, referências e filmes. O toque mágico do gigantesco Spielberg é constante aqui, pois poucos diretores sabem como tratar de histórias simples, e ao mesmo tempo com temas mais complexos, de forma sensível e cuidadosa, sem perder o brilho da poesia visual que só ele sabe fazer como ninguém. É acreditar que o cinema é, por si só, mágica. Se tudo aqui está ideal, o take final consegue ser genialidade em forma bruta, pura. Mais uma vez o coroa consegue fascinar e aquecer o coração, como nunca cansou de fazer e nunca cansará.
Grandiloquente, afiado, com performances memoráveis de Field e Blanchett, mas que peca ou pelo excesso ou pela falta. Ironicamente, deveria ser talvez não mais curto, pois as cenas longas, apesar de cansativas, mostram ao público quem é Lydia na sua forma de interagir diariamente com subalternos, colegas e superiores, mas ser mais longo no ato final, não se limitando a recortes quase que apressados da vida após o cancelamento. Também senti um pouco de falta de música, apesar de entender que esse não era o foco aqui, mas bem, é um filme sobre uma maestro. De qualquer modo, merece destaque por vários motivos, todos totalmente válidos.
Gosto muito da manutenção da brutalidade do anterior, além de ver um Ghostface bem mais perigoso, assim como do quarteto principal, que tem em Sam e Mindy duas personagens que podem ficar entre as melhores da franquia. Entretanto, esse foi um dos episódios mais irreais, alguns furos e vários exageros, com gente sobrevivendo até demais a situações completamente mortais. É uma mistura de Jason Ataca Nova York com Pânico 2. Apesar de gostar do final feliz para a personagem (que sinceramente espero ser interrompido), senti falta da Neve Campbell. Dewey também fez uma boa falta, assim como a participação reduzida da Gale. A cena no metrô ficou muito boa.
Apesar dos efeitos digitais desesperados em enfiar 3D no que podia estragar a experiência e do enredo e a atmosfera não serem tão bem sucedidos quanto o do original (pois, apesar das mudanças na história, há uns furos na trama e tentativas de despistar o espectador que diminuem a qualidade), o filme ainda diverte com um aumento absurdo na contagem de mortes e na quantidade de sangue, ainda que, em questão de criatividade, as do filme de 81 foram superiores.
Um dos grandes slashers que é muito menos falado do que deveria. Se sai melhor que o primeiro Sexta-Feira 13, por exemplo, com uma direção mais bem sucedida e cenas mais criativas e bem filmadas das mortes, usando bem os cenários a seu favor. Os efeitos práticos são um destaque positivo. Apesar da primeira metade menos movimentada, a segunda parte é recheada de ótimos momentos.
É um filme que até tem uma premissa com potencial gigantesco e alguns acertos, mas acaba sendo longo demais e um tanto covarde. Colocar os modelos como protagonistas e entabular boa parte das críticas ao 1% na figura deles, focando menos nos bilionários do que deveria, demonstra que o filme poderia ser um grande evento, mas a possibilidade foi desperdiçada por um foco ameno, indicado pela vontade do filme querer atingir os personagens mais ricos, mas não de forma que o próprio texto deles coloque os super-ricos de forma mais claramente problemática, a não ser por interações bastante pontuais resumidas a alguns poucos personagens. Além disso, as cenas se alongam demais sem necessidade, o que torna o filme cansativo, e o "plot twist" do final foi tão clichê que chegou a irritar um pouco. Ainda assim, tem seus pontos positivos, como a cena inicial bastante realista sobre o mundo do moda, os momentos em que a crítica é certeira e a parte na ilha, quando os papéis se invertem. Porém, pelo hype, esperava bem mais.
Uma sucessão de obras de arte de estética medieval em tela, ligada à poesia de um dos maiores artistas da Armênia. A direção de arte, a fotografia e tudo que diz respeito à estética do filme dizem tudo, pois, mais do que entender, o objetivo aqui é sentir, o que quer que seja, nessa viagem subjetiva pela vida de um personagem histórico. Não à toa se tornou uma das grande referências do cinema e é cultuado até hoje.
Efeitos práticos de primeira, história sobrenatural viajada, tensão lá no alto, trilha sonora maravilhosa e direção acertada, principalmente no uso das sombras, em mais um acerto de John Carpenter. Ritmo inicialmente um tanto lento e enredo um pouco cansativo, mas quando o bicho começa a pegar e mergulha de cabeça nas bizarrices, segue muito bem até o fim.
Rachel McAdams maravilhosa como sempre e atuando bem demais, Cillian Murphy caindo como uma luva no papel de vilão e muita tensão nos ares. Tem a cara do Wes, com suspense, mistério e perseguição, mas perde um pouco da boa sensação de nervoso que permeou a projeção dentro do avião a partir do momento em que eles saem. Ainda assim, se torna frenético, divertido e prazeroso de acompanhar, mesmo com as facilitações do roteiro. Diversão garantida para os fãs de suspense.
O Urso do Pó Branco
2.9 333 Assista AgoraFaltou muito foi do urso cheirado fazendo miséria. Meteu tanto personagem e tanto plot que a parte mais esperada ficou de lado. A nota só não é menor porque rola uma bagaceirazinha respeitosa e o urso tá maluco, mas os efeitos de certa qualidade até incomodaram (podia ser mais mal feito pra dar o tom de trasheira) e o humor fora do plot do "carai, tem um urso movido a pó aqui!" não funcionou em momento algum. Botasse na mão de um diretor já do trash mesmo, o negócio ia voar.
Casa Grande
3.5 575 Assista AgoraTinha tudo pra dar certo, com uma boa premissa e bons temas a abordar, mas é muito mal desenvolvido. A despeito de uma direção segura, o roteiro de Barbosa é totalmente avesso a sutilezas, apostando não excessivamente, mas exclusivamente num didatismo excessivo, visto nos arquétipos de nuances ínfimas dos personagens, nos diálogos que não tem proximidade com a vida real, na expressão panfletária e teatral dos preconceitos cotidianos da burguesia carioca, nas relações entre os personagens muito engessadas, o que torna muito difícil simpatizar com qualquer um que aparece em tela - isso sem contar que as atuações estão bem fracas, até dos veteranos - e se sentir próximo de algo real, pois a premissa de "família burguesa vai à falência e vive a dura realidade" não se cumpre (ou pegar ônibus é a dura realidade?) e os embates acontecem de forma muito protocolar (todas as discussões sobre cotas são extremamente rasas e com cara de texto de livro didático). Somente no terceiro ato, quando Jean se "rebela", o filme encontra um certo fio emocional e complexo que faz valer a pena olhar com mais atenção, mas acaba chegando tarde demais.
Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos
3.4 631Da possibilidade de um Dom Casmurro boêmio do século XXI, virou só a perversão criativa de um pseudoartista esquerdomacho chato pra cacete. Ainda assim, é um retrato bem interessante desse tipo de relação, dos "artistas malditos" que vivem à base de ciúmes, traição e fazer merda num ciclo sem fim, mas não consegue ir muito além de uma pantomima sobre casos assim. Impressiona um mané desses ficar com duas deusas - Maria Ribeiro e Luz Cipriota, como não ficar babando por ambas nesse filme? -, ainda mais tirando do c* a historinha de traição pra ter desculpa de começar um caso e depois cagar tudo que podia. Realmente, o pai é o personagem mais esclarecido do filme, pois não errou um a sobre o que disse do filho e do relacionamento dele. O erotismo, a fotografia e a atmosfera garantem ao filme um ar convidativo e sedutor, mas do meio pro fim só dá pra sentir raiva do Zeca, o menino que nunca quis crescer.
SLC Punk! 2
2.4 10Se depender desse filme, o punk está morto mesmo. Levou tão a sério o nome que destruiu tudo o que o original tinha de melhor. Se não dava pra ter o Lillard, não acho que trazer o Heroin Bob narrando do além tenha sido uma solução minimamente boa. O retorno dos personagens antigos é usado como forma de dar algum contorno interessante ao filme, mas é feito de uma forma tão desesperada num filme em que nada do que é novo se salva (atuações péssimas, enredo péssimo, personagens sem sal e sem carisma, mensagem sem foco algum), tendo como os poucos pontos altos a trilha sonora - com algumas músicas mal encaixadas -, as apresentações dos shows - trecho que infelizmente conta com as cenas talvez mais idiotas do filme - e algumas inserções sobre o movimento punk feito pelo Heroin Bob. De resto, bem intragável, e talvez dar essa nota seja muita generosidade. Parcamente punk para algo que deveria girar em torno disso.
Creed III
3.4 239 Assista AgoraNão senti falta do Rocky, acredito que ele teve um bom fechamento no filme anterior, mas esse pareceu ser mais resolvido nas canetadas de roteiro do que os outros, com algumas coisas mal resolvidas ou corridas. Jordan manda bem na direção, principalmente nas cenas de luta, com suas referências a animes, mas precisa amadurecer mais para conseguir tornar o drama mais efetivo. Os dois atores estão fisicamente monstros, mas Majors é quem rouba a cena, fazendo o filme ser mais dele, mesmo eu achando que ele aparece menos do que eu esperava. Talvez algumas coisas que já são repetidas da franquia tenham perdido fôlego de vez aqui, mas continua sendo um bom entretenimento.
Mistério em Paris
2.8 173 Assista AgoraMais fraco que o primeiro, com Adam Sandler e Jennifer Aniston interpretando os mesmos personagens de sempre e um filme que acerta mais na ação e no mistério, infelizmente muito pouco, do que na comédia, infelizmente o foco do filme. Poucas piadas funcionam aqui.
O Incrível Hulk: Como a Fera Nasceu
2.8 51Apesar das limitações de orçamento óbvias, o resultado desse telefilme é muito positivo. Distancia-se dos quadrinhos e adiciona uma carga dramática forte ao personagem que torna tudo mais interessante e respeita a criação de Stan Lee. Lou Ferrigno, mesmo imponente como o monstro, acaba protagonizando o que para mim foram os momentos mais fracos do filme, pela ação muita baseada na câmera lenta e a péssima peruca verde, que depois foi melhorando. Mas Bixby é um evento, carrega o fardo da trauma como ninguém e conquista a empatia do público. A trilha sonora dilacerante é a cereja do bolo, com certeza.
Todo Mundo em Pânico
3.3 1,3K Assista AgoraPara mim, é uma daquelas comédias paródia que são pilares do gênero, estando pau a pau com Airplane! Os irmãos Wayans criticam os clichês do terror e a sociedade em momentos de humor sempre escrachado, mas várias vezes bastante ácido. Alguns momentos são cansativos, mas o resultado final é uma sessão recheada de boas risadas. O final é suprassumo dos plot twists.
A História Sem Fim
3.8 973 Assista AgoraDepois de tantos anos depois da infância e das transmissões nas tardes da TV aberta, finalmente fui ver esse clássico honestamente um tanto subestimado, e fico satisfeito de ter demorado, pois acho que não entenderia tanta coisa como agora. Uma fantasia de primeiro escalão, com direção de arte, fotografia, efeitos práticos, direção, enredo, atuações e trilha sonora excelentes, numa obra fascinante, profunda e inesquecível. Uma pena que não se faça mais hoje em dia fantasias assim para as crianças.
Desaparecida
3.7 289 Assista AgoraAcho que o filme se alongou mais do que deveria e, para ter mais material, saiu recorrendo a várias telas diferentes presentes no filme para poder acompanhar a investigação maior que essa trama trás. Não faz muito sentido alguém usar um computador com o programa da câmera aberto o tempo todo, e o grande plot twist da trama acabou deixando tudo meio agigantado demais para tentar superar o antecessor, que conseguiu se sair bem melhor nessa quesito. Storm Reid mandou muito bem.
Kung-Fusão
3.3 464 Assista AgoraMenos engraçado que Kung Fu Futebol Clube, mas tão divertido quanto e com uma ação ainda mais megalomaníaca, usando de todos os clichês e exageros do gênero de forma ilimitada e sem qualquer barreira quanto às possibilidades. Uma boa dose de entretenimento sem pretensão.
Uma Quase Dupla
2.5 157Quando acerta, tira boas risadas, mas quando erra, é vergonhoso porque tenta recorrer aos caminhos fáceis para fazer rir, o que acaba tendo na maioria das vezes o efeito contrário. Tatá Werneck é quem manda melhor aqui com folga.
Batem à Porta
3.1 568 Assista AgoraShyamalan dirigindo o fino, mas num enredo que começa de forma bastante tensa e intrigante, mas que se desenrola de um modo mais previsível e mastigado do que seria pertinente para manter o suspense sempre lá no alto. Gostei das atuações no geral, mas Bautista até surpreendeu. No fim, acho que faltou uma mensagem e uma moral mais forte.
The Outwaters
1.8 77Acho que nenhum filme na minha vida me deu tanta raiva no quesito técnico do que esse. Não tenho nada contra terror "sem sentido" - gosto muito, inclusive, até porque é muito bom ver mais do horror cósmico no cinema - e só não digo que é péssimo porque a premissa realmente é muito boa, o trabalho de som acaba sendo muito potente e a sequência final é uma boa bizarrice de mutilação. Mas pqp, uma coisa é você não entender o enredo, mas você não conseguir entender A CENA, porque fizeram um found footage com a pior lanterna que existe no mundo e o pseudocineasta mais incompetente que podiam encontrar, é pra deixar qualquer um irritado. Americano passando mal com isso deve ter sido de desgosto.
Anos 90
3.9 503Jonah Hill mandou bem demais na direção. A química entre os garotos é excelente e o roteiro consegue construir, em pouco tempo, suas.personalidades, seus conflitos, seus desejos e suas problemáticas pessoais de forma bastante orgânica. Na atuação, Lucas Hedges sempre se sobressai, o cara tem a coisa no sangue. Trilha sonora foda, mas bem que podia ter um Bad Religion e o hardcore/punk da Dischord Records também. No fim das contas, é um retrato muito legal do sentido do skate californiano pra juventude dos anos 90, lar dos rebeldes, desgarrados e incompreendidos.
Os Fabelmans
4.0 389Uma jornada íntima no início do amor de um gênio do cinema pela sétima arte, passando por suas paixões, vivências, referências e filmes. O toque mágico do gigantesco Spielberg é constante aqui, pois poucos diretores sabem como tratar de histórias simples, e ao mesmo tempo com temas mais complexos, de forma sensível e cuidadosa, sem perder o brilho da poesia visual que só ele sabe fazer como ninguém. É acreditar que o cinema é, por si só, mágica. Se tudo aqui está ideal, o take final consegue ser genialidade em forma bruta, pura. Mais uma vez o coroa consegue fascinar e aquecer o coração, como nunca cansou de fazer e nunca cansará.
Tár
3.7 396 Assista AgoraGrandiloquente, afiado, com performances memoráveis de Field e Blanchett, mas que peca ou pelo excesso ou pela falta. Ironicamente, deveria ser talvez não mais curto, pois as cenas longas, apesar de cansativas, mostram ao público quem é Lydia na sua forma de interagir diariamente com subalternos, colegas e superiores, mas ser mais longo no ato final, não se limitando a recortes quase que apressados da vida após o cancelamento. Também senti um pouco de falta de música, apesar de entender que esse não era o foco aqui, mas bem, é um filme sobre uma maestro. De qualquer modo, merece destaque por vários motivos, todos totalmente válidos.
Pânico VI
3.5 800 Assista AgoraGosto muito da manutenção da brutalidade do anterior, além de ver um Ghostface bem mais perigoso, assim como do quarteto principal, que tem em Sam e Mindy duas personagens que podem ficar entre as melhores da franquia. Entretanto, esse foi um dos episódios mais irreais, alguns furos e vários exageros, com gente sobrevivendo até demais a situações completamente mortais. É uma mistura de Jason Ataca Nova York com Pânico 2. Apesar de gostar do final feliz para a personagem (que sinceramente espero ser interrompido), senti falta da Neve Campbell. Dewey também fez uma boa falta, assim como a participação reduzida da Gale. A cena no metrô ficou muito boa.
Dia dos Namorados Macabro
2.5 781 Assista AgoraApesar dos efeitos digitais desesperados em enfiar 3D no que podia estragar a experiência e do enredo e a atmosfera não serem tão bem sucedidos quanto o do original (pois, apesar das mudanças na história, há uns furos na trama e tentativas de despistar o espectador que diminuem a qualidade), o filme ainda diverte com um aumento absurdo na contagem de mortes e na quantidade de sangue, ainda que, em questão de criatividade, as do filme de 81 foram superiores.
O Dia dos Namorados Macabro
3.0 228Um dos grandes slashers que é muito menos falado do que deveria. Se sai melhor que o primeiro Sexta-Feira 13, por exemplo, com uma direção mais bem sucedida e cenas mais criativas e bem filmadas das mortes, usando bem os cenários a seu favor. Os efeitos práticos são um destaque positivo. Apesar da primeira metade menos movimentada, a segunda parte é recheada de ótimos momentos.
Triângulo da Tristeza
3.6 733 Assista AgoraÉ um filme que até tem uma premissa com potencial gigantesco e alguns acertos, mas acaba sendo longo demais e um tanto covarde. Colocar os modelos como protagonistas e entabular boa parte das críticas ao 1% na figura deles, focando menos nos bilionários do que deveria, demonstra que o filme poderia ser um grande evento, mas a possibilidade foi desperdiçada por um foco ameno, indicado pela vontade do filme querer atingir os personagens mais ricos, mas não de forma que o próprio texto deles coloque os super-ricos de forma mais claramente problemática, a não ser por interações bastante pontuais resumidas a alguns poucos personagens. Além disso, as cenas se alongam demais sem necessidade, o que torna o filme cansativo, e o "plot twist" do final foi tão clichê que chegou a irritar um pouco. Ainda assim, tem seus pontos positivos, como a cena inicial bastante realista sobre o mundo do moda, os momentos em que a crítica é certeira e a parte na ilha, quando os papéis se invertem. Porém, pelo hype, esperava bem mais.
A Cor da Romã
4.1 133Uma sucessão de obras de arte de estética medieval em tela, ligada à poesia de um dos maiores artistas da Armênia. A direção de arte, a fotografia e tudo que diz respeito à estética do filme dizem tudo, pois, mais do que entender, o objetivo aqui é sentir, o que quer que seja, nessa viagem subjetiva pela vida de um personagem histórico. Não à toa se tornou uma das grande referências do cinema e é cultuado até hoje.
Príncipe das Sombras
3.5 152Efeitos práticos de primeira, história sobrenatural viajada, tensão lá no alto, trilha sonora maravilhosa e direção acertada, principalmente no uso das sombras, em mais um acerto de John Carpenter. Ritmo inicialmente um tanto lento e enredo um pouco cansativo, mas quando o bicho começa a pegar e mergulha de cabeça nas bizarrices, segue muito bem até o fim.
Vôo Noturno
3.3 587 Assista AgoraRachel McAdams maravilhosa como sempre e atuando bem demais, Cillian Murphy caindo como uma luva no papel de vilão e muita tensão nos ares. Tem a cara do Wes, com suspense, mistério e perseguição, mas perde um pouco da boa sensação de nervoso que permeou a projeção dentro do avião a partir do momento em que eles saem. Ainda assim, se torna frenético, divertido e prazeroso de acompanhar, mesmo com as facilitações do roteiro. Diversão garantida para os fãs de suspense.