Charlize Theron é ótima atriz, e é linda. Sua personagem lembra um pouco a de Cate Blanchett em Blue Jasmine. Perdida, carente, inconsequente e em busca de um ideal de felicidade criado através de sua imaturidade e egocentrismo. Porém, nesse filme, o desejo não é uma vida luxuosa, mas o que parece ser uma obsessão pela sua vida na adolescência. A boa direção de Jason Reitman e o bom roteiro de Diablo Cody vão em busca de um filme não muito inventivo e mais tradicional, sendo uma boa surpresa o destino original e cheio de sentido que os dois dão a personagem.
Assistir Jules e Jim pela primeira vez hoje, me fez ver um pouco de onde vários diretores contemporâneos que adoro foram buscar idéias e desenvolveram sua própria forma de fazer cinema a partir delas. Um filme moderno, não apenas pelo tema, mas também pela forma como é contado.
Já havia visto o anterior de Jonathan Glazer e detestado, aquele A Reencarnação com a Nicole Kidman confusa por achar que o marido reencarnou no filho pequeno. Então foi com curiosidade, mas certa cautela que fui assistir Sob A Pele, e embarquei inteiramente no que Glazer propôs, um filme completamente sensorial. O que mais me interessou, foi o foco não convencional do longa, Glazer propõe ao espectador que ele experimente com um olhar de novidade o que já conhece, como se não conhecesse. Para alcançar isso, nos faz acompanhar um ser de outro planeta, que não entende nossos costumes, sensibilidades e desejos. Que não compreende absolutamente nada sobre o ser humano, obrigando-o a experimentar e vivenciar o que é ter um corpo, ocupar um espaço e lidar com ele, perceber o que causamos nos outros e o que os outros causam na gente. Em algum momento, a alienígena vivida por Scarlett Johansson tropeça e cai numa calçada, algo absolutamente corriqueiro, mas que para ela denota uma fragilidade que até então não conhecia. No chão ela permanece por algum tempo, tentando compreender aquela experiência de inferioridade perante aos passantes, e não se levanta porque não compreende que botar os pés no chão, bater a poeira e sair andando é o normal a ser feito numa situação como essa. Aliás, o tempo longo das cenas é extremamente importante para a experiência que o filme quer que tenhamos, é necessário para que possamos acompanhar e tentar interagir e entender a confusão daquela criatura. Vendo de outra maneira, me colocava sempre na pele da personagem, imaginando como seria pra mim, se estivesse sob uma pele que não a minha, me passando por outro ser que não conheço, em um ambiente desconhecido, com seres desconhecidos e com desejos, sentimentos e costumes desconhecidos. Talvez minha experiência seria semelhante, já que nada do que fizesse ou sentisse naturalmente seria também para quem interagisse comigo. E é interessante observar que o único homem que a personagem tem algum tipo de ligação real é um que busca com seu furgão, com o rosto desfigurado por uma doença e introvertido e solitário por conta dela. Johansson é uma atriz que nunca gostei muito, mas que está perfeita no papel, parece feito para ela. Poderia ser provocação, já que sua personagem obrigatoriamente não muda a expressão do rosto por mais da metade do tempo, mas conforme vai se humanizando, a atriz mostra que compreende e sabe o que está fazendo. Talvez por estar vindo de sua personagem em Ela, que mesmo sendo um filme absolutamente diferente, tem um ser também não humano que experimenta e vivencia emoções que não conhece. Confesso ter me arrepiado quando descobrimos finalmente qual o destino dos homens seduzidos e aprisionados pela personagem central, o significado embutido ali e a rima direta que faz com o título do filme. Digo o mesmo para o destino da personagem, que é obrigada e em certo momento deseja vivenciar sensação humana por sensação humana, até não sustentar mais tudo o que vai contra sua natureza, culminando em uma das cenas mais bonitas e estranhas até então. Levando em conta a estética apurada e o cuidado que o diretor tem com cada enquadramento e composição, é um elogio enorme. Além de rico narrativamente, o filme também é esteticamente. Glazer é um que passo a acompanhar com entusiasmo, já que além de trazer temas não convencionais e interessantes, incluo aí o já citado filme ruim com a Nicole Kidman, que tinha pelo menos um ótimo conceito, também é muito criativo visualmente, criando cenas extremamente plásticas, abraçando o exótico e o estranho.
O filme ganha força e se torna sufocante por dedicar praticamente toda a sua primeira metade ao embate da personagem principal com o investigador a serviço do partido nazista. Com diálogos afiados, os dois surgem como pessoas extremamente inteligentes que tentam fazer valer suas convicções opostas através do raciocínio rápido.
Das recentes adaptações de contos de fadas feitas em Hollywood, Malévola é o que mais gostei. Não é um grande filme, mas o arco da história criada para a vilã/heroína é interessante e prazeroso de acompanhar. Angelina Jolie acertou em cheio no que pensou para a personagem, do tom de voz calmo aos movimentos suaves, valorizando seus momentos de fúria.
Mulan parece ser mais uma animação bem amarradinha e gostosa de assistir da Disney, e só. O que acaba fazendo do filme algo mais é seu tema. Um dos primeiros indícios de que a Disney não se contentaria mais com suas dependentes princesas. Mulan é forte e foge totalmente do estereótipo feminino do estúdio.
Aronofsky acerta ao abraçar o lado fantástico da história bíblica. Seu filme é ficção pura. Outro acerto é fazer de Noé um personagem moralmente questionável e desagradável. A cena da criação do universo é a melhor do longa e parece algo genuíno do diretor. Mesmo assim, parece ter sido consideravelmente podado ao dirigir uma super produção. Um bom filme, mas o mais fraco de sua carreira.
A história de Bill Porter é bonita e William H. Macy carrega o filme inteiro nas costas fazendo de seu personagem um ser humano adorável. Mesmo assim, o filme é prejudicado por parecer um livro de auto ajuda filmado e pensado para ser redondinho demais e sentimental em excesso, esbarrando na pieguice em diversos momentos.
Tem um conceito muito legal, mas frustra todos os desejos de quem gosta de ficção científica. Iniciando a história através de uma locução em off didática e breguíssima, que serve para explicar da forma mais porca possível as leis da física daquele universo e qual o dilema do personagem central, para no momento seguinte desobedecer uma das regras básicas literalmente enumeradas pela locução. Daí em diante percebemos que as regras só serão obedecidas quando convém ao roteiro, transformando a jornada dos protagonistas em uma sucessão de trapaças e cartas marcadas.
Consegue ser mais doce e mantém a mesma delicadeza que o curta de origem. Não é um filme sobre o amor homossexual, mas um filme sobre o amor adolescente, sobre o primeiro amor. Talvez funcione tanto por apostar na naturalidade, confiando no bom senso de quem assiste.
Não necessariamente assustador e com um tom cômico além do natural para um filme de terror. Gosto de como os personagens não se deixam aterrorizar e tem uma postura ativa na resolução do problema da casa mal assombrada, como se realmente gostassem dela e quisessem eliminar um problema indesejado que veio com a mudança.
Apesar de não ser o primeiro filme de terror zumbi, é o de maior importância e determina as regras que o subgênero viria a adotar. Visto pela primeira vez hoje, depois de ter contato com toda essa cultura pop zumbi que rola por aí, acaba soando um pouco inocente e sem impacto, medo nem pensar, mas se for visto levando em conta a época que foi feito, como foi feito e a critica social embutida no filme, é fácil acompanhar até o fim.
Filme muito simples em que a graça está em acompanhar um ano da vida de um casal inglês de meia idade que se dá muito bem e tem uma vida calma e bem estruturada. O que movimenta o filme e gera os conflitos mais interessantes da história são os coadjuvantes, principalmente a personagem de Lesley Manville, um poço de ansiedade, depressiva, carente e emocionalmente instável, rouba todas as cenas em que aparece.
Como em O Que Terá Acontecido a Baby Jane?, Robert Aldrich traz o embate de duas grandes atrizes dentro de uma casa, envoltas por acontecimentos misteriosos do passado. Tudo muito parecido com seu outro filme, só que aqui não funciona até o fim. Cheio de reviravoltas que parecem não fazer o filme andar e sugando idéias inteiras do seu filme anterior e do superior As Diabólicas, feito quase uma década antes.
Final irritante em que a vilã até então sempre cuidadosa, grita seu plano detalhadamente sem o menor cuidado, como se quisesse ser escutada por quem não deve.
Um bom filme de terror inglês que exagera em algumas passagens abusando do bom senso, mas que se beneficia por buscar a maldade em personagens aparentemente inofensivos e levar as últimas consequências. Filminho do mal, mesmo. Kelly Reilly é uma atriz que gostava, mas passei a achar afetada e cheia de chiliques.
Tem se tornado difícil assistir bons filmes de terror. E alguns dos melhores que tenho visto nos últimos anos tem vindo da Inglaterra. O mais legal nesse In Fear é o tempo que ele toma para criar a situação de panico, buscando sempre o terror psicológico. É bacana perceber que depois de 1 hora você ainda não tem certeza qual é o subgênero de filme de terror que está assistindo.
Engraçado como a Elle Fanning é tão mais interessante que a irmã, que também é boa atriz, mas parece presa a filmes mais fáceis. Com uma atuação fortíssima ela carrega o filme ao lado de Alice Englert, atriz novinha e quase novata que também chama bastante atenção.
Fala sobre alguns temas delicados e trata os problemas de seus dois personagens centrais de forma humana, evitando o sentimentalismo barato. Marion Cotillard tem se firmado pra mim como uma das melhores da sua geração.
Retratando um departamento da policia francesa especializado em combater crimes contra a criança com tom documental. O filme intercala as vidas pessoais dos profissionais e seu trabalho, e é hábil em mostrar a pressão constante em que vivem e como uma coisa afeta a outra.
Frozen resgata a Disney do passado, com suas princesas, príncipes e números musicais, mas injeta novidade a tudo isso. Sem um personagem malvado e centralizando o filme na história das duas irmãs, o filme lida com os temas recorrentes da história do estúdio de uma outra maneira.
Acompanhando as revoluções no Egito que derrubaram dois lideres, esse documentário acompanha os ideais de luta de algumas pessoas envolvidas no movimento e através delas faz um panorama sobre a força da sociedade daquele país.
Vinterberg faz um filme sobre injustiça, sobre justiça com as próprias mãos, sobre o direito negado de defesa e sobre os danos psicológicos que isso tudo pode causar e acima de tudo sobre a irresponsabilidade e sensacionalismo em cima de uma situação delicada. E faz tudo isso sem demonizar ninguém.
Animação francesa feita em aquarela. Visualmente lindo, mas que muitas vezes é inocente demais, além de previsível. Mesmo assim tem ótimas passagens e me ganhou pela beleza das imagens.
Mostra que é possível construir um filme todo em cima de um personagem sem nome e que não conhecemos. Robert Redford praticamente não abre a boca durante todo o filme e muito menos nos comunica qualquer coisa sobre quem é e o que faz ali. A identificação que temos é apenas com o instinto humano de sobrevivência. Pensando nesse sentido, seria mais interessante se não existisse o monólogo inicial e o ator escalado fosse desconhecido.
Jovens Adultos
3.0 874 Assista AgoraCharlize Theron é ótima atriz, e é linda. Sua personagem lembra um pouco a de Cate Blanchett em Blue Jasmine. Perdida, carente, inconsequente e em busca de um ideal de felicidade criado através de sua imaturidade e egocentrismo. Porém, nesse filme, o desejo não é uma vida luxuosa, mas o que parece ser uma obsessão pela sua vida na adolescência. A boa direção de Jason Reitman e o bom roteiro de Diablo Cody vão em busca de um filme não muito inventivo e mais tradicional, sendo uma boa surpresa o destino original e cheio de sentido que os dois dão a personagem.
Jules e Jim - Uma Mulher Para Dois
4.1 335 Assista AgoraAssistir Jules e Jim pela primeira vez hoje, me fez ver um pouco de onde vários diretores contemporâneos que adoro foram buscar idéias e desenvolveram sua própria forma de fazer cinema a partir delas. Um filme moderno, não apenas pelo tema, mas também pela forma como é contado.
Sob a Pele
3.2 1,4K Assista AgoraJá havia visto o anterior de Jonathan Glazer e detestado, aquele A Reencarnação com a Nicole Kidman confusa por achar que o marido reencarnou no filho pequeno. Então foi com curiosidade, mas certa cautela que fui assistir Sob A Pele, e embarquei inteiramente no que Glazer propôs, um filme completamente sensorial.
O que mais me interessou, foi o foco não convencional do longa, Glazer propõe ao espectador que ele experimente com um olhar de novidade o que já conhece, como se não conhecesse. Para alcançar isso, nos faz acompanhar um ser de outro planeta, que não entende nossos costumes, sensibilidades e desejos. Que não compreende absolutamente nada sobre o ser humano, obrigando-o a experimentar e vivenciar o que é ter um corpo, ocupar um espaço e lidar com ele, perceber o que causamos nos outros e o que os outros causam na gente. Em algum momento, a alienígena vivida por Scarlett Johansson tropeça e cai numa calçada, algo absolutamente corriqueiro, mas que para ela denota uma fragilidade que até então não conhecia. No chão ela permanece por algum tempo, tentando compreender aquela experiência de inferioridade perante aos passantes, e não se levanta porque não compreende que botar os pés no chão, bater a poeira e sair andando é o normal a ser feito numa situação como essa. Aliás, o tempo longo das cenas é extremamente importante para a experiência que o filme quer que tenhamos, é necessário para que possamos acompanhar e tentar interagir e entender a confusão daquela criatura.
Vendo de outra maneira, me colocava sempre na pele da personagem, imaginando como seria pra mim, se estivesse sob uma pele que não a minha, me passando por outro ser que não conheço, em um ambiente desconhecido, com seres desconhecidos e com desejos, sentimentos e costumes desconhecidos. Talvez minha experiência seria semelhante, já que nada do que fizesse ou sentisse naturalmente seria também para quem interagisse comigo. E é interessante observar que o único homem que a personagem tem algum tipo de ligação real é um que busca com seu furgão, com o rosto desfigurado por uma doença e introvertido e solitário por conta dela.
Johansson é uma atriz que nunca gostei muito, mas que está perfeita no papel, parece feito para ela. Poderia ser provocação, já que sua personagem obrigatoriamente não muda a expressão do rosto por mais da metade do tempo, mas conforme vai se humanizando, a atriz mostra que compreende e sabe o que está fazendo. Talvez por estar vindo de sua personagem em Ela, que mesmo sendo um filme absolutamente diferente, tem um ser também não humano que experimenta e vivencia emoções que não conhece.
Confesso ter me arrepiado quando descobrimos finalmente qual o destino dos homens seduzidos e aprisionados pela personagem central, o significado embutido ali e a rima direta que faz com o título do filme. Digo o mesmo para o destino da personagem, que é obrigada e em certo momento deseja vivenciar sensação humana por sensação humana, até não sustentar mais tudo o que vai contra sua natureza, culminando em uma das cenas mais bonitas e estranhas até então. Levando em conta a estética apurada e o cuidado que o diretor tem com cada enquadramento e composição, é um elogio enorme.
Além de rico narrativamente, o filme também é esteticamente. Glazer é um que passo a acompanhar com entusiasmo, já que além de trazer temas não convencionais e interessantes, incluo aí o já citado filme ruim com a Nicole Kidman, que tinha pelo menos um ótimo conceito, também é muito criativo visualmente, criando cenas extremamente plásticas, abraçando o exótico e o estranho.
Uma Mulher Contra Hitler
3.9 41 Assista AgoraO filme ganha força e se torna sufocante por dedicar praticamente toda a sua primeira metade ao embate da personagem principal com o investigador a serviço do partido nazista. Com diálogos afiados, os dois surgem como pessoas extremamente inteligentes que tentam fazer valer suas convicções opostas através do raciocínio rápido.
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraDas recentes adaptações de contos de fadas feitas em Hollywood, Malévola é o que mais gostei. Não é um grande filme, mas o arco da história criada para a vilã/heroína é interessante e prazeroso de acompanhar. Angelina Jolie acertou em cheio no que pensou para a personagem, do tom de voz calmo aos movimentos suaves, valorizando seus momentos de fúria.
Mulan
4.2 1,1K Assista AgoraMulan parece ser mais uma animação bem amarradinha e gostosa de assistir da Disney, e só. O que acaba fazendo do filme algo mais é seu tema. Um dos primeiros indícios de que a Disney não se contentaria mais com suas dependentes princesas. Mulan é forte e foge totalmente do estereótipo feminino do estúdio.
Noé
3.0 2,6K Assista AgoraAronofsky acerta ao abraçar o lado fantástico da história bíblica. Seu filme é ficção pura. Outro acerto é fazer de Noé um personagem moralmente questionável e desagradável.
A cena da criação do universo é a melhor do longa e parece algo genuíno do diretor. Mesmo assim, parece ter sido consideravelmente podado ao dirigir uma super produção. Um bom filme, mas o mais fraco de sua carreira.
De Porta em Porta
4.0 152A história de Bill Porter é bonita e William H. Macy carrega o filme inteiro nas costas fazendo de seu personagem um ser humano adorável. Mesmo assim, o filme é prejudicado por parecer um livro de auto ajuda filmado e pensado para ser redondinho demais e sentimental em excesso, esbarrando na pieguice em diversos momentos.
Mundos Opostos
3.4 611 Assista AgoraTem um conceito muito legal, mas frustra todos os desejos de quem gosta de ficção científica. Iniciando a história através de uma locução em off didática e breguíssima, que serve para explicar da forma mais porca possível as leis da física daquele universo e qual o dilema do personagem central, para no momento seguinte desobedecer uma das regras básicas literalmente enumeradas pela locução. Daí em diante percebemos que as regras só serão obedecidas quando convém ao roteiro, transformando a jornada dos protagonistas em uma sucessão de trapaças e cartas marcadas.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraConsegue ser mais doce e mantém a mesma delicadeza que o curta de origem. Não é um filme sobre o amor homossexual, mas um filme sobre o amor adolescente, sobre o primeiro amor. Talvez funcione tanto por apostar na naturalidade, confiando no bom senso de quem assiste.
O Solar das Almas Perdidas
3.5 31 Assista AgoraNão necessariamente assustador e com um tom cômico além do natural para um filme de terror. Gosto de como os personagens não se deixam aterrorizar e tem uma postura ativa na resolução do problema da casa mal assombrada, como se realmente gostassem dela e quisessem eliminar um problema indesejado que veio com a mudança.
A Noite dos Mortos-Vivos
4.0 549 Assista AgoraApesar de não ser o primeiro filme de terror zumbi, é o de maior importância e determina as regras que o subgênero viria a adotar. Visto pela primeira vez hoje, depois de ter contato com toda essa cultura pop zumbi que rola por aí, acaba soando um pouco inocente e sem impacto, medo nem pensar, mas se for visto levando em conta a época que foi feito, como foi feito e a critica social embutida no filme, é fácil acompanhar até o fim.
Mais um Ano
3.8 85Filme muito simples em que a graça está em acompanhar um ano da vida de um casal inglês de meia idade que se dá muito bem e tem uma vida calma e bem estruturada. O que movimenta o filme e gera os conflitos mais interessantes da história são os coadjuvantes, principalmente a personagem de Lesley Manville, um poço de ansiedade, depressiva, carente e emocionalmente instável, rouba todas as cenas em que aparece.
Com a Maldade na Alma
4.1 87 Assista AgoraComo em O Que Terá Acontecido a Baby Jane?, Robert Aldrich traz o embate de duas grandes atrizes dentro de uma casa, envoltas por acontecimentos misteriosos do passado. Tudo muito parecido com seu outro filme, só que aqui não funciona até o fim. Cheio de reviravoltas que parecem não fazer o filme andar e sugando idéias inteiras do seu filme anterior e do superior As Diabólicas, feito quase uma década antes.
Final irritante em que a vilã até então sempre cuidadosa, grita seu plano detalhadamente sem o menor cuidado, como se quisesse ser escutada por quem não deve.
Sem Saída
3.3 736Um bom filme de terror inglês que exagera em algumas passagens abusando do bom senso, mas que se beneficia por buscar a maldade em personagens aparentemente inofensivos e levar as últimas consequências. Filminho do mal, mesmo. Kelly Reilly é uma atriz que gostava, mas passei a achar afetada e cheia de chiliques.
Uma Noite Para Esquecer
2.4 201 Assista grátisTem se tornado difícil assistir bons filmes de terror. E alguns dos melhores que tenho visto nos últimos anos tem vindo da Inglaterra. O mais legal nesse In Fear é o tempo que ele toma para criar a situação de panico, buscando sempre o terror psicológico. É bacana perceber que depois de 1 hora você ainda não tem certeza qual é o subgênero de filme de terror que está assistindo.
Ginger & Rosa
3.4 428 Assista AgoraEngraçado como a Elle Fanning é tão mais interessante que a irmã, que também é boa atriz, mas parece presa a filmes mais fáceis. Com uma atuação fortíssima ela carrega o filme ao lado de Alice Englert, atriz novinha e quase novata que também chama bastante atenção.
Ferrugem e Osso
3.9 822 Assista AgoraFala sobre alguns temas delicados e trata os problemas de seus dois personagens centrais de forma humana, evitando o sentimentalismo barato. Marion Cotillard tem se firmado pra mim como uma das melhores da sua geração.
Políssia
4.0 273Retratando um departamento da policia francesa especializado em combater crimes contra a criança com tom documental. O filme intercala as vidas pessoais dos profissionais e seu trabalho, e é hábil em mostrar a pressão constante em que vivem e como uma coisa afeta a outra.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraFrozen resgata a Disney do passado, com suas princesas, príncipes e números musicais, mas injeta novidade a tudo isso. Sem um personagem malvado e centralizando o filme na história das duas irmãs, o filme lida com os temas recorrentes da história do estúdio de uma outra maneira.
A Praça Tahrir
4.4 90Acompanhando as revoluções no Egito que derrubaram dois lideres, esse documentário acompanha os ideais de luta de algumas pessoas envolvidas no movimento e através delas faz um panorama sobre a força da sociedade daquele país.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraVinterberg faz um filme sobre injustiça, sobre justiça com as próprias mãos, sobre o direito negado de defesa e sobre os danos psicológicos que isso tudo pode causar e acima de tudo sobre a irresponsabilidade e sensacionalismo em cima de uma situação delicada. E faz tudo isso sem demonizar ninguém.
Ernest e Célestine
4.4 319Animação francesa feita em aquarela. Visualmente lindo, mas que muitas vezes é inocente demais, além de previsível. Mesmo assim tem ótimas passagens e me ganhou pela beleza das imagens.
Até o Fim
3.4 418 Assista AgoraMostra que é possível construir um filme todo em cima de um personagem sem nome e que não conhecemos. Robert Redford praticamente não abre a boca durante todo o filme e muito menos nos comunica qualquer coisa sobre quem é e o que faz ali. A identificação que temos é apenas com o instinto humano de sobrevivência. Pensando nesse sentido, seria mais interessante se não existisse o monólogo inicial e o ator escalado fosse desconhecido.