Uma fábula que traz um calorzinho no coração. Tem um jeito de "Fabuloso Destino de Amélie Poulain", mais na inocência e autenticidade dos personagens, menos no palavreado da narração do filme francês. "Na Sinfonia do Coração" é mais simples, mas por trás da sua fantasia, revela duras realidades... Trilha sonora perfeita, queria morar nesse filme. Vou ficar doente se não conseguir encontrar essa trilha sonora para ouvir! hehe
“O Debate” é o filme de estreia de Caio Blat na direção, com Débora Bloch e Paulo Betti como protagonistas e com roteiro de Guel Arraes e Jorge Furtado. O filme estreou no final de agosto de 2022 nas salas de cinema nacionais. Ao assistir o filme, tive a impressão de estar vendo algo que poderia estar acontecendo naquele exato momento. O filme acompanha a discussão de Paula, âncora de uma emissora de TV e Sérgio, editor-chefe de jornalismo. Ambos têm diferentes visões sobre política e o papel do jornalismo. Discutem o filme todo sobre as decisões editoriais que farão acerca da exibição do último debate de presidenciáveis, o que pode mudar os votos de eleitores indecisos e o rumo do país. Nenhum nome de candidatos é citado, mas é possível perceber que falamos do Brasil de 2022, após quatro anos de mandato de uma gestão calamitosa para o país como um todo de Jair Bolsonaro. O roteiro é afiado e acelerado, o que remete ao ritmo do telejornalismo: “30 segundos para entrar no ar!”. Os argumentos dos protagonistas atravessam os diferentes espaços em que se dá a ação (estúdio da TV, terraço do prédio, e nos flashbacks que mostram a vida íntima do casal). Por muitas vezes pensei o quanto bem-sucedida seria uma montagem de uma adaptação do roteiro para os palcos de teatro. A direção de Caio Blat, com as imagens com foco e cortes também me soou adequada para dar essa atmosfera de ritmo acelerado, sem, no entanto, me deixar zonza (como determinadas edições de vídeos para internet me deixam). O filme me fez pensar muito sobre ética no jornalismo e a responsabilidade do jornalismo. Além da complexidade que é discutir política e o quanto a ação jornalística pode influenciar nesse campo. Por diversas vezes me vi concordando com Paula; outras, concordando com Sérgio. As questões levantadas, de fato, são complexas, e reafirmam a admiração que tenho pela profissão de jornalismo. O outro lado da narrativa, que aborda o término do relacionamento de Paula e Sérgio (e a sua posterior continuidade) me envolveu também. Gostei muito, e saí da sala do cinema pisando nas nuvens ao som da música “Não vou deixar”, do mais recente álbum do Caetano Veloso, envolvida no tom esperançoso com que o filme se encerra.
É muito interessante observar que as pioneiras a estudarem os vieses de exclusão dos algoritmos foram mulheres negras. Isso levanta para mim a importante questão de quanto mais diversas(os) são as(os) pesquisadoras(os), mais diversos são os temas de pesquisa - e certamente maiores oportunidades de se investigar algo que o perfil hegemônico (no caso da área de tecnologia: homens brancos) nem visualiza ao menos como uma questão de pesquisa.
Gosto muito dessa citação da Zeynep Tufekci, ao final do documentário: "Ser totalmente eficiente, sempre fazer o que nos mandaram, o que fomos programados para fazer, nem sempre é o mais humano. Às vezes, devemos desobedecer. Dizer: 'Não vou fazer isso'. Certo? Se automatizarmos tudo para sempre fazer o programado, isso pode levar a coisas muito desumanas."
Vi duas referências indiretas ao nosso excelentíssimo em imagens. Ficou faltando uma zoação com o "I love you". E as referências da Amazônia e do Pantanal em chamas também, assim como a Austrália e a Califórnia...
Emicida, gênio. Não é só sobre um álbum, é uma aula sobre nossa verdadeira cultura, uma aula sobre vida! Emocionada (principalmente ao final, chorei de me acabar). Meu respeito aos pretos e às pretas que construíram essa história. Toda a gente que o país ainda tem que aprender a reverenciar e exaltar.
Assisti até o final, para tentar prestigiar o cinema nacional, mas foi difícil. O problema da autoajuda é que ela se apresenta de forma superficial. O argumento do filme até que vale a pena desenvolver, refletir sobre (o carpe diem, aproveite o que realmente importa na vida)... Já foi desenvolvido por tantos outros filmes. Mas a história desse é insossa, sem pé nem cabeça, os personagens são chapados, as frases de efeito que tomam conta do roteiro são vazias... foi ruim =(
Lá pelas tantas acompanhando o documentário, me dei conta que o Bikram é MUITO o perfil de um presidente aí. Alguns comportamentos muito semelhantes. Calafrio só de pensar o quanto de escrotos com esse mesmo perfil existem por aí.
O documentário é interessante, faz pensar sobre todo esse mecanismo de alienação e a necessidade que as pessoas têm de pertencer a um grupo. Infelizmente, é o que aflige muitos em diversos contextos. Que as sociedades possam despertar cada vez mais o debate contra a impunidade!
Uma história sobre a separação de duas irmãs, que não puderam voltar a se ver por força de costumes tidos como "corretos" pela sociedade patriarcal. Já se perguntaram o quanto esses "costumes da tradicional família brasileira" corroeram sonhos e vidas ao longo de nossa História? O filme retrata um possível caso dentre tantos outros, de vidas cujos destinos poderiam ter sido diferentes, se a opressão sobre as mulheres não existisse. A vida invisível a que o filme se refere, está dentro do que seria possível, se nossa sociedade fosse livre. Não apenas a vida das mulheres (irmãs e mãe) poderiam ter sido mais felizes, como também a vida dos próprios carrascos (pai e marido). A vida invisível grita na tela por meio da granulação das imagens do filme. Quando assistia, me perguntava se o efeito não teria sido deslize da direção ou dificuldades da produção em relação aos equipamentos utilizados, mas lendo críticas ao filme, percebo como intencional. A granulação da imagem me parece ser como uma sombra da realidade alternativa, que mancha a realidade retratada, através da memória, dos desejos e do amor que vive nas personagens e são expressos nas palavras das cartas que insistem em escrever uma à outra. O filme foi um perigoso gatilho - não apenas para a mulher que na minha sessão não aguentou segurar seu choro contido - mas para todos os outros que, assim como eu, levantaram-se das poltronas sem chão e enxugando discretamente as lágrimas do rosto. Esse filme é sobre o que aconteceu em maior ou menor grau com as vidas das nossas bisavós, avós e mães. Também o que ainda está acontecendo hoje, com nossas vidas. Esse filme é um gatilho, porém necessário. Torna visível o que muita gente - em especial, homens - ainda ousa não enxergar. Desvela uma esperança para que o amanhã seja outro para nossas filhas e netas.
Queria assistir desde que vi o trailer em uma sessão de outro filme e depois vi comentários positivos em outros meios, e quis saber qual era a do filme. Fui sem expectativa nenhuma, pois tinha pouca informação inicial sobre ele. Foi o melhor que fiz, ir sem esperar nada, pois o filme me deu tudo. Lá pelas tantas o filme me fisgou: ué, eu que nem rio direito com filme, dando gargalhada aqui no meio? Na cena seguinte, um tapa na cara. A coisa começa a ficar séria. E a partir de então, tapa após tapa, me pego derretendo em lágrimas e com os olhos esbugalhados não conseguindo se desgrudar da tela assim que entram as letrinhas dos créditos finais. Arrisco dizer que foi O MELHOR FILME QUE JÁ ASSISTI DA MINHA VIDA, principalmente pela temática, pela avalanche de emoções e pensamentos despertados, pela qualidade cinematográfica. É de aplaudir de pé! Vá assistir sem ter planos... simplesmente vá.
Não é um documentário apenas para terraplanista ver, muito pelo contrário. Pistas muito importantes e interessantes para entender o que alimenta as teorias conspiracionistas anti-ciência. Essencial para educadores e cientistas, para refletirem o que há de errado em suas abordagens de educação e divulgação científica. Como podemos agir de forma mais eficiente para promover uma verdadeira enculturação científica?
Um filme reflexo de seu tempo, é uma metáfora dos tempos atuais em que muitos parecem deslembrar (grande parte destes, de propósito) os períodos sombrios de nossa história. Nós, espectadores que nos colocamos sob o olhar desfocado da memória, vemos a história se repetir, assim como Joana. Sensível e necessário.
Achei genial tratar da questão da violência racial em um filme de ficção científica (ou uma ficção científica com o tema do racismo?). Nada mais adequado do que usar o realismo fantástico dado pela possibilidade da viagem no tempo, para tratar um tema igualmente absurdo quanto a questão do racismo.
Assisti ao filme sem ler nenhuma crítica a respeito, ou seja, fui isenta de qualquer opinião previamente formada. Nem ler a sinopse eu havia lido! Acabei assistindo o filme aos pedaços, por conta de demandas da vida, mas ainda bem que persisti até o final. Realmente, é um filme com um ritmo mais lento, o que pode ser cansativo, mas assim que consegui vibrar em sua mesma frequência, me senti envolvida por cada cena, cada detalhe. Cada movimento ressoou em minha própria vida, e me convidou para uma reflexão profunda sobre transitoriedade e mudança. O quanto devemos deixar de insistir de encaixar um carro maior que a garagem e ter a coragem de dar o próximo passo rumo a uma adequação mais frutífera. O quanto o medo de mudar sua vida, pode significar uma grande perda. O quanto, afinal de contas, estamos todos sozinhos nesse processo de mudança. Triste observar, entretanto, que algumas relações continuam as mesmas, mesmo que mudemos nosso enquadramento para ângulos opostos. As relações de exploração continuam as mesmas, pelo trabalho, pelo amor. É um filme de uma delicadeza e sensibilidade imensas, certamente o filme conversará com poucas pessoas, em poucos momentos da vida. Grata por ter tido a oportunidade de travar esse papo.
O filme se desenrola despretensioso, gostoso de assistir, mas estava até batendo aquele soninho, quando de repente... me encontro derretida em lágrimas. É um filme que te toca de mansinho. Me fez recordar todos os felizes momentos que passei com um livro em minhas mãos, o que felizmente não foram poucos. Uma grande fábula de resistência, em suma.
O musical que você RESPEITA! Sensível, humano, impossível não se apaixonar pelos dois personagens protagonistas. Me emocionei de início ao fim, até mesmo sonhei com o filme. Minha alma foi atacada por uma dose de melancolia que o filme me proporcionou, na medida certa, uma melancolia que me deixou mais sensível, mais humana. Não sei como explicar. Pude me relacionar com o filme como uma obra de arte! Bradley Cooper e Lady Gaga: uma excelente parceria!
GENIAL! Uma verdadeira artista, respondendo à altura o tempo em que vive. Ainda bem que decidi seguir o conselho de uma amiga do facebook que indicava o show em uma postagem que apareceu na minha timeline há um tempo. Não tenho o mínimo interesse por stand-up comedy, mas esse não é um simples stand-up comedy show. Espero que os que ainda não viram, confiram! "Não quero unir vocês pelo riso ou pela raiva. Só queria que minha história fosse ouvida, sentida e compreendida, por indivíduos com pensamentos próprios".
A premissa lembrou-me de "Once". No entanto, a produção dos dois filmes são totalmente diferentes, eu diria até opostas. Pessoalmente, eu prefiro "Once", por ser uma produção mais "cru", sem muita purpurina, o que me toca maisda sensibilidade. Enfim, quem gostou de "La La Land", indicaria dar uma conferida em "Once" também ;)
Não conhecia nada sobre Yogananda, a princípio me era um nome conhecido apenas, nada mais. Mas como venho avançando na prática de yoga, e sentindo a necessidade de ir para além do corpo e mente, criei vergonha na cara de sair da zona de conforto e procurar estudar mais sobre seus fundamentos, história, práticas e personalidades, por assim dizer. Confesso que fiquei muito desconfiada do porquê de Yogananda ir para a América (minha ocidentalidade deu as caras querendo colocar segundas intenções nas ações das pessoas), mas do meio para o final, entendi melhor o sentido da dedicação do guru. Percebo que o documentário salpicou alguns de seus ensinamentos ao longo da narração, e algumas coisas conversaram muito comigo, se ligaram com o que eu já acredito e entendi a partir da minha prática pessoal do yoga. A imagem da cidade ser a "nova floresta" é muito poderosa, e tenho a impressão de que a yoga nos permite a "reconexão", afinal, com nós mesmos, justamente do que mais precisamos. Agora não tem mais jeito: vou TER que ler "Autobiografia de um iogue"! Um bom documentário sobre uma figura importantíssima da humanidade.
Um documentário muito honesto sobre a profissão de ator. É incrível notar que através dos relatos de perrengues diversos, há uma centelha no olhar de todos os atores e atrizes entrevistadas. Mostra o quanto a verdadeira arte está há anos-luz de uma galera mais privilegiada que gosta de se colocar em evidência, mas que não passa de exibicionismo, glamour (um dos temas discutidos!), vaidade... Infelizmente, por conta da influência maciça de nossa televisão, principalmente, as pessoas vêem o ator e a atriz justamente dessa forma oca e distorcida... A atuação é muito maior do que isso! Interessante para todos os iniciados nas artes cênicas, mas também para todos os apreciadores de outros tipos de manifestações artísticas. Há reflexões que nos convidam a reencontrar com o sentido primeiro da arte: o suor, a contestação, a resistência.
É engraçado que quando teve o lançamento do filme, eu queria porque queria ler o romance e assistir ao filme, nem me lembro o porquê. Comprei o livro recentemente em inglês e terminei a leitura esse mês. Pontos altos e baixos no livro, mas realmente o tom de melancolia mais para o final (espero que isso não seja spoiler, rs) me pegou de um jeito... Decidi assistir o filme logo após terminar o livro. Minha impressão durante o filme todo: taí um livro que talvez não caberia virar filme. Achei que o filme perdeu MUITO a substância do que é narrado no livro. Por exemplo, Dexter não é tão babaca no filme quanto o é no livro. =P O que mais me chamou a atenção no livro, o tom da melancolia em algumas partes aparece de forma apagada no filme - pelo menos para mim. Então, a recomendação que lanço, principalmente para quem gostou do filme: LEIAM O LIVRO. Não é o romance mais "uau" que já li (Americanah, de Chimamanda Adichie, que tem o mesmo pano de fundo - a história de um romance que só se consuma após décadas, é MUITO MELHOR), mas é uma boa leitura. Para finalizar: Anne Hathaway é linda demais!!! <3
Filme tocante, poderoso. Tá na lista dos melhores de todos os tempos, todos devem vê-lo, ao menos uma vez na vida.
Infelizmente, as histórias retratadas se repetem, mais de 50 anos depois... "The Help" tem um contemporâneo tupiniquim. Procurem ler as histórias compartilhadas na página do facebook "Eu empregada doméstica", para ver que a exploração e o racismo ainda é realidade enfrentada pelas empregadas domésticas em seu cotidiano. Há muita patroa precisando de uma enriquecida na dieta por aí... ;) (piada interna do filme, quem assistir, entenderá!)
"Ninguém tinha me perguntado como era ser eu. Assim que eu disse a verdade sobre isso... Eu me senti livre".
NA SINFONIA DO CORAÇÃO
3.7 3Uma fábula que traz um calorzinho no coração. Tem um jeito de "Fabuloso Destino de Amélie Poulain", mais na inocência e autenticidade dos personagens, menos no palavreado da narração do filme francês. "Na Sinfonia do Coração" é mais simples, mas por trás da sua fantasia, revela duras realidades...
Trilha sonora perfeita, queria morar nesse filme. Vou ficar doente se não conseguir encontrar essa trilha sonora para ouvir! hehe
O Debate
3.0 10“O Debate” é o filme de estreia de Caio Blat na direção, com Débora Bloch e Paulo Betti como protagonistas e com roteiro de Guel Arraes e Jorge Furtado. O filme estreou no final de agosto de 2022 nas salas de cinema nacionais. Ao assistir o filme, tive a impressão de estar vendo algo que poderia estar acontecendo naquele exato momento.
O filme acompanha a discussão de Paula, âncora de uma emissora de TV e Sérgio, editor-chefe de jornalismo. Ambos têm diferentes visões sobre política e o papel do jornalismo. Discutem o filme todo sobre as decisões editoriais que farão acerca da exibição do último debate de presidenciáveis, o que pode mudar os votos de eleitores indecisos e o rumo do país. Nenhum nome de candidatos é citado, mas é possível perceber que falamos do Brasil de 2022, após quatro anos de mandato de uma gestão calamitosa para o país como um todo de Jair Bolsonaro.
O roteiro é afiado e acelerado, o que remete ao ritmo do telejornalismo: “30 segundos para entrar no ar!”. Os argumentos dos protagonistas atravessam os diferentes espaços em que se dá a ação (estúdio da TV, terraço do prédio, e nos flashbacks que mostram a vida íntima do casal). Por muitas vezes pensei o quanto bem-sucedida seria uma montagem de uma adaptação do roteiro para os palcos de teatro. A direção de Caio Blat, com as imagens com foco e cortes também me soou adequada para dar essa atmosfera de ritmo acelerado, sem, no entanto, me deixar zonza (como determinadas edições de vídeos para internet me deixam).
O filme me fez pensar muito sobre ética no jornalismo e a responsabilidade do jornalismo. Além da complexidade que é discutir política e o quanto a ação jornalística pode influenciar nesse campo. Por diversas vezes me vi concordando com Paula; outras, concordando com Sérgio. As questões levantadas, de fato, são complexas, e reafirmam a admiração que tenho pela profissão de jornalismo. O outro lado da narrativa, que aborda o término do relacionamento de Paula e Sérgio (e a sua posterior continuidade) me envolveu também. Gostei muito, e saí da sala do cinema pisando nas nuvens ao som da música “Não vou deixar”, do mais recente álbum do Caetano Veloso, envolvida no tom esperançoso com que o filme se encerra.
Coded Bias
4.0 19É muito interessante observar que as pioneiras a estudarem os vieses de exclusão dos algoritmos foram mulheres negras. Isso levanta para mim a importante questão de quanto mais diversas(os) são as(os) pesquisadoras(os), mais diversos são os temas de pesquisa - e certamente maiores oportunidades de se investigar algo que o perfil hegemônico (no caso da área de tecnologia: homens brancos) nem visualiza ao menos como uma questão de pesquisa.
Gosto muito dessa citação da Zeynep Tufekci, ao final do documentário:
"Ser totalmente eficiente, sempre fazer o que nos mandaram, o que fomos programados para fazer, nem sempre é o mais humano. Às vezes, devemos desobedecer. Dizer: 'Não vou fazer isso'. Certo? Se automatizarmos tudo para sempre fazer o programado, isso pode levar a coisas muito desumanas."
2020 Nunca Mais
3.4 89Vi duas referências indiretas ao nosso excelentíssimo em imagens. Ficou faltando uma zoação com o "I love you". E as referências da Amazônia e do Pantanal em chamas também, assim como a Austrália e a Califórnia...
AmarElo - É Tudo Pra Ontem
4.6 354 Assista AgoraEmicida, gênio. Não é só sobre um álbum, é uma aula sobre nossa verdadeira cultura, uma aula sobre vida! Emocionada (principalmente ao final, chorei de me acabar). Meu respeito aos pretos e às pretas que construíram essa história. Toda a gente que o país ainda tem que aprender a reverenciar e exaltar.
O Vendedor de Sonhos
3.0 242 Assista AgoraAssisti até o final, para tentar prestigiar o cinema nacional, mas foi difícil.
O problema da autoajuda é que ela se apresenta de forma superficial. O argumento do filme até que vale a pena desenvolver, refletir sobre (o carpe diem, aproveite o que realmente importa na vida)... Já foi desenvolvido por tantos outros filmes. Mas a história desse é insossa, sem pé nem cabeça, os personagens são chapados, as frases de efeito que tomam conta do roteiro são vazias... foi ruim =(
O Poço
3.7 2,1K Assista Agora"Cube" melhor produzido com maiores doses de violência. Ótimo para pensar. Haverá solução para a "solidariedade espontânea"?
Bikram: Yogi, Guru, Predador
3.5 41Lá pelas tantas acompanhando o documentário, me dei conta que o Bikram é MUITO o perfil de um presidente aí. Alguns comportamentos muito semelhantes. Calafrio só de pensar o quanto de escrotos com esse mesmo perfil existem por aí.
O documentário é interessante, faz pensar sobre todo esse mecanismo de alienação e a necessidade que as pessoas têm de pertencer a um grupo. Infelizmente, é o que aflige muitos em diversos contextos. Que as sociedades possam despertar cada vez mais o debate contra a impunidade!
A Vida Invisível
4.3 642Uma história sobre a separação de duas irmãs, que não puderam voltar a se ver por força de costumes tidos como "corretos" pela sociedade patriarcal. Já se perguntaram o quanto esses "costumes da tradicional família brasileira" corroeram sonhos e vidas ao longo de nossa História? O filme retrata um possível caso dentre tantos outros, de vidas cujos destinos poderiam ter sido diferentes, se a opressão sobre as mulheres não existisse. A vida invisível a que o filme se refere, está dentro do que seria possível, se nossa sociedade fosse livre. Não apenas a vida das mulheres (irmãs e mãe) poderiam ter sido mais felizes, como também a vida dos próprios carrascos (pai e marido). A vida invisível grita na tela por meio da granulação das imagens do filme. Quando assistia, me perguntava se o efeito não teria sido deslize da direção ou dificuldades da produção em relação aos equipamentos utilizados, mas lendo críticas ao filme, percebo como intencional. A granulação da imagem me parece ser como uma sombra da realidade alternativa, que mancha a realidade retratada, através da memória, dos desejos e do amor que vive nas personagens e são expressos nas palavras das cartas que insistem em escrever uma à outra. O filme foi um perigoso gatilho - não apenas para a mulher que na minha sessão não aguentou segurar seu choro contido - mas para todos os outros que, assim como eu, levantaram-se das poltronas sem chão e enxugando discretamente as lágrimas do rosto. Esse filme é sobre o que aconteceu em maior ou menor grau com as vidas das nossas bisavós, avós e mães. Também o que ainda está acontecendo hoje, com nossas vidas. Esse filme é um gatilho, porém necessário. Torna visível o que muita gente - em especial, homens - ainda ousa não enxergar. Desvela uma esperança para que o amanhã seja outro para nossas filhas e netas.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraQueria assistir desde que vi o trailer em uma sessão de outro filme e depois vi comentários positivos em outros meios, e quis saber qual era a do filme. Fui sem expectativa nenhuma, pois tinha pouca informação inicial sobre ele. Foi o melhor que fiz, ir sem esperar nada, pois o filme me deu tudo. Lá pelas tantas o filme me fisgou: ué, eu que nem rio direito com filme, dando gargalhada aqui no meio? Na cena seguinte, um tapa na cara. A coisa começa a ficar séria. E a partir de então, tapa após tapa, me pego derretendo em lágrimas e com os olhos esbugalhados não conseguindo se desgrudar da tela assim que entram as letrinhas dos créditos finais. Arrisco dizer que foi O MELHOR FILME QUE JÁ ASSISTI DA MINHA VIDA, principalmente pela temática, pela avalanche de emoções e pensamentos despertados, pela qualidade cinematográfica. É de aplaudir de pé!
Vá assistir sem ter planos... simplesmente vá.
A Terra é Plana
3.5 196Não é um documentário apenas para terraplanista ver, muito pelo contrário. Pistas muito importantes e interessantes para entender o que alimenta as teorias conspiracionistas anti-ciência. Essencial para educadores e cientistas, para refletirem o que há de errado em suas abordagens de educação e divulgação científica. Como podemos agir de forma mais eficiente para promover uma verdadeira enculturação científica?
Deslembro
3.7 40 Assista AgoraUm filme reflexo de seu tempo, é uma metáfora dos tempos atuais em que muitos parecem deslembrar (grande parte destes, de propósito) os períodos sombrios de nossa história. Nós, espectadores que nos colocamos sob o olhar desfocado da memória, vemos a história se repetir, assim como Joana.
Sensível e necessário.
A Gente Se Vê Ontem
3.2 192 Assista AgoraAchei genial tratar da questão da violência racial em um filme de ficção científica (ou uma ficção científica com o tema do racismo?). Nada mais adequado do que usar o realismo fantástico dado pela possibilidade da viagem no tempo, para tratar um tema igualmente absurdo quanto a questão do racismo.
Pena que o racismo é tão real que nem a fantasia consegue apagá-lo da história.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraAssisti ao filme sem ler nenhuma crítica a respeito, ou seja, fui isenta de qualquer opinião previamente formada. Nem ler a sinopse eu havia lido!
Acabei assistindo o filme aos pedaços, por conta de demandas da vida, mas ainda bem que persisti até o final. Realmente, é um filme com um ritmo mais lento, o que pode ser cansativo, mas assim que consegui vibrar em sua mesma frequência, me senti envolvida por cada cena, cada detalhe. Cada movimento ressoou em minha própria vida, e me convidou para uma reflexão profunda sobre transitoriedade e mudança. O quanto devemos deixar de insistir de encaixar um carro maior que a garagem e ter a coragem de dar o próximo passo rumo a uma adequação mais frutífera. O quanto o medo de mudar sua vida, pode significar uma grande perda. O quanto, afinal de contas, estamos todos sozinhos nesse processo de mudança.
Triste observar, entretanto, que algumas relações continuam as mesmas, mesmo que mudemos nosso enquadramento para ângulos opostos. As relações de exploração continuam as mesmas, pelo trabalho, pelo amor.
É um filme de uma delicadeza e sensibilidade imensas, certamente o filme conversará com poucas pessoas, em poucos momentos da vida. Grata por ter tido a oportunidade de travar esse papo.
Losing Sight of Shore
4.2 2Sabe quando você percebe que seus problemas não são nada, sua vida não é difícil o quanto o seu ego tenta lhe convencer?
Inspirador.
A Livraria
3.6 218 Assista AgoraO filme se desenrola despretensioso, gostoso de assistir, mas estava até batendo aquele soninho, quando de repente... me encontro derretida em lágrimas. É um filme que te toca de mansinho.
Me fez recordar todos os felizes momentos que passei com um livro em minhas mãos, o que felizmente não foram poucos. Uma grande fábula de resistência, em suma.
Nasce Uma Estrela
4.0 2,4K Assista AgoraO musical que você RESPEITA!
Sensível, humano, impossível não se apaixonar pelos dois personagens protagonistas.
Me emocionei de início ao fim, até mesmo sonhei com o filme. Minha alma foi atacada por uma dose de melancolia que o filme me proporcionou, na medida certa, uma melancolia que me deixou mais sensível, mais humana. Não sei como explicar. Pude me relacionar com o filme como uma obra de arte!
Bradley Cooper e Lady Gaga: uma excelente parceria!
Hannah Gadsby: Nanette
4.7 207 Assista AgoraGENIAL!
Uma verdadeira artista, respondendo à altura o tempo em que vive. Ainda bem que decidi seguir o conselho de uma amiga do facebook que indicava o show em uma postagem que apareceu na minha timeline há um tempo. Não tenho o mínimo interesse por stand-up comedy, mas esse não é um simples stand-up comedy show.
Espero que os que ainda não viram, confiram!
"Não quero unir vocês pelo riso ou pela raiva. Só queria que minha história fosse ouvida, sentida e compreendida, por indivíduos com pensamentos próprios".
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraA premissa lembrou-me de "Once". No entanto, a produção dos dois filmes são totalmente diferentes, eu diria até opostas. Pessoalmente, eu prefiro "Once", por ser uma produção mais "cru", sem muita purpurina, o que me toca maisda sensibilidade. Enfim, quem gostou de "La La Land", indicaria dar uma conferida em "Once" também ;)
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista AgoraUma obra de arte para um artista.
Assistam com sensibilidade.
Awake: A Vida de Yogananda
3.9 25 Assista AgoraNão conhecia nada sobre Yogananda, a princípio me era um nome conhecido apenas, nada mais. Mas como venho avançando na prática de yoga, e sentindo a necessidade de ir para além do corpo e mente, criei vergonha na cara de sair da zona de conforto e procurar estudar mais sobre seus fundamentos, história, práticas e personalidades, por assim dizer. Confesso que fiquei muito desconfiada do porquê de Yogananda ir para a América (minha ocidentalidade deu as caras querendo colocar segundas intenções nas ações das pessoas), mas do meio para o final, entendi melhor o sentido da dedicação do guru. Percebo que o documentário salpicou alguns de seus ensinamentos ao longo da narração, e algumas coisas conversaram muito comigo, se ligaram com o que eu já acredito e entendi a partir da minha prática pessoal do yoga. A imagem da cidade ser a "nova floresta" é muito poderosa, e tenho a impressão de que a yoga nos permite a "reconexão", afinal, com nós mesmos, justamente do que mais precisamos. Agora não tem mais jeito: vou TER que ler "Autobiografia de um iogue"! Um bom documentário sobre uma figura importantíssima da humanidade.
Como Você Me Vê?
3.7 2Um documentário muito honesto sobre a profissão de ator. É incrível notar que através dos relatos de perrengues diversos, há uma centelha no olhar de todos os atores e atrizes entrevistadas. Mostra o quanto a verdadeira arte está há anos-luz de uma galera mais privilegiada que gosta de se colocar em evidência, mas que não passa de exibicionismo, glamour (um dos temas discutidos!), vaidade... Infelizmente, por conta da influência maciça de nossa televisão, principalmente, as pessoas vêem o ator e a atriz justamente dessa forma oca e distorcida... A atuação é muito maior do que isso!
Interessante para todos os iniciados nas artes cênicas, mas também para todos os apreciadores de outros tipos de manifestações artísticas. Há reflexões que nos convidam a reencontrar com o sentido primeiro da arte: o suor, a contestação, a resistência.
Um Dia
3.9 3,5K Assista AgoraÉ engraçado que quando teve o lançamento do filme, eu queria porque queria ler o romance e assistir ao filme, nem me lembro o porquê. Comprei o livro recentemente em inglês e terminei a leitura esse mês. Pontos altos e baixos no livro, mas realmente o tom de melancolia mais para o final (espero que isso não seja spoiler, rs) me pegou de um jeito...
Decidi assistir o filme logo após terminar o livro. Minha impressão durante o filme todo: taí um livro que talvez não caberia virar filme. Achei que o filme perdeu MUITO a substância do que é narrado no livro. Por exemplo, Dexter não é tão babaca no filme quanto o é no livro. =P
O que mais me chamou a atenção no livro, o tom da melancolia em algumas partes aparece de forma apagada no filme - pelo menos para mim. Então, a recomendação que lanço, principalmente para quem gostou do filme: LEIAM O LIVRO. Não é o romance mais "uau" que já li (Americanah, de Chimamanda Adichie, que tem o mesmo pano de fundo - a história de um romance que só se consuma após décadas, é MUITO MELHOR), mas é uma boa leitura.
Para finalizar: Anne Hathaway é linda demais!!! <3
Histórias Cruzadas
4.4 3,8K Assista AgoraFilme tocante, poderoso. Tá na lista dos melhores de todos os tempos, todos devem vê-lo, ao menos uma vez na vida.
Infelizmente, as histórias retratadas se repetem, mais de 50 anos depois... "The Help" tem um contemporâneo tupiniquim. Procurem ler as histórias compartilhadas na página do facebook "Eu empregada doméstica", para ver que a exploração e o racismo ainda é realidade enfrentada pelas empregadas domésticas em seu cotidiano.
Há muita patroa precisando de uma enriquecida na dieta por aí... ;)
(piada interna do filme, quem assistir, entenderá!)
"Ninguém tinha me perguntado como era ser eu. Assim que eu disse a verdade sobre isso... Eu me senti livre".