Como já sabemos que o cara é um serial Killer, achei legal os assassinatos não serem o foco do filme. No entanto, ele ficou em cima do muro sobre qual seria o foco, porque não focou tão bem na personagem de lily collins e deu muita atenção para o suposto amor do ted bundy por ela. Tiraram a confissão que ele fez dos crimes, mostrando que na verdade ele era um cara extremamente sangue frio e eu queria muito que tivessem dado essa oportunidade pro Zac Effron, porque acho que ele estava se entregando bem ao papel e o roteiro não permitiu que ele fosse além.
Olha, a gente tem sempre que dar um crédito pro xalalayman por sempre tentar inovar, apesar do pessoal (eu inclusive) tacar muita pedra quando ele manda mal. Mas vendo agora, é bem injusto com quem nos entregou tantas obras que não seguem a chata receita de sucesso hollywoodiano (O último dominador de ar? Isso existiu, não foi um mundo paralelo? Se xinguei muito e professei todo o meu ódio, não lembro).
Tempo é uma obra com personagens rasos, que não dá para se apegar por causa da rapidez dos acontecimentos, mas a obra trata de forma implícita - mas não superficial - temas muitos profundos sobre morte, amadurecimento, decisões que tomamos em nossa vida e a importância delas a longo prazo. Tem vários momentos de beleza nisso tudo, umas cenas que chegam a dar medo e um permanente ar de mistério que te mantém preso o filme inteiro (e o final não é aberto, te entregam uma resposta boa e justificável).
Considero uma obra reflexiva e acessível, pois consegue trazer vários traços de poesia sem cair no passo pausado das obras que conhecemos assim no cinema japonês e europeu. Muito pelo contrário, é muito veloz e angustiante, como são o tempo e nossa impotência perante ele.
O cinema dos anos 30 e 40 tinha um humor muito mais cínico e realista do que os clássicos que se consagraram a partir de 1950. Copacabana tem um casal nada convencional no quesito caráter e mostra algumas piadas com as quais é possível rir de verdade.
Adoro o livro e acho que foram bem fiéis ao tom da história original. Adarsh Gourav estava perfeito no papel, fazendo muito bem a transformação sincera de um um homem submisso a um homem disposto a burlar o sistema e a desigualdade social que o determinava. Se curtiram, o livro é ainda mais rico e imersivo!
[É o segundo ou terceiro filme que assisto com Priyanka que precisam colocar na história (sem necessidade alguma), que a personagem dela é cristã. Acho sempre muito estranho e jogado, mas acho que é um acordo que ela mesma faz.]
Gosto de filmes de roteiro randômico, quando bem executados. Esse será um dos que sempre vou indicar. É muito divertido e gráfico na violência, mas além de tudo tem uma protagonista muito relacionável. O ódio crescente pela sociedade e o questionamento de "por que as pessoas são umas arrombadas?", somado à impotência do sistema público (de segurança, no caso) e à frase pseudotranquilizadora "tem gente muito pior que você". Tudo isso entra e consome a Ruth até que ela se rebela e vai vendo até onde se pode fazer diferença com as próprias mãos.
Senti como esse filme me entendesse, não sei explicar.
Eu gostei porque não sabia nada da história das gravadoras e de como a música negra saiu do gueto para virar pop. No entanto, sei que hollywoodizaram bastante a trama. Mas vale pelas músicas e pela apresentação de nomes clássicos que pessoas leigas como eu não conheciam. Tive a sensação de que a música nunca parava de tocar no filme e achei demais isso. Só acho que a Beyonce, na hora de cantar, podia ter tentado ser menos Beyonce e mais Etta James, porque seria interessante ver ela usar o vozerão pra fazer uma interpretaçaão mais precisa da música, mas a versão dela não tá ruim não!
Gente, esse musical não é como os outros de Hollywood, então indico assistir se você gosta de assistir uma peça de Ballet, por exemplo, que acho que foi o que Gene Kelly queria mesmo fazer (ele sempre participava das idealização das coreografias). Eu particularmente não gosto do roteiro, nem das músicas com letra, mas o figurino também é deslumbrante (e copiável, se você é desses ou dessas).
Que homem, meu Deus, como dança de forma precisa, leve e viril! Leslie Caron, apesar da pouca idade, também deu conta de todas as peripécias que ele puxou em suas coreografias, uma grande profissional!
Achei que o filme tem muitos pontos originais, e eu to sempre disposta a biscoitar filmes nacionais que conseguem ir além e mostrar originalidade brasileira. Um exemplo é relação patroa/empregada que mostra várias denúncias sutis à herança escravocrata, e é muito satisfatório ver que a personagem de Isabel Zuaa é bem acordada pra isso (Ëra para eu ser babá e agora voc quer que eu cozinhe?). Gostei muito, apesar dessa questão racial e de classe, do relacionamento das personagens.
Na segunda parte, com a criança em cena, parece que a história vira uma continuação de si mesma, mas não achei ruim. Acho que é o momento de maior terror e suspense e parece que o cinema brasileiro tem uma queda por lobisomem, né?
Danças, figurinos e direção de arte HIPNÓTICOS de lindos. Eu não gosto em si da história, mas quem conseguiu prestar atenção no plot com tantos brilhos e bordados magníficos?!
Acho a dança de bollywood maravilhosa! Mesmo quando sensual, não é explícito e sai um pouco da monotonia das danças ocidentais com seus pés em Flex, seus pulinhos divertidos, suas poses, e seu padrão mais natural do corpo feminino. Também gosto como os homens sempre entram pra dançar, sejam tiozões bigodudos, barrigudinhos, jovens. Queria que minha vida fosse um casamento bollywoodiano.
Acho que esse foi o filme de samurai X com mais beleza estética. No entanto, caiu a qualidade das lutas pra ter muito papinho de desfecho. Já que tem o "A origem", acho que deviam ter trabalhado menos os flashbacks e focado mais nessa história. Ainda assim, para quem gosta muito de assistir filmes de artes marciais, esse filme não será uma perda de tempo.
Acho bem caídos esses dramas em que um ator finge uma doença e depois leva o Oscar. Esse é exceção porque o roteiro não ficou só nas costas do Hopkins. Na verdade, a direção é co-protagonista deste filme e foi muito criativa em brincar com a mente do público, simulando as peças que as doenças neurodegenerativas pregam na percepção de seus portadores. Ainda encontramos o drama paralelo de Colman sobre o peso que é cuidar de alguém amado em casos como esse.
Acho que acrítica que fiz no segundo vale pra esse: perderam de desenvolver shishio como o grande vilão complexo que ele é. Mas em compensação as lutas estão ainda melhores e agora muito mais complexas porque envolvem sempre muita gente. Amei a espadaria.
Acho que não desenvolveu Shishio bem, nem a relação dele com a mulher e o mundo, então perderam de fazer jus a um grande vilão esférico. Nesse, alguns personagens ficaram "anime demais", o que faz você levar menos a sério o plot.
Quanto à porradaria - e foi pra isso que eu vim - está ainda melhor que o primeiro! ótimo uso do ambiente, coreografias de luta que eu queria decorar como decorei a coreografia do acererrê na quarta série. Um show sem aquela sensação de cabo de aço o tempo todo. Hollywood tem muito a aprender com essa live action de Samurai X. Todas as estrela vão pra essas lutas (e uma pro kenshin porque escolheram mt bem o ator).
Melhor live action que já vi e a única que gostei. Cenas de luta LINDA E METICULOSAMENTE coreografadas e executadas, dinâmica que nem sequer o anime apresenta! Até decidi esquecer que é adaptação e considero um dos meus filmes de samurai favoritos! O Figurino e maquiagem também ficaram no ponto, todos os personagens ficaram bem caracterizados sem parecer cosplay.
P.S: Aposto que o tarantino deve curtir esse filme apesar de ficar no pg 13.
O filme tem uma escolha de plano aberto, parado, e passagem de tempo monótona que vão afastar muitos espectadores, mas achei uma história de amor(amizade) muito sensível que foca de forma realista nos desgastes de relacionamento causados quando se tem um amigo com sérios problemas de saúde mental. Sinto que esse filme me ensinou algo muito importante sobre olhar com mais cautela para certas pessoas que carregam esse fardo "invisível", e só de fazer isso creio que é certamente diferenciado.
fui ver sabendo que era um filme ruim, mas me surpreendeu: é muito pior, haahahaa. Dialógo ridículo, questões familiares piegas, roteiro raso e estratégias de guerra que parecem ter sido idealizadas por uma criança de 7 anos brincando com comandos em ação e aproveitando pra revisar suas lições de ciências do primeiro ano. Me façam o favor de compartilhar mais falas ridículas, porque só lembrei destas:
"Apenas um grau separa a água do gelo" "Se é pra morrer vou morrer do meu jeitoooo!" "Você mandou ela morrer e ela obedeceu? Por que não mandou ela fazer isso antes?"
Apesar da premissa "amizade incomum adulto+criança" parecer clichê, o filme tem uma delicadeza que torna a obra bem original! Achei a atuação do Timberlake ótima, e só fica coadjuvante porque o ator mirim, Ryder Allen, deu um show! Pontos originais do filme:
1- O roteiro trata o comportamento do menino com naturalidade, ele se reconhece como menino e não vê nada de errado nisso, apesar de gostar de coisas "de menina", e ninguém força a barra para dizer pra ele que ele é é gay, ou que é trans. A definição "queer" ou nosso bom e velho "criança viada" representa muiti melhor essa fase de descobertas.
2- O filme mostra a dificuldade do ex-presidiário em se re-inserir na sociedade e achar um emprego depois de receber condicional. Não bastasse passar mais de um terço da vida na prisão, as pessoas ficam marcadas pro resto da vida, o que facilita muito voltarem ao crime ou ao abuso de drogas.
3- A avó, apesar de muito religiosa e caipira-americana-conservadora, é uma pessoa muito amorosa e cuidadosa, do jeito mandão dela. Gostei de darem uma leve profundidade a um personagem tão secundário.
4- A mãe, Juno Temple, também é uma puta atriz e tem umas personagem complexa, que realmente não é uma boa mãe por conta de seus vícios e irresponsabilidade, mas que ama o filho e tem muito carinho por ele, não tem problema nenhum em aceitá-lo e apoiá-lo, apesar de não ter como cuidar dele nem de si mesma.
5- A construção da relação entre o adulto e a criança não se dá propriamente pelo personagem entender as particularidades da sexualidade e se transformar em um homem progressista de panfleto. Ele não é homofóbico, mas no fundo ainda tem os resquícios machistas dele. Ainda assim, a "mágica" se dá justamente em entender a necessidade da criança, de ser apoiada e protegida e de ter a recompensa de receber o amor e afeto dela e se sentir capaz de exercer o papel de responsável, isso é que é transformador pra ele e o faz rever outros comportamentos, como seus hábitos e as pessoas com quem se envolve.
O ponto meio qualquer coisa pra mim foi só a personagem da professora, acho que ela tem um papel importante na trama, de poder ser um apoio aos 2 e de ser um "exemplo"de como agir com crianças como o Sam. Só acho que a personagem sofre de síndrome de par romântico, mas beleza, não sei como poderia ser diferente no plot. De resto, é um ótimo filme pra aquecer seu coraçãozinho.
Arrastadíssimo, acho que a diretora deveria ter tentado um curta em stop motion. A proposta de mostrar o mundo pela perspectiva da criança é batido e no caso do filme achei mal executado. Senti que terminei o filme sem levar nada dele, apenas as cenas de Yael cozinhando em miniaturas, que foram momentos de poesia e merecem uma atenção.
O cinema japonês traz muito a beleza do tempo, seja da passagem deste ou do tempo morto.
Neste filme, o tempo é usado para imergirmos nessa família que tinha tudo para ser disfuncional, mas é amorosa e compreensiva, sem ser idílica. Os laços que a uniu só são revelados no final, e é o argumento de desfecho para o fim desse conto de fadas ambientado na marginalidade.
Acho que ele também traz de forma sutil a solidão da velhice que, ao final, foi o que iniciou a trama.
Boa parte dos custos dessa obra foi com miojo e cupnoodles.
Gostei muito da forma que ele critica em segundo plano a questão da imigração, religião e sexualidade nas cidades de interior nos EUA.
Sim, a homossexualidade não foi o foco desse filme e isso não é um ponto negativo. Representatividade requer também filmes com protagonistas LGBT cujo tema não seja sua sexualidade. No caso, o roteiro mergulha bem (dentro da superficialidade do seu gênero) na solidão das 2 adolescentes correspondentes, com suas diferentes pressões, inseguranças e desejos (menos românticos do que voltados para o futuro).
No final, a sensação é que o plot romântico se dissolve entre os 3 personagens para se tornar uma história sobre amadurecimento e principalmente sobre amizade, que é, afinal, a melhor coisa que você provavelmente vai trazer dessa fase horrível que é a adolescência.
Acho que o Tim Burton não dirige um filme realmente bom desde a Noiva Cadáver. De Sweeney Todd pra cá foi ladeira abaixo, Alice, Sombras da Noite, Lar das crianças peculiares...
Acho esse filme uma gema e uma peça à parte no meio de toda essa fase. E acho que fez bem pro diretor sair de sua zona de conforto – onde era tão consagrado que já tava fazendo qualquer bosta – para aplicar seus talentos estéticos a uma biografia, muito bem escolhida.
Waltz como sempre rouba a cena, mas já acho que já chega os diretores quererem que ele carregue os filmes nas costas de sua atuação. A cena do julgamento, por exemplo, foi feita só para ele brilhar e ficou cansativa. Mas, vale uma indicação.
É PIERRE PORRA, ou também conhecido como a melhor atuação do Fiuk (brinks, Naomi Nero merece mais que uma piadinha pela ótima atuação!)
Esse filme tem um roteiro original e um quê de Som ao Redor pelo intimismo que emprega nos cotidianos do Pierre/Felipe e do Joca. Diferente de Que horas ela Volta (dados todos os devidos louros), Anna Muylaert fez um roteiro menos popular, com personagens profundos. Os sentimentos dos pais biológicos são explorados de maneira complexa: a felicidade de recuperar um filho perdido versus a aceitação de alguém tão diferente do que eles esperavam.
Não leva cinco estrelas pelo roteiro, que poderia ter estendido meia-hora para explorar mais a trama que por si só é maravilhosa e intrigante, vide Senhora do Destino. Mas o final deixou esse longa com cara de curta para mim.
Uma atuação gigante para os tão poucos quilinhos desse protagonista! Roteiro delator e envolvente, não vilaniza nenhum um indivíduo por si, mas sim a realidade dos países subdesenvolvidos da Ásia ocidental e até do sul do continente. Eu sempre pensei que miséria era igual em todo país pobre, mas esse filme mostra como aspectos da cultura podem massacrar ainda mais a vida das pessoas.
Acho que é um filme legal como aventura roadtrip, no caso biketrip.
Mas fiquem alerta para a romantização do machismo! O pai da família não é nenhum paizão ou "bruto mas bom homi", não o vi bater um prego numa barra de sabão.
E não acho que o filme quis dar essa imagem a ele, acho que o personagem do Wagner Moura mostra claramente que ele é um cara machista que não suporta a ideia da mulher sustentar mais a família que ele. Ele é um sonhador que na verdade quer fugir da realidade mais do que encontrar o emprego de mil real, mas aí em vez de aprofundar nos personagens o filme fica só nisso pra ficar bonitinho. (e apesar dos bons atores não vou me alongar em falar da falta de protagonismo de atores realmente nordestinos nesses papéis)
Gostei como aventurinha, boas atuações, karaokê do Roberto Carlos, paisagens e cenários sociais legais do semiárido.
Poderia ser uma boa sessão da tarde se não fosse o tchaca tchaca na butchaca.
Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal
3.3 585 Assista AgoraComo já sabemos que o cara é um serial Killer, achei legal os assassinatos não serem o foco do filme. No entanto, ele ficou em cima do muro sobre qual seria o foco, porque não focou tão bem na personagem de lily collins e deu muita atenção para o suposto amor do ted bundy por ela. Tiraram a confissão que ele fez dos crimes, mostrando que na verdade ele era um cara extremamente sangue frio e eu queria muito que tivessem dado essa oportunidade pro Zac Effron, porque acho que ele estava se entregando bem ao papel e o roteiro não permitiu que ele fosse além.
Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraOlha, a gente tem sempre que dar um crédito pro xalalayman por sempre tentar inovar, apesar do pessoal (eu inclusive) tacar muita pedra quando ele manda mal. Mas vendo agora, é bem injusto com quem nos entregou tantas obras que não seguem a chata receita de sucesso hollywoodiano (O último dominador de ar? Isso existiu, não foi um mundo paralelo? Se xinguei muito e professei todo o meu ódio, não lembro).
Tempo é uma obra com personagens rasos, que não dá para se apegar por causa da rapidez dos acontecimentos, mas a obra trata de forma implícita - mas não superficial - temas muitos profundos sobre morte, amadurecimento, decisões que tomamos em nossa vida e a importância delas a longo prazo. Tem vários momentos de beleza nisso tudo, umas cenas que chegam a dar medo e um permanente ar de mistério que te mantém preso o filme inteiro (e o final não é aberto, te entregam uma resposta boa e justificável).
Considero uma obra reflexiva e acessível, pois consegue trazer vários traços de poesia sem cair no passo pausado das obras que conhecemos assim no cinema japonês e europeu. Muito pelo contrário, é muito veloz e angustiante, como são o tempo e nossa impotência perante ele.
Copacabana
3.7 35O cinema dos anos 30 e 40 tinha um humor muito mais cínico e realista do que os clássicos que se consagraram a partir de 1950. Copacabana tem um casal nada convencional no quesito caráter e mostra algumas piadas com as quais é possível rir de verdade.
O Tigre Branco
3.8 403 Assista AgoraAdoro o livro e acho que foram bem fiéis ao tom da história original. Adarsh Gourav estava perfeito no papel, fazendo muito bem a transformação sincera de um um homem submisso a um homem disposto a burlar o sistema e a desigualdade social que o determinava. Se curtiram, o livro é ainda mais rico e imersivo!
[É o segundo ou terceiro filme que assisto com Priyanka que precisam colocar na história (sem necessidade alguma), que a personagem dela é cristã. Acho sempre muito estranho e jogado, mas acho que é um acordo que ela mesma faz.]
Já Não Me Sinto em Casa Nesse Mundo
3.3 382 Assista AgoraGosto de filmes de roteiro randômico, quando bem executados. Esse será um dos que sempre vou indicar. É muito divertido e gráfico na violência, mas além de tudo tem uma protagonista muito relacionável. O ódio crescente pela sociedade e o questionamento de "por que as pessoas são umas arrombadas?", somado à impotência do sistema público (de segurança, no caso) e à frase pseudotranquilizadora "tem gente muito pior que você". Tudo isso entra e consome a Ruth até que ela se rebela e vai vendo até onde se pode fazer diferença com as próprias mãos.
Senti como esse filme me entendesse, não sei explicar.
Cadillac Records
4.0 261 Assista AgoraEu gostei porque não sabia nada da história das gravadoras e de como a música negra saiu do gueto para virar pop. No entanto, sei que hollywoodizaram bastante a trama. Mas vale pelas músicas e pela apresentação de nomes clássicos que pessoas leigas como eu não conheciam. Tive a sensação de que a música nunca parava de tocar no filme e achei demais isso. Só acho que a Beyonce, na hora de cantar, podia ter tentado ser menos Beyonce e mais Etta James, porque seria interessante ver ela usar o vozerão pra fazer uma interpretaçaão mais precisa da música, mas a versão dela não tá ruim não!
Sinfonia de Paris
3.7 133 Assista AgoraGente, esse musical não é como os outros de Hollywood, então indico assistir se você gosta de assistir uma peça de Ballet, por exemplo, que acho que foi o que Gene Kelly queria mesmo fazer (ele sempre participava das idealização das coreografias). Eu particularmente não gosto do roteiro, nem das músicas com letra, mas o figurino também é deslumbrante (e copiável, se você é desses ou dessas).
Que homem, meu Deus, como dança de forma precisa, leve e viril! Leslie Caron, apesar da pouca idade, também deu conta de todas as peripécias que ele puxou em suas coreografias, uma grande profissional!
As Boas Maneiras
3.5 647 Assista AgoraAchei que o filme tem muitos pontos originais, e eu to sempre disposta a biscoitar filmes nacionais que conseguem ir além e mostrar originalidade brasileira. Um exemplo é relação patroa/empregada que mostra várias denúncias sutis à herança escravocrata, e é muito satisfatório ver que a personagem de Isabel Zuaa é bem acordada pra isso (Ëra para eu ser babá e agora voc quer que eu cozinhe?). Gostei muito, apesar dessa questão racial e de classe, do relacionamento das personagens.
Na segunda parte, com a criança em cena, parece que a história vira uma continuação de si mesma, mas não achei ruim. Acho que é o momento de maior terror e suspense e parece que o cinema brasileiro tem uma queda por lobisomem, né?
Nunca achei ruim, assisto todos!
Devdas
4.0 36 Assista AgoraDanças, figurinos e direção de arte HIPNÓTICOS de lindos. Eu não gosto em si da história, mas quem conseguiu prestar atenção no plot com tantos brilhos e bordados magníficos?!
Acho a dança de bollywood maravilhosa! Mesmo quando sensual, não é explícito e sai um pouco da monotonia das danças ocidentais com seus pés em Flex, seus pulinhos divertidos, suas poses, e seu padrão mais natural do corpo feminino. Também gosto como os homens sempre entram pra dançar, sejam tiozões bigodudos, barrigudinhos, jovens. Queria que minha vida fosse um casamento bollywoodiano.
Samurai X: O Final
3.8 65 Assista AgoraAcho que esse foi o filme de samurai X com mais beleza estética. No entanto, caiu a qualidade das lutas pra ter muito papinho de desfecho. Já que tem o "A origem", acho que deviam ter trabalhado menos os flashbacks e focado mais nessa história. Ainda assim, para quem gosta muito de assistir filmes de artes marciais, esse filme não será uma perda de tempo.
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraAcho bem caídos esses dramas em que um ator finge uma doença e depois leva o Oscar. Esse é exceção porque o roteiro não ficou só nas costas do Hopkins. Na verdade, a direção é co-protagonista deste filme e foi muito criativa em brincar com a mente do público, simulando as peças que as doenças neurodegenerativas pregam na percepção de seus portadores. Ainda encontramos o drama paralelo de Colman sobre o peso que é cuidar de alguém amado em casos como esse.
Samurai X: O Fim de uma Lenda
4.0 136 Assista AgoraAcho que acrítica que fiz no segundo vale pra esse: perderam de desenvolver shishio como o grande vilão complexo que ele é. Mas em compensação as lutas estão ainda melhores e agora muito mais complexas porque envolvem sempre muita gente. Amei a espadaria.
Samurai X: Inferno de Kyoto
4.1 176 Assista AgoraAcho que não desenvolveu Shishio bem, nem a relação dele com a mulher e o mundo, então perderam de fazer jus a um grande vilão esférico. Nesse, alguns personagens ficaram "anime demais", o que faz você levar menos a sério o plot.
Quanto à porradaria - e foi pra isso que eu vim - está ainda melhor que o primeiro! ótimo uso do ambiente, coreografias de luta que eu queria decorar como decorei a coreografia do acererrê na quarta série. Um show sem aquela sensação de cabo de aço o tempo todo. Hollywood tem muito a aprender com essa live action de Samurai X. Todas as estrela vão pra essas lutas (e uma pro kenshin porque escolheram mt bem o ator).
Samurai X: O Filme
4.0 611 Assista AgoraMelhor live action que já vi e a única que gostei. Cenas de luta LINDA E METICULOSAMENTE coreografadas e executadas, dinâmica que nem sequer o anime apresenta! Até decidi esquecer que é adaptação e considero um dos meus filmes de samurai favoritos! O Figurino e maquiagem também ficaram no ponto, todos os personagens ficaram bem caracterizados sem parecer cosplay.
P.S: Aposto que o tarantino deve curtir esse filme apesar de ficar no pg 13.
Fourteen
3.3 9 Assista AgoraO filme tem uma escolha de plano aberto, parado, e passagem de tempo monótona que vão afastar muitos espectadores, mas achei uma história de amor(amizade) muito sensível que foca de forma realista nos desgastes de relacionamento causados quando se tem um amigo com sérios problemas de saúde mental. Sinto que esse filme me ensinou algo muito importante sobre olhar com mais cautela para certas pessoas que carregam esse fardo "invisível", e só de fazer isso creio que é certamente diferenciado.
A Guerra do Amanhã
3.2 709 Assista Agorafui ver sabendo que era um filme ruim, mas me surpreendeu: é muito pior, haahahaa. Dialógo ridículo, questões familiares piegas, roteiro raso e estratégias de guerra que parecem ter sido idealizadas por uma criança de 7 anos brincando com comandos em ação e aproveitando pra revisar suas lições de ciências do primeiro ano. Me façam o favor de compartilhar mais falas ridículas, porque só lembrei destas:
"Apenas um grau separa a água do gelo"
"Se é pra morrer vou morrer do meu jeitoooo!"
"Você mandou ela morrer e ela obedeceu? Por que não mandou ela fazer isso antes?"
Palmer
4.1 201Apesar da premissa "amizade incomum adulto+criança" parecer clichê, o filme tem uma delicadeza que torna a obra bem original! Achei a atuação do Timberlake ótima, e só fica coadjuvante porque o ator mirim, Ryder Allen, deu um show! Pontos originais do filme:
1- O roteiro trata o comportamento do menino com naturalidade, ele se reconhece como menino e não vê nada de errado nisso, apesar de gostar de coisas "de menina", e ninguém força a barra para dizer pra ele que ele é é gay, ou que é trans. A definição "queer" ou nosso bom e velho "criança viada" representa muiti melhor essa fase de descobertas.
2- O filme mostra a dificuldade do ex-presidiário em se re-inserir na sociedade e achar um emprego depois de receber condicional. Não bastasse passar mais de um terço da vida na prisão, as pessoas ficam marcadas pro resto da vida, o que facilita muito voltarem ao crime ou ao abuso de drogas.
3- A avó, apesar de muito religiosa e caipira-americana-conservadora, é uma pessoa muito amorosa e cuidadosa, do jeito mandão dela. Gostei de darem uma leve profundidade a um personagem tão secundário.
4- A mãe, Juno Temple, também é uma puta atriz e tem umas personagem complexa, que realmente não é uma boa mãe por conta de seus vícios e irresponsabilidade, mas que ama o filho e tem muito carinho por ele, não tem problema nenhum em aceitá-lo e apoiá-lo, apesar de não ter como cuidar dele nem de si mesma.
5- A construção da relação entre o adulto e a criança não se dá propriamente pelo personagem entender as particularidades da sexualidade e se transformar em um homem progressista de panfleto. Ele não é homofóbico, mas no fundo ainda tem os resquícios machistas dele. Ainda assim, a "mágica" se dá justamente em entender a necessidade da criança, de ser apoiada e protegida e de ter a recompensa de receber o amor e afeto dela e se sentir capaz de exercer o papel de responsável, isso é que é transformador pra ele e o faz rever outros comportamentos, como seus hábitos e as pessoas com quem se envolve.
O ponto meio qualquer coisa pra mim foi só a personagem da professora, acho que ela tem um papel importante na trama, de poder ser um apoio aos 2 e de ser um "exemplo"de como agir com crianças como o Sam. Só acho que a personagem sofre de síndrome de par romântico, mas beleza, não sei como poderia ser diferente no plot. De resto, é um ótimo filme pra aquecer seu coraçãozinho.
Ansiosa Tradução
3.4 2Arrastadíssimo, acho que a diretora deveria ter tentado um curta em stop motion. A proposta de mostrar o mundo pela perspectiva da criança é batido e no caso do filme achei mal executado. Senti que terminei o filme sem levar nada dele, apenas as cenas de Yael cozinhando em miniaturas, que foram momentos de poesia e merecem uma atenção.
Assunto de Família
4.2 400 Assista AgoraO cinema japonês traz muito a beleza do tempo, seja da passagem deste ou do tempo morto.
Neste filme, o tempo é usado para imergirmos nessa família que tinha tudo para ser disfuncional, mas é amorosa e compreensiva, sem ser idílica. Os laços que a uniu só são revelados no final, e é o argumento de desfecho para o fim desse conto de fadas ambientado na marginalidade.
Acho que ele também traz de forma sutil a solidão da velhice que, ao final, foi o que iniciou a trama.
Boa parte dos custos dessa obra foi com miojo e cupnoodles.
Você Nem Imagina
3.4 516 Assista AgoraUm ótimo filme adolescente!
Gostei muito da forma que ele critica em segundo plano a questão da imigração, religião e sexualidade nas cidades de interior nos EUA.
Sim, a homossexualidade não foi o foco desse filme e isso não é um ponto negativo. Representatividade requer também filmes com protagonistas LGBT cujo tema não seja sua sexualidade. No caso, o roteiro mergulha bem (dentro da superficialidade do seu gênero) na solidão das 2 adolescentes correspondentes, com suas diferentes pressões, inseguranças e desejos (menos românticos do que voltados para o futuro).
No final, a sensação é que o plot romântico se dissolve entre os 3 personagens para se tornar uma história sobre amadurecimento e principalmente sobre amizade, que é, afinal, a melhor coisa que você provavelmente vai trazer dessa fase horrível que é a adolescência.
Grandes Olhos
3.8 1,1K Assista grátisAcho que o Tim Burton não dirige um filme realmente bom desde a Noiva Cadáver. De Sweeney Todd pra cá foi ladeira abaixo, Alice, Sombras da Noite, Lar das crianças peculiares...
Acho esse filme uma gema e uma peça à parte no meio de toda essa fase. E acho que fez bem pro diretor sair de sua zona de conforto – onde era tão consagrado que já tava fazendo qualquer bosta – para aplicar seus talentos estéticos a uma biografia, muito bem escolhida.
Waltz como sempre rouba a cena, mas já acho que já chega os diretores quererem que ele carregue os filmes nas costas de sua atuação. A cena do julgamento, por exemplo, foi feita só para ele brilhar e ficou cansativa. Mas, vale uma indicação.
Mãe Só Há Uma
3.5 407 Assista AgoraÉ PIERRE PORRA, ou também conhecido como a melhor atuação do Fiuk (brinks, Naomi Nero merece mais que uma piadinha pela ótima atuação!)
Esse filme tem um roteiro original e um quê de Som ao Redor pelo intimismo que emprega nos cotidianos do Pierre/Felipe e do Joca. Diferente de Que horas ela Volta (dados todos os devidos louros), Anna Muylaert fez um roteiro menos popular, com personagens profundos. Os sentimentos dos pais biológicos são explorados de maneira complexa: a felicidade de recuperar um filho perdido versus a aceitação de alguém tão diferente do que eles esperavam.
Não leva cinco estrelas pelo roteiro, que poderia ter estendido meia-hora para explorar mais a trama que por si só é maravilhosa e intrigante, vide Senhora do Destino. Mas o final deixou esse longa com cara de curta para mim.
Cafarnaum
4.6 673 Assista AgoraUma atuação gigante para os tão poucos quilinhos desse protagonista! Roteiro delator e envolvente, não vilaniza nenhum um indivíduo por si, mas sim a realidade dos países subdesenvolvidos da Ásia ocidental e até do sul do continente. Eu sempre pensei que miséria era igual em todo país pobre, mas esse filme mostra como aspectos da cultura podem massacrar ainda mais a vida das pessoas.
O Caminho das Nuvens
3.3 197 Assista AgoraAcho que é um filme legal como aventura roadtrip, no caso biketrip.
Mas fiquem alerta para a romantização do machismo! O pai da família não é nenhum paizão ou "bruto mas bom homi", não o vi bater um prego numa barra de sabão.
E não acho que o filme quis dar essa imagem a ele, acho que o personagem do Wagner Moura mostra claramente que ele é um cara machista que não suporta a ideia da mulher sustentar mais a família que ele. Ele é um sonhador que na verdade quer fugir da realidade mais do que encontrar o emprego de mil real, mas aí em vez de aprofundar nos personagens o filme fica só nisso pra ficar bonitinho. (e apesar dos bons atores não vou me alongar em falar da falta de protagonismo de atores realmente nordestinos nesses papéis)
Gostei como aventurinha, boas atuações, karaokê do Roberto Carlos, paisagens e cenários sociais legais do semiárido.
Poderia ser uma boa sessão da tarde se não fosse o tchaca tchaca na butchaca.