O caso criminal em que o filme se baseou é muito mais cruel e chocante do que como foi demonstrado, mas achei a construção dos personagens boa, em especial a relação entre Rosa e Bernardo.
E, na vida real, mesmo depois de tudo, a mulher continuou com o traste...
Estava com a expectativa de que os quatro ficassem cada vez mais loucos pelo rumo que a conversava estava tomando, e eu gostaria que tivesse sido assim, mas não.
As cenas da Odette criança me fizeram chorar do início ao fim: 1- quando ela tenta contar à mãe, depois de esta ver a calcinha suja de sangue, o que estava acontecendo, mas não teve abertura o suficiente; 2- quando ela olha para o abusador no carro, inocente e visivelmente angustiada; 3- quando a Odette adulta está jantando com os pais e eles falam sobre o abusador, na mesma hora o filme, de forma inteligente, mostra a criança na mesa. 3- quando Odette vai para dentro de casa e é seguida pelo abusador, ela imagina o pai entrando e protegendo ela.
As cenas da Odette adulta não me despertaram tanta sensibilização, mas imagino que tenha sido proposital. Embora ela estivesse tendo acompanhamento psicológico, me pareceu que a personagem usava a dança e o comportamento infantilizado como válvulas de escape, tendo criado um distanciamento psicológico dos abusos sofridos na infância (e talvez por isso não tenha sido tão cativante), que só vieram à tona para ela, na realidade, quando viu as netas do abusador e decidiu contar aos pais.
Quanto à mãe, ela é asquerosa sim, mas não mais que o abusador. Infelizmente, as vítimas desse tipo de crime são revitimizadas e descredibilizadas em todos os âmbitos possíveis. Eu, que estagiei em uma Vara Criminal por alguns anos, já vi a mesma história, com personagens diferentes, dezenas ou até centenas de vezes. O filme ainda foi “gentil” em nos dar um final feliz - a condenação do pedófilo estuprador - mas a realidade é muito mais perversa e injusta.
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O caso criminal em que o filme se baseou é muito mais cruel e chocante do que como foi demonstrado, mas achei a construção dos personagens boa, em especial a relação entre Rosa e Bernardo.
E, na vida real, mesmo depois de tudo, a mulher continuou com o traste...
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Ma
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Gostei! A ambientação me lembrou “The Invitation”, que foi o que me fez assistir a esse filme, mas são bem diferentes.
Estava com a expectativa de que os quatro ficassem cada vez mais loucos pelo rumo que a conversava estava tomando, e eu gostaria que tivesse sido assim, mas não.
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O filme é delicado, foi retratado de uma maneira mais leve, mas isso não o deixou menos angustiante:
As cenas da Odette criança me fizeram chorar do início ao fim: 1- quando ela tenta contar à mãe, depois de esta ver a calcinha suja de sangue, o que estava acontecendo, mas não teve abertura o suficiente; 2- quando ela olha para o abusador no carro, inocente e visivelmente angustiada; 3- quando a Odette adulta está jantando com os pais e eles falam sobre o abusador, na mesma hora o filme, de forma inteligente, mostra a criança na mesa. 3- quando Odette vai para dentro de casa e é seguida pelo abusador, ela imagina o pai entrando e protegendo ela.
As cenas da Odette adulta não me despertaram tanta sensibilização, mas imagino que tenha sido proposital. Embora ela estivesse tendo acompanhamento psicológico, me pareceu que a personagem usava a dança e o comportamento infantilizado como válvulas de escape, tendo criado um distanciamento psicológico dos abusos sofridos na infância (e talvez por isso não tenha sido tão cativante), que só vieram à tona para ela, na realidade, quando viu as netas do abusador e decidiu contar aos pais.
Quanto à mãe, ela é asquerosa sim, mas não mais que o abusador. Infelizmente, as vítimas desse tipo de crime são revitimizadas e descredibilizadas em todos os âmbitos possíveis. Eu, que estagiei em uma Vara Criminal por alguns anos, já vi a mesma história, com personagens diferentes, dezenas ou até centenas de vezes. O filme ainda foi “gentil” em nos dar um final feliz - a condenação do pedófilo estuprador - mas a realidade é muito mais perversa e injusta.
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