gostei da ideia da moça goodvibes e conexão com as energias do universo ser a grande responsável por tudo e o cara sem personalidade deixar a cura do Alzheimer e isso se perder no vaso sanitário.
nada mais alegórico da humanidade inteira do que isso.
Eu ri tanto com esse filme, com as sequências e montagens de planos, ao ponto de considerar que ninguém levava o filme mais a sério. Tudo ruim, do começo ao fim. A coerência aí foi impressionante.
Uma tristeza sem fim ver que nossos sonhos podem ser facilmente destruídos, quando os ricos se cansam de brincar de civilidade. Porém, mostra-nos que sem luta, sem memória e sem força, não há possibilidade de realizar a democracia. Primeiro, temos de mostrar que a corja imunda que hoje domina nunca apreciou a democracia, não sabe nem do que se trata.
Magnífico e impecável. A galera deveria melhorar o ponto de referência. Nada está de graça aí, nem é "lento". É o ritmo próprio da obra. Dito isso, sua capacidade de fazer comédia de assunto sério é coisa que só gente compromissada com o mundo, mas sem abrir mão de sua liberdade, é capaz de fazer.
Essas longas tomadas de face, a passagem lenta de uma a outra fazem do filme um lançar-se no abismo da face humana, não em grandes movimentos ou drásticas modificações, porém, como que caminhando em cada passagem de sentimento. O texto é potente. Fiquei imaginando como seria se fossemos tão verdadeiros em nossas palavras e profundos em nossos ditos no dia a dia. Seria como faz a pianista, uma fuga. Poucos são aqueles que encaram a verdade e permanecem. Seria a melhor definição de coragem ou de loucura?
Eu até entendo quem não gosta. Acostumamo-nos a ter um filme desse gênero fazendo de tudo para nos pegar de surpresa, quando não apela para o grotesco como forma de assustar (coisa do tipo "veja, há coisas que são profundamente inumanas, capazes, mesmo assim, de se assemelhar ao humano. É isso que mais lhe pode assustar").
O negócio está tão arraigado que estranhos uma proposta diferente, qual seja, a de uma história de terror que, talvez, não assuste o espectador, mas deixa a personagem em frangalhos. De que "terror" falamos agora? Eu penso, por ora, em duas coisa: Primeiro, a moça na escola lembra que uma personagem de uma tragédia grega (já não lembro de quem se tratava) que, não vendo os sinais à vista, terminou por se desgraçar. Passa-se daí para uma questão de responsabilidade. É interessante isso, porque, por essa via, se introduz duas questões importantes na tragédia grega: ela é destino, ou seja, nõa há escapatória e alguém pagará o preço, e, é sempre uma tragédia familiar. Foi-nos dados os elementos que atravessam todo o filme. O segundo diz respeito à consciência que cada personagem tem da sua suposta deterioração mental. Talvez, o maior terror seja justamente o de ver-se perder-se, perder a razão. Não seria esse o grande terror do nosso tempo? Tanta fé na razão, para os vermos esvaindo pelos poros desse suposto civilizador? Como na tragédia grega, o que parecia uma sucessão de acasos, torna-se uma trama determinada, desde o início que leva para um fim inevitável, independentemente da vontade do sujeito. A vontade aqui é aquela da aceitação desse destino.
Nesse sentido, não sei se posso falar em "inovação", mas certamente, em respiro. Há uma lufada de ar no gênero que é inquestionável.
O mais bonito nessa história é a simples capacidade de alteridade de Sloane. Ela defende o que acredita por acreditar ser certo, independentemente da possibilidade de alguma vivência que a direcione para isso. Essa é a grande diferença ética. Ela sobrepuja as leis, ultrapassa o direito, para fazer com que a justiça prevaleça. Se ela dispões de formas "ilegais", essas formas não são, necessariamente, antiéticas. Isso é o paradigma. A ética não demanda uma vivência particular para que alguém assuma uma posição. Ela vem muito mais do reconhecimentto de que somos humanidade, vivendo juntos e isso e desejamos ter um mundo melhor para se viver. Por essa via, quando temos pessoas e/ou grupos de interesse que se dizem transformados pela vivência particular de uma dor ou sofrimento, isso é uma forma de dizer que elas foram incapazes de desenvolver a alteridade. Elas reconhecem a dor do outro, simplesmente porque é dor mútua. Há uma espécie de reconhecimento pela dor comum. Isso é melhor do que nada, certamente. Mas, não é a forma mais elevada da ética. A de Sloane é, por incrível que pareça. Isso é tão verdadeiro que ela joga fora sua carreira, não se importa em pagar uma conta alta por isso. Ela arrisca tudo, inclusive a si mesma para responder a esse imperativo, antes do desejo, que do dever, de saltar para a ética. Não há outra forma: a ética é um abismo.
O filme tem um propósito claro. Os personagens enfrentam os percalços para conseguir cumprir o propósito, um só, repetido várias vezes. Eles cumprem. O "apocalipse" em si não é o objetivo, apenas a trama. Não importa se ele chegou a um fim, porque o propósito era outro. Nisso nada há a dizer. O que podemos confessar é a falta de qualquer originalidade ou inovação técnica no trabalho. Faz o dever de casa.
Uma potente imagem para se pensar as formas de resistência, como o domínio de técnica, as mais ínfimas, aparentemente insignificantes, mas também de pensamento, ser capaz de moldar uma coisa para que se torne outra, sem perder a primeira. Simplesmente descobrir nas coisas do cotidiano, a potência de uma arma política, de uma forma de resistir e não apenas esperar (ter esperança) num futuro melhor. Sem o trabalho no presente, não há futuro que valha ser salvo.
Walter Benjamin, filósofo alemão, escreveu num texto intitulado "A imagem de Proust", que mais importante do que produzir uma arte do proletariado, deveria se pensar nos burgueses capazes de trair a própria classe, em nome da luta proletária. Não sei se João Moreira Salles faz isso no seu documentário. Ele é o confortável narrador que reflete à distância sobre as imagens... Mas, ao fazê-lo, adotando a posição entre a visão de sua mãe (ao questionamento de onde estaria ela, e depois da verdade) e a de um poeta marxista, na muralha da china, dá um tom de, pelo menos, simpatia. Mas, talvez a simpatia do rico que olha o povo de cima de sua cobertura... mesmo assim... Ele ainda é capaz de mostra a face burguesa do movimento francês de 68. Percebo uma certa concordância com a ideia de "projeto" sartreano (coisa semelhante ao que fez aqui, em 2013, Jabor relinchando pedindo uma bandeira... é o burguês falando nele, diretor...). Por isso não consegue reconhecer a potência do movimento. A ironia sobre a frase mais usada (debaixo dos paralelepipedos, a praia) deixa ver isso. É possível pensar uma forma de intensificar a potência sem buscar poder. Talvez ele não compreenda bem isso. por outro lado, consegue perceber as estruturas de poder. Os velórios mostrados no final, como tomada política diante de algo mais potente, a qual seria a dor, deixa entrever um uso possível desse saber para fins revolucionários. O importante é não se deixar apoderar por qualquer poder que seja. A dor e o choro são gestos impossíveis de racionalização pura. A emoção precisa tornar-se o centro da luta política, e não ser escanteada. Porque quando a luta, que justifica a morte, fracassa, é como se aquela mostre se perdesse, quando, na verdade, ela concerne a todos e sempre. A dor e o choro são anacrônicos. Ninguém fracassa aí. Perde, mas nunca fracassa verdadeiramente.
Mais um fetiche da plutocracia, de quem crê que o mundo só será melhor com os melhores. E que, portanto, há um excedente humano. Nada mais antidemocrático do que um filme desse tipo.
Uma bonita metáfora para a situação dos imigrantes, dos refugiados, dos desvalidos do "primeiro" mundo, sem dúvidas. Uma metáfora muito eficiente para falar sobre as políticas de xenofobia, em noma da "segurança"; condenação da diferença em nome de uma suposta "pátria"unificadora; da esperança nos mais improváveis heróis que o fazem a despeito de tudo.
Confesso que cheguei a esse filme através do livro de Rancière. Os diálogos são muito intensos e rápidos, muitas vezes contrariando a própria cena. Essa "ruptura" torna a obra mais interessante. Os momentos de silêncio, ou que o foco passa às coisas, intensifica o contrassenso, como se elas também tivessem direito a "falar", só que falam na medida em que se mostram, seja pela fogueira crepitando ou a vasilha com água (?) que o rapaz no capítulo 6 coloca no chão, ou mesmo o som dos ventos nas folhas.
Impressionante. Ele opera pela lógica kafkaniana, agora daquele que encarna a lei, que se sabe a Lei. Mas, paradoxalmente, mostra que a lei não submete tudo, pois, para que ela seja total, é preciso que o próprio soberano a ela se submeta. O desejo dele de realizar tal plenitude, que também é uma busca pelo "Pai-Ausência", nunca se consuma, pois, como soberano, ele está "condenado" à liberdade diante da Lei. O filme é impecável, com uma trilha magnífica.
Sensacional a proposta. Toda a força da proposição de Simone de Beauvoir: "não se nasce mulher, torna-se" aparece aí. Mesmo a ideia de que cada condição é naturalizada torna-se ridícula quando exposto justamente seu contrário. Macho que chegar falando em "esteriótipo" é macho que não pode ver uma vergonha e já que ir passando no cartão em suaves prestações.
Morbius
2.3 522perto do último dr. estranho, uma obra de arte.
Casa Gucci
3.2 705 Assista Agoragaga, tadinha, com atuação ruim, achando q ganharia algum prêmio. trilha sonora ruim.
Mahler no Divã
3.5 7 Assista Agoraruim de doer.
Todos os Meus Amigos Estão Mortos
3.0 170gostei da ideia da moça goodvibes e conexão com as energias do universo ser a grande responsável por tudo e o cara sem personalidade deixar a cura do Alzheimer e isso se perder no vaso sanitário.
Resident Evil 6: O Capítulo Final
3.0 952 Assista AgoraEu ri tanto com esse filme, com as sequências e montagens de planos, ao ponto de considerar que ninguém levava o filme mais a sério. Tudo ruim, do começo ao fim. A coerência aí foi impressionante.
Pequenos Grandes Heróis
2.6 106 Assista Agorauma porcaria.
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KUma tristeza sem fim ver que nossos sonhos podem ser facilmente destruídos, quando os ricos se cansam de brincar de civilidade. Porém, mostra-nos que sem luta, sem memória e sem força, não há possibilidade de realizar a democracia. Primeiro, temos de mostrar que a corja imunda que hoje domina nunca apreciou a democracia, não sabe nem do que se trata.
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraMuitas viradas de câmera, muitas câmeras lentas, trilha sonora ruim.
A Casa Que Jack Construiu
3.5 788 Assista AgoraNão me importam as qualidades técnicas/artísticas, detestei do início ao fim.
Caro Diário
3.7 38Magnífico e impecável. A galera deveria melhorar o ponto de referência. Nada está de graça aí, nem é "lento". É o ritmo próprio da obra. Dito isso, sua capacidade de fazer comédia de assunto sério é coisa que só gente compromissada com o mundo, mas sem abrir mão de sua liberdade, é capaz de fazer.
Sonata de Outono
4.5 491Essas longas tomadas de face, a passagem lenta de uma a outra fazem do filme um lançar-se no abismo da face humana, não em grandes movimentos ou drásticas modificações, porém, como que caminhando em cada passagem de sentimento. O texto é potente. Fiquei imaginando como seria se fossemos tão verdadeiros em nossas palavras e profundos em nossos ditos no dia a dia. Seria como faz a pianista, uma fuga. Poucos são aqueles que encaram a verdade e permanecem. Seria a melhor definição de coragem ou de loucura?
O Processo
4.0 240Foi golpe!!!!
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraEu até entendo quem não gosta. Acostumamo-nos a ter um filme desse gênero fazendo de tudo para nos pegar de surpresa, quando não apela para o grotesco como forma de assustar (coisa do tipo "veja, há coisas que são profundamente inumanas, capazes, mesmo assim, de se assemelhar ao humano. É isso que mais lhe pode assustar").
O negócio está tão arraigado que estranhos uma proposta diferente, qual seja, a de uma história de terror que, talvez, não assuste o espectador, mas deixa a personagem em frangalhos. De que "terror" falamos agora? Eu penso, por ora, em duas coisa: Primeiro, a moça na escola lembra que uma personagem de uma tragédia grega (já não lembro de quem se tratava) que, não vendo os sinais à vista, terminou por se desgraçar. Passa-se daí para uma questão de responsabilidade. É interessante isso, porque, por essa via, se introduz duas questões importantes na tragédia grega: ela é destino, ou seja, nõa há escapatória e alguém pagará o preço, e, é sempre uma tragédia familiar. Foi-nos dados os elementos que atravessam todo o filme. O segundo diz respeito à consciência que cada personagem tem da sua suposta deterioração mental. Talvez, o maior terror seja justamente o de ver-se perder-se, perder a razão. Não seria esse o grande terror do nosso tempo? Tanta fé na razão, para os vermos esvaindo pelos poros desse suposto civilizador? Como na tragédia grega, o que parecia uma sucessão de acasos, torna-se uma trama determinada, desde o início que leva para um fim inevitável, independentemente da vontade do sujeito. A vontade aqui é aquela da aceitação desse destino.
Nesse sentido, não sei se posso falar em "inovação", mas certamente, em respiro. Há uma lufada de ar no gênero que é inquestionável.
Armas na Mesa
4.0 221 Assista AgoraO mais bonito nessa história é a simples capacidade de alteridade de Sloane. Ela defende o que acredita por acreditar ser certo, independentemente da possibilidade de alguma vivência que a direcione para isso. Essa é a grande diferença ética. Ela sobrepuja as leis, ultrapassa o direito, para fazer com que a justiça prevaleça. Se ela dispões de formas "ilegais", essas formas não são, necessariamente, antiéticas. Isso é o paradigma. A ética não demanda uma vivência particular para que alguém assuma uma posição. Ela vem muito mais do reconhecimentto de que somos humanidade, vivendo juntos e isso e desejamos ter um mundo melhor para se viver. Por essa via, quando temos pessoas e/ou grupos de interesse que se dizem transformados pela vivência particular de uma dor ou sofrimento, isso é uma forma de dizer que elas foram incapazes de desenvolver a alteridade. Elas reconhecem a dor do outro, simplesmente porque é dor mútua. Há uma espécie de reconhecimento pela dor comum. Isso é melhor do que nada, certamente. Mas, não é a forma mais elevada da ética. A de Sloane é, por incrível que pareça. Isso é tão verdadeiro que ela joga fora sua carreira, não se importa em pagar uma conta alta por isso. Ela arrisca tudo, inclusive a si mesma para responder a esse imperativo, antes do desejo, que do dever, de saltar para a ética. Não há outra forma: a ética é um abismo.
Próxima Parada: Apocalipse
1.8 495O filme tem um propósito claro. Os personagens enfrentam os percalços para conseguir cumprir o propósito, um só, repetido várias vezes. Eles cumprem. O "apocalipse" em si não é o objetivo, apenas a trama. Não importa se ele chegou a um fim, porque o propósito era outro. Nisso nada há a dizer. O que podemos confessar é a falta de qualquer originalidade ou inovação técnica no trabalho. Faz o dever de casa.
Um Condenado à Morte Escapou
4.4 69Uma potente imagem para se pensar as formas de resistência, como o domínio de técnica, as mais ínfimas, aparentemente insignificantes, mas também de pensamento, ser capaz de moldar uma coisa para que se torne outra, sem perder a primeira. Simplesmente descobrir nas coisas do cotidiano, a potência de uma arma política, de uma forma de resistir e não apenas esperar (ter esperança) num futuro melhor. Sem o trabalho no presente, não há futuro que valha ser salvo.
No Intenso Agora
4.0 38Walter Benjamin, filósofo alemão, escreveu num texto intitulado "A imagem de Proust", que mais importante do que produzir uma arte do proletariado, deveria se pensar nos burgueses capazes de trair a própria classe, em nome da luta proletária. Não sei se João Moreira Salles faz isso no seu documentário. Ele é o confortável narrador que reflete à distância sobre as imagens... Mas, ao fazê-lo, adotando a posição entre a visão de sua mãe (ao questionamento de onde estaria ela, e depois da verdade) e a de um poeta marxista, na muralha da china, dá um tom de, pelo menos, simpatia. Mas, talvez a simpatia do rico que olha o povo de cima de sua cobertura... mesmo assim... Ele ainda é capaz de mostra a face burguesa do movimento francês de 68. Percebo uma certa concordância com a ideia de "projeto" sartreano (coisa semelhante ao que fez aqui, em 2013, Jabor relinchando pedindo uma bandeira... é o burguês falando nele, diretor...). Por isso não consegue reconhecer a potência do movimento. A ironia sobre a frase mais usada (debaixo dos paralelepipedos, a praia) deixa ver isso. É possível pensar uma forma de intensificar a potência sem buscar poder. Talvez ele não compreenda bem isso. por outro lado, consegue perceber as estruturas de poder. Os velórios mostrados no final, como tomada política diante de algo mais potente, a qual seria a dor, deixa entrever um uso possível desse saber para fins revolucionários. O importante é não se deixar apoderar por qualquer poder que seja. A dor e o choro são gestos impossíveis de racionalização pura. A emoção precisa tornar-se o centro da luta política, e não ser escanteada. Porque quando a luta, que justifica a morte, fracassa, é como se aquela mostre se perdesse, quando, na verdade, ela concerne a todos e sempre. A dor e o choro são anacrônicos. Ninguém fracassa aí. Perde, mas nunca fracassa verdadeiramente.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraÉ legal, até perceber como que a galera não entendeu que o som era a fraqueza dos bichos. Os morcegos estão aí pra isso, né não?
Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível
3.2 737 Assista AgoraMais um fetiche da plutocracia, de quem crê que o mundo só será melhor com os melhores. E que, portanto, há um excedente humano. Nada mais antidemocrático do que um filme desse tipo.
Ilha dos Cachorros
4.2 655 Assista AgoraUma bonita metáfora para a situação dos imigrantes, dos refugiados, dos desvalidos do "primeiro" mundo, sem dúvidas. Uma metáfora muito eficiente para falar sobre as políticas de xenofobia, em noma da "segurança"; condenação da diferença em nome de uma suposta "pátria"unificadora; da esperança nos mais improváveis heróis que o fazem a despeito de tudo.
Da Nuvem À Resistência
3.7 3Confesso que cheguei a esse filme através do livro de Rancière. Os diálogos são muito intensos e rápidos, muitas vezes contrariando a própria cena. Essa "ruptura" torna a obra mais interessante. Os momentos de silêncio, ou que o foco passa às coisas, intensifica o contrassenso, como se elas também tivessem direito a "falar", só que falam na medida em que se mostram, seja pela fogueira crepitando ou a vasilha com água (?) que o rapaz no capítulo 6 coloca no chão, ou mesmo o som dos ventos nas folhas.
Vingadores: Guerra Infinita
4.3 2,6K Assista AgoraIgual uma novela da globo, só que boa. As piadas quase sempre salvam.
Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita
4.2 45Impressionante. Ele opera pela lógica kafkaniana, agora daquele que encarna a lei, que se sabe a Lei. Mas, paradoxalmente, mostra que a lei não submete tudo, pois, para que ela seja total, é preciso que o próprio soberano a ela se submeta. O desejo dele de realizar tal plenitude, que também é uma busca pelo "Pai-Ausência", nunca se consuma, pois, como soberano, ele está "condenado" à liberdade diante da Lei.
O filme é impecável, com uma trilha magnífica.
Eu Não Sou um Homem Fácil
3.5 737 Assista AgoraSensacional a proposta. Toda a força da proposição de Simone de Beauvoir: "não se nasce mulher, torna-se" aparece aí. Mesmo a ideia de que cada condição é naturalizada torna-se ridícula quando exposto justamente seu contrário.
Macho que chegar falando em "esteriótipo" é macho que não pode ver uma vergonha e já que ir passando no cartão em suaves prestações.