Filme instigante, faz você se perguntar se é inteligente o suficiente para entender as referências e "Easter Eggs" do filme. Me incomodou um pouco os cenários que pareciam criados por IA. O final também achei meio tosco e caricato, poderia ter um desfecho mais memorável ou subversivo.
Em 1994,certamente,poderia soar como um filme "não problemático", mas não parece "envelhecer bem" em 2024, quanto a temática/ abordagem das situações (apesar de entender que não deveríamos ser anacrônicos com as situações passadas). Entretanto, rende boas e sinceras risadas, sem falar nas atuações divertidíssimas de Roberto Benigni. Um filme "bobinho" e "engraçado", mas que se desenvolve e permeia por uma questão séria e um tanto problemática.
Sandra, massss pelos pontos da história (exceto o depoimento do garoto que parece ter inventado a história para não perder, também, a mãe) parece como Gone Girl/Garota Exemplar, uma armação da "vítima" para que a Sandra fosse incriminada pela morte Samuel ou mesmo passar à ela o "fardo" da culpa como ele tanto carregou; ele pela cegueira do filho, e ela pela morte dele e de incutir no filho um sentimento de que ela teria parcela de culpa no "suicídio dele", uma culpa que ela teria que carregar pelo resto da vida.
Achei muito legal as expressões e atuações (até do cachorro. Kkkk). O filme prende atenção e deixa você meditando não só no que "realmente aconteceu", mas em toda discussão e problemática da relação conjugal do casal, são diálogos que, embora pesados e específicos, podem caber como um luva (e um tapa) no relacionamento de vários casais, sob várias perspectivas.
A discussão de "gênero" também parece evidenciada, apesar de não tratar de forma explícita, parece existir uma
"inversão" dos papéis entre o "homem líder e provedor" e da esposa/mãe "amorosa e cuidadosa"
.
Insistir em um relacionamento que não há mais respeito, sexo,admiração mútua e "amor", (agravado por um financeiro abalado, responsabilidades pesadas e sentimento de culpa e frustração constantes) pode ser uma queda desastrosa.
A agressividade passiva se acumula de forma mais destrutiva que qualquer outro tipo de agressividade, mesmo que pareça inofensiva, dada a sua pseudo latência, por isso mesmo quando "explode" pode ser a última gota d'água.
Parafraseando GOT e Caetano: Um covarde pode ser tão bravo como qualquer homem quando não há nada a temer, mas a vida é real e de viés... Me pergunto se estivesse nessa situação se teria coragem e resiliência para enfrentar todas essas adversidades e se sobraria "humanidade" suficiente para cantar, rir, chorar e fazer o necessário.
Ótimo filme não Norte Americano. Angustia, ansiedade, adrenalina e empatia são sensações sentidas durante todo o filme. A história "acaba", mas nos pegamos pensando nela o dia inteiro. Apesar de ser uma situação "atípica" e catastrófica, incrivelmente, a narrativa faz parecer próxima, gerando identificação e imersão com o grupo de amigos.
Interessante, rende algumas risadas (alívios cômicos necessários) e boas reflexões. Se você entende, ao menos um pouco de física e história e de alguns conceitos básicos ou intermediários de ambos o filme fica bem mais atrativo.
Interessantes como o tempo, literalmente, modifica tudo. Lembro, muito vagamente, que assisti esse filme quando mais jovem, acompanhado dos meus primos mais velhos. Eles especularam, gostaram / detestaram (não lembro com precisão), mas lembro de ter achado enfadonho assistir no ano de lançamento (2016) e de não ter captado adequadamente a premissa do filme. Hoje, resistindo (quase como se fosse uma primeira vez, já que não lembrava muito bem) o filme me despertou curiosidade, excitação, fez minha mente trabalhado em vários sentidos. Ahhhh o tempo tem dessas coisas e a linguagem (e a tecnologia) assim como no filme, me permite compartilhar com vocês essa memória.
Não é um filme "ruim", só é mal construído. Os personagens cativam, apesar de caricatos e super estereotipados. Acontece que do meio para o final o roteiro pareceu meio corrido e preguiçoso. Poderiam até deixar um "final aberto", certamente seria mais interessante que "vomitar" as "soluções" dos acontecimentos tudas de uma vez na cara do telespectador.
Funcionaria melhor como uma série, trabalhando todos os aspectos e desenvolvendo os personagens, do que como um filme. Tudo é muito abrupto, falta "sutilezas". O filme mira em "Gone Girl" /Garota Exemplar ou Get out /Corra!, mas acerta em uma mistura de Malhação da gl0bo e Sex Education ( o importante é surfar na onda do que vende).
Como diz o ditado: "Todo dia sai de casa um otário e uma malandro, se os dois se encontram na rua, sai negócio", mas dessa vez foi complementado por outro ditado: "o erro do malandro é achar que todo mundo é basta".
Instigante. É difícil um filme com mais de 2h ser instigante do início ao fim, sempre criando clímax e revanchismos interessantes, sem muito esforço. As atuações são vigorosas e tem bons "alívios cômicos", para amenizar toda a tesão gerada pelo "duelo de Titãs" (e aqui não falo do autor e réu, se é que vocês me entendem).
Ahhh quem nunca teve uma Julie na vida?! Se você não teve (ou não terá, quem sabe, né?! ) azar o seu! (sorte a sua!). Julie é esse amor ambiente que rir e que chora, que tem na "pior pessoa do mundo" a "melhor pessoa do mundo". Julie exterioriza o abraço do mundo em um sorriso inebriante, a ascensão e a queda de um homem. Julie é a mão que afaga. Julie é a mão que apedreja. Julie é o beijo na véspera do escarro, parafraseando o poeta.
O filme apresenta profundas discussões, mesmos que partam de cenas cotidianas. Os diálogos (até os não verbais) são cheios de simbolismos e reflexões.
A fotografia é bonita, as atuações são naturais, os risos são frouxos e os desejos são, naturalmente, humanos. Somos "fortes" por não cedermos aos nossos desejos? Ou somos apenas "hipócritas" e "covardes" por oprimi-los?
Quantas vezes nos sentimos ao lado do outro, ainda que amando-lhe, coadjuvantes da nossa efêmera história em quadrinho ?
História em quadrinhos cheia de coautores, diga-se de passagem, que deixam suas assinaturas nítidas (ou em borrões, sobrepostos por outros borrões) em tinta definitiva que nem o "corretivo" do tempo consegue apagar completamente, pode até esconder, disfarçar, permitir que outra assinatura seja feita por cima, mas apagar mesmo que é bom, não apaga não.
Nesse ponto acredito que fui um pouco displicente com o meu amigo tempo, se paramos para pensar racionalmente até a folha de papel se esfarela com o tempo, quem dirá as assinaturas nela transcritas.
Também fui descomedido ao engrandecer algumas assinaturas como definitivas, algumas são feitas em grafite que o tempo e a borracha não tardam a apagar, sem maiores esforços.
As indecisões de Julie também habitam em mim, por isso escrevo sobre mim, mas sem ser sobre mim, como uma ficção, um "eu-lírico", um natal da família que eu, de fato, "inventei". Depois, jogo o papel no lixo, na esperança que ninguém leia, infringindo minha "privacidade", minha "vulnerabilidade", e eu tenha que gastar tempo explicando para o atrevido leitor que nem tudo aqui sou eu (mesmo que talvez seja).
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista AgoraFilme instigante, faz você se perguntar se é inteligente o suficiente para entender as referências e "Easter Eggs" do filme. Me incomodou um pouco os cenários que pareciam criados por IA. O final também achei meio tosco e caricato, poderia ter um desfecho mais memorável ou subversivo.
Anatomia de uma Queda
4.0 836 Assista Agora12 Homens e Uma Sentença - 1957 (12 Angry Men), fica a dica pra quem gosta de filmes nesse estilo.
Bonus :
As duas faces de um crime
Sonho de Liberdade
Kalinka (2016 - Au Nom De Ma Fille)
O Julgamento de Nuremberg
Filadélfia
O Monstro
4.0 199 Assista AgoraEm 1994,certamente,poderia soar como um filme "não problemático", mas não parece "envelhecer bem" em 2024, quanto a temática/ abordagem das situações (apesar de entender que não deveríamos ser anacrônicos com as situações passadas). Entretanto, rende boas e sinceras risadas, sem falar nas atuações divertidíssimas de Roberto Benigni. Um filme "bobinho" e "engraçado", mas que se desenvolve e permeia por uma questão séria e um tanto problemática.
Anatomia de uma Queda
4.0 836 Assista AgoraLonge de atestar sobre o caráter, fidelidade ou inocência da
Sandra, massss pelos pontos da história (exceto o depoimento do garoto que parece ter inventado a história para não perder, também, a mãe) parece como Gone Girl/Garota Exemplar, uma armação da "vítima" para que a Sandra fosse incriminada pela morte Samuel ou mesmo passar à ela o "fardo" da culpa como ele tanto carregou; ele pela cegueira do filho, e ela pela morte dele e de incutir no filho um sentimento de que ela teria parcela de culpa no "suicídio dele", uma culpa que ela teria que carregar pelo resto da vida.
Anatomia de uma Queda
4.0 836 Assista AgoraDuas grandes dúvidas :
1 - Escutava "50 Cent" ou Barões da Pisadinha?
2 - Morte morrida ou morte matada.
Nunca saberemos.
Anatomia de uma Queda
4.0 836 Assista AgoraO CACHORRO merece ganhar o OSCAR.
Anatomia de uma Queda
4.0 836 Assista AgoraAchei muito legal as expressões e atuações (até do cachorro. Kkkk). O filme prende atenção e deixa você meditando não só no que "realmente aconteceu", mas em toda discussão e problemática da relação conjugal do casal, são diálogos que, embora pesados e específicos, podem caber como um luva (e um tapa) no relacionamento de vários casais, sob várias perspectivas.
A discussão de "gênero" também parece evidenciada, apesar de não tratar de forma explícita, parece existir uma
"inversão" dos papéis entre o "homem líder e provedor" e da esposa/mãe "amorosa e cuidadosa"
Insistir em um relacionamento que não há mais respeito, sexo,admiração mútua e "amor", (agravado por um financeiro abalado, responsabilidades pesadas e sentimento de culpa e frustração constantes) pode ser uma queda desastrosa.
A agressividade passiva se acumula de forma mais destrutiva que qualquer outro tipo de agressividade, mesmo que pareça inofensiva, dada a sua pseudo latência, por isso mesmo quando "explode" pode ser a última gota d'água.
A Sociedade da Neve
4.2 727 Assista AgoraParafraseando GOT e Caetano: Um covarde pode ser tão bravo como qualquer homem quando não há nada a temer, mas a vida é real e de viés... Me pergunto se estivesse nessa situação se teria coragem e resiliência para enfrentar todas essas adversidades e se sobraria "humanidade" suficiente para cantar, rir, chorar e fazer o necessário.
A Sociedade da Neve
4.2 727 Assista AgoraÓtimo filme não Norte Americano. Angustia, ansiedade, adrenalina e empatia são sensações sentidas durante todo o filme. A história "acaba", mas nos pegamos pensando nela o dia inteiro. Apesar de ser uma situação "atípica" e catastrófica, incrivelmente, a narrativa faz parecer próxima, gerando identificação e imersão com o grupo de amigos.
A Sociedade da Neve
4.2 727 Assista AgoraNão há preferência de protagonismos, todos são vítimas (sobreviventes ou não) de um mundo monocromático, frio, enorme e inóspito.
Oppenheimer
4.0 1,1KInteressante, rende algumas risadas (alívios cômicos necessários) e boas reflexões. Se você entende, ao menos um pouco de física e história e de alguns conceitos básicos ou intermediários de ambos o filme fica bem mais atrativo.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraMuitoooooooooooooooooo marketing envolvido. Vende mais uma "ideia" e deixa a entrega em 2° plano.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraBarbie teve que incorporar a celebre frase de Rocky Balboa: "o mundo não é um grande arco-íris."
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraO filme é um grande "Déjà vu", ainda mais quando reassistido.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraInteressantes como o tempo, literalmente, modifica tudo. Lembro, muito vagamente, que assisti esse filme quando mais jovem, acompanhado dos meus primos mais velhos. Eles especularam, gostaram / detestaram (não lembro com precisão), mas lembro de ter achado enfadonho assistir no ano de lançamento (2016) e de não ter captado adequadamente a premissa do filme. Hoje, resistindo (quase como se fosse uma primeira vez, já que não lembrava muito bem) o filme me despertou curiosidade, excitação, fez minha mente trabalhado em vários sentidos. Ahhhh o tempo tem dessas coisas e a linguagem (e a tecnologia) assim como no filme, me permite compartilhar com vocês essa memória.
Saltburn
3.5 869Engraçado que ovos moles deixam o rapaz enjoado, mas
beber p0rra da banheira, lamber menstruação e meter o pint0 em terra de cemitério
Saltburn
3.5 869Se tivessem colocado uma vassoura atrás da porta nada disso teria acontecido.
Saltburn
3.5 869Não é um filme "ruim", só é mal construído. Os personagens cativam, apesar de caricatos e super estereotipados. Acontece que do meio para o final o roteiro pareceu meio corrido e preguiçoso. Poderiam até deixar um "final aberto", certamente seria mais interessante que "vomitar" as "soluções" dos acontecimentos tudas de uma vez na cara do telespectador.
Saltburn
3.5 869Funcionaria melhor como uma série, trabalhando todos os aspectos e desenvolvendo os personagens, do que como um filme. Tudo é muito abrupto, falta "sutilezas". O filme mira em "Gone Girl" /Garota Exemplar ou Get out /Corra!, mas acerta em uma mistura de Malhação da gl0bo e Sex Education ( o importante é surfar na onda do que vende).
Nada É Para Sempre
3.6 191 Assista AgoraIntimista / meloso. Achei bemmm longo, não tem reviravoltas imprevisíveis, mas é um filme bacana. Bom pra um dia chuvoso.
O Próprio Enterro
3.6 88 Assista AgoraComo diz o ditado:
"Todo dia sai de casa um otário e uma malandro, se os dois se encontram na rua, sai negócio", mas dessa vez foi complementado por outro ditado: "o erro do malandro é achar que todo mundo é basta".
Vamos, complementem com mais ditados :P
O Próprio Enterro
3.6 88 Assista AgoraInstigante. É difícil um filme com mais de 2h ser instigante do início ao fim, sempre criando clímax e revanchismos interessantes, sem muito esforço. As atuações são vigorosas e tem bons "alívios cômicos", para amenizar toda a tesão gerada pelo "duelo de Titãs" (e aqui não falo do autor e réu, se é que vocês me entendem).
Casa Gucci
3.2 708 Assista AgoraO filme é um gatilho pra você ir atrás do "resto" da história.
Mexeu com dinheiro azeda o doce... Kkkk não tem jeito.
A Pior Pessoa do Mundo
4.0 609 Assista AgoraAhhh quem nunca teve uma Julie na vida?! Se você não teve (ou não terá, quem sabe, né?! ) azar o seu! (sorte a sua!). Julie é esse amor ambiente que rir e que chora, que tem na "pior pessoa do mundo" a "melhor pessoa do mundo". Julie exterioriza o abraço do mundo em um sorriso inebriante, a ascensão e a queda de um homem. Julie é a mão que afaga. Julie é a mão que apedreja. Julie é o beijo na véspera do escarro, parafraseando o poeta.
O filme apresenta profundas discussões, mesmos que partam de cenas cotidianas. Os diálogos (até os não verbais) são cheios de simbolismos e reflexões.
A fotografia é bonita, as atuações são naturais, os risos são frouxos e os desejos são, naturalmente, humanos. Somos "fortes" por não cedermos aos nossos desejos? Ou somos apenas "hipócritas" e "covardes" por oprimi-los?
Quantas vezes nos sentimos ao lado do outro, ainda que amando-lhe, coadjuvantes da nossa efêmera história em quadrinho ?
História em quadrinhos cheia de coautores, diga-se de passagem, que deixam suas assinaturas nítidas (ou em borrões, sobrepostos por outros borrões) em tinta definitiva que nem o "corretivo" do tempo consegue apagar completamente, pode até esconder, disfarçar, permitir que outra assinatura seja feita por cima, mas apagar mesmo que é bom, não apaga não.
Nesse ponto acredito que fui um pouco displicente com o meu amigo tempo, se paramos para pensar racionalmente até a folha de papel se esfarela com o tempo, quem dirá as assinaturas nela transcritas.
Também fui descomedido ao engrandecer algumas assinaturas como definitivas, algumas são feitas em grafite que o tempo e a borracha não tardam a apagar, sem maiores esforços.
As indecisões de Julie também habitam em mim, por isso escrevo sobre mim, mas sem ser sobre mim, como uma ficção, um "eu-lírico", um natal da família que eu, de fato, "inventei". Depois, jogo o papel no lixo, na esperança que ninguém leia, infringindo minha "privacidade", minha "vulnerabilidade", e eu tenha que gastar tempo explicando para o atrevido leitor que nem tudo aqui sou eu (mesmo que talvez seja).