Esse é aquele tipo de filme pra não se levar a sério, focado na aventura, humor e romance, e com um vilão nem tão perigoso assim, apenas um pequeno obstáculo para o romance. Após a boa introdução, que sem muita enrolação já entrega a trama principal, pulamos para a cena de abertura, onde pessoas de séculos passados cantam Queen; uma cena tosca mas ao mesmo tempo divertida, já que a ideia do filme parece ser o mais pop possível. Tem bons momentos de combate, de humor e, apesar do romance soar um tanto infantil em alguns momentos, você acaba torcendo pro casal se dar bem no final. Um bom passatempo. — Assista no PrimeVideo/AppleTV —
Quando posto filmes de heróis sempre vem alguém e pergunta - "Sério que assistiu só agora?". E, sim, desde pequeno nunca fui muito fã de heróis, mas, vez ou outra assisto alguma coisa, principalmente quando estou com meu filho. Quando foi lançado, a KISS FM divulgava o filme ao som da Iron Man do Black Sabbath; até tive interesse de ver no cinema, mas na época ganhava uma mixaria e nem tinha condições pra isso. Gostei bastante do resultado e me conectei do inicio ao fim. Boas tomadas de ação, de humor e de drama. A luta final poderia ser mais prolongada, com mais desafios, em compensação, o modo como o filme se encerra é muito bom. — Assista na Disney+ —
Clássico da Disney de baixo orçamento, mas que conseguiu, e continua, a conquistar o público. O pequeno Dumbo, apesar de ser um personagem tímido e sem falas, virou um exemplo de superação. O filme tem uma qualidade inferior a alguns trabalhos anteriores da Disney, e isso é bem visível durante as cenas, as canções não memoráveis e sua duração de apenas 60 minutos, com seu desfecho apressado e sem muito drama. Independente de tudo, não há chances de não gostar; a cena do Dumbo e do rato embriagados, que entrega um espetáculo psicodélico causado pelo álcool, é uma das cenas mais memoraveis que jamais seria filmada nos dias de hoje. — Assista na Disney+ —
Curta de 17 minutos, que mescla a animação em rabiscos com live action, onde um professor lê uma carta na sala de aula, agradecendo ao porco que o salvou durante o Holocausto. É nítido o tema sobre vingança; da metade para o final, toques de surrealismo invadem o curta, algo que não compreendi muito bem, talvez numa segunda assistida faça mais sentido.
Longa de estreia da filha do Robin Williams, que mescla o horror teen dos anos 80, humor e romance, cheio de referências que vão de EDWARD MÃOS DE TESOURA, VIAGEM À LUA do Méliès e, claro, FRANKENSTEIN. A trilha sonora é perfeita, abrindo com WHEN IN ROME, fora outros clássicos da década de 80, e os figurinos e cenários trazem toda aquela atmosfera pulsante da época. Não espere um banho de sangue; o filme é leve, com uma ou outra cena de desmembramento e sangue espirrando; um típico filme da Sessão da Tarde. Apesar de todo o seguimento final diminuir bastante a qualidade do filme, dando a impressão de que tinha pressa para acabar, o filme diverte e entrega uma experiência muito melhor que os supostos "filmes de terror" dos dias dias atuais.
Documentário de 27 minutos da MTV, sobre livros banidos nas escolas dos Estados Unidos, tendo e sua lista obras como O HOBBIT, ANNE FRANK, O CAÇADOR DE PIPAS e muito mais. Incrível é ver a mentalidade das crianças que são entrevistadas, debatendo os motivos desse livros - que elas leram - estarem sendo banidos, enquanto que, a mentalidade dos "adultos" responsáveis por tanta burrice, deva ser inferior ao de uma minhoca, morta! O grande defeito é a sua duração; merecia ser mais longo e ter um maior aprofundamento, pois fica aquela sensação de termos visto uma rápida reportagem na TV aberta, o que é uma pena, já que o material renderia muitas discussões. — Assista no PrimeVideo —
Curta de 37 minutos, que foi minha torcida para o Oscar e acabou vencendo. De ritmo frenético e com toda a típica estética visual do diretor Wes Anderson, de cores marcantes, câmera bem movimentada e um estilo teatral com cenários que se transformam, o curta empolga, mesmo que às vezes pareça repetitivo. Um detalhe que gostei é a narração de um pequeno livro, narrado pelos próprios atores que estão encenando, tudo ao mesmo tempo. Dos quatro curtas lançados pelo diretor no ano passado, eu só vi esse. — Assista na Netflix —
Na indicação do mês pedi dicas de filmes alegres, e de todos os indicados, o que mais me interessou foi a dica do André Leporati , já que o filme está na lista do Oscar. Que diferença faz um roteiro bem escrito, né? Uma sátira que tem seus momentos de drama, mas com muito humor encaixado no momento certo, realmente engraçados, que envolve o mundo literário e a representação da cultura afro-americana nos livros e no cinema. Falar mais estraga, mas o escritor irá se envolver em "altas confusões", daquelas bem elaboradas e escassas nos filmes atuais. Divertido e sem muita enrolação; vejam! — Assista no PrimeVideo —
Documentário que mostra os avanços do Alzheimer numa história de amor e companheirismo. Entre filmagens profissionais e filmagens caseiras, Paulina Urrutia nos convida a entrar em seu lar, para acompanhar os avanços da doença em seu marido, Augusto Góngora, que lutou contra a ditadura de Pinochet e manteve viva a memória de tudo o que aconteceu; agora, Paulina quer manter viva a memória de seu marido através desse documentário. Trabalho que emociona, tanto pelos momentos de tristeza como pela relação do casal, que aparentemente se amam muito, mas que, infelizmente, a doença quebra essa aliança, fazendo com que Augusto aos poucos vá se esquecendo de Paulina, acreditando apenas em seu próprio reflexo no espelho com quem ele conversa. [Assista na Paramount]
Sempre saio satisfeito após ver algo do Lanthimos. Esse é um filme com estética e técnicas mais parecido com A FAVORITA, mas com a estranhesa dos longas anteriores. Um show visual, de cenários vislumbrantes, personagens e criaturas estranhas e, um show da parte de Emma Stone, numa atuação totalmente diferente de tudo que já vi da atriz. Agora entendo toda a polêmica envolvendo o filme, carregado de muitas cenas de sexo, apelando para momentos desconfortantes e imorais, o que deixou muita gente ofendida. Um filmaço que abraça a ficção, a fantasia, o humor, o bizarro e o erotismo, sem medo algum de ser feliz. Já se tornou o meu favorito dos concorrentes ao Oscar. [Assista nos Cinemas]
Raramente assisto comédias nos dias atuais, pois está cada vez mais difícil - até raro - encontrar algo que preste; por isso, quando bate aquela vontade de ver algo mais leve, puro entretenimento, vou em busca de comédias mais clássicas ou dessas do comecinho do século. Esse era um daqueles filmes que muita gente viu mas eu nunca me interessei. Gosto de alguns momentos do Steve Carell nos filmes em que ele participa, inclusive no pouco que vi do THE OFFICE, e aqui, como o protagonista virgem, não foi diferente, e parece ter sido o filme que deu o empurrão em sua carreira. Alterna entre boas doses de comédia e outras nem tão engraçadas assim, mas é um filme que não cansa, é bem conduzido e, por mais que o resto do elenco não seja lá aquelas coisas, todo o conjunto de atuações funciona bem, entregando um resultado bem satisfatório. Certeza de que se eu tivesse assistido na adolescência eu teria me divertido muito mais, de qualquer forma, rendeu uma boa sessão de risadas. [Assista no PrimeVideo / AppleTv / Telecine]
Trágico documentário sobre o Hospital Colônia e suas barbaridades: Abandono, humilhação, corrupção, tortura e mais de 60 mil mortos. Emociona por conta de suas imagens - em fotos e videos - e os relatos de quem trabalhou ou esteve internado no local. A cada pessoa entrevistada, fica um aperto no peito, agora imagine se pudéssemos ouvir cada um dos que estiveram presentes ali. Me interessei muito pelo livro e já o adicionei em minha lista de leituras. [Assista na Netflix / YouTube]
É bem provável que esse documentário vença o Oscar esse ano. Acompanhar as notícias sobre a guerra na Ucrânia foi difícil, já acompanhar esse documentário é cruel. As imagens nos coloca nos primeiro 20 dias da invasão russa, como se estivéssemos ali, temendo e preocupados sobre o futuro. A frase "volte para sua casa, vai ficar tudo bem, eles não matam civis" é dita a uma mulher desesperada; infelizmente quem disse essa frase estava errado. Conforme o filme e os dias avançam, as coisas só pioram, com tristes imagens em hospitais, valas comuns e crianças. É o tipo de filme que você assiste sentindo raiva, inconformado com a necessidade de guerrear de ideres imbecis. Se em apenas 20 dias temos essas imagens devastadoras, o que dizer desses 2 anos e de tudo o que não pôde ser capturado por uma câmera?
Pegue todo o seu conhecimento sobre o Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial; tudo o que você viu nos filmes, documentários, livros e imagens, e use essas imagens em sua mente enquanto assiste a esse filme. Acompanhamos o dia a dia - "muito comum" - de uma família, que cuida dos filhos, curtem a piscina, observam as plantas e flores, batem um papo, fumam e bebem, ou seja, vivem o seu dia; só que ao lado de sua casa ocorre um devastador genocídio nos campos de Auschwitz. O filme opta por não nos mostrar nada do que acontece do outro lado do muro, afinal, já sabemos, mas, durante uma brincadeira na piscina vemos fumaça ao fundo, durante um jantar ouvimos tiros, alguém sente o perfume das flores enquanto gritos e lamentos ecoam, e o mais assustador, a família não se incomoda nem um pouco, pois para eles, o extermínio é algo tão banal quanto ouvir o som dos pássaros. Filme que divide opiniões, composto por duas trilhas sonoras sombrias, a musical e as atrocidades sonoras do outro lado do muro. Assista no volume máximo.... ou não.
Um filme que me prendeu logo nos primeiros momentos, graças a ótima trilha sonora que vem acompanhada de belas imagens com neve durante a época natalina; cenas que renderiam belos cartões postais. Três dos diversos personagens presentes aqui estão ótimos em seus papéis, especialmente Paul Giamatti, um ser rabugento e frio, que tem algum sentimento por dentro, mas nunca demonstra de forma bonitinha como a maioria dos filmes faz com personagens carrancudos, sua atuação dosa muito bem a grosseria, o humor sarcástico e um tiquinho de empatia. Após a primeira metade do filme não me senti tão empolgado com os acontecimentos que surgiram, mesmo assim, foi uma grata surpresa poder ver mais um filme simples, sem reviravoltas ou grandes acontecimentos; é o nosso típico dia a dia, bem dirigido e bem atuado.
Vencedor do Oscar de melhor filme internacional; direto para minha lista de filmes favoritos. Junte o tema da morte, o desapego de um sonho e a paixão pela música, o resultado só poderia ser um filmaço. Um violoncelista precisa deixar seu sonho de lado para conseguir dinheiro para pagar as contas, aceitando o trabalho funerário, cuidando dos preparativos e maquiagem dos mortos. Ele se envergonha de seu ofício e todos a sua volta consideram um profissão impura e abominável, já que desde o Japão feudal, profissionais dessa área eram obrigados a viver isolados e distante do resto da população. Filme emocionante e reflexivo, conduzido por uma das trilhas mais lindas que ouvi recentemente, onde o luto é o tema central, mas que mesmo assim, graças aos toques de humor que vem na hora certa, não nos deixa em estado melancólico durante todo o tempo. Uma história de amor, de relações humanas, dos cuidados e atenção com aqueles que já se foram, tudo muito envolvente e mórbido, porém, muito leve. [Assista no Youtube]
Vi poucos filmes do gênero Poliziotteschi, mas já entendo de seu ingrediente principal: Ação e crime com boas doses de violência, sangue e agressividade. A trama aqui pouco empolga, muito menos o romance, mas suas perseguições e tiroteios são bem-vindas; um corre-corre pelas ruas onde nem os bandidos nem os policiais são atingidos, já a população que anda pelas ruas numa boa, elas sim, levam tiros e são atropeladas à exaustão que chega a ser cômico. Já vi melhores do gênero, mesmo assim, rende uma boa sessão.
Misture uma boa dose de aventura frenética, humor bem dosado, uma inspiração nos filmes do James Bond e elementos do horror, o resultado é o tipo de aventura que não se vê mais nos dias de hoje. Intrigante da primeira a última cena - e que baita espetáculo de primeira cena. Filme que exala nostalgia, cores vibrantes, personagens envolventes e cenas de roer as unhas e de muita tensão. Uma das melhores aventuras sombrias já realizadas. [Assista no PrimeVideo/Disney+]
Um pequeno plano-sequência, com foco no rosto ou nas costas de um personagem, nos mostra alguns momentos dentro de um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial; e assim o filme avança, até o seu desfecho, com a câmera sempre posicionada nesse protagonista, que vaga pelos campos do inferno, limpando e arrastando corpos nus, pegando montes de cinzas com a pá e escutando gritos e choros. O filme não mostra muito, todo o cenário é bem desfocado, mas é suficiente para entendermos o quão pavoroso é aquela situação, já o rosto do protagonista está sempre em foco, sem reação, aparentemente sem emoções, apenas fazendo seu trabalho forçado durante um impiedoso extermínio de adultos e crianças. Um filme cruel, que apesar de evitar mostrar muita coisa, choca da mesma forma daqueles filmes ou documentários mais gráficos sobre o tema. [Assista no Youtube/PrimeVideo]
Um homem chega à uma casa e muda a vida de todos, do pai, da mãe, o casal de filhos e a empregada, e o sujeito "passa o rodo" em todo mundo sem muito esforço. Um filme de poucos diálogos, onde as imagens e as feições dizem tudo o que precisamos saber, e a carga sexual é intensa, mas sem apelar para cenas explicitas tão presentes na filmografia do diretor, sem falar na ótima trilha composta por Requiem do Mozart
Gostei muito da leitura do livro de Thomas Mann, e agora conferi a adaptação para o cinema. Se no livro aproveitamos cada um dos detalhes em suas palavras, no filme vislumbramos cada detalhe da Veneza captada pela câmera de Visconti, como se estivéssemos passeando pelas ruas daquele local, pois o diretor não tem pressa, e mostra tudo, em movimentos lentos e demorados, do zoom aos planos abertos. A atração pela beleza exuberante foi muito bem retratada aqui, e a preocupação de uma suposta praga em Veneza também ganha seus ares de mistérios. Recomendo ler o livro antes; é bem curtinho, de poucas páginas, e pode ter certeza que a experiência será muito melhor. [Assista no PrimeVideo]
Filme que fez barulho assim que chegou no catálogo do PrimeVideo, por conter supostas cenas perturbadoras/impactantes/nojentas, e sim, há cenas de desconforto, que pode fazer você arregalar os olhos, mas, nada tão perturbador para quem acompanha o cinema Exploitation, o brutal horror italiano ou os dementes filmes SOV da década de 80 e 90. SALTBURN esbanja beleza, sem dúvidas, contém um elenco ótimo, e uma trama nada original, mas que consegue te prender em poucos minutos. Barry Keoghan sempre marca presença nos filmes que faz, e aqui demonstra de vez que ainda tem muito talento guardado. Apesar do desfecho enfraquecer o filme, da mesma forma que acontece no filme anterior da diretora, BELA VINGANÇA, o resultado final é satisfatório e a trilha é muito boa, com destaque pra Rent do Pet Shop Boys. Assista no PrimeVideo.
A sequência se passa no ano de 2024, com um roteiro horrível, diálogos desastrosos, aplicações de humor de doer o estômago e muita, mas muita breguice. Em meio a situações vergonhosas e defeitos especiais, resta apenas as boas decapitações. Esse é aquele tipo de filme que é a cara da ruindade dos anos 90, mas que pode render boas risadas dependendo do seu humor. Aventura Trash pra se ver uma única vez, de preferência, bêbado. [ Assista no VK ]
Provavelmente esse foi o primeiro filme sobre o Coronavirus, aproveitando as ruas vazias de Los Angeles durante aquele período para filmar algumas cenas. No filme, já estamos em 2024 e o coronavirus ainda não acabou, na verdade, ficou mais forte, podendo matar pessoas em menos de 48 horas, obrigando o governo a criar campos de concentração para os infectados. Desobedecer a quarentena é sinal de morte, pois o fuzilamento é permitido. Algumas pessoas "pulam a cerca" para fora de casa para se relacionar com profissionais do sexo, num cenário típico de BDSM, com muita proteção, máscaras e plásticos/sacos. Renderia um bom filme, aproveitando o medo das pessoas, ainda mais numa época onde o futuro era incerto, pois ainda não tínhamos muito conhecimento sobre o vírus; o resultado é um filme feito às pressas, com a adição de um vilão caricato que é o maior erro do filme, e ainda encerra com um desfecho feliz e motivacional que é brega demais. Assista no PrimeVideo.
Coração de Cavaleiro
3.7 610Esse é aquele tipo de filme pra não se levar a sério, focado na aventura, humor e romance, e com um vilão nem tão perigoso assim, apenas um pequeno obstáculo para o romance. Após a boa introdução, que sem muita enrolação já entrega a trama principal, pulamos para a cena de abertura, onde pessoas de séculos passados cantam Queen; uma cena tosca mas ao mesmo tempo divertida, já que a ideia do filme parece ser o mais pop possível. Tem bons momentos de combate, de humor e, apesar do romance soar um tanto infantil em alguns momentos, você acaba torcendo pro casal se dar bem no final. Um bom passatempo.
— Assista no PrimeVideo/AppleTV —
*Dica: O Último Duelo (2021)
Homem de Ferro
3.9 1,5K Assista AgoraQuando posto filmes de heróis sempre vem alguém e pergunta - "Sério que assistiu só agora?". E, sim, desde pequeno nunca fui muito fã de heróis, mas, vez ou outra assisto alguma coisa, principalmente quando estou com meu filho. Quando foi lançado, a KISS FM divulgava o filme ao som da Iron Man do Black Sabbath; até tive interesse de ver no cinema, mas na época ganhava uma mixaria e nem tinha condições pra isso. Gostei bastante do resultado e me conectei do inicio ao fim. Boas tomadas de ação, de humor e de drama. A luta final poderia ser mais prolongada, com mais desafios, em compensação, o modo como o filme se encerra é muito bom.
— Assista na Disney+ —
*Dica: O Gigante de Ferro (1999
Dumbo
3.6 412 Assista AgoraClássico da Disney de baixo orçamento, mas que conseguiu, e continua, a conquistar o público. O pequeno Dumbo, apesar de ser um personagem tímido e sem falas, virou um exemplo de superação. O filme tem uma qualidade inferior a alguns trabalhos anteriores da Disney, e isso é bem visível durante as cenas, as canções não memoráveis e sua duração de apenas 60 minutos, com seu desfecho apressado e sem muito drama. Independente de tudo, não há chances de não gostar; a cena do Dumbo e do rato embriagados, que entrega um espetáculo psicodélico causado pelo álcool, é uma das cenas mais memoraveis que jamais seria filmada nos dias de hoje.
— Assista na Disney+ —
*Dica: Pinóquio (1940)
Carta para um Porco
3.1 32 Assista AgoraCurta de 17 minutos, que mescla a animação em rabiscos com live action, onde um professor lê uma carta na sala de aula, agradecendo ao porco que o salvou durante o Holocausto. É nítido o tema sobre vingança; da metade para o final, toques de surrealismo invadem o curta, algo que não compreendi muito bem, talvez numa segunda assistida faça mais sentido.
*Dica: Se Algo Acontecer... Te Amo (2020)
Lisa Frankenstein
3.2 55Longa de estreia da filha do Robin Williams, que mescla o horror teen dos anos 80, humor e romance, cheio de referências que vão de EDWARD MÃOS DE TESOURA, VIAGEM À LUA do Méliès e, claro, FRANKENSTEIN. A trilha sonora é perfeita, abrindo com WHEN IN ROME, fora outros clássicos da década de 80, e os figurinos e cenários trazem toda aquela atmosfera pulsante da época. Não espere um banho de sangue; o filme é leve, com uma ou outra cena de desmembramento e sangue espirrando; um típico filme da Sessão da Tarde. Apesar de todo o seguimento final diminuir bastante a qualidade do filme, dando a impressão de que tinha pressa para acabar, o filme diverte e entrega uma experiência muito melhor que os supostos "filmes de terror" dos dias dias atuais.
*Dica: Edward Mãos de Tesoura (1990)
O ABC da Proibição de Livros
3.6 30Documentário de 27 minutos da MTV, sobre livros banidos nas escolas dos Estados Unidos, tendo e sua lista obras como O HOBBIT, ANNE FRANK, O CAÇADOR DE PIPAS e muito mais. Incrível é ver a mentalidade das crianças que são entrevistadas, debatendo os motivos desse livros - que elas leram - estarem sendo banidos, enquanto que, a mentalidade dos "adultos" responsáveis por tanta burrice, deva ser inferior ao de uma minhoca, morta! O grande defeito é a sua duração; merecia ser mais longo e ter um maior aprofundamento, pois fica aquela sensação de termos visto uma rápida reportagem na TV aberta, o que é uma pena, já que o material renderia muitas discussões.
— Assista no PrimeVideo —
*Dica: Fahrenheit 451 (1966)
A Incrível História de Henry Sugar
3.6 164 Assista AgoraCurta de 37 minutos, que foi minha torcida para o Oscar e acabou vencendo. De ritmo frenético e com toda a típica estética visual do diretor Wes Anderson, de cores marcantes, câmera bem movimentada e um estilo teatral com cenários que se transformam, o curta empolga, mesmo que às vezes pareça repetitivo. Um detalhe que gostei é a narração de um pequeno livro, narrado pelos próprios atores que estão encenando, tudo ao mesmo tempo. Dos quatro curtas lançados pelo diretor no ano passado, eu só vi esse.
— Assista na Netflix —
*Dica: O Grande Hotel Budapeste (2014)
Ficção Americana
3.8 383 Assista AgoraNa indicação do mês pedi dicas de filmes alegres, e de todos os indicados, o que mais me interessou foi a dica do André Leporati , já que o filme está na lista do Oscar. Que diferença faz um roteiro bem escrito, né? Uma sátira que tem seus momentos de drama, mas com muito humor encaixado no momento certo, realmente engraçados, que envolve o mundo literário e a representação da cultura afro-americana nos livros e no cinema. Falar mais estraga, mas o escritor irá se envolver em "altas confusões", daquelas bem elaboradas e escassas nos filmes atuais. Divertido e sem muita enrolação; vejam!
— Assista no PrimeVideo —
*Dica: As Palavras (2012)
A Memória Infinita
4.0 44Documentário que mostra os avanços do Alzheimer numa história de amor e companheirismo. Entre filmagens profissionais e filmagens caseiras, Paulina Urrutia nos convida a entrar em seu lar, para acompanhar os avanços da doença em seu marido, Augusto Góngora, que lutou contra a ditadura de Pinochet e manteve viva a memória de tudo o que aconteceu; agora, Paulina quer manter viva a memória de seu marido através desse documentário. Trabalho que emociona, tanto pelos momentos de tristeza como pela relação do casal, que aparentemente se amam muito, mas que, infelizmente, a doença quebra essa aliança, fazendo com que Augusto aos poucos vá se esquecendo de Paulina, acreditando apenas em seu próprio reflexo no espelho com quem ele conversa.
[Assista na Paramount]
*Dica: Meu Pai (2020)
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista AgoraSempre saio satisfeito após ver algo do Lanthimos. Esse é um filme com estética e técnicas mais parecido com A FAVORITA, mas com a estranhesa dos longas anteriores. Um show visual, de cenários vislumbrantes, personagens e criaturas estranhas e, um show da parte de Emma Stone, numa atuação totalmente diferente de tudo que já vi da atriz. Agora entendo toda a polêmica envolvendo o filme, carregado de muitas cenas de sexo, apelando para momentos desconfortantes e imorais, o que deixou muita gente ofendida. Um filmaço que abraça a ficção, a fantasia, o humor, o bizarro e o erotismo, sem medo algum de ser feliz. Já se tornou o meu favorito dos concorrentes ao Oscar.
[Assista nos Cinemas]
*Dica: A Favorita (2018)
O Virgem de 40 Anos
3.1 830 Assista AgoraRaramente assisto comédias nos dias atuais, pois está cada vez mais difícil - até raro - encontrar algo que preste; por isso, quando bate aquela vontade de ver algo mais leve, puro entretenimento, vou em busca de comédias mais clássicas ou dessas do comecinho do século. Esse era um daqueles filmes que muita gente viu mas eu nunca me interessei. Gosto de alguns momentos do Steve Carell nos filmes em que ele participa, inclusive no pouco que vi do THE OFFICE, e aqui, como o protagonista virgem, não foi diferente, e parece ter sido o filme que deu o empurrão em sua carreira. Alterna entre boas doses de comédia e outras nem tão engraçadas assim, mas é um filme que não cansa, é bem conduzido e, por mais que o resto do elenco não seja lá aquelas coisas, todo o conjunto de atuações funciona bem, entregando um resultado bem satisfatório. Certeza de que se eu tivesse assistido na adolescência eu teria me divertido muito mais, de qualquer forma, rendeu uma boa sessão de risadas.
[Assista no PrimeVideo / AppleTv / Telecine]
*Dica: Superbad (2007)
Holocausto Brasileiro
4.4 146Trágico documentário sobre o Hospital Colônia e suas barbaridades: Abandono, humilhação, corrupção, tortura e mais de 60 mil mortos. Emociona por conta de suas imagens - em fotos e videos - e os relatos de quem trabalhou ou esteve internado no local. A cada pessoa entrevistada, fica um aperto no peito, agora imagine se pudéssemos ouvir cada um dos que estiveram presentes ali. Me interessei muito pelo livro e já o adicionei em minha lista de leituras.
[Assista na Netflix / YouTube]
*Dica: Bicho de Sete Cabeças (2000)
20 Dias em Mariupol
3.9 57 Assista AgoraÉ bem provável que esse documentário vença o Oscar esse ano. Acompanhar as notícias sobre a guerra na Ucrânia foi difícil, já acompanhar esse documentário é cruel. As imagens nos coloca nos primeiro 20 dias da invasão russa, como se estivéssemos ali, temendo e preocupados sobre o futuro. A frase "volte para sua casa, vai ficar tudo bem, eles não matam civis" é dita a uma mulher desesperada; infelizmente quem disse essa frase estava errado. Conforme o filme e os dias avançam, as coisas só pioram, com tristes imagens em hospitais, valas comuns e crianças. É o tipo de filme que você assiste sentindo raiva, inconformado com a necessidade de guerrear de ideres imbecis. Se em apenas 20 dias temos essas imagens devastadoras, o que dizer desses 2 anos e de tudo o que não pôde ser capturado por uma câmera?
Zona de Interesse
3.6 604 Assista AgoraPegue todo o seu conhecimento sobre o Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial; tudo o que você viu nos filmes, documentários, livros e imagens, e use essas imagens em sua mente enquanto assiste a esse filme. Acompanhamos o dia a dia - "muito comum" - de uma família, que cuida dos filhos, curtem a piscina, observam as plantas e flores, batem um papo, fumam e bebem, ou seja, vivem o seu dia; só que ao lado de sua casa ocorre um devastador genocídio nos campos de Auschwitz. O filme opta por não nos mostrar nada do que acontece do outro lado do muro, afinal, já sabemos, mas, durante uma brincadeira na piscina vemos fumaça ao fundo, durante um jantar ouvimos tiros, alguém sente o perfume das flores enquanto gritos e lamentos ecoam, e o mais assustador, a família não se incomoda nem um pouco, pois para eles, o extermínio é algo tão banal quanto ouvir o som dos pássaros. Filme que divide opiniões, composto por duas trilhas sonoras sombrias, a musical e as atrocidades sonoras do outro lado do muro. Assista no volume máximo.... ou não.
*Dica: O Filho de Saul (2015)
Os Rejeitados
4.0 321 Assista AgoraUm filme que me prendeu logo nos primeiros momentos, graças a ótima trilha sonora que vem acompanhada de belas imagens com neve durante a época natalina; cenas que renderiam belos cartões postais. Três dos diversos personagens presentes aqui estão ótimos em seus papéis, especialmente Paul Giamatti, um ser rabugento e frio, que tem algum sentimento por dentro, mas nunca demonstra de forma bonitinha como a maioria dos filmes faz com personagens carrancudos, sua atuação dosa muito bem a grosseria, o humor sarcástico e um tiquinho de empatia. Após a primeira metade do filme não me senti tão empolgado com os acontecimentos que surgiram, mesmo assim, foi uma grata surpresa poder ver mais um filme simples, sem reviravoltas ou grandes acontecimentos; é o nosso típico dia a dia, bem dirigido e bem atuado.
*Dica: Clube dos Cinco (1985)
A Partida
4.3 523 Assista AgoraVencedor do Oscar de melhor filme internacional; direto para minha lista de filmes favoritos. Junte o tema da morte, o desapego de um sonho e a paixão pela música, o resultado só poderia ser um filmaço. Um violoncelista precisa deixar seu sonho de lado para conseguir dinheiro para pagar as contas, aceitando o trabalho funerário, cuidando dos preparativos e maquiagem dos mortos. Ele se envergonha de seu ofício e todos a sua volta consideram um profissão impura e abominável, já que desde o Japão feudal, profissionais dessa área eram obrigados a viver isolados e distante do resto da população. Filme emocionante e reflexivo, conduzido por uma das trilhas mais lindas que ouvi recentemente, onde o luto é o tema central, mas que mesmo assim, graças aos toques de humor que vem na hora certa, não nos deixa em estado melancólico durante todo o tempo. Uma história de amor, de relações humanas, dos cuidados e atenção com aqueles que já se foram, tudo muito envolvente e mórbido, porém, muito leve.
[Assista no Youtube]
*Dica: A Sete Palmos (2001)
Policiais Violentos
3.1 3Vi poucos filmes do gênero Poliziotteschi, mas já entendo de seu ingrediente principal: Ação e crime com boas doses de violência, sangue e agressividade. A trama aqui pouco empolga, muito menos o romance, mas suas perseguições e tiroteios são bem-vindas; um corre-corre pelas ruas onde nem os bandidos nem os policiais são atingidos, já a população que anda pelas ruas numa boa, elas sim, levam tiros e são atropeladas à exaustão que chega a ser cômico. Já vi melhores do gênero, mesmo assim, rende uma boa sessão.
*Dica: Luca, o Contrabandista (1980)
Indiana Jones e o Templo da Perdição
3.9 507 Assista AgoraMisture uma boa dose de aventura frenética, humor bem dosado, uma inspiração nos filmes do James Bond e elementos do horror, o resultado é o tipo de aventura que não se vê mais nos dias de hoje. Intrigante da primeira a última cena - e que baita espetáculo de primeira cena. Filme que exala nostalgia, cores vibrantes, personagens envolventes e cenas de roer as unhas e de muita tensão. Uma das melhores aventuras sombrias já realizadas.
[Assista no PrimeVideo/Disney+]
*Dica: Armadura de Deus (1986)
O Filho de Saul
3.7 254 Assista AgoraUm pequeno plano-sequência, com foco no rosto ou nas costas de um personagem, nos mostra alguns momentos dentro de um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial; e assim o filme avança, até o seu desfecho, com a câmera sempre posicionada nesse protagonista, que vaga pelos campos do inferno, limpando e arrastando corpos nus, pegando montes de cinzas com a pá e escutando gritos e choros. O filme não mostra muito, todo o cenário é bem desfocado, mas é suficiente para entendermos o quão pavoroso é aquela situação, já o rosto do protagonista está sempre em foco, sem reação, aparentemente sem emoções, apenas fazendo seu trabalho forçado durante um impiedoso extermínio de adultos e crianças. Um filme cruel, que apesar de evitar mostrar muita coisa, choca da mesma forma daqueles filmes ou documentários mais gráficos sobre o tema.
[Assista no Youtube/PrimeVideo]
*Dica: Vá e Veja (1985)
Teorema
4.0 198Um homem chega à uma casa e muda a vida de todos, do pai, da mãe, o casal de filhos e a empregada, e o sujeito "passa o rodo" em todo mundo sem muito esforço. Um filme de poucos diálogos, onde as imagens e as feições dizem tudo o que precisamos saber, e a carga sexual é intensa, mas sem apelar para cenas explicitas tão presentes na filmografia do diretor, sem falar na ótima trilha composta por Requiem do Mozart
*Dica: Saló (1975)
Morte em Veneza
4.0 210 Assista AgoraGostei muito da leitura do livro de Thomas Mann, e agora conferi a adaptação para o cinema. Se no livro aproveitamos cada um dos detalhes em suas palavras, no filme vislumbramos cada detalhe da Veneza captada pela câmera de Visconti, como se estivéssemos passeando pelas ruas daquele local, pois o diretor não tem pressa, e mostra tudo, em movimentos lentos e demorados, do zoom aos planos abertos. A atração pela beleza exuberante foi muito bem retratada aqui, e a preocupação de uma suposta praga em Veneza também ganha seus ares de mistérios. Recomendo ler o livro antes; é bem curtinho, de poucas páginas, e pode ter certeza que a experiência será muito melhor.
[Assista no PrimeVideo]
*Dica: Barry Lyndon (1975)
Saltburn
3.5 862Filme que fez barulho assim que chegou no catálogo do PrimeVideo, por conter supostas cenas perturbadoras/impactantes/nojentas, e sim, há cenas de desconforto, que pode fazer você arregalar os olhos, mas, nada tão perturbador para quem acompanha o cinema Exploitation, o brutal horror italiano ou os dementes filmes SOV da década de 80 e 90. SALTBURN esbanja beleza, sem dúvidas, contém um elenco ótimo, e uma trama nada original, mas que consegue te prender em poucos minutos. Barry Keoghan sempre marca presença nos filmes que faz, e aqui demonstra de vez que ainda tem muito talento guardado. Apesar do desfecho enfraquecer o filme, da mesma forma que acontece no filme anterior da diretora, BELA VINGANÇA, o resultado final é satisfatório e a trilha é muito boa, com destaque pra Rent do Pet Shop Boys.
Assista no PrimeVideo.
*Dica: O Talentoso Ripley (1999)
Highlander II: A Ressurreição
2.7 112A sequência se passa no ano de 2024, com um roteiro horrível, diálogos desastrosos, aplicações de humor de doer o estômago e muita, mas muita breguice. Em meio a situações vergonhosas e defeitos especiais, resta apenas as boas decapitações. Esse é aquele tipo de filme que é a cara da ruindade dos anos 90, mas que pode render boas risadas dependendo do seu humor. Aventura Trash pra se ver uma única vez, de preferência, bêbado.
[ Assista no VK ]
*Dica: Super Mario Bros. (1993)
Isolados: Medo Invisível
2.3 76 Assista AgoraProvavelmente esse foi o primeiro filme sobre o Coronavirus, aproveitando as ruas vazias de Los Angeles durante aquele período para filmar algumas cenas. No filme, já estamos em 2024 e o coronavirus ainda não acabou, na verdade, ficou mais forte, podendo matar pessoas em menos de 48 horas, obrigando o governo a criar campos de concentração para os infectados. Desobedecer a quarentena é sinal de morte, pois o fuzilamento é permitido. Algumas pessoas "pulam a cerca" para fora de casa para se relacionar com profissionais do sexo, num cenário típico de BDSM, com muita proteção, máscaras e plásticos/sacos. Renderia um bom filme, aproveitando o medo das pessoas, ainda mais numa época onde o futuro era incerto, pois ainda não tínhamos muito conhecimento sobre o vírus; o resultado é um filme feito às pressas, com a adição de um vilão caricato que é o maior erro do filme, e ainda encerra com um desfecho feliz e motivacional que é brega demais. Assista no PrimeVideo.
*Dica: Contágio (2011)