Filme do Acre que, diferente do que estamos acostumados a ver, situa-se na área urbana, mas ainda assim, tem suas cenas na floresta e personagens indígenas que compõem os meus momentos favoritos do longa. Gostei das atuações de boa parte do elenco, envolvidos em tramas com tráfico, vícios, melancolia, família e arte. Um filme que quando termina te obriga a refletir, ainda mais pelo seu título e o desfecho com uma ótima canção nacional. Vale a conferida. Assista na Netflix
Eu resumiria esse filme com uma imagem famosa da internet, onde do lado esquerdo temos o pé de uma bailarina no sapatinho, e do lado direito, o pé descalço todo machucado, com sangue e unha quebrada. Fama e beleza, aplausos e números incríveis, mas, por trás disso, a destruição, uma vida de infernos. Acompanhamos a vida de Tonya, desde a infância traumática até a vida adulta, também traumática, ao lado de uma mãe maluca e um namorado abusivo. Filme muito tenso que só consegue amenizar os estragos que vemos na tela quando a trilha sonora contagiante entra em campo - E QUE TRILHA! Assista na Netflix
Assistir a esse filme é como voltar à época da pandemia de Covid. As situações do filme, desde o início do surto até os grandes estragos, são bem idênticos ao que passamos - o que não poderia ser diferente em qualquer outra pandemia global. O isolamento, as dúvidas, o tumulto nos supermercados e, claro, o negacionismo, que fica por conta do personagem de Jude Law, que tem um extenso número se seguidores nas redes sociais, e ele é responsável por fazer com que muitos de seus seguidores espalhem que existe um remédio mais eficaz que a vacina. O filme começa a partir do "Dia 2" do surto, fechando com o "Dia 1" em seu desfecho de forma bem satisfatória. Ver enormes terrenos com centenas de covas abertas com os corpos sendo agrupados, trouxe à tona uma enorme sensação ruim, já que a ficção filmada em 2011 se repetiu de forma real anos depois, nada diferente do que vimos nos jornais durante essa época.
O último episódio da segunda temporada encerra de forma genial, fazendo com que a terceira temporada se inicie de forma frenética, exatamente de onde a temporada anterior tinha parado; correria pra todo lado. E aqui, o foco se mantém no embate entre pai e filho, e é especialmente nessa temporada que tomamos conta do enorme poder que o patriarca tem, inclusive, até no envolvimento com a politica e o presidente; um velho difícil de derrubar. Essa temporada vem mais recheada de diálogos potentes e muitos palavrões, que excedem os das temporadas anteriores. Mais uma obra de arte, repugnante, mostrando a cada episódio que não é possível ter empatia por nenhum desses personagens. O último episódio inicia-se de forma leve, repleto de piadinhas entre os irmãos, o que acaba divertindo muito, mas o seu desfecho, com o Kendall desabando no choro e dizendo que está destruído, com um enorme vazio por dentro, é de arrepiar, só quem já passou por algo parecido pode, de fato, sentir o peso dessa cena e entender o quanto a atuação "simples" e realista do ator é capaz de transmitir realmente como é sentir que nada faz sentido. Assista na HBO MAX Brasil
Uma mistura de drama e comédia que, à primeira vista, parece se tratar de um filme bobo adolescente (coisa que eu pensava que era toda vez que via o poster nas locadoras ou na internet) e me enganei. É um filme bem leve, ao mesmo tempo que traz diversas questões importantes sobre a gestação na adolescência, o importante papel dos pais nesse smomentos e as dúvidas sobre o que é e como ser mãe/pai tão jovem. Todo o elenco traz uma naturalidade que parece até que conhecemos aqueles personagens, seja porque já passamos por aquela situação ou porque conhecemos alguém que viveu essa fase. Além de uma ótima trilha sonora temos também o melhor momento do filme, quando assistem WIZARD OF GORE na tv enquanto falam de Dario Argento. Filmão! Assista na HBO MAX Brasil
Tão boa quanto a primeira temporada, a série tem agora como foco mostrar o íntimo de cada personagem, se antes o foco era nos mostrar a família e como toda aquela relação perturbada funcionava, agora é a vez de enxergamos cada um deles, cada podre, cada passado e cada bizarrice de uma a um; e o que vemos é muita falta de empatia, preconceitos, a falta de importância por sentimentos alheios, manipulação, corrupção e, se tratando do caçula, transtornos sexuais que entregam um dos momentos mais insanos da série. Se na temporada anterior o patriarca passava boa parte acamado, recuperando sua saúde, aqui ele já está mais saudável, forte, e, se já achávamos que ele era um servo de Satã, nessa segunda temporada damos conta de que ele é o próprio rei do inferno. Baita série, baitas atuações, baita direção! Assista na HBO MAX Brasil
Como eu já havia dito antes, dediquei 2023 para ver algumas séries, pelo menos, uma temporada de cada uma das mais relevantes e das mais clássicas; eis que encontro essa série e, enquanto escrevo esse texto, já estou iniciando a terceira temporada. Direto pra minha lista de séries favoritas, daquelas para rever e pegar qualquer detalhe que passou despercebido. A série é sobre uma família bilionária, onde todos - TODOS - os personagens são problemáticos. Parece que a série foi criada com um único propósito: nos fazer odiar cada uma daquelas pessoas, especialmente o patriarca, que te deixa com vontade de voar no pescoço dele a cada cena! Quando parece que você se acostuma com eles, como se começasse a ter uma certa "empatia", um novo escândalo surge, nada diferente do que vemos no mundo real, com ricaços se esquivando de tudo graças ao dinheiro e o poder. O ponto forte é que não ficamos presos á escritórios e diálogos difíceis de compreender, a série vai além, cada episódio tem um ambiente próprio, fazendo com que nenhum episódio seja monótono, inclusive, um deles é em uma boate secreta, divertido demais, onde o nível se rebaixa tanto a ponto de parecer um besteirol estilo AMERICAN PIE. Uma das melhores coisas que vi esse ano; coisa fina! Assista na HBO MAX Brasil
Eu precisaria rever toda a série pra ter certeza, mas, por ora, esse é o filme que mais gostei depois do primeiro. É esse tipo de cinema que eu sentia falta de ver na telona, e ultimamente (ainda bem) estamos recebendo ótimas produções cheias de entretenimento que vão além dos filmes de heróis e monstros gigantes em CGI. São quase 3 horas de duração, com momentos de ação que quando chegam explode na tela! Filme completo, com tensão, suspense, absurdos e bastante humor - destaque para a cena de perseguição que me fez rir como nenhum outro filme de comédia atual fez. Se JOHN WICK 4 aposta nas coreografias absurdas, estética linda e tiroteios infinitos, o filme de Tom Cruise aposta em algo mais explosivo, no suspense, nos exageros e naquela ação mentirosa dos anos 80/90. JW4 e MI7 estão lado a lado, quase idênticos em muitos aspectos (duração, astros de 60 anos, cenários marcantes, mulheres casca-grossa, ação no deserto, quedas - de um penhasco ou de uma escadaria - balada eletrônica e vilões que no fim dão uma forcinha). Agora é esperar MERCENÁRIOS, também com os astros das antigas, e poder fechar o ano com um exemplar trio de ação de 2023.
Cinema independente que homenageia os clássicos filmes B, entre eles, filmes de vampiro, UM DRINK NO INFERNO e até THE ROCKY HORROR PICTURE SHOW. É o tipo de produção que você imagina que, além do profissionalismo de toda equipe, houve também muita diversão durante as filmagens. O elenco é recheado de gente conhecida, como Liz Marins Liz Vamp , Nicole Puzzi , Alice Tarsitano , Debora Munhyz , Petter Baiestorf e mais um monte de gente. Trilha sonora por conta da banda Asteroides Trio e mais algumas apresentações, também com ótimas trilhas sonoras. Fiquem de olho nas próximas exibição e prestigiem o nosso cinema independente.
Filme de tribunal repleto de suspense, especialmente por sua trilha sonora soturna que parece ter sido tirara de um filme de terror. Não há muito o que comentar das ótimas atuações durante o duelo verbal entre Tom Cruise e Jack Nicholson, cena que ficou marcada e é lembrada até hoje. Ótima sugestão para quem gosta de suspense, e mesmo para aqueles que não são tão chegados a filmes de tribunal, pode ver sem medo. Filmão! Assista na HBO MAX Brasil
Curta metragem que deu origem ao novo filme de Ari Aster, BEAU IS AFRAID. A premissa é a mesma e envolve um homem que, ao esquecer de pegar seu fio dental, deixa a porta de casa aberta e, ao voltar, percebe que sua chave sumiu; a partir daí começa o pesadelo e o medo de ter sua casa invadida. Curta de 7 minutos que se transformou num filme de 3 horas repleto de maluquices. Vale a conferida, e conta com o mesmo ator do assombroso curta da "família Johnsons", do mesmo diretor. Assista no site: Arquiveorg
Filme mais recente da dupla Espinoza/Zaror. Eu estava com a expectativa um pouco alta, esperando uma homenagem aos filmes de Kung Fu da década 70, com todo aquele malabarismo que o Marko Zaror proporciona, entregando ótimas sequências de luta. Infelizmente, o foco do longa não são as lutas. Dessa vez Espinoza parece ter deixado de lado aquele estilo mais frenético, bem-humorado, divertido e até mesmo brega, pois esse filme é calmo, e bota calma nisso, é quase uma meditação, com uma ou outra lutinha que não empolga muito. No início tudo dava indicios de que teríamos um embate Zaror Vs Zaror, pois ele tem um irmão gêmeo aqui, e eu fiquei no aguardo de algo parecido com o que já fizeram com JCVD ou Jet Li. O filme termina com uma proposta de que se tiver um segundo filme, aí sim a pancadaria vai acontecer.
Mais um filme Latinxploitation do Espinoza que eu estava devendo. Curtinho, com menos de 80 minutos, nos apresenta uma personagem Badass, um personagem bobão e muitos outros personagens perigosos- personagens até de mais para um filme tão curto. O ritmo é frenético e cômico, com uma trilha sonora empolgante e um estilo de filmagem inspirado no jogo GTA, incluindo as missões que o protagonista tem que cumprir, igual ao jogo, e os letreiros na tela indicando em que missão ele está e se foi completada ou não. Boa diversão com doses de sangue, tiros, sedução e humor.
*Dica: Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia (1973)
Primeira parceria entre Espinoza e Zaror. Primeiramente preciso comentar o visual brega do Marko Zaror, os foras que ele leva da garota que ele gosta e a cena onde ele fica triste e sai correndo ao som de "Modern Love" do Bowie; são aqueles momentos perfeitos da Sétima Arte 😅. Para aqueles que buscam um bom filme de ação, ainda mais se tratando de Zaror no elenco, vai se decepcionar com sua introdução que não empolga, com cenas mais voltadas para o humor e praticamente nada de luta, exceto por um soquinho e um chute mixuruca aqui e ali; mas, se tiver paciência, mais pra frente as cenas de luta começam; não é lá aquelas coisas, comparando com REDEEMER, do mesmo diretor e ator, um baita filmaço, esse KILTRO é bem inferior, mas vale a conferida se você curte produções mais B, com referências à outros filmes, inclusive as trilhas dos Western. Uma boa diversão do Latinxploitation.
Eu não fazia ideia do barulho que esse filme fez na época de seu lançamento, inclusive, sendo banido e criticado em alguns lugares; tudo isso centrado no romance entre o casal, sendo que há tanta coisa interessante no filme, mas o foco, infelizmente, acabou sendo nesse detalhe. Brokeback Mountain é retratada de forma belíssima, graças ao excelente trabalho de fotografia e enquadramento, onde a câmera é capaz de mostrar a calmaria daquele local, como se pudéssemos respirar o ar puro daquele lugar, sem falar na trilha sonora relaxante; trabalho incrível. Gyllenhaal e Ledger entregam performances gigantescas, conseguindo convencer tanto nas atuações do típico cowboy machão, como na atuação que envolve o romance entre os dois. Filmaço que muitos deveriam deixar de lado o olhar preconceituoso para poder apreciar um trabalho muito bem feito. Assista no StarPlus.
Eu já achava que a primeira temporada se estendeu demais por 10 episódios, sem necessidade; aqui, repetem o mesmo erro; 10 episódios onde um é praticamente parecido com o outro, entregando um ou outro detalhe que não precisaria de um longo e exaustivo segmento de 50 minutos. Dois desses episódios (o 4 e o 5 se não me engano) não acontece absolutamente nada. E a série caminha assim, repetindo as mesmas coisas, enrolando, e percebe-se uma carência de entusiasmo por parte do elenco, parece que estão ali, forçando e torcendo pra que as gravações acabe logo. Novos personagens surgem, alguns pra nada, outros só pra irritar mesmo, e os mistérios se ampliam, mas não de forma genial, como TWIN PEAKS, por exemplo, que é uma loucura sem sentido mas que faz bem feito; aqui não, é só confuso mesmo. Passo longe da terceira temporada, isso se tiver. Assista no Globoplay.
Eu sempre fui fascinado pelo Titanic, desde quando vi o filme pela primeira vez entre 1998/1999, na clássica fita VHS dupla. Desde então, passei a pesquisar muito sobre o desastre ocorrido em 1912, pegando todos os trechos de revistas pra ler, que saiam aos montes depois que o filme foi lançado, e assistia os programas televisivos da TV aberta que contava a história do naufrágio, sem falar dos recortes com imagens do navio e do filme que eu colecionava; isso quando eu tinha entre 8/9 anos de idade, e até hoje, me impressiono com o filme do Cameron, imaginando como deve ter sido ver tamanho espetáculo na telona naquela época. Esse documentário mostra o fascínio de Cameron e de todos os envolvidos nessa experiência, e eu pude sentir, junto deles, o quão incrível e arrepiante foi encontrar um gigante daquele nas profundezas. Além de explorar o local, por vezes assustador, Cameron recria algumas cenas de como tudo poderia ter acontecido através de efeitos. Ótimo documentário, mais indicado para quem é fã do filme ou se interessa pelo evento. Assista na Netflix.
Eu estava esperando um filme de ação típico estrelado por Bruce Willis, com algumas pitadas de humor, mas, o que eu encontrei foi algo totalmente diferente do que eu imaginava. Inicia-se séculos atrás, mostrando Leonardo da Vinci e suas invenções, e após isso, já nos anos 90, vemos um ladrão que precisa roubar algumas das invenções do polimata italiano; a partir daí é uma maluquice atrás da outra; um filme totalmente caricato, divertido e exagerado, às vezes até infantil. Indicado para quem procura uma diversão nonsense a cara dos anos 90. Assista na Netflix.
Aproveitei a semana que se comemora o Dia do Cinema Nacional pra ver essa série. Melhora em alguns pontos, em comparação à primeira temporada, mas em outros é bem inferior, chegando a se parecer com uma novela. Tem seus personagens interessantes, principalmente os indígenas, mas boa parte do elenco parece apagado, sem falar que tem muitos momentos que não convencem nenhum pouco, como se não houvesse um entusiasmo por parte de toda a equipe. Infelizmente, não desceu pra mim, queria muito poder dizer o contrário, pois adoro o nosso folclore. Assista na Netflix.
Diretores se unem nessa antologia de filmes de terror, entre eles, nomes como Ti West e Adam Wingard. Gostei da história sobre os amigos que filmam sua noite de curtição, entre bares, bebidas e mulheres; começa bem chato com a câmera balançando demais, mas logo o negócio vai ficando interessante, reservando um desfecho sangrento. A última história também é uma das melhores, tem um climão de filmes de casa assombrada e alguns efeitos CHAPOLIN que dão um charme. Outra história que poderia ser muito boa é a do casal que é filmado com a própria câmera enquanto dormem, mas o potencial se perde no decorrer da trama. De resto, nada de mais, histórias que não empolgam, incluindo a pior de todas, do casal que conversa via webcam. Assista no PrimeVideo.
Quem procura ação vai encontrar 3 ótimas cenas que não desagradam em nada. A primeira é um longo plano-sequência que, assim como no primeiro filme, passa por cenários diferentes, iniciando-se numa prisão, passando pelas ruas até chegar em um trem. A segunda cena é mais tiro e porrada, com momentos tensos em cima de um prédio - pra quem se apavora com gente brigando na ponta do último andar, vai perder o fôlego - apesar de mentirosa, a cena é bem boa. Por último e menos interessante, vem uma boa briga, só que esquecivel assim que termina. É isso, 3 boas cenas, o resto é totalmente descartável e se estende por pouco mais de duas horas, só pra preencher espaço. Se tiver com preguiça, veja apenas essas 3 cenas, na Netflix ou no YouTube, se já tiver, porque fora isso, não há nada do que perder, só um repeteco do sujeito que vai resgatar alguém.
É até difícil imaginar que essa bizarrice tenta contar uma uma história do universo do game; parece que é qualquer outro filme, menos MARIO. A dupla Mario e Luigi é pavorosa, os cenários parecem ter sido tirados de filmes como o MAD MAX; somando tudo, parece um filme de Terror/Sci-fi/Pós-apocalíptico. Só que, o meu "bom gosto" pra filmes ruins fez com que eu me divertisse com tanto absurdo. 😅
Série baseada nos escritos de Bruce Lee, que foi meu principal interesse em assistir, além do nome de Joe Taslim no elenco, um dos meus atores favoritos dessa nova leva de filmes pancadaria. Encontrei mais do que eu esperava; além das boas brigas, que envolve artes marciais, gangues com machados, irlandeses brutamontes e chineses com aquelas longas tranças, a série tem boas tramas que se sustentam e não estão ali só pra preencher o vazio entre uma pancadaria e outra. Corrupção, politica, traição, servidão, prostituição, são só um dos temas, sem falar no alto nível de xenofobia durante o século XIX, onde você vai ver pessoas que são contra a escravidão sendo preconseituosas com os chineses, ou, "os amarelos que transmitem doenças", nas palavras dos personagens; são muitas reflexões. As lutas são bem coreografadas, mas me incomodaram de inicio, por serem muita escuras, como se tivessem sido filmadas por iluminação natural, pois boa parte das cenas são noturnas; acabei me acostumando e curti a experiência, como se a pancadaria ocorresse dentro de uma pintura Barroca. Um dos episódios é totalmente Western, envolve um bar, foras da lei e dinheiro escondido dentro de um cadáver no caixão. Falando em Western, a trilha de abertura é memorável, um espécie de Morricone com influências oriental. A série deixa a desejar ao entregar muitos personagens fodas, mas nenhum embate 100% de respeito, e eu acredito que é proposital, como se essa temporada fosse um preparativo, uma amostra do que está por vir nas próximas (espero que sim!).
Um filme sobre a separação de um casal, onde, logo no início, a câmera foca nos dois, sem cortes, e de cara já entendemos quem são, o motivo da separação, seus objetivos e suas dificuldades. Basta apenas essa abertura, que não deve durar nem 5 minutos, para o filme realmente começar sem precisar de mais explicações - grande acerto. E quando o longa começa, o que poderia ser apenas uma separação se torna um pesadelo; as coisas pioram a cada dia, e durante os infortúnios, vários temas são abordados, incluindo a religião, confiança, mentiras, estresse, sem falar dos personagens diversos, e aí temos o alzheimer, gravidez, roubo e desemprego, só pra citar os mais relevantes. As atuações impressionam tanto que dão a impressão de estarmos vendo um documentário, e o desfecho não poderia ter sido melhor, pois nos passa a agonia e a ansiedade daquele momento vivido pelos personagens. Filme maravilhoso, mas a pressão no peito é tanta que você não vê a hora de acabar para poder respirar.
Noites Alienígenas
3.4 56Filme do Acre que, diferente do que estamos acostumados a ver, situa-se na área urbana, mas ainda assim, tem suas cenas na floresta e personagens indígenas que compõem os meus momentos favoritos do longa. Gostei das atuações de boa parte do elenco, envolvidos em tramas com tráfico, vícios, melancolia, família e arte. Um filme que quando termina te obriga a refletir, ainda mais pelo seu título e o desfecho com uma ótima canção nacional. Vale a conferida. Assista na Netflix
*Dica: Marte Um (2022)
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraEu resumiria esse filme com uma imagem famosa da internet, onde do lado esquerdo temos o pé de uma bailarina no sapatinho, e do lado direito, o pé descalço todo machucado, com sangue e unha quebrada. Fama e beleza, aplausos e números incríveis, mas, por trás disso, a destruição, uma vida de infernos. Acompanhamos a vida de Tonya, desde a infância traumática até a vida adulta, também traumática, ao lado de uma mãe maluca e um namorado abusivo. Filme muito tenso que só consegue amenizar os estragos que vemos na tela quando a trilha sonora contagiante entra em campo - E QUE TRILHA!
Assista na Netflix
*Dica: Cisne Negro (2010)
Contágio
3.2 1,8K Assista AgoraAssistir a esse filme é como voltar à época da pandemia de Covid. As situações do filme, desde o início do surto até os grandes estragos, são bem idênticos ao que passamos - o que não poderia ser diferente em qualquer outra pandemia global. O isolamento, as dúvidas, o tumulto nos supermercados e, claro, o negacionismo, que fica por conta do personagem de Jude Law, que tem um extenso número se seguidores nas redes sociais, e ele é responsável por fazer com que muitos de seus seguidores espalhem que existe um remédio mais eficaz que a vacina. O filme começa a partir do "Dia 2" do surto, fechando com o "Dia 1" em seu desfecho de forma bem satisfatória. Ver enormes terrenos com centenas de covas abertas com os corpos sendo agrupados, trouxe à tona uma enorme sensação ruim, já que a ficção filmada em 2011 se repetiu de forma real anos depois, nada diferente do que vimos nos jornais durante essa época.
Succession (3ª Temporada)
4.4 190O último episódio da segunda temporada encerra de forma genial, fazendo com que a terceira temporada se inicie de forma frenética, exatamente de onde a temporada anterior tinha parado; correria pra todo lado. E aqui, o foco se mantém no embate entre pai e filho, e é especialmente nessa temporada que tomamos conta do enorme poder que o patriarca tem, inclusive, até no envolvimento com a politica e o presidente; um velho difícil de derrubar. Essa temporada vem mais recheada de diálogos potentes e muitos palavrões, que excedem os das temporadas anteriores. Mais uma obra de arte, repugnante, mostrando a cada episódio que não é possível ter empatia por nenhum desses personagens. O último episódio inicia-se de forma leve, repleto de piadinhas entre os irmãos, o que acaba divertindo muito, mas o seu desfecho, com o Kendall desabando no choro e dizendo que está destruído, com um enorme vazio por dentro, é de arrepiar, só quem já passou por algo parecido pode, de fato, sentir o peso dessa cena e entender o quanto a atuação "simples" e realista do ator é capaz de transmitir realmente como é sentir que nada faz sentido.
Assista na HBO MAX Brasil
Juno
3.7 2,3K Assista AgoraUma mistura de drama e comédia que, à primeira vista, parece se tratar de um filme bobo adolescente (coisa que eu pensava que era toda vez que via o poster nas locadoras ou na internet) e me enganei. É um filme bem leve, ao mesmo tempo que traz diversas questões importantes sobre a gestação na adolescência, o importante papel dos pais nesse smomentos e as dúvidas sobre o que é e como ser mãe/pai tão jovem. Todo o elenco traz uma naturalidade que parece até que conhecemos aqueles personagens, seja porque já passamos por aquela situação ou porque conhecemos alguém que viveu essa fase. Além de uma ótima trilha sonora temos também o melhor momento do filme, quando assistem WIZARD OF GORE na tv enquanto falam de Dario Argento. Filmão!
Assista na HBO MAX Brasil
*Dica: Wizard of Gore (1970)
Succession (2ª Temporada)
4.5 228 Assista AgoraTão boa quanto a primeira temporada, a série tem agora como foco mostrar o íntimo de cada personagem, se antes o foco era nos mostrar a família e como toda aquela relação perturbada funcionava, agora é a vez de enxergamos cada um deles, cada podre, cada passado e cada bizarrice de uma a um; e o que vemos é muita falta de empatia, preconceitos, a falta de importância por sentimentos alheios, manipulação, corrupção e, se tratando do caçula, transtornos sexuais que entregam um dos momentos mais insanos da série. Se na temporada anterior o patriarca passava boa parte acamado, recuperando sua saúde, aqui ele já está mais saudável, forte, e, se já achávamos que ele era um servo de Satã, nessa segunda temporada damos conta de que ele é o próprio rei do inferno. Baita série, baitas atuações, baita direção!
Assista na HBO MAX Brasil
🎬 Dica: Mad Men (2007)
Succession (1ª Temporada)
4.2 261Como eu já havia dito antes, dediquei 2023 para ver algumas séries, pelo menos, uma temporada de cada uma das mais relevantes e das mais clássicas; eis que encontro essa série e, enquanto escrevo esse texto, já estou iniciando a terceira temporada. Direto pra minha lista de séries favoritas, daquelas para rever e pegar qualquer detalhe que passou despercebido. A série é sobre uma família bilionária, onde todos - TODOS - os personagens são problemáticos. Parece que a série foi criada com um único propósito: nos fazer odiar cada uma daquelas pessoas, especialmente o patriarca, que te deixa com vontade de voar no pescoço dele a cada cena! Quando parece que você se acostuma com eles, como se começasse a ter uma certa "empatia", um novo escândalo surge, nada diferente do que vemos no mundo real, com ricaços se esquivando de tudo graças ao dinheiro e o poder. O ponto forte é que não ficamos presos á escritórios e diálogos difíceis de compreender, a série vai além, cada episódio tem um ambiente próprio, fazendo com que nenhum episódio seja monótono, inclusive, um deles é em uma boate secreta, divertido demais, onde o nível se rebaixa tanto a ponto de parecer um besteirol estilo AMERICAN PIE. Uma das melhores coisas que vi esse ano; coisa fina!
Assista na HBO MAX Brasil
*Dica: Suits (2011
Missão: Impossível 7 - Acerto De Contas - Parte 1
3.9 395 Assista AgoraEu precisaria rever toda a série pra ter certeza, mas, por ora, esse é o filme que mais gostei depois do primeiro. É esse tipo de cinema que eu sentia falta de ver na telona, e ultimamente (ainda bem) estamos recebendo ótimas produções cheias de entretenimento que vão além dos filmes de heróis e monstros gigantes em CGI. São quase 3 horas de duração, com momentos de ação que quando chegam explode na tela! Filme completo, com tensão, suspense, absurdos e bastante humor - destaque para a cena de perseguição que me fez rir como nenhum outro filme de comédia atual fez. Se JOHN WICK 4 aposta nas coreografias absurdas, estética linda e tiroteios infinitos, o filme de Tom Cruise aposta em algo mais explosivo, no suspense, nos exageros e naquela ação mentirosa dos anos 80/90. JW4 e MI7 estão lado a lado, quase idênticos em muitos aspectos (duração, astros de 60 anos, cenários marcantes, mulheres casca-grossa, ação no deserto, quedas - de um penhasco ou de uma escadaria - balada eletrônica e vilões que no fim dão uma forcinha). Agora é esperar MERCENÁRIOS, também com os astros das antigas, e poder fechar o ano com um exemplar trio de ação de 2023.
*Dica: John Wick 4 (2023)
A Noite das Vampiras
2.5 5 Assista AgoraCinema independente que homenageia os clássicos filmes B, entre eles, filmes de vampiro, UM DRINK NO INFERNO e até THE ROCKY HORROR PICTURE SHOW. É o tipo de produção que você imagina que, além do profissionalismo de toda equipe, houve também muita diversão durante as filmagens. O elenco é recheado de gente conhecida, como Liz Marins Liz Vamp , Nicole Puzzi , Alice Tarsitano , Debora Munhyz , Petter Baiestorf e mais um monte de gente. Trilha sonora por conta da banda Asteroides Trio e mais algumas apresentações, também com ótimas trilhas sonoras. Fiquem de olho nas próximas exibição e prestigiem o nosso cinema independente.
*Dica: Um Drink no Inferno (1996)
Questão de Honra
3.8 283 Assista AgoraFilme de tribunal repleto de suspense, especialmente por sua trilha sonora soturna que parece ter sido tirara de um filme de terror. Não há muito o que comentar das ótimas atuações durante o duelo verbal entre Tom Cruise e Jack Nicholson, cena que ficou marcada e é lembrada até hoje. Ótima sugestão para quem gosta de suspense, e mesmo para aqueles que não são tão chegados a filmes de tribunal, pode ver sem medo. Filmão!
Assista na HBO MAX Brasil
*Dica: Advogado do Diabo (1997)
Beau
3.1 11Curta metragem que deu origem ao novo filme de Ari Aster, BEAU IS AFRAID. A premissa é a mesma e envolve um homem que, ao esquecer de pegar seu fio dental, deixa a porta de casa aberta e, ao voltar, percebe que sua chave sumiu; a partir daí começa o pesadelo e o medo de ter sua casa invadida. Curta de 7 minutos que se transformou num filme de 3 horas repleto de maluquices. Vale a conferida, e conta com o mesmo ator do assombroso curta da "família Johnsons", do mesmo diretor.
Assista no site: Arquiveorg
*Dica: Beau is Afraid (2023)
O Punho do Condor
3.1 4Filme mais recente da dupla Espinoza/Zaror. Eu estava com a expectativa um pouco alta, esperando uma homenagem aos filmes de Kung Fu da década 70, com todo aquele malabarismo que o Marko Zaror proporciona, entregando ótimas sequências de luta. Infelizmente, o foco do longa não são as lutas. Dessa vez Espinoza parece ter deixado de lado aquele estilo mais frenético, bem-humorado, divertido e até mesmo brega, pois esse filme é calmo, e bota calma nisso, é quase uma meditação, com uma ou outra lutinha que não empolga muito. No início tudo dava indicios de que teríamos um embate Zaror Vs Zaror, pois ele tem um irmão gêmeo aqui, e eu fiquei no aguardo de algo parecido com o que já fizeram com JCVD ou Jet Li. O filme termina com uma proposta de que se tiver um segundo filme, aí sim a pancadaria vai acontecer.
*Dica: O Confronto (2001)
Tragam-me a Cabeça da Mulher Metralhadora
3.4 28Mais um filme Latinxploitation do Espinoza que eu estava devendo. Curtinho, com menos de 80 minutos, nos apresenta uma personagem Badass, um personagem bobão e muitos outros personagens perigosos- personagens até de mais para um filme tão curto. O ritmo é frenético e cômico, com uma trilha sonora empolgante e um estilo de filmagem inspirado no jogo GTA, incluindo as missões que o protagonista tem que cumprir, igual ao jogo, e os letreiros na tela indicando em que missão ele está e se foi completada ou não. Boa diversão com doses de sangue, tiros, sedução e humor.
*Dica: Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia (1973)
Kiltro
3.8 7Primeira parceria entre Espinoza e Zaror. Primeiramente preciso comentar o visual brega do Marko Zaror, os foras que ele leva da garota que ele gosta e a cena onde ele fica triste e sai correndo ao som de "Modern Love" do Bowie; são aqueles momentos perfeitos da Sétima Arte 😅. Para aqueles que buscam um bom filme de ação, ainda mais se tratando de Zaror no elenco, vai se decepcionar com sua introdução que não empolga, com cenas mais voltadas para o humor e praticamente nada de luta, exceto por um soquinho e um chute mixuruca aqui e ali; mas, se tiver paciência, mais pra frente as cenas de luta começam; não é lá aquelas coisas, comparando com REDEEMER, do mesmo diretor e ator, um baita filmaço, esse KILTRO é bem inferior, mas vale a conferida se você curte produções mais B, com referências à outros filmes, inclusive as trilhas dos Western. Uma boa diversão do Latinxploitation.
*Dica: Mirageman (2007)
O Segredo de Brokeback Mountain
3.9 2,2K Assista AgoraEu não fazia ideia do barulho que esse filme fez na época de seu lançamento, inclusive, sendo banido e criticado em alguns lugares; tudo isso centrado no romance entre o casal, sendo que há tanta coisa interessante no filme, mas o foco, infelizmente, acabou sendo nesse detalhe. Brokeback Mountain é retratada de forma belíssima, graças ao excelente trabalho de fotografia e enquadramento, onde a câmera é capaz de mostrar a calmaria daquele local, como se pudéssemos respirar o ar puro daquele lugar, sem falar na trilha sonora relaxante; trabalho incrível. Gyllenhaal e Ledger entregam performances gigantescas, conseguindo convencer tanto nas atuações do típico cowboy machão, como na atuação que envolve o romance entre os dois. Filmaço que muitos deveriam deixar de lado o olhar preconceituoso para poder apreciar um trabalho muito bem feito. Assista no StarPlus.
*Dica: Me Chame Pelo Seu Nome (2017)
Origem (2ª Temporada)
3.7 145Eu já achava que a primeira temporada se estendeu demais por 10 episódios, sem necessidade; aqui, repetem o mesmo erro; 10 episódios onde um é praticamente parecido com o outro, entregando um ou outro detalhe que não precisaria de um longo e exaustivo segmento de 50 minutos. Dois desses episódios (o 4 e o 5 se não me engano) não acontece absolutamente nada. E a série caminha assim, repetindo as mesmas coisas, enrolando, e percebe-se uma carência de entusiasmo por parte do elenco, parece que estão ali, forçando e torcendo pra que as gravações acabe logo. Novos personagens surgem, alguns pra nada, outros só pra irritar mesmo, e os mistérios se ampliam, mas não de forma genial, como TWIN PEAKS, por exemplo, que é uma loucura sem sentido mas que faz bem feito; aqui não, é só confuso mesmo. Passo longe da terceira temporada, isso se tiver. Assista no Globoplay.
*Dica: Twin Peaks (1990)
Fantasmas do Abismo
3.6 54Eu sempre fui fascinado pelo Titanic, desde quando vi o filme pela primeira vez entre 1998/1999, na clássica fita VHS dupla. Desde então, passei a pesquisar muito sobre o desastre ocorrido em 1912, pegando todos os trechos de revistas pra ler, que saiam aos montes depois que o filme foi lançado, e assistia os programas televisivos da TV aberta que contava a história do naufrágio, sem falar dos recortes com imagens do navio e do filme que eu colecionava; isso quando eu tinha entre 8/9 anos de idade, e até hoje, me impressiono com o filme do Cameron, imaginando como deve ter sido ver tamanho espetáculo na telona naquela época. Esse documentário mostra o fascínio de Cameron e de todos os envolvidos nessa experiência, e eu pude sentir, junto deles, o quão incrível e arrepiante foi encontrar um gigante daquele nas profundezas. Além de explorar o local, por vezes assustador, Cameron recria algumas cenas de como tudo poderia ter acontecido através de efeitos. Ótimo documentário, mais indicado para quem é fã do filme ou se interessa pelo evento. Assista na Netflix.
*Dica: Titanic (1997)
Hudson Hawk: O Falcão Está à Solta
3.1 80 Assista AgoraEu estava esperando um filme de ação típico estrelado por Bruce Willis, com algumas pitadas de humor, mas, o que eu encontrei foi algo totalmente diferente do que eu imaginava. Inicia-se séculos atrás, mostrando Leonardo da Vinci e suas invenções, e após isso, já nos anos 90, vemos um ladrão que precisa roubar algumas das invenções do polimata italiano; a partir daí é uma maluquice atrás da outra; um filme totalmente caricato, divertido e exagerado, às vezes até infantil. Indicado para quem procura uma diversão nonsense a cara dos anos 90. Assista na Netflix.
*Dica: Chumbo Grosso (2007)
Cidade Invisível (2ª Temporada)
3.4 184 Assista AgoraAproveitei a semana que se comemora o Dia do Cinema Nacional pra ver essa série. Melhora em alguns pontos, em comparação à primeira temporada, mas em outros é bem inferior, chegando a se parecer com uma novela. Tem seus personagens interessantes, principalmente os indígenas, mas boa parte do elenco parece apagado, sem falar que tem muitos momentos que não convencem nenhum pouco, como se não houvesse um entusiasmo por parte de toda a equipe. Infelizmente, não desceu pra mim, queria muito poder dizer o contrário, pois adoro o nosso folclore. Assista na Netflix.
*Dica: Mar Negro (2013)
V/H/S
3.0 748 Assista AgoraDiretores se unem nessa antologia de filmes de terror, entre eles, nomes como Ti West e Adam Wingard. Gostei da história sobre os amigos que filmam sua noite de curtição, entre bares, bebidas e mulheres; começa bem chato com a câmera balançando demais, mas logo o negócio vai ficando interessante, reservando um desfecho sangrento. A última história também é uma das melhores, tem um climão de filmes de casa assombrada e alguns efeitos CHAPOLIN que dão um charme. Outra história que poderia ser muito boa é a do casal que é filmado com a própria câmera enquanto dormem, mas o potencial se perde no decorrer da trama. De resto, nada de mais, histórias que não empolgam, incluindo a pior de todas, do casal que conversa via webcam.
Assista no PrimeVideo.
*Dica: Trick 'R Treat (2007)
Resgate 2
3.6 278Quem procura ação vai encontrar 3 ótimas cenas que não desagradam em nada. A primeira é um longo plano-sequência que, assim como no primeiro filme, passa por cenários diferentes, iniciando-se numa prisão, passando pelas ruas até chegar em um trem. A segunda cena é mais tiro e porrada, com momentos tensos em cima de um prédio - pra quem se apavora com gente brigando na ponta do último andar, vai perder o fôlego - apesar de mentirosa, a cena é bem boa. Por último e menos interessante, vem uma boa briga, só que esquecivel assim que termina. É isso, 3 boas cenas, o resto é totalmente descartável e se estende por pouco mais de duas horas, só pra preencher espaço. Se tiver com preguiça, veja apenas essas 3 cenas, na Netflix ou no YouTube, se já tiver, porque fora isso, não há nada do que perder, só um repeteco do sujeito que vai resgatar alguém.
*Dica: O Homem de Lugar Nenhum (2010)
Super Mario Bros.
1.8 434É até difícil imaginar que essa bizarrice tenta contar uma uma história do universo do game; parece que é qualquer outro filme, menos MARIO. A dupla Mario e Luigi é pavorosa, os cenários parecem ter sido tirados de filmes como o MAD MAX; somando tudo, parece um filme de Terror/Sci-fi/Pós-apocalíptico. Só que, o meu "bom gosto" pra filmes ruins fez com que eu me divertisse com tanto absurdo. 😅
*Dica: Street Fighter (1994)
Warrior (1ª Temporada)
4.1 50 Assista AgoraSérie baseada nos escritos de Bruce Lee, que foi meu principal interesse em assistir, além do nome de Joe Taslim no elenco, um dos meus atores favoritos dessa nova leva de filmes pancadaria. Encontrei mais do que eu esperava; além das boas brigas, que envolve artes marciais, gangues com machados, irlandeses brutamontes e chineses com aquelas longas tranças, a série tem boas tramas que se sustentam e não estão ali só pra preencher o vazio entre uma pancadaria e outra. Corrupção, politica, traição, servidão, prostituição, são só um dos temas, sem falar no alto nível de xenofobia durante o século XIX, onde você vai ver pessoas que são contra a escravidão sendo preconseituosas com os chineses, ou, "os amarelos que transmitem doenças", nas palavras dos personagens; são muitas reflexões. As lutas são bem coreografadas, mas me incomodaram de inicio, por serem muita escuras, como se tivessem sido filmadas por iluminação natural, pois boa parte das cenas são noturnas; acabei me acostumando e curti a experiência, como se a pancadaria ocorresse dentro de uma pintura Barroca. Um dos episódios é totalmente Western, envolve um bar, foras da lei e dinheiro escondido dentro de um cadáver no caixão. Falando em Western, a trilha de abertura é memorável, um espécie de Morricone com influências oriental. A série deixa a desejar ao entregar muitos personagens fodas, mas nenhum embate 100% de respeito, e eu acredito que é proposital, como se essa temporada fosse um preparativo, uma amostra do que está por vir nas próximas (espero que sim!).
A Separação
4.2 726 Assista AgoraUm filme sobre a separação de um casal, onde, logo no início, a câmera foca nos dois, sem cortes, e de cara já entendemos quem são, o motivo da separação, seus objetivos e suas dificuldades. Basta apenas essa abertura, que não deve durar nem 5 minutos, para o filme realmente começar sem precisar de mais explicações - grande acerto. E quando o longa começa, o que poderia ser apenas uma separação se torna um pesadelo; as coisas pioram a cada dia, e durante os infortúnios, vários temas são abordados, incluindo a religião, confiança, mentiras, estresse, sem falar dos personagens diversos, e aí temos o alzheimer, gravidez, roubo e desemprego, só pra citar os mais relevantes. As atuações impressionam tanto que dão a impressão de estarmos vendo um documentário, e o desfecho não poderia ter sido melhor, pois nos passa a agonia e a ansiedade daquele momento vivido pelos personagens. Filme maravilhoso, mas a pressão no peito é tanta que você não vê a hora de acabar para poder respirar.