Pense naqueles filmes B de ação que são lançados diretamente em video, no início dos anos 2000; Steve Cicco é isso, uma versão brasileira de tiro, porrada e bomba, feito de forma independente, sem grandes recursos mas, com o que mais importa: amor e vontade de fazer cinema! O "fodão" da vez é uma espécie de Steven Seagal com trajes que parecem ter saído de MATRIX. Apesar do baixo orçamento o filme aproveita diversos cenários da cidade de Jacareí, incluindo até cenas com helicóptero. O desfecho tem um plot twist bem decente, que me fez lembrar de um filme do final dos anos 90, com Jeff Bridges e Tim Robbins (falar o nome do filme é soltar um spoiler). Diversão garantida aos apreciadores de filmes B feito na raça. Assista no YouTube.
Eu estava sentindo falta de ver um épico que envolva romance e tragédia, daqueles que transmitem todo tipo de emoção em um só filme; drama, romance, humor, raiva, tristeza, paixão, e por aí vai; e esse aqui era um daqueles filmes que nunca dei bola, por imaginar que seria um romance bobo e melado; grande engano meu, pois tem, sim, aquele romance cliché, mas vai além, com uma ótima história de época, iniciando no começo do século passado, passando pela Primeira Guerra - meus momentos favoritos do filme -, pela Lei Seca e terminando nos anos 60. É o tipo de filme que te faz lembrar do passado, da vontade de assistir em família num fim de tarde, admirando a bela trilha sonora que encanta e as lindas paisagens dos campos. Filmão! Assista na Netflix.
Acredito que esse seja o filme mais sério que vi do Guy Ritchie, responsável por diversos filmes que equilibram doses de humor com muita ação. O longa começa com uma sutil cena de humor, uma brincadeira com o sargento que não quer ser chamado de Senhor, enquanto o outro personagem tem seu nome Ahmed confundido com Arquimedes; e essa é a única cena que tenta fazer piada, isso antes mesmo dos 5 minutos de filme; após isso, é uma mescla de drama com ação, com boas tomadas filmando as cenas de tiro, nos dando uma visão mais ampla do local em guerra, e cenas tensas que passam a sensação de que a qualquer momento tudo pode ir por água abaixo. Não é um filme perfeito, mas o resultado final não é nada decepcionante, ainda mais pelas ótimas composições da trilha sonora; é um filme que depois de alguns dias se tornará esquecível, mas vale uma conferida. Veja no PrimeVideo.
Refilmagem de um filme de Claude Chabrol, INFIDELIDADE é um thriller erótico que te prende desde o início, que deixa no ar uma atmosfera de suspense quando percebemos que o personagem de Richard Gere pode descobrir, a qualquer momento, que sua esposa está o traindo com um francês sedento por livros. A tensão é ótima, o roteiro vai bem de início, a trilha sonora - que poderia ter melodias mais voltada ao erotismo - vai por outro caminho e entrega notas melancólicas, que se encaixa muito bem devido as situações que vamos presenciar mais ao final do longa, mas, o que se sobressai é a atuação de Diane Lane, perfeita em seu papel, ora sensual, ora carismática, ora aventureira beirando uma adolescente descobrindo uma nova paixão; ela carrega todo o filme, tanto que na meia-hora final, quando Richard Gere se destaca e tem mais tempo em tela, você sente falta de ver mais da atuação de Lane. Filme muito bom, que excede e cansa nos momentos finais, mas que vale cada minuto até chegar ali. Assista na Netflix.
Dias atrás, pensando sobre o desfecho aberto e um tanto enigmático de FANTASMA 4, me deu vontade de reve-lo. Sempre achei esse o mais fraco (antes de ver o quinto filme), só que nessa revisão minhas impressões mudaram; eu já não considero o mais fraco da franquia, e sim, um filme único, sendo ele o mais diferente de todos; se o primeiro está mais para um horror sombrio e clássico, o segundo um horror 80s mais gráfico e voltado para o entretenimento - o meu favorito de todos -, e o terceiro filme já entra na zona do humor, aventura e ação, o quarto filme eu diria ser o mais sombrio e estranho, uma ficção de horror que poderia muito bem ter sido criada pela mente de David Lynch nos anos 90, pois em certos momentos desse quarto filme não pude deixar de pensar em ESTRADA PERDIDA, por causa das diversas cenas noturnas na estrada, das cenas que se repetem e a primeira vista não parece fazer sentido algum, e o seu desfecho que não vai pra lugar nenhum ao mesmo tempo que traz diversas reflexões e sentidos: "É só o vento, é apenas o vento". Um filmaço que utiliza cenas inéditas do primeiro filme em seus flashbacks, uma obra de arte do sinistro com enquadramentos medonhos - destaque pra cena que Mike lê dentro do carro fúnebre com os anões observando pelo lado de fora da janela, deveria virar um quadro. Desgosto da ideia de mostrar a origem do Tall Man, gosto dele como aquele ser misterioso dos filmes anteriores, um alienígena? Uma assombração? O próprio demônio? Um verdadeiro enigma! FANTASMA não é apenas um filme, é um fúnebre universo, único, diferente de tudo, que merecia ser mais explorado em livros, séries e spin off. Assista no YouTube.
De início, achei que iria me desapontar e achar que não era pra mim, mas depois de uns 3 episódios ficava cada vez mais ansioso pelo próximo. Ver 4 amigas curtindo a noite, em bares e festas, bebendo muito, saindo com muitos homens, se metendo em situações complicadas e engraçadas, dialogando sobre temas sérios mas também conversando sobre coisas idiotas, não é diferente de ver uma série sobre 4 homens em situações muito parecidas. O programa ainda traz à tona temas que lá no fim dos anos 90 não era tão comum assim, e faz isso de forma muito natural - já ganha muitos pontos positivos por isso; e os temas são diversos: sexualidade, empoderamento, fetiches, inseguranças, ciúme, casamento, solidão, consumismo, preconceito, machismo, religião, ménage, vibradores, bdsm e tantas outras coisas que só de escrever posso tomar um block dessa rede social. Favoritei, com certeza, e fico no aguardo de que as próximas temporadas sejam tão boas, leves, engraçadas e picantes como essa foi. Assista na HBO
Uma espécie de Slasher sem o famoso assassino matando jovens, e sim, um espirito que controla o computador de um spa/academia, tirando a vida daqueles que buscavam prolongá-la com os exercícios físicos. Filme pra não se levar a serio em nenhum momento, já que, com tantas mortes acontecendo no mesmo local e com detetives investigando, é de se espantar que o clube fitness continue funcionando normalmente, tendo até uma festinha a fantasia no final, festa essa responsável pela carnificina. Apesar de confuso, o resultado é bem agradável aos fãs do Horror 80s, com uma boa dosagem de sangue - na verdade, o sangue jorra bastante - efeitos práticos bem feitos e cenas toscas, como a dos restos mortais de um peixe que ataca um homem. Assista no YouTube.
Lançamento mais recente dentro do gênero Blaxploitation. Uma ficção cientifica que remete ELES VIVEM do John Carpenter. O trio de protagonistas descobrem uma conspiração governamental contra negros, bem debaixo da comunidade onde vivem, e entre doses de humor e mistério, eles vão tentar acabar com tudo isso. Gosto de como a câmera se movimenta pelos cenários, captando ambientes escuros iluminados por luzes de neon, numa fotografia granulada que tenta trazer o estilo dos Blaxploitation da década de 70. Apesar de ter esquecido de boa parte do filme após assistir, e de achar que poderia ser mais curto, com um desfecho não tão empolgante como eu achei que seria, vale a conferida, pois é um bom passatempo pra quem procura algo dentro do gênero com criticas ao racismo. Quando você achar que o filme acabou, vem uma cena final bem elaborada que ajuda a salvar o desfecho regular. Assista na Netflix.
Talvez esse seja o filme de reveillon mais maluco que existe. Bandas de rock se apresentam pra um bando de gente estranha, alcoolizadas e drogadas, dentre elas, hippies, headbangers, punks, motoqueiros, prostitutas, freiras e até gente com camisa de força. As bandas não ficam pra trás no quesito maluquices; tem banda de garotas que trazem um punk doidão no porta-malas do carro, tem o Malcolm McDowell como vocalista de uma banda esquisita, o tal Punk amarrado do porta-malas faz o show mais barulhento e sujo, e por aí vai, diversas apresentações de rock em um filme que não há um minuto de descanso, é uma doideira atrás da outra, uma piada sarcástica emendando uma safadeza, tudo em uma edição frenética e nonsense; destaque para as cenas de quando alguém toca no assunto de querer usar drogas, sempre surge um ser misterioso, meio androide, meio alienígena, meio cowboy, meio futurista, e abre uma maleta cheia de drogas para quem quiser usar. Filme sem noção que pode agradar muito quem curte umas loucuras que parece ter sido produzida à base de ácido e muito álcool.
O Primeiro episódio já é suficiente para nos prender, nos entregando praticamente tudo que precisamos saber dos diversos personagens, um pouco de seus passados, suas dores, traumas, objetivos e, ao fim desse primeiro episódio, uma pancada inesperada, e é aí que a série começa com seu objetivo principal, desvendar um mistério. Como de costume, em trabalhos assim, você desconfia de todos ao redor, mas a série se sai bem em entregar algumas surpresas, mesmo que você já tenha decifrado o enigma, vai ter surpresas mesmo assim. Todos os personagens são bem desenvolvidos, mas, Kate Winslet é A SÉRIE, entregando uma atuação de respeito e que me lembrou bastante de outra atuação que ela fez em AMMONITE. Uma série que é capaz de te conectar com pelo menos um dos personagens, já que temas diversos são abordados, e mais, para os apreciadores de cerveja, a série vai dar água na boca, pois a protagonista está sempre apreciando uma garrafa. Assista na HBOmax
O filme de James Cameron, de 1997, um dos meus filmes favoritos da vida, pode ser considerado um marco, com todo aquele trágico espetáculo que é ver o naufrágio do Titanic, mas, essa versão de 1958 não fica devendo muito para o que Cameron fez, inclusive, muitas das cenas e diálogos presentes aqui serviram de inspiração para o vencedor do Oscar da temporada de 97. Se Cameron dá um certo destaque aos personagens e num romance fictício, essa versão se 58 tem como destaque o desastre e apenas isso, o navio é o protagonista; com apenas 30 minutos de filme o iceberg entra em cena e o pavor começa. As cenas são maravilhosas, muito bem feitas para a época. Uma das coisas que difere do Titanic de Cameron é que aqui o navio não se parte ao meio, já que os destroços foram encontrados em 1985, confirmando-se o seu rompimento. Um filmaço!
Revisão de um dos meus favoritos que serve também como homenagem à Friedkin. Vencedor do Oscar naquela temporada. Uma das perseguições mais icônicas do cinema, e uma das minhas preferidas, ao lado de outra perseguição eletrizante de outro filme da mesma década chamado 60 SEGUNDOS. Friedkin nos mostra uma cidade suja e barulhenta, assim como seu personagem principal, um detetive desleixado, furioso e aparentemente perturbado. O filme é baseado em fatos e traz muita tensão, como a cena do metrô, que é de roer as unhas, de um entra e sai pelas portas do metrô que gera ansiedade; além disso, a perseguição a pé pelas ruas, que passa pelo metrô e pelas ruas movimentadas, com o carro em alta velocidade, é pra deixar qualquer um tenso e extremamente aliviado quando finalmente a perseguição termina. Um filmaço, com um desfecho que não poderia ser melhor. Assista na Star+
Se eu tivesse que escolher APENAS UM filme que mais me impactou na infância, certamente seria esse. Depois de assistir nunca mais fui o mesmo, pois foi a partir da experiência de ter visto esse filme que eu comecei a ter tanatofobia, um medo excessivo da morte, eu, uma criança de 10 anos, não parava de pensar nisso, acreditando que poderia morrer a qualquer momento e das formas mais estranhas. Revi diversas vezes, sempre atento aos detalhes que só engrandecem o filme. Revendo hoje, depois de mais de uma década sem assistir, é claro que achei muitos momentos bobinhos, e enxerguei o filme como um Horror Teen, ainda mais pela presença do Stifler no elenco. Também achei o final um tanto acelerado, a partir do momento em que a Morte persegue o casal protagonista com eletricidade, mas, até chegar ali, tudo é muito bem desenvolvido, com algumas falhas, claro, mas o suspense e o mistério - e as reflexões sobre morrer - estão de parabéns. A cena inicial deve ter deixado muita gente com medo de entrar em um avião, assim como o segundo filme, na espetacular abertura na estrada, deve ter gerado traumas em quem dirige. Datado ou não, ainda considero um baita de um filmaço, reflexivo, assustador, inteligente, cruel, divertido, nostálgico e um dos poucos filmes que levam nota máxima meu ranking de avaliações; nota 10. Assista na HBO Max Brasil
Existe dois filmes com o mesmo título, praticamente lançados no mesmo ano, o que eu assisti é o mais conhecido, com o astro dos filmes B de Kung Fu dos anos 80, Billy Chong. Aqui o bom de briga enfrenta zumbis que saltam da sepultura após um maluco feiticeiro ressucitá-los. Já vi filmes melhores nesse estilo, mas vale a conferida pelas cenas de luta (que se não me engano pegaram de outros filmes do ator, já que alguns momentos parecem não ter nenhuma conexão com o filme). Tem momentos de humor bem bobo, mas no geral diverte. Assista no YouTube (legendas em espanhol)
o filme imperfeito mais perfeito do mundo; o meu filme favorito de toda a vida. Vi a versão dublada dessa vez, e numa cena específica, que é uma das mais assustadoras, o nível cai e muito na versão dublada; a cena é quando Ash arrasta Linda para fora da cabana enquanto ela se contorce toda, sendo arrastada pela escada e em seguida pelas folhas caídas no chão, onde lá fora reina a escuridão e uma sutil névoa; a iluminação foca apenas nos corpos de Ash e de Linda que grita palavras com sua voz tenebrosa e rasgada, numa cena medonha digna de um filme de exorcismo. Raimi trabalha muito bem na hora de posicionar a sua câmera, é como se cada cena ou movimento fosse muito bem pensado: a serra ligada ao lado da lampada, os pés de Ash passando por cima da cova com o corpo de Linda ao fundo e uma cruz de madeira, o carro avistado pela janela onde a névoa se movimenta como se fosse um ser maligno. Outra coisa que chama atenção é a qualidade da coloração do sangue, muito vibrante em um filme onde tudo é escuro e de tons marrom, e o sangue se destaca de uma forma que parece até real; pegue pinturas de Caravaggio, por exemplo, e veja como cenas de EVIL DEAD se enquadram como uma obra de arte sombria, um exemplo é a cena em que Ash e Scotty carregam um corpo mutilado, dentro dum lençol branco vazando sangue, com o vermelho se destacando. Esse sim é um filme que sabe usar jumpscares; pode colocar o filme pra uma pessoa que nunca viu e observe, pelo menos uns 10 sustos ela vai tomar, porque Raimi sabe como fazer isso e não usa de trilha sonora que acusa que um susto está pra acontecer. Raimi ainda abre espaço pra brincar de casa mal-assombrada, com portas que abrem sozinhas, paredes que derramam sangue, vitrola que toca música por conta própria e espelhos que se transformam em poças da água. Campbell brilha pouco no início do filme, parece até que Scotty será o protagonista, e no fim, Campbell dá um show de interpretação de um sujeito à beira da loucura, assustado e com garra, lutando por sua vida até quando tudo parece estar apodrecendo sem chances de sobreviver. Arte quando bem feita não enjoa, a cada ano, amadurecimento ou um nível maior de conhecimento, faz com que uma revisão, seja no cinema, literatura, música ou pintura, entregue algo único, onde cada vez você presta atenção em detalhes que antes não notava. Assista na HBO Max Brasil
Uma das coisas mais inúteis na vida é tentar compreender esse filme; imagine que um alienígena veio para terra e tomou posse do cérebro do Jodorowsky, Lynch, Cronenberg, Buñuel, todos embriagados e drogados, e decidiu fazer um filme em Hong Kong, primeiramente de Kung Fu, mas logo os efeitos insanos de tantos cérebros malucos fizeram do filme de porrada uma das maiores aberrações cinematográficas. A trama é simples, mas, entender o que se passa em cada cena é tarefa difícil. Pra tentar exemplificar, é como os duelos do Yu-Gi-Oh!, cada duelista fica de um lado e lançam cartas, liberando monstros para o combate; nesse filme não é diferente, feiticeiros e budistas lançam suas "cartas" liberando criaturas para a batalha, e é aí que entra gore atrás de gore, gosma, vermes, insetos, crânios, ossos e corpos putrefatos. Tem gente vomitando cobra, cuspindo em morcegos mortos, gente abrindo um jacaré para enfiar uma múmia dentro que mais tarde vai ressurgir como uma mulher diabólica, cabeça de extraterrestre flutuante que chicoteia e enforca com uma tripinha que sai do pescoço e mais, muito mais. Tente imaginar um quadro todo borrado de todas as coisas sujas e podres e coloridas do mundo: é esse filme! Uma maravilha para mentes não tão normais 😅 Assista no YouTube.
Com as novas notícias de que a nova série do Flanagan está chegando, fui atrás de ver logo essa aqui que eu estava devendo. Diferente da anterior, RESIDÊNCIA HILL, A Mansão Bly foca menos nos sustos e nas aparições de fantasmas - claro que aqui tem tudo isso, só que bem menos que a série anterior. O primeiro episódio me prendeu imediatamente, as atuações, principalmente das crianças, são de se admirar, e a estética é um primor, nos levando realmente a uma época mais antiga. Até hoje não li A VOLTA DO PARAFUSO, mas vi os filmes que se inspiraram no livro, e julgando pelos filmes que vi, a série parece ter acertado. Depois de uns 3 EP o ritmo cai bastante, mas ainda assim não pude desgostar do que estava vendo em nenhum momento. Como a própria personagem da série diz, não é uma história de fantasmas, e sim, uma história de amor, e eu ainda acrescentaria que é sobre os amores mortos, a dor do luto, pois o clima melancólico se faz presente durante os 9 episódios. Assista na Netflix
Esse foi o primeiro filme que vi do Jason, lembro até hoje do dia em que um vizinho dos meus pais levou o VHS para a gente assistir, quando eu tinha entre 7/8 anos de idade. Virei fã do mascarado a partir dali. Revi várias vezes, sendo a última revisão quando passou na TV, isso quando eu já tinha uns 15 anos. Após minha fase adulta vi muita gente, principalmente nas redes sociais, postando sobre o filme, detonando-o de tão ruim que ele é, e eu pensava toda vez que lia as criticas: "Não é pra tanto". Revi ontem, depois de TANTO TEMPO, e agora concordo, o filme é ridículo, que absurdo o que inventaram com a franquia, é muito RUIM. O Jason retornando no final, depois de possuir o corpo de uma garçonete, e.... retornando com máscara e tudo!!!!!! Hahahahhaha é muita falta de noção uma coisa dessas, e é exatamente por isso que eu continuo adorando esse FILMAÇO! Uma esquisitice nonsense, com um gore caprichado, com o Jason dando as caras só nos minutos finais, com policiais possuídos matando geral, gente derretendo, monstrinho tosco de fantoche e até a presença do Necronomicom em uma cena, e mais, um caixote escrito Julia Carpenter que também aparece em CREEPSHOW. É aqui que o filme termina com uma pequena participação do Freddy krueger, já dando sinais de que um filme entre os dois poderia acontecer. Não tem jeito, continuo gostando dessa desgrama horrível. Assista na HBO MAX Brasil
Sem dúvidas, ROCKY é o filme mais alto astral que existe; é o tipo de filme que pode te impulsionar a levantar, seja para acabar com o sedentarismo, começar um esporte ou apenas sair do sofá e viver melhor, se cuidar. O treinamento do boxeador, junto da clássica trilha sonora, é capaz de deixar qualquer um, nem que seja 1%, com vontade de botar o corpo pra trabalhar; e essa versão de 2006 faz isso tão bem quanto as anteriores. Ainda prefiro o filme de 1976 como o meu favorito, mas logo em seguida fecho a trinca com o quarto filme e essa versão mais recente. Aqui, temos um ROCKY mais velho, que cuida de um restaurante, que sente uma enorme vontade de voltar aos ringues, e faz isso, treinando pesado sem se importar com a idade ou com que os outros dizem. Um grande acerto é o seu rival, que não é uma ameaça, um vilão, apenas um jovem que quer enfrentar um oponente de peso, e por isso, não existe uma trama envolvendo a rixa entre ambos, é apenas esporte. Esse filme foi um grande retorno. Assista no PrimeVideo.
Uma quarta temporada, sendo ela a última para encerrar de vez a série, se elevar à um nível que não estamos acostumados a ver, já que muitas delas perdem a força a cada nova temporada, é de aplaudir em pé. Muitos estão considerando essa a melhor temporada, já eu, não consigo escolher qual das quatro é a melhor de tão arrebatadora que, não só cada temporada é, mas cada episódio é. Não é à toa que esteja recebendo tantos prêmios, e é o nome mais forte para vencer o Emmy 2023, com 27 indicações. Sinto-me extremamente satisfeito por ter maratonado, durante 4 semanas, essa obra de arte, e agora, com o fim dela, já começo a sentir falta daquelas rostos, das tramas, e até de torcer por um deles, mesmo que inconscientemente, já que eu queria mesmo é todos ali explodissem, mas o roteiro é tão bom que quando você percebe já se tornou "amigo" dos personagens. Assista na HBO MAX Brasil
Filme do Acre que, diferente do que estamos acostumados a ver, situa-se na área urbana, mas ainda assim, tem suas cenas na floresta e personagens indígenas que compõem os meus momentos favoritos do longa. Gostei das atuações de boa parte do elenco, envolvidos em tramas com tráfico, vícios, melancolia, família e arte. Um filme que quando termina te obriga a refletir, ainda mais pelo seu título e o desfecho com uma ótima canção nacional. Vale a conferida. Assista na Netflix
Eu resumiria esse filme com uma imagem famosa da internet, onde do lado esquerdo temos o pé de uma bailarina no sapatinho, e do lado direito, o pé descalço todo machucado, com sangue e unha quebrada. Fama e beleza, aplausos e números incríveis, mas, por trás disso, a destruição, uma vida de infernos. Acompanhamos a vida de Tonya, desde a infância traumática até a vida adulta, também traumática, ao lado de uma mãe maluca e um namorado abusivo. Filme muito tenso que só consegue amenizar os estragos que vemos na tela quando a trilha sonora contagiante entra em campo - E QUE TRILHA! Assista na Netflix
Assistir a esse filme é como voltar à época da pandemia de Covid. As situações do filme, desde o início do surto até os grandes estragos, são bem idênticos ao que passamos - o que não poderia ser diferente em qualquer outra pandemia global. O isolamento, as dúvidas, o tumulto nos supermercados e, claro, o negacionismo, que fica por conta do personagem de Jude Law, que tem um extenso número se seguidores nas redes sociais, e ele é responsável por fazer com que muitos de seus seguidores espalhem que existe um remédio mais eficaz que a vacina. O filme começa a partir do "Dia 2" do surto, fechando com o "Dia 1" em seu desfecho de forma bem satisfatória. Ver enormes terrenos com centenas de covas abertas com os corpos sendo agrupados, trouxe à tona uma enorme sensação ruim, já que a ficção filmada em 2011 se repetiu de forma real anos depois, nada diferente do que vimos nos jornais durante essa época.
O último episódio da segunda temporada encerra de forma genial, fazendo com que a terceira temporada se inicie de forma frenética, exatamente de onde a temporada anterior tinha parado; correria pra todo lado. E aqui, o foco se mantém no embate entre pai e filho, e é especialmente nessa temporada que tomamos conta do enorme poder que o patriarca tem, inclusive, até no envolvimento com a politica e o presidente; um velho difícil de derrubar. Essa temporada vem mais recheada de diálogos potentes e muitos palavrões, que excedem os das temporadas anteriores. Mais uma obra de arte, repugnante, mostrando a cada episódio que não é possível ter empatia por nenhum desses personagens. O último episódio inicia-se de forma leve, repleto de piadinhas entre os irmãos, o que acaba divertindo muito, mas o seu desfecho, com o Kendall desabando no choro e dizendo que está destruído, com um enorme vazio por dentro, é de arrepiar, só quem já passou por algo parecido pode, de fato, sentir o peso dessa cena e entender o quanto a atuação "simples" e realista do ator é capaz de transmitir realmente como é sentir que nada faz sentido. Assista na HBO MAX Brasil
Steve Cicco - Primeira Missão
4.1 6Pense naqueles filmes B de ação que são lançados diretamente em video, no início dos anos 2000; Steve Cicco é isso, uma versão brasileira de tiro, porrada e bomba, feito de forma independente, sem grandes recursos mas, com o que mais importa: amor e vontade de fazer cinema! O "fodão" da vez é uma espécie de Steven Seagal com trajes que parecem ter saído de MATRIX. Apesar do baixo orçamento o filme aproveita diversos cenários da cidade de Jacareí, incluindo até cenas com helicóptero. O desfecho tem um plot twist bem decente, que me fez lembrar de um filme do final dos anos 90, com Jeff Bridges e Tim Robbins (falar o nome do filme é soltar um spoiler). Diversão garantida aos apreciadores de filmes B feito na raça.
Assista no YouTube.
*Dica: Quem Matou o Capitão Alex? (2010)
Lendas da Paixão
3.8 544 Assista AgoraEu estava sentindo falta de ver um épico que envolva romance e tragédia, daqueles que transmitem todo tipo de emoção em um só filme; drama, romance, humor, raiva, tristeza, paixão, e por aí vai; e esse aqui era um daqueles filmes que nunca dei bola, por imaginar que seria um romance bobo e melado; grande engano meu, pois tem, sim, aquele romance cliché, mas vai além, com uma ótima história de época, iniciando no começo do século passado, passando pela Primeira Guerra - meus momentos favoritos do filme -, pela Lei Seca e terminando nos anos 60. É o tipo de filme que te faz lembrar do passado, da vontade de assistir em família num fim de tarde, admirando a bela trilha sonora que encanta e as lindas paisagens dos campos. Filmão! Assista na Netflix.
*Dica: Dança com Lobos (1990)
O Pacto
3.9 242 Assista AgoraAcredito que esse seja o filme mais sério que vi do Guy Ritchie, responsável por diversos filmes que equilibram doses de humor com muita ação. O longa começa com uma sutil cena de humor, uma brincadeira com o sargento que não quer ser chamado de Senhor, enquanto o outro personagem tem seu nome Ahmed confundido com Arquimedes; e essa é a única cena que tenta fazer piada, isso antes mesmo dos 5 minutos de filme; após isso, é uma mescla de drama com ação, com boas tomadas filmando as cenas de tiro, nos dando uma visão mais ampla do local em guerra, e cenas tensas que passam a sensação de que a qualquer momento tudo pode ir por água abaixo. Não é um filme perfeito, mas o resultado final não é nada decepcionante, ainda mais pelas ótimas composições da trilha sonora; é um filme que depois de alguns dias se tornará esquecível, mas vale uma conferida. Veja no PrimeVideo.
*Dica: Sniper Americano (2014)
Infidelidade
3.4 483 Assista AgoraRefilmagem de um filme de Claude Chabrol, INFIDELIDADE é um thriller erótico que te prende desde o início, que deixa no ar uma atmosfera de suspense quando percebemos que o personagem de Richard Gere pode descobrir, a qualquer momento, que sua esposa está o traindo com um francês sedento por livros. A tensão é ótima, o roteiro vai bem de início, a trilha sonora - que poderia ter melodias mais voltada ao erotismo - vai por outro caminho e entrega notas melancólicas, que se encaixa muito bem devido as situações que vamos presenciar mais ao final do longa, mas, o que se sobressai é a atuação de Diane Lane, perfeita em seu papel, ora sensual, ora carismática, ora aventureira beirando uma adolescente descobrindo uma nova paixão; ela carrega todo o filme, tanto que na meia-hora final, quando Richard Gere se destaca e tem mais tempo em tela, você sente falta de ver mais da atuação de Lane. Filme muito bom, que excede e cansa nos momentos finais, mas que vale cada minuto até chegar ali.
Assista na Netflix.
*Dica: 9 e Meia Semanas de Amor (1986)
Fantasma IV: O Pesadelo Continua
3.0 46Dias atrás, pensando sobre o desfecho aberto e um tanto enigmático de FANTASMA 4, me deu vontade de reve-lo. Sempre achei esse o mais fraco (antes de ver o quinto filme), só que nessa revisão minhas impressões mudaram; eu já não considero o mais fraco da franquia, e sim, um filme único, sendo ele o mais diferente de todos; se o primeiro está mais para um horror sombrio e clássico, o segundo um horror 80s mais gráfico e voltado para o entretenimento - o meu favorito de todos -, e o terceiro filme já entra na zona do humor, aventura e ação, o quarto filme eu diria ser o mais sombrio e estranho, uma ficção de horror que poderia muito bem ter sido criada pela mente de David Lynch nos anos 90, pois em certos momentos desse quarto filme não pude deixar de pensar em ESTRADA PERDIDA, por causa das diversas cenas noturnas na estrada, das cenas que se repetem e a primeira vista não parece fazer sentido algum, e o seu desfecho que não vai pra lugar nenhum ao mesmo tempo que traz diversas reflexões e sentidos: "É só o vento, é apenas o vento". Um filmaço que utiliza cenas inéditas do primeiro filme em seus flashbacks, uma obra de arte do sinistro com enquadramentos medonhos - destaque pra cena que Mike lê dentro do carro fúnebre com os anões observando pelo lado de fora da janela, deveria virar um quadro. Desgosto da ideia de mostrar a origem do Tall Man, gosto dele como aquele ser misterioso dos filmes anteriores, um alienígena? Uma assombração? O próprio demônio? Um verdadeiro enigma! FANTASMA não é apenas um filme, é um fúnebre universo, único, diferente de tudo, que merecia ser mais explorado em livros, séries e spin off.
Assista no YouTube.
*Dica: Estrada Perdida (1997)
Sex and the City (1ª Temporada)
4.3 201 Assista AgoraDe início, achei que iria me desapontar e achar que não era pra mim, mas depois de uns 3 episódios ficava cada vez mais ansioso pelo próximo. Ver 4 amigas curtindo a noite, em bares e festas, bebendo muito, saindo com muitos homens, se metendo em situações complicadas e engraçadas, dialogando sobre temas sérios mas também conversando sobre coisas idiotas, não é diferente de ver uma série sobre 4 homens em situações muito parecidas. O programa ainda traz à tona temas que lá no fim dos anos 90 não era tão comum assim, e faz isso de forma muito natural - já ganha muitos pontos positivos por isso; e os temas são diversos: sexualidade, empoderamento, fetiches, inseguranças, ciúme, casamento, solidão, consumismo, preconceito, machismo, religião, ménage, vibradores, bdsm e tantas outras coisas que só de escrever posso tomar um block dessa rede social. Favoritei, com certeza, e fico no aguardo de que as próximas temporadas sejam tão boas, leves, engraçadas e picantes como essa foi. Assista na HBO
Spa Diabólico
2.5 19Uma espécie de Slasher sem o famoso assassino matando jovens, e sim, um espirito que controla o computador de um spa/academia, tirando a vida daqueles que buscavam prolongá-la com os exercícios físicos. Filme pra não se levar a serio em nenhum momento, já que, com tantas mortes acontecendo no mesmo local e com detetives investigando, é de se espantar que o clube fitness continue funcionando normalmente, tendo até uma festinha a fantasia no final, festa essa responsável pela carnificina. Apesar de confuso, o resultado é bem agradável aos fãs do Horror 80s, com uma boa dosagem de sangue - na verdade, o sangue jorra bastante - efeitos práticos bem feitos e cenas toscas, como a dos restos mortais de um peixe que ataca um homem. Assista no YouTube.
*Dica: Corrosão: Ameaça em seu Corpo (1993)
Clonaram Tyrone!
3.4 83 Assista AgoraLançamento mais recente dentro do gênero Blaxploitation. Uma ficção cientifica que remete ELES VIVEM do John Carpenter. O trio de protagonistas descobrem uma conspiração governamental contra negros, bem debaixo da comunidade onde vivem, e entre doses de humor e mistério, eles vão tentar acabar com tudo isso. Gosto de como a câmera se movimenta pelos cenários, captando ambientes escuros iluminados por luzes de neon, numa fotografia granulada que tenta trazer o estilo dos Blaxploitation da década de 70. Apesar de ter esquecido de boa parte do filme após assistir, e de achar que poderia ser mais curto, com um desfecho não tão empolgante como eu achei que seria, vale a conferida, pois é um bom passatempo pra quem procura algo dentro do gênero com criticas ao racismo. Quando você achar que o filme acabou, vem uma cena final bem elaborada que ajuda a salvar o desfecho regular. Assista na Netflix.
*Dica: Eles Vivem (1988)
No Limite da Loucura
3.5 10Talvez esse seja o filme de reveillon mais maluco que existe. Bandas de rock se apresentam pra um bando de gente estranha, alcoolizadas e drogadas, dentre elas, hippies, headbangers, punks, motoqueiros, prostitutas, freiras e até gente com camisa de força. As bandas não ficam pra trás no quesito maluquices; tem banda de garotas que trazem um punk doidão no porta-malas do carro, tem o Malcolm McDowell como vocalista de uma banda esquisita, o tal Punk amarrado do porta-malas faz o show mais barulhento e sujo, e por aí vai, diversas apresentações de rock em um filme que não há um minuto de descanso, é uma doideira atrás da outra, uma piada sarcástica emendando uma safadeza, tudo em uma edição frenética e nonsense; destaque para as cenas de quando alguém toca no assunto de querer usar drogas, sempre surge um ser misterioso, meio androide, meio alienígena, meio cowboy, meio futurista, e abre uma maleta cheia de drogas para quem quiser usar. Filme sem noção que pode agradar muito quem curte umas loucuras que parece ter sido produzida à base de ácido e muito álcool.
*Dica: Liquid Sky (1982)
Mare of Easttown
4.4 656 Assista AgoraO Primeiro episódio já é suficiente para nos prender, nos entregando praticamente tudo que precisamos saber dos diversos personagens, um pouco de seus passados, suas dores, traumas, objetivos e, ao fim desse primeiro episódio, uma pancada inesperada, e é aí que a série começa com seu objetivo principal, desvendar um mistério. Como de costume, em trabalhos assim, você desconfia de todos ao redor, mas a série se sai bem em entregar algumas surpresas, mesmo que você já tenha decifrado o enigma, vai ter surpresas mesmo assim. Todos os personagens são bem desenvolvidos, mas, Kate Winslet é A SÉRIE, entregando uma atuação de respeito e que me lembrou bastante de outra atuação que ela fez em AMMONITE. Uma série que é capaz de te conectar com pelo menos um dos personagens, já que temas diversos são abordados, e mais, para os apreciadores de cerveja, a série vai dar água na boca, pois a protagonista está sempre apreciando uma garrafa.
Assista na HBOmax
*Dica: True Detective (2014)
Somente Deus Por Testemunha
4.0 52O filme de James Cameron, de 1997, um dos meus filmes favoritos da vida, pode ser considerado um marco, com todo aquele trágico espetáculo que é ver o naufrágio do Titanic, mas, essa versão de 1958 não fica devendo muito para o que Cameron fez, inclusive, muitas das cenas e diálogos presentes aqui serviram de inspiração para o vencedor do Oscar da temporada de 97. Se Cameron dá um certo destaque aos personagens e num romance fictício, essa versão se 58 tem como destaque o desastre e apenas isso, o navio é o protagonista; com apenas 30 minutos de filme o iceberg entra em cena e o pavor começa. As cenas são maravilhosas, muito bem feitas para a época. Uma das coisas que difere do Titanic de Cameron é que aqui o navio não se parte ao meio, já que os destroços foram encontrados em 1985, confirmando-se o seu rompimento. Um filmaço!
Operação França
3.9 254 Assista AgoraRevisão de um dos meus favoritos que serve também como homenagem à Friedkin. Vencedor do Oscar naquela temporada. Uma das perseguições mais icônicas do cinema, e uma das minhas preferidas, ao lado de outra perseguição eletrizante de outro filme da mesma década chamado 60 SEGUNDOS. Friedkin nos mostra uma cidade suja e barulhenta, assim como seu personagem principal, um detetive desleixado, furioso e aparentemente perturbado. O filme é baseado em fatos e traz muita tensão, como a cena do metrô, que é de roer as unhas, de um entra e sai pelas portas do metrô que gera ansiedade; além disso, a perseguição a pé pelas ruas, que passa pelo metrô e pelas ruas movimentadas, com o carro em alta velocidade, é pra deixar qualquer um tenso e extremamente aliviado quando finalmente a perseguição termina. Um filmaço, com um desfecho que não poderia ser melhor. Assista na Star+
*Dica: 60 Segundos (1974)
Premonição
3.3 1,2K Assista AgoraSe eu tivesse que escolher APENAS UM filme que mais me impactou na infância, certamente seria esse. Depois de assistir nunca mais fui o mesmo, pois foi a partir da experiência de ter visto esse filme que eu comecei a ter tanatofobia, um medo excessivo da morte, eu, uma criança de 10 anos, não parava de pensar nisso, acreditando que poderia morrer a qualquer momento e das formas mais estranhas. Revi diversas vezes, sempre atento aos detalhes que só engrandecem o filme. Revendo hoje, depois de mais de uma década sem assistir, é claro que achei muitos momentos bobinhos, e enxerguei o filme como um Horror Teen, ainda mais pela presença do Stifler no elenco. Também achei o final um tanto acelerado, a partir do momento em que a Morte persegue o casal protagonista com eletricidade, mas, até chegar ali, tudo é muito bem desenvolvido, com algumas falhas, claro, mas o suspense e o mistério - e as reflexões sobre morrer - estão de parabéns. A cena inicial deve ter deixado muita gente com medo de entrar em um avião, assim como o segundo filme, na espetacular abertura na estrada, deve ter gerado traumas em quem dirige. Datado ou não, ainda considero um baita de um filmaço, reflexivo, assustador, inteligente, cruel, divertido, nostálgico e um dos poucos filmes que levam nota máxima meu ranking de avaliações; nota 10.
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*Dica: Na Hora Da Zona Morta (1983)
Kung Fu Zombie
3.1 14Existe dois filmes com o mesmo título, praticamente lançados no mesmo ano, o que eu assisti é o mais conhecido, com o astro dos filmes B de Kung Fu dos anos 80, Billy Chong. Aqui o bom de briga enfrenta zumbis que saltam da sepultura após um maluco feiticeiro ressucitá-los. Já vi filmes melhores nesse estilo, mas vale a conferida pelas cenas de luta (que se não me engano pegaram de outros filmes do ator, já que alguns momentos parecem não ter nenhuma conexão com o filme). Tem momentos de humor bem bobo, mas no geral diverte.
Assista no YouTube (legendas em espanhol)
*Dica: Close Encounters of the Spooky Kind (1980)
Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio
3.8 1,4K Assista Agorao filme imperfeito mais perfeito do mundo; o meu filme favorito de toda a vida. Vi a versão dublada dessa vez, e numa cena específica, que é uma das mais assustadoras, o nível cai e muito na versão dublada; a cena é quando Ash arrasta Linda para fora da cabana enquanto ela se contorce toda, sendo arrastada pela escada e em seguida pelas folhas caídas no chão, onde lá fora reina a escuridão e uma sutil névoa; a iluminação foca apenas nos corpos de Ash e de Linda que grita palavras com sua voz tenebrosa e rasgada, numa cena medonha digna de um filme de exorcismo. Raimi trabalha muito bem na hora de posicionar a sua câmera, é como se cada cena ou movimento fosse muito bem pensado: a serra ligada ao lado da lampada, os pés de Ash passando por cima da cova com o corpo de Linda ao fundo e uma cruz de madeira, o carro avistado pela janela onde a névoa se movimenta como se fosse um ser maligno. Outra coisa que chama atenção é a qualidade da coloração do sangue, muito vibrante em um filme onde tudo é escuro e de tons marrom, e o sangue se destaca de uma forma que parece até real; pegue pinturas de Caravaggio, por exemplo, e veja como cenas de EVIL DEAD se enquadram como uma obra de arte sombria, um exemplo é a cena em que Ash e Scotty carregam um corpo mutilado, dentro dum lençol branco vazando sangue, com o vermelho se destacando. Esse sim é um filme que sabe usar jumpscares; pode colocar o filme pra uma pessoa que nunca viu e observe, pelo menos uns 10 sustos ela vai tomar, porque Raimi sabe como fazer isso e não usa de trilha sonora que acusa que um susto está pra acontecer. Raimi ainda abre espaço pra brincar de casa mal-assombrada, com portas que abrem sozinhas, paredes que derramam sangue, vitrola que toca música por conta própria e espelhos que se transformam em poças da água. Campbell brilha pouco no início do filme, parece até que Scotty será o protagonista, e no fim, Campbell dá um show de interpretação de um sujeito à beira da loucura, assustado e com garra, lutando por sua vida até quando tudo parece estar apodrecendo sem chances de sobreviver. Arte quando bem feita não enjoa, a cada ano, amadurecimento ou um nível maior de conhecimento, faz com que uma revisão, seja no cinema, literatura, música ou pintura, entregue algo único, onde cada vez você presta atenção em detalhes que antes não notava.
Assista na HBO Max Brasil
The Boxer's Omen
3.6 27Uma das coisas mais inúteis na vida é tentar compreender esse filme; imagine que um alienígena veio para terra e tomou posse do cérebro do Jodorowsky, Lynch, Cronenberg, Buñuel, todos embriagados e drogados, e decidiu fazer um filme em Hong Kong, primeiramente de Kung Fu, mas logo os efeitos insanos de tantos cérebros malucos fizeram do filme de porrada uma das maiores aberrações cinematográficas. A trama é simples, mas, entender o que se passa em cada cena é tarefa difícil. Pra tentar exemplificar, é como os duelos do Yu-Gi-Oh!, cada duelista fica de um lado e lançam cartas, liberando monstros para o combate; nesse filme não é diferente, feiticeiros e budistas lançam suas "cartas" liberando criaturas para a batalha, e é aí que entra gore atrás de gore, gosma, vermes, insetos, crânios, ossos e corpos putrefatos. Tem gente vomitando cobra, cuspindo em morcegos mortos, gente abrindo um jacaré para enfiar uma múmia dentro que mais tarde vai ressurgir como uma mulher diabólica, cabeça de extraterrestre flutuante que chicoteia e enforca com uma tripinha que sai do pescoço e mais, muito mais. Tente imaginar um quadro todo borrado de todas as coisas sujas e podres e coloridas do mundo: é esse filme! Uma maravilha para mentes não tão normais 😅
Assista no YouTube.
*Dica: A Montanha Sagrada (1973)
A Maldição da Mansão Bly
3.9 924 Assista AgoraCom as novas notícias de que a nova série do Flanagan está chegando, fui atrás de ver logo essa aqui que eu estava devendo. Diferente da anterior, RESIDÊNCIA HILL, A Mansão Bly foca menos nos sustos e nas aparições de fantasmas - claro que aqui tem tudo isso, só que bem menos que a série anterior. O primeiro episódio me prendeu imediatamente, as atuações, principalmente das crianças, são de se admirar, e a estética é um primor, nos levando realmente a uma época mais antiga. Até hoje não li A VOLTA DO PARAFUSO, mas vi os filmes que se inspiraram no livro, e julgando pelos filmes que vi, a série parece ter acertado. Depois de uns 3 EP o ritmo cai bastante, mas ainda assim não pude desgostar do que estava vendo em nenhum momento. Como a própria personagem da série diz, não é uma história de fantasmas, e sim, uma história de amor, e eu ainda acrescentaria que é sobre os amores mortos, a dor do luto, pois o clima melancólico se faz presente durante os 9 episódios.
Assista na Netflix
*Dica: A Maldição da Residência Hill (2018)
Jason Vai Para o Inferno: A Última Sexta-Feira
2.3 349 Assista AgoraEsse foi o primeiro filme que vi do Jason, lembro até hoje do dia em que um vizinho dos meus pais levou o VHS para a gente assistir, quando eu tinha entre 7/8 anos de idade. Virei fã do mascarado a partir dali. Revi várias vezes, sendo a última revisão quando passou na TV, isso quando eu já tinha uns 15 anos. Após minha fase adulta vi muita gente, principalmente nas redes sociais, postando sobre o filme, detonando-o de tão ruim que ele é, e eu pensava toda vez que lia as criticas: "Não é pra tanto". Revi ontem, depois de TANTO TEMPO, e agora concordo, o filme é ridículo, que absurdo o que inventaram com a franquia, é muito RUIM. O Jason retornando no final, depois de possuir o corpo de uma garçonete, e.... retornando com máscara e tudo!!!!!! Hahahahhaha é muita falta de noção uma coisa dessas, e é exatamente por isso que eu continuo adorando esse FILMAÇO! Uma esquisitice nonsense, com um gore caprichado, com o Jason dando as caras só nos minutos finais, com policiais possuídos matando geral, gente derretendo, monstrinho tosco de fantoche e até a presença do Necronomicom em uma cena, e mais, um caixote escrito Julia Carpenter que também aparece em CREEPSHOW. É aqui que o filme termina com uma pequena participação do Freddy krueger, já dando sinais de que um filme entre os dois poderia acontecer. Não tem jeito, continuo gostando dessa desgrama horrível.
Assista na HBO MAX Brasil
*Dica: Freddy Vs. Jason (2003)
Rocky Balboa
3.8 575 Assista AgoraSem dúvidas, ROCKY é o filme mais alto astral que existe; é o tipo de filme que pode te impulsionar a levantar, seja para acabar com o sedentarismo, começar um esporte ou apenas sair do sofá e viver melhor, se cuidar. O treinamento do boxeador, junto da clássica trilha sonora, é capaz de deixar qualquer um, nem que seja 1%, com vontade de botar o corpo pra trabalhar; e essa versão de 2006 faz isso tão bem quanto as anteriores. Ainda prefiro o filme de 1976 como o meu favorito, mas logo em seguida fecho a trinca com o quarto filme e essa versão mais recente. Aqui, temos um ROCKY mais velho, que cuida de um restaurante, que sente uma enorme vontade de voltar aos ringues, e faz isso, treinando pesado sem se importar com a idade ou com que os outros dizem. Um grande acerto é o seu rival, que não é uma ameaça, um vilão, apenas um jovem que quer enfrentar um oponente de peso, e por isso, não existe uma trama envolvendo a rixa entre ambos, é apenas esporte. Esse filme foi um grande retorno.
Assista no PrimeVideo.
*Dica: Rocky (1976)
Succession (4ª Temporada)
4.5 219 Assista AgoraUma quarta temporada, sendo ela a última para encerrar de vez a série, se elevar à um nível que não estamos acostumados a ver, já que muitas delas perdem a força a cada nova temporada, é de aplaudir em pé. Muitos estão considerando essa a melhor temporada, já eu, não consigo escolher qual das quatro é a melhor de tão arrebatadora que, não só cada temporada é, mas cada episódio é. Não é à toa que esteja recebendo tantos prêmios, e é o nome mais forte para vencer o Emmy 2023, com 27 indicações. Sinto-me extremamente satisfeito por ter maratonado, durante 4 semanas, essa obra de arte, e agora, com o fim dela, já começo a sentir falta daquelas rostos, das tramas, e até de torcer por um deles, mesmo que inconscientemente, já que eu queria mesmo é todos ali explodissem, mas o roteiro é tão bom que quando você percebe já se tornou "amigo" dos personagens. Assista na HBO MAX Brasil
Noites Alienígenas
3.4 56Filme do Acre que, diferente do que estamos acostumados a ver, situa-se na área urbana, mas ainda assim, tem suas cenas na floresta e personagens indígenas que compõem os meus momentos favoritos do longa. Gostei das atuações de boa parte do elenco, envolvidos em tramas com tráfico, vícios, melancolia, família e arte. Um filme que quando termina te obriga a refletir, ainda mais pelo seu título e o desfecho com uma ótima canção nacional. Vale a conferida. Assista na Netflix
*Dica: Marte Um (2022)
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraEu resumiria esse filme com uma imagem famosa da internet, onde do lado esquerdo temos o pé de uma bailarina no sapatinho, e do lado direito, o pé descalço todo machucado, com sangue e unha quebrada. Fama e beleza, aplausos e números incríveis, mas, por trás disso, a destruição, uma vida de infernos. Acompanhamos a vida de Tonya, desde a infância traumática até a vida adulta, também traumática, ao lado de uma mãe maluca e um namorado abusivo. Filme muito tenso que só consegue amenizar os estragos que vemos na tela quando a trilha sonora contagiante entra em campo - E QUE TRILHA!
Assista na Netflix
*Dica: Cisne Negro (2010)
Contágio
3.2 1,8K Assista AgoraAssistir a esse filme é como voltar à época da pandemia de Covid. As situações do filme, desde o início do surto até os grandes estragos, são bem idênticos ao que passamos - o que não poderia ser diferente em qualquer outra pandemia global. O isolamento, as dúvidas, o tumulto nos supermercados e, claro, o negacionismo, que fica por conta do personagem de Jude Law, que tem um extenso número se seguidores nas redes sociais, e ele é responsável por fazer com que muitos de seus seguidores espalhem que existe um remédio mais eficaz que a vacina. O filme começa a partir do "Dia 2" do surto, fechando com o "Dia 1" em seu desfecho de forma bem satisfatória. Ver enormes terrenos com centenas de covas abertas com os corpos sendo agrupados, trouxe à tona uma enorme sensação ruim, já que a ficção filmada em 2011 se repetiu de forma real anos depois, nada diferente do que vimos nos jornais durante essa época.
Succession (3ª Temporada)
4.4 190O último episódio da segunda temporada encerra de forma genial, fazendo com que a terceira temporada se inicie de forma frenética, exatamente de onde a temporada anterior tinha parado; correria pra todo lado. E aqui, o foco se mantém no embate entre pai e filho, e é especialmente nessa temporada que tomamos conta do enorme poder que o patriarca tem, inclusive, até no envolvimento com a politica e o presidente; um velho difícil de derrubar. Essa temporada vem mais recheada de diálogos potentes e muitos palavrões, que excedem os das temporadas anteriores. Mais uma obra de arte, repugnante, mostrando a cada episódio que não é possível ter empatia por nenhum desses personagens. O último episódio inicia-se de forma leve, repleto de piadinhas entre os irmãos, o que acaba divertindo muito, mas o seu desfecho, com o Kendall desabando no choro e dizendo que está destruído, com um enorme vazio por dentro, é de arrepiar, só quem já passou por algo parecido pode, de fato, sentir o peso dessa cena e entender o quanto a atuação "simples" e realista do ator é capaz de transmitir realmente como é sentir que nada faz sentido.
Assista na HBO MAX Brasil