Marcus Morais

A inesperada virtude da ignorância: um dos raros momentos em que um subtítulo cai muito bem.
Filmaço! Iñarritu sempre me pareceu exagerado em diversos pontos pela falta de limites, mas agora parece que foi exatamente essa característica que funcionou bem.
A metalinguagem criada na personagem de Keaton caiu como uma luva, mas o elenco inteiro, em sintonia, funcionou de maneira extraordinária.

São 208 episódios. Foram nove anos da minha vida. Acompanhei esses cinco desde o começo. Eu vi as mudanças físicas e psicológicas de cada personagem de perto. A série teve altos e baixos e o último episódio também. Mas o que dizer disso? Foi uma jornada incrível e senti a emoção de cada cena tendo em mente que aquilo era a última vez... Foi uma era. Barney se tornou um dos personagens mais icônicos da televisão e, com certeza, marcou uma geração. Fico triste por quem não pôde sentir o que eu pude. Foi ótimo.

Você nunca prestará tanta atenção nas cores de um filme. A cor do céu, do mar, das placas de trânsito, dos carros, das roupas, da bandeira da França, dos olhos das personagens. Cada detalhe chama atenção. Sem falar nas inúmeras frases de efeito. Duas horas de poesia em forma e efeito.