Alguns espectadores/críticos brancos cobram demais de um filme de super herói e parecem esquecer dos efeitos que grandes passos acarretam no público, na sociedade, na vida. Precisam notar que, por serem brancos, talvez sejam incapazes de entender porquê Pantera Negra é maravilhoso.
Recentemente assisti vários filmes que se passam nesse contexto histórico, e isso acabou deixando a animação ainda mais interessante do que seria, já que não se trata da biografia de pessoas conhecidas. Essa arte lembra bastante a do desenhista belga Hergé.
Cinematograficamente fraco e repleto de discursos flutuantes que não se aprofundam acerca do tema potencialmente forte. Sobra apenas um registro familiar.
Confesso que desconhecer parte da história do Nepal me prejudicou bastante ao assistir. Mas achei fantástico como o filme consegue, através protagonistas tão delicados e tão diferentes entre si, contextualizar várias nuances de uma esfera política em um dado período peculiar, de maneira singela e ao mesmo tempo impactante.
Conheci a Dee Rees através de Mudbound e fiquei bastante curioso em relação ao seu trabalho, o que me trouxe até esse filme. Gostei da forma como a fotografia destaca suas cores em meio ao clima escuro das ruas e das baladas do Brooklyn. E a escolha da câmera na mão, apostando nos planos e contra-planos, deixaram a estética do filme conturbada, assim como o universo vivido pela jovem Alike, favorecendo imersão e a empatia pelo dilema da personagem. Baita história, exemplo de representatividade. Filme necessário.
Não conheço muitos filmes que retratam o ambiente canavieiro da atualidade, sob o ponto de vista dos trabalhadores que encaram arduamente esse ofício, e o seu modo de vida difícil e precário. Moro muito próximo a um canavial e me identifiquei com o clima que esse filme conseguiu representar, de tão realista que ficou. Sensível, sutil e real. Um grande achado que valeu-me o dia.
Boa história, retratada com arte e fotografia impecáveis, mas a direção optou pela infeliz escolha de planos massivamente estáticos, que dificultaram a funcionalidade da linguagem e limitaram tanto o ritmo da montagem quanto a dinâmica da narrativa, além de alguns deles serem totalmente desnecessários, que falham ao tentar causar o impacto esperado. Falas polidas demais e sem sotaques que causam estranheza e tiram a personalidade das personagens. Algumas atuações parecem mais contidas, com exceção de Magali Biff e Fernando Teixeira que dão a tônica e brilham. Apesar dos pontos negativos, vale ressaltar que o filme investe potencialmente no resgate de um gênero quase deixado de lado no cinema nacional pós-retomada.
Um filme da década de 70 que se passa na década de 30 e que diz bastante sobre o início do século XXI. É o exemplo da força que só uma obra-prima possui de se comunicar profundamente ao longo do tempo, mesmo que pra dizer que algumas coisas infelizmente ainda não mudaram.
Uma montagem sutil que alterna passado e presente abruptamente na narrativa, procurando representar um pouco do choque da bipolaridade para o espectador. Filme incisivamente crítico e de uma sensibilidade precisa ao apontar distintas perspectivas pelas quais o enfermo busca conforto (na família, na medicina, na religião) ao tentar se alocar numa sociedade real, fútil, corretiva e ridícula, que não sabe olhar devidamente para um doente mental.
Aqui a prioridade não é levar o espectador até aquilo que pareceria óbvio, ou seja, a descoberta sobre Tonico. A descoberta é outra: é a descoberta da adolescência, PORÉM não se trata daquela adolescência estereotipada que mergulha e afunda em seus dramas clichês. A adolescência aqui é abordada em sua forma mais madura e sensível, em que se descobre tudo apenas vivendo os prazeres possíveis dessa fase. As Duas Irenes são meninas que pouco a pouco flertam com a independência, encaram padrões, topam com aqueles típicos problemas de quem vai ao encontro do "ser", não esmorecem e continuam sendo do jeito que quiserem, se parecendo como quiserem, se vestindo como quiserem, sempre experimentando o que puderem - e o filme trata tudo isso num tom agridoce. As irmãs da Irene de Mirinha representam a inocência (Cora) e a ilusão (Solange), que são características comumente apontadas quando se fala de adolescência; e isso é tudo o que as protagonistas homônimas não são. Pelo contrário, elas são pé no chão e sabem bem quem são e o que querem. E o fato de pertencerem à duas famílias diferentes de um mesmo pai apenas torna-se pano de fundo, um pretexto para que as Irenes desfrutem o máximo da liberdade e da diversão que lhes cabe nessa fase de suas vidas. Fico imaginando aqui se esse filme fosse dirigido por uma mulher e pudesse se beneficiar ainda mais do olhar feminino. Seria ainda mais sensacional!
Pequeno recorte da situação atual da Ucrânia sob a perspectiva de um ingênuo casal lituano. Pena que o filme também chega a ser ingênuo nessa proposta.
Ótima maneira de abordar a queda de um império em Wall Street, revelando a rachadura logo de cara pra que possamos acompanhar suas consequências por toda a história. Êxito do filme, que frente ao seu tempo longo de duração, impulsiona com vigor a derrocada dos Madoff enquanto recorta os diferentes momentos vividos pela família, debaixo das invisíveis cortinas da mentira e da verdade. De Niro, mais uma vez muito bem em seu papel, leva o personagem ao seu lugar exato até a frase final do filme.
Roteiro insuficiente para o tema abordado, não explica devidamente a complexidade do contexto histórico e como estão envolvidas cada uma das peças em questão, possibilitando interpretações equivocadas. Isso deveria ser tão fundamental quanto a veracidade da biografia.
Os meus mais sinceros "parabéns" pra Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles por ter feito vista grossa a essa maravilha que estou aplaudindo em pé.
Cinema, Aspirinas e Urubus
3.9 364 Assista AgoraFilmão!
E é tamanha a quantidade de nomes conhecidos nos créditos finais.
Que legal isso!
Monster: Desejo Assassino
4.0 1,2K Assista AgoraUm monstro chamado Charlize Theron.
O Rei do Show
3.9 897 Assista AgoraQue músicas formidáveis!
Pantera Negra
4.2 2,3K Assista AgoraAlguns espectadores/críticos brancos cobram demais de um filme de super herói e parecem esquecer dos efeitos que grandes passos acarretam no público, na sociedade, na vida. Precisam notar que, por serem brancos, talvez sejam incapazes de entender porquê Pantera Negra é maravilhoso.
A Bela e a Fera
3.9 1,6K Assista AgoraComo musical, ótimo. Como adaptação, bom. Como filme, regular.
Shippei muito o Gaston com o Le Fou.
Fora do Jogo
4.1 26Venerando mais e mais o cinema iraniano a cada filme que assisto. Do Jafar Panahi já sou fã.
Ethel e Ernest
4.2 96 Assista AgoraRecentemente assisti vários filmes que se passam nesse contexto histórico, e isso acabou deixando a animação ainda mais interessante do que seria, já que não se trata da biografia de pessoas conhecidas. Essa arte lembra bastante a do desenhista belga Hergé.
Pequeno Segredo
3.3 118 Assista AgoraCinematograficamente fraco e repleto de discursos flutuantes que não se aprofundam acerca do tema potencialmente forte. Sobra apenas um registro familiar.
Sol Branco
3.6 7Confesso que desconhecer parte da história do Nepal me prejudicou bastante ao assistir. Mas achei fantástico como o filme consegue, através protagonistas tão delicados e tão diferentes entre si, contextualizar várias nuances de uma esfera política em um dado período peculiar, de maneira singela e ao mesmo tempo impactante.
Pariah
4.0 138Conheci a Dee Rees através de Mudbound e fiquei bastante curioso em relação ao seu trabalho, o que me trouxe até esse filme. Gostei da forma como a fotografia destaca suas cores em meio ao clima escuro das ruas e das baladas do Brooklyn. E a escolha da câmera na mão, apostando nos planos e contra-planos, deixaram a estética do filme conturbada, assim como o universo vivido pela jovem Alike, favorecendo imersão e a empatia pelo dilema da personagem. Baita história, exemplo de representatividade. Filme necessário.
A Trama
3.4 17Você que gosta de roteirizar: venha assistir!
A Terra e a Sombra
3.8 52 Assista AgoraNão conheço muitos filmes que retratam o ambiente canavieiro da atualidade, sob o ponto de vista dos trabalhadores que encaram arduamente esse ofício, e o seu modo de vida difícil e precário. Moro muito próximo a um canavial e me identifiquei com o clima que esse filme conseguiu representar, de tão realista que ficou. Sensível, sutil e real. Um grande achado que valeu-me o dia.
Respiro
4.0 13"Montei minha própria família no banheiro [...]"
Já fiz isso.
Deserto
3.3 22Boa história, retratada com arte e fotografia impecáveis, mas a direção optou pela infeliz escolha de planos massivamente estáticos, que dificultaram a funcionalidade da linguagem e limitaram tanto o ritmo da montagem quanto a dinâmica da narrativa, além de alguns deles serem totalmente desnecessários, que falham ao tentar causar o impacto esperado. Falas polidas demais e sem sotaques que causam estranheza e tiram a personalidade das personagens. Algumas atuações parecem mais contidas, com exceção de Magali Biff e Fernando Teixeira que dão a tônica e brilham. Apesar dos pontos negativos, vale ressaltar que o filme investe potencialmente no resgate de um gênero quase deixado de lado no cinema nacional pós-retomada.
Um Dia Muito Especial
4.4 92Um filme da década de 70 que se passa na década de 30 e que diz bastante sobre o início do século XXI. É o exemplo da força que só uma obra-prima possui de se comunicar profundamente ao longo do tempo, mesmo que pra dizer que algumas coisas infelizmente ainda não mudaram.
Happy End
3.5 93 Assista AgoraReafirmando mais uma vez minha enorme admiração pela filmografia do Haneke.
Mad World
4.0 59Belíssimo!
Uma montagem sutil que alterna passado e presente abruptamente na narrativa, procurando representar um pouco do choque da bipolaridade para o espectador. Filme incisivamente crítico e de uma sensibilidade precisa ao apontar distintas perspectivas pelas quais o enfermo busca conforto (na família, na medicina, na religião) ao tentar se alocar numa sociedade real, fútil, corretiva e ridícula, que não sabe olhar devidamente para um doente mental.
As Duas Irenes
3.7 111 Assista AgoraAqui a prioridade não é levar o espectador até aquilo que pareceria óbvio, ou seja, a descoberta sobre Tonico. A descoberta é outra: é a descoberta da adolescência, PORÉM não se trata daquela adolescência estereotipada que mergulha e afunda em seus dramas clichês. A adolescência aqui é abordada em sua forma mais madura e sensível, em que se descobre tudo apenas vivendo os prazeres possíveis dessa fase. As Duas Irenes são meninas que pouco a pouco flertam com a independência, encaram padrões, topam com aqueles típicos problemas de quem vai ao encontro do "ser", não esmorecem e continuam sendo do jeito que quiserem, se parecendo como quiserem, se vestindo como quiserem, sempre experimentando o que puderem - e o filme trata tudo isso num tom agridoce. As irmãs da Irene de Mirinha representam a inocência (Cora) e a ilusão (Solange), que são características comumente apontadas quando se fala de adolescência; e isso é tudo o que as protagonistas homônimas não são. Pelo contrário, elas são pé no chão e sabem bem quem são e o que querem. E o fato de pertencerem à duas famílias diferentes de um mesmo pai apenas torna-se pano de fundo, um pretexto para que as Irenes desfrutem o máximo da liberdade e da diversão que lhes cabe nessa fase de suas vidas. Fico imaginando aqui se esse filme fosse dirigido por uma mulher e pudesse se beneficiar ainda mais do olhar feminino. Seria ainda mais sensacional!
Frost
3.1 3Pequeno recorte da situação atual da Ucrânia sob a perspectiva de um ingênuo casal lituano. Pena que o filme também chega a ser ingênuo nessa proposta.
O Mago das Mentiras
3.6 102 Assista AgoraÓtima maneira de abordar a queda de um império em Wall Street, revelando a rachadura logo de cara pra que possamos acompanhar suas consequências por toda a história. Êxito do filme, que frente ao seu tempo longo de duração, impulsiona com vigor a derrocada dos Madoff enquanto recorta os diferentes momentos vividos pela família, debaixo das invisíveis cortinas da mentira e da verdade. De Niro, mais uma vez muito bem em seu papel, leva o personagem ao seu lugar exato até a frase final do filme.
Primeiro, Mataram o Meu Pai
3.8 238 Assista AgoraRoteiro insuficiente para o tema abordado, não explica devidamente a complexidade do contexto histórico e como estão envolvidas cada uma das peças em questão, possibilitando interpretações equivocadas. Isso deveria ser tão fundamental quanto a veracidade da biografia.
Projeto Flórida
4.1 1,0KQuero andar com essas crianças no recreio.
120 Batimentos por Minuto
4.0 190 Assista AgoraOs meus mais sinceros "parabéns" pra Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles por ter feito vista grossa a essa maravilha que estou aplaudindo em pé.
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraOscar para Allison Janney, por favor!