Eternals exala a identidade de Chloé Zhao, que se recusa a ficar ofuscada pela fórmula Marvel a partir do momento que resolve usar a maior parte de sua duração para dar sentido aos personagens, motivações e objetivos.
Ao contrário do que os críticos estão apontando, Eternals é um bom filme e apresenta um respiro para o gênero quando se observa tantos títulos seguindo a mesma e saturada fórmula. Chloé Zhao dirige o filme com sabedoria e registra sua marca na estrutura dos personagens, mesmo que acabe se perdendo quando começa a apresentar uma resolução para os problemas criados. Muitos se perguntaram o que resultaria na mistura de uma diretora de filmes alternativos e sensíveis com um grande produtora de filmes blockbusters que exige um algoritmo para lançar seus filmes, e a resposta é a geração de conflitos na trama a todo o momento, quando vemos um grande desenvolvimento de uma sequência de cenas de construção de personagens ser quebrada por piadas anti-climaticas e avulsas para servir de alívio cômico diante do grande público. Mas esse não é o real problema da trama, porque ela se esforça muito para equilibrar esse fator e até consegue, só que o grande vilão é quando não há mais interesse nesse equilíbrio, e quando isso ocorre, você vai se deparar com cada saída de roteiro convencional e monótona que com certeza vai perceber a falta de correspondência com tudo o que foi apresentado anteriormente. É um longa visualmente bonito, sensível e marcante. É sobre como "alienígenas" podem aprender amar uma raça diferente da deles, e como se adaptam a elas? Chloé Zhao transcreve o seu amor pela humanidade, seus defeitos e qualidades em uma história cativante e envolvente. Então não se engane, esse filme não vale pelas sequências de ação que apresentam uma mixagem de som mediana que acabam com suas importâncias, mas vale pela incrível e grandiosa construção de personagens que estão aprendendo o significado do amor e da compaixão.
Provavelmente muitas pessoas foram assistir ao Hulk de Ang Lee esperando um blockbuster explosivo e cheio de cenas de ação para se divertir, mas acabaram encontrado o contrário. O longa é sobre famílias desfuncionais causadoras de traumas que permeiam pela trama toda, e a obra desenvolve isso muito bem quando deixa de lado tudo o que você esperava assistir e cria uma estrutura dramática tão grande que resulta numa empatia grandiosa pelo personagem principal. O real problema desse filme é a montagem e edição que são horríveis, já que tentam passar a impressão de estar lendo uma HQ para o espectador, mas não consegue, resultando em transições que vão incomodar a maior parte das pessoas até os minutos finais. A direção de Lee mesmo sendo boa, não consegue se destacar por conta dessa confusa edição que distorce o significado real da obra. A verdade é que, na minha visão, o personagem é muito difícil de ser convincente nas adaptações para o cinema, e as diferentes visões do mesmo podem dividir muito os fãs, assim como esse e o péssimo filme de 2008 dividiram.
É muito difícil explicar o quão bonita e tocante é cada cena desse longa. Ang Lee se mostra novamente um mestre em dirigir cenas simples e fazê-las parecerem mágicas e gloriosas. Lee trata as cenas de luta como obras de arte, fazendo com cada frame sirva como um magnífico quadro para se ter em um museu, e ele constrata tudo isso com um efeito dramático inigualável, já que é uma das bases de sua identidade no cinema. A pergunta que fica ao finalizar essa obra, é: Por que a indústria não investe tanto em filmes do tipo?.
"Cavalgada Com o Diabo" não é um filme usual sobre guerra, mas é um dos mais tocantes e intrigantes dos anos 90. É sobre a consequência dos conflitos nas famílias dos envolvidos, é sobre dor. Ang Lee sustenta um padrão de realismo que exalta os relacionamentos que os personagens possuem entre si, desenvolvendo uma estrutura cativante que conquista por compartilhar a sensação de perca, saudade, revolta e vingança.
Duna foi uma experiência que eu não acreditava que teria no ano de 2021. Sem ter ciência do que realmente se tratava, e sem ter visualizado nenhum trailer, eu me submeti a pagar para ter essa experiência na tela do cinema. A conclusao é que durante suas quase 2h40m eu agradeci por ter me submetido a assistir o cinema de Villeneuve. Visualmente espetacular, Duna é um dos filmes mais bonitos e interessantes do ano, e apresenta uma grandiosidade no gênero que parece que a indústria têm evitado fazer, talvez tenham medo de um eminente fracasso. Entretanto, provavelmente muitas pessoas terão uma experiência melhor vendo nas telonas do que em suas casas, já que naquela sala você possui mais fatores que te farão imergir na trama de uma maneira excepcional, mas não terá um grande efeito para quem se limitar a ver em sua residência sem estar disposto a entrar de cabeça na trama um pouco complexa. Essas mesmas pessoas provavelmente irão dizer que é um filme demorado e não apresenta efeitos grandiosos, mas pelo contrário. O que estou tentando dizer é que o filme pode parecer sim complicado pra quem não teve contato com a história em nenhum momento anteriormente (Livro, filme de 84...), mas a obra vai sim tentar te fazer entender o que está acontecendo, e se você estiver disposto a entendê-la, você vai. E sério, o que falar do uso do Primeiríssimo Plano pelo Villeneuve? Eu sinceramente cheguei a torcer pra que a tela congelasse naqueles enquadramentos pra que eu pudesse deslumbrar os detalhes da cena.
Na minha perspectiva, as críticas a esse filme estão totalmente injustas. Qualquer pessoa que já tenha acompanhado a trajetória de Michael Myers sabe que o roteiro nunca foi o grande forte de seus filmes (em alguns beira o ridículo), e também possui ciência que o foco dos filmes do personagem são as mortes e a fuga desenfreada. Halloween de 2018 conseguiu trazer um roteiro bom e uma direção correspondente, apesar de parecer seguir a maior parte da estrutura do de 78, enquanto Halloween Kills resolve levar o título de ponte entre dois filmes à sério demais quando ignora a qualidade do roteiro para atrasar a conclusão da saga, e o longa sabe que faz isso, um dos sinais é quando nos damos conta que os papéis estão um pouco invertidos, já que a população se reúne para "assombrar" o Michael Myers, o que não quer dizer que o assassino perdeu seu protagonismo pois sabemos que ele sempre acaba se saindo por cima e tem seus grandes momentos antes de ser localizado pelos moradores. Halloween Kills apresenta mortes criativas, jumpscares clichês e um suspense crescente, e sinceramente, faz tudo isso muito bem. Então o que eu realmente me pergunto é como as pessoas que reclamaram tanto da falta de história de Halloween Kills conseguiram passar por todos os filmes anteriores (se é que viram os filmes fora da nova linha do tempo da saga).
Dirigir filmes de terror com maestria é uma das marcas do James Wan, mas nesse aqui ele consegue elevar esse título. Ele simplesmente revisita toda a sua carreira e homenageia a si próprio, mostrando sua evolução como roteirista e diretor. É um flerte com o seu próprio passado e uma carta agradecendo aos seus fãs por acompanhá-lo em suas conquistas. Maligno é uma obra que provavelmente vai surpreender quem a assistir, já que temos a tendência a julgar um filme sem chegar até seu final, confesso que eu fiz isso. Acreditei que o plot do filme seria básico, porém bom, e nada surpreendente, mas quando a trama começa a dar mais indícios que está desenvolvendo uma grande reviravolta, prepare-se. É A REVIRAVOLTA. É aquele plot twist que vai te fazer pensar que as dicas estavam ali o tempo todo. Enfim, um ótimo filme.
É difícil dizer que esse filme não é divertido ou empolgante para os fãs do gênero, mas o plot de hologramas é uma das coisas mais ridículas e mal feitas que eu já vi em um longa de super-herois. É como se a obra tentasse ser uma quebra da saturação do gênero, mas aos invés disso acaba tirando toda a imersão que você deveria sentir ao assistir, já que toda aquela "mágica" vai começar a parecer falso. Muitos vão dizer que isso não faz sentido porque sabemos que tudo isso não passa de CGI e uso de Tela Verde, mas não deveria esse ser o objetivo de um filme que usa mais disso do que qualquer outra coisa? A imersão?. Sempre senti muita raiva desse filme quando vi pela primeira vez, mas não sabia o real motivo até ver um vídeo do canal Entre Planos que me explicou o que era essa decepção que eu sentia...
Pra mim, não tem sentido nenhum esse filme ter tantos haters assim... Tem um plot interessante e envolvente, e que é super bem sustentado pela ótima direção do Shyamalan. A construção do suspense é bem feita e cria curiosidade e até mesmo medo em certos momentos, sem contar que ajuda à criar mais empatia pelos personagens. A trilha sonora é boa e a fotografia é realmente bem bonita, tanto é que passa bem aquele clima de relaxamento que logo vai ser substituído por todo aquele suspense. No geral, bom.
"A Menina Que Matou Os Pais" consegue justificar o porque do lançamento da separação em 2 filmes sobre os depoimentos de Suzane e Daniel, mas também mostra o maior defeito do filme: Não explorar o restante do caso. Ao contrário do outro, esse aqui se compromete mais e faz uma ótima quebra dos fatos relatados por Suzane, já que vemos a rápida caracterização de uma psicopata que começa a se revelar, mérito claro da ótima atuação de Carla Diaz, e que também te faz perceber no fundo que Daniel não é uma pessoa boa também. A trilha e a fotografia continuam boas, e a direção de arte assim mantem a medianiedade nos dois filmes. Pra mim, o fato da sequência final ser mais chocante do que no outro longa, faz com que vejamos um maior comprometimento do Maurício Eça na direção, que faz parecer tudo extremamente sombrio mesmo sem usar muito da violência gráfica e altamente explícita, sem contar que esse final me deixou com uma sensação muito ruim, porque eu lembro que na minha infância eu tinha pesadelos quando mostravam o andamento do julgamento e tals... Esse crime me pertubou por dias e eu nem tinha idade pra me preocupar com isso.
Maurício Eça entrega em "O Menino Que Matou Meus Pais" um direção boa mas que têm medo de se comprometer e que em algum dos momentos não consegue acompanhar o que está desenvolvendo, enquanto o roteiro sofre pra construir os acontecimentos pela vergonhosa duração que é inferior a 1h30. Tirando tudo isso, as atuações sao até que surpreendentemente boas e convencem, ainda mais pra quem já assiste ao longa sabendo que a Suzane mentiu sobre os acontecimentos e, Carla Diaz consegue representar tudo isso muito bem e faz o feito de duvidar da sua própria convicção com o caso. A fotografia é bonita e a direção de arte um pouco mediana, mas nada que incomode. A trilha sonora é bem feita mas tem momentos que acaba distorcendo o verdadeiro significado da obra.
"Tempestade de Gelo" é um filme muito contextualizado historicamente, já que se passa no decorrer da Guerra do Vietnã e retrata o início da revolução sexual que viria a explodir na década de 70, talvez por isso muita gente passe a acreditar que o filme só vai realmente se encontrar nos seus 15 minutos finais, mas não. A vida familiar é o verdadeiro foco dessa obra, que com muita elegância constrói personagens, suas divergências, medos e sentimentos, e que depois de tanta desunião, maior parte desses momentos são implícitos, passam a compartilhar um luto que não os atinge diretamente, mas que o destroem e os unem, ou não. Talvez seja por isso que o final seja tão significativo quando acaba no momento em que um dos personagens começa a chorar.
O quarto filme de Ang Lee é um filme feito com muito amor e charme, com o objetivo de nos fazer sentir a vivacidade, paixão e sensibilidade da história escrita por Jane Austen. A direção, o roteiro e as atuações fazem desse longa algo belamente elaborado e incrivelmente inspirador.
"Meu paladar se foi, prefiro água." Com a finalização da trilogia "Father Knows Best", Ang Lee mostra que desde o início de sua carreira sempre teve uma extrema sensibilidade ao contar histórias, seja ela de relações familiares ou de um relacionamento entre dois homens extremamente apaixonados, mas o que realmente impressiona é a forma que o Ang Lee eleva o termo "fazer cinema" quando reúne paralelos e os contrasta com os mais peculiares temas e gênero, como no caso dessa obra: O "Food Porn". É realmente complicado terminar esse longa sem sentir uma mínima vontade de comer algum dos lindos pratos apresentados na história, ainda mais quando nos deparamos com a situação do pai que perdeu seu paladar e não consegue mais apreciar seus próprios pratos, e é ai que a sensação de fome é despertada ao extremo já que surge a curiosidade em saber se sua comida realmente é boa como as crianças da escola acham ou se passou a ser ruim quando vemos suas filhas alegando isso em alguns momentos do filme. Acho que um dos reais problemas desse filme é a sua longa duração que dá a autonomia ao diretor de criar passagens de tempos mais longas e mais bem construídas, mas que o faz parecer perdido ao realizar tais fatores, o que parece ser corrigido em seus próximos filmes (Já que eu já assisti O Segredo de Brokeback Mountain e As Aventuras de Pi).
O segundo filme da trilogia "Father Knows Best" de Ang Lee, equilibra comédia e drama e se concentra em resoluções reais para problemas reais não só causados pelo choque de cultura, como também a barreira da linguagem, o estereótipo e até mesmo o machismo e a homofobia. Lee exibe aqui o que faz de melhor (e que vai fazer nos seus seguintes longas), a construção e desenvolvimento de personagens que não beiram o raso e nem o caricato em nenhum de seus momentos, benefício da ótima direção, do bom roteiro e de performances fortes e cômicas.
"Pushing Hands" é o primeiro filme de Ang Lee e dá o início à trilogia "Father Knows Best" que foi a maneira que o diretor encontrou de exibir sua marca e identidade para o grande público. Essa obra é um filme bilíngue que mostra todas as dificuldades e barreiras que as linguagens proporcionam e, mesmo que não foque muito nisso, é perceptível que Ang Lee toca nesse tema e tenta construí-lo de uma melhor maneira, mesmo que não conclua isso totalmente. É um longa simples, inspirador mas também estranho e que destoa de sua proposta nos seus trinta minutos finais, deixando a sensação de que poderia ser melhor.
Apesar de ser o encerramento da saga, "Jogos Vorazes: A Esperança Parte 2" só começa a ter cara de finalização nos seus últimos 56 minutos, já que tudo o que é apresentado anteriormente parece não conseguir adotar a essência e atmosfera que um encerramento deve ter, resultando na sensação de superficialidade no fechamento de uma saga que começou tão bem mas tropeçou em seus próprios erros mais de 2 vezes e, mesmo que seja melhor que o terceiro filme da franquia (no caso, o mais fraco), ainda não conclui toda sua proposta da forma que o primeiro e o segundo longa se dispõem e conseguem fazer.
"Jogos Vorazes: A Esperança Parte 1" é, até então, o longa mais fraco e mal construído da saga. Toda a atmosfera de revolução e revolta estabelecida no início na saga e desenvolvida no seu antecessor que cria altas expectativas para o que está por vir, é diminuída pela sua má construção e por uma narrativa não tão efetiva quanto as duas obras anteriores, o que é triste já que ainda temos uma direção sólida e efetiva, atuações boas e convincentes, e algumas sequências de cenas que chegam a arrepiar mas que ainda assim não compensam a monotonia da obra em geral.
Eu não esperava dizer isso, mas... QUE SEQUÊNCIA!!!
"Jogos Vorazes: Em Chamas" pega tudo o que deu certo no seu antecessor e eleva a níveis um tanto quanto surpreendentes, dando um ótimo espaço pra uma incrível e bem construída atmosfera de uma futura revolução e ainda consegue mostrar mais um ano da competição sem cair na mesmice. É aquela continuação que muitas trilogias e sagas sonham em fazer: Melhor que o antecessor.
Quando iniciei o filme, logo percebi o desnecessário abuso da câmera tremida no primeiro ato desse longa, cheguei a pensar que sentiria passar uma eternidade até que "Jogos Vorazes" chegasse ao fim, mas surpreendentemente essa obra apresenta um segundo e terceiro ato que são muito satisfatório e que criam uma atmosfera efetiva de ação e suspense. O filme é um bom começo pra uma saga que ainda me desperta a curiosidade em relação ao que ainda será apresentado (claro, não li os livros), então torço para que não decaia no decorrer dos filmes.
Surpreendentemente, a saga Maze Runner se encerra com um longa um pouco mais inteligente, satisfatório e envolvente no nível do seu início e, mesmo que repita vários dos erros já cometidos anteriormente, encerra a saga com dignidade e não segue a tradição das trilogias que tendem a cair em cada um dos seus lançamentos.
Maze Runner: Correr Ou Morrer >> Maze Runner: A Cura Mortal >> Maze Runner: Provas de Fogo
Quando se trata de avaliar filmes de super-herois, eu não levo muito em consideração a primeira nota que eu dou quando vejo pela primeira vez porque sempre sou influenciado por expectativas e pelas HQs dos heróis, então quando eu vejo pela segunda vez eu dou uma nota definitiva que no caso é 4.5, já que assistir a essa obra é como estar literalmente lendo uma das mais famosas HQs dos amados vilões que aqui estão ❤
Ao contrário de seu antecessor que tinha um potencial gigantesco para ser um ótimo longa mas não corre atrás desse patamar, "Maze Runner: Provas de Fogo" tenta expandir consideravelmente seu universo e consequentemente se tornar grandioso, mas é prejudicado pela sua desnecessária duração que vai te fazer acreditar que está assistindo 4 horas do mesmo filme e por uma direção que muita das vezes não parece entender o que realmente está fazendo.
Eternos
3.4 1,1K Assista AgoraEternals exala a identidade de Chloé Zhao, que se recusa a ficar ofuscada pela fórmula Marvel a partir do momento que resolve usar a maior parte de sua duração para dar sentido aos personagens, motivações e objetivos.
Ao contrário do que os críticos estão apontando, Eternals é um bom filme e apresenta um respiro para o gênero quando se observa tantos títulos seguindo a mesma e saturada fórmula. Chloé Zhao dirige o filme com sabedoria e registra sua marca na estrutura dos personagens, mesmo que acabe se perdendo quando começa a apresentar uma resolução para os problemas criados. Muitos se perguntaram o que resultaria na mistura de uma diretora de filmes alternativos e sensíveis com um grande produtora de filmes blockbusters que exige um algoritmo para lançar seus filmes, e a resposta é a geração de conflitos na trama a todo o momento, quando vemos um grande desenvolvimento de uma sequência de cenas de construção de personagens ser quebrada por piadas anti-climaticas e avulsas para servir de alívio cômico diante do grande público. Mas esse não é o real problema da trama, porque ela se esforça muito para equilibrar esse fator e até consegue, só que o grande vilão é quando não há mais interesse nesse equilíbrio, e quando isso ocorre, você vai se deparar com cada saída de roteiro convencional e monótona que com certeza vai perceber a falta de correspondência com tudo o que foi apresentado anteriormente.
É um longa visualmente bonito, sensível e marcante. É sobre como "alienígenas" podem aprender amar uma raça diferente da deles, e como se adaptam a elas? Chloé Zhao transcreve o seu amor pela humanidade, seus defeitos e qualidades em uma história cativante e envolvente. Então não se engane, esse filme não vale pelas sequências de ação que apresentam uma mixagem de som mediana que acabam com suas importâncias, mas vale pela incrível e grandiosa construção de personagens que estão aprendendo o significado do amor e da compaixão.
Hulk
2.6 480 Assista AgoraMARATONA ANG LEE #8
Provavelmente muitas pessoas foram assistir ao Hulk de Ang Lee esperando um blockbuster explosivo e cheio de cenas de ação para se divertir, mas acabaram encontrado o contrário. O longa é sobre famílias desfuncionais causadoras de traumas que permeiam pela trama toda, e a obra desenvolve isso muito bem quando deixa de lado tudo o que você esperava assistir e cria uma estrutura dramática tão grande que resulta numa empatia grandiosa pelo personagem principal. O real problema desse filme é a montagem e edição que são horríveis, já que tentam passar a impressão de estar lendo uma HQ para o espectador, mas não consegue, resultando em transições que vão incomodar a maior parte das pessoas até os minutos finais. A direção de Lee mesmo sendo boa, não consegue se destacar por conta dessa confusa edição que distorce o significado real da obra. A verdade é que, na minha visão, o personagem é muito difícil de ser convincente nas adaptações para o cinema, e as diferentes visões do mesmo podem dividir muito os fãs, assim como esse e o péssimo filme de 2008 dividiram.
O Tigre e o Dragão
3.6 455 Assista AgoraMARATONA ANG LEE #7
É muito difícil explicar o quão bonita e tocante é cada cena desse longa. Ang Lee se mostra novamente um mestre em dirigir cenas simples e fazê-las parecerem mágicas e gloriosas. Lee trata as cenas de luta como obras de arte, fazendo com cada frame sirva como um magnífico quadro para se ter em um museu, e ele constrata tudo isso com um efeito dramático inigualável, já que é uma das bases de sua identidade no cinema. A pergunta que fica ao finalizar essa obra, é: Por que a indústria não investe tanto em filmes do tipo?.
Cavalgada com o Diabo
2.9 15MARATONA ANG LEE #6
"Cavalgada Com o Diabo" não é um filme usual sobre guerra, mas é um dos mais tocantes e intrigantes dos anos 90. É sobre a consequência dos conflitos nas famílias dos envolvidos, é sobre dor. Ang Lee sustenta um padrão de realismo que exalta os relacionamentos que os personagens possuem entre si, desenvolvendo uma estrutura cativante que conquista por compartilhar a sensação de perca, saudade, revolta e vingança.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraDuna foi uma experiência que eu não acreditava que teria no ano de 2021. Sem ter ciência do que realmente se tratava, e sem ter visualizado nenhum trailer, eu me submeti a pagar para ter essa experiência na tela do cinema. A conclusao é que durante suas quase 2h40m eu agradeci por ter me submetido a assistir o cinema de Villeneuve.
Visualmente espetacular, Duna é um dos filmes mais bonitos e interessantes do ano, e apresenta uma grandiosidade no gênero que parece que a indústria têm evitado fazer, talvez tenham medo de um eminente fracasso. Entretanto, provavelmente muitas pessoas terão uma experiência melhor vendo nas telonas do que em suas casas, já que naquela sala você possui mais fatores que te farão imergir na trama de uma maneira excepcional, mas não terá um grande efeito para quem se limitar a ver em sua residência sem estar disposto a entrar de cabeça na trama um pouco complexa. Essas mesmas pessoas provavelmente irão dizer que é um filme demorado e não apresenta efeitos grandiosos, mas pelo contrário. O que estou tentando dizer é que o filme pode parecer sim complicado pra quem não teve contato com a história em nenhum momento anteriormente (Livro, filme de 84...), mas a obra vai sim tentar te fazer entender o que está acontecendo, e se você estiver disposto a entendê-la, você vai. E sério, o que falar do uso do Primeiríssimo Plano pelo Villeneuve? Eu sinceramente cheguei a torcer pra que a tela congelasse naqueles enquadramentos pra que eu pudesse deslumbrar os detalhes da cena.
4.5/5
Halloween Kills: O Terror Continua
3.0 686 Assista AgoraNa minha perspectiva, as críticas a esse filme estão totalmente injustas. Qualquer pessoa que já tenha acompanhado a trajetória de Michael Myers sabe que o roteiro nunca foi o grande forte de seus filmes (em alguns beira o ridículo), e também possui ciência que o foco dos filmes do personagem são as mortes e a fuga desenfreada. Halloween de 2018 conseguiu trazer um roteiro bom e uma direção correspondente, apesar de parecer seguir a maior parte da estrutura do de 78, enquanto Halloween Kills resolve levar o título de ponte entre dois filmes à sério demais quando ignora a qualidade do roteiro para atrasar a conclusão da saga, e o longa sabe que faz isso, um dos sinais é quando nos damos conta que os papéis estão um pouco invertidos, já que a população se reúne para "assombrar" o Michael Myers, o que não quer dizer que o assassino perdeu seu protagonismo pois sabemos que ele sempre acaba se saindo por cima e tem seus grandes momentos antes de ser localizado pelos moradores. Halloween Kills apresenta mortes criativas, jumpscares clichês e um suspense crescente, e sinceramente, faz tudo isso muito bem. Então o que eu realmente me pergunto é como as pessoas que reclamaram tanto da falta de história de Halloween Kills conseguiram passar por todos os filmes anteriores (se é que viram os filmes fora da nova linha do tempo da saga).
Maligno
3.3 1,2KDirigir filmes de terror com maestria é uma das marcas do James Wan, mas nesse aqui ele consegue elevar esse título. Ele simplesmente revisita toda a sua carreira e homenageia a si próprio, mostrando sua evolução como roteirista e diretor. É um flerte com o seu próprio passado e uma carta agradecendo aos seus fãs por acompanhá-lo em suas conquistas.
Maligno é uma obra que provavelmente vai surpreender quem a assistir, já que temos a tendência a julgar um filme sem chegar até seu final, confesso que eu fiz isso. Acreditei que o plot do filme seria básico, porém bom, e nada surpreendente, mas quando a trama começa a dar mais indícios que está desenvolvendo uma grande reviravolta, prepare-se. É A REVIRAVOLTA. É aquele plot twist que vai te fazer pensar que as dicas estavam ali o tempo todo.
Enfim, um ótimo filme.
Homem-Aranha: Longe de Casa
3.6 1,3K Assista AgoraMARATONA MCU #25
É difícil dizer que esse filme não é divertido ou empolgante para os fãs do gênero, mas o plot de hologramas é uma das coisas mais ridículas e mal feitas que eu já vi em um longa de super-herois. É como se a obra tentasse ser uma quebra da saturação do gênero, mas aos invés disso acaba tirando toda a imersão que você deveria sentir ao assistir, já que toda aquela "mágica" vai começar a parecer falso. Muitos vão dizer que isso não faz sentido porque sabemos que tudo isso não passa de CGI e uso de Tela Verde, mas não deveria esse ser o objetivo de um filme que usa mais disso do que qualquer outra coisa? A imersão?. Sempre senti muita raiva desse filme quando vi pela primeira vez, mas não sabia o real motivo até ver um vídeo do canal Entre Planos que me explicou o que era essa decepção que eu sentia...
3.0 (Poderia ser melhor)
Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraPra mim, não tem sentido nenhum esse filme ter tantos haters assim...
Tem um plot interessante e envolvente, e que é super bem sustentado pela ótima direção do Shyamalan. A construção do suspense é bem feita e cria curiosidade e até mesmo medo em certos momentos, sem contar que ajuda à criar mais empatia pelos personagens. A trilha sonora é boa e a fotografia é realmente bem bonita, tanto é que passa bem aquele clima de relaxamento que logo vai ser substituído por todo aquele suspense.
No geral, bom.
A Menina que Matou os Pais
3.1 680 Assista Agora"A Menina Que Matou Os Pais" consegue justificar o porque do lançamento da separação em 2 filmes sobre os depoimentos de Suzane e Daniel, mas também mostra o maior defeito do filme: Não explorar o restante do caso.
Ao contrário do outro, esse aqui se compromete mais e faz uma ótima quebra dos fatos relatados por Suzane, já que vemos a rápida caracterização de uma psicopata que começa a se revelar, mérito claro da ótima atuação de Carla Diaz, e que também te faz perceber no fundo que Daniel não é uma pessoa boa também.
A trilha e a fotografia continuam boas, e a direção de arte assim mantem a medianiedade nos dois filmes.
Pra mim, o fato da sequência final ser mais chocante do que no outro longa, faz com que vejamos um maior comprometimento do Maurício Eça na direção, que faz parecer tudo extremamente sombrio mesmo sem usar muito da violência gráfica e altamente explícita, sem contar que esse final me deixou com uma sensação muito ruim, porque eu lembro que na minha infância eu tinha pesadelos quando mostravam o andamento do julgamento e tals... Esse crime me pertubou por dias e eu nem tinha idade pra me preocupar com isso.
Em geral, bom.
O Menino que Matou Meus Pais
3.0 516 Assista AgoraMaurício Eça entrega em "O Menino Que Matou Meus Pais" um direção boa mas que têm medo de se comprometer e que em algum dos momentos não consegue acompanhar o que está desenvolvendo, enquanto o roteiro sofre pra construir os acontecimentos pela vergonhosa duração que é inferior a 1h30. Tirando tudo isso, as atuações sao até que surpreendentemente boas e convencem, ainda mais pra quem já assiste ao longa sabendo que a Suzane mentiu sobre os acontecimentos e, Carla Diaz consegue representar tudo isso muito bem e faz o feito de duvidar da sua própria convicção com o caso.
A fotografia é bonita e a direção de arte um pouco mediana, mas nada que incomode. A trilha sonora é bem feita mas tem momentos que acaba distorcendo o verdadeiro significado da obra.
No geral é bom, mas podia ser melhor.
Tempestade de Gelo
3.6 95MARATONA ANG LEE #5
"Tempestade de Gelo" é um filme muito contextualizado historicamente, já que se passa no decorrer da Guerra do Vietnã e retrata o início da revolução sexual que viria a explodir na década de 70, talvez por isso muita gente passe a acreditar que o filme só vai realmente se encontrar nos seus 15 minutos finais, mas não. A vida familiar é o verdadeiro foco dessa obra, que com muita elegância constrói personagens, suas divergências, medos e sentimentos, e que depois de tanta desunião, maior parte desses momentos são implícitos, passam a compartilhar um luto que não os atinge diretamente, mas que o destroem e os unem, ou não. Talvez seja por isso que o final seja tão significativo quando acaba no momento em que um dos personagens começa a chorar.
Lindo de Morrer
3.2 74 Assista Agora- Max, eu estou com medo.
- Não precisa ter medo.
😭😔
Razão e Sensibilidade
4.0 526 Assista AgoraMARATONA ANG LEE #4
O quarto filme de Ang Lee é um filme feito com muito amor e charme, com o objetivo de nos fazer sentir a vivacidade, paixão e sensibilidade da história escrita por Jane Austen. A direção, o roteiro e as atuações fazem
desse longa algo belamente elaborado e incrivelmente inspirador.
Comer Beber Viver
3.9 35 Assista AgoraMARATONA ANG LEE #3
"Meu paladar se foi, prefiro água."
Com a finalização da trilogia "Father Knows Best", Ang Lee mostra que desde o início de sua carreira sempre teve uma extrema sensibilidade ao contar histórias, seja ela de relações familiares ou de um relacionamento entre dois homens extremamente apaixonados, mas o que realmente impressiona é a forma que o Ang Lee eleva o termo "fazer cinema" quando reúne paralelos e os contrasta com os mais peculiares temas e gênero, como no caso dessa obra: O "Food Porn". É realmente complicado terminar esse longa sem sentir uma mínima vontade de comer algum dos lindos pratos apresentados na história, ainda mais quando nos deparamos com a situação do pai que perdeu seu paladar e não consegue mais apreciar seus próprios pratos, e é ai que a sensação de fome é despertada ao extremo já que surge a curiosidade em saber se sua comida realmente é boa como as crianças da escola acham ou se passou a ser ruim quando vemos suas filhas alegando isso em alguns momentos do filme.
Acho que um dos reais problemas desse filme é a sua longa duração que dá a autonomia ao diretor de criar passagens de tempos mais longas e mais bem construídas, mas que o faz parecer perdido ao realizar tais fatores, o que parece ser corrigido em seus próximos filmes (Já que eu já assisti O Segredo de Brokeback Mountain e As Aventuras de Pi).
O Banquete de Casamento
3.9 62MARATONA ANG LEE #2
O segundo filme da trilogia "Father Knows Best" de Ang Lee, equilibra comédia e drama e se concentra em resoluções reais para problemas reais não só causados pelo choque de cultura, como também a barreira da linguagem, o estereótipo e até mesmo o machismo e a homofobia. Lee exibe aqui o que faz de melhor (e que vai fazer nos seus seguintes longas), a construção e desenvolvimento de personagens que não beiram o raso e nem o caricato em nenhum de seus momentos, benefício da ótima direção, do bom roteiro e de performances fortes e cômicas.
A Arte de Viver
3.9 21MARATONA ANG LEE #1
"Pushing Hands" é o primeiro filme de Ang Lee e dá o início à trilogia "Father Knows Best" que foi a maneira que o diretor encontrou de exibir sua marca e identidade para o grande público. Essa obra é um filme bilíngue que mostra todas as dificuldades e barreiras que as linguagens proporcionam e, mesmo que não foque muito nisso, é perceptível que Ang Lee toca nesse tema e tenta construí-lo de uma melhor maneira, mesmo que não conclua isso totalmente.
É um longa simples, inspirador mas também estranho e que destoa de sua proposta nos seus trinta minutos finais, deixando a sensação de que poderia ser melhor.
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
3.6 1,9K Assista AgoraApesar de ser o encerramento da saga, "Jogos Vorazes: A Esperança Parte 2" só começa a ter cara de finalização nos seus últimos 56 minutos, já que tudo o que é apresentado anteriormente parece não conseguir adotar a essência e atmosfera que um encerramento deve ter, resultando na sensação de superficialidade no fechamento de uma saga que começou tão bem mas tropeçou em seus próprios erros mais de 2 vezes e, mesmo que seja melhor que o terceiro filme da franquia (no caso, o mais fraco), ainda não conclui toda sua proposta da forma que o primeiro e o segundo longa se dispõem e conseguem fazer.
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
3.8 2,4K Assista Agora"Jogos Vorazes: A Esperança Parte 1" é, até então, o longa mais fraco e mal construído da saga.
Toda a atmosfera de revolução e revolta estabelecida no início na saga e desenvolvida no seu antecessor que cria altas expectativas para o que está por vir, é diminuída pela sua má construção e por uma narrativa não tão efetiva quanto as duas obras anteriores, o que é triste já que ainda temos uma direção sólida e efetiva, atuações boas e convincentes, e algumas sequências de cenas que chegam a arrepiar mas que ainda assim não compensam a monotonia da obra em geral.
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraEu não esperava dizer isso, mas... QUE SEQUÊNCIA!!!
"Jogos Vorazes: Em Chamas" pega tudo o que deu certo no seu antecessor e eleva a níveis um tanto quanto surpreendentes, dando um ótimo espaço pra uma incrível e bem construída atmosfera de uma futura revolução e ainda consegue mostrar mais um ano da competição sem cair na mesmice. É aquela continuação que muitas trilogias e sagas sonham em fazer: Melhor que o antecessor.
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraQuando iniciei o filme, logo percebi o desnecessário abuso da câmera tremida no primeiro ato desse longa, cheguei a pensar que sentiria passar uma eternidade até que "Jogos Vorazes" chegasse ao fim, mas surpreendentemente essa obra apresenta um segundo e terceiro ato que são muito satisfatório e que criam uma atmosfera efetiva de ação e suspense. O filme é um bom começo pra uma saga que ainda me desperta a curiosidade em relação ao que ainda será apresentado (claro, não li os livros), então torço para que não decaia no decorrer dos filmes.
Maze Runner: A Cura Mortal
3.3 566 Assista AgoraSurpreendentemente, a saga Maze Runner se encerra com um longa um pouco mais inteligente, satisfatório e envolvente no nível do seu início e, mesmo que repita vários dos erros já cometidos anteriormente, encerra a saga com dignidade e não segue a tradição das trilogias que tendem a cair em cada um dos seus lançamentos.
Maze Runner: Correr Ou Morrer >> Maze Runner: A Cura Mortal >> Maze Runner: Provas de Fogo
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraQuando se trata de avaliar filmes de super-herois, eu não levo muito em consideração a primeira nota que eu dou quando vejo pela primeira vez porque sempre sou influenciado por expectativas e pelas HQs dos heróis, então quando eu vejo pela segunda vez eu dou uma nota definitiva que no caso é 4.5, já que assistir a essa obra é como estar literalmente lendo uma das mais famosas HQs dos amados vilões que aqui estão ❤
Maze Runner: Prova de Fogo
3.4 1,2K Assista AgoraAo contrário de seu antecessor que tinha um potencial gigantesco para ser um ótimo longa mas não corre atrás desse patamar, "Maze Runner: Provas de Fogo" tenta expandir consideravelmente seu universo e consequentemente se tornar grandioso, mas é prejudicado pela sua desnecessária duração que vai te fazer acreditar que está assistindo 4 horas do mesmo filme e por uma direção que muita das vezes não parece entender o que realmente está fazendo.