Assistir a este reboot do Quarteto Fantástico foi quase um experimento social. Sério: dá pra entender muito de como a nossa geração age e pensa observando a repercussão ao redor deste filme. Este novo Quarteto não é nem de longe o filme ruim que estão plantando por aí! Sejamos sinceros: o filme de Josh Trank tem um dos dois primeiros atos mais ousados de todos os mais recentes filmes de super-heróis. O mesmo povo que num dia glorifica Homem-Formiga como o melhor filme da Marvel vem dizer que este é o pior filme de super-heróis da história! Não faz sentido. Uma coisa, porém, deve ficar clara: o último do ato do filme é catastrófico, mas isso não o torna essa porcaria toda, nem tira os méritos do que Josh Trank estava tentando fazer. Tentarei explicar. Quarteto fantástico tem ótimas ideias. O filme é muito ousado nos dois primeiros atos, tentando pender mais pro lado da ficção científica, e é bem sucedido nisso. Até o ato final, o filme parecia muito mais interessado em explorar as relações entre a futura equipe e tentar uma abordagem mais séria da origem dos heróis; e estava funcionando. A interferência militar, a realidade com que Reed encara o que acontecera a seus amigos, a ótima mudança da viagem espacial para uma viagem interdimensional, tudo isso estava me prendendo bastante a história. O filme estava conseguindo se destoar dos outros filmes de super-herói, principalmente dos da Marvel. Apenas isso já é o suficiente pra tornar Quarteto Fantástico um filme digno de nota. Porque ninguém parou pra observar essas coisas? Wolverine Imortal também teve um ótimo começo e um final péssimo, e nem por isso foi massacrado pela mídia. Agora que já defendi o que este filme conseguiu trazer de melhor, vamos ao que ele teve de pior, de fato. Que terceiro ato horroroso. DO NADA, o filme dá um salto temporal de um ano, correndo no ótimo desenvolvimento dos personagens que vinha tendo até então, e do nada nos trás um Dr. Destino horroroso, genérico, com motivações idiotas e com um péssimo visual. Temos uma visualmente fraquíssima batalha de poucos minutos e pronto, o filme acaba. E isso claramente foi interferência dos executivos da Fox. É só assistir os trailers pra ver a enorme quantidade de cenas que foram cortadas, e cenas muito boas. E é um filme muito curto, são apenas 1h40min. Enfim, resta saber de onde nasceu esse ódio, esse 8 ou 80, essa bipolaridade absurda. Sim, o filme merece ser criticado onde falha, e sua proposta inicial pode não agradar a todos. Mas está longe de merecer as pesadas críticas que vem recebendo. O recepção da crítica especializada chega até mesmo a ser suspeita. O que mais me parece é que há uma campanha pra desmoralizar o filme pra Fox devolver os direitos do Quarteto à Disney/Marvel (que já vem jogando sujo nos quadrinhos). E que a galera é muito polarizada e acaba entrando em qualquer tipo de hype. PS: em momento algum me incomodei com o fato do Tocha-Humana ser negro, e olha que eu sempre torci o nariz pra essa decisão. Michael B. Jordan está tão bem no papel, que você aceita a mudança numa boa.
Normalmente nos arrependemos quando demoramos pra assistir um filme maravilhoso como O Conto da Princesa Kaguya. No meu caso, a minha enrolação me permitiu assistir ao filme numa sala de cinema, o que é incrível, principalmente tanto tempo depois de seu lançamento, visto que a obra-prima de Takahata não entrou em cartaz nos grandes cinemas do país. Enfim, O Conto da Princesa Kaguya é tudo o que eu esperava de uma obra do Studio Ghibli. Pra começar, o traço deste filme é diferente de tudo que já vi, e no começo até estranhei. Jamais esperei assistir um filme todo em aquarela. E que traço mais lindo: a delicadeza, as cores, a variação do estilo do desenho em alguns momentos mais poéticos da narrativa, tudo é incrível. A trilha sonora também é maravilhosa, seja nos sons da floresta ou nas belíssimas músicas com instrumentos caracteristicamente japoneses. Quanto a história em si, Princesa Kaguya é baseada num conto popular japonês. Nunca li "O Corte do Bambu", mas Takaro conseguiu transformar esta narrativa num belíssimo filme. A obra possui uma profundidade ímpar e é repleta de belas metáforas. Trata de de assuntos tão sérios, mas de uma forma tão poética, como ao mostrar como as expectativas que são geradas por outros, mesmo que com as melhores das intenções, podem nos fazer mal. Afinal, estamos sempre desejando e fazendo coisas que julgamos ser o melhor para uma pessoa querida, mas às vezes esquecemos que nem sempre nossos desejos são os mesmos desejos dessa pessoa, e que muitas vezes o motivo da nossa alegria "é a prisão e a tristeza dessa pessoa". Além disso, o filme é claro ao mostrar como não aproveitamos a simplicidade da vida, não sentimos a natureza nem temos tempo para os pequenos prazeres da vida. Acredito que cada espectador, com sua história de vida tão característica, vai absorver algo de diferente do longa-metragem. Mais do que um filme de fantasia, O Conto da Princesa Kaguya é uma obra contemplativa. Até mesmo por isso, não sei se chega a ser um filme para crianças, que podem não ter paciência pra assisti-lo, principalmente o começo, que é propositalmente devagar. Mas mesmo sem alívios cômicos ou cenas de ação, eu tentaria botar a garotada pra assistir um filme lindo desses!
Eu realmente estava com expectativas de medianas pra baixas com este filme. Não por causa do personagem, que acho interessantíssimo, mas por estar achando que a Marvel ia repetir a mesma fórmula pasteurizada que vem dando certo até agora (e não estou dizendo que isso é ruim, visto que muita gente gosta, mas eu particularmente estou começando a cansar do mais do mesmo). Porém, gostei do resultado, apesar de também não achar que o filme é isso tudo que estão falando por aí! Achei legal que, apesar de, sim, repetir a fórmula Marvel de fazer filmes, Homem-Formiga nos apresenta uma narrativa diferente, o que deu um novo gás ao longa-metragem. O gênero de filme de assalto, somado à trama de passagem de bastão, ao invés de uma simples história de origem, tornaram a narrativa bem mais inusitada e divertida de acompanhar. Adorei também como exploraram os poderes do herói, mostrando como o diminuto protagonista é poderoso (destaque para uma cena envolvendo um dos Vingadores, grata surpresa que não foi estragada pelas atuais divulgações massivas de filmes da empresa). Por mais que eu ache que a Marvel valoriza demais o tom cômico de seus filmes, não dá pra negar que eles são bons no que fazem, e dei boas risadas durante a sessão. Enfim, não acho que Homem-Formiga seja o "novo" Guardiões da Galáxia, muito menos que seja melhor que Vingadores 2, mas é uma divertida história de origem, que conseguiu apresentar elementos novos interessantes, além de incríveis easter-eggs e conexões sutis, mas muito boas, com o universo cinematágráfico da Marvel.
Já faz tempo que os Minions cairam no gosto popular, mas foi só recentemente que assisti ao filme que os lançou ao estrelato. Meu Malvado Favorito é uma ótima animação, com ótimas tiradas de humor, personagens carismáticos, e uma história que te prende por nos brindar com um protagonista nada usual. Ah, claro, não podemos esquecer dos divertidíssimos Minions. O roteiro do filme é bem aquele roteiro padrão de animações infantis, e não nos apresenta nada que não já tenhamos visto antes, mas cumpre seu papel ao dar vida a personagens cativantes e diferentes, e ao conseguir divertir e transmitir valores legais pra criançada enquanto também consegue divertir os adultos.
Kingsman: Serviço Secreto me surpreendeu muito positivamente. Realmente não dava nada pro filme, mas a história me prendeu do início ao fim. Personagens carismáticos, cenas de ação de tirar o fôlego, um humor e irreverência característicos, além de "plot twists" inesperados e, porque não, corajosos, fazem de Kingsman um filme divertidíssimo. Ah, este filme é uma grande homenagem aos filmes de espionagem dos anos 80, 90. O roteiro até mesmo brinca com esse conceito. Dito isso, pra curtir o longa não podemos questionar os vários clichês do gênero, visto que teremos vilões megalomaníacos com planos insanos, gadgets impossíveis e garotos que se tornam super agentes em poucos dias. Mas essa é a intenção do filme, então ligue a suspensão de descrença por algumas horas e curta um dos mais divertidos filmes do ano.
Não entendo muito a implicância de algumas pessoas com este filme. Revi esses dias o primeiro filme da franquia, e se você curtiu essa pegada, não tem como não curtir o novíssimo Jurassic World! A premissa é basicamente a mesma, com um diferencial de encher os olhos d'água: agora nós finalmente vemos o parque funcionando! O roteiro é simples, leve, tem seus clichês, mas assim como o teve o Parque dos DInossauros. A grande diferença é que em 1993 tudo era novidade, e o Mundo dos Dinossauros realmente se utiliza de muitas das fórmulas do primeiro longa da franquia, o que eu não achei um problema. Não vi muitos trailers, então quase tudo pra mim foi uma novidade. O filme conseguiu me deixar tenso em vários momentos, e o climão da história me agradou muito! A própria premissa básica de que os engenheiros do Jurassic World precisavam de novas atrações, porque a nossa geração de cansa muito rápido de novidades, querendo sempre novidades maiores, é bem interessante. O novíssimo dinossauro é de assustar! Também achei legal que dessa vez o filme veio com uma resposta pronta pro pessoal que questiona a falta de penas dos dinos, e outras diferenças em sua aparência: há uma cena em que um dos cientistas deixa novamente bem claro que nenhum dos dinossauros criados para o parque, desde o começo, foi uma representação fiel dos originais, extintos há 65 milhões de anos. Todos eles receberam enxertos genéticos de espécies modernas, para preencher as inevitáveis lacunas no DNA extraído de fósseis (isso já fazia parte da premissa original, mas nunca foi usado para explicar por que os dinossauros do parque são diferentes das versões penosas que estão emergindo dos estudos de fósseis). Ah, e aquela história do Chris Pratt virar amigo dos Velociraptors funcionou muito bem, longe da galhofa que imaginamos pelos trailers! Enfim, Jurassic World é um ótimo filme pipoca, que cumpre muito bem o seu papel: entreter. O diferencial mesmo fica por conta dos Dinos, sempre grandiosos em tela. Ninguém precisa deixar o cérebro do lado de fora da sessão pra curtir a história, apesar dos momentos piegas e da suspensão de descrença ser necessária em alguns momentos (precisavam botar a mulher fugindo de um T-Rex de salto?).
Nunca tinha assistido esse filme completo, sempre pegava pela metade quando passava na TV. Não me julguem, quando esse filme lançou nos cinemas, eu ainda não tinha nem um ano. Meu pai tinha o VHS em casa, uma edição especial de colecionador, e minha mãe sempre me falava desse filme como um filme terrível de terror, violento, com dinossauros comendo pessoas de forma plástica, e eu morria de medo de assistir quando era menor, achava que era coisa de adulto. Acho que só fui me dar conta de que era um filme "pipocão" quando ele começou a ser anunciando no Cartoon Network. Enfim, não vou nem falar da importância histórica desse filme porque deixo isso pros milhares de textos sobre o filme que tem pela internet. Se formos analisar criticamente, veremos que é um filme bem com aquele climão de final dos anos 80, início dos anos 90. O roteiro é bem leve, e o filme tem aquele clima de Sessão da Tarde, mas é impossível não adorar o filme. É um filme extremamente divertido, tenso em diversos momentos, e não dá pra não ser envolvido por uma história que se passa num parque de dinossauros! Além disso, a história tem suas camadas pra quem quiser pegar (apesar da já furada história do DNA preservado em âmbar). Os efeitos especiais continuam ótimos, apesar de hoje em dia ser mais fácil reconhecer a movimentação dos animatrônicos. Enfim, um grande clássico dos anos 90, sempre divertido de acompanhar!
Vingadores Era de Ultron polarizou bastante a crítica "especializada". Mas também tô vendo muito "haterismo" por aí.. Falar que o filme é um pastelão? É sério isso? Sem mais delongas, achei o filme foda! Talvez seu problema seja a maldita da expectativa. Pra começar, a Marvel errou em lançar trailers sombrios e carregados de significado. A galera foi pro cinema, eu inclusive, esperando um filme diferente do primeiro Vingadores, mas não foi isso que encontramos. Não que isso faça o filme ruim, mas isso faz com que o público vá esperando encontrar uma coisa diferente da que o filme se propões, e isso facilita decepções. Outra coisa que também pode ter chamado a atenção de algumas pessoas foi o fato de que a narrativa foi muito semelhante a do primeiro filme, e tínhamos acabado de sair de dois filmes que tinham propostas um tanto quanto inovadoras para os filmes da Marvel (Guardiões da Galáxia e Capitão América O Soldado Invernal). Essa estrutura meio linear não forneceu momentos surpreendentes, como os plot twists de Capitão 2. Além disso, o fato dos trailers terem revelado cenas DEMAIS acabou comprometendo mais ainda esse aspecto do filme. Mas deixa eu falar porque achei Era de Ultron foda, antes de reclamar um pouquinho. O filme já começa com uma cena simplesmente genial! A invasão a base da Hydra é uma adaptação perfeita de um quadrinho qualquer dos Vingadores, e tudo que amamos na equipe está lá: personagens entrosados, golpes combinados, piadinhas no meio das cenas de ação, e combates plásticos! Grande parte das qualidades do filme já estão bem expostas nessa cena: ver os Vingadores já entrosados é simplesmente fantástico! As discussões e conversas entre eles, as referências, os "easter eggs", é tudo um fan service digno de nota! A cena da festa na Torre Stark é simplesmente um dos momentos mais marcantes dos filmes de super heróis até hoje. Além disso, a roteiro tem várias camadas; essa galera dizendo aí que o filme é puro entretenimento não deve estar querendo se dar ao trabalho de gastar um tempinho pensando mais na história. Eu assisti o filme mais de uma vez, e a cada reprise via coisas que antes não tinha percebido. O Ultron, por mais que seja um vilão meio bobão, traz consigo alguns questionamentos muito interessantes, além de tudo que provém do relacionando entre os Vingadores, a tônica que o Visão (Espetacular) traz à história, o embate entre Tony Stark (que quer evitar uma guerra que ainda não aconteceu) e Capitão América (que defende que a punição só pode vir depois do crime). Inclusive, mesmo sem um confronto mais direto, temos ali a semente de Guerra Civil: não foram poucos os embates ideológicos entre os protagonistas. Todos os personagens estão ótimos. Capitão América finalmente é o líder badass que todos esperávamos ver. Tony continua sendo Tony, e todos os outros personagens estão ótimos reprisando seus papéis. O destaque mais do merecido e bem pensado dado ao Gavião Arqueiro deram um quê de importância ao personagem que enriqueceram em muito a trama, além de fortalecer muito seu papel. Os gêmeos também estão ótimos, apesar dos personagens poderem parecer meio jogados no começo da trama, visto que a origem dos personagens passa bem batida. O roteiro, apesar de simples, é muito inteligente. O filme encontra ótimas soluções para situações difíceis, como como explicar a capa aleatória do personagem Visão ou como fazer a equipe confiar numa cria de Ultron recém nascida? Mas como nem tudo são flores, vamos ao que me incomodou em Era de Ultron. Além do que já falei no parágrafo inicial, achei o roteiro meio corrido. Algumas coisas acontecem rápido demais, e isso tem uma explicação: Joss Whedon foi orbrigado a cortar meia hora do filme, depois de já pronto. Por isso algumas cenas devem ter parecido jogadas, como o momento em que Thor vai pra um tal poço tentar lembrar de seus sonhos (achei essa cena jogada e muito aleatória, mas foi uma exigência dos produtores da Marvel). Enfim, que fique de lição pra Marvel: está na hora de mudar um pouco a estrutura narrativa de seus filmes. Vejam como deu certo com Guardiões e Capitão 2. Era de Ultron é um grande filme, mas que chega desgastado por repetir o que deu certo no primeiro Vingadores. PS1: mais alguém ficou incomodado, além de mim e do Azhagal, com a boca do Ultron que mexe? Seria muito mais foda uma boca robótica funcional. Entendo as decisões da equipe de arte, maaas...
PS2: Não curti a morte do Mercúrio. Gostei dele como personagem, e achei sua morte um tanto quanto estúpida. Ela faz sentido no meio do filme e serve como ponto de amadurecimento dos roteiros da Marvel, mas acho que a cena podia ser um pouco melhor, talvez uma morte mais digna, e com mais tempo de luto em tela, pros expectadores sentirem o peso da perda do personagem. AH, e o final com a formação dos Novos Vingadores é simplesmente demais para qualquer fã de quadrinhos!
Planeta Hulk é uma boa animação, mas fica nisso. É também uma boa adaptação, apesar de algumas mudanças desnecessárias terem sido feitas. A animação sacrifica algumas subtramas da HQ, funcionando mais como uma compilação em 80 minutos da trama original. O quadrinho é muito mais rico tanto em desenvolvimento da história quanto em construção dos personagens. Faltou um roteiro que aprofundasse mais as questões que o quadrinho levanta, ou uma trama que desse alguma profundidade e carisma maior ao Hulk. Não gostei também da forma como adaptaram o Rei Vermelho, tornando-o superficial demais. Talvez se a história fosse dividida em duas partes, como fizeram na animação do Cavaleiro das Trevas. Mas isso não faz Planeta Hulk um filme ruim. É uma animação divertida e bem feita, e que talvez seja melhor aproveitada por quem não leu o material original. PS: De início não entendi porque substituíram a grande aparição do Surfista Prateado pelo personagem Bill Raio Beta, muito menos conhecido do público geral que o primeiro. Pesquisando sobre o assunto, parece que foi por motivo de direitos autorais. PS2: É uma pena que a animação não aborde o final trágico da trama de Planeta Hulk.
"Uma coisa é uma coisa e não o que os outros dizem dessa coisa." Realmente, é merecida a indicação de Birdman ao Oscar e toda a "hype" do filme. Não achei ele tão de nicho quanto alguns outros filmes mais autorais que costumam competir pelo Oscar, como Boyhood. Porém, a narrativa não é tão simples e linear. Principalmente no começo do filme, eu fiquei um pouco confuso de me situar com os acontecimentos e entender direito o que estava acontecendo. Mas por volta de 20 minutos de filme, eu já estava totalmente imerso na história, absorvendo tudo que Birdman tinha a me oferecer. O filme é recheado de camadas, e toda vez que o assistirmos pegaremos algo novo. Mas, principalmente, o filme é uma crítica a indústria cinematográfica, a crítica especializada, ao mundo de "glamour" das celebridades, ao grande público que só quer assistir um tipo de entretenimento, e ao fato de nós termos a mania de rotular tudo, e acho que essa é a principal mensagem do flime. Como temos mania de rotular as coisas: isso é filme de "nerd", isso é filme pra "gente desmiolada", esse filme é pra gente "cult" demais, etc, etc. Mas o mais fantástico é que o filme não é unilateral, ele critica, e pesadamente, ambos os lados. Vale muito a pena assistir. O filme também brinca muito com o surrealismo. Nem sempre sabemos o que é e o que não é real. Nem preciso dizer que a parte técnica é fantástica. As atuações também são brilhantes, em todos os aspectos. Ah, e também não tem como não citar a trilha sonora, que mesmo não sendo épica ou marcante, se encaixa perfeitamente no clima do filme. Só tiro meio ponto porque achei o começo do filme um pouco confuso, devido a proposta narrativa um pouco diferente. E por não deixar algumas situações muito claras.
Sou suspeito pra falar pois adoro as animações da Laika. O fato de, em meio a era digital, eles não abandonarem a animação stop-motion que os vem consagrando é de se tirar o chapéu. Mas o que eu gosto nas animações da Laika é que, assim como a Pixar, eles não tem medo de dar um tom mais adulto as suas histórias ou abordar com certa profundida temas pertinentes. Longe de achar a história clichê, achei que o filme tomou um rumo bem diferente do habituado nas animações infantis. Em The Boxtrolls eu vi uma fábula moderna sobre a vida moderna, sobre classes sociais, sobre pessoas que voltam sua atenção para objetos, títulos e condição exterior, sobre o preconceito, e sobre a relação entre pai e filho. Os efeitos de animação estão fantásticos também. Achei os personagens fortes, complexos e bem coerentes ao longo de toda a metragem, principalmente a dupla de capangas, sensacional por sinal (talvez a repentina mudança de comportamento do pai de Winnie no final do filme seja a única excessão, mas provavelmente os diretores queriam fechar essa subtrama). Enfim, The Boxtrolls é mais uma grande obra dos estúdios Laika, que pode parecer previsível às vezes, mas que não deixa de nos surpreender em vários momentos e nos brinda com ótimas reflexões ao final de sua projeção. PS: até agora é minha animação favorita ao Oscar 2015, porém ainda falta assistir O Conto da Princesa Kaguya. PS2: há uma genial cena pós-créditos, não deixe de conferir!
Como Treinar o Seu Dragão 2 mantém o alto nível da primeira animação. A história continua dinâmica, repleta de ótimas cenas de ação, e o visual está novamente fantástico. Os personagens também continuam tão carismáticos quanto no primeiro filme, ou até mais, já que já temos uma ligação com os mesmos, e há uma clara evolução em suas personalidade devido a passagem de 5 anos entre os longas. A narrativa aborda questões bem maduras, e toma decisões ousadas, deixando o filme imprevisível, o que é muito bom. Infelizmente, ele também peca nos mesmos pontos que o primeiro. A história não nos traz nada de novo, mas até ai tudo bem. O problema maior é que algumas subtramas são corridas demais, e certos temas, que poderiam ser bem explorados (como a relação de Soluço com uma dada personagem que aparece no começo do filme) acabam não ocorrendo de forma satisfatória. Não gostei do destino de um dado protagonista, mas isso é bem pessoal, e a cena a que me refiro é uma das mais bonitas do filme. Enfim, Como Treinar o Seu Dragão 2 é uma ótima animação, com tudo que o gênero pede, mas que ainda não o faz com a mesma maestria que a Pixar. Porém, a Dreamworks está no caminho certo.
Como Treinar o Seu Dragão acerta onde tantas outras animações infantis falham: traz uma mensagem madura, que se mistura de forma natural ao filme, em meio a uma história dinâmica e repleta de ação, de modo a não cansar as crianças. A história é envolvente e em nenhum momento "tenta forçar a barra" pra gente aceitar a evolução dos personagens ou da trama. Os personagens são extremamente carismáticos, o visual é lindo, e as cenas de ação e corre-corre estão na medida. E mais uma vez a Dreamworks aposta na premissa de que o diferente merece ser respeitado e conhecido. Por um lado, pode parecer que o estúdio não inova e que história não apresenta nada que não já tenhamos visto antes, porém, Como Treinar o Seu Dragão tem uma mensagem tão poderosa que aborda temas como relacionamentos entre pais e filhos, mudanças de pensamentos e atitudes, além de mostrar como é sempre bom ter a mente aberta para novas experiências e nunca pré-julgar o diferente, e tem uma história tão empolgante que a gente nem repara nisso.
Operação Big Hero é um ótimo filme dentro da sua proposta, que é ser um entretenimento infantil de qualidade. Os personagens são muito carismáticos, principalmente Baymax. O personagem e sua sinceridade desconcertante rendem ótimas piadas e algumas das cenas mais divertidas do filme. A história do filme é interessante e flui naturalmente, sem em nenhum momento ficar arrastado ao ponto de incomodar os mais velhos, e também tem momentos emocionantes pra criançada, que podem tocar até mesmo os adultos. Pro seu público alvo, é diversão garantida. Eu, como representante do público mais velho, também me diverti, principalmente com as ótimas sacadas de humor. Visualmente falando, a animação é linda. Infelizmente, o roteiro não é tão bem trabalhado como em algumas outras animações recentes. E não é questão de ser um filme infantil, pois a Pixar está aí pra provar o contrário. Big Hero 6 tenta abordar questões bem pertinentes, como a questão da vingança, mas acho que o faz de forma muito superficial, correndo em momentos em que o longa poderia explorar mais a personalidade do vilão e suas motivações, por exemplo. Justamente por isso, o vilão, que teoricamente tem um background muito interessante e deveria servir de contra-ponto ao protagonista, não tem "presença" e não sai do genérico. Fica de ponto negativo, então, que o filme tinha um ótimo potencial, que acho que não foi totalmente aproveitado. Enfim, Operação Big Hero é uma ótima animação, divertidíssima, com personagens carismáticos, mas que apesar do começo corajoso e promissor, poderia ter aproveitado mais do seu potencial. PS: Pra quem não sabe, o filme é baseado num quadrinho da Marvel dos anos 90.
Boyhood: Da Infância à Juventude é um desses filmes que a gente diz: "ou você ama ou você odeia". Mas independente de você ter gostado ou não da proposta do filme, há de se admitir: é uma obra-prima, não só pelo projeto em si, mas pela maneira que ele foi produzido, afinal, não é todo dia que vemos as gravações de um filme durarem 12 anos. Realmente, Boyhood não é um filme pra qualquer pessoa. Acredito que o que levou a maioria dessas pessoas que não se encaixam no público do filme a não curtirem a experiência é o fato dele ser extremamente longo e de não acontecer "nada" no filme, não há nenhum "grande" momento, apenas uma sucessão de fatos banais e comuns na vida de um garoto comum, como conversas com a mãe, brincadeiras com a irmã, fins-de-semana com o pai, etc.. Eu entendo quem não tem paciência pra acompanhar Boyhood, pois é uma questão de gosto, porém, o filme é brilhante dentro da sua proposta. Afinal, será que a vida é feita apenas desses grandes momentos? Porque esses momentos seriam mais importantes que os pequenos acontecimentos de nosso dia-a-dia? O filme se dispõe a esse debate, afinal, a vida real não acontece apenas nas situações grandiosas, mas principalmente entre elas, no nosso dia-a-dia. No final, a vida passa tão rápida, que cada momento é precioso. Cada pequena lembrança faz parte de nós. Me identifiquei muito com várias passagens do filme. Acho difícil não nos pegarmos pensando sobre várias situações que já vivemos, ou nos pegar rindo lembrando de como já fizemos exatamente como o protagonista. Aí mora o encanto de Boyhood: é um filme extremamente contemplativo, pra ser saboreado. Porém, apesar da maioria de nós nos identificarmos, há de se destacar que essa juventude mostrada é a juventude de um jovem de classe média, privilegiada. Pra finalizar, preciso dizer o quão genial é poder acompanhar o crescimento real dos personagens ao longo dos 12 anos em que foi produzido? É simplesmente fantástico acompanhar as mudanças tanto físicas quanto psicológicas dos protagonistas, e de lembrarmos de nós mesmos quando passamos por essas mudanças. O filme nos mostra como o tempo realmente passa num piscar de olhos, e quando menos esperamos passamos dos 10 aos 20 anos. Enfim, atuações impecáveis, direção impecável, uma ótima edição e uma excelente trilha sonora fazem sim de Boyhood grande merecedor do Oscar de Melhor Filme de 2014. Agora é esperar pra ver.
É difícil falar de um filme como "Her". Resenhas destrinchando as particularidades do filme já foram feitas aos montes por aí. Mas não importa quantas pessoas falem, nunca será o suficiente. Esse filme é fantástico. Na minha opinião, e diferente do que vi algumas pessoas falarem, não acho que o filme fale sobre o distanciamento que a tecnologia traz. Pelo contrário, “Ela” é um filme sobre a verdade do amor, do amor imaterial, e de como ele pode sim existir entre qualquer tipo de ser, e no caso de Theodore, o protagonista que se apaixona por seu Sistema Operacional, por um que “não existe”. "Ela" trata da natureza dos relacionamentos humanos e de seu amadurecimento, e é muito sensível em trazer essa mensagem. Há cenas sem nenhum diálogo, e mesmo assim cheias de conteúdo. É um filme repleto de mensagens, questionamentos, cenas introspectivas, que vão fazendo a gente perceber várias das decisões que tomamos ao longo da vida, e vai aos pouquinhos nos reensinando a viver. Não há como não mencionar também a brilhante atuação de Joaquin Phoenix (Theodore), que deveria ter sido indicado ao Oscar, e a de Scarlet Johanson (Samantha), que mesmo sem aparecer uma vez sequer no filme, se fez tão presente e amável como o SO de Theodore que faz com que até nós passemos a querer um sistema desses. A trilha sonora também é maravilhosa, e se encaixa perfeitamente no clima do filme. Enfim, é um filme tão bonito e tão cheio de propósito que dá vontade de escrever e falar muito mais sobre ele. Mas o que posso dizer com certeza é que todo mundo deveria assisti-lo para tirar suas próprias conclusões, e, quem sabe, reaprender a viver junto de Theodore e Samantha. Ah, "Her" foi o melhor filme de 2013, pelo National Board of Review, e dividiu o primeiro lugar de Melhor Filme com Gravidade nos Prémios Los Angeles Film Critics Association. Recebeu cinco indicações ao Oscar 2014 – Melhor Filme, Melhor Canção Original (“The Moon Song”, de Karen O e Spike Jonze), Melhor Roteiro Original, Melhor Trilha Sonora e Melhor Design de Produção. Levou o de Melhor Roteiro. Recebeu também três indicações ao Globo de Ouro: Melhor Filme - Musical ou Comédia, Melhor Roteiro e Melhor Ator - Filme Musical ou Comédia, vencendo o de Melhor Roteiro.
Acabei de sair do cinema e vou avaliar o filme sem levar muito em conta os longas anteriores e o livro. Depois que eu o reler e reassistir a trilogia em sequência, faço um comentário mais completo. Bem, o começo do filme foi meio anti-climático, mas muito mais por erros do filme anterior do que deste. Seria muito mais interessante trocar toda a cena de perseguição com o dragão dentro da montanha em A Desolação de Smaug por essa luta que acontece no começo do 3º filme. Achei falho A Batalha dos Cinco Exércitos ter só 10 minutinhos de luta contra Smaug, que muito pouco mostra de todo o poder de uma fera tão poderosa, e que é tão rapidamente derrotado. Mas como disse, isso é uma falha do planejamento da trilogia, e não deste filme em si. Mas é passada essa cena que o longa-metragem começa em si, e é aí que ele brilha. Como o próprio nome diz, O Hobbit 3 é sobre A Batalha dos 5 Exércitos. As cenas de ação estão simplesmente sensacionais, e a Terra-Média está linda como sempre. Os personagens também estão ótimos, e o filme tem várias cenas bem tocantes. A personalidade de cada um deles é muito característica, e você realmente se preocupa com seus destinos. Thorin e Bilbo estão sensacionais, seus respectivos arcos e personalidades muito bem desenvolvidos e explorados. Tauriel foi uma ótima personagem criada por PJ (apesar deu não ter curtido esse romance "mágico" com o anão), e Legolas "mita" como sempre. Já o que me incomodou em A Batalha dos Cinco Exércitos foi que, apesar das maravilhosas cenas de ação, esperava uma guerra mais grandiosa. O filme mostra mais cenas de combate (fodas, por sinal) isoladas do que a guerra como algo maior, além de não mostrar o desfecho da batalha (você só sabe que ela acabou). Também achei que o exército dos anões estava muito pequeno (cadê as balistas que aparecem no trailer?), além do que o Beorn podia ter tido mais tempo em tela. Enfim, A Batalha dos Cinco Exércitos é mais um passeio pela Terra-Média, com todos aqueles elementos de Senhor dos Anéis que ou você gosta, ou não gosta. Pra quem curte, é um ótimo filme, mas que está longe do que foi a trilogia original.
proposta: adaptação de um quadrinho/ distopia Eu fui assistir Immortel já tendo lido a Trilogia Nikopol, obra cujo filme é uma adaptação. Dito isso, acho muito difícil comparar as duas versões, visto que encarei esse filme muito mais como um complemento da história em quadrinho, do que como umas simples adaptação. O filme expande e explica muita coisa que é pouco explorada na Trilogia Nikopol, como a própria Jill, e o misterioso John, dois personagens, que apesar de muito importantes, são pouco explorados na HQ. Então por mais que o filme mude muita coisa da narrativa original, ele também dá um background pros personagens, o que irá facilitar o entendimento do quadrinho. Porém, como um obra independente, o filme peca um pouco. Acredito que seja difícil pra quem não leu o quadrinho pescar tudo o que acontece. Eu mesmo tive um pouco de dificuldade de entender alguns novos personagens que foram introduzidos. Immortel também perde um pouco da acidez e crítica social que existe no quadrinho, por focar mais na relação entre os protagonistas. Um ponto que também achei negativo foi a mudança no objetivo de Hórus. Nos quadrinhos seus objetivos nunca são muito claros, e apesar do filme esclarecer um ponto muito importante no mote do protagonista que só é meramente citado na Trilogia, infelizmente aqui esse parece ser o único objetivo do deus, e isso empobrece um pouco o personagem, visto que no original seu objetivo é muito mais profundo, complexo, e porque não, humano. Visualmente falando, o filme é ótimo. Apesar de estranhar um pouco no começo a mistura de atores reais com personagens em computação gráfico, e do CGI ser um pouco tosco em alguns momentos, o mundo de Enki foi magistralmente transportado pras telas. Além de bonito e muito bem detalhado, há ambientes que parece que foram diretamente transportados das páginas da HQ. A trilha sonora também é muito boa, e dá o tom certo às cenas. Enfim, não acho que Immortel (Ad Vitam) seja um filme pra qualquer um. Eu o recomendo principalmente pra quem já leu A Trilogia Nikopol, pois vai expandir a leitura. Fora isso, esse filme é uma experiência interessante de Enki Bilal, com alguns conceitos bem interessantes.
Esse filme beira a perfeição. Trata de temas tão profundos, mas ao mesmo tempo tão simples. Nolan é um cineasta fantástico, que consegue explorar um universo rico de conteúdo e diferenciado que outros diretores não conseguem, e leva esses temas para o grande público, sem nem por isso "emburrecer" o filme. Claro, o filme é didático (e como tem gente que reclama disso), mas acho isso bom, afinal ele não pode sair do pressuposto de que todo mundo que vai aos cinemas saiba de tudo que ele se propõe a discutir. Além de falar sobre amor, família, humanidade e ciência, o filme propõe um debate interessantíssimo que dialoga bastante conosco: a constante disputa entre o viver coletivo e o individual. Será que os anseios coletivos podem sobrepujar nossos desejos particulares? O visual também está fantástico (o físico que ajudou na montagem do roteiro disse que o buraco negro do filme é a montagem mais próxima da realidade já feita até hoje). O elenco inteiro é fantástico, com destaque para as atuações de Jessica Chastain (Murphy), Michael Caine (Professor Brand) e Matthew McConaughey (Cooper). As atuações e o roteiro são bem emotivos, e você pode se pegar chorando em mais uma cena. Preciso dizer também que adorei o robô TARS. Enfim, Interestelar é um filme mais do que recomendado, pra ser assistido mais de uma vez, pois não é um filme fácil. É um daqueles filmes que a gente demora pra parar de pensar na história, e que fazem você sair se sentido diferente depois da sessão. Abandonamos um pouco do nosso mundinho pequeno e limitado.
Não tem como dar uma nota menor pra esse filme. ParaNorman é um filme de adulto disfarçado de animação infantil, recheado de tiradas ácidas, que os menores não vão entender. Porém, nem por isso deixa de ser uma animação infantil, e os personagens cativantes e as cenas de humor servem pra prender a atenção da molecada, sem deixar o filme maçante pros mais velhos. A mensagem da história é profunda e bem adulta. Extremamente recomendado, não necessariamente pra se ver com uma criança: eu vi sozinho e me diverti muito.
O filme não condiz exatamente com os fatos reais, romantizando demais ambos os personagens. Portanto, como biografia, peca bastante. Porém, como filme é belíssimo. Personagens interessante e cativantes, uma história bastante interessante e muito bem contada. Os flashbacks introduzidos ao longo do filme foram muito bem colocados e dão bastante profundidade ao personagem interpretado por Emma Thompson. Além disso, é recheado de belas mensagens. Não dava nada pelo filme, principalmente pelo péssimo nome, mas me surpreendi bastante.
É uma reinterpretação do mito do Drácula. A abordagem é interessante, além da construção de um background interessante para os protagonistas. Além disso, o roteiro aborda temáticas bem interessantes a respeito de sacrifício, moral, poder, dentre outros. O final é surpreendente e agrada, e abre caminho pra uma continuação bem interessante, com uma pegada bem diferente. Infelizmente, o roteiro é um pouco corrido e genérico em alguns momentos, mas vai ganhando autenticidade do meio pro final. As cenas de luta são um pouco genéricas. No mais, você nem vê o tempo passando e se importa com os personagens. Luke Evans é um ator muito carismático.
É um filme extremamente difícil de ser avaliado. A primeira vez que assisti, também não entendi nada. Não sabia muito bem o que o diretor estava querendo passar. Só sabia que a trilha sonora e a fotografia eram maravilhosas. Porém, depois de parar pra refletir sobre o mesmo, e escutar várias discussões e opiniões, o filme quase que explodiu na minha cabeça. Há várias interpretações possíveis, e todas elas extremamente intrusivas e pessoais. Mas que fique claro: é um tipo de filme EXTREMAMENTE autoral, experimental, e é pra quem gosta desse tipo de filme.
É um bom filme, que aborda questões muito interessantes, mas é corrido demais. Acho que uma adaptação do mangá em anime conseguiria desenvolver muito melhor a história e os personagens. Os efeitos em CGI ficaram toscos demais!
Quarteto Fantástico
2.2 1,7K Assista AgoraAssistir a este reboot do Quarteto Fantástico foi quase um experimento social. Sério: dá pra entender muito de como a nossa geração age e pensa observando a repercussão ao redor deste filme. Este novo Quarteto não é nem de longe o filme ruim que estão plantando por aí! Sejamos sinceros: o filme de Josh Trank tem um dos dois primeiros atos mais ousados de todos os mais recentes filmes de super-heróis. O mesmo povo que num dia glorifica Homem-Formiga como o melhor filme da Marvel vem dizer que este é o pior filme de super-heróis da história! Não faz sentido. Uma coisa, porém, deve ficar clara: o último do ato do filme é catastrófico, mas isso não o torna essa porcaria toda, nem tira os méritos do que Josh Trank estava tentando fazer. Tentarei explicar.
Quarteto fantástico tem ótimas ideias. O filme é muito ousado nos dois primeiros atos, tentando pender mais pro lado da ficção científica, e é bem sucedido nisso. Até o ato final, o filme parecia muito mais interessado em explorar as relações entre a futura equipe e tentar uma abordagem mais séria da origem dos heróis; e estava funcionando. A interferência militar, a realidade com que Reed encara o que acontecera a seus amigos, a ótima mudança da viagem espacial para uma viagem interdimensional, tudo isso estava me prendendo bastante a história. O filme estava conseguindo se destoar dos outros filmes de super-herói, principalmente dos da Marvel. Apenas isso já é o suficiente pra tornar Quarteto Fantástico um filme digno de nota. Porque ninguém parou pra observar essas coisas? Wolverine Imortal também teve um ótimo começo e um final péssimo, e nem por isso foi massacrado pela mídia.
Agora que já defendi o que este filme conseguiu trazer de melhor, vamos ao que ele teve de pior, de fato. Que terceiro ato horroroso. DO NADA, o filme dá um salto temporal de um ano, correndo no ótimo desenvolvimento dos personagens que vinha tendo até então, e do nada nos trás um Dr. Destino horroroso, genérico, com motivações idiotas e com um péssimo visual. Temos uma visualmente fraquíssima batalha de poucos minutos e pronto, o filme acaba. E isso claramente foi interferência dos executivos da Fox. É só assistir os trailers pra ver a enorme quantidade de cenas que foram cortadas, e cenas muito boas. E é um filme muito curto, são apenas 1h40min.
Enfim, resta saber de onde nasceu esse ódio, esse 8 ou 80, essa bipolaridade absurda. Sim, o filme merece ser criticado onde falha, e sua proposta inicial pode não agradar a todos. Mas está longe de merecer as pesadas críticas que vem recebendo. O recepção da crítica especializada chega até mesmo a ser suspeita. O que mais me parece é que há uma campanha pra desmoralizar o filme pra Fox devolver os direitos do Quarteto à Disney/Marvel (que já vem jogando sujo nos quadrinhos). E que a galera é muito polarizada e acaba entrando em qualquer tipo de hype.
PS: em momento algum me incomodei com o fato do Tocha-Humana ser negro, e olha que eu sempre torci o nariz pra essa decisão. Michael B. Jordan está tão bem no papel, que você aceita a mudança numa boa.
O Conto da Princesa Kaguya
4.4 802 Assista AgoraNormalmente nos arrependemos quando demoramos pra assistir um filme maravilhoso como O Conto da Princesa Kaguya. No meu caso, a minha enrolação me permitiu assistir ao filme numa sala de cinema, o que é incrível, principalmente tanto tempo depois de seu lançamento, visto que a obra-prima de Takahata não entrou em cartaz nos grandes cinemas do país.
Enfim, O Conto da Princesa Kaguya é tudo o que eu esperava de uma obra do Studio Ghibli. Pra começar, o traço deste filme é diferente de tudo que já vi, e no começo até estranhei. Jamais esperei assistir um filme todo em aquarela. E que traço mais lindo: a delicadeza, as cores, a variação do estilo do desenho em alguns momentos mais poéticos da narrativa, tudo é incrível. A trilha sonora também é maravilhosa, seja nos sons da floresta ou nas belíssimas músicas com instrumentos caracteristicamente japoneses.
Quanto a história em si, Princesa Kaguya é baseada num conto popular japonês. Nunca li "O Corte do Bambu", mas Takaro conseguiu transformar esta narrativa num belíssimo filme. A obra possui uma profundidade ímpar e é repleta de belas metáforas. Trata de de assuntos tão sérios, mas de uma forma tão poética, como ao mostrar como as expectativas que são geradas por outros, mesmo que com as melhores das intenções, podem nos fazer mal. Afinal, estamos sempre desejando e fazendo coisas que julgamos ser o melhor para uma pessoa querida, mas às vezes esquecemos que nem sempre nossos desejos são os mesmos desejos dessa pessoa, e que muitas vezes o motivo da nossa alegria "é a prisão e a tristeza dessa pessoa". Além disso, o filme é claro ao mostrar como não aproveitamos a simplicidade da vida, não sentimos a natureza nem temos tempo para os pequenos prazeres da vida. Acredito que cada espectador, com sua história de vida tão característica, vai absorver algo de diferente do longa-metragem.
Mais do que um filme de fantasia, O Conto da Princesa Kaguya é uma obra contemplativa. Até mesmo por isso, não sei se chega a ser um filme para crianças, que podem não ter paciência pra assisti-lo, principalmente o começo, que é propositalmente devagar. Mas mesmo sem alívios cômicos ou cenas de ação, eu tentaria botar a garotada pra assistir um filme lindo desses!
Homem-Formiga
3.7 2,0K Assista AgoraEu realmente estava com expectativas de medianas pra baixas com este filme. Não por causa do personagem, que acho interessantíssimo, mas por estar achando que a Marvel ia repetir a mesma fórmula pasteurizada que vem dando certo até agora (e não estou dizendo que isso é ruim, visto que muita gente gosta, mas eu particularmente estou começando a cansar do mais do mesmo). Porém, gostei do resultado, apesar de também não achar que o filme é isso tudo que estão falando por aí!
Achei legal que, apesar de, sim, repetir a fórmula Marvel de fazer filmes, Homem-Formiga nos apresenta uma narrativa diferente, o que deu um novo gás ao longa-metragem. O gênero de filme de assalto, somado à trama de passagem de bastão, ao invés de uma simples história de origem, tornaram a narrativa bem mais inusitada e divertida de acompanhar. Adorei também como exploraram os poderes do herói, mostrando como o diminuto protagonista é poderoso (destaque para uma cena envolvendo um dos Vingadores, grata surpresa que não foi estragada pelas atuais divulgações massivas de filmes da empresa).
Por mais que eu ache que a Marvel valoriza demais o tom cômico de seus filmes, não dá pra negar que eles são bons no que fazem, e dei boas risadas durante a sessão.
Enfim, não acho que Homem-Formiga seja o "novo" Guardiões da Galáxia, muito menos que seja melhor que Vingadores 2, mas é uma divertida história de origem, que conseguiu apresentar elementos novos interessantes, além de incríveis easter-eggs e conexões sutis, mas muito boas, com o universo cinematágráfico da Marvel.
Meu Malvado Favorito
4.0 2,8K Assista AgoraJá faz tempo que os Minions cairam no gosto popular, mas foi só recentemente que assisti ao filme que os lançou ao estrelato. Meu Malvado Favorito é uma ótima animação, com ótimas tiradas de humor, personagens carismáticos, e uma história que te prende por nos brindar com um protagonista nada usual. Ah, claro, não podemos esquecer dos divertidíssimos Minions.
O roteiro do filme é bem aquele roteiro padrão de animações infantis, e não nos apresenta nada que não já tenhamos visto antes, mas cumpre seu papel ao dar vida a personagens cativantes e diferentes, e ao conseguir divertir e transmitir valores legais pra criançada enquanto também consegue divertir os adultos.
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraKingsman: Serviço Secreto me surpreendeu muito positivamente. Realmente não dava nada pro filme, mas a história me prendeu do início ao fim. Personagens carismáticos, cenas de ação de tirar o fôlego, um humor e irreverência característicos, além de "plot twists" inesperados e, porque não, corajosos, fazem de Kingsman um filme divertidíssimo.
Ah, este filme é uma grande homenagem aos filmes de espionagem dos anos 80, 90. O roteiro até mesmo brinca com esse conceito. Dito isso, pra curtir o longa não podemos questionar os vários clichês do gênero, visto que teremos vilões megalomaníacos com planos insanos, gadgets impossíveis e garotos que se tornam super agentes em poucos dias. Mas essa é a intenção do filme, então ligue a suspensão de descrença por algumas horas e curta um dos mais divertidos filmes do ano.
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista AgoraNão entendo muito a implicância de algumas pessoas com este filme. Revi esses dias o primeiro filme da franquia, e se você curtiu essa pegada, não tem como não curtir o novíssimo Jurassic World! A premissa é basicamente a mesma, com um diferencial de encher os olhos d'água: agora nós finalmente vemos o parque funcionando!
O roteiro é simples, leve, tem seus clichês, mas assim como o teve o Parque dos DInossauros. A grande diferença é que em 1993 tudo era novidade, e o Mundo dos Dinossauros realmente se utiliza de muitas das fórmulas do primeiro longa da franquia, o que eu não achei um problema.
Não vi muitos trailers, então quase tudo pra mim foi uma novidade. O filme conseguiu me deixar tenso em vários momentos, e o climão da história me agradou muito!
A própria premissa básica de que os engenheiros do Jurassic World precisavam de novas atrações, porque a nossa geração de cansa muito rápido de novidades, querendo sempre novidades maiores, é bem interessante. O novíssimo dinossauro é de assustar! Também achei legal que dessa vez o filme veio com uma resposta pronta pro pessoal que questiona a falta de penas dos dinos, e outras diferenças em sua aparência: há uma cena em que um dos cientistas deixa novamente bem claro que nenhum dos dinossauros criados para o parque, desde o começo, foi uma representação fiel dos originais, extintos há 65 milhões de anos. Todos eles receberam enxertos genéticos de espécies modernas, para preencher as inevitáveis lacunas no DNA extraído de fósseis (isso já fazia parte da premissa original, mas nunca foi usado para explicar por que os dinossauros do parque são diferentes das versões penosas que estão emergindo dos estudos de fósseis).
Ah, e aquela história do Chris Pratt virar amigo dos Velociraptors funcionou muito bem, longe da galhofa que imaginamos pelos trailers!
Enfim, Jurassic World é um ótimo filme pipoca, que cumpre muito bem o seu papel: entreter. O diferencial mesmo fica por conta dos Dinos, sempre grandiosos em tela. Ninguém precisa deixar o cérebro do lado de fora da sessão pra curtir a história, apesar dos momentos piegas e da suspensão de descrença ser necessária em alguns momentos (precisavam botar a mulher fugindo de um T-Rex de salto?).
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros
3.9 1,7K Assista AgoraNunca tinha assistido esse filme completo, sempre pegava pela metade quando passava na TV. Não me julguem, quando esse filme lançou nos cinemas, eu ainda não tinha nem um ano. Meu pai tinha o VHS em casa, uma edição especial de colecionador, e minha mãe sempre me falava desse filme como um filme terrível de terror, violento, com dinossauros comendo pessoas de forma plástica, e eu morria de medo de assistir quando era menor, achava que era coisa de adulto. Acho que só fui me dar conta de que era um filme "pipocão" quando ele começou a ser anunciando no Cartoon Network.
Enfim, não vou nem falar da importância histórica desse filme porque deixo isso pros milhares de textos sobre o filme que tem pela internet.
Se formos analisar criticamente, veremos que é um filme bem com aquele climão de final dos anos 80, início dos anos 90. O roteiro é bem leve, e o filme tem aquele clima de Sessão da Tarde, mas é impossível não adorar o filme. É um filme extremamente divertido, tenso em diversos momentos, e não dá pra não ser envolvido por uma história que se passa num parque de dinossauros! Além disso, a história tem suas camadas pra quem quiser pegar (apesar da já furada história do DNA preservado em âmbar).
Os efeitos especiais continuam ótimos, apesar de hoje em dia ser mais fácil reconhecer a movimentação dos animatrônicos. Enfim, um grande clássico dos anos 90, sempre divertido de acompanhar!
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraVingadores Era de Ultron polarizou bastante a crítica "especializada". Mas também tô vendo muito "haterismo" por aí.. Falar que o filme é um pastelão? É sério isso?
Sem mais delongas, achei o filme foda! Talvez seu problema seja a maldita da expectativa. Pra começar, a Marvel errou em lançar trailers sombrios e carregados de significado. A galera foi pro cinema, eu inclusive, esperando um filme diferente do primeiro Vingadores, mas não foi isso que encontramos. Não que isso faça o filme ruim, mas isso faz com que o público vá esperando encontrar uma coisa diferente da que o filme se propões, e isso facilita decepções. Outra coisa que também pode ter chamado a atenção de algumas pessoas foi o fato de que a narrativa foi muito semelhante a do primeiro filme, e tínhamos acabado de sair de dois filmes que tinham propostas um tanto quanto inovadoras para os filmes da Marvel (Guardiões da Galáxia e Capitão América O Soldado Invernal). Essa estrutura meio linear não forneceu momentos surpreendentes, como os plot twists de Capitão 2. Além disso, o fato dos trailers terem revelado cenas DEMAIS acabou comprometendo mais ainda esse aspecto do filme.
Mas deixa eu falar porque achei Era de Ultron foda, antes de reclamar um pouquinho. O filme já começa com uma cena simplesmente genial! A invasão a base da Hydra é uma adaptação perfeita de um quadrinho qualquer dos Vingadores, e tudo que amamos na equipe está lá: personagens entrosados, golpes combinados, piadinhas no meio das cenas de ação, e combates plásticos! Grande parte das qualidades do filme já estão bem expostas nessa cena: ver os Vingadores já entrosados é simplesmente fantástico! As discussões e conversas entre eles, as referências, os "easter eggs", é tudo um fan service digno de nota! A cena da festa na Torre Stark é simplesmente um dos momentos mais marcantes dos filmes de super heróis até hoje. Além disso, a roteiro tem várias camadas; essa galera dizendo aí que o filme é puro entretenimento não deve estar querendo se dar ao trabalho de gastar um tempinho pensando mais na história. Eu assisti o filme mais de uma vez, e a cada reprise via coisas que antes não tinha percebido. O Ultron, por mais que seja um vilão meio bobão, traz consigo alguns questionamentos muito interessantes, além de tudo que provém do relacionando entre os Vingadores, a tônica que o Visão (Espetacular) traz à história, o embate entre Tony Stark (que quer evitar uma guerra que ainda não aconteceu) e Capitão América (que defende que a punição só pode vir depois do crime). Inclusive, mesmo sem um confronto mais direto, temos ali a semente de Guerra Civil: não foram poucos os embates ideológicos entre os protagonistas.
Todos os personagens estão ótimos. Capitão América finalmente é o líder badass que todos esperávamos ver. Tony continua sendo Tony, e todos os outros personagens estão ótimos reprisando seus papéis. O destaque mais do merecido e bem pensado dado ao Gavião Arqueiro deram um quê de importância ao personagem que enriqueceram em muito a trama, além de fortalecer muito seu papel. Os gêmeos também estão ótimos, apesar dos personagens poderem parecer meio jogados no começo da trama, visto que a origem dos personagens passa bem batida.
O roteiro, apesar de simples, é muito inteligente. O filme encontra ótimas soluções para situações difíceis, como como explicar a capa aleatória do personagem Visão ou como fazer a equipe confiar numa cria de Ultron recém nascida?
Mas como nem tudo são flores, vamos ao que me incomodou em Era de Ultron. Além do que já falei no parágrafo inicial, achei o roteiro meio corrido. Algumas coisas acontecem rápido demais, e isso tem uma explicação: Joss Whedon foi orbrigado a cortar meia hora do filme, depois de já pronto. Por isso algumas cenas devem ter parecido jogadas, como o momento em que Thor vai pra um tal poço tentar lembrar de seus sonhos (achei essa cena jogada e muito aleatória, mas foi uma exigência dos produtores da Marvel).
Enfim, que fique de lição pra Marvel: está na hora de mudar um pouco a estrutura narrativa de seus filmes. Vejam como deu certo com Guardiões e Capitão 2. Era de Ultron é um grande filme, mas que chega desgastado por repetir o que deu certo no primeiro Vingadores.
PS1: mais alguém ficou incomodado, além de mim e do Azhagal, com a boca do Ultron que mexe? Seria muito mais foda uma boca robótica funcional. Entendo as decisões da equipe de arte, maaas...
PS2: Não curti a morte do Mercúrio. Gostei dele como personagem, e achei sua morte um tanto quanto estúpida. Ela faz sentido no meio do filme e serve como ponto de amadurecimento dos roteiros da Marvel, mas acho que a cena podia ser um pouco melhor, talvez uma morte mais digna, e com mais tempo de luto em tela, pros expectadores sentirem o peso da perda do personagem. AH, e o final com a formação dos Novos Vingadores é simplesmente demais para qualquer fã de quadrinhos!
Planeta Hulk
3.4 105Planeta Hulk é uma boa animação, mas fica nisso.
É também uma boa adaptação, apesar de algumas mudanças desnecessárias terem sido feitas. A animação sacrifica algumas subtramas da HQ, funcionando mais como uma compilação em 80 minutos da trama original. O quadrinho é muito mais rico tanto em desenvolvimento da história quanto em construção dos personagens. Faltou um roteiro que aprofundasse mais as questões que o quadrinho levanta, ou uma trama que desse alguma profundidade e carisma maior ao Hulk. Não gostei também da forma como adaptaram o Rei Vermelho, tornando-o superficial demais. Talvez se a história fosse dividida em duas partes, como fizeram na animação do Cavaleiro das Trevas.
Mas isso não faz Planeta Hulk um filme ruim. É uma animação divertida e bem feita, e que talvez seja melhor aproveitada por quem não leu o material original.
PS: De início não entendi porque substituíram a grande aparição do Surfista Prateado pelo personagem Bill Raio Beta, muito menos conhecido do público geral que o primeiro. Pesquisando sobre o assunto, parece que foi por motivo de direitos autorais.
PS2: É uma pena que a animação não aborde o final trágico da trama de Planeta Hulk.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista Agora"Uma coisa é uma coisa e não o que os outros dizem dessa coisa."
Realmente, é merecida a indicação de Birdman ao Oscar e toda a "hype" do filme. Não achei ele tão de nicho quanto alguns outros filmes mais autorais que costumam competir pelo Oscar, como Boyhood. Porém, a narrativa não é tão simples e linear. Principalmente no começo do filme, eu fiquei um pouco confuso de me situar com os acontecimentos e entender direito o que estava acontecendo. Mas por volta de 20 minutos de filme, eu já estava totalmente imerso na história, absorvendo tudo que Birdman tinha a me oferecer. O filme é recheado de camadas, e toda vez que o assistirmos pegaremos algo novo. Mas, principalmente, o filme é uma crítica a indústria cinematográfica, a crítica especializada, ao mundo de "glamour" das celebridades, ao grande público que só quer assistir um tipo de entretenimento, e ao fato de nós termos a mania de rotular tudo, e acho que essa é a principal mensagem do flime. Como temos mania de rotular as coisas: isso é filme de "nerd", isso é filme pra "gente desmiolada", esse filme é pra gente "cult" demais, etc, etc. Mas o mais fantástico é que o filme não é unilateral, ele critica, e pesadamente, ambos os lados. Vale muito a pena assistir.
O filme também brinca muito com o surrealismo. Nem sempre sabemos o que é e o que não é real.
Nem preciso dizer que a parte técnica é fantástica. As atuações também são brilhantes, em todos os aspectos. Ah, e também não tem como não citar a trilha sonora, que mesmo não sendo épica ou marcante, se encaixa perfeitamente no clima do filme.
Só tiro meio ponto porque achei o começo do filme um pouco confuso, devido a proposta narrativa um pouco diferente. E por não deixar algumas situações muito claras.
Os Boxtrolls
3.6 296 Assista AgoraSou suspeito pra falar pois adoro as animações da Laika. O fato de, em meio a era digital, eles não abandonarem a animação stop-motion que os vem consagrando é de se tirar o chapéu. Mas o que eu gosto nas animações da Laika é que, assim como a Pixar, eles não tem medo de dar um tom mais adulto as suas histórias ou abordar com certa profundida temas pertinentes. Longe de achar a história clichê, achei que o filme tomou um rumo bem diferente do habituado nas animações infantis. Em The Boxtrolls eu vi uma fábula moderna sobre a vida moderna, sobre classes sociais, sobre pessoas que voltam sua atenção para objetos, títulos e condição exterior, sobre o preconceito, e sobre a relação entre pai e filho. Os efeitos de animação estão fantásticos também. Achei os personagens fortes, complexos e bem coerentes ao longo de toda a metragem, principalmente a dupla de capangas, sensacional por sinal (talvez a repentina mudança de comportamento do pai de Winnie no final do filme seja a única excessão, mas provavelmente os diretores queriam fechar essa subtrama). Enfim, The Boxtrolls é mais uma grande obra dos estúdios Laika, que pode parecer previsível às vezes, mas que não deixa de nos surpreender em vários momentos e nos brinda com ótimas reflexões ao final de sua projeção.
PS: até agora é minha animação favorita ao Oscar 2015, porém ainda falta assistir O Conto da Princesa Kaguya.
PS2: há uma genial cena pós-créditos, não deixe de conferir!
Como Treinar o seu Dragão 2
4.1 1,4K Assista AgoraComo Treinar o Seu Dragão 2 mantém o alto nível da primeira animação. A história continua dinâmica, repleta de ótimas cenas de ação, e o visual está novamente fantástico. Os personagens também continuam tão carismáticos quanto no primeiro filme, ou até mais, já que já temos uma ligação com os mesmos, e há uma clara evolução em suas personalidade devido a passagem de 5 anos entre os longas. A narrativa aborda questões bem maduras, e toma decisões ousadas, deixando o filme imprevisível, o que é muito bom. Infelizmente, ele também peca nos mesmos pontos que o primeiro. A história não nos traz nada de novo, mas até ai tudo bem. O problema maior é que algumas subtramas são corridas demais, e certos temas, que poderiam ser bem explorados (como a relação de Soluço com uma dada personagem que aparece no começo do filme) acabam não ocorrendo de forma satisfatória. Não gostei do destino de um dado protagonista, mas isso é bem pessoal, e a cena a que me refiro é uma das mais bonitas do filme. Enfim, Como Treinar o Seu Dragão 2 é uma ótima animação, com tudo que o gênero pede, mas que ainda não o faz com a mesma maestria que a Pixar. Porém, a Dreamworks está no caminho certo.
Como Treinar o seu Dragão
4.2 2,4K Assista AgoraComo Treinar o Seu Dragão acerta onde tantas outras animações infantis falham: traz uma mensagem madura, que se mistura de forma natural ao filme, em meio a uma história dinâmica e repleta de ação, de modo a não cansar as crianças. A história é envolvente e em nenhum momento "tenta forçar a barra" pra gente aceitar a evolução dos personagens ou da trama. Os personagens são extremamente carismáticos, o visual é lindo, e as cenas de ação e corre-corre estão na medida. E mais uma vez a Dreamworks aposta na premissa de que o diferente merece ser respeitado e conhecido. Por um lado, pode parecer que o estúdio não inova e que história não apresenta nada que não já tenhamos visto antes, porém, Como Treinar o Seu Dragão tem uma mensagem tão poderosa que aborda temas como relacionamentos entre pais e filhos, mudanças de pensamentos e atitudes, além de mostrar como é sempre bom ter a mente aberta para novas experiências e nunca pré-julgar o diferente, e tem uma história tão empolgante que a gente nem repara nisso.
Operação Big Hero
4.2 1,9K Assista AgoraOperação Big Hero é um ótimo filme dentro da sua proposta, que é ser um entretenimento infantil de qualidade. Os personagens são muito carismáticos, principalmente Baymax. O personagem e sua sinceridade desconcertante rendem ótimas piadas e algumas das cenas mais divertidas do filme. A história do filme é interessante e flui naturalmente, sem em nenhum momento ficar arrastado ao ponto de incomodar os mais velhos, e também tem momentos emocionantes pra criançada, que podem tocar até mesmo os adultos. Pro seu público alvo, é diversão garantida.
Eu, como representante do público mais velho, também me diverti, principalmente com as ótimas sacadas de humor. Visualmente falando, a animação é linda. Infelizmente, o roteiro não é tão bem trabalhado como em algumas outras animações recentes. E não é questão de ser um filme infantil, pois a Pixar está aí pra provar o contrário. Big Hero 6 tenta abordar questões bem pertinentes, como a questão da vingança, mas acho que o faz de forma muito superficial, correndo em momentos em que o longa poderia explorar mais a personalidade do vilão e suas motivações, por exemplo. Justamente por isso, o vilão, que teoricamente tem um background muito interessante e deveria servir de contra-ponto ao protagonista, não tem "presença" e não sai do genérico. Fica de ponto negativo, então, que o filme tinha um ótimo potencial, que acho que não foi totalmente aproveitado.
Enfim, Operação Big Hero é uma ótima animação, divertidíssima, com personagens carismáticos, mas que apesar do começo corajoso e promissor, poderia ter aproveitado mais do seu potencial.
PS: Pra quem não sabe, o filme é baseado num quadrinho da Marvel dos anos 90.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraBoyhood: Da Infância à Juventude é um desses filmes que a gente diz: "ou você ama ou você odeia". Mas independente de você ter gostado ou não da proposta do filme, há de se admitir: é uma obra-prima, não só pelo projeto em si, mas pela maneira que ele foi produzido, afinal, não é todo dia que vemos as gravações de um filme durarem 12 anos.
Realmente, Boyhood não é um filme pra qualquer pessoa. Acredito que o que levou a maioria dessas pessoas que não se encaixam no público do filme a não curtirem a experiência é o fato dele ser extremamente longo e de não acontecer "nada" no filme, não há nenhum "grande" momento, apenas uma sucessão de fatos banais e comuns na vida de um garoto comum, como conversas com a mãe, brincadeiras com a irmã, fins-de-semana com o pai, etc.. Eu entendo quem não tem paciência pra acompanhar Boyhood, pois é uma questão de gosto, porém, o filme é brilhante dentro da sua proposta. Afinal, será que a vida é feita apenas desses grandes momentos? Porque esses momentos seriam mais importantes que os pequenos acontecimentos de nosso dia-a-dia? O filme se dispõe a esse debate, afinal, a vida real não acontece apenas nas situações grandiosas, mas principalmente entre elas, no nosso dia-a-dia. No final, a vida passa tão rápida, que cada momento é precioso. Cada pequena lembrança faz parte de nós.
Me identifiquei muito com várias passagens do filme. Acho difícil não nos pegarmos pensando sobre várias situações que já vivemos, ou nos pegar rindo lembrando de como já fizemos exatamente como o protagonista. Aí mora o encanto de Boyhood: é um filme extremamente contemplativo, pra ser saboreado. Porém, apesar da maioria de nós nos identificarmos, há de se destacar que essa juventude mostrada é a juventude de um jovem de classe média, privilegiada.
Pra finalizar, preciso dizer o quão genial é poder acompanhar o crescimento real dos personagens ao longo dos 12 anos em que foi produzido? É simplesmente fantástico acompanhar as mudanças tanto físicas quanto psicológicas dos protagonistas, e de lembrarmos de nós mesmos quando passamos por essas mudanças. O filme nos mostra como o tempo realmente passa num piscar de olhos, e quando menos esperamos passamos dos 10 aos 20 anos.
Enfim, atuações impecáveis, direção impecável, uma ótima edição e uma excelente trilha sonora fazem sim de Boyhood grande merecedor do Oscar de Melhor Filme de 2014. Agora é esperar pra ver.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraÉ difícil falar de um filme como "Her". Resenhas destrinchando as particularidades do filme já foram feitas aos montes por aí. Mas não importa quantas pessoas falem, nunca será o suficiente. Esse filme é fantástico.
Na minha opinião, e diferente do que vi algumas pessoas falarem, não acho que o filme fale sobre o distanciamento que a tecnologia traz. Pelo contrário, “Ela” é um filme sobre a verdade do amor, do amor imaterial, e de como ele pode sim existir entre qualquer tipo de ser, e no caso de Theodore, o protagonista que se apaixona por seu Sistema Operacional, por um que “não existe”.
"Ela" trata da natureza dos relacionamentos humanos e de seu amadurecimento, e é muito sensível em trazer essa mensagem. Há cenas sem nenhum diálogo, e mesmo assim cheias de conteúdo. É um filme repleto de mensagens, questionamentos, cenas introspectivas, que vão fazendo a gente perceber várias das decisões que tomamos ao longo da vida, e vai aos pouquinhos nos reensinando a viver.
Não há como não mencionar também a brilhante atuação de Joaquin Phoenix (Theodore), que deveria ter sido indicado ao Oscar, e a de Scarlet Johanson (Samantha), que mesmo sem aparecer uma vez sequer no filme, se fez tão presente e amável como o SO de Theodore que faz com que até nós passemos a querer um sistema desses.
A trilha sonora também é maravilhosa, e se encaixa perfeitamente no clima do filme.
Enfim, é um filme tão bonito e tão cheio de propósito que dá vontade de escrever e falar muito mais sobre ele. Mas o que posso dizer com certeza é que todo mundo deveria assisti-lo para tirar suas próprias conclusões, e, quem sabe, reaprender a viver junto de Theodore e Samantha.
Ah, "Her" foi o melhor filme de 2013, pelo National Board of Review, e dividiu o primeiro lugar de Melhor Filme com Gravidade nos Prémios Los Angeles Film Critics Association. Recebeu cinco indicações ao Oscar 2014 – Melhor Filme, Melhor Canção Original (“The Moon Song”, de Karen O e Spike Jonze), Melhor Roteiro Original, Melhor Trilha Sonora e Melhor Design de Produção. Levou o de Melhor Roteiro. Recebeu também três indicações ao Globo de Ouro: Melhor Filme - Musical ou Comédia, Melhor Roteiro e Melhor Ator - Filme Musical ou Comédia, vencendo o de Melhor Roteiro.
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
3.9 2,0K Assista AgoraAcabei de sair do cinema e vou avaliar o filme sem levar muito em conta os longas anteriores e o livro. Depois que eu o reler e reassistir a trilogia em sequência, faço um comentário mais completo.
Bem, o começo do filme foi meio anti-climático, mas muito mais por erros do filme anterior do que deste. Seria muito mais interessante trocar toda a cena de perseguição com o dragão dentro da montanha em A Desolação de Smaug por essa luta que acontece no começo do 3º filme. Achei falho A Batalha dos Cinco Exércitos ter só 10 minutinhos de luta contra Smaug, que muito pouco mostra de todo o poder de uma fera tão poderosa, e que é tão rapidamente derrotado. Mas como disse, isso é uma falha do planejamento da trilogia, e não deste filme em si.
Mas é passada essa cena que o longa-metragem começa em si, e é aí que ele brilha. Como o próprio nome diz, O Hobbit 3 é sobre A Batalha dos 5 Exércitos. As cenas de ação estão simplesmente sensacionais, e a Terra-Média está linda como sempre.
Os personagens também estão ótimos, e o filme tem várias cenas bem tocantes. A personalidade de cada um deles é muito característica, e você realmente se preocupa com seus destinos. Thorin e Bilbo estão sensacionais, seus respectivos arcos e personalidades muito bem desenvolvidos e explorados. Tauriel foi uma ótima personagem criada por PJ (apesar deu não ter curtido esse romance "mágico" com o anão), e Legolas "mita" como sempre.
Já o que me incomodou em A Batalha dos Cinco Exércitos foi que, apesar das maravilhosas cenas de ação, esperava uma guerra mais grandiosa. O filme mostra mais cenas de combate (fodas, por sinal) isoladas do que a guerra como algo maior, além de não mostrar o desfecho da batalha (você só sabe que ela acabou). Também achei que o exército dos anões estava muito pequeno (cadê as balistas que aparecem no trailer?), além do que o Beorn podia ter tido mais tempo em tela.
Enfim, A Batalha dos Cinco Exércitos é mais um passeio pela Terra-Média, com todos aqueles elementos de Senhor dos Anéis que ou você gosta, ou não gosta. Pra quem curte, é um ótimo filme, mas que está longe do que foi a trilogia original.
Immortel (ad vitam)
3.1 26proposta: adaptação de um quadrinho/ distopia
Eu fui assistir Immortel já tendo lido a Trilogia Nikopol, obra cujo filme é uma adaptação. Dito isso, acho muito difícil comparar as duas versões, visto que encarei esse filme muito mais como um complemento da história em quadrinho, do que como umas simples adaptação.
O filme expande e explica muita coisa que é pouco explorada na Trilogia Nikopol, como a própria Jill, e o misterioso John, dois personagens, que apesar de muito importantes, são pouco explorados na HQ. Então por mais que o filme mude muita coisa da narrativa original, ele também dá um background pros personagens, o que irá facilitar o entendimento do quadrinho.
Porém, como um obra independente, o filme peca um pouco. Acredito que seja difícil pra quem não leu o quadrinho pescar tudo o que acontece. Eu mesmo tive um pouco de dificuldade de entender alguns novos personagens que foram introduzidos. Immortel também perde um pouco da acidez e crítica social que existe no quadrinho, por focar mais na relação entre os protagonistas.
Um ponto que também achei negativo foi a mudança no objetivo de Hórus. Nos quadrinhos seus objetivos nunca são muito claros, e apesar do filme esclarecer um ponto muito importante no mote do protagonista que só é meramente citado na Trilogia, infelizmente aqui esse parece ser o único objetivo do deus, e isso empobrece um pouco o personagem, visto que no original seu objetivo é muito mais profundo, complexo, e porque não, humano.
Visualmente falando, o filme é ótimo. Apesar de estranhar um pouco no começo a mistura de atores reais com personagens em computação gráfico, e do CGI ser um pouco tosco em alguns momentos, o mundo de Enki foi magistralmente transportado pras telas. Além de bonito e muito bem detalhado, há ambientes que parece que foram diretamente transportados das páginas da HQ. A trilha sonora também é muito boa, e dá o tom certo às cenas.
Enfim, não acho que Immortel (Ad Vitam) seja um filme pra qualquer um. Eu o recomendo principalmente pra quem já leu A Trilogia Nikopol, pois vai expandir a leitura. Fora isso, esse filme é uma experiência interessante de Enki Bilal, com alguns conceitos bem interessantes.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraEsse filme beira a perfeição. Trata de temas tão profundos, mas ao mesmo tempo tão simples. Nolan é um cineasta fantástico, que consegue explorar um universo rico de conteúdo e diferenciado que outros diretores não conseguem, e leva esses temas para o grande público, sem nem por isso "emburrecer" o filme. Claro, o filme é didático (e como tem gente que reclama disso), mas acho isso bom, afinal ele não pode sair do pressuposto de que todo mundo que vai aos cinemas saiba de tudo que ele se propõe a discutir.
Além de falar sobre amor, família, humanidade e ciência, o filme propõe um debate interessantíssimo que dialoga bastante conosco: a constante disputa entre o viver coletivo e o individual. Será que os anseios coletivos podem sobrepujar nossos desejos particulares?
O visual também está fantástico (o físico que ajudou na montagem do roteiro disse que o buraco negro do filme é a montagem mais próxima da realidade já feita até hoje).
O elenco inteiro é fantástico, com destaque para as atuações de Jessica Chastain (Murphy), Michael Caine (Professor Brand) e Matthew McConaughey (Cooper). As atuações e o roteiro são bem emotivos, e você pode se pegar chorando em mais uma cena. Preciso dizer também que adorei o robô TARS.
Enfim, Interestelar é um filme mais do que recomendado, pra ser assistido mais de uma vez, pois não é um filme fácil. É um daqueles filmes que a gente demora pra parar de pensar na história, e que fazem você sair se sentido diferente depois da sessão. Abandonamos um pouco do nosso mundinho pequeno e limitado.
ParaNorman
3.6 845 Assista AgoraNão tem como dar uma nota menor pra esse filme. ParaNorman é um filme de adulto disfarçado de animação infantil, recheado de tiradas ácidas, que os menores não vão entender. Porém, nem por isso deixa de ser uma animação infantil, e os personagens cativantes e as cenas de humor servem pra prender a atenção da molecada, sem deixar o filme maçante pros mais velhos. A mensagem da história é profunda e bem adulta. Extremamente recomendado, não necessariamente pra se ver com uma criança: eu vi sozinho e me diverti muito.
Walt nos Bastidores de Mary Poppins
3.8 580 Assista AgoraO filme não condiz exatamente com os fatos reais, romantizando demais ambos os personagens. Portanto, como biografia, peca bastante. Porém, como filme é belíssimo. Personagens interessante e cativantes, uma história bastante interessante e muito bem contada. Os flashbacks introduzidos ao longo do filme foram muito bem colocados e dão bastante profundidade ao personagem interpretado por Emma Thompson. Além disso, é recheado de belas mensagens. Não dava nada pelo filme, principalmente pelo péssimo nome, mas me surpreendi bastante.
Drácula: A História Nunca Contada
3.2 1,4K Assista AgoraÉ uma reinterpretação do mito do Drácula. A abordagem é interessante, além da construção de um background interessante para os protagonistas. Além disso, o roteiro aborda temáticas bem interessantes a respeito de sacrifício, moral, poder, dentre outros. O final é surpreendente e agrada, e abre caminho pra uma continuação bem interessante, com uma pegada bem diferente. Infelizmente, o roteiro é um pouco corrido e genérico em alguns momentos, mas vai ganhando autenticidade do meio pro final. As cenas de luta são um pouco genéricas. No mais, você nem vê o tempo passando e se importa com os personagens. Luke Evans é um ator muito carismático.
Cores do Destino
3.5 196 Assista AgoraÉ um filme extremamente difícil de ser avaliado. A primeira vez que assisti, também não entendi nada. Não sabia muito bem o que o diretor estava querendo passar. Só sabia que a trilha sonora e a fotografia eram maravilhosas. Porém, depois de parar pra refletir sobre o mesmo, e escutar várias discussões e opiniões, o filme quase que explodiu na minha cabeça. Há várias interpretações possíveis, e todas elas extremamente intrusivas e pessoais. Mas que fique claro: é um tipo de filme EXTREMAMENTE autoral, experimental, e é pra quem gosta desse tipo de filme.
Ibara no Ou
3.4 22É um bom filme, que aborda questões muito interessantes, mas é corrido demais. Acho que uma adaptação do mangá em anime conseguiria desenvolver muito melhor a história e os personagens. Os efeitos em CGI ficaram toscos demais!