Tenho muito a dizer sobre esse filme, mesmo o final tendo quebrado minhas análises feitas até então. Para não passar em branco, apenas um breve comentário:
Esse filme tem um final muito esquisito! enquanto podemos observar a Síndrome de Estocolmo sendo delineada muito bem no desenrolar da história, seja pela sua condução ou atuações - cheguei a ficar triste quando a personagem disse "átame" prq até então ela poderia estar planejando uma fuga, porém, ao fazer esse pedido a personagem acabou com essa possibilidade e podemos então confirmar sua condição - sendo possível analisar através de várias hipóteses a partir de perspectivas sociais e psicológicas as complexas (característica que evidencia-se na longa discussão e pontos de vistas diferentes suscitados nos telespectadores) - ações e tomadas de decisão dos personagens. Assim como podemos observar a objetificação da mulher, a misoginia e várias questões relacionadas a dominação masculina que dá uma ótima análise do filme como um todo. Porém, aquele final foi (????). A protagonista ir atrás dele é até razoável e explicável tendo em vista a Síndrome de Estocolmo, o problema é a própria irmã ajudar a encontrar o sequestrador, apoiar o relacionamento e do nada se cria uma atmosfera de romance que toma conta dos momentos finais do filme, contendo até música e canto! eu realmente fiquei assustado com isso kkkkk é problemático? muito! mas não dá pra negar que é um excelente filme, com ótimas atuações, interessantíssimo e com um final estranho, problemático e non-sense que me pegou de surpresa e por conta disso e do conjunto da obra dei uma ótima avaliação.
A Senhora Marcelle me deixou intrigado até o fim! foi uma ótima experiência assistir atores sociais que ganharam voz e se transformaram em personagens de um documentário tão belo. As histórias de vida de cada um ali e suas relações me fez imergir na rua Daguerre, como se fosse possível, tangível. A montagem criativa ajuda muito também. A parte em que cada um fala sobre seus sonhos e demonstram como o trabalho influencia, consequentemente, na construção de suas expectativas é bem interessante.
Um filme repleto de coisas vulgares e bobas - estúpidas e exageradas também servem como alternativa ou complemento - jogadas na tela em uma velocidade tão típica de uma sociedade dominada pela tecnologia que a única coisa que conseguia pensar durante o filme era: Tudo em todo lugar ao mesmo tempo enquanto produção cinematográfica é um reflexo da nova geração dominada pelas dinâmicas das redes sociais e dos estímulos desenfreados que o espaço das redes virtuais oferecem.
Os filmes da Marvel não são nada perto desse aqui. Se por um lado a tecnologia facilitou e permitiu adaptações mais desenvolvidas e visualmente diversas de HQ e outras ficções que demandavam de efeitos especiais específicos e melhores, por outro, essa tecnologia é usada de forma abusiva para atender o mercado cinematográfico. E esse filme abusa e muito das possibilidades de usar esses recursos tecnológicos para implementar elementos visuais a favor de sua premissa de multiverso.
Tem tanta coisa boba ( até mesmo no humor) e exagerada quanto os filmes da Marvel ou DC que vivem sendo criticados. Tudo em todo lugar ao mesmo tempo segue uma fórmula de se fazer filmes que não é nova e acompanha outras produções cinematográficas que utilizam recursos visuais e clichês típicos dos novos Blockbusters. Ao mesmo tempo podemos ver a execução desse filme como um reflexo de uma sociedade dominada pelas dinâmicas das redes sociais e viciada em dopamina.
Mas é claro, o filme teve muita coisa interessante (principalmente na primeira metade), a atuação da Michelle Yeoh é fantástica! os efeitos especiais são excelentes, a trilha sonora também e a premissa do filme é ao menos ousada mesmo se pautando na ideia de multiverso que não é uma novidade. Por isso, acho que quatro estrelas e meia são merecidas.
Aliás, esse é somente um olhar crítico ao filme mas ele também pode ser assistido de forma descontraída, só pra rir ou passar tempo. Nada demais.
Um filme pra ser considerado "pesado" não precisa ter cenas de violência explicitas de gore e apelações. O horror está nas cenas cruas, o horror está estampado nas faces dos personagens, sobretudo, no silêncio - dos personagens e de Deus - somado a isso, na ausência de uma trilha sonora em basicamente o filme todo que dita o ritmo e a atmosfera soturna. Mais uma obra prima do Bergman.
Parece que por conta de sua característica angustiante e frustrante senti que o filme foi ficando cada vez mais maçante, como se a atmosfera ali transcendesse a tela e eu me arrastasse junto aos os personagens. Isso deu até impressão que o filme foi longo.
Entendi a crítica feita pelo diretor e lendo alguns comentários algumas coisas ficaram mais claras, no entanto, ainda assim não achei maravilhoso, não gostei muito. Poderia ter uma opinião diferente visto novamente algum dia? com certeza, mas nesse momento ele não me agradou tanto.
Mas valeu a experiência, é um daqueles filmes que você não esquece. Inclusive, achei interessante o incômodo que me causou, ao final eu estava aliviado que tinha terminado. Alguns dizem que parecia um pesadelo, concordo, mas acrescento ainda; o anjo exterminador consegue fazer nosso estado de espirito mudar com a frustação, desespero dos personagens e a atmosfera angustiante do filme transcendendo a tela e sugando você. O que muito explica meu alívio ao terminar
Acho que fui até bonzinho em dá 3 estrelas, o destaque mesmo do filme é a Alana Haim que interpretou a única personagem interessante. Engraçado que o inicio do filme logo me prendeu, parecia até um romance promissor e eu fiquei animado, no entanto, aos pouquinhos o filme foi ficando ruim e antes da metade eu me perguntei: porque estou assistindo isso?
- 2 horas desnecessárias, o filme é bem vazio, nada é aprofundado e foca em muita coisa que não é relevante.
- Prq os personagens correm tanto? Eles passam o filme todo correndo pelas ruas sem nenhum motivo. Nem James Bond corre tanto nos seus filmes.
- Tudo que acontece é jogado do nada, não se sabe como, porque e quando os personagens tomaram a decisão de fazer tal coisa, quando você vai ver eles estão fazendo e pronto. Até os conflitos não são bem apresentados e nem resolvidos, é tudo muito aleatório.
- Personagens secundários sem relevância nenhuma e que só tornam o filme mais vazio ainda.
- O filme: Um garoto chato e claramente rico com muito tempo de sobra pra investir em tudo que ele acha que vai dar dinheiro se apaixona por uma garota mais velha, a relação dois dois se dá através de conflitos desinteressantes e sem desenvolvimento. E o título "Licorice Pizza" só tem significado pro diretor, já pra você que assiste é melhor abrir uma pizzaria com esse nome que tu ganha mais.
Muito bonito, simples e bem leve, o filme não é longo e passa bem rápido. Eu realmente não sei qual a necessidade de determinadas comparações que o povo faz, realmente não sei...queriam um documentário do conflito? Um reflexo dos clássicos do gênero? Os clássicos estão lá, é só assistir eles. Gostei da proposta desse filme, seu tom leve contrasta com o período conturbado retratado, um filme descontraído pra se assistir em tempos pesados (principalmente nesse período que estamos vivemos). Belfast é um filme simples (nada muito grandioso), curto e muito agradável de se assistir.
Visualmente o filme é um espetáculo! A sofisticação da produção artística aqui merece um prêmio de tão incrível. Porém, Duna no geral é um filme esquisito, ele é lento demais e não acontece muita coisa relevante que justifique suas duas horas de duração. Ao mesmo tempo, com o desenrolar da história o filme consegue demonstrar um potencial muito grande e isso vai levando o sujeito a querer continuar assistindo. Gostei bastante da trilha sonora também, sempre usada no momento certo. No entanto, recomendo que não assista quando estiver cansado, com sono ou procurando passar o tempo. Esse filme requer uma certa disposição e interesse, caso contrário é bem provável que você pegue no sono.
Espero que o segundo filme seja mais dinâmico, acredito que essa lentidão possa até ser perdoada aqui neste primeiro filme, mas é bom que o próximo tenha mais ação ou ao menos mais profundidade.
Passei alguns dias pensando antes de escrever algo sobre o fim da série e essa última temporada em si. Dark é sem dúvidas uma das séries mais ousadas e ambiciosas já produzidas, nem dá pra acreditar que conseguiram fechar bem esse emaranhado de tramas e linhas temporais confusas e complexas. Eu confesso que duvidei que a série acabaria bem desde o inicio dessa terceira temporada, a começar com essa ideia da existência de outro mundo, que francamente, achei forçado desde o inicio e cheguei até desanimar. No entanto, foi tudo se encaixando aos poucos e no final acabou demonstrando não ser uma ideia tão ruim assim.
Essa terceira temporada é muito boa, a ficção científica da série foi se expandindo a cada temporada, com novos elementos sendo introduzidos e mudando a dinâmica da série ( como o dispositivo usado pela outra Martha para viajar no tempo), é compreensível que as pessoas sintam saudades da primeira e segunda temporada, mas com uma história dessas creio que foi inevitável a série chegar onde chegou.
Uma coisa impressionante e que todo mundo já sabe diz respeito as semelhanças dos personagens mais velhos e mais novos. Sem dúvidas não existe outra série igual quando a questão é o elenco, algo a ser aplaudido. Uma coisa que me chamou atenção nessa temporada infelizmente foram as frases clichês usadas pelos personagens, o Adam principalmente é cheio dessas frases de efeito, toda vez que aparece em cena ele solta uma.
Tem séries que você tem como desejo apagar da memória pra assistir novamente, com Dark já é o contrário, não vejo a hora de assistir novamente já sabendo o que acontece pra poder pegar coisas das quais eu não tinha percebido e compreender ainda mais a história. A forma minuciosa como tudo se conecta já torna Dark digna de ser colocada entre as melhores séries já feitas, não é qualquer série que consegue ser bem sucedida dessa forma, principalmente se estamos falando de viagem no tempo que é algo sempre polêmico por abrir brechas para furos e clichês do gênero que ninguém aguenta mais. Quando a série parecia entrar em um caminho questionável ela surpreendia e foi assim até o final. Dark se tornou uma de minhas séries preferidas.
Breaking Bad é uma daquelas séries raras cuja qualidade de seu desfecho não deixa mentir, é uma série brilhante! Essa quinta temporada é sombria, as coisas que acontecem aqui atingem níveis brutais, somado a isso temos atuações ainda mais maravilhosas e episódios memoráveis. O próprio inicio da temporada mostrando o futuro do Walter já me trás certa nostalgia da primeira vez que assisti. Sei que o Bryan Cranston e o Aaron Paul novamente dão um show de atuação, porém é preciso mencionar e destacar a atuação do Dean Norris (Hank), um puta ator cuja expressões de revolta e ódio criam uma atmosfera surreal, é como se você estivesse sentindo o que o personagem também sente em determinado momento. Uma coisa que notei foi a iluminação da casa dos White nessa temporada, sempre na penumbra enfatizando toda escuridão que acompanha o Walter, toda decadência da relação dele com a Skyler. Desde a temporada passada sabemos que Walter incorpora definitivamente um vilão e é com a morte do Gus que ele demonstra mais isso. Já nessa temporada sua desumanidade atinge proporções enormes e as consequências são pesadas para todos. Durante a série a ambição e ganancia do Walter vai crescendo gradualmente e é essa mesma ganancia que o leva a derrocada em "To` Hajiilee" e "Ozymandias", o ápice da série. Jesse é o personagem que mais sofreu sem dúvidas com todas as manipulações, mortes e [ainda com o cativeiro]...ele passou pelo inferno. Obviamente todos ao redor do Walter sofreram com isso, porém, creio que o Jesse é um dos personagens atingidos mais brutalmente pela construção do "império" do Walter.
Entre as frases marcantes dessa temporada, deixo aqui aquela do episódio "Say my name": "Seu produto é um refrigerante sabor cola, genérico e mal feito. O meu é a clássica Coca-Cola. Você realmente quer viver em um mundo sem Coca-Cola?" A ousadia do Walter chega a ser hilária kkk.
E também a do episódio "Buyout": "Jesse você me perguntou se eu estou no negócio da metanfetamina ou do dinheiro. Nenhum dos dois. Eu estou no negócio do império".
E por fim [aquilo que marca o adeus e a primeira vez que o Walter admiti e assume a culpa por tudo de ruim que aconteceu, sem usar a família como desculpa, dessa vez sem mentir]: "Tudo que eu fiz....eu fiz por mim...eu gostava, eu era bom nisso...e eu estava vivo."
Essa é a temporada onde temos a confirmação que Walter White é um dos melhores anti-heróis ( vilão, seria melhor dizer já a essa altura) criado. Seria desnecessário me arrastar pontuando cada coisa incrível que teve, é melhor falar sobre a satisfação de se assistir uma série onde você pode pegar todas temporadas anteriores e observar um vinculo entre tudo que foi construído desde o início. Muitas séries se perdem no meio do caminho, esquecem determinados personagens, inventam histórias paralelas que não acrescentam em nada e que contradizem a história, forçam a barra muitas vezes pra deixar a história interessante. Nada disso acontece em Breaking bad. Walter, Jesse, Skyler, Gus, até Hector Salamanca tem um ótimo desenvolvimento e estão situados em um roteiro bem elaborado, as saídas pra determinadas questões são bem planejadas e a minuciosidade do roteiro continua presente.
Pra quem gostou desta temporada, a próxima consegue ser ainda melhor e fechar com chave de ouro a série. Volto a repetir o que disse em comentários anteriores,Breaking Bad cresce gradualmente e cada temporada supera a outra.
Como eu já mencionei em um comentário, Breaking Bad cresce gradualmente a cada temporada. Aqui temos o dobro de conflito e tensões que deixam a trama mais interessante e com rumos instigantes. O desenvolvimento da Skyler é excelente, quando descobre sobre a metanfetamina a personagem toma série de atitudes questionáveis, cuja ambiguidade merece uma análise que considere tudo que ela passou e passa na série, coisa que críticas superficiais que julgam seu caráter ou que colocam o Walter em um pedestal em detrimento dela - algo que me faz pensar se essas pessoas realmente estão assistindo a mesma série que eu - não conseguem fazer direito. Jesse aqui já reflete mais sobre o rumo que sua vida tomou após se envolver com o " grande Heisenberg", e se afunda cada vez mais.
A obsessão do Walter, seu egoísmo e ambição são expressados tão bem pela atuação do Bryan Cranston que é impossível deixar de comentar isso. Que ator! No meio de toda obscuridade que envolve o Walter, o personagem ainda demonstra arrependimento por algumas atitudes, infelizmente sempre tarde demais e depois de ter prejudicado alguém, algo que é demonstrado no episódio da mosca. Esse episódio polêmico pode passar batido por aquelas pessoas mais desatentas ou que costumam assistir a série desinteressadas por alguma razão. Nesse episódio temos um acesso maior as camadas do Walter, uma visão de como sua obsessão cresceu, o que ele realmente sente por dentro, seus arrependimentos. Ora, a pessoa que diz que esse episódio foi inútil admite que a construção de um personagem é desnecessária, que não era preciso se aprofundar nos dilemas internos do Walter. Você pode até achar esse episódio chato mas ele revelou mais sobre o que se passa na cabeça do Walter desde que recebeu o diagnostico de câncer. Apesar de aparentar não restar nenhuma compaixão no personagem, ele se arrepende e sabe que suas atitudes foram erradas.
Jesse falando sobre Carpintaria na reunião do grupo me lembrou a última temporada...incrível como o Vincent Gilligan não deixou isso batido e aproveitou mais tarde. Por causa disso, assistindo agora eu tive uma enorme satisfação. Ah e sobre o Gus, preciso dizer nada né? Giancarlo Esposito é um tremendo ator! Temporada sensacional!
Assisti no cinema mas esperei o filme sair com qualidade para assistir mais atentamente e dá uma opinião. É um filme que parece dividir o público apesar da critica especializada em sua maioria ter gostado. Eu achei ótimo! Não beira a perfeição mas consegue te prender com as excelentes cenas de ação e a atmosfera de despedida que dá o tom do filme e conduzi bem toda jornada final do Bond do Daniel Craig. Safin obviamente é um vilão fraco considerando sua falta de profundidade, ele tem pouco tempo de tela e tem motivações genéricas para seus feitos e olha que tinha em mãos uma arma com um potencial assustador. Não considero um vilão tão horrível como alguns dizem, só é fraco tendo em vista seu baixo desenvolvimento e desperdício de potencialidade. A franquia vem trabalhando em cima da questão do antigo e do atual faz tempo, já vimos em Skyfall e Spectre como a tecnologia abre as portas para novos tipos de inimigos, invisíveis, mais rápidos e perigosos, podendo tornar o trabalho de um 007 obsoleto. Bond sempre parece o retrato do antigo, do velho. Aqui temos uma situação do tipo, com o filme apresentando tecnologias ainda mais evoluídas que nos filmes anteriores e ainda mais letais. A quantidade de "bugiganga" lembra muito os filmes do Roger Moore. A trilha sonora de Hans Zimmer foi excelente, conduziu bem as cenas tensas e dramáticas. Um outro ponto positivos do filme é a personagem da Ana de Armas, que com todo seu carisma leva sua personagem habilidosa a roubar as cenas no pouco tempo que apareceu. Enfim, é um ótimo filme de despedida, melhor que Spectre. Frenético e dramático, fecha com chave de ouro a fase do Bond mais bem desenvolvido até o momento.
É difícil encontrar um motivo coerente para o fato de algumas pessoas não terem ido com a cara da 007 que entrou no lugar de Bond. Existe uma série de coisas que poderíamos levar em consideração para isso ter acontecido, mas o que poderíamos dizer é que de fato os fãs de 007 - principalmente e em grande parte os fãs mais antigos - são bem intolerantes e não conseguem abrir a cabeça para o novo. O pior é que ela realmente é uma personagem que fez seu trabalho sem frescura, mas tem fãs que enchem o saco com visões limitadas e por vezes bobas. Estamos em 2021, se a franquia quiser continuar viva não pode ficar fazendo a mesma - e ultrapassada - coisa que os filmes antigos faziam, é preciso introduzir novidades, colocar sangue novo, atualizar o seu público, tornar relevante um personagem que em meio a tantos outros do gênero não parece ser tão relevante assim, é preciso entrar em questões deste século e fazer um filme bem situado, que interesse a nova geração...afinal, não estamos na década de 60 e o mundo não é mais o mesmo, porque então o 007 seria? Ansioso pra saber como vão levar a franquia daqui pra frente.
Na segunda temporada temos a continuidade do desenvolvimento da personalidade do Walter, com acontecimentos que marcam e definem a mudança obscura do seu caráter cada vez mais ambicioso e indiferente com os outros ao seu redor. A todo o momento a questão que parece se colocar diante de Walter é seu estado de saúde e o motivo de continuar produzindo metanfetamina, o motivo nunca é certo e ele sempre assume a postura de alguém que quer se tornar mais do que é no tráfico - como na sua busca por ampliar os negócios e marcar território. O pai preocupado que após a tensa negociação com o Tuco faz cálculos matemáticos de cabeça para traçar o quanto de metanfetamina precisa produzir e vender para deixar sua família bem provida após sua morte, diverge do homem que reivindica e quer marcar seu território, assume uma postura agressiva diante das pessoas, que abraça com naturalidade a mentira e coloca sua família em segundo plano. No entanto, é curioso ver que apesar das faltas que comete com sua família, Walter tenta reparar isso em sua relação com o Jesse no final da temporada, infelizmente tarde demais e de maneira desumana, observando a Jane morrer e gerando consequências como o acidente de avião. As mortes aqui vão se naturalizando para o Walter, ele sente a dor e desconforto pelo que fez/faz, mas consente. Walter esta gostando cada vez mais, ele sente prazer em quem se tornou e nesta temporada ele rompe completamente com seu antigo ser passivo, agora não tem retorno. Ele não quer retornar, cada vez mais ele é Heisenberg.
Gostei de rever a introdução de personagens como o Saul, Gus e Mike. Não me lembrava como eles foram inseridos na trama, ainda que de forma bem discreta. Vincent Gilligan já preparando território para a terceira temporada.
"Tecnicamente, Química é o estudo da matéria. Mas prefiro encarar como estudo da transformação" - Walter White no primeiro e icônico episódio de Breaking Bad.
Uma série bem escrita, com um desenvolvimento cuidadoso e minucioso não só da história, mas de um dos personagens mais marcantes e bem trabalhado da TV: Walter White. Revendo agora, é interessante observar com mais atenção a utilização e distribuição das cores que o Vincent Gilligan faz para indicar certas emoções, dar ênfase a uma característica de determinado personagem, ou sinalizar algum acontecimento. É uma temporada focada na construção dos personagens e na construção da trama, quando você conhece a série por completo sabe o quão necessário e importante foi essa primeira temporada para formar a base sólida da qual as outras temporadas iriam se edificar. Algumas pessoas começam a assistir a série com expectativas erradas por conta de sua fama. A primeira temporada não fez de Breaking Bad uma série aclamada, isso veio com o tempo, não adianta assistir essa temporada achando que vai encontrar os motivos para sua aclamação - pode se observar a qualidade altíssima, mas não crie aqui a expectativa da série brilhante como ela ficou conhecida. Na primeira temporada a série ainda está sendo lapidada, Breaking Bad é aclamada pelo seu conjunto, pelo seu êxito em ser uma série bem escrita; desenvolvida; finalizada, mantendo a qualidade em todas temporadas e tendo uma trama que gradualmente vai crescendo até se tornar gigante. Breaking Bad vai ficando cada vez melhor, maior e a complexidade dos personagens segue o ritmo.
"Elementos...eles se combinam e se transformam em compostos. Isso faz parte da vida, certo? É uma constante, é o ciclo. É a solução, dissolução, infinitamente. É crescimento, declínio e transformação...é fascinante" - Walter em uma de suas aulas no episódio piloto. Uma das coisas mais legais é que tudo isso que ele disse pode se atribuir a jornada do próprio personagem ao longo da série, e realmente é fascinante!
Filme ótimo, um dos melhores do 007 e da fase Roger Moore. Depois dos últimos filmes decepcionarem, o espião que me amava conseguiu devolver o brilho que falta para os filmes do 007. Ótimos efeitos, trilha sonora e enredo. Certas coisas ali são datadas (óbvio) mas o bom é que diferente dos filmes anteriores, isso não influência ao ponto de deixar o filme ridículo ou ruim. 5 estrelas pela revitalização que a franquia precisava.
Tem um bom vilão mas que infelizmente não salva o filme. Este sofre o mesmo que Live and Let Die, no início é interessante, porém vai perdendo a força aos poucos com um roteiro que não ajuda. Entre algumas coisas bobas, essa participação do Xerife Pepper foi bastante desnecessária e o final também não me agradou.
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4.1 1,1K Assista AgoraExcelente!
A Lei do Desejo
3.8 317 Assista AgoraNão é ruim, só é fraquinho. A atuação do Antonio Banderas é sensacional!
Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
4.0 550 Assista AgoraNovela de qualidade
Ata-me!
3.7 550Tenho muito a dizer sobre esse filme, mesmo o final tendo quebrado minhas análises feitas até então. Para não passar em branco, apenas um breve comentário:
Esse filme tem um final muito esquisito! enquanto podemos observar a Síndrome de Estocolmo sendo delineada muito bem no desenrolar da história, seja pela sua condução ou atuações - cheguei a ficar triste quando a personagem disse "átame" prq até então ela poderia estar planejando uma fuga, porém, ao fazer esse pedido a personagem acabou com essa possibilidade e podemos então confirmar sua condição - sendo possível analisar através de várias hipóteses a partir de perspectivas sociais e psicológicas as complexas (característica que evidencia-se na longa discussão e pontos de vistas diferentes suscitados nos telespectadores) - ações e tomadas de decisão dos personagens. Assim como podemos observar a objetificação da mulher, a misoginia e várias questões relacionadas a dominação masculina que dá uma ótima análise do filme como um todo.
Porém, aquele final foi (????). A protagonista ir atrás dele é até razoável e explicável tendo em vista a Síndrome de Estocolmo, o problema é a própria irmã ajudar a encontrar o sequestrador, apoiar o relacionamento e do nada se cria uma atmosfera de romance que toma conta dos momentos finais do filme, contendo até música e canto! eu realmente fiquei assustado com isso kkkkk é problemático? muito! mas não dá pra negar que é um excelente filme, com ótimas atuações, interessantíssimo e com um final estranho, problemático e non-sense que me pegou de surpresa e por conta disso e do conjunto da obra dei uma ótima avaliação.
Daguerreótipos
4.2 24 Assista AgoraA Senhora Marcelle me deixou intrigado até o fim! foi uma ótima experiência assistir atores sociais que ganharam voz e se transformaram em personagens de um documentário tão belo. As histórias de vida de cada um ali e suas relações me fez imergir na rua Daguerre, como se fosse possível, tangível. A montagem criativa ajuda muito também. A parte em que cada um fala sobre seus sonhos e demonstram como o trabalho influencia, consequentemente, na construção de suas expectativas é bem interessante.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraUm filme repleto de coisas vulgares e bobas - estúpidas e exageradas também servem como alternativa ou complemento - jogadas na tela em uma velocidade tão típica de uma sociedade dominada pela tecnologia que a única coisa que conseguia pensar durante o filme era: Tudo em todo lugar ao mesmo tempo enquanto produção cinematográfica é um reflexo da nova geração dominada pelas dinâmicas das redes sociais e dos estímulos desenfreados que o espaço das redes virtuais oferecem.
Os filmes da Marvel não são nada perto desse aqui. Se por um lado a tecnologia facilitou e permitiu adaptações mais desenvolvidas e visualmente diversas de HQ e outras ficções que demandavam de efeitos especiais específicos e melhores, por outro, essa tecnologia é usada de forma abusiva para atender o mercado cinematográfico. E esse filme abusa e muito das possibilidades de usar esses recursos tecnológicos para implementar elementos visuais a favor de sua premissa de multiverso.
Tem tanta coisa boba ( até mesmo no humor) e exagerada quanto os filmes da Marvel ou DC que vivem sendo criticados. Tudo em todo lugar ao mesmo tempo segue uma fórmula de se fazer filmes que não é nova e acompanha outras produções cinematográficas que utilizam recursos visuais e clichês típicos dos novos Blockbusters. Ao mesmo tempo podemos ver a execução desse filme como um reflexo de uma sociedade dominada pelas dinâmicas das redes sociais e viciada em dopamina.
Mas é claro, o filme teve muita coisa interessante (principalmente na primeira metade), a atuação da Michelle Yeoh é fantástica! os efeitos especiais são excelentes, a trilha sonora também e a premissa do filme é ao menos ousada mesmo se pautando na ideia de multiverso que não é uma novidade. Por isso, acho que quatro estrelas e meia são merecidas.
Aliás, esse é somente um olhar crítico ao filme mas ele também pode ser assistido de forma descontraída, só pra rir ou passar tempo. Nada demais.
A Fonte da Donzela
4.3 219 Assista AgoraUm filme pra ser considerado "pesado" não precisa ter cenas de violência explicitas de gore e apelações. O horror está nas cenas cruas, o horror está estampado nas faces dos personagens, sobretudo, no silêncio - dos personagens e de Deus - somado a isso, na ausência de uma trilha sonora em basicamente o filme todo que dita o ritmo e a atmosfera soturna.
Mais uma obra prima do Bergman.
O Anjo Exterminador
4.3 376 Assista AgoraParece que por conta de sua característica angustiante e frustrante senti que o filme foi ficando cada vez mais maçante, como se a atmosfera ali transcendesse a tela e eu me arrastasse junto aos os personagens. Isso deu até impressão que o filme foi longo.
Entendi a crítica feita pelo diretor e lendo alguns comentários algumas coisas ficaram mais claras, no entanto, ainda assim não achei maravilhoso, não gostei muito. Poderia ter uma opinião diferente visto novamente algum dia? com certeza, mas nesse momento ele não me agradou tanto.
Mas valeu a experiência, é um daqueles filmes que você não esquece. Inclusive, achei interessante o incômodo que me causou, ao final eu estava aliviado que tinha terminado. Alguns dizem que parecia um pesadelo, concordo, mas acrescento ainda; o anjo exterminador consegue fazer nosso estado de espirito mudar com a frustação, desespero dos personagens e a atmosfera angustiante do filme transcendendo a tela e sugando você. O que muito explica meu alívio ao terminar
Andrei Rublev
4.3 131É um filme muito bom, maçante em grande parte mas ainda assim foi uma boa experiência. Gostei de alguns diálogos e tem uma ótima trilha sonora.
Cléo das 5 às 7
4.2 199 Assista AgoraPrimeiro da Agnès que assisto, tão original! uma ótima experiência.
No Ritmo do Coração
4.1 751 Assista AgoraExcelente filme! muito bonito e com um humor no ponto certo, bem agradável de se assistir. Esse mereceu os prêmios que ganhou e a indicação ao Oscar..
Licorice Pizza
3.5 596Acho que fui até bonzinho em dá 3 estrelas, o destaque mesmo do filme é a Alana Haim que interpretou a única personagem interessante. Engraçado que o inicio do filme logo me prendeu, parecia até um romance promissor e eu fiquei animado, no entanto, aos pouquinhos o filme foi ficando ruim e antes da metade eu me perguntei: porque estou assistindo isso?
- 2 horas desnecessárias, o filme é bem vazio, nada é aprofundado e foca em muita coisa que não é relevante.
- Prq os personagens correm tanto? Eles passam o filme todo correndo pelas ruas sem nenhum motivo. Nem James Bond corre tanto nos seus filmes.
- Tudo que acontece é jogado do nada, não se sabe como, porque e quando os personagens tomaram a decisão de fazer tal coisa, quando você vai ver eles estão fazendo e pronto. Até os conflitos não são bem apresentados e nem resolvidos, é tudo muito aleatório.
- Personagens secundários sem relevância nenhuma e que só tornam o filme mais vazio ainda.
- O filme: Um garoto chato e claramente rico com muito tempo de sobra pra investir em tudo que ele acha que vai dar dinheiro se apaixona por uma garota mais velha, a relação dois dois se dá através de conflitos desinteressantes e sem desenvolvimento. E o título "Licorice Pizza" só tem significado pro diretor, já pra você que assiste é melhor abrir uma pizzaria com esse nome que tu ganha mais.
Belfast
3.5 291 Assista AgoraMuito bonito, simples e bem leve, o filme não é longo e passa bem rápido. Eu realmente não sei qual a necessidade de determinadas comparações que o povo faz, realmente não sei...queriam um documentário do conflito? Um reflexo dos clássicos do gênero? Os clássicos estão lá, é só assistir eles. Gostei da proposta desse filme, seu tom leve contrasta com o período conturbado retratado, um filme descontraído pra se assistir em tempos pesados (principalmente nesse período que estamos vivemos). Belfast é um filme simples (nada muito grandioso), curto e muito agradável de se assistir.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraVisualmente o filme é um espetáculo! A sofisticação da produção artística aqui merece um prêmio de tão incrível. Porém, Duna no geral é um filme esquisito, ele é lento demais e não acontece muita coisa relevante que justifique suas duas horas de duração. Ao mesmo tempo, com o desenrolar da história o filme consegue demonstrar um potencial muito grande e isso vai levando o sujeito a querer continuar assistindo. Gostei bastante da trilha sonora também, sempre usada no momento certo.
No entanto, recomendo que não assista quando estiver cansado, com sono ou procurando passar o tempo. Esse filme requer uma certa disposição e interesse, caso contrário é bem provável que você pegue no sono.
Espero que o segundo filme seja mais dinâmico, acredito que essa lentidão possa até ser perdoada aqui neste primeiro filme, mas é bom que o próximo tenha mais ação ou ao menos mais profundidade.
Ataque dos Cães
3.7 932A fotografia é muito linda mas não achei o filme grandes coisas não, o personagem Peter parece um Norman Bates versão western hahaha
Dark (3ª Temporada)
4.3 1,3KPassei alguns dias pensando antes de escrever algo sobre o fim da série e essa última temporada em si. Dark é sem dúvidas uma das séries mais ousadas e ambiciosas já produzidas, nem dá pra acreditar que conseguiram fechar bem esse emaranhado de tramas e linhas temporais confusas e complexas. Eu confesso que duvidei que a série acabaria bem desde o inicio dessa terceira temporada, a começar com essa ideia da existência de outro mundo, que francamente, achei forçado desde o inicio e cheguei até desanimar. No entanto, foi tudo se encaixando aos poucos e no final acabou demonstrando não ser uma ideia tão ruim assim.
Essa terceira temporada é muito boa, a ficção científica da série foi se expandindo a cada temporada, com novos elementos sendo introduzidos e mudando a dinâmica da série ( como o dispositivo usado pela outra Martha para viajar no tempo), é compreensível que as pessoas sintam saudades da primeira e segunda temporada, mas com uma história dessas creio que foi inevitável a série chegar onde chegou.
Uma coisa impressionante e que todo mundo já sabe diz respeito as semelhanças dos personagens mais velhos e mais novos. Sem dúvidas não existe outra série igual quando a questão é o elenco, algo a ser aplaudido.
Uma coisa que me chamou atenção nessa temporada infelizmente foram as frases clichês usadas pelos personagens, o Adam principalmente é cheio dessas frases de efeito, toda vez que aparece em cena ele solta uma.
Tem séries que você tem como desejo apagar da memória pra assistir novamente, com Dark já é o contrário, não vejo a hora de assistir novamente já sabendo o que acontece pra poder pegar coisas das quais eu não tinha percebido e compreender ainda mais a história. A forma minuciosa como tudo se conecta já torna Dark digna de ser colocada entre as melhores séries já feitas, não é qualquer série que consegue ser bem sucedida dessa forma, principalmente se estamos falando de viagem no tempo que é algo sempre polêmico por abrir brechas para furos e clichês do gênero que ninguém aguenta mais. Quando a série parecia entrar em um caminho questionável ela surpreendia e foi assim até o final.
Dark se tornou uma de minhas séries preferidas.
Breaking Bad (5ª Temporada)
4.8 3,0K Assista AgoraBreaking Bad é uma daquelas séries raras cuja qualidade de seu desfecho não deixa mentir, é uma série brilhante!
Essa quinta temporada é sombria, as coisas que acontecem aqui atingem níveis brutais, somado a isso temos atuações ainda mais maravilhosas e episódios memoráveis. O próprio inicio da temporada mostrando o futuro do Walter já me trás certa nostalgia da primeira vez que assisti.
Sei que o Bryan Cranston e o Aaron Paul novamente dão um show de atuação, porém é preciso mencionar e destacar a atuação do Dean Norris (Hank), um puta ator cuja expressões de revolta e ódio criam uma atmosfera surreal, é como se você estivesse sentindo o que o personagem também sente em determinado momento.
Uma coisa que notei foi a iluminação da casa dos White nessa temporada, sempre na penumbra enfatizando toda escuridão que acompanha o Walter, toda decadência da relação dele com a Skyler.
Desde a temporada passada sabemos que Walter incorpora definitivamente um vilão e é com a morte do Gus que ele demonstra mais isso. Já nessa temporada sua desumanidade atinge proporções enormes e as consequências são pesadas para todos.
Durante a série a ambição e ganancia do Walter vai crescendo gradualmente e é essa mesma ganancia que o leva a derrocada em "To` Hajiilee" e "Ozymandias", o ápice da série.
Jesse é o personagem que mais sofreu sem dúvidas com todas as manipulações, mortes e [ainda com o cativeiro]...ele passou pelo inferno. Obviamente todos ao redor do Walter sofreram com isso, porém, creio que o Jesse é um dos personagens atingidos mais brutalmente pela construção do "império" do Walter.
Entre as frases marcantes dessa temporada, deixo aqui aquela do episódio "Say my name": "Seu produto é um refrigerante sabor cola, genérico e mal feito. O meu é a clássica Coca-Cola. Você realmente quer viver em um mundo sem Coca-Cola?"
A ousadia do Walter chega a ser hilária kkk.
E também a do episódio "Buyout": "Jesse você me perguntou se eu estou no negócio da metanfetamina ou do dinheiro. Nenhum dos dois. Eu estou no negócio do império".
E por fim [aquilo que marca o adeus e a primeira vez que o Walter admiti e assume a culpa por tudo de ruim que aconteceu, sem usar a família como desculpa, dessa vez sem mentir]:
"Tudo que eu fiz....eu fiz por mim...eu gostava, eu era bom nisso...e eu estava vivo."
Breaking Bad (4ª Temporada)
4.7 1,2K Assista AgoraEssa é a temporada onde temos a confirmação que Walter White é um dos melhores anti-heróis ( vilão, seria melhor dizer já a essa altura) criado. Seria desnecessário me arrastar pontuando cada coisa incrível que teve, é melhor falar sobre a satisfação de se assistir uma série onde você pode pegar todas temporadas anteriores e observar um vinculo entre tudo que foi construído desde o início. Muitas séries se perdem no meio do caminho, esquecem determinados personagens, inventam histórias paralelas que não acrescentam em nada e que contradizem a história, forçam a barra muitas vezes pra deixar a história interessante. Nada disso acontece em Breaking bad. Walter, Jesse, Skyler, Gus, até Hector Salamanca tem um ótimo desenvolvimento e estão situados em um roteiro bem elaborado, as saídas pra determinadas questões são bem planejadas e a minuciosidade do roteiro continua presente.
Pra quem gostou desta temporada, a próxima consegue ser ainda melhor e fechar com chave de ouro a série. Volto a repetir o que disse em comentários anteriores,Breaking Bad cresce gradualmente e cada temporada supera a outra.
Breaking Bad (3ª Temporada)
4.6 838Como eu já mencionei em um comentário, Breaking Bad cresce gradualmente a cada temporada. Aqui temos o dobro de conflito e tensões que deixam a trama mais interessante e com rumos instigantes. O desenvolvimento da Skyler é excelente, quando descobre sobre a metanfetamina a personagem toma série de atitudes questionáveis, cuja ambiguidade merece uma análise que considere tudo que ela passou e passa na série, coisa que críticas superficiais que julgam seu caráter ou que colocam o Walter em um pedestal em detrimento dela - algo que me faz pensar se essas pessoas realmente estão assistindo a mesma série que eu - não conseguem fazer direito. Jesse aqui já reflete mais sobre o rumo que sua vida tomou após se envolver com o " grande Heisenberg", e se afunda cada vez mais.
A obsessão do Walter, seu egoísmo e ambição são expressados tão bem pela atuação do Bryan Cranston que é impossível deixar de comentar isso. Que ator! No meio de toda obscuridade que envolve o Walter, o personagem ainda demonstra arrependimento por algumas atitudes, infelizmente sempre tarde demais e depois de ter prejudicado alguém, algo que é demonstrado no episódio da mosca. Esse episódio polêmico pode passar batido por aquelas pessoas mais desatentas ou que costumam assistir a série desinteressadas por alguma razão. Nesse episódio temos um acesso maior as camadas do Walter, uma visão de como sua obsessão cresceu, o que ele realmente sente por dentro, seus arrependimentos. Ora, a pessoa que diz que esse episódio foi inútil admite que a construção de um personagem é desnecessária, que não era preciso se aprofundar nos dilemas internos do Walter. Você pode até achar esse episódio chato mas ele revelou mais sobre o que se passa na cabeça do Walter desde que recebeu o diagnostico de câncer. Apesar de aparentar não restar nenhuma compaixão no personagem, ele se arrepende e sabe que suas atitudes foram erradas.
Jesse falando sobre Carpintaria na reunião do grupo me lembrou a última temporada...incrível como o Vincent Gilligan não deixou isso batido e aproveitou mais tarde. Por causa disso, assistindo agora eu tive uma enorme satisfação.
Ah e sobre o Gus, preciso dizer nada né? Giancarlo Esposito é um tremendo ator!
Temporada sensacional!
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007: Sem Tempo para Morrer
3.6 564 Assista AgoraAssisti no cinema mas esperei o filme sair com qualidade para assistir mais atentamente e dá uma opinião. É um filme que parece dividir o público apesar da critica especializada em sua maioria ter gostado. Eu achei ótimo! Não beira a perfeição mas consegue te prender com as excelentes cenas de ação e a atmosfera de despedida que dá o tom do filme e conduzi bem toda jornada final do Bond do Daniel Craig. Safin obviamente é um vilão fraco considerando sua falta de profundidade, ele tem pouco tempo de tela e tem motivações genéricas para seus feitos e olha que tinha em mãos uma arma com um potencial assustador. Não considero um vilão tão horrível como alguns dizem, só é fraco tendo em vista seu baixo desenvolvimento e desperdício de potencialidade. A franquia vem trabalhando em cima da questão do antigo e do atual faz tempo, já vimos em Skyfall e Spectre como a tecnologia abre as portas para novos tipos de inimigos, invisíveis, mais rápidos e perigosos, podendo tornar o trabalho de um 007 obsoleto. Bond sempre parece o retrato do antigo, do velho. Aqui temos uma situação do tipo, com o filme apresentando tecnologias ainda mais evoluídas que nos filmes anteriores e ainda mais letais. A quantidade de "bugiganga" lembra muito os filmes do Roger Moore. A trilha sonora de Hans Zimmer foi excelente, conduziu bem as cenas tensas e dramáticas. Um outro ponto positivos do filme é a personagem da Ana de Armas, que com todo seu carisma leva sua personagem habilidosa a roubar as cenas no pouco tempo que apareceu. Enfim, é um ótimo filme de despedida, melhor que Spectre. Frenético e dramático, fecha com chave de ouro a fase do Bond mais bem desenvolvido até o momento.
É difícil encontrar um motivo coerente para o fato de algumas pessoas não terem ido com a cara da 007 que entrou no lugar de Bond. Existe uma série de coisas que poderíamos levar em consideração para isso ter acontecido, mas o que poderíamos dizer é que de fato os fãs de 007 - principalmente e em grande parte os fãs mais antigos - são bem intolerantes e não conseguem abrir a cabeça para o novo. O pior é que ela realmente é uma personagem que fez seu trabalho sem frescura, mas tem fãs que enchem o saco com visões limitadas e por vezes bobas. Estamos em 2021, se a franquia quiser continuar viva não pode ficar fazendo a mesma - e ultrapassada - coisa que os filmes antigos faziam, é preciso introduzir novidades, colocar sangue novo, atualizar o seu público, tornar relevante um personagem que em meio a tantos outros do gênero não parece ser tão relevante assim, é preciso entrar em questões deste século e fazer um filme bem situado, que interesse a nova geração...afinal, não estamos na década de 60 e o mundo não é mais o mesmo, porque então o 007 seria? Ansioso pra saber como vão levar a franquia daqui pra frente.
Breaking Bad (2ª Temporada)
4.5 774Na segunda temporada temos a continuidade do desenvolvimento da personalidade do Walter, com acontecimentos que marcam e definem a mudança obscura do seu caráter cada vez mais ambicioso e indiferente com os outros ao seu redor. A todo o momento a questão que parece se colocar diante de Walter é seu estado de saúde e o motivo de continuar produzindo metanfetamina, o motivo nunca é certo e ele sempre assume a postura de alguém que quer se tornar mais do que é no tráfico - como na sua busca por ampliar os negócios e marcar território. O pai preocupado que após a tensa negociação com o Tuco faz cálculos matemáticos de cabeça para traçar o quanto de metanfetamina precisa produzir e vender para deixar sua família bem provida após sua morte, diverge do homem que reivindica e quer marcar seu território, assume uma postura agressiva diante das pessoas, que abraça com naturalidade a mentira e coloca sua família em segundo plano. No entanto, é curioso ver que apesar das faltas que comete com sua família, Walter tenta reparar isso em sua relação com o Jesse no final da temporada, infelizmente tarde demais e de maneira desumana, observando a Jane morrer e gerando consequências como o acidente de avião. As mortes aqui vão se naturalizando para o Walter, ele sente a dor e desconforto pelo que fez/faz, mas consente. Walter esta gostando cada vez mais, ele sente prazer em quem se tornou e nesta temporada ele rompe completamente com seu antigo ser passivo, agora não tem retorno. Ele não quer retornar, cada vez mais ele é Heisenberg.
Gostei de rever a introdução de personagens como o Saul, Gus e Mike. Não me lembrava como eles foram inseridos na trama, ainda que de forma bem discreta. Vincent Gilligan já preparando território para a terceira temporada.
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Breaking Bad (1ª Temporada)
4.5 1,4K Assista Agora"Tecnicamente, Química é o estudo da matéria. Mas prefiro encarar como estudo da transformação" - Walter White no primeiro e icônico episódio de Breaking Bad.
Uma série bem escrita, com um desenvolvimento cuidadoso e minucioso não só da história, mas de um dos personagens mais marcantes e bem trabalhado da TV: Walter White. Revendo agora, é interessante observar com mais atenção a utilização e distribuição das cores que o Vincent Gilligan faz para indicar certas emoções, dar ênfase a uma característica de determinado personagem, ou sinalizar algum acontecimento. É uma temporada focada na construção dos personagens e na construção da trama, quando você conhece a série por completo sabe o quão necessário e importante foi essa primeira temporada para formar a base sólida da qual as outras temporadas iriam se edificar.
Algumas pessoas começam a assistir a série com expectativas erradas por conta de sua fama. A primeira temporada não fez de Breaking Bad uma série aclamada, isso veio com o tempo, não adianta assistir essa temporada achando que vai encontrar os motivos para sua aclamação - pode se observar a qualidade altíssima, mas não crie aqui a expectativa da série brilhante como ela ficou conhecida. Na primeira temporada a série ainda está sendo lapidada, Breaking Bad é aclamada pelo seu conjunto, pelo seu êxito em ser uma série bem escrita; desenvolvida; finalizada, mantendo a qualidade em todas temporadas e tendo uma trama que gradualmente vai crescendo até se tornar gigante. Breaking Bad vai ficando cada vez melhor, maior e a complexidade dos personagens segue o ritmo.
"Elementos...eles se combinam e se transformam em compostos. Isso faz parte da vida, certo? É uma constante, é o ciclo. É a solução, dissolução, infinitamente. É crescimento, declínio e transformação...é fascinante" - Walter em uma de suas aulas no episódio piloto. Uma das coisas mais legais é que tudo isso que ele disse pode se atribuir a jornada do próprio personagem ao longo da série, e realmente é fascinante!
007: O Espião que me Amava
3.6 157 Assista AgoraFilme ótimo, um dos melhores do 007 e da fase Roger Moore. Depois dos últimos filmes decepcionarem, o espião que me amava conseguiu devolver o brilho que falta para os filmes do 007. Ótimos efeitos, trilha sonora e enredo. Certas coisas ali são datadas (óbvio) mas o bom é que diferente dos filmes anteriores, isso não influência ao ponto de deixar o filme ridículo ou ruim. 5 estrelas pela revitalização que a franquia precisava.
007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro
3.5 148 Assista AgoraTem um bom vilão mas que infelizmente não salva o filme. Este sofre o mesmo que Live and Let Die, no início é interessante, porém vai perdendo a força aos poucos com um roteiro que não ajuda. Entre algumas coisas bobas, essa participação do Xerife Pepper foi bastante desnecessária e o final também não me agradou.