Que filme visceral! Que repulsa ao mesmo tempo em que conseguimos compreender e nos compadecer por essa figura reprimida e até mesmo castrada por uma criação abusiva e como ela se deixou ser assim. Não precisa ir buscar no passado para compreender a Erika que é retratada ali. Há uma busca desenfreada pelo seu verdadeiro eu, ainda que em caminhos tortos (?) para gozar de sua própria existência.
Todos aqui são problemáticos e a cura, certamente não está em um para o outro.
Há um incômodo ensurdecedor, o desconforto é proposital e te chama não para julgar a personagem, mas para tentar compreender essa vida vazia e de gozos internos. Fiquei triste por ela, não consegui em nenhum momento não sentir pena. É uma vida infeliz, para dizer o mínimo.
Esse filme é uma porrada em todos os sentidos: 1. Para começar, a hipocrisia e preconceito da época que, infelizmente se prolonga aos nossos tempos atuais; 2. As convenções sociais e comportamentais de como uma mulher deve se portar, lembrem das aulas de etiqueta; 3. Como a fofoca pode destruir vidas; 4. O amor romântico idealizado que não se encaixa nas duas vidas compartilhadas; 5. O amor em sua forma mais bruta e genuína, que não é o romântico, mas de cumplicidade e afeto; 6. A homossexualidade feminina tão ou mais tabu que dos homens gays à época e ainda hoje me menor escala. A mulher sempre vista como alicerce do homem, em favor ao homem. Percebam que em uma cena x, depois do boato, como os homens as tratam, inclusive Joe e sua desconfiança; 7. Por mim, a maldade do ser humano não tem limites e idade. Essa menina não é sociopata nem psicopata, só mais uma pessoa mimada ciente dos seus privilégios e usando a abusando da sua posição de poder para ferir e se manter no alto da hierarquia.
Um filme sutil, mas ao mesmo tempo brutal.
Shirley McLaine rouba a cena em tudo, uma atuação verdadeira e visceral.
Amo como o Luca Guadagnino é um ARTISTA. Diretor competente e muito aplicado que estuda com afinco os temas propostos em seus longas, além de ser um ótimo diretor de elenco que sempre extrai o melhor dos atores que trabalham com ele, eu consigo sentir a paixão dele pelo seu ofício em suas obras e "Rivais" não fica muito atrás.
Mas estamos falando mesmo de Tênis? Fica aí o questionamento nesse emaranhado de ilusões amorosas, tensões sexuais e sonhos realizados ou tardios e uma pequena dose de recalque e vingança. Realmente os três funcionam melhor juntos, mas queria mais o desenvolvimento dessa tensão entre os rapazes. Porém, o filme tem um teor sensual e sexual muito forte sem nada ser explícito e isso é muito louvável. Ainda pensando sobre os três enquanto trio e separados, a vida entrelaçada de ambos realmente não funcionam sem um com o outro.
No mais, obrigado Luca por deixar o Josh O'Connor extremamente saboroso nesse filme.
ps: a trilha sonora dá todo um contexto e funciona muito bem.
Santiago é insuportável! Mesmo compreendo todo o buraco que ele tinha no peito e as válvulas de escape para não encarar a realidade, ainda assim, o personagem não me cativou. Gostei bem mais da Laila e sua fúria completamente genuína. Ainda assim, é um filme bom para analisar as artimanhas que nossas ações nos leva.
Vejo a narrativa desse filme como se fosse o próprio Johnny: denso, arrastado e levemente chato no seu início, mas a partir do momento em que ele começa a se permitir aquela paixão, compreender a vida para além do que ele pensa que conhecia, o filme (e o personagem) ganha mais contornos e complexidades. É um misto de sentimentos aqui completamente genuínos. Não é fácil assumir quem se é ainda mais em um contexto em que ele sempre viveu e em um pequeno vilarejo, nos deixa brutos e fechados mesmo. Muito bonita a forma que ele vai desabrochando. A cena com o pai é linda e o final deu um acalento no coração, me senti muito contemplado.
Sabe aqueles filmes paródias dentro do filme? É essa sensação que tive ao assistir "Jolene". É tudo tão mal feito que você não consegue levar tudo aquilo à sério. Principalmente no 3° ato do filme quando ela está com o tatuador. É um show de vergonha alheia. Os diálogos são péssimos também.
O que sustenta o filme é a beleza, carisma e um talento nato da diva Jessica Chastain em seu primeiro filme, tirando isso, nada se salva, nem mesmo o sotaque dela, apesar de tudo.
Minhas sapatonas trambiqueiras e assassinas vivíssimas!
Brincadeiras à parte, gostei da mistura de gêneros usando do body horror e fisiculturismo como parte da narrativa. O filme não tem camadas, é tudo entregue logo para que possamos nos envolver com esse relacionamento que envereda para uma série de coisas ruins na vida dessas duas que, por si só, já carregam no corpo, na mente e na vida, as coisas ruins ou má decisões que as fizeram ser quem são no momento em que suas vidas se cruzam.
Dito isso, senti uma vibe meio "Bom Comportamento" dos Safdie.
E a questão de família como alicerce é fundamental aqui. Quem é realmente de fato família?
Revisto e como envelheceu como o melhor dos vinhos, né? Um dos melhores filmes sobre relacionamentos líquidos já feitos (Bauman ficaria orgulhoso!). Está tudo ali: posse, direito sobre o corpo, projeções, implicações sociais, capitalismo, enfim. Um filme grandioso.
Muito palpável a saga de descoberta de Etero como mulher e seus desejos reprimidos. Infelizmente ao redor do mundo ainda existem (e acredito que sempre existirá) mulheres como ela, que abdicam das suas vidas e necessidades em prol de cuidar da família, e quem cuida delas, afinal? Claramente ela é uma pessoa com danos psicológicos por conta disso, talvez a sua rigidez e poucas palavras demonstrem essa sua frieza, também pelo fato de ter cuidado sempre de dois homens, pai e irmão e assumir um pequeno negócio da família. É uma vida cruel. E a cena final quando ela descobre... deu um nó na garganta. O que foi aquilo, gente? É a síntese de um alívio? Desespero? Tudo envolvido. Há muitas questões aí.
O filme é muito mais profundo que aparenta ser, mas é também propositalmente non sense justamente para não entregar algo mastigado e didático. Mesmo que dê uma escorregada do meio para o fim, há algo de verdadeiro ali. Me senti submerso nesse universo punk intergaláctico com essa juventude transviada, com um ideal e um sonho. São coisas que nunca adormecem mesmo que a sociedade mude.
E que delícia ver uma atriz do nível de Nicole Kidman se jogando, claramente se divertindo e entregando. Achei sensacional.
Gosto como o filme em boa parte é um monólogo. Aqui temos um assassino (excelente performance de Fassbender, para variar) monossilábico e que vai direto ao ponto. O roteiro e direção não precisa de grandes efeitos especiais, tiros e explosões para gerar uma tensão gélida, é um filme de ação mas fincado com os dois pés no drama e não tensão. Gosto da densidade e do perigo eminente que Fincher imprime em seus filmes e, depois da escorregada em "Mank", ele voltou com grande estilo. Ok, abaixo dos outros clássicos dele, mas, ainda assim, muito bom e acima da média se comparado com filmes do gênero lançados nos últimos tempos.
E para além do monólogo, os diálogos são muito bons! A sequência com Tilda Swinton te faz prender a respiração.
Ps: adorei ver a Sophie Charlotte, um personagem pequeno mas de grande importância na trama.
Sou grande fã de J.Lo, contudo, não tinha gostado desse álbum novo, com os visuais gostei mais das músicas. Porém, verdade seja dita: esse filme é cafona sim, piegas, mas eficaz no sentido de se conectar com as músicas. Achei tudo muito over, embora o clipe de "Rebound" seja bem legal.
No mais, é Jennifer Lopez sambando na nossa cara sua beleza e gostosura.
Eu adoro como as comédias de humor ácido britânico tem essa áurea de não se levar tão à sério assim dentro de uma narrativa de uma história muito boa, complexa e reflexiva. Esse filme não foge à regra.
Primeiro, tenho que dizer sobra a repressão da mulher, do corpo, desejos, necessidades e sua liberdade, é a partir dela e toda hipocrisia que ronda a "castração" da liberdade feminina de ir e vir que tudo se desenrola. Acho uma ótima sacada essa questão sem cair no didatismo ou algo mastigado, você compreende nas entrelinhas, dessas mulheres tão diferentes, com suas necessidades diferentes, mas reprimidas de alguma forma pelo poder fortíssimo do patriarcado e a religião como uma válvula de escape para apagar certas necessidades.
Um pequeno filme, com drama e humor na medida que merece ser descoberto.
Uma receita de como estragar uma boa premissa, história e elenco. Tudo muito vago, bem regular, para não dizer outra coisa. E começou TÃO BEM! Fora que achei tudo muito puritano e "clean" demais.
Filme com diversas camadas para além dos zumbis: principalmente o racismo nas entrelinhas de forma magistralmente colocada.
Além dos conflitos. Filmes de zumbi estão além da questão dos mortos-vivos, mas muito mais sobre coletividade, convivência e aceitar uma nova realidade. Gostei bastante.
Revisto e concordo muito com alguns comentários abaixo. Roteiro meia boca, totalmente discrepante, só se salvam mesmo os efeitos especiais e em cenas bem pontuais.
2:30h de uma baboseira tendo que aguentar a canastrice do John Cusak.
"Cabaré Mineiro" é um filme performance, pelo menos vejo dessa forma. Não há um enredo linear como estamos acostumados, mas cenas que aparentemente soltas, mas que fazem sentido na estranheza.
Como disse, um filme performance para falar de desejos, sexo, destemperos, vontades e anseios. Achei eficaz.
Achei muito progressista, desafiador e à frente do seu tempo para os temas abordados. Achei também com uma pegada surrealista que se casa perfeitamente com o enredo. Aquele pequeno grande filme que merece ser revisto.
Uma boa história, contudo, confesso, achei a execução de Otto Preminger um tanto regular, me julguem! Acho que nos dias atuais daria uma ótima minissérie, porque há diversas camadas há serem exploradas nesse enredo.
A Professora de Piano
4.0 688 Assista AgoraQue filme visceral!
Que repulsa ao mesmo tempo em que conseguimos compreender e nos compadecer por essa figura reprimida e até mesmo castrada por uma criação abusiva e como ela se deixou ser assim. Não precisa ir buscar no passado para compreender a Erika que é retratada ali. Há uma busca desenfreada pelo seu verdadeiro eu, ainda que em caminhos tortos (?) para gozar de sua própria existência.
Todos aqui são problemáticos e a cura, certamente não está em um para o outro.
Há um incômodo ensurdecedor, o desconforto é proposital e te chama não para julgar a personagem, mas para tentar compreender essa vida vazia e de gozos internos. Fiquei triste por ela, não consegui em nenhum momento não sentir pena. É uma vida infeliz, para dizer o mínimo.
Infâmia
4.4 301Esse filme é uma porrada em todos os sentidos:
1. Para começar, a hipocrisia e preconceito da época que, infelizmente se prolonga aos nossos tempos atuais;
2. As convenções sociais e comportamentais de como uma mulher deve se portar, lembrem das aulas de etiqueta;
3. Como a fofoca pode destruir vidas;
4. O amor romântico idealizado que não se encaixa nas duas vidas compartilhadas;
5. O amor em sua forma mais bruta e genuína, que não é o romântico, mas de cumplicidade e afeto;
6. A homossexualidade feminina tão ou mais tabu que dos homens gays à época e ainda hoje me menor escala. A mulher sempre vista como alicerce do homem, em favor ao homem. Percebam que em uma cena x, depois do boato, como os homens as tratam, inclusive Joe e sua desconfiança;
7. Por mim, a maldade do ser humano não tem limites e idade. Essa menina não é sociopata nem psicopata, só mais uma pessoa mimada ciente dos seus privilégios e usando a abusando da sua posição de poder para ferir e se manter no alto da hierarquia.
Um filme sutil, mas ao mesmo tempo brutal.
Shirley McLaine rouba a cena em tudo, uma atuação verdadeira e visceral.
E é normal querer socar essa criança, gente?
Rivais
3.7 321 Assista AgoraAmo como o Luca Guadagnino é um ARTISTA. Diretor competente e muito aplicado que estuda com afinco os temas propostos em seus longas, além de ser um ótimo diretor de elenco que sempre extrai o melhor dos atores que trabalham com ele, eu consigo sentir a paixão dele pelo seu ofício em suas obras e "Rivais" não fica muito atrás.
Mas estamos falando mesmo de Tênis? Fica aí o questionamento nesse emaranhado de ilusões amorosas, tensões sexuais e sonhos realizados ou tardios e uma pequena dose de recalque e vingança. Realmente os três funcionam melhor juntos, mas queria mais o desenvolvimento dessa tensão entre os rapazes. Porém, o filme tem um teor sensual e sexual muito forte sem nada ser explícito e isso é muito louvável. Ainda pensando sobre os três enquanto trio e separados, a vida entrelaçada de ambos realmente não funcionam sem um com o outro.
No mais, obrigado Luca por deixar o Josh O'Connor extremamente saboroso nesse filme.
ps: a trilha sonora dá todo um contexto e funciona muito bem.
Coração Errante
3.0 25 Assista AgoraSantiago é insuportável! Mesmo compreendo todo o buraco que ele tinha no peito e as válvulas de escape para não encarar a realidade, ainda assim, o personagem não me cativou. Gostei bem mais da Laila e sua fúria completamente genuína. Ainda assim, é um filme bom para analisar as artimanhas que nossas ações nos leva.
O Reino de Deus
4.1 336Vejo a narrativa desse filme como se fosse o próprio Johnny: denso, arrastado e levemente chato no seu início, mas a partir do momento em que ele começa a se permitir aquela paixão, compreender a vida para além do que ele pensa que conhecia, o filme (e o personagem) ganha mais contornos e complexidades. É um misto de sentimentos aqui completamente genuínos. Não é fácil assumir quem se é ainda mais em um contexto em que ele sempre viveu e em um pequeno vilarejo, nos deixa brutos e fechados mesmo. Muito bonita a forma que ele vai desabrochando. A cena com o pai é linda e o final deu um acalento no coração, me senti muito contemplado.
Jolene
3.7 52Sabe aqueles filmes paródias dentro do filme? É essa sensação que tive ao assistir "Jolene". É tudo tão mal feito que você não consegue levar tudo aquilo à sério. Principalmente no 3° ato do filme quando ela está com o tatuador. É um show de vergonha alheia. Os diálogos são péssimos também.
O que sustenta o filme é a beleza, carisma e um talento nato da diva Jessica Chastain em seu primeiro filme, tirando isso, nada se salva, nem mesmo o sotaque dela, apesar de tudo.
E era uma história com um potencial absurdo.
Rotting in the Sun
3.5 85 Assista AgoraOlha, eu tentei, juro! Mas achei bem medíocre.
Love Lies Bleeding: O Amor Sangra
3.6 157 Assista AgoraMinhas sapatonas trambiqueiras e assassinas vivíssimas!
Brincadeiras à parte, gostei da mistura de gêneros usando do body horror e fisiculturismo como parte da narrativa. O filme não tem camadas, é tudo entregue logo para que possamos nos envolver com esse relacionamento que envereda para uma série de coisas ruins na vida dessas duas que, por si só, já carregam no corpo, na mente e na vida, as coisas ruins ou má decisões que as fizeram ser quem são no momento em que suas vidas se cruzam.
Dito isso, senti uma vibe meio "Bom Comportamento" dos Safdie.
E a questão de família como alicerce é fundamental aqui. Quem é realmente de fato família?
E sim, o amor sangra!
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
4.3 4,7K Assista AgoraRevisto e como envelheceu como o melhor dos vinhos, né? Um dos melhores filmes sobre relacionamentos líquidos já feitos (Bauman ficaria orgulhoso!). Está tudo ali: posse, direito sobre o corpo, projeções, implicações sociais, capitalismo, enfim. Um filme grandioso.
Blackbird Blackbird Blackberry
3.8 3Muito palpável a saga de descoberta de Etero como mulher e seus desejos reprimidos. Infelizmente ao redor do mundo ainda existem (e acredito que sempre existirá) mulheres como ela, que abdicam das suas vidas e necessidades em prol de cuidar da família, e quem cuida delas, afinal? Claramente ela é uma pessoa com danos psicológicos por conta disso, talvez a sua rigidez e poucas palavras demonstrem essa sua frieza, também pelo fato de ter cuidado sempre de dois homens, pai e irmão e assumir um pequeno negócio da família. É uma vida cruel. E a cena final quando ela descobre... deu um nó na garganta. O que foi aquilo, gente? É a síntese de um alívio? Desespero? Tudo envolvido. Há muitas questões aí.
Como Falar com Garotas em Festas
3.2 205 Assista AgoraO filme é muito mais profundo que aparenta ser, mas é também propositalmente non sense justamente para não entregar algo mastigado e didático. Mesmo que dê uma escorregada do meio para o fim, há algo de verdadeiro ali. Me senti submerso nesse universo punk intergaláctico com essa juventude transviada, com um ideal e um sonho. São coisas que nunca adormecem mesmo que a sociedade mude.
E que delícia ver uma atriz do nível de Nicole Kidman se jogando, claramente se divertindo e entregando. Achei sensacional.
O Assassino
3.3 516Gosto como o filme em boa parte é um monólogo. Aqui temos um assassino (excelente performance de Fassbender, para variar) monossilábico e que vai direto ao ponto. O roteiro e direção não precisa de grandes efeitos especiais, tiros e explosões para gerar uma tensão gélida, é um filme de ação mas fincado com os dois pés no drama e não tensão. Gosto da densidade e do perigo eminente que Fincher imprime em seus filmes e, depois da escorregada em "Mank", ele voltou com grande estilo. Ok, abaixo dos outros clássicos dele, mas, ainda assim, muito bom e acima da média se comparado com filmes do gênero lançados nos últimos tempos.
E para além do monólogo, os diálogos são muito bons! A sequência com Tilda Swinton te faz prender a respiração.
Ps: adorei ver a Sophie Charlotte, um personagem pequeno mas de grande importância na trama.
Esta Sou Eu... Agora: Uma História de Amor
2.9 23 Assista AgoraSou grande fã de J.Lo, contudo, não tinha gostado desse álbum novo, com os visuais gostei mais das músicas. Porém, verdade seja dita: esse filme é cafona sim, piegas, mas eficaz no sentido de se conectar com as músicas. Achei tudo muito over, embora o clipe de "Rebound" seja bem legal.
No mais, é Jennifer Lopez sambando na nossa cara sua beleza e gostosura.
Wicked Little Letters
3.4 5Eu adoro como as comédias de humor ácido britânico tem essa áurea de não se levar tão à sério assim dentro de uma narrativa de uma história muito boa, complexa e reflexiva. Esse filme não foge à regra.
Primeiro, tenho que dizer sobra a repressão da mulher, do corpo, desejos, necessidades e sua liberdade, é a partir dela e toda hipocrisia que ronda a "castração" da liberdade feminina de ir e vir que tudo se desenrola. Acho uma ótima sacada essa questão sem cair no didatismo ou algo mastigado, você compreende nas entrelinhas, dessas mulheres tão diferentes, com suas necessidades diferentes, mas reprimidas de alguma forma pelo poder fortíssimo do patriarcado e a religião como uma válvula de escape para apagar certas necessidades.
Um pequeno filme, com drama e humor na medida que merece ser descoberto.
E Olivia Colman, que atriz, meus amores!
Os 3
3.4 560Uma receita de como estragar uma boa premissa, história e elenco. Tudo muito vago, bem regular, para não dizer outra coisa. E começou TÃO BEM! Fora que achei tudo muito puritano e "clean" demais.
Simplesmente Irresistível
2.8 89REVISÃO:
Simplesmente bobo, sem pé nem cabeça e charmosinho.
A Noite dos Mortos-Vivos
4.0 549 Assista AgoraFilme com diversas camadas para além dos zumbis: principalmente o racismo nas entrelinhas de forma magistralmente colocada.
Além dos conflitos. Filmes de zumbi estão além da questão dos mortos-vivos, mas muito mais sobre coletividade, convivência e aceitar uma nova realidade. Gostei bastante.
2012
2.6 3,3K Assista AgoraRevisto e concordo muito com alguns comentários abaixo. Roteiro meia boca, totalmente discrepante, só se salvam mesmo os efeitos especiais e em cenas bem pontuais.
2:30h de uma baboseira tendo que aguentar a canastrice do John Cusak.
Cabaret Mineiro
3.0 35"Cabaré Mineiro" é um filme performance, pelo menos vejo dessa forma. Não há um enredo linear como estamos acostumados, mas cenas que aparentemente soltas, mas que fazem sentido na estranheza.
Como disse, um filme performance para falar de desejos, sexo, destemperos, vontades e anseios. Achei eficaz.
Borderline
3.2 1Achei muito progressista, desafiador e à frente do seu tempo para os temas abordados. Achei também com uma pegada surrealista que se casa perfeitamente com o enredo. Aquele pequeno grande filme que merece ser revisto.
Laura
4.1 132 Assista AgoraUma boa história, contudo, confesso, achei a execução de Otto Preminger um tanto regular, me julguem! Acho que nos dias atuais daria uma ótima minissérie, porque há diversas camadas há serem exploradas nesse enredo.
E Gene Tierney? Que encanto de mulher!
Nunca Fui Beijada
3.2 574 Assista AgoraPassa ano, sai ano e sou completamente a Josie: nunca fui beijado. Choro horrores com esse filme.
O Casamento do Meu Melhor Amigo
3.4 904 Assista AgoraNunca envelhece! Comédia romântica sem defeitos, uma elenco lindo, uma química absurda. E a cena do musical para guardar no peito.
Línguas Desatadas
4.4 32Isso aqui me bateu como aquelas porradas que doem por toda a vida. Ainda hoje é um filme necessário, sobre vida e o direito da bicha preta em viver.